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6 avaliação e exame mental

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AVALIAÇÃO E EXAME MENTAL
O exame mental é importante instrumento
metodológico para a assistência de enfermagem em
saúde mental.
A identificação e a avaliação do tipo e do grau de
sofrimento mental apresentado pelo paciente é
condição indispensável para a condução adequada do
projeto terapêutico a ser implantado no seu cuidado.
A metodologia na coleta de dados é fundamento
indispensável para o cuidado de enfermagem
sistematizado em saúde mental.
AVALIAÇÃO 
AVALIAÇÃO 
O propósito dessa avaliação é montar um quadro do
atual estado emocional, da capacidade mental e do
funcionamento comportamental do cliente.
-
AVALIAÇÃO
Os elementos mais importantes da história a serem coletados são: 
1 – Dados de identificação.
2 – Por que procurou o serviço?
3 – História do desenvolvimento psicossocial.
4 – História familiar.
5 – História do problema que demandou o atendimento.
6 – Exame mental.
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Dados de identificação Nome 
Idade
Estado civil 
Naturalidade 
Sexo 
Ocupação
Residência 
-
Por que procurou o
serviço?
Deve-se investigar o motivo que levou o cliente a
procurar ajuda ou o atendimento.
Muitas vezes, o motivo do atendimento não é dito no
começo da entrevista, necessitando estabelecer uma
relação de maior confiança entre o indivíduo e o
entrevistador.
-
História do desenvolvimento
psicossocial Nascimento
Infância 
Puberdade
Adolescência 
Namoro
Casamento
Escolaridade
Alimentação
Convívio familiar e social
Trabalho
Lazer
Uso de Álcool/drogas 
Doenças clínicas/orgânicas 
-
História familiar 
Situação de perdas e adoecimentos.
Costumes.
Hábitos e valores relacionados à história psicossocial.
Uso de álcool/drogas. 
-
História do problema
que demandou o
atendimento
Como começou e como evoluiu.
Fatores que contribuíram para agravar ou amenizar a 
situação. 
Tentativas de solução realizadas.
Tratamento realizados.
Uso de medicamentos. 
Como o portador do transtorno mental e os 
familiares percebem o problema e o tratamento. 
-
Com o objetivo de
sistematizar e
descrever as
observações do
exame mental,
recomenda-se
inicialmente atentar
para as condições
gerais da pessoa.
 Aparência geral – Aspecto físico, condições gerais de
higiene, vestimenta.
 Expressão facial
 Postura corporal
 Comportamento social – Constrangimento,
desinibição, preocupação, isolamento,
comportamentos bizarros.
FUNÇÕES PSIQUICAS 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
CONSCIÊNCIA 
ATENÇÃO 
ORIENTAÇÃO 
MEMÓRIA 
SENSOPERCEPÇÃO
PENSAMENTO
ATIVIDADE
AFETIVIDADE E EMOTIVIDADE 
INPULSIVIDADE
VONTADE 
PSICOMOTRICIDADE 
SONO
Refere-se à condição de perceber e estar
ciente de si mesmo e do ambiente, estar
vígil, desperto, acordado. Possui vários
níveis de gradação entre dois extremos; o
coma e o estado de alerta ou vigília.
CONSCIÊNCIA 
CONSCIÊNCIA
 Sem alteração
 Hipervigilância
Aumento da capacidade de apreensão de impressões pela percepção.
 Desrealização
O ambiente que a cerca é visto como irreal, desconhecido, diferente. 
 Despersonalização
Parecebe a si mesmo como irreal e estranho, como se tivesse algo de diferente nela. 
 Obnubilação 
Redução da clareza da atividade psíquica, em geral associada à sonolência.
 Delirium
Rebaixamento prolongado do nível da consciência, porém sem anulação da 
capacidade de interagir. Obs. Origem orgânica e não psicológica. 
CONSCIÊNCIA
ATENÇÃO 
Atenção é a habilidade cognitiva que focaliza a
atividade mental em determinada área. Deve ser
analisada sob os aspectos da atenção voluntária ou
concentração, que é a capacidade de manter esse
foco, e da atenção espontânea, quando o interesse é
focalizado incidentalmente, de acordo com as
demandas do ambiente.
ATENÇÃO 
 Euprosexia
Condição de atenção normal. 
 Aprosexia
Abolição da atenção. 
 Hipoprosexia
. Diminuição da atenção. 
Obs: por redução do interesse, déficit intelectual ou por alteração da 
consciência 
ATENÇÃO 
 Hiperprosexia
Aumento da atenção, levando a pessoa a atender a diversos estímulos sensoriais 
 Paraprosexia
Exaltação da atenção expontânea e diminuição da atenção voluntária. 
ORIENTAÇÃO 
A orientação é um complexo de funções psíquicas
das quais temos consciência em cada momento de
nossa vida da situação real em que nos
encontramos. Avalia-se a orientação perguntando-
se à pessoa sobre sua situação no tempo, lugar e
identidade pessoal
Orientação 
 Desorientação autopsiquica
Incapacidade da pessoa de fornecer dados sobre si. Nome, o que faz, entre outros 
 Desorientação alopsiquica
Incapacidade da pessoa para reconhecer o ambiente em que se encontra e as 
pessoas de seu relacionamento. 
 Desorientação temporal . 
Incapacidade da pessoa de se localizar no tempo cronológico: Hora, dia, mês, ano. 
MEMÓRIA 
Memória é a capacidade de fixar ou registrar,
manter, relembrar e reconhecer objetos, pessoas,
situações e fatos ocorridos. Esses processos são
acompanhados de emoções e, ao ser evocado, o
conteúdo da memória resgata essas emoções
associadas.
Memória 
 Amnésia 
Incapacidade de recordar dados armazenados na memória, lembranças. 
 Hipoamnésia
Redução da capacidade de recordar dados armazenados na memória. 
 Hipermnésia
Aumento da capacidade de recordar dados armazenados na memória, lembranças, 
geralmente com grande vivacidade e detalhes. 
Memória 
 Criptomnésia 
Súbito esquecimento de um período da vida. 
 Confabulação 
Preenchimento inconsciente e fantasioso de lacuna da memória, mas aceitos 
como real por quem faz. 
 Ecmnésia
Recordações intenças de lembranças, vivenciadas como real. 
Sensopercepção
A função sensopercepção refere-se à sensações –
fenômeno psíquico que resulta da açõa da luz, sons, calor.
Sobre os nossos sentidos (visão, audição, olfato, paladar,
tato), e a percepção – ato pelo qual tomamos
conhecimento de um estímulo sensorial. No processo da
percepção da realidade, acrescentamos aos dados
fornecidos pelos órgãos dos sentidos, elementos da
memória e raciocínio.
Sensopercepção
 Hiperestesia
Capacidade de colher impressões que passam despercebidas à média das pessoas. 
 Hiporestesia
Diminuição da capacidade de colher impressões à média das pessoas. 
 Ilusão 
Ocorre uma percepção deformada de um estímulo sensorial real; os estímulos 
sensoriais são interpretados de maneira equivocada 
Sensopercepção
 Alucinação 
Percepção sem objeto ou na ausência de estímulo sensorial, não associada a um
estímulo real, porem vivida com concreta e verdadeira.
Formas de alucinação: Auditivas, visuais, táteis, olfativas e gustativas, cenestésica
motora
PENSAMENTO
É a capacidade de concerbe, combinar e comparar
ideias. E se distinguem os seguintes aspectos: a
produção das ideias, o curso e o conteúdo.
Na produção observa-se a coerência e a lógica, se está
adequado à realidade ou se é mágico e irreal.
No curoso analisa-se o modo como o pensamento flui,
seu ritmo e sua velocidade.
O conteúdo refere-se às ideias em si, a substância do
pensamento.
PENSAMENTO
Na produção, observa-se se é lógico ou ilógico, se há uma
linha de raciocínio ou se é impossível observá-la, se é
mágico, tomado por poderes ou influências externas, ou se
está adequado à realidade.
No curso, observa-se a quantidade e a velocidade do
pensamento estão modificadas.
Pensamento
 Taquipsiquia
Aceleração do curso do pensamento, as ideias se sucedem rapidamente. 
 Bradipsiquia
Lentidão do curso do pensamento. Dificilmente inicia umaconversação,
demora a proferir palavras, demonstra grande esforço para pensar, demora a
responder perguntas feitas.
 Arborização 
Perda do objetivo final do pensamento, muda de assunto sem concluir o
pensamento.
 Pobreza 
Pensamento vago, com repetições de frases que nada acrescentam. 
 Fuga de ideias 
Mudanças súbitas de assunto decorrente de um grande volume de idéias.
 Salada de palavras 
Misturas de palavras sem significado para quem ouve.
Pensamento
Pensamento
 Prolixidade 
Descrição repetitivas de ideias ou frases. 
 Mutismo 
Abolição da linguagem falada.
 Logorréia
Sem coerência lógica de um fluxo acelerado de ideias.
Pensamento
 Solilóquios 
Conversar com si em um monólogo. 
 Coprolalia 
Verbalização compulsiva de palavras obscena ou de baixo calão.
 Logorréia
Sem coerência lógica de um fluxo acelerado de ideias.
Pensamento
 Delírio 
Ideias falsas acreditadas pela pessoa como reais. 
Tipos de delírios:
Bizarro – Ideias implausíveis.
Persecutórios – A conduta da pessoa é marcada por uma desconfiança excessiva, crê que
pessoas conhecidas ou desconhecidas queiram envenená-la, mata-la e prejudica-la.
Grandeza – Sente-se superior aos demais, acredita ser de família ilustre, ocupa cargo
elevados, fala solenemente de forma rebuscada.
Místico – Relaciona-se a crenças do indivíduo em ser enviado por Deus, ter uma missão
importante de salvar a humanidade, falar com Deus, e outras questões religiosas.
Pensamento
Tipos de delírios:
Controle – Seus pensamentos estão sendo controlados por alguém.
Ciúme e infidelidade conjugal – Acredita que está sendo enganado ou que tentam enganá-
lo, mantém vigilância contínua sobre a esposa ou marido.
Hipocondriaco – Acredita que esta acometida por doenças.
Referencia – A pessoa percebe situações cotidianas, fortuitas e aleatórias como
planejadas e dirigidas a ela, visando atingi-la e depreciá-la.
ATIVIDADE 
ATIVIDADE 
 Hipoatividade
Diminuição ou lentidão na execução de um ato. 
 Hiperatividade 
Aumento da atividade motora, mais que o esperado para o ambiente.
 Eutimia
Estado de ânimo sem alteração.
AFETIVIDADE 
O termo afetividade é genérico e se refere ao humor, as emoções
e aos sentimentos.
O humor ou estado de ânimo, relaciona-se ao estado emocional
básico de cada momento que atua ampliando ou reduzindo o
impacto das experiências vivenciadas pela pessoa.
As emoções são expressões afetivas agudas e transitórias,
acompanhadas de reações orgânicas intensas e breves, em
resposta a uma situação inesperada ou a um acontecimento
muito aguardado.
Os sentimentos são outra forma de manifestação dos afetos
básicos (amor e ódio) que diferentemente das emoções, são mais
duradouras e não são tão intensas ou acompanhadas de reações
orgânicas.
AFETIVIDADE 
 Embotamento afetivo 
Ausência da capacidade de sentir emoções. 
 Labilidade emocianal
Oscilações rápidas de estado de humor. .
 Apatia 
Não manifestação de sentimentos, interesse ou emoções.
AFETIVIDADE 
 Anedonia
Perda do interesse ou prazer de uma determinada atividade. ;,, 
 Labilidade emocianal
Oscilações rápidas de estado de humor. .
 Apatia 
Não manifestação de sentimentos, interesse ou emoções.
PSICOMOTRICIDADE 
A psicomotricidade relaciona-se com a vontade e a
disposição para agir. Refere-se aos atos voluntários –
aqueles que são conscientes, refletidos e executados –
e involuntários – que se realizam independentemente
da vontade.
A avaliação da atividade motora expressa pelo
indivíduo se detém tanto no impulso e/ou disposição
para agir, como à maneira como os movimentos são
realizados (cinesia).
 Hipercinesia
Movimentação global aumentada, agitação psicomotora. 
 Hipocinesia
Diminuição da movimentação global, lentificação para cumprir tarefas
simples.
 Ecopraxia
Repetição imitativa de movimentos.
PSICOMOTRICIDADE
PSICOMOTRICIDADE
 Ecolalia 
Repetição imitativa de discurso. 
 Maneirismo 
Repetição estereotipada de movimentos extravagantes.
AVALIAÇÃO
História Psicossocial 
Exame do estado 
mental
Exame físico

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