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Ana Carolina Silva da SilveiraAV2 REVISÃO – DIREITO PENAL II SURSIS X LIVRAMENTO CONDICIONAL Enquanto no livramento condicional um preso é liberto, no sursis a pena deixa de ser aplicada. OS SUBSTITUTIVOS PENAIS (SURSIS) SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA Direito público, subjetivo do réu, que preenchidos todos os requisitos legais, terá suspensa a execução da pena imposta durante certo prazo e determinadas condições. É um beneficio pro apenado, benefício cujo o mesmo não irá parar na cadeia, porque ele recebe uma condenação, não consegue a pena restritiva de direitos, mas tem a possibilidade de ter uma suspensão condicional da pena pra cumprir em determinadas condições e não ter a condenação, imposição da pena, porque essa suspensão é da execução da pena. - PÓS SENTENÇA CONDIÇÕES DO SURCIS LEGAIS: Art. 78. - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz. 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48). 2º - Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior por uma ou mais das seguintes condições: a) proibição de freqüentar determinados lugares; b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. JUDICIAIS: Ficam a critério do Juiz. REQUISITOS SUBJETIVOS: I – Culpabilidade, os antecedentes, conduta social e personalidade do agente II - Circunstâncias judiciais favoráveis III – Não seja indicada ou cabível a substituição do art. 44 do CP. OBJETIVOS: I – Condenado a pena não superior a 2 anos ( igual ou menor) II – Não reincidência em crime doloso POSSIBILIDADE Crimes dolosos cometidos mediante violência ou grave ameaça, com pena igual ou inferior a 2 anos. ART. 44 CPB – SUBSTITUIÇÃO DA PENA Cabível nos casos dos crimes sem violência 4 anos SURSI Cabível nos crimes com violência 2 anos Condenado reincidente em crime doloso cuja pena do crime anterior tenha sido de multa; Condenado reincidente especifico em crime culposo. – ART. 44 § 3°, CP. ESPÉCIES Simples: Que preenche os requisitos da lei. – ART. 78 §1°, CP. Especial: Não precisa prestar serviço a comunidade ou limitar final de semana, mas precisa reparar o dano, salvo comprovada a impossibilidade de fazer. – ART. 78 §2°, CP. Etário: Maior de 70 anos. – ART. 77 § 2°, CP. Primeira parte Humanitário: Razões de saúde. – ART. 77 § 2°. Segunda parte PRAZOS SIMPLES E ESPECIAL – 2 A 4 ANOS ETÁRIO E HUMANITÁRIO – 4 A 6 ANOS REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA Se condenado em sentença irrecorrível por crime doloso. Frustração da pena de multa sendo solvente. Não cabe prisão pelo pagamento. Não reparação do dano. Devedor solvente. Descumprimento de quaisquer das condições legais do sursi simples. REVOGAÇÃO FACULTATIVA Descumpre qualquer outra condição. Se condenado a sentença irrecorrível pela pratica de contravenção penal ou crime culposo. EXTINÇÃO DA PENA Expirado o prazo sem que tenha havido revogação. Considera-se extinta a pena privativa de liberdade. – ART. 82, CP LIVRAMENTO CONDICIONAL Incidente na execução da pena privativa de liberdade consiste em uma antecipação provisória da liberdade do condenado, satisfeitos certos requisitos e mediante determinadas condições. BASE LEGAL: ART. 83 A 90, CP. REQUISITOS OBJETIVOS • Qualidade da Pena – Privativa de liberdade; • Reparação do dano, salvo impossibilidade; • Cumprimento de parte da pena; • Pena igual ou superior a 2 anos. 1/3 – Bons antecedentes e não seja reincidente em crime doloso; Mais 1/2 se reincidente em crime doloso; 2/3 Se for crime sob a égide da lei dos crimes hediondos. SUBJETIVOS • Comportamento satisfatório durante a execução da pena; • Bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; • Aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto • Nos crimes cometidos de forma dolosa mediante violência ou grave ameaça à pessoa, o benefício fica sujeito à verificação da cessação da periculosidade do agente; • Nos crimes hediondos, não ser reincidente específico. CONDIÇÕES • Condições obrigatórias – ART. 132, §1°, LEP. • Condições Facultativas – ART. 132, §2°, LEP. • Condições Judiciais – ART. 85,CP. REVOGAÇÃO Ocorre a revogação do livramento condicional quando o apenado descumpre quaisquer das condições impostas pelo juízo no momento da concessão do livramento, ou quando venha a sofrer condenação por novo fato delituoso no curso do livramento. A revogação poderá se dar automaticamente – é a revogação obrigatória -, ou a critério do juiz – revogação facultativa. OBRIGATÓRIA – ART. 86, CP. - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenada a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível: I - por crime cometido durante a vigência do benefício; II - por crime anterior, observado o disposto no artigo 84 deste Código. Condenação irrecorrível a pena privativa de liberdade por crime praticado durante o benefício. ( Um preso, condenado por 18 anos de prisão, começa a cumprir a pena, e após 6 anos , ele consegue o LC, e dentro da vigência desse livramento ele comete OUTRO CRIME, o mesmo irá responder novamente por mais 6 anos, pois o mesmo traiu a confiança do Estado). Condenação irrecorrível a pena privativa de liberdade por crime praticado antes do benefício. (Um preso, condenado por 18 anos, começa a cumprir a pena do crime 1, e após 6 anos, ele consegue o LC, então ele cumpriu 3 anos, até ser condenado pelo crime 2, crime esse cometido antes dele receber o LC, esses 3 anos que ele teve, ele poderá somar a nova condenação e pedir novo LC). FACULTATIVA Descumprimento das condições impostas. Condenação irrecorrível por crime ou contravenção a pena que não seja privativa de liberdade (multa ou restritivas de direitos). EXTINÇÃO O art. 89 do Código Penal, por sua vez, em disposição que não se confunde com a suspensão, determina que o juiz não poderá declarar extinta a pena enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado por crime cometido na vigência do livramento. Trata-se aqui da prorrogação do benefício. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS As penas restritivas de direitos são sanções penais impostas em substituição à pena privativa de liberdade e consistem na supressão ou diminuição de um ou mais direitos do condenado. REQUISITOS PARA A SUBSTITUIÇÃO a) Se o crime for doloso, pena imposta não superior a 4 anos e crime cometido sem violência ou grave ameaça a pessoa. Com relação ao crime culposo, cabe a substituição, não importando a pena aplicada. Art. 44 – As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; b) Não reincidência em crime doloso. Art. 44, II – O réu não for reincidente em crime doloso; Vale dizer, o artigo 44, 3º permite a substituição desde que não se trate de reincidência específica (mesmo crime), sendo a medida recomendável. Art. 44, 3º Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. c) A substituição deve ser suficiente para retribuir o crime e prevenir futura reincidência. Art. 44, III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essasubstituição seja suficiente. CAUSAS EXTINTIVAS DE CULPABILIDADE É o desaparecimento da pretensão punitiva o executória do Estado, em razão de específicos obstáculos previstos em lei. CAUSAS EXTINTIVAS DE PUNIBILIDADE ABSTRATA (Pena Incerta) E CONCRETA (Pós Sentença) A- Direito de ameaçar com a sanção abstrata. B- Direito de aplicar pena concreta. C- Direito de executar pena concreta. EFEITOS DA CAUSA EXTINTNA DE PUNIBILIDADE • Antes do transito em julgado: 1. Não há condenação. 2. Não há reincidência. 3. Não lançamento no rol dos culpados. 4. Não gera antecedente. • Após o transito em julgado: 1. Extingue os efeitos executórios. CAUSAS EXTINTIVAS DE PUNIBILIDADE ABSTRATA ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS: É uma excludente de punibilidade prevista no CPB, em que houve crime e o réu foi declarado culpado, mas por razão de política criminal, decidiu o legislador, que ele não estava sujeito a pena prevista naquele aquele crime. IMUNIDADE DIPLOMATICA: Prerrogativa de direito público internacional. Os agentes diplomáticos são funcionários dos países em que representa. A função dos agentes diplomáticos é regulada pela Convenção de Viena (Lei) sobre relações diplomáticas. ARREPENDIMENTO EFICAZ – ART. 15, CP: Ocorre quando o agente já realizou todos os atos previstos para consumação do crime, arrependendo-se posteriormente e assim evitando o resultado. Escala Iter Criminis – 2°,3° e 4° (Fase Punível) DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA – ART. 15, CP: Ocorre quando o agente começa a praticar os atos executórios do tipo penal pretendido, mas voluntariamente impede a consumação do crime ao interromper a conduta. Escala Iter Criminis – O agente chega até a 3° fase mas logo desiste. ARREPENDIMENTO POSTERIOR – ART. 16, CP: Só pode acontecer em crimes praticados sem violência ou grave ameaça. Escala Iter Criminis – Está em qualquer lugar da escala. CAUSAS EXTINTIVAS DE PUNIBILIDADE CONCRETA MORTE DO AGENTE: É uma das causas extintivas de punibilidade – ART. 107, I, CP. ABOLATIO CRIMINIS: É a forma de tornar atípica uma conduta até então proibida. EX: Adultério, rapto consensual e sedução. DECADÊNCIA: É o instituto que visa regular a perda de um direito devido ao decurso de prazo. É cabível apenas nas ações penais privadas. O prazo para apresentar a queixa crime para o ofendido é de 6 meses, para todas as ações penais privadas. PEREMPÇÃO: É a sanção processual ao querelante inerte ou negligente. Prazo de até 30 dias. RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO: Após o oferecimento da denuncia a representação é irretratável. PERDÃO JUDICIAL: É uma renuncia do Estado à pretensão punitiva, manifestada pelo juiz. PERDÃO DO OFENDIDO: Encontra-se no disposto, ART. 107, V, 2° parte do CP. RENÚNCIA: É a forma de extinção de punibilidade pelo não exercício do direito de queixa. ANISTIA GRAÇA INDULTO MEDIDA DE CARATER COLETIVO MEDIDA DE CARATER INDIVIDUAL REQUISITADA MEDIDA DE CARATER COLETIVO CONCEDIDO PELO CONGRESSO NACIONAL CONCEDIDO PELO PRESIDENTE DA REPUBLICA CONCEDIDO PELO PRESIDENTE DA REPUBLICA ATINGE OS EFEITOS PENAIS DA CONDENAÇÃO APAGANDO RETROATIVAMENTE ATINGE APENAS EFEITOS EXECUTÓRIOS DA SENTENÇA CONDENATÓRIA ATINGE APENAS OS EFEITOS EXECUTÓRIOS DA SENTENÇA CONDENATÓRIA REFERE-SE AOS FATOS REFERE-SE A PESSOA QUE REQUEREU TRATA-SE DE ATO ESPONTÂNEO DO PRESIDENTE DA REPUBLICA PRESCRIÇÃO DA PENA DE MULTA De acordo com o art. 114 do Código Penal Brasileiro, a prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 anos, quando a multa for a única cominada. Quando aplicada cumulativamente, está terá sua prescrição no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade. CAUSAS EXCLUDENTES DE CULPABILIDADE A culpabilidade é a possibilidade de considerar alguém culpado pela pratica de uma infração penal. Por essa razão, costuma ser definida como “ juízo de censurabilidade” e “ reprovação”, exercido sobre alguém que praticou um fato típico e ilícito. Na culpabilidade afere-se apenas se o agente deve ou não responder pelo crime cometido. Segundo o código penal são elementos da culpabilidade: a imputabilidade; a potencial consciência da ilicitude e a exigibilidade da conduta diversa. Com isso, caso existam circunstâncias que afastem esses elementos por exemplo, a inimputabilidade do menor de 18 anos, o fato deixa de ser culpável. As excludentes de culpabilidade são: DOENÇA MENTAL; MENORIDADE; EMBRIAGUEZ COMPLETA, PROVENIENTE DE CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR; ERRO DE PROIBIÇÃO; COAÇÃO MORAL IRRESISTIVEL; E OBEDIENCIA HIERARQUICA. CONCURSO DE PESSOAS AUTOR: O próprio agente realiza o tipo penal, é quem domina o fato. • Imediata: Age por conta própria • Mediata: Usa de terceiros não culpável ( não há concurso) PARTÍCIPE: O partícipe ajuda (instiga, induz, auxilia) o autor/coautor na infração penal. FAVORECIMENTO REAL Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime. O auxilio não visa o proveito econômico , mas tão SOMENTE BENEFICIAR/AJUDAR O CRIMINOSO RECEPTAÇÃO Adquirir/receber em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte. A conduta deve ser no sentido de conseguir VANTAGEM PARA SI OU PARA OUTREM que não seja criminoso.
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