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Criminologia: Delito, Delinquente e Vítima

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Criminologia – II
CRIMINOLOGIA
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
CRIMINOLOGIA – II
O DELITO
A criminologia contempla o delito não só como comportamento individual, 
mas como problema social e comunitário. Assim, interessa a esta não somente a 
análise do crime a partir da identificação de seu autor, mas também a influência 
do crime na sociedade e na comunidade.
O DELINQUENTE
Além do delito, há a necessidade de se identificar quem é o delinquente e 
por que ele é um delinquente. O delinquente é a pessoa que não se adequa ao 
comportamento social esperado, efetivando a conduta proibida e trazendo, em 
razão desta, a realização de determinada sanção penal que poderá restringir seu 
direito fundamental de liberdade.
Para a criminologia, o delinquente é um ser aberto e inacabado, em perma-
nente processo de comunicação e interação. A criminologia parte do princípio de 
que o delinquente existe sob todas as formas e atua desde a camada econômica 
mais baixa da sociedade até os grupos mais privilegiados. Para a criminologia, é 
de extrema importância a análise da modificação social do delinquente ao longo 
do cometimento do delito. Por isso, se faz necessária a desvinculação de pre-
conceitos e prejuízos, isto é, da estigmatização, em relação à identificação do 
criminoso.
A VÍTIMA
Aspecto Etiológico-Explicativo
O aspecto etiológico se caracteriza pela causa ou explicação da causa. A 
vítima não pode ser interpretada como um fator passivo e estático do drama deli-
tivo, irrelevante no iter criminis.
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Criminologia – II
CRIMINOLOGIA
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Para a criminologia moderna, a vítima não é somente um objeto da conduta 
do autor do delito, mas deve ser analisada sob o ponto de vista de sua partici-
pação ou colaboração para ser vítima. Todo indivíduo tem o potencial para ser 
vítima, assim como tem para ser criminoso.
Na criminologia clássica, por outro lado, a vítima era vista como objeto, tra-
zida para análise tão somente a fim de justificar a atuação do Estado como subs-
tituto da punição, uma vez que o Estado traz para si a exclusividade na aplicação 
da sanção penal. Assim, para a Criminologia clássica, a figura de importância era 
o autor do delito.
A vítima, assim, pode ensejar uma contribuição mais ou menos relevante 
para a sua própria vitimização.
Prevenção do Delito
Admite-se a possibilidade de prevenir a delinquência incidindo na vítima (pre-
venção vitimária). O crime é um fenômeno seletivo, não aleatório, que busca o 
lugar oportuno, o momento adequado e, principalmente, a vítima certa.
Assim, quando se fala em prevenção vitimária e fenômeno não natural do 
crime, fica evidente que há situações em que o crime poderia ter sido prevenido 
a partir da tomada de determinadas decisões ou comportamentos.
Aspecto Metodológico Instrumental (Pesquisas de Vitimização)
A vítima também tem especial importância para a obtenção de dados oficiais, 
que permitirão a publicação de estudos com base em estatísticas de crime. Para 
isso, fala-se em aspecto metodológico instrumental, referente às pesquisas de 
vitimização.
As pesquisas de vitimização são a realização de estudos a partir dos regis-
tros das ocorrências policiais e de crimes, feitas pelas vítimas nos órgãos oficiais. 
Permitem avaliar cientificamente a criminalidade real, diferenciando a cifra negra 
(obscura) da criminalidade registrada. A cifra negra se caracteriza pelo conjunto 
de crimes que efetivamente existiram, mas não chegaram ao conhecimento da 
autoridade pública.
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Criminologia – II
CRIMINOLOGIA
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Direto do concurso
1. (VUNESP/FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL/PC-SP/2014) Os estudos vi-
timológicos permitem estudar a criminalidade real, por meio dos registros 
efetuados pela própria vítima. A falta desses registros gera a(o) chamada(o)
a. gráfico incompleto.
b. estatística branca.
c. cifra negra.
d. ponto obscuro.
e. incongruência estatística.
Gabarito: c
Aspecto Político-Criminal – Vítima e medo do delito
A vítima também desempenha um papel fundamental no problema político-cri-
minal, a análise do medo do delito. Assim, a análise do efeito do crime na psique 
humana é também objeto da criminologia, podendo, por diversas vezes, mos-
trar um descompasso entre como este ocorre efetivamente na sociedade e como 
ocorre na cabeça dos indivíduos. 
Vítima e Política Social
A vitimologia vem chamando a atenção sobre a necessidade de formular e 
experimentar programas de assistência, reparação (restitution), compensação 
(seguro) e tratamento das vítimas do delito.
A vítima é quem diretamente sofre um dano ao seu patrimônio jurídico, seja 
este composto por qualquer direito fundamental. O Estado, então, tem como obri-
gação prestar o auxílio necessário à sua recuperação. Este é o aspecto assis-
tencial da análise criminológica da vítima no que diz respeito à conformação de 
políticas sociais. A criminologia, assim, analisará as consequências decorrentes 
da prática do crime contra a vítima e quais medidas possibilitariam seu conforto.
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Criminologia – II
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A título de exemplo, a Lei Maria da Penha é uma manifestação da natureza 
assistencial a partir da análise da criminologia.
Ordinariamente, um processo penal se prestava simplesmente à avaliação 
da responsabilidade do autor do delito. Por reformas recentes no ordenamento 
jurídico, há a possiblidade de que Ministério Público, além de pedir a aplicação 
da sanção penal constante do tipo penal, peça também a fixação de um valor 
mínimo para indenização, sem que para tanto seja necessário ajuizar nova ação 
de natureza cível, visando a reparação de dano patrimonial.
A compensação corresponderia a uma previdência social para vítimas de 
crime.
E o tratamento das vítimas do delito, por sua vez, corresponde à necessidade 
de políticas públicas que visem ao tratamento tanto da dor física quanto da dor 
psíquica das vítimas que sofreram o crime.
��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Flávio Milhomem.

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