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Aula 4 - DIREITO PENAL 4

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DIREITO PENAL 4 - AULA 4 (20/08/18)
CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A AMINISTRAÇÃO EM GERAL (art. 328/337-A)
1- TRAFICO DE INFLUENCIA/EXPLORAÇÃO DE PRESTIGIO (art. 332/357, CP)
Destacamos a GABOLICE MENDAIS como sendo o título doutrinário dos crimes previstos nos art. 332 e 357 do Código Penal respectivamente tráfico de influência e exploração de prestigio.
O Gabola é a pessoa que faz alarde na sociedade dizendo conhecer funcionários, ao ponto de sua amizade influenciar suas decisões para beneficiar alguém. Porém é tudo mentira pois o que ele quer é dar um golpe nas pessoas incautas. Na verdade o gabola ao receber a vantagem nem de longe pensa em falar com o funcionário ou pedir-lhe para interceda favoravelmente por um pleito, pois ele é um vendedor de “fumaça”.
Não confundir o tráfico de influência com a exploração de prestigio no primeiro tipo o agente insinuar o poder de influir um ato praticado por funcionário público num vasto seguimento, na exploração de prestigio o crime é contra a administração da justiça e envolve juízes, MP, jurados, etc.
ARTIGOS:
Tráfico de Influência Art. 332: 
Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.         
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário.
 Exploração de prestígio Art. 357:
Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
2- RESISTÊNCIA 
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência
A doutrina não admite a resistência passiva: Ex. Na busca e apreensão de um veículo o réu se tranca e não quer entregar o veículo. Porém o crime pode ser considerado desobediência.
A pena no crime de resistência será maior se o ato em razão da resistência não se executa e conforme está inserido no art. 329, §2°, CP. A pena de resistência será aplicada juntamente com a pena correspondente ao deleito da violência empregada.
	RESISTÊNCIA
	Homicídio – Art. 121, CP
	Lesão corporal seguida de morte – Art. 129, §3°, CP
	Lesão corporal de natureza gravíssima – Art. 129, §2°, CP
	Lesão corporal de natureza grave – Art. 129, §1°, CP
	Lesão corporal leve – Art. 129, CP
	Vias de fato – Art. 21, LCP
3- DESOBEDIÊNCIA
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
OBS: Em relação a desobediência que dá margem ao desacato, a doutrina considera que o crime de destaca absorve a desobediência por se tratar de um delito mais grave sendo a desobediência considerado um mero ato preparatório.
4- DESACATO
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
OBS: O desacato provocado denomina-se DISCURSO CONTUMELIOSO ou DISCURSO PROVOCADOR. Uma vez comprovada que o funcionário público com sua atitude antecedente deu margem ao desacato não há como capitular a retorsão do cidadão.

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