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Aula 5 - DIREITO PENAL 4

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DIREITO PENAL 4 - AULA 5 (27/08/18)
FAVORECIMENTO PESSOAL
Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:
        Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
        § 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
        Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.
        § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.
O concurso de agentes está inserido no Código penal a partir do art. 39 e tem como premissa maior o vínculo psicológico associativo que deve ficar claro no caso concreto (liame subjetivo). Não cabe devida que na coautoria há verdade divisão de tarefas e nem sempre o coautor realiza os mesmo atos típicos do autor, na sua presença no local do crime é marcante.
Na hipótese de favorecimento pessoal não há lugar para o concurso de pessoas pois cada tem uma atuação distinta. 
Exemplo: O elemento A rouba o banco no centro de Nova Iguaçu e imediatamente se recorda que seu amigo B que não sabe do fato mora ali perto e então busca esconde-se na casa do amigo”.
Preste bastante atenção porque o abrigado poderá ter praticado crime punido com reclusão ou por detenção. Estar ou não foragido da justiça. Tudo isso devido à possibilidade do art. 348, §1°, CP.
O irmão que pede guarida na casa de outro irmão porque está prestes a ser preso em flagrante, não leva prejuízo algum para quem acolheu por causa do art. 348, §2°, CP, (exclusa absolutória).
FAVORECIMENTO REAL – PRÓPRIO (ART. 349)
 Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de coautoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime:
        Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
No favorecimento real (própria) o agente presta ao criminoso, fora dos casos de coautoria ou de receptação auxilio destinado a tornar seguro o proveito do crime. 
OBS: A guarda da arma não configura favorecimento real:
O cenário jurídico atual da lei de crime hediondo configurou como hediondo aquele que porta arma de fogo de uso restrito previsto no art. 16 do estatuto do desarmamento. É claro que os delitos acessórios também nele se encaixam (portar revolver calibre .38 com numeração raspada).
Isso tem reflexo direto no crime de roubo e seu novo modelo de Majorante para uso de arma de fogo de numeração raspada aonde não haverá consunção (ambos os crimes serão punidos individualmente).
FAVORECIMENTO REAL – IMPRÓPRIO (ART. 349-A)
Art. 349-A.  Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional.  
        Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Se alguém resolve ingressar com aparelho celular numa penitenciária destinada a um preso e o agente penitenciário fica penalizado e nada faz, ambos serão responsabilizados criminalmente o primeiro pelo art. 349-A, CP (favorecimento real impróprio). E o segundo pela prevaricação imprópria prevista no art. 319-A, CP. Caso ocorra corrupção de ambos os lados, os crimes acima darão lugar ao de corrupção ao de corrupção ativa majorada e corrupção passiva majorada. O preso não responde por delito algum.
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA (ART. 339, CP)
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:  
        Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
        § 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.
        § 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
Não deve ser confundida com crime de calunia previsto no art. 138, CP.
É importante dizer que o agente da causa a instauração da investigação policial dolosamente imputando-lhe crime de que o sabe inocente. Se for contravenção penal certamente haverá causa obrigatória de redução de pena. 
Atenção: Não é só a investigação policial mas o inquérito civil, ação de improbidade administrativos e outros procedimentos relevantes. Não confundir com crime de calunia que só fica na esfera do ofendido.
COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE CONTRAVENÇÃO/ AUTOACUSAÇÃO FALSA
Comunicação falsa de crime ou de contravenção
        Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado:
        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Autoacusação falsa
        Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:
        Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa
O art. 340 diz respeito a comunicação falsa de crime ou contravenção na medida em que o agente provoca a ação de autoridade comunicando-lhe as ocorrências de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado a seu favor ou a favor de outros.
E a autoacusação falsa é quando alguém assuma perante autoridade crime inexistente por outro praticado. (Art. 341, CP). 
FALSO TESTEMUNHO
Qual seria o momento consumativo do delito de falso testemunho? É quando o depoimento falso é encerrado e quem o está prestando assim perante a autoridade.
As vezes uma testemunha assistiu a um determinado crime de homicídio, viu quem matou mas em juízo nega a verdade (diz que não viu). O magistrado sabe muito bem quando alguém está mentido.
Existe o crime de corrupção ativa de testemunha previsto no art. 343, CP. Vale a pena lembrar que ainda que ocorra a retratação da testemunha não desaparece o crime de corrupção.
PARA CASA 
O advogado que induz a testemunha a mentir responderá como coautor ou participe no crime de falso testemunho? Ou não responderá por crime algum? O crime de falso testemunho seria um crime de mão própria?

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