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21/08/2018 1/2 1. AÇÃO DECLARATÓRIA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA DA FAZENDA PÚBLICA (ou VARA CÍVEL) DA COMARCA DE... ASSOCIAÇÃO..., entidade privada da sociedade civil, inscrita no CNPJ sob n..., com sede na rua..., n..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., endereço eletrônico.., representada neste ato por seu sócio..., consoante contrato social anexo, por intermédio de seu advogado que ao final subscreve, assim constituído no instrumento de mandato incluso, que receberá as intimações do feito no endereço, rua..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., endereço eletrônico..., conforme disposição do art. 106, I, do Código de Processo Civil, vem, mui respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 19, I e 319 do Código de Processo Civil, propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA em face da União Federal, pessoa jurídica de direito público interno, na pessoa de seu representante legal, situada no endereço, rua..., n..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: I. DOS FATOS A parte autora é uma instituição de assistência social sem fins lucrativos, isto é, entidade privada da sociedade civil, na forma de ente paraestatal, que, prestando atividade de interesse público, por iniciativa privada, não almejam o lucro, mas a pratica de política assistencialista, ao lado do chamado “primeiro setor”, que é o próprio Estado, e do “segundo setor”, que é o mercado. Nesta senda, houve publicação de portaria ministerial determinando a incidência do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros ou relativas a títulos e valores mobiliários (IOF) sobre as operações de créditos das instituições de assistência social sem fins lucrativos. Sabe-se, portanto, que tal portaria ministerial, atinge o direito de imunidade da parte autora resguardado pela Constituição Federal. II. DO DIREITO Ante a narrativa dos fatos, resta evidente a agressão ao direto do autor, justamente, pois conforme o artigo 150, VI, “c”, da Constituição Federal, têm-se a vedação expressa para instituição de imposto sobre o patrimônio, renda ou serviço das entidades de assistência social, devido a importância do trabalho desempenhado pelas entidades sem fins lucrativos. Esta imunidade decorre da proteção à assistência social, com previsão na Constituição Federal, em seus arts. 203 e 204, que se materializa, por seu viés de proteção a direitos humanos inalienáveis, que tendem a preservar o mínimo existencial. Sendo assim, a incidência do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros ou relativas a títulos e valores mobiliários (IOF) sobre as operações de créditos da parte autora não devem ocorrer, pois conforme o mencionado acima, esta associação possui imunidade, ficando evidente a inexistência de relação jurídica tributária, entre autor e a ré. III. DA CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA Dispõe os arts. 294 e 300 do Código de Processo Civil, que a tutela provisória pode fundar-se em urgência ou evidência, e poderá ser concedido quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, podendo tornar o deferimento somente ao final inócuo. A concessão da tutela antecipada justifica-se, pois a violação dos princípios da legalidade é uma prova inequívoca da verossimilhança do pedido da parte autora. Pois havendo a incidência do tributo sobre a parte autora estará maculando um direto constitucional, e a negativa da tutela antecipada acarretará em perigo de dano e risco ao resultado útil do processo. Verossímil é a necessidade da tutela para cessar a cobrança indevida em face da parte autora, por ter esta imunidade constitucional frente à incidência do tributo ora combatida. IV. DO PEDIDO Ante o exposto, a parte autora requer a Vossa Excelência: a) A concessão da tutela jurisdicional antecipada, de acordo com o arts. 294 e 300, do Código de Processo Civil, afastando, assim, a incidência de IOF sobre as operações de créditos da instituição, pois há a prova inequívoca da verossimilhança do pedido e receio de prejuízos orçamentários; b) O julgamento procedente do pedido, declarando-se a inexistência de relação jurídico-tributária com a União Federal, em relação à incidência de IOF sobre as operações de crédito da parte autora; c) A citação da União Federal para que, querendo apresente contestação; 21/08/2018 2/2 d) A condenação da parte ré ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios; e) A produção de todos os meios de prova em Direito admitidos. Dá-se à causa o valor de R$... (valor por extenso). Termos em que, pede deferimento. Local e data. Advogado. OAB/... n.º...
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