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21/08/2018 1/2 7. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA DE EXECUÇÕES FISCAIS DA SEÇÃO JUDICIARIA DO ESTADO... Distribuídos em apenso à Execução Fiscal no. NOME, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador do documento de identidade no. ..., inscrito no Cadastro de Pessoa Física – CPF sob o no. ..., residente e domiciliado na Rua..., número..., bairro..., cidade..., Estado..., CEP..., endereço eletrônico..., vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve, com fulcro no artigo 16 da Lei no. 6.830/80, combinado com o artigo 319 do Código de Processo Civil opor os presentes: EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL em face da União, pessoa jurídica de direito público, pelas razões de fato e de direito à seguir aduzidas: I. DOS FATOS O embargante, por divergir com os demais sócios, decidiu retirar-se da sociedade alienando as cotas que possuía aos demais sócios quotistas da referida empresa, sendo que estes assumiram daí em diante a gerência da sociedade e prosseguiram com as atividades comerciais da empresa.... Ocorre que em..., a empresa... foi autuada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, que exigia o pagamento de... devidos e não pagos entre... a ..., alegando-se que a despesa de... não deveria ser excluída da base de cálculo dos referidos tributos. Ao final do processo administrativo fiscal, decidiu-se pela manutenção da autuação e consequente exigência do pagamento dos valores devidos, ato contínuo, o débito fora inscrito em dívida ativa, sendo em seguida ajuizada a execução fiscal que tramita neste respeitável juízo. Ademais, ocorre que na Certidão de Dívida Ativa – CDA, não só a empresa..., fora incluída como devedora dos impostos supra citados, como também houve a inclusão do embargante, cumpre esclarecer que ambos foram citados acerca da execução fiscal, oferecendo bens à penhora. Desta forma, não restou alternativa ao embargante, senão buscar a tutela jurisdicional para fazer valer os seus direitos. II. DO DIREITO É cedido que os pretensos impostos devidos que são imputados ao embargante tem por si a característica de ser devido por pessoas jurídicas e não pessoas físicas, logo, tais tributos só podem ser redirecionados à pessoas físicas em casos específicos, o que não aconteceu no presente caso. Determina ainda o artigo 135, III do Código Tributário Nacional prescreve que os diretores, gerentes ou representantes de pessoa jurídica de direito privado somente serão responsabilizados por créditos correspondentes à obrigações tributárias se forem resultantes de atos praticados com excesso de poder, infração à lei ou ao contrato social, e a súmula 430 do STJ corrobora o dispositivo mencionado. Neste sentido, Excelência, evidente que não houve qualquer ato que pudesse enquadrar o embargante no que prescreve o dispositivo acima apresentado, logo, não havendo comprovação de qualquer ato praticado pelo autor da presente demanda que configure excesso de poder, infração à lei ou contrato social, não há que se imputar responsabilidade para tal, uma vez que a autuação não versa sobre fraude ou má fé, mas sim pura e simplesmente de discussão jurídica quanto à exclusão de despesas da base de cálculo do.... Destaca ainda, que os débitos exigidos são posteriores a retirada do embargante da sociedade empresarial, motivo que por si só enseja a exclusão do polo passivo da presente Execução Fiscal. Desta forma, resta claramente demonstrado que é incabível a responsabilização do embargante, uma vez que não houve qualquer ofensa ao bom direito, bem como a constituição do débito ter ocorrido em data posterior a retirada do embargante da sociedade empresarial, motivos estes mais do que suficientes para que a execução fiscal que recai sobre a pessoa física não prosperar. III. DO PEDIDO Diante do acima exposto requer-se: a) A procedência dos presentes embargos desconstituindo-se o crédito tributário e por consequência, extinguindo-se a presente execução fiscal com resolução de mérito; b) Caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência, qual seja, a extinção da execução fiscal, que se exclua da presente execução, o nome do embargante e também da respectiva CDA, vez que não houveram motivos para a inclusão deste no polo passivo da demanda; c) A citação do embargado, para, caso queira, apresentar defesa; 21/08/2018 2/2 d) O levantamento imediato da penhora que recai sobre os bens do executado...; e) A condenação da parte contrária nas custas processuais e nos honorários advocatícios; IV. DAS PROVAS Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos. Atribui-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso). Termos em que, pede deferimento. Local e data. Advogado. OAB/... n.º...