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_ MONOGRAFIA UCB_ FIM_CORRIGIDA_19fev_2013

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IVANDERCI SOARES PEREIRA
A IMPORTÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO SOCIAL E FUNCIONAL DE CANDIDATOS AO INGRESSO NO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL
Monografia apresentada ao Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em O Direito e a Inteligência no Combate ao Crime e ao Terrorismo da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção de certificado de Especialista em Direito e Inteligência.
Orientador: Prof. Dr. Márcio José de Magalhães Almeida.
BRASÍLIA-DF
2012 �
		Monografia de autoria de Ivanderci Soares Pereira, intitulada A IMPORTÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO SOCIAL E FUNCIONAL DE CANDIDATOS AO INGRESSO NO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL – CBMDF, apresentada como requisito parcial para obtenção do certificado de Especialista em Direito e Inteligência no Combate ao Crime Organizado e ao Terrorismo da Universidade Católica de Brasília, em , definida e/ou aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: 
________________________________________________
Prof. Dr. Márcio José de Magalhães Almeida
Orientador
________________________________________________
Prof. Mestre Paulo Roberto C. Leão. 
Membro
________________________________________________
Prof. Especialista Júlio Edstron Secundino Santos 
Membro
Brasília
2012 �
Dedico o presente Trabalho monográfico à minha esposa Hellen Silva; ao meu filho Guilherme L. Soares; aos meus pais Isídio Francisco Pereira e Maria Soares Pereira; e a todos aqueles que direta ou indiretamente me apoiaram em mais essa conquista.
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AGRADECIMENTO
 	Primeiramente, agradeço ao Pai Celestial Todo Poderoso, que não me faltou em um só dia e pela renovação espiritual que me dera nos momentos de fraqueza.
 	À minha esposa Hellen Silva, pela motivação e apoio nos momentos difíceis que surgiram no decorrer do curso sabendo entender e suportar minha ausência.
 	Ao meu filho, Guilherme Lima Soares, que mesmo triste por eu não estar presente em certos momentos, se dizia feliz por mais essa conquista que é nossa.
 	Aos meus pais, Isídio Francisco Pereira e Maria Soares Pereira, que sempre oraram e torceram para que eu conseguisse galgar mais esse degrau, ao passo que sentiam minha ausência nos momentos de confraternização familiar.
 	Ao Comandante do Centro de Inteligência do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Tenente Coronel QOBM/Comb. Reginaldo Ferreira de Lima, o qual me oportunizou a chance de agregar mais esse conhecimento.
 	Aos colegas de curso, especialmente, José Genilson, Lenilton Lino, Milton Fernandes e Noel Brandão, pelo companheirismo e apoio dentro e fora do ambiente acadêmico, e pelo amparo nos momentos difíceis que surgiram durante nossa caminhada.
 	Aos colegas de trabalho pelo apoio contínuo e espírito de corpo, especialmente aos Agentes da Seção de Contrainteligência - SECOI, Sargentos: Paula Dini, Alex Nery e Antônio José, pelo companheirismo e apoio quando necessitava me empenhar nos estudos e para isso, teria que estar ausente.
 	Aos chefes e colaboradores das valorosas Instituições Policiais que subsidiaram esta obra no tocante a informações relativas ao tema.
 	A todos os professores, especialmente à Professora, Doutora Arinda Fernandes – Coordenadora Geral do curso, e ao Professor Doutor Márcio José de Magalhães Almeida, orientador específico, pelo prestimoso suporte acadêmico, os quais me deram “Norte” para conclusão do presente trabalho monográfico.
 	A todos aqueles que direta ou indiretamente colaboraram para esse sucesso.
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Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha, sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas.
(SUN TZU)
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RESUMO
PEREIRA, Ivanderci Soares. A importância da Investigação Social e Funcional de Candidatos ao Ingresso no Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Orientador: Prof. Dr. Márcio José de Magalhães Almeida. Brasília-DF: Universidade Católica de Brasília, 2012, 45 (quarenta e cinco) fls. Trabalho de Conclusão de Curso.
A influência de organizações criminosas nos órgãos governamentais é preocupação constante, pois, membros de facções se infiltram na administração pública, a fim de estreitarem laços entre o poder público e seus integrantes. Sendo assim, uma das formas encontradas para a essa investida, é o concurso público. Com efeito, Instituições civis e militares, buscam aprimorar o processo de seleção para ingresso de pessoas em suas estruturas, investindo em Inteligência e Contrainteligência. Dessa forma, a Contrainteligência dos órgãos governamentais serve de “peneira”, para barrar candidatos suspeitos, ou até mesmo confirmar tal suspeição, evitando seu ingresso. Contudo, no intuito de zelar pela Corporação, o Centro de Inteligência (CEINT), utiliza metodologia própria ao passo que é responsável pela Investigação Social e Funcional de candidatos a ingresso no CBMDF. Entretanto é necessário que esse processo seja balizado em institutos legais reconhecidos pelo poder público, por se tratar de Investigação sobre pessoas, e tudo a elas relacionado, destarte, falhar nesse processo, pode significar dano irreparável à administração pública e principalmente à Administração Bombeiro Militar.
Palavras-chave: Contrainteligência. processo seletivo. Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Inteligência.
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Abstract 
Pereira, Ivanderci Soares. The importance of the social and functional investigation of the candidates to entry in Military Fire-brigade in the Federal Distrit. Specific mentor Professor: Márcio Almeida. Brasilia – DF. Catholic University of Brasilia, 2012, 45 (forty seven pages), work of course conclusion.
The influence of criminal organizations in government organ is a constant worry because members of faction infiltrate in the Public management, to narrow links between public power and their stakeholders. So, one of the ways found to that research, is the public course. With effect, military and civil institutions, seek to improve the selection process to entry of the people in their structures, investing in intelligence and against intelligence. In that manner, the against intelligence of government organs fits as “sieve,” to barrier suspect candidates, or to confirm such suspect, avoiding their entry. Nevertheless, in aim to manage by corporation, the Intelligence Center (CEINT), uses their own methodology and is responsible for Social and Functional Investigation of candidates to entry CBMDF. Meanwhile, is necessary that this process is based on legal institutes recognized by the public power because it is an investigation about people, and everything related to them, offend, failure that process, can mean irreparable harm to public management and mainly in the Military Fireman management. 
KEYWORDS: Against intelligence, selective process, Military Fire-brigade of Federal District, Legislation, Constitutional Right, and Intelligence. 
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 	 1
CAPÍTULO 1 – A ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA E CONTRAINTELIGÊNCIA E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL NO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL 	 3
1.1 Considerações Iniciais 	 3
1.1.1 Conceitos 	 3
1.1.1.1 Inteligência 	 3
1.1.1.2 Contrainteligência 	 4
1.2 A Necessidade da Existência de Agências de Inteligência 	 6
1.3 A Contrainteligência no BRASIL 	 7
1.4 A Inteligência e a Contrainteligência na Organização Bombeiro Militar 	 9
1.5 Da Estrutura Organizacional 	 12
1.6 Do Pessoal 	 14
1.7 Da Seção de Inteligência 	 14
1.8 Da Seção de Contrainteligência 	 15
1.9 Da Seção de Operações 	 15
1.10 Da Seção de Apoio Administrativo e Outras 	 15
CAPÍTULO 2 – A ATIVIDADE DE CONTRAINTELIGÊNCIA NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL E FUNCIONAL 	 172.1 Da Investigação Social e Funcional no Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e nas Instituições Coirmãs 	 17
2.1.1 Da Investigação Social 	 17
2.1.2 Da Investigação Funcional 	 18
2.2 Da Investigação Social e Funcional na Polícia Militar do Distrito Federal 	 18
2.2.1 Da Investigação Social 	 19
2.2.2 Da Investigação Funcional e Confirmação de Dados Acadêmicos 	 20
2.3 Da Investigação Social e Funcional Na Polícia Civil do Distrito Federal 	 20
2.3.1 Da Investigação Social Funcional 	 20
2.4 Considerações	 22
CAPÍTULO 3 – LEGISLAÇÃO APLICADA AO PROCESSO DE SELEÇÃO E INGRESSO NO CBMDF E LEGISLAÇÃO E NORMAS APLICADA NAS INSTITUIÇÕES COIRMÃS 	 24
3.1 Da Constituição da República Federativa do Brasil 	 24
3.2 Da Legislação e Normas Aplicadas ao Processo de Investigação Social e Funcional no Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 	 25
3.2.1 Dos Aspectos Positivos 	 26
3.2.2 Dos Aspectos Negativos 	 27
3.3 Da Legislação e Normas Aplicadas ao Processo de Investigação Social e Funcional na Polícia Militar do Distrito Federal 	 28
3.4 Da Legislação e Normas Aplicadas ao Processo de Investigação Social e Funcional na Polícia Civil do Distrito Federal 	 29
CONCLUSÃO 	 31
REFERÊNCIAS 	 32
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho monográfico trata sobre a Importância da Investigação Social e Funcional de Candidatos ao Ingresso no Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). E tem por objetivo identificar se a Atividade de Contrainteligência, participando do processo seletivo fere direitos constitucionais, principalmente no que tange aos direitos individuais. 
É importante salientar que o desejo de organizações criminosas em fazer parte da administração pública, gera grande preocupação. Isso porque, se pessoas criminosas conseguem se infiltrar na Corporação, é passível de comprometer além do nome, o decoro da Instituição Militar, a qual possui em seu seio, militares que devem ter conduta irrepreensível e totalmente ilibada, dada a importância e relevância de prestação de serviços à comunidade.
A ideia a cima mencionada, é ratificada pelo que transcreve o autor Filho, na obra “Inteligência de Segurança Pública – Um Xeque-mate na Criminalidade”, segundo ele, a criminalidade é dinâmica e obriga Instituições de segurança pública a desenvolverem mecanismos de defesa tanto interna, quanto externa. 
Nesse sentido é que, para preservar não só a população de um modo geral, mas, principalmente, a excelência dos serviços prestados à comunidade é que o CBMDF mantem o foco na fase de seleção para ingresso de candidatos na Instituição Militar, de forma rígida e com plena atenção, e aplica metodologia de Investigação Social de forma imparcial, com finalidade de, sob o manto da legalidade, conhecer tudo que é possível sobre a conduta social e funcional dos candidatos. 
Assim sendo, e considerando o alto valor de influência que possui um agente público, e no caso em tela, um agente do CBMDF, é que os esforços do Centro de Inteligência da Corporação são concentrados na fase de Investigação Social e Funcional. 
Justifica-se a escolha do tema em vista da necessidade de identificar a melhor forma de analisar a conduta dos candidatos enquanto na vida civil, a fim de fazer um parâmetro entre essa, e a conduta de bombeiro militar a qual deve ter princípios convergentes ao cumprimento dos Estatutos e Regulamentos militares aplicados ao CBMDF.
A metodologia empregada na elaboração da presente monografia valeu-se do método dedutivo e técnicas de pesquisa bibliográfica. Com isso, foram elaborados três capítulos sendo que o primeiro trata sobre a Atividade de Inteligência e Contrainteligência, e estrutura organizacional no CBMDF; o segundo Capítulo aborda a Atividade de Contra Inteligência na Investigação Social e Funcional; e o no terceiro capítulo aborda-se a Legislação aplicada no Processo de seleção e ingresso no CBMDF e Legislação e normas aplicadas nas Instituições coirmãs.
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CAPÍTULO 1 – A ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA E CONTRAINTELIGÊNCIA E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL NO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL
1.1 Conceitos
1.1.1 Inteligência
Conforme os mais diversos entendimentos pode-se elencar alguns conceitos de Inteligência: segundo UGARTE, citado por GONÇALVES: “a Inteligência é um produto sob a forma de conhecimento, informação elaborada”�. Utilizando-se das ideias deste autor, GONÇALVES cita que Inteligência é a atividade ou função estatal, realizada por uma organização ou conjunto de organizações.
No entanto, a Legislação Pátria apresenta um conceito trazido pela Lei n° 9.883/99, a qual criou a Agência Brasileira de Inteligência – ABIN e na ocasião instituiu o Sistema Brasileiro de Inteligência – SISBIN. 
Segundo aquele dispositivo legal, em seu artigo segundo define-se que inteligência é: 
[...]a atividade que objetiva a obtenção, análise e disseminação de conhecimentos, dentro e fora do território nacional, sobre fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório e a ação governamental e sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado. �
A Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública – DNISP, aplicada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP, também define essa atividade: 
A atividade de inteligência de segurança pública é o exercício permanente e sistemático de ações especializadas para a identificação, acompanhamento e avaliação de ameaças reais ou potenciais na esfera de Segurança Pública, basicamente orientadas para produção e salvaguarda de conhecimentos necessários para subsidiar os governos federal e estaduais a tomada de decisões, para o planejamento e à execução de uma política de Segurança Pública e das ações para prever, prevenir, neutralizar e reprimir atos criminosos de qualquer natureza ou atentatórios à ordem pública.�
O conceito trazido pela Doutrina Nacional de Inteligência deixa clara a importância da atividade de Inteligência no que tange a subsidiar as autoridades na tomada de decisão, a fim de salvaguardar os interesses do Estado.
E ainda assim, há pessoas com entendimento controverso do que seja Inteligência, concluindo com isso que pouco se difere da informação; contudo, faz-se necessário distinguir uma da outra.
A informação é qualquer coisa que possa ser conhecida, não se levando em conta como ela é descoberta. 
Há diferença pontual entre inteligência e informação, demonstrando que enquanto a informação denota algo conhecido, independentemente da maneira como se formulou esse conhecimento, a inteligência converte-se à informação voltada às necessidades daqueles que são responsáveis pela tomada de decisão.
	Pode ser entendido então, que a Inteligência se refere à informação que satisfaz as necessidades declaradas ou entendidas dos planejadores de políticas e que tenha sido coletada, processada, ou restringida para satisfazer tais necessidades. Sendo assim, a inteligência é uma subcategoria, dentro de uma categoria mais abrangente, que é a informação. Isso denota que a Inteligência é informação, mas o contrário não é verdadeiro�.
Nesta esteira, e considerando a importância da atividade de inteligência no interesse do Estado e no sentido de subsidiar o comandante do CBMDF no processo seletivo para ingresso de candidatos na corporação que, a Inteligência firma sua importância para a Instituição.
1.1.2 Contrainteligência
A Contrainteligência está ligada diretamente à Inteligência, sem a qual não poderia existir. Segundo Lowenthall:
[...] É, ademais, o resultado desse processo, a salvaguarda desses processos e dessa informação pela contrainteligência, o desenvolvimento de operações de acordo com a demanda de autoridades legítimas�.
A afirmação do autor esclarece a ligação e interdependência da Contrainteligência, em relação à Inteligência.
No intuito de proteger as Instituições de segurança pública, estas se viram obrigadas a desenvolver uma política de autoproteção, a fim de também proteger a sociedade, dessa forma,A dinâmica social e o aumento da criminalidade obrigaram as instituições de segurança pública a desenvolverem mecanismos de defesa interna e externa. Um dos fatores que motivou essa política foi à profissionalização e organização da criminalidade, onde grupos organizados passaram a infiltrar criminosos nas fileiras das instituições de segurança pública, com a finalidade de obtenção de informações privilegiadas e de corromper os demais integrantes da instituição�. 
Segundo o Manual Básico da Escola Superior de Guerra – ESG, o qual é citado por Gonçalves: 
[...] a Contrainteligência é definida como um aspecto da atividade de inteligência que engloba um conjunto de medidas destinadas a neutralizar a eficiência dos serviços de inteligência adversos, salvaguardar os segredos de interesse da Segurança Nacional, bem como identificar as agressões à população�.
“A Contrainteligência é voltada para proteção de conhecimentos sensíveis, segurança das instalações e por implementar políticas internas que visem a educação quanto a segurança das informações�.” 
Contudo, há que se observarem conceitos diversos tangentes à Contrainteligência, nesse caso, para a Legislação brasileira Contrainteligência é:
a atividade que objetiva prevenir, detectar, obstruir e neutralizar a inteligência adversa e ações de qualquer natureza que constituam ameaça à salvaguarda de dados, informações e conhecimentos de interesse da segurança da sociedade e do Estado, bem como das áreas e dos meios que os retenham ou em que transitem�
Ao considerar os conceitos de Inteligência e Contrainteligência constantes da lei que criou a ABIN e instituiu o SISBIN, o Decreto n° 4.376, de 13 de setembro de 2002, que regulamenta tal lei, ratifica-os�. 
	Dessa forma, entendidos os conceitos e considerando a necessidade de processamento de informações e salvaguarda dessas, é necessário entender o porquê da existência de Agências de Inteligências.
1.2 A necessidade da Existência de Agências de Inteligência
A existência dessas Agências pode ser fundamentada em vários aspectos, no que é possível elencar pelo menos três motivos: para evitar surpresa estratégica; para fornecer experiência em longo prazo; e para manter o sigilo das informações, necessidades e métodos.
	De um modo geral, primeiramente há que falar em evitar surpresa estratégica, no que consiste em rastrear ameaças, forças, eventos e desenvolvimentos que possam colocar em risco a existência da nação. Sabe-se que em muitas vezes nações inteiras foram dizimadas por ataques militares diretos, por estarem, simplesmente, despreparadas. 
Para Antunes�, os reflexos da II Guerra Mundial e da Guerra Fria, foram responsáveis pela exportação pelos Estados Unidos e União Soviética de homens e técnicas de treinamento na área de inteligência, o que gerou preocupação das grandes nações com as suas defesas.
	Contudo, há que se inferir que a Contrainteligência é uma área da Inteligência que aos poucos vem sendo reconhecida, pois visa prevenir a fuga do patrimônio informacional�, principalmente no sentido de reduzir certas vulnerabilidades, voltadas a defesa nacional e institucional. Considerando assim, a defesa estatal ou Institucional.
	A despeito desse entendimento, nos ensina o professor Cepik� 
[...] enquanto a inteligência procura conhecer o que os comandantes e governantes que a dirigem necessitam saber sobre as ameaças e problemas relativos a segurança do Estado e dos cidadãos, a contrainteligência procura proteger as informações que, uma vez obtidas por adversário ou inimigo, poderiam tornar vulneráveis e inseguros o Estado e os cidadãos�.
1.3 A Contrainteligência no BRASIL
No Brasil, cronologicamente a Contrainteligência teve inicio em 1927, quando da criação do Conselho de Defesa Nacional, o qual tinha como missão estudar, analisar e coordenar todas as informações sobre a ordem financeira, econômica, bélica e moral, ligadas à defesa da pátria.
Ao ser criado aquele Conselho, já se fez referência à Contrainteligência, no momento em que se normatizou a proteção, guarda e classificação de informações (documentos importantes para a segurança do Estado)� 
Para Filho�, o art. 165 da Constituição de 1937 fez menção à Contrainteligência quando definiu regras para ocupação da faixa de fronteira, obrigando as organizações que ali estavam a se submeterem ao controle do Estado. Tal norma tinha como objetivo maior, a proteção de informações, além da guarda do território.
Dentro de uma faixa de cento e cinquenta quilômetros ao longo das fronteiras, nenhuma concessão de terras ou de vias de comunicação poderá efetivar-se sem audiência do Conselho Superior de Segurança Nacional, e a lei providenciará para que nas indústrias situadas no interior da referida faixa predominem os capitais e trabalhadores de origem nacional�. 
Durante o governo do presidente Dutra, existia uma Secretaria de cunho geral a qual foi dividida em três seções, sendo que a segunda seção era responsável pela coordenação dos serviços de informação e contrainformação bem como por organizar a propaganda e contrapropaganda no que estivesse relacionado com o plano político e defesa do sistema econômico. Importante salientar, que a segunda seção era a denominação dada à seção de inteligência à época, permanecendo tal denominação até o início do século XIX. Esta era ligada ao Serviço Federal de Informação e Contrainformação�.
Com efeito, durante aquele governo foi atribuída à Contrainteligência mais uma missão, a de manter em dia o levantamento das atividades de pessoas físicas e/ou jurídicas que se opusessem ou colocassem em risco os interesses nacionais, além de acompanhar diariamente as agências de rádios e TVs do Brasil.
No ano de 1964, com a criação do Serviço Nacional de Inteligência (SNI)�, o Serviço Federal de Informação e Contra Informação foi extinto, e o SNI passou a superintender e coordenar as atividades de informação e contrainformação. Em 1967, o Decreto 60.417 aprovou o Regulamento de Salvaguarda de Assuntos Sigilosos�, e esse assunto, novamente foi regulamentado em 1977, pelo Decreto 79.099/77. Já em 1971, foi criada a Escola Nacional de Informação, que tinha como finalidade a preparação de civis e militares ao atendimento das necessidades básicas de informações e contrainformações.
Com efeito, o SNI foi substituído pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), que continha em sua estrutura o Departamento de Inteligência (DI), ao qual cabia identificar, avaliar e neutralizar a espionagem promovida por outros serviços de inteligência e proteger os conhecimentos científicos e tecnológicos considerados de interesse nacional.
Ainda no Brasil, a atividade de inteligência ganhou força a partir da instituição do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN) e com a criação da Agência Brasileira de Inteligência(ABIN), em 1999, por meio da Lei 9.883/99�. O SISBIN tinha como função a integração das ações de planejamento e execução das atividades de inteligência do Estado Brasileiro, e a ABIN a de assessorar a Presidência da República.
1.4 A Inteligência e a Contrainteligência na Organização Bombeiro Militar
A Lei n° 8.255/91 que Organiza a estruturação do CBMDF cria o Estado Maior Geral (EMG), que instituiu a então 2ª Seção do EMG dentre suas sete seções, sendo essa, encarregada dos assuntos relativos às atividades de informações e inteligência. 
O CBMDF passa a fazer parte do SISBIN, através do decreto n.° 3.695, de 21 de dezembro de 2000, que cria o Subsistema de Inteligência de Segurança Pública (SISP), que tem como finalidade coordenar e integrar os diversos serviços de inteligência das Secretarias de Segurança Pública do Brasil, bem como suprir de informações os Governos Estaduais e Federal no auxilio a tomada de decisões�
Dessa forma, é perceptível que na estrutura do EMG, as atividades de informações e inteligência, remetem-se à Era Dutra, quando da denominação da 2ª Seção, para as atividades de informação e contrainformação. 
O Regimento Interno do EMG definia que a 2ª Seçãoera o órgão de assessoramento do Comandante Geral, nos assuntos pertinentes as atividades de inteligência, contra inteligência e busca, de acordo com as diretrizes fixadas pelo comando da corporação, além das demandas emanadas da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Distrito Federal (SSP/DF) e dos demais órgãos da área de inteligência.
A 2ª Seção do EMG era o órgão central das atividades de inteligência da Corporação, e o seu Regimento Interno explanava suas atribuições, entre as quais:
[...] planejar, orientar, supervisionar, coordenar atividades de informação e inteligência no âmbito doa Corporação; Assessorar o comando-geral através da participação nos trabalhos integrados do Estado Maior-Geral; Executar coleta e busca de dados, no que tange às atividades ligadas ao Corpo de Bombeiros;Buscar dados sobre fatos que interessem à segurança interna, segurança pública e defesa civil e outras de interesse à atividade operacional da Corporação�
No ano de 2009, a Lei n° 12.086, em seu artigo 112 determinou a extinção da 2ª Seção do EMG, sendo que o Decreto n° 31.817/2010, o qual regulamenta dispositivos da Lei de Organização Básica do CBMDF, instituiu o Centro de Inteligência (CEINT) do CBMDF, com subordinação direta ao Comandante Geral da Corporação.
Conforme Portaria do Comando Geral do CBMDF, o CEINT está organizado da seguinte forma: Comando do CEINT; Seção de Inteligência; Seção de Contrainteligência; Seção de Operações de Inteligência; e Seção de Apoio Administrativo.
Sendo assim, e considerando o que alude os preceitos legais, o CEINT, por intermédio da Seção de Contrainteligência é responsável por proteger assuntos de interesse da Instituição, dentre eles, os recursos humanos, que talvez sejam um dos preciosos tesouros das organizações, isto porque, máquinas são substituíveis facilmente e em muitos casos instantaneamente, no entanto para substituir pessoas necessita-se de período um tanto quanto mais longo além de uma preparação profissional bem definida. 
O Regimento Interno do Serviço de Inteligência do CBMDF define especificamente as razões e motivos para a existência da Seção de Contrainteligência na estrutura do Centro de Inteligência do CBMDF.
Essa ideia é reforçada pelo o que é transcrito no art. 1° do citado regulamento, aprovado por dispositivo interno do CEINT:
O Centro de Inteligência (CEINT) é o órgão de apoio subordinado diretamente ao Comandante-Geral, que tem por finalidade planejar, orientar, coordenar e controlar as atividades de inteligência, bem como executar ações relativas à obtenção e análise de dados para a produção de conhecimentos destinados a assessorar o Comando-Geral da Corporação, em conformidade com a Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública �
Desse modo, é necessário que aquela Seção de Contrainteligência, faça-se como “escudo” para proteger a Corporação das adversidades e/ou vulnerabilidades, tanto internas quanto externas, e no caso em tela, quanto ao ingresso de pessoas na Instituição, como os candidatos aos diversos quadros de pessoal. Destarte, a estrutura de Contrainteligência, além de exercer a missão de segurança da organização Bombeiro Militar, tangente à salvaguarda das instalações e documentos sigilosos, é responsável pela proteção de todo o conhecimento (sensível) produzido no CBMDF.
Diante disso, e das vulnerabilidades em que a administração pública é submetida a todo o momento e por todas as partes, considerando o interesse de organizações criminosas em infiltrar agentes adversos (espiões) e facilitadores para o cometimento de crimes, é que há a necessidade proativa do serviço de Contrainteligência em combater esse possível mal. 
Consequentemente, a proteção a esse conhecimento pode esbarrar precisamente na admissão de novos servidores militares, que além de serem submetidos a concurso público de provas e/ou provas e títulos, serão subjugados pelo rígido processo de Investigação Social e Funcional de responsabilidade do Centro de Inteligência da Corporação por meio da Seção de Contrainteligência. 
Nesta esteira, observa o professor Gonçalves (2011):
A Contrainteligência tem por objetivo, portanto, tornar tão difícil quanto possível as ações adversas, tomando medidas de segurança que impeçam o acesso a tudo que se deseja manter em sigilo e protegendo pessoas e instalações. �
Ainda segundo o docente�, 
a Contrainteligência envolve produção de conhecimento e operações e não pode ser separada da inteligência, por existir em função desta. Entretanto, tem procedimentos específicos – ofensivos e defensivos – para a salvaguarda do conhecimento. Apesar de seu caráter eminentemente defensivo, seus métodos de ação e suas operações são essencialmente ofensivos.�
“A Contrainteligência que outrora era utilizada nos campos de batalha, hoje vem se apresentando como uma ferramenta importantíssima no campo da Segurança Pública. �“ 
Com essa ideia, ratifica-se a importância da Investigação Social e Funcional de candidatos ao ingresso no CBMDF, pelo simples motivo de resguardar os interesses do Estado, haja vista, a tentativa de implementação por parte de facções criminosas, para infiltrar agentes adversos na estrutura de segurança pública. 
Contudo, e tendo por finalidade salvaguardar os interesses e preservar o conceito do CBMDF perante a sociedade, mantendo-se o respeito e o brio de cada integrante da corporação, é responsabilidade do serviço de Contrainteligência da Instituição, aferir, por intermédio da realização da Investigação Social e Funcional (ISF) - a idoneidade moral e conduta inatacável daqueles que se candidatam ao cargo de bombeiro militar aos diversos Quadros da Organização Bombeiro Militar.
1.5 Da Estrutura Organizacional
Com a finalidade de desempenhar as atividades inerentes aos serviços de Inteligência, Contrainteligência e outros, o Centro de Inteligência do CBMDF está estruturado da seguinte forma:
Comando do Centro;
Seção de Inteligência (SEINT) a qual se desmembra em: subseção de Inteligência e subseção de coleta de dados;
Seção de Contrainteligência (SECOI) que possui o seguinte desdobramento: subseção de análise de contrainteligência e subseção de segurança orgânica;
Seção de Operações de Inteligência, que é subdividida em: subseção de busca e subseção de segurança de autoridades;
Seção de Apoio Administrativo a qual engloba a subseção de recursos humanos, materiais, patrimônio, capacitação, publicação e documentação; e 
Subseção de Controle, Registro, Porte de Arma de Fogo e Arquivo Silgiloso.
ORGANOGRAMA:
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1.6 Do Pessoal
O Pessoal que integra o efetivo do Centro de Inteligência é composto exclusivamente por militares do CBMDF dos diversos quadros de Oficiais e Praças da Corporação, comandado por um Tenente Coronel do quadro de Oficiais Combatentes; e estão distribuídos de acordo com o que estabelece o art. 40 do Regimento Interno do Centro de Inteligência publicado em normativos internos do CEINT. 
O recrutamento; escolha; e seleção de pessoal é de competência do Comandante do CEINT e a preparação e treinamento ficam a cargo de setor específico também de responsabilidade do Centro de Inteligência. Os militares selecionados são submetidos a rigoroso critério de seleção interna, que parte de uma simples entrevista à pesquisa de vida pregressa em ficha de assentamento funcional, além de consulta aos chefes aos quais estão subordinados, dentre outras que se fizerem necessário. 
1.7 Da Seção de Inteligência
A Seção de Inteligência (SEINT) possui a missão de assessorar o comandante e o subcomandante do Centro de Inteligência, munindo-os de informações oriundas de eventos de cunho político, reivindicatório e grevista, além de produzir conhecimentos por meio de análise, constante de fatos e situações de interesse da corporação, com o objetivo principal de subsidiar o Comandante geral do CBMDF nas questões de cunho geral, tomando por base o Plano de Inteligência Estratégica da Instituição.
A SEINT também é responsávelpor monitorar fatos e situações referentes a assuntos de interesse institucional, nos ambientes internos e externos, bem como desvios de conduta, propaganda adversa e legislações, dentre outros.
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1.8 Da Seção de Contrainteligência
A Seção de Contrainteligência (SECOI) é responsável por assessorar o comandante do CEINT nos assuntos relativos à contrainteligência e na tomada de decisões, essa seção, incumbe-se de coordenar ações visando detectar vulnerabilidades e ameaças à corporação, com orientações a trabalhos, a análise e ao cumprimento de medidas de salvaguarda. Com isso, a SECOI, coordena medidas preventivas e de neutralização de ações contrárias às atividades da corporação. 
Com efeito, conforme aludido anteriormente, a Seção de Contrainteligência é responsável por coordenar e controlar as demandas referentes à investigação social e de vida pregressa, tanto do pessoal efetivo do CBMDF e de seus próprios agentes de Inteligência; quanto de candidatos a ingresso na Instituição, dentre outros.
1.9 Da Seção de Operações
A Seção de Operações de Inteligência (SOPER), além de executar as demandas do comandante do CEINT e das demais seções do CEINT, por intermédio da Subseção de Busca (SSBUS) é incumbida de realizar a coleta e busca de dados que contribuam para a neutralização de ações adversas, utilizando-se de técnicas e ações especializadas de Inteligência. Em se tratando de Investigação Social e Funcional, tangente à busca de dados necessários para subsidiar o processo de seleção e ingresso de candidatos, essa Seção participa proativamente na execução das demandas relacionadas.
1.10 Da Seção de Apoio Administrativo e Outras
A Seção de Apoio Administrativo responde pelos expedientes emanados pelo comandante do Centro de Inteligência - CEINT, além do controle e administração de seu pessoal, material e viaturas, bem como o assessoramento direto ao comando do Centro nas ordens enunciadas por este, e ainda, à emissão, controle e registro de porte de arma de fogo de uso permitido, aos os integrantes do CBMDF, ressalvados os casos omissos os quais serão dirimidos pelo Comando Geral da corporação. 
Há, também, na estrutura do Centro de Inteligência - CEINT, a Seção de Arquivo Sigiloso, a qual é de fundamental importância na guarda e consolidação de dados obtidos pelas Seções do CEINT, que poderão subsidiar além das demandas internas do CBMDF, o processo de seleção e ingresso de candidatos.
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CAPÍTULO 2 – A ATIVIDADE DE CONTRAINTELIGÊNCIA NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL E FUNCIONAL
2.1 Da Investigação Social e Funcional no Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e nas Instituições Coirmãs
2.1.1 Da Investigação Social
Conforme preceitua a Lei n° 12.086/2009�, no que tange principalmente à idoneidade moral, o CBMDF por intermédio de metodologia própria e por execução da Seção de Contrainteligência realiza a Investigação Social e Funcional dos candidatos a ingresso na Corporação.
A necessidade de se conhecer minuciosamente quem são os candidatos que pretendem entrar para a Corporação, impõe ao Corpo de Bombeiros Militar do DF, realizar levantamentos da vida pregressa dos candidatos, a fim de verificar se a conduta enquanto cidadão comum (civil) condiz com a dos integrantes do CBMDF.
Desse modo, por meio do Centro de Inteligência (CEINT), e por execução a cargo da Seção de Contrainteligência (SECOI), o CBMDF executa as ações necessárias de Investigação Social e Funcional, para que o comando geral da corporação conheça minunciosamente quem são os candidatos.
Com efeito, o conhecimento necessário sobre a vida dessas pessoas (candidatos) as quais se candidatam ao cargo de bombeiro militar, é obtido pelo CEINT/SECOI, o qual possui a missão de “levantar” toda a vida pregressa do candidato, adotando a metodologia vigente no Centro de Inteligência para a Investigação Social e Funcional.
A investigação social, em concurso público, especificamente no certame para ingresso de candidatos no CBMDF destina-se a analisar a vida pregressa quanto às infrações penais e outras que porventura o candidato tenha praticado. Além de avaliar a conduta moral e social no decorrer de sua vida, visando aferir seu comportamento frente aos deveres e proibições legítimos, que são impostos ao ocupante de cargo de bombeiro militar. 
Nesse caso, a análise é pautada em critérios objetivos e definidos em metodologia vigente aplicada no âmbito do CBMDF.
	As condutas apuradas pela Seção de Contrainteligência durante a Investigação Social dos candidatos, as quais são devidamente verificadas na esfera penal, tendo algumas, sentença condenatória com trânsito em julgado, são incompatíveis com ao que se espera de um bombeiro militar, em cujas atribuições funcionais se destacam a preservação da ordem pública e a incolumidade das pessoas.
Nesse sentido, é possível que um candidato seja eliminado do certame, assegurando-lhe, porém, o direito constitucional à ampla defesa, conforme estabelecido no art. 5°, LV, da Constituição da República Federativa do Brasil (CF/88), direito esse que deve ser materializado no momento em que o candidato interpõe recurso administrativo.
Dessa maneira, a Administração Bombeiro Militar deve observar o princípio da motivação� no caso em que decida processo administrativo referente ao concurso para ingresso em suas fileiras. Inclusive nesse caso, deve-se balizar pelo o que preceitua o art. 5°, XXXIII, da Carta Magna de 1.988:
[...] todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.�. 
Destarte, caso a análise não esteja de acordo com critérios objetivos assegurados o direito ao contraditório e à ampla defesa, bem como o princípio da motivação, o ato de contraindicação de candidato será caracterizado como irregular, sendo passível de anulação por determinação judicial.
2.1.2 Da Investigação Funcional
A Investigação Funcional segue o escopo da Investigação Social, tangente a aferir a conduta funcional do candidato ao cargo de bombeiro militar. 
Seguindo os critérios estabelecidos pelo Centro de Inteligência do CBMDF, por meio de metodologia específica, os candidatos são submetidos à Investigação em seus locais de trabalho atual e anteriores, com finalidade de verificar sua assiduidade; capacidade de trabalhar em equipe; relacionamento interpessoal com colegas de trabalho; capacidade de iniciativa; obediência às normas profissionais; relacionamento com a chefia; dentre outras.
Aos moldes da Investigação Social, o candidato terá assegurado o direito de a ampla defesa e ao contraditório, conforme estabelecido em preceito constitucional, caso seja contraindicado e/ou eliminado do concurso público para ingresso no CBMDF.
2.2 Da Investigação Social e Funcional na Polícia Militar do Distrito Federal
2.2.1 Da Investigação Social
A Investigação Social (IS) na Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) é realizada por Divisão Especializada, que além das demandas para seleção externa (candidatos a ingresso na PMDF), realizam a Investigação Social dos policiais submetidos a concurso interno na corporação e de candidatos das demais Unidades Federativas que informam dados a serem investigados no Distrito Federal. Dessa forma, a realização da IS é executada por comissão especial formada especificamente para análise dos dados preliminares, sendo essa comissão dissolvida após o termino de fase interna. Importante observar que a comissão que julga, não é a mesma que analisa os recursos administrativos.
Da mesma maneira em que se inicia no CBMDF, o início oficial da sindicância da vida pregressa do candidato na PMDF, é relacionado diretamente ao encaminhamento das Fichas de Ingresso na Corporação (FIC) ao Centro de Inteligência, o que não impede de ser realizada a partir da publicação dos resultados da avaliação das provas objetivas (avaliaçãode conhecimentos), perdurando-se até após o resultado final da IS para aqueles candidatos contraindicados os quais retornam por força de medida liminar, ou motivados por denúncias reportadas ao Centro de Inteligência da PMDF.
À maneira de como se trata no CBMDF, a IS na PMDF, tem por finalidade sanar quaisquer dúvidas quanto ao comportamento social e/ou moral do candidato em meio à sua comunidade, ao passo que os regulamentos e normas aplicados na PMDF, pré-estabelecem as condutas que serão repudiadas, o que é publicado em edital normativo, e o candidato as aceitando, autoriza a Investigação sobre sua pessoa.
Com isso, tem-se por objetivo também, verificar o envolvimento do candidato com atos ilícitos; clubes e associações; movimentos sociais; comportamento familiar; uso e abuso de substâncias psicotrópicas; envolvimentos com pessoas suspeitas, dentre outros.
2.2.2 Da Investigação Funcional e Confirmação de Dados Acadêmicos
Aos moldes de como tratado no CBMDF, a PMDF, por meio da Divisão de Contrainteligência (DCI) apura a conduta do candidato nos locais indicados por ele na FIC, a fim de confirmar a veracidade das informações, bem como verificar a assiduidade nos locais de trabalho, capacidade de iniciativa, comportamento com colegas e chefes, dentre outros. É verificada ainda junto às Instituições de Ensino, a idoneidade dos diplomas e/ou certificados apresentados pelos candidatos.
2.3 Da Investigação Social e Funcional Na Polícia Civil do Distrito Federal
2.3.1 Da Investigação Social Funcional
As peculiaridades do serviço dos servidores da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), e as atribuições distintas em relação aos policiais e bombeiros militares, atribuem a esse braço da segurança pública, uma maneira diferente de agir quando do ingresso de novos policiais civis. Isso porque, a forma de levantamento de dados dos candidatos é um tanto quanto distinta, principalmente porque a Instituição possui um Sistema integrado de informações (banco de dados) que pode lhe poupar esforços quando na atividade de investigação social e funcional.
De um modo geral, a metodologia aplicada pela PCDF pode ser semelhante à aplicada nas Instituições militares, no entanto, por possuir maior acesso à vida dos candidatos por meio daquele sistema, o desenvolvimento das investigações pode ter maior celeridade.
Na PCDF, a Investigação Social Funcional (ISF) é realizada a partir do encerramento das inscrições dos candidatos aos processos seletivos para os quadros de pessoal da Instituição, quando são remetidos os dados à Divisão de Inteligência Policial (DIPO) para que seja realizada uma pré-análise.
Nesse sentido, o banco de dados é alimentado com informação a respeito de todos os envolvidos no processo seletivo (banca organizadora; servidores; e empregados no concurso) além dos dados sobre candidatos.
No entanto, a ISF efetivamente é considerada iniciada quando da entrega pelo candidato do formulário de sindicância de vida pregressa e investigação social.
Para esse processo de seleção, é nomeada uma comissão de investigação social e funcional que conduz os trabalhos. É importante salientar que esse grupo é totalmente independente da Contrainteligência da DIPO, sendo esta responsável pela investigação em si e por subsidiar aquele comitê no que tange a informações a respeito dos candidatos. No entanto, a mesma Comissão que julga, analisa os recursos administrativos pleiteados pelos candidatos contraindicados.
Ao ser iniciada a ISF, a Contrainteligência já possui uma imensa gama de informações a respeito dos candidatos, porque seus dados são inseridos previamente no sistema “CÉREBRO” (banco de dados integrado), juntamente com os dados de todos os envolvidos no processo seletivo.
Dessa forma, inseridos naquele sistema, os dados são cruzados, e geram uma série de informações sobre os candidatos e tais como: ocorrências policiais; dados biográficos; inquéritos policiais; etc. Importante observar que o sistema mencionado é capaz de informar todos os vínculos que os candidatos possuem, com todos os envolvidos no processo seletivo. O que é possível saber, por exemplo, se o candidato possui grau de parentesco com membros da banca organizadora do concurso; com servidores; se ele visitou pessoas presas em casas de custódia; dentre outros.
A eficiência do “CÉREBRO” é tão relevante, que chega a fazer filtro entre os candidatos, de modo que a ISF nos locais (endereços, escolas, trabalho) indicados por ele quando do preenchimento da FIC, pode até ser dispensada.
A investigação social e funcional visa prevenir, e barrar a entrada de potenciais criminosos no órgão de segurança pública, sendo aplicada de forma rígida e com embasamento nos dispositivos legais�, que atribuem os requisitos para matrícula na Academia de Polícia Civil.
A ISF na PCDF transcende todo o período que compreende a inscrição à nomeação do candidato. E após esse lapso, a responsabilidade em apurar possíveis desvios dos então candidatos, que já serão policiais após aquela amplidão, passa a ser puramente da Corregedoria da Instituição Policial.
2.4 Considerações
Diante do que foi explanado acima a respeito das três Instituições, é possível observar diferenças pontuais quanto à ISF, e como cada uma aplica as técnicas e táticas para execução desse trabalho. 
Sendo assim, apesar da eficiência de como a Contrainteligência do CBMDF realiza a ISF, mas, a fim de aprimorar essa investigação, seria interessante que houvesse a instituição de comissão específica para realização da análise preliminar da investigação em si, como acontece na PMDF, e tal comitê, assim como na PMDF, fosse dissolvido e nomeado outro para análise dos recursos administrativos impetrados pelos candidatos contraindicados. Interessante observar que para a celeridade das investigações é necessário um banco de dados integrado, como o utilizado pela PCDF, com finalidade de cruzamento de dados entre os candidatos e todos os envolvidos no certame, a fim de filtrar e direcionar os levantamentos da sindicância de vida pregressa. 
Dessa maneira, e de acordo com o que é realizado na PMDF, poderia ser também interessante para o CBMDF que antes da confirmação de dados acadêmicos, fosse oficiado às Instituições de Ensino, as quais os candidatos informaram ter concluído ensino superior, para que elas tomem conhecimento sobre a necessidade da confirmação de dados sobre Diplomas e Certificados apresentados pelos candidatos, inclusive, indicando que agentes estariam em campo para buscarem essa confirmação. Com isso, poderia haver maior credibilidade por parte daquelas Instituições de educação, no processo de investigação.
O cruzamento de dados por meio do Sistema, “CÉREBRO”, utilizado pela PCDF, aperfeiçoa o tempo das investigações, o que se pode ganhar prazo durante o levantamento de dados, no entanto, a visita aos locais indicados pelos candidatos na Ficha de Informações Confidenciais (FIC), poderia trazer maior riqueza de detalhes, principalmente nos ambientes frequentados por eles.
Importante observar também que, a comissão instituída para analisar os recursos administrativos impetrados pelos candidatos contraindicados, é sim, independente das atividades realizadas pela Contrainteligência durante as investigações, no entanto, poderia ser instituída outra comissão para análise pós-recursos, o que daria isenção nas decisões de manter ou não o candidato no certame, consequentemente, diminuiria possibilidades de questionamentos judiciais.
Em face do que foi exposto, pode-se tirar algumas conclusões parciais, principalmente, visando o aperfeiçoamento da Investigação Social e Funcional no âmbito do CBMDF, tais como: implantação de Sistema Integrada para cruzamento de dados; instituição regulamentar de comissão específica para análise preliminar dos Formulários entregues pelos candidatos, bem como comissão para análise de recursos administrativo, no caso de contraindicação de candidatos; dentre outros. 
Na realidade, o CBMDF pela sua importância perante a sociedadenão pode se eximir de fazer uma seleção a contento, de tal sorte que no seu universo de pessoal, só tenham profissionais à altura das competências diversas dessa corporação. Assim sendo, com as devidas discrições, a Investigação Social e Funcional, sem ferir direitos os individuais dos candidatos poderá perfeitamente adotar as devidas medidas, oficialmente regulamentadas para selecionar novos bombeiros militares.
Sendo claro, que quando o cidadão (candidato) se responsabiliza pelas informações no tocante à veracidade do que foi proporcionado pelo mesmo.
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CAPÍTULO 3 – LEGISLAÇÃO APLICADA AO PROCESSO DE SELEÇÃO E INGRESSO NO CBMDF E LEGISLAÇÃO E NORMAS APLICADA NAS INSTITUIÇÕES COIRMÃS.
3.1 Da Constituição da República Federativa do Brasil
Segundo rege a Carta Magna: 
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade�.
Nesse sentido, é importante salientar que a Investigação Social e Funcional, deve ser conduzida com finalidade específica de aferir com imparcialidade a conduta dos candidatos ao cargo de bombeiro militar, sem que tome rumo ou proporções adversas àquele objetivo. 
Diante disso, o Centro de Inteligência por intermédio da Seção de Contrainteligência pauta sua conduta prevalecendo-se do princípio da observância aos direitos individuais�.
Dessa forma, não restam dúvidas de que a investigação seja exclusivamente para selecionar os melhores, entre os classificados e que tenham perfil para serem integrantes do CBMDF, principalmente no que se observa à idoneidade moral inatacável e conduta irrepreensível. 
Sendo assim, não viola princípios constitucionais garantidos pela Lei Maior, e caso isso ocorresse, seria ir à contramão da democracia, e um retrocesso à evolução da sociedade.
3.2 Da Legislação e Normas Aplicadas ao Processo de Investigação Social e Funcional no Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
O Estatuto dos Bombeiros Militares do CBMDF, aprovado pela Lei n° 7.479/1986, que foi alterada pelas Leis n° 11.134/2005 e 12.086/2009 além de outras providências, estabelece o ingresso na corporação, 
[...] O ingresso no Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal dar-se-á mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, observadas as condições prescritas neste Estatuto, em leis e em regulamentos da Corporação. (Redação dada pela Lei nº 11.134, de 2005)�. 
O regulamento em tela estabelece que: 
[...] para matrícula nos cursos de formação dos estabelecimentos de ensino bombeiro militar, além das condições relativas à nacionalidade, idade, aptidão intelectual e psicológica, altura, sexo, capacidade física, saúde, idoneidade moral, obrigações eleitorais, aprovação em testes toxicológicos e suas obrigações para com o serviço militar, exige-se ainda a apresentação, conforme o edital do concurso, de diploma de conclusão de ensino superior, reconhecido pelos sistemas de ensino federal, estadual ou do Distrito Federal
Sendo assim, com vistas a regular o ingresso de candidatos no CBMDF, estabeleceu-se que as regras taxadas na Lei, seriam pormenorizadas em edital próprio, o qual define as fases do certame, dentre essas, especificamente a quinta fase (INVESTIGAÇÃO SOCIAL E FUNCIONAL) de responsabilidade do Centro de Inteligência do CBMDF, e que é executada pela Seção de Contrainteligência - SECOI.
Com isso, o edital normativo do concurso para ingresso de candidatos no CBMDF prevê que os candidatos entreguem ao CEINT/SECOI, os documentos que são pontos de partida para início da Investigação Social e Funcional, bem como preencham um Formulário de Investigação Social (FIS), que será assinado e entregue juntamente com a documentação exigida, no qual constam dados necessários e relevantes ao processo de investigação.
 [...] 11 DA SINDICÂNCIA DA VIDA PREGRESSA E INVESTIGAÇÃO SOCIAL 
11.1 Os candidatos serão submetidos à sindicância de vida pregressa e investigação social, de caráter unicamente eliminatório, para fins de avaliação de sua conduta pregressa e idoneidade moral, requisitos indispensáveis para aprovação no concurso público. 
11.2 A sindicância da vida pregressa e investigação social serão realizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, por meio do Centro de Inteligência, com base em documentos oficiais e informações constantes no Formulário de Investigação Social,[...]
11.3 Após realização da sindicância da vida pregressa e investigação social o candidato será considerado indicado ou contraindicado para ingresso no CBMDF.
11.4 Será eliminado, durante a realização de qualquer uma das fases do concurso, o candidato que, após iniciada a sindicância de vida pregressa e investigação social, for considerado contraindicado.
[...] 
11.9 Após a sindicância da vida pregressa e investigação social, caso o CBMDF decida pela exclusão do candidato, este será devidamente cientificado�. [...] 
A fim de que pudesse preservar os direitos constitucionais elencados no art. 5°, CF/88, o CEINT, por intermédio da Seção de Contrainteligência, faz constar em edital normativo as regras impostas aos candidatos que desejam entrar para a Instituição Militar, sendo essas, discricionárias dos candidatos os quais devem aceitar caso queiram participar do concurso para ingresso no CBMDF. 
Ademais, tais regras são autorizativas por parte dos candidatos, que ao admiti-las, concordam com a Investigação Social e Funcional, dessa forma, o edital estabelece que:
O preenchimento do Formulário de Investigação Social e a entrega da documentação exigida neste edital pressupõem a autorização do candidato para que seja realizada a referida investigação;(...)� 
3.2.1 Dos Aspectos Positivos
Diante das regras ditadas por Leis; Estatutos; regulamentos; e editais normativos, é notória a transparência com que a Contrainteligência afere a idoneidade dos candidatos a ingresso no CBMDF, atentando sempre aos princípios garantidos pela Constituição da República.
Sendo assim, ao traçar conduta tangente ao cumprimento das normas para Investigação Social e Funcional de candidatos, a Contrainteligência norteia seus princípios balizando-os no que é necessário, para que não invada a privacidade e/ou intimidade das pessoas em relação à execução da missão de levantar sua vida pregressa, com finalidade de ingresso de candidatos na corporação.
Contudo, é importante salientar que os institutos legais que norteiam o processo de investigação social e funcional, estabelecem as regras e definem a sua aplicação, assegurando com isso, a celeridade com que o Serviço de Contrainteligência do CBMDF, executa a missão de servir como “escudo”, em se tratando no caso específico, de ingresso de candidatos nas fileiras do CBMDF.
3.2.2 Dos Aspectos Negativos
Se por um lado, os institutos legais balizadores do processo de Investigação Social e Funcional definem as diretrizes para a execução de levantamento de vida pregressa dos candidatos, e norteiam sua execução; por outro lado, apesar da eficiência de como é executado os trabalhos, seria interessante atualizá-los e aprimorá-los, no que tange aos diplomas infraconstitucionais, pois, mesmo conduzindo o processo e definindo as diretrizes de como executar a investigação, ainda podem surgir lacunas que poderiam gerar danos à administração pública, dessa forma, seria necessário definir forma clara e específica, a realização da Investigação Social e Funcional para os Agentes de campo. 
Para que assim, não reste conflito entre a necessidade da Investigação Social e Funcional e os Direitos Individuais do cidadão. 
Assim sendo, os regulamentos, métodos e normas aplicados à Investigação Social, apesar de serem eficazes, poderiam passar por uma reformulação a fim de padronizarem a execução da Investigação Social e Funcional, principalmente quando em Investigação externa.
3.3 Da Legislação e Normas Aplicadas ao Processo de Investigação Sociale Funcional na Polícia Militar do Distrito Federal
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), a qual tem como primado a hierarquia e disciplina, base da corporação, possui a missão constitucional de preservar a ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio público; para tanto, é necessário que seus integrantes sejam pessoas idôneas, de conduta totalmente ilibada, e idoneidade moral inatacável, assim como exigido de candidatos para ingresso no CBMDF.
Dessa maneira, aqueles que desejam ingressar na PMDF, também são submetidos à investigação social e funcional, conforme trecho do edital de abertura de concurso público colacionado abaixo:
[...] 9.DA SINDICÂNCIA DA VIDA PREGRESSA E NVESTIGAÇÃO SOCIAL – QUINTA ETAPA;[...]
9.2 Os candidatos serão submetidos à sindicância da vida pregressa e investigação social, de caráter unicamente eliminatório, para fins de avaliação de sua conduta pregressa e idoneidade moral, requisitos indispensáveis para o ingresso e exercício da profissão de Policial Militar, estabelecidos na Lei n.º 7.289, de 18 de dezembro de 1984, alterada pela Lei n.º 7.475, de 13 de maio de 1986, e pela Lei n.º 11.134/05 e definidos no Código de Conduta Ética Profissional para o Policial Militar (Portaria PMDF n.º 142, de 15 de julho de 1997).
9.3 A sindicância da vida pregressa e investigação social, de responsabilidade da PMDF, será realizada com base em documentos oficiais e informações constantes de formulário próprio, contendo perguntas de caráter pessoal[...]
[...]9.5 Será eliminado, durante a realização de qualquer uma das etapas do concurso, o candidato que, após iniciada a sindicância da vida pregressa e investigação social, for considerado contraindicado.
[...]9.7 O preenchimento e a entrega da documentação exigida neste edital pressupõem a autorização do candidato para que seja realizada a referida investigação.
[...]9.9 Será eliminado do concurso o candidato que deixar de fazer a entrega de um ou mais documentos, em consonância com o presente edital�.
Pelo exposto, observa-se que as regras para ingresso na PMDF são definidas pelo edital normativo, o qual contém todos os outros dispositivos infralegais que embasam a Investigação Social e Funcional, além de esclarecer a discricionariedade do candidato em aceita-las ou não. 
Dessa forma, a PMDF afere a idoneidade e a conduta dos candidatos, considerando que o dever do agente público é resguardar a rés pública e preservar o bem estar do cidadão. 
É importante salientar que a etapa de Investigação Social e Funcional é de fundamental relevância. para filtrar entre todos os candidatos, aqueles potenciais problemas que poderão comprometer a Instituição como um todo.
Além do edital normativo, que é a norma de número um, por conter o conjunto de todos os diplomas legais, a PMDF baseia-se ainda pelo seguinte dispositivo que: 
Regulamenta os critérios e procedimentos da sindicância da vida pregressa e averiguação social, moral e funcional dos candidatos nos concursos públicos para ingresso nos cargos dos Quadros da Polícia Militar do Distrito Federal e dá outras providências (NRP Portaria PMDF nº 701, art. 1º, 2010) 
Diante do transcrito acima, pode-se inferir que os critérios de para Investigação Social e funcional na Polícia Militar do Distrito Federal, são bem definidos por norma específica.
3.4 Da Legislação e Normas Aplicadas ao Processo de Investigação Social e Funcional na Polícia Civil do Distrito Federal
	As Instituições policiais por terem alto nível de sensibilidade tangente às investigações criminais, também tratam a fase de investigação social e funcional com total atenção e imparcialidade, sendo assim, a PCDF, deixa clara as condições para aqueles que desejam se candidatar aos quadros de pessoal da Instituição; conforme edital normativo colacionado abaixo: 
14. DA SINDICÂNCIA DE VIDA PREGRESSA E INVESTIGAÇÃO SOCIAL
14.1. A Sindicância de Vida Pregressa e Investigação Social, de caráter eliminatório, é para fins de avaliação de sua conduta pregressa e idoneidade moral, requisito indispensável para aprovação, na qual o candidato será considerado recomendado ou não-recomendado.
14.3. O procedimento irrepreensível e a idoneidade moral inatacável serão apurados por meio de investigação no âmbito social, administrativo, civil e criminal do candidato inscrito para o cargo de Perito Criminal da Carreira Policial Civil do Distrito Federal.
14.4. A investigação terá início por ocasião da inscrição do candidato e terminará com o ato de sua eliminação ou nomeação para o cargo de Perito Criminal da Carreira Policial Civil do Distrito Federal.
14.5. A sindicância de vida pregressa e investigação social será realizada com base nos documentos oficiais e informações constantes de formulário a ser preenchido pelo candidato em data a ser estipulada em edital específico.[...]
14.12. Os fatos listados nos subitens seguintes maculam o procedimento irrepreensível e a idoneidade moral inatacável que o candidato deve ostentar. [...]
14.16. Será eliminado do concurso, em qualquer uma das fases, o candidato que na sindicância de vida pregressa e investigação social, for considerado não-recomendado.
14.17. O preenchimento e a entrega da documentação exigida neste edital pressupõem a autorização do candidato para que seja realizada a sua sindicância de vida pregressa e investigação social�
	Dessa maneira, é demonstrado que não basta concorrer e conseguir uma das vagas ofertadas aos diversos cargos da Instituição, sendo necessário enquadrar-se perfeitamente nas exigências feitas por ela, principalmente no que se estabelece à idoneidade moral inatacável e conduta ilibada.
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CONCLUSÃO
Diante de tudo que foi apresentado ao longo da monografia, permite-se concluir que a investigação social e funcional existente nos diversos processos de seleção, principalmente, nas Corporações Militares e Instituições Policiais, visando o processo seletivo dos candidatos às escolas de formação nos diversos níveis da carreira, é de suma importância para selecionar somente aqueles candidatos com perfil condizente aos servidores dessas Casas.
Desta forma, no CBMDF não poderia ser diferente, em face da importância de suas atividades, onde exige pessoal adequado, e de conduta ilibada e idoneidade moral inatacável, tendo em vista inclusive por se tratar de uma corporação onde os pilares de seu funcionamento estão no contexto da hierarquia e da disciplina.
Ademais, se por um lado, a investigação social e funcional é importante para a seleção dos melhores candidatos, num vasto universo de pessoas, por outro lado, há a necessidade prioritária de impedir que potenciais criminosos sejam infiltrados na corporação, com o intuito de facilitar as atividades de facções delituosas.
Sendo assim, somente por intermédio de uma Investigação Social e Funcional (ISF), calcada numa legislação compatível com a Carta Magna, tanto a Corporação quanto os candidatos às escolas de formação não se expõem. Portanto, à luz da regulamentação vigente, conclui-se que a ISF não fere direitos individuais dos cidadãos, candidatos ao ingresso no CBMDF, como também não expõe esta Corporação em termos de questionamentos jurídicos por parte deles, em relação aos seus direitos individuais. Entretanto, permite-se ainda concluir que embora se verificasse que a investigação social e funcional não fere os mencionados direitos individuais do candidato, tanto a legislação sobre tal tema, quanto os mecanismos internos merecem ser aperfeiçoados.
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REFERÊNCIAS
� GONÇALVES. Joanisval Brito. Atividade de Inteligência e Legislação Correlata. Rio de Janeiro: Impetus, 2011.
2 Lei no 9.883/99, de 7 de dezembro de 1999. Institui o Sistema Brasileiro de Inteligência – ABIN, e dá outras providências. 
3 BRASIL. Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública – DNISP, 2009.
4 PEAK. Hayden B.. Resenha do livro: “Inteligência: Dos Segredos a Políticas”, de Mark Lowenthal, 3ª Edição, CQ Press, 2001, publicado em Studies inIntelligence, Vol. 51, n°2, 2007.
5 Mark Lowenthal, 2000. Apud, GONÇALVES. Joanisval Brito. Atividade de Inteligência e Legislação Correlata. Rio de Janeiro: Impetus, 2011.
6 FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: 2009.
7 GONÇALVES. Joanisval Brito. Atividade de Inteligência e Legislação Correlata. Rio de Janeiro: Impetus, 2011.
8 AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA. Guia do Aluno: Escola de Inteligência. Brasília: Abin,1999.
9 Lei n° 9.883, de 7 de dezembro de 1999. Institui o Sistema Brasileiro de Inteligência, cria a Agência Brasileira de Inteligência – ABIN,e dá outras providências.
10 Art. 2o Para os efeitos deste Decreto, entende-se como inteligência a atividade de obtenção e análise de dados e informações e de produção e difusão de conhecimentos, dentro e fora do território nacional, relativos a fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório, a ação governamental, a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado. Art. 3o Entende-se como contrainteligência a atividade que objetiva prevenir, detectar, obstruir e neutralizar a inteligência adversa e ações de qualquer natureza que constituam ameaça à salvaguarda de dados, informações e conhecimentos de interesse da segurança da sociedade e do Estado, bem como das áreas e dos meios que os retenham ou em que transitem.
11 2003, apud FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: 2009.
12 FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: 2009.
13 Marco Cepik é professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) desde 2003. [...]. Suas áreas de interesse principais são as seguintes: Política Comparada, Segurança Internacional, América Latina, Serviços de Inteligência e Democracia
14 Cepik, 2003. Apud FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: 2009.
15 Antunes, 2003. Citado por: FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: 2009.
16 FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: 2009.
17 BRASIL. Constituição (1937). Constituição dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituição/constitui%c3%A7ao37.htm>. Acesso em: 02 de fevereiro de 2012.
18 FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: 2009.
19 Lei nº 4341, de 13 de junho de 1964. Cria o Serviço Nacional de Informação.
20 Decreto Federal n° 60.417, de 11 de março de 1967. Aprova o Regulamento para Salvaguarda de Assuntos Sigilosos, disponível em: <http://www2.camara.gov.br/legin/fed/decret/1960-1969/decreto-60417/publicacaooriginal-1pe.html>. Acesso em: 2 de julho de 2012.
21 Lei n° 9883, de 7 de dezembro de 1999. Institui o Sistema Brasileiro de Inteligência, cria a Agência Brasileira de Inteligência – ABIN, e dá outras providências.
22 Decreto Federal n° 3.695, de 21 de dezembro de 2000. Cria o Subsistema de Inteligência de Segurança Pública, no âmbito do Sistema Brasileiro de Inteligência, e dá outras providências.
23 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Regimento Interno do Estado Maior Geral. Boletim Geral n°178. Brasília, 1999.
24 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRTIO FEDERAL. Regimento Interno do Centro de Inteligência. Brasília, 2011.
25 GONÇALVES. Joanisval Brito. Atividade de Inteligência e Legislação Correlata. Rio de Janeiro: Impetus, 2011.
26 GONÇALVES. Joanisval Brito. Atividade de Inteligência e Legislação Correlata. Rio de Janeiro: Impetus, 2011.
27 Escola Superior de Guerra - ESG, 1976, citado por: GONÇALVES. Joanisval Brito. Atividade de Inteligência e Legislação Correlata. Rio de Janeiro: Impetus, 2011.
28 FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: Juruá, 2009.
29 Lei n° 12.086, de 6 de novembro de 2009. Dispõe sobre os militares da Polícia Militar e do Corpo de bombeiros Militar do Distrito Federal, disponível em: <http://www.planalto.gov.br/legislacao> .Acesso em: 3 de março de 2012.
30 Lei 9.784, de 29 de janeiro de 1999. Regulamenta o processo administrativo da Administração Pública Federal, disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9784> .Acesso em 3 de março de 2012.
31 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Vade Mecum. 7ª Edição, Editora Saraiva, 2009.
32 Lei n° 4.878, de 3 de dezembro de 1965. Dispõe sobre o regime jurídico peculiar dos funcionários policiais da União e do Distrito Federal, disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4878> .Acesso em 2 de julho de 2012.
33 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Vade Mecum. 7ª Edição, Editora Saraiva, 2009.
34 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Vade Mecum. 7ª Edição, Editora Saraiva, 2009.
35 Lei 11.134, de 15 de julho de 2005.Institui a Vantagem Pecuniária-VPE,devida aos militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do distrito Federal; altera a distribuição de Quadros, Postos e Graduações dessas Corporações.
36 Lei n° 12.086, de 6 de novembro de 2009. Dispõe sobre os militares da Polícia Militar e do Corpo de bombeiros Militar do Distrito Federal, disponível em: <http://www.planalto.gov.br/legislacao> .Acesso em: 3 de março de 2012.
37 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Edital Normativo nº 1, de 24 de maio de 2011. Concurso Público para Ingresso nas Fileiras do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, disponível em: <ttp://www.cespe.unb.br/concursos/CBMDFCOMBATENTE2011>. Acesso em: 03 de março de 2012.
38 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Edital Normativo nº 1, de 24 de maio de 2011. Concurso Público para Ingresso nas Fileiras do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, disponível em: <ttp://www.cespe.unb.br/concursos/CBMDFCOMBATENTE2011>. Acesso em: 03 de março de 2012.
39 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Edital n° 27/DP –PMDF, de 1° de novembro de 2007. Concurso Público de Admissão ao Curso de Formação de Oficiais, disponível em: <http://www.cespe.unb.br/concursos/CFOPM2007/>. Acesso em: 3 de março de 2012.
40 ACADEMIA DE POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL. Edital n° 1, de 4 de novembro de 2011. Concurso Público para provimento de vagas para o cargo de Perito Criminal da carreira de Polícia Civil do distrito Federal, disponível em: 
< http://download.universa.org.br/upload/73/2011110810529876.pdf>.Publicado no Diário Oficial do Distrito Federal n° 215, de 8 de novembro de 2011. Acesso em: 3 de março de 2012.
A IMPORTÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO SOCIAL E FUNCIONAL
DE CANDIDATOS AO INGRESSO NO CORPO DE BOMBEIROS
MILITAR DO DISTRITO FEDERAL
Brasília - DF
2012
Autor: Ivanderci Soares Pereira
Orientador: Prof. Dr. Márcio José de Magalhães Almeida
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
Lato Sensu em Direito e Inteligência no Combate
ao Crime Organizado e ao Terrorismo
Trabalho de Conclusão de Curso
� GONÇALVES. Joanisval Brito. Atividade de Inteligência e Legislação Correlata. Rio de Janeiro: Impetus, 2011, p.6.
� Lei no 9.883/99, de 7 de dezembro de 1999. Institui o Sistema Brasileiro de Inteligência – ABIN, e dá outras providências. 
� BRASIL. Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública – DNISP, 2009, p. 15.
� PEAK. Hayden B.. Resenha do livro: “Inteligência: Dos Segredos a Políticas”, de Mark Lowenthal, 3ª Edição, CQ Press, 2001, publicado em Studies in Intelligence, Vol. 51, n°2, 2007.
� Mark Lowenthal, 2000. Apud, GONÇALVES. Joanisval Brito. Atividade de Inteligência e Legislação Correlata. Rio de Janeiro: Impetus, 2011,p. 12.
� FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: 2009, p.225.
� GONÇALVES. Joanisval Brito. Atividade de Inteligência e Legislação Correlata. Rio de Janeiro: Impetus, 2011, p. 12.
� AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA. Guia do Aluno: Escola de Inteligência. Brasília: Abin,1999, p.04.
� Lei n° 9.883, de 7 de dezembro de 1999. Institui o Sistema Brasileiro de Inteligência, cria a Agência Brasileira de Inteligência – ABIN,e dá outras providências.
� Art. 2o Para os efeitos deste Decreto, entende-se como inteligência a atividade de obtenção e análise de dados e informações e de produção e difusão de conhecimentos, dentro e fora do território nacional, relativos a fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório, a ação governamental, a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado. Art. 3o Entende-se como contrainteligência a atividade que objetiva prevenir, detectar, obstruir e neutralizar a inteligência adversa e ações de qualquer natureza que constituam ameaça à salvaguarda de dados, informações e conhecimentos de interesse da segurança da sociedade e do Estado, bem como das áreas e dos meios que os retenham ou em que transitem.
� 2003, apud FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: 2009, p. 223.
� FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: 2009, p. 219.
� Marco Cepik é professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) desde 2003. [...]. Suas áreas de interesse principais são as seguintes: Política Comparada, Segurança Internacional, América Latina, Serviços de Inteligência e Democracia
� Cepik, 2003. Apud FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: 2009, p. 219.
� Antunes, 2003. Citado por: FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: 2009, p. 222.
� FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: 2009, p. 223.
� BRASIL. Constituição (1937). Constituição dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, disponível em: <� HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituição/constitui%c3%A7ao37.htm" �http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituição/constitui%c3%A7ao37.htm�>. Acesso em: 02 de fevereiro de 2012.
� FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: 2009, p. 223.
� Lei nº 4341, de 13 de junho de 1964. Cria o Serviço Nacional de Informação.
� Decreto Federal n° 60.417, de 11 de março de 1967. Aprova o Regulamento para Salvaguarda de Assuntos Sigilosos, disponível em: <� HYPERLINK "http://www2.camara.gov.br/legin/fed/decret/1960-1969/decreto-60417/publicacaooriginal-1pe.html" �http://www2.camara.gov.br/legin/fed/decret/1960-1969/decreto-60417/publicacaooriginal-1pe.html�>. Acesso em: 2 de julho de 2012.
� Lei n° 9883, de 7 de dezembro de 1999. Institui o Sistema Brasileiro de Inteligência, cria a Agência Brasileira de Inteligência – ABIN, e dá outras providências. 
� Decreto Federal n° 3.695, de 21 de dezembro de 2000. Cria o Subsistema de Inteligência de Segurança Pública, no âmbito do Sistema Brasileiro de Inteligência, e dá outras providências.
� CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Regimento Interno do Estado Maior Geral. Boletim Geral n°178. Brasília, 1999.
� CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRTIO FEDERAL. Regimento Interno do Centro de Inteligência. Brasília, 2011, p. 7.
� GONÇALVES. Joanisval Brito. Atividade de Inteligência e Legislação Correlata. Rio de Janeiro: Impetus, 2011, p. 68.
� GONÇALVES. Joanisval Brito. Atividade de Inteligência e Legislação Correlata. Rio de Janeiro: Impetus, 2011, p. 67.
� Escola Superior de Guerra - ESG, 1976, citado por: GONÇALVES. Joanisval Brito. Atividade de Inteligência e Legislação Correlata. Rio de Janeiro: Impetus, 2011, p. 67.
� FILHO. Edson Benedito Rondon. Inteligência de Segurança Pública: Um Xeque-mate na Criminalidade. Curitiba: Juruá, 2009, p. 233.
� Lei n° 12.086, de 6 de novembro de 2009. Dispõe sobre os militares da Polícia Militar e do Corpo de bombeiros Militar do Distrito Federal, disponível em: <http://www.planalto.gov.br/legislacao> .Acesso em: 3 de março de 2012.
� Lei 9.784, de 29 de janeiro de 1999. Regulamenta o processo administrativo da Administração Pública Federal, disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9784> .Acesso em 3 de março de 2012.
� BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Vade Mecum. 7ª Edição, Editora Saraiva, 2009.
� Lei n° 4.878, de 3 de dezembro de 1965. Dispõe sobre o regime jurídico peculiar dos funcionários policiais da União e do Distrito Federal, disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4878> .Acesso em 2 de julho de 2012.
� BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Vade Mecum. 7ª Edição, Editora Saraiva, 2009.
� BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Vade Mecum. 7ª Edição, Editora Saraiva, 2009.
� Lei 11.134, de 15 de julho de 2005.Institui a Vantagem Pecuniária-VPE,devida aos militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do distrito Federal; altera a distribuição de Quadros, Postos e Graduações dessas Corporações.
�Lei n° 12.086, de 6 de novembro de 2009. Dispõe sobre os militares da Polícia Militar e do Corpo de bombeiros Militar do Distrito Federal, disponível em: <http://www.planalto.gov.br/legislacao> .Acesso em: 3 de março de 2012.
� CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Edital Normativo nº 1, de 24 de maio de 2011, p. 15. Concurso Público para Ingresso nas Fileiras do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, disponível em: <ttp://www.cespe.unb.br/concursos/CBMDFCOMBATENTE2011>. Acesso em: 03 de março de 2012.
� CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Edital Normativo nº 1, de 24 de maio de 2011, p. 16. Concurso Público para Ingresso nas Fileiras do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, disponível em: <ttp://www.cespe.unb.br/concursos/CBMDFCOMBATENTE2011>. Acesso em: 03 de março de 2012.
� POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Edital n° 27/DP –PMDF, de 1° de novembro de 2007. Concurso Público de Admissão ao Curso de Formação de Oficiais, disponível em: <� HYPERLINK "http://www.cespe.unb.br/concursos/CFOPM2007/" �http://www.cespe.unb.br/concursos/CFOPM2007/�>. Acesso em: 3 de março de 2012.
� ACADEMIA DE POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL. Edital n° 1, de 4 de novembro de 2011. Concurso Público para provimento de vagas para o cargo de Perito Criminal da carreira de Polícia Civil do distrito Federal, disponível em: 
< � HYPERLINK "http://download.universa.org.br/upload/73/2011110810529876.pdf" �http://download.universa.org.br/upload/73/2011110810529876.pdf�>.Publicado no Diário Oficial do Distrito Federal n° 215, de 8 de novembro de 2011, p.58. Acesso em: 3 de março de 2012.

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