Prévia do material em texto
AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 1 Apresentação ................................................................................................................................ 5 Aula 1: Logística e a logística hospitalar ........................................................................................ 6 Introdução ............................................................................................................................. 6 Conteúdo ................................................................................................................................ 7 Dinâmica Operacional da UTI neonatal ........................................................................ 7 Dinâmica Operacional da UTI neonatal ........................................................................ 7 Disposição dos leitos ......................................................................................................... 8 A disposição dos leitos na UTI ........................................................................................ 9 Demais disposições dos leitos na UTI ........................................................................... 9 Materiais fundamentais .................................................................................................. 10 Equipamentos .................................................................................................................. 12 Materiais específicos para infusão intravenosa ......................................................... 12 Principais medicamentos utilizados na UTI neonatal .............................................. 13 Atividade proposta .......................................................................................................... 17 Referências........................................................................................................................... 18 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 18 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 26 Aula 1 ..................................................................................................................................... 26 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 26 Aula 2: Cliente e protocolo de internação .................................................................................. 29 Introdução ........................................................................................................................... 29 Conteúdo .............................................................................................................................. 30 Os critérios para a admissão do recém-nato na UTI neonatal ............................... 30 Classificação do recém-nascido e avaliação da idade gestacional ....................... 31 Principais protocolos na UTI neonatal e recursos humanos .................................. 32 Recursos humanos - cargos .......................................................................................... 33 Principais protocolos ...................................................................................................... 33 Cuidados com a pele do RN .......................................................................................... 33 Transporte inter-hospitalar ............................................................................................ 34 Controle da dor e sedação no neonato ...................................................................... 34 Apresentação de itens nas contas hospitalares na UTI neonatal – o papel do auditor ................................................................................................................................ 35 Atividade proposta .......................................................................................................... 37 Referências........................................................................................................................... 38 AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 2 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 38 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 45 Aula 2 ..................................................................................................................................... 45 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 45 Aula 3: Classificação de atendimentos ........................................................................................ 48 Conteúdo .............................................................................................................................. 49 Definição de urgência e emergência ........................................................................... 49 Normatização de classificação de riscos .................................................................... 49 Tipos de atendimentos em urgências e emergências ............................................. 53 Principais medicamentos e materiais utilizados nessas unidades ......................... 55 Atividade proposta .......................................................................................................... 59 Referências........................................................................................................................... 59 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 60 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 67 Aula 3 ..................................................................................................................................... 67 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 67 Aula 4: Auditoria em proced. ambulatoriais ............................................................................... 71 Conteúdo .............................................................................................................................. 72 Os erros e cobranças relacionados à instituição de saúde ..................................... 72 Consulta médica .............................................................................................................. 73 Resolução nº 1.958/2010, do CFM ................................................................................ 73 Consulta de retorno ........................................................................................................ 74 Glosa da consulta médica ambulatorial ...................................................................... 75 Anotações no boletim de atendimento ou prontuário ............................................ 76 Procedimentos ambulatoriais ....................................................................................... 77 Principais motivos de glosas ......................................................................................... 80 Padronização e uniformização nas tabelas de preços ............................................. 81 Taxas de sala ..................................................................................................................... 82 Cobranças .........................................................................................................................83 Atividade proposta .......................................................................................................... 87 Referências........................................................................................................................... 88 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 88 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 95 Aula 4 ..................................................................................................................................... 95 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 95 Aula 5: Lab. análises clínicas e patológicas ................................................................................. 98 AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 3 Conteúdo .............................................................................................................................. 99 O principal conceito de auditoria ................................................................................. 99 Exames anatomo patológicos ..................................................................................... 101 Critérios para solicitação de exames laboratoriais e histopatológicos ............... 102 Classificação dos exames ............................................................................................. 103 Definições importantes ................................................................................................ 105 Glosas - conceitos ......................................................................................................... 106 Aplicação da glosa ......................................................................................................... 107 Atividade proposta ........................................................................................................ 110 Referências......................................................................................................................... 111 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 111 Chaves de resposta ................................................................................................................... 116 Aula 5 ................................................................................................................................... 116 Exercícios de fixação ..................................................................................................... 116 Aula 6: Clínicas radiológicas e por imagem ............................................................................... 119 Conteúdo ............................................................................................................................ 120 Método diagnóstico e intervencionista por imagem ............................................. 120 Contrastes ....................................................................................................................... 122 Ressonância magnética ................................................................................................ 123 Densitometria óssea ...................................................................................................... 124 Mamografia ..................................................................................................................... 125 Ultrassonografia ............................................................................................................. 125 Ecografia tridimensional ............................................................................................... 126 Indicações dos exames ................................................................................................. 128 Exames de imagem ....................................................................................................... 132 Medicamentos que podem ser cobrados para realização de exames ................ 133 Atividade proposta ........................................................................................................ 136 Referências......................................................................................................................... 136 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 137 Chaves de resposta ................................................................................................................... 141 Aula 6 ................................................................................................................................... 141 Exercícios de fixação ..................................................................................................... 141 Aula 7: Quimioterapia e radioterapia ....................................................................................... 144 Introdução ......................................................................................................................... 144 Conteúdo ............................................................................................................................ 145 Conceito e definição ..................................................................................................... 145 AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 4 Vantagens, desvantagens e aplicações ..................................................................... 152 Principais materiais e medicamentos ........................................................................ 154 Port-a-Cath ..................................................................................................................... 155 Radioterapia e branquiterapia ..................................................................................... 156 Locais onde pode ser aplicada a braquiterapia ....................................................... 157 Itens adicionais aos processos quimioterápicos ..................................................... 158 Atividade proposta ........................................................................................................ 159 Referências......................................................................................................................... 160 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 160 Chaves de resposta ................................................................................................................... 165 Aula 7 ................................................................................................................................... 165 Exercícios de fixação ..................................................................................................... 165 Aula 8: Hemoterapia, hemodiálise e diálise .............................................................................. 168 Introdução ......................................................................................................................... 168 Conteúdo ............................................................................................................................ 169 O sangue ......................................................................................................................... 169 Hemoterapia ................................................................................................................... 169 Transfusãode sangue ................................................................................................... 170 Bancos de sangue .......................................................................................................... 170 Hemoderivados .............................................................................................................. 172 Hemodiálise .................................................................................................................... 173 Tipos de hemodiálise .................................................................................................... 175 Materiais para punção da FAV ..................................................................................... 180 Diálise peritoneal ........................................................................................................... 181 Demais características da diálise ................................................................................ 182 Atividade proposta ........................................................................................................ 186 Referências......................................................................................................................... 187 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 187 Chaves de resposta ................................................................................................................... 192 Aula 8 ................................................................................................................................... 192 Exercícios de fixação ..................................................................................................... 192 Conteudista ............................................................................................................................... 195 AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 5 Esta disciplina tem como objetivo apresentar a relevância do conhecimento que você precisa obter para que pratique a auditoria em serviços de saúde de forma ética, baseado nos conhecimentos específicos adquiridos nos ambientes Intensivo, Imagem, Quimio e Radioterapia, Diálise e Hemoterapia. Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 1. Preparar profissionais de saúde para análise de contas hospitalares no ambiente de Neonatologia, Exames por Imagem, Radioterapia, Quimioterapia, Diálises e Hemoterapia; 2. Identificar insumos para a prática de auditoria e análise de contas hospitalares; 3. Desenvolver a formação da auditoria técnica e ética, favorecendo a otimização de custos e a qualidade da gestão hospitalar. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 6 Introdução Nessa aula convido você a conhecer o planejamento e organização da UTI Neonatal, no que se refere às escolhas de materiais, medicamentos e alguns equipamentos específicos da UTI Neo, oferecendo a você conhecimento específico para auditar contas de Unidade Neonatal, buscando a qualidade na gestão do serviço de saúde. Vamos lá! Objetivo: 1. Informar sobre o planejamento físico da UTI neonatal; 2. Apresentar os materiais e equipamentos mais utilizados na UTI neonatal; 3. Apresentar os principais medicamentos utilizados na UTI neonatal. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 7 Conteúdo Dinâmica Operacional da UTI neonatal A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, na sua estrutura, deve levar em conta os avanços tecnológicos disponíveis para essa clientela. Portanto, deve apresentar estruturas livres de ruídos excessivos e desnecessários, materiais e equipamentos apropriados para atender a demanda durante 24 horas de atendimentos, assim como a necessidade de equipe multiprofissional capacitada e envolvida na terapia neonatal. Como deve ser feito o seu planejamento? Planejamento da área física – Deve ser localizada próximo ao centro obstétrico e fora da tráfico rotineiro do hospital , promover ambiente livre de ruídos para pacientes mais instáveis e prematuros (são sensíveis aos estressores ambientais). A seguir, vejamos como deve-se dar as demais estruturas da UTI neonatal. Dinâmica Operacional da UTI neonatal A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, na sua estrutura, deve levar em conta os avanços tecnológicos disponíveis para essa clientela. Portanto, deve apresentar estruturas livres de ruídos excessivos e desnecessários, materiais e equipamentos apropriados para atender a demanda durante 24 horas de atendimentos, assim como a necessidade de equipe multiprofissional capacitada e envolvida na terapia neonatal. Como deve ser feito o seu planejamento? Planejamento da área física – Deve ser localizada próximo ao centro obstétrico e fora da tráfico rotineiro do hospital , promover ambiente livre de ruídos para pacientes mais instáveis e prematuros (são sensíveis aos estressores ambientais) AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 8 A seguir, vejamos como deve-se dar as demais estruturas da UTI neonatal. Disposição dos leitos Quanto à disposição, os leitos devem ser divididos em: 1 - Intensivos Pacientes mais instáveis e graves, que necessitam de cuidados complexos como ventilação mecânica, CPAP nasal, traqueostomia, Oxyhood, medicamentos vasopressores, monitorização contínua dos parâmetros vitais, diálise peritoneal, cateteres venosos e arterial, pré e pós-operatórios, dreno de tórax, anomalias congênitas instáveis, prematuridade extrema. 2 - Semi-intensivos Pacientes que, mesmo sendo instáveis, necessitam de observação moderada, monitoramento dos parâmetros virais intermitente, controle respiratório por meios medicamentosos, oxigênio por máscaras ou cânula nasal, monitoramento do ganho de peso. 3 - Pré-alta Pacientes estáveis que necessitam de observação moderada dos parâmetros vitais mínimos, ganho de peso contínuo e consistente, alimentação via oral sob demanda. 4 - Isolamento Reservados para pacientes com suspeita ou confirmação de infecção que exijam tal isolamento. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 9 A disposição dos leitos na UTI As recomendações quanto à disposição dos leitos na UTI neonatal são estabelecidas por normas regidas pelos órgãos oficiais do Ministério da Saúde, em geral as recomendações sugeridas entre os leitos nos setores de pré-alta é de 1,5m, e no intensivo de 2,0 m para acomodação de equipamentos e circulação de profissionais. Demais disposições dos leitos na UTI As demais disposições se dão quanto a: Pisos Devem ser impermeáveis, fácil para fazer desinfecção e reduzir ruídos. Paredes Deverão ser laváveis, com cores claras, alegres e com motivos infantis. Janelas Vidro claro, protegida com película foto protetora, evitar uso de cortinas ou persianas. Armários e bancadas Fórmica lavável de cores pastéis. Pisos Devem ser impermeáveis, fácil para fazer desinfecção e reduzir ruídos. Paredes AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 10 Deverão ser laváveis, com cores claras, alegres e com motivos infantis. Janelas Vidro claro , protegida com película foto protetora, evitar uso de cortinas ou persianas. Veja na sequência alguns dos equipamentos aqui citados. Respirados volumétricos Blender; Misturador de Gases (oxigênio e ar comprimido) Bombas de seringa: Garante infusão contínua e volume corretoMateriais fundamentais São materiais e equipamentos mais utilizados na UTI neonatal: • Adesivo protetor à base de pectina e metilcelulose – tipo de barreira cutânea para a proteção da pele do recém-nato prematuro, tendo seu uso contestado em algumas linhas de pesquisa; • Agulhas 40x12 G e 25x7 G – aspiração e diluição de medicamentos; • Bolsa de colostomia infantil – utilização em pós operatório de cirurgia gastrointestinal; • Cânula de CPAP nasal – Pressão positiva contínua das vias respiratórias que consiste na administração de oxigênio e ar comprimido sobre pressão contínua através de dispositivos nasais; • Tubo orotraqueal tamanhos ( 2.5, 3, 3.5 e 4 ) – entubação oro ou nasotraqueal; • Cateter periférico (22 e 24 G); • Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP) – 1.9 e 2 Fr.; AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 11 • Cateter umbilical venoso (3 e 3,5 Fr.) e arterial (5 Fr.); • Coletores de urina feminino e masculino; • Equipo para bomba de infusão; • Equipo fotossensível e microgotas; • Eletrodos descartáveis; • Equipo com bureta graduado; • Extensão para administração de medicamentos endovenosos; • Filtro para infusão de nutrição parenteral; • Fios de sutura (náilon, algodão e seda); • Frasco de drenagem torácica; • Dreno de tórax ( 8 e 10 Fr.); • Lâminas de bisturi; • Lancetas; • Luvas estéreis vários tamanhos; • Manguitos de pressão arterial neonatal; • Máscaras; • Protetores de olhos para fototerapia; • Seringas (1, 3, 5 10 , 20 e 60 ml); • Sonda Gástrica (5, 6, 8 fr.); • Sonda uretral (4 e 6 Fr.); • Torneirinhas descaráveis (2 ou 3 vias). Os cateteres venosos centrais ou periféricos têm normas e rotinas de troca. Cateteres periféricos de curta permanência (tipo jelco) não tem protocolo de troca, exceto quando há presença de inflamação ou infecção. Mesmo protocolo sendo aplicado ao PICC, que deve ser retirado assim que terminar o tratamento com medicamentos administrados por via parenteral. O tempo de permanência para troca e descarte dos materiais descartáveis estarão de acordo com as normatizações do Serviço de Controle de Infecção da Unidade hospitalar ou da UTI Neonatal. Medida adotada para minimizar os AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 12 riscos de colonização com microrganismos patogênicos e assim proliferação da infecção nosocomial no cliente internado. Equipamentos São equipamentos também utilizados na UTI neonatal: • Aparelho de fototerapia; • Aquecedor de sangue para exsanguíneo transfusão; • Aspirador portátil; • Berço aquecido de calor radiante; • Bilirrubinômetro; • Bombas de infusão de seringa; • Bombas de infusão volumétrica; • Capacetes de acrílico (Oxyhood); • Colchão térmico; • Desfibrilador Neonatal; • Incubadora simples e de parede dupla; • Lâmpadas para aquecimento; • Monitor cardíaco multiparâmetros; • Oxímetro de pulso; • Ventilador neonatal. As substâncias para assepsia e limpeza dos materiais seguem os padrões da Comissão de Infecção Hospitalar da UTI neonatal ou do Hospital , assim como a rotina para essa execução, atentando para a contraindicação de reuso de materiais que sofreram exposição à material biológico conforme legislação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária Portaria nº 03, de 07 de fevereiro de 1986, e Portaria nº 04, de 07 de fevereiro de 1986. Materiais específicos para infusão intravenosa Vejamos agora quais são os materiais específicos para infusão intravenosa: AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 13 Cateter umbilical arterial e venoso Indicação – Infusão de fluidos, exsanguíneo transfusão, monitorização de pressão sanguínea, coleta de sangue para exames, tamanho de 3,5- 5 Fr. Média de permanência de 7 dias. Inserido por médicos ou enfermeiros capacitados. Cateter CCIP - Cateter Central de Inserção Periférica Indicação – Infusão de Terapia Intravenosa, inserido em veia periférica com ponta localizada em veia central (Veia cava superior ou inferior), tamanho de 1.9 – 3 FR. Média de permanência de 30 dias, desde que livre de infecção. Inserido por enfermeiros capacitados, através de cursos registrados, universidades, associações ou centro de estudos. Principais medicamentos utilizados na UTI neonatal Os medicamentos utilizados na Terapia Neonatal seguem protocolos do Ministério da Saúde em Manual de Atenção ao Recém-Nascido de Risco (MS Brasília, 2013) assim, obedecendo as variáveis que compõem a evolução e necessidade clínica do cliente. Dispusemos alguns medicamentos e soluções utilizados, deixando, portanto, o fato de que a disponibilidade farmacológica é vasta e renovada. Citrato de Fentanila - Apresenta-se como: sol. inj. isotônica estéril em emb. c/ 5 ou 50 amp. de 2 ml, 5 ou 50 amp. de 5 ml e 5 amp. de 10 ml. (50 mcg/ml). Indicado: - para analgesia de curta duração durante o período anestésico (pré-medicação, indução e manutenção) ou quando necessário no período pós-operatório imediato (sala de recuperação). - para uso como componente analgésico da anestesia geral e suplemento da anestesia regional. - para administração conjunta com neuroléptico, como o droperidol, na pré- medicação, na indução e como componente de manutenção em anestesia geral AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 14 e regional. - para uso como agente anestésico único com oxigênio em determinados pacientes de alto risco, como os submetidos à cirurgia cardíaca ou certos procedimentos neurológicos e ortopédicos difíceis. - para administração espinhal no controle da dor pós-operatória, operação cesariana ou outra cirurgia abdominal. Classe dos anestésicos sistêmicos. Adenosina - Antiarrítmico cardíaco. Indicação: Tratamento da Taquicardia ventricular paroxística. Classe: antiarrítmico. Como é administrado - (solução) 6 mg/2 ml – via intravenosa direta. Obs.: Estabilidade após aberto: usar de imediato, descartar sobras. A solução deve estar clara no momento do uso. Tempo de injeção: 1 a 2 segundos (injeção rápida), em local o mais próximo possível do tronco do paciente. Não administrar nas veias das mãos ou pés. Atropina – Parassimpáticolítico, Antiespasmódico, dilatador dos brônquios no colapso respiratório, edema pulmonar, antídoto da morfina, carbamato etc. Bicarbonato de Sódio – Utilizado para tratamento da acidose metabólica e sua manifestações, usado também para o tratamento de cetacidose diabética, insuficiência renal e desequilíbrios acidobásica. Dobutamina - Apresenta-se em solução injetável de 250 mg/20 ml. Classe: é um vasopressor; estimulante cardíaco [catecolamina; inotrópico positivo; simpaticomimético; adrenérgico; estimulante adrenérgico; cloridrato de Dobutamina]. Indicado: Estimulante cardíaco (na insuficiência cardíaca congestiva e no débito cardíaco reduzido). A Dobutamina atua diretamente nos receptores beta-1 do coração, aumentando a força de contração do músculo cardíaco (efeito inotrópico positivo). Melhora o fluxo sanguíneo coronariano e o consumo de oxigênio pelo miocárdio. Dopamina - Utilizada em alguns tipos de choque como o cardiogênico e bacteriêmico. Tem ação inotrópico, aumenta o poder de contração cardíaca. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 15 Indicação: é utilizada no tratamento de alguns tipos de choque, e particularmente para os pacientes com oligurias e resistência vascular periférica baixa ou normal. Apresentação: ampolas de 10 ml. endovenosa. Classe: drogas vasoativas. Noradrenalina - Solução injetável. Indicada no tratamento da hipotensão agudapara restaurar a pressão arterial nos casos como: Enfarte de miocárdio; By-Pass cardiopulmonar; Choque anafilático; Colapso circulatório; Insuficiência circulatória periférica; Choques hemorrágicos e cardiogênico. Classe – vasopressor e vasoconstritor, é administrado por via intravenosa. Apresenta-se em ampola (4 ml): 4 mg/Ampola de 8 mg. Haldol - É um neuroléptico muito potente conhecido também como boa noite cinderela. Indicação - para alivio de transtornos do pensamento, delírios, alucinações, confusão, agitação psicomotora, tiques, soluços, náuseas e vômitos. Classe – neuroléptico e antipsicotico. Modo de administração – via oral. Adulto pode tomar até 100 mg/dia e criança 0,05 mg/kg/dia. Compr.: 1 e 5 mg e Ampola (1ml): 5 mg Nipride - medicamento anti-hipertensivo que tem como substância ativa o nitroprussiato de sódio, atuando como um potente vasodilatador. Indicação: para estimular o débito cardíaco e para reduzir as necessidades de oxigênio do miocárdio na insuficiência cardíaca secundária ao infarto agudo do miocárdio, bem como na doença valvular mitral e aórtica e na cardiomiopatia, incluindo tratamento intra e pós-operatório de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Para produzir hipotensão controlada durante intervenções cirúrgicas, enquanto o paciente está sob anestesia, com o objetivo de reduzir a perda sanguínea intraoperatória e diminuir o fluxo sanguíneo no campo operatório; Para reduzir rápida e eficazmente a pressão sanguínea em crises hipertensivas. Classe: hipotensor. Como é administrado: O conteúdo de um frasco-ampola 50 mg de Nipride (nitroprussiato de sódio) deve ser solubilizado com a solução glicosada (2 ml) contida na ampola de diluente, obtendo-se a solução preliminar AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 16 (concentrada); essa solução deve ser diluída em 1000, 500 ou 250 ml de solução estéril glicosada a 5%, obtendo-se a solução para infusão. A solução para infusão, levemente marrom, deve ser protegida da luz (utilizar a capa protetora que acompanha a embalagem de Nipride) e usada imediatamente. Midazolam - Apresenta-se como Cloridrato de midazolam – solução injetável 1 mg/mL, e Maleato de midazolam – solução oral 2 mg/mL. Indicado para: Pré- anestesia, Indução de anestesia geral, Coadjuvante em manutenção da anestesia geral, Sedação para ventilação mecânica do paciente e manutenção em unidade de terapia intensiva. Classe dos benzodiazepínicos. Amiodarona - fármaco usado no tratamento das Arritmias cardíacas. Indicação: Arritmias ventriculares (profilaxia e tratamento), supraventriculares, refratárias ao tratamento convencional, especialmente quando associada com a síndrome de Wolf-Parkinson-White. Classe: Antiarrítmicos. Como é administrado : via oral e endovenosa. Comprimido com 100 mg e 200 mg; ampola (3ml): 150 mg; Gotas 1 ml: 200 mg Tiopental - É um anestésico [barbitúrico de ação curta; anestésico barbitúrico]. Indicado para anestesia geral (para procedimentos de curta duração); convulsão (após anestesia). Tem ação ultracurta. Deprime o sistema nervoso central, produz hipnose e anestesia. Não tem efeito analgésico. Administrado: via endovenosa; Frasco de 500 mg ou 1 g, podendo ser diluído em SF0, 9% ou SG 5%. Prostaglandina - dilatam a camada de músculo liso do ductus arteriosus aumentando o fluxo pelo ducto, ao mesmo tempo ocorre vasodilatação pulmonar e sistêmica. Surfactante - O surfactante é um complexo lipoproteico, produzido pelos pneumócitos tipo II, que atua reduzindo a tensão superficial ao nível da interface ar-líquido alveolar, ele estabiliza os alvéolos impedindo o seu colapso AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 17 na final da expiração e, além disso, possui funções imunológicas de proteção dos pulmões contra lesões e infecções causadas por partículas inaladas e microrganismo. Vitamina K – Anticoagulante, diminui risco de sangramento no período neonatal. Soluções Administradas por Via Endovenosa: Soro Glicosado 5 % Soro Glicosado 10 % Nutrição Parenteral Total e Parcial Soro Fisiológico 0,9% Ringer Lactado Albumina Humana Atividade proposta Vamos fixar o conteúdo? O pediatra prescreveu o início de NPT (Nutrição Parenteral Total) para o RN internado na UTI há 10 dias. O auditor, ao receber e analisar parte do prontuário, percebeu que não houve cobrança de cateteres PICC para essa criança até o momento, exceto para administrar a NPT prescrita. Qual a análise do auditor sobre esse dado? Chave de resposta: A cobrança está devida, pois a NPT só deve ser administrada em acesso venoso profundo, evitando lesões no acesso venoso do cliente. Conceituando Auditoria de Contas Hospitalares “Consiste na Observação sistemática e independente dos fatos obtidos através da observação, mediação, ensaio ou outras técnicas próprias de uma atividade, elemento ou sistema para verificar a adequação aos requisitos preconizados AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 18 pelas leis e normas vigentes e determinar as ações de saúde e seus resultados de acordo com as ações planejadas“ (Ministério da Saúde). Qual sua opinião sobre essa definição? Chave de resposta: A auditoria se faz pela atenção sistemática de todo o processo de atendimento e – ou internação no serviço de saúde, as bases para o sucesso desse processo se dá pela documentação, registros, análise destes, bases e conhecimento das leis e normas que envolvem a auditoria. E acima de tudo bom censo e respeito nas negociações das partes, para a proteção de prejuízos, busca no sucesso e excelência no atendimento ao cliente. Referências Olinski SR, Lacerda MR. As diferentes faces do ambiente de trabalho em saúde. Cogitare Enfermagem, 2004 ;9(2) : 42 – 55. Madureira CR , Veiga K, Sant’ana AFM. Gerenciamento de tecnologia em terapia intensiva. Ver. Latino –Am Enfermagem . 200;8(6) : 68-75. Torres MM, Andrade D, Santos CB . Punção venosa periférica ;avaliação de desempenho dos profissionais de enferamgem. Ver. Latino –AM Enfermagem.2005;13(3): 299-303 Tamez R. Enfermagem na UTI Neonatal , 5ºed, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2013 (9 ):3- 165). Exercícios de fixação Questão 1 O auditor ao desempenhar a tarefa de visita técnica a UTI neonatal, acompanhando o processo de internação do cliente , dentre as sua funções está em: a) Avaliar faturas e assistência prestada ao cliente. b) Analisar as conições de organização , higiene e seguimento das normatizações do MS. c) Analisar o Pré faturamento , acompanhar internação , participar do tratamento. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 19 d) Avaliar a conduta dos profissionais e a assitência prestada. e) Adiantar o processo de auditoria antes do fechamento da fatura. Questão 2 Maior índice de mortalidade neonatal causada por septicemia (infecção generalizada) durante o período de internação na UTI Neonatal se dá pelo processo de: a) Higienização das mãos ineficaz dos profissionais de saúde. b) Limpeza inadequada das bancadas de preparo de materiais. c) Superlotação das UTI neonatal. d) Pouca ventilação e sistema de refrigeração inadequado. e) NRA. Questão 3 O auditor, ao analisar a fatura parcial da internação de um cliente na UTI Neo natal, considerada de qualidade no serviço prestado, percebeu foi cobrado 5 diárias de leito intensivo, sendo que a criança estava respirando sem auxílio de oxigênio, já estava sugando através de monitoramento, a monitorização dos parâmetros vitais estava de maneira intermitente. Qual seria a conduta correta do auditor?a) Autorizar a cobrança das diárias, pois a criança estava no setor de UTI Neonatal. b) Glosar toda a fatura parcial, pois supôs que os demais itens estariam também incorretos. c) Pedir para elaborar outra fatura com cobranças de diárias de Pré-alta, conforme quadro clínico da criança. d) Pedir transferência da criança imediatamente para o alojamento conjunto ou que ela saia de alta hospitalar. e) NRA. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 20 Questão 4 A UTI neonatal estava com a lotação limite no momento que o auditor faz visita ao setor, para diminuir os riscos de agravos aos pacientes, qual a conduta que poderia ser adotada pelo auditor ¿ Avalie a melhor resposta: a) Administrar a transferência da paciente para qualquer outra unidade em melhores condições, mantendo intervenção direta. b) Auxiliar os profissionais de saúde da unidade , a gerenciar a super lotação da UTI sem maiores intervenções pois não é de responsabilidade do auditor a gerência de vagas. c) Viabilizar a transferência de algumas crianças de responsabilidade de sua auditoria , para outra unidade do convênio de acordo com as condições clinicas respeitando ética. d) Viabilizar a transferência da criança, independente das condições clinicas, pois o risco da superlotação está em paralelo ao risco de mortalidade. e) Administrar o seu trabalho de auditor, relatando as condições da unidade e assim que possível avaliar descredenciamento. Questão 5 A UTI Neonatal deve estar localizada próximo de centro obstétrico e fora de tráfego rotineiro do hospital e conter serviços técnicos e humanos de apoio para atender às demandas dos clientes. Quais os tipos de serviços que consideramos relevantes estarem próximo a UTI neonatal a) Laboratório de analises clinicas, radiologia, ultrassonografia, farmárcia e ecocardiograma b) Laboratório de analises clinicas, ecocardiograma , radiografia e refeiitório. c) Laboratório de anatomia patologica, ultrassonografia, ecocardiograma e lactário. d) Radiografia, Serviço social, Banco de leite e lavanderias. e) Banco de Sangue e Banco de Leite, Serviços de Imagem, e Lactário. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 21 Questão 6 Ao analisar a conta preparada pelo faturista, o auditor observou cobrança de dois cateteres umbilicais 3,5 Fr e cinco cateteres sobre agulha (“jelco”) em dois dias de internação. Achou mais prudente retirar a cobrança do cateter umbilical da fatura, pois achou que poderia ser uma cobrança indevida. Marque a questão que seria a sua conduta adequada como auditor. a) Melhor conduta adotada, pois correria o risco de ter a fatura glosada e passar uma incredibilidade para o convênio. b) Procuraria checar com a equipe da UTI neonatal sobre a real utilização dos produtos, para não ter prejuízos na cobrança da fatura. c) Analisaria todo o prontuário com anotações referentes àqueles dias em busca de anotações médicas e de enfermagem que justificasse tal uso, e encontrando a documentação que comprove o consumo, realizaria a cobrança. d) Retiraria a cobrança da conta, pois seria consumo abusivo de dois cateteres umbilicais e cinco cateteres sobre agulha em apenas dois dias de internação. e) NRA. Questão 7 De acordo com seu conhecimento, descreva o que aprendeu sobre o reuso dos materiais nas unidades de internação hospitalar. a) O reuso de materiais é de total responsabilidade da unidade de saúde, que deve estabelecer critérios para isso , de acordo com as suas condições gerenciais. b) O reuso de materiais sofrem normatizações de acordo com Secretaria de Saúde Municipal de cada região do país. c) O reuso de materiais só podem ser realizados, de acordo com as normatizações do MS e ANVISA , independente de concordâncias. d) O reuso de matérias só podem ser realizados, de acordo com as normatizações do MS e ANVISA, mas depende de concordâncias de gastos. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 22 e) A política de reuso de materiais fica restrita a unidades de saúde pública, vinculadas ao sistema SUS. Questão 8 Os registros da equipe da enfermagem é de relevância para a auditoria das contas hospitalares em todos os seus níveis de complexidade. a) Pois o registro de enfermagem está de acordo com o código de ética da profissão, mas não tem domínio sobre o processo de auditoria em saúde. b) Os registros de enfermagem são documentações de relevância apenas para a equipe de enfermagem, para acompanhamento das suas atividades. c) Os registros de enfermagem, assim como das demais categorias de saúde, fazem parte da documentação do prontuário do paciente, que é um instrumento médico. d) Os registros de enfermagem e dos outros membros da equipe de saúde, são parte da documentação do paciente, servindo de instrumento auditável. e) Registros de enfermagem são documentos privativos do paciente, não devendo ser exposto o profissionais que não sejam funcionários da unidade. Questão 9 Um recém-nato internado na UTI Neonatal há 15 dias usou Oxyhood por dois dias, a seguir, no segundo dia à noite usou CPAP e no terceiro dia de internação iniciou uso de ventilador mecânico neonatal. Como o auditor orientaria uma possível dúvida do faturista para fechar a conta parcial? a) Aluguel do ventilador de acordo com a tempo de uso, assim como o aluguel do CPAP. b) Aluguel do Oxyhood, CPAP e ventilador de acordo com as diárias de uso. c) Taxa de uso de gases e aluguel do ventilador, conforme pacote fechado com convênio e os descartáveis utilizados no CPAP. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 23 d) Aluguel de Ventilador mecânico, já que é um equipamento e o CPAP e o Oxyhood são materiais descartáveis. e) NRA. Questão 10 Ao avaliar a conta hospitalar com cuidado, pesquisa de dados no prontuário do paciente, conversa com a equipe de saúde multiprofissional da UTI neonatal, é uma atitude de excelência para a auditoria no sistema de saúde porque: a) O processo de auditoria em saúde é um trabalho de responsabilidade ética, respeito e envolvimento com a equipe multiprofissional, com ênfase na excelência do trabalho. b) O processo de auditoria em saúde é individualizado, mas o diálogo com a equipe de saúde é aplicável para coleta de dados. c) A auditoria em saúde é exclusiva do auditor tendo participação efetiva de outros profissionais na função fiscalizadora. d) A analise do prontuário e diálogos com equipe profissional é de excelência pois é uma ferramenta que o auditor utiliza para investigar atitudes desses profissionais. e) O processo de auditoria em saúde só é possível se houver acesso aos prontuários e demais documentos e participação efeitiva da equipe multiprofissional no preparo da conta. Questão 11 As dosagens para administração de fármacos em Neonatalogia, são fracionadas e portanto grande conteúdo de medicamentos “sobram “ no frasco ou ampola. Qual seria a conduta do auditor , quanto ao pagamento do medicamento. a) O auditor não deve ter interferência sobre a dinâmica desse trabalho. b) O auditor deve sempre prezar pelo bom censo e pelas Boas Práticas. c) O auditor deve conhecer sobre estabilidade dos medicamentos e pagar a fração utilizada independente dos custos. d) O auditor deve pagar o que está sendo cobrado na fatura hospitalar. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 24 e) O auditor deve consultar o profissional médico ou enfermeiro para saber o que foi utilizado, independente da cobrança. Questão 12 Para ser administrado NPT ao recém-nato na UTI Neonatal foi cobrado em suafatura 01 cateter CCIP, calibre 1.9 Fr., sendo que o cliente não estava fazendo uso de outro fluido endovenoso, exceto antibiótico em horários intermitentes (12/12 horas). Achou correto retirar o CCIP da cobrança, pois não encontrou justificativa para o uso, apesar de ter lido em impresso próprio o relato de inserção feita pelo enfermeiro. Avalie a conduta: a) Correta, não justifica o uso do dispositivo, pois poderia ser administrada através de scalps, com menos custo e menos invasivo. b) Correta , pois NPT pode ser administrada através de um cateter tipo jelco nº 24 G, sem prejuízos ao cliente. c) Incorreta, pois NPT é um fluido com PH e Osmolaridade considerada irritante e vesicante, devendo ser administrada em acesso venoso profundo. d) Incorreta, pois a NPT, assim como os antibióticos sem exceção devem ser administrados em acesso venoso central. Questão 13 As anotações nos prontuários do paciente são de extrema relevância para a prática de auditoria de contas hospitalares, pois: a) As anotações e protocolos descritos favorecem a documentação comprobatória. b) As anotações e protocolos descritos favorecem a documentação para registros de atividades profissionais. c) As anotações, só serão validadas se estiverem legíveis e autorizadas pela direção da unidade. d) As anotações de médicos são de maior relevância dentre os demais profissionais de saúde. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 25 e) A prática de auditoria está associada a análise de gastos, não sendo relevante anotações de profissionais de saúde. Questão 14 De acordo com o aprendizado , como poderia ser realizada a cobrança de materiais permanentes , como respiradores, monitores cardíacos e saturimetro na UTI Neonatal: a) A cobrança é realizada de acordo com o uso em horas, já que não são materiais descartáveis. b) A cobrança é realizada de acordo com as diárias, ficando a critério de cada unidade. c) A cobrança é realizada de acordo com os acordos firmados com a operadora de saúde, não tendo o auditor conhecimento sobre tal. d) A cobrança é realizada de acordo com o que o auditor comprovar o uso. e) A cobrança é realizada de acordo com as taxas formuladas pela unidade de saúde, já que os equipamentos são de sua propriedade. Questão 15 “A auditoria em UTI Neonatal é de responsabilidade do profissional auditor que tenha especialização nesta área , pois só assim consegue coerência nas suas avaliações”:Marque a melhor resposta: a) Ao avaliar uma fatura hospitalar o auditor medico ou enfermeiro deve ter conhecimento de materiais e medicamentos. b) Ao avaliar a fatura hospitalar o auditor medico ou enfermeiro deve ter domínio de todo assunto auditado c) Ao avaliar a conta hospitalar o auditor deve acessar prontuários e registros corretos, sendo essa a ferramenta essencial para a auditoria. d) O conhecimento de varias áreas de atuação são oferecidos nos cursos de auditoria, habilitando o profissional a auditoria ampla. e) O processo de auditoria é realizada de acordo com a ética do profissional, não exigindo conhecimento especifico de auditoria. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 26 Aula 1 Exercícios de fixação Questão 1 - B Justificativa: Uma unidade hospitalar que não está de acordo com as normas de prevenção de infecção, disposição de leitos, utilização correta dos leitos, coloca em risco a segurança do paciente, aumentando a possibilidade de maior tempo de internação, aumento de custos até a mortalidade. Questão 2 - A Justificativa: Os profissionais de saúde que manipulam diretamente os pacientes, são, portanto, os maiores transmissores de microrganismos patogênicos, quando não executam a lavagem e higienização correta das mãos. Questão 3 - C Justificativa: Solicitar ao faturamento que elabore a cobrança das diárias do Pré-alta, pois o unidade dispõe desse setor e a criança tem condições clinicas para estar nessa unidade. Questão 4 - C Justificativa: A superlotação das UTIs favorece a proliferação de microrganismos patogênicos. Questão 5 - A Justificativa: Para otimizar o atendimento poupando desgastes com tempo e os riscos inerentes ao transporte do criança. Questão 6 - C Justificativa: As anotações no prontuário são documentos comprobatórios da utilização de materiais durante o processo de internação. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 27 Questão 7 - C Justificativa: Normatização a ser seguida por todos o profissionais de saúde e gestores envolvidos nesse processo. Questão 8 - D Justificativa: O registro de enfermagem é uma documento legal para o paciente e para a equipe multiprofissional. Questão 9 - C Justificativa: Autoexplicativa Questão 10 - A Justificativa: O material prontuário e o envolvimento da equipe de saúde multiprofissional na elaboração e análise da conta hospitalar , minimiza erros visando qualidade. Questão 11 - B Justificativa: O auditor deve ter conhecimento das rotinas e práticas normativas do hospital que são respaldadas por manuais e Guidelines. Questão 12 - C Justificativa: Medicamentos e fluidos vesicantes e irritantes, com Osmolaridade alta ou PH básico ou alcalino devem ser administrados em acessos centrais. Questão 13 - A Justificativa: Sem as anotações e protocolos descritos, certificados, com seus declarantes identificados através de assinatura e carimbo, são de importância pois favorece a documentação comprobatória dos efetivos consumos de materiais, medicamentos e equipamentos destinados ao uso do cliente durante o período de estadia na UTI neonatal. Preservando a Boas Práticas em auditoria. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 28 Questão 14 - A Justificativa: A cobrança deverá ser de acordo com o uso em horas, já que os equipamentos são de propriedade do hospital, no que se refere aos respiradores se faz necessário a cobrança de gases (oxigênio e ar comprimido). Repeitando e conhecendo os contratos firmados do convênio de saúde e o hospital (serviço). Questão 15 - C Justificativa: Descreve situações de cobranças ineficazes , incorretas , levando portanto a prejuízos financeiros tamanhos , onde a receita da unidade tende a tornar se reduzida levando a déficit de atendimentos no próprio sistema e clientela. Cobranças corretas e justas estabilizam a previsão de receitas nas unidades de saúde, seja pública ou privada. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 29 Introdução Nesta aula, serão apresentados os critérios recomendados para admissão do recém-nascido (RN) na UTI neonatal, assim como os protocolos devidos e alguns exemplos de contas hospitalar na UTI neonatal. Com isso, ofereceremos insumos ao auditor para fazer a correta avaliação do processo de internação nesse tipo de unidade de saúde. Objetivo: 1. Descrever o perfil do cliente de terapia neonatal e critérios para a sua admissão; 2. Analisar os principais protocolos de tratamento na UTI neonatal; 3. Compreender a auditoria de conta na UTI neonatal – perfil do auditor de contas hospitalares. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 30 Conteúdo Os critérios para a admissão do recém-nato na UTI neonatal Os critérios recomendados para a admissão do recém-nato na UTI neonatal poderão variar de um hospital para outro, mas, de modo geral, a recomendação é a que se segue: 1. Recém-nascidocom menos de 34 semanas de gestação, consideradas, portanto, crianças prematuras que nasceram antes das 37 semanas e considerado tempo adequado para maturidade do sistema cardíaco e pulmonar. 2. Recém-nascido com menos de 1.800 g, sendo que o ideal seriam crianças a partir de 2.500 g (melhor formação de tecido cutâneo, epitelial, e muscular). 3. História de sangramento materno no 3º trimestre de gestação, pois esse sintoma corresponde a risco de abortamento no primeiro trimestre de gravidez, período de grande relevância na formação do feto (sistemas nervoso central e cardiovascular e demais órgãos e tecidos). 4. Anomalias congênitas que requerem procedimentos cirúrgicos e observação intensa, por exemplo: a) Enterocolite necrosante – causa destruição e necrose de diversas porções do intestino. b) Gastrosquise – consiste na má formação de parte do tubo digestivo da criança que se apresenta exteriorizada. c) Comunicação interatrial e ou ventricular – problema cardíaco em que não há fechamento entre câmeras cardíacas e outras. 5. Infecções neonatais – o RN apresenta infecção em todo o organismo (sistêmica) ou em determinado órgão, por não ter maturidade no seu sistema AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 31 de defesa natural do corpo (imunológico), o que torna mais difícil o tratamento e o controle da infecção. 6. Retardo no crescimento intrauterino – crianças que não conseguiram se desenvolver de acordo com o progresso da gestação, geralmente filhos de mães usuárias de drogas lícitas e ilícitas ou diabéticas. 7. Hipoglicemia – diminuição de níveis de glicose (açúcares do sangue), elemento essencial para a energia e na comunicação da células do sistema nervoso central (neurônios). 8. Convulsões – geralmente causadas por crises de abstinência, quando mãe é usuária de drogas. 9. Problemas respiratórios que requeiram suporte de oxigênio ou ventilação artificial como pneumonias, bronquiolite, imaturidade pulmonar causada pela prematuridade e infecções generalizadas. 10. Arritmias cardíacas causadas pelas convulsões, por problemas cardíacos congênitos ou por baixa da glicose sanguínea. 11. Apgar 5 no 5º minuto – escala utilizada por pediatras (enfermeiros e médicos) para avaliar condições de respiração, cardíacas, de sistemas nervoso e muscular do RN nas primeiras horas de vida ainda na sala de parto. Classificação do recém-nascido e avaliação da idade gestacional Vejamos agora como é feita a classificação do recém-nascido e avaliação da idade gestacional: A avaliação da idade gestacional é de importância para avaliação do RN de alto risco, conforme Academia Americana de Pediatria; para isso, não é levado só em conta o peso, pois o RN poderá pesar menos do que 2.500 g e ser a termo. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 32 Atualmente a avaliação adotada se baseia em ambos os critérios, idade gestacional e peso do recém-nascido. Concluímos que o cliente da UTI neonatal não necessariamente é um recém- nato prematuro, poderá ser um RN a termo com baixo peso, por exemplo; mas o principal perfil do RN habilitado para internação em uma UTI neonatal é o de uma criança de alto risco, pois não tem condições clínicas de adaptação na vida extra uterina. O cliente da UTI neonatal, portanto, precisa de internação com condições de equipamentos e materiais especiais, assim como recursos humanos qualificados. Atenção Considera-se período neonatal a idade de 0-28 dias incompletos de dias de vida extrauterina Fonte: Crianças maiores devem ser atendidas na UTI pediátrica. http://portalgeo.rio.rj.gov.br/mlateral/glossario/T_Saude.htm. Principais protocolos na UTI neonatal e recursos humanos No que se refere ao Serviço de Neonatologia Intensiva, por se tratar de uma área específica e meticulosa da assistência à saúde, e à recuperação da saúde da criança, foram criados alguns protocolos (institucionalizados) para facilitar a dinâmica da assistência. Tem grande importância esse tipo de informação (dados de recursos humanos) para auditores validarem, avaliarem e conferirem o nível de atendimento que o seu cliente, nesse caso, o recém-nato, recebe. Já o auditor do serviço, como o auditor de seguradoras, planos de saúde, caixas de assistência ou qualquer outro convênio, também objetiva a melhor assistência possível (à sua carteira de clientes, especificamente). AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 33 Recursos humanos - cargos Com relação aos cargos dos profissionais de saúde, a equipe de enfermagem deve contar com: • Uma enfermeira-chefe da UTI neonatal, uma enfermeira plantonista por turno. (uma para cada 10 leitos), técnicos de enfermagem (1 para 2 pacientes). • Secretária-recepcionista. • Auxiliar de serviços gerais. • Pediatra neonatologista. • Fisioterapeuta. • Fonoaudiólogo. Principais protocolos Os protocolos são rotinas preestabelecidas por sociedades cientificas (Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade de Enfermeiros em Pediatria, Sociedade Brasileira de Controle de Infecção Hospitalar etc.) com o objetivo de criar rotinas especificas para as peculiaridades do RN. Ferramentas essas que agregam conhecimento ao auditor dos itens apresentados na fatura hospitalar. Cuidados com a pele do RN A pele do RN prematuro, por sua constituição, ainda deficiente na formação do tecido cutâneo, células epiteliais, que proporciona ao corpo humano proteção e equilíbrio térmico e prevenção de perdas de líquidos, pode sofrer lesões com muita facilidade; e a pele lesionada contribui para aumentar perda hídrica e calor, favorece a perda de calor (causando a hipotermia), bem como aumento de risco de infecção pelo fato da barreira protetora não estar acessível, friável, transformando-se em porta de entrada para bactérias, fungos ou qualquer outro tipo de microrganismo patogênico. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 34 Entretanto, a pele do RN requer proteção acessória para prevenir os agravos descritos, fatores que podem postergar o tempo de internação, o uso de antibióticos, respiradores, monitores, como consequência das complicações citadas. Transporte inter-hospitalar O transporte inter-hospitalar é realizado quando o local de nascimento não dispõe de estrutura para atendimento das necessidades do RN. Devido aos altos custos dos equipamentos e mão de obra qualificada, muitos hospitais dependem de outros centros especializados em tratamento para neonatos enfermos. Existe uma significativa correlação entre um transporte neonatal eficiente e a diminuição dos índices de morbidade neonatal de alto risco, ou seja, o ideal seria a transferência da gestante de alto risco para um centro especializado. Exemplo de meio de transporte com incubadora com bala de oxigênio, suporte de soro, monitor cardíaco, rodas acopláveis a ambulâncias. Exemplo de incubadora de transporte com desfibrilador cardíaco, aparelhos para a administração de medicamentos, monitor cardíaco, bala de oxigênio, suporte para respirador mecânico e rodas acopláveis para ambulância. Controle da dor e sedação no neonato O uso de analgésico e sedativos no paciente neonatal ainda é eventual, mesmo com os avanços no conhecimento da fisiologia da dor nessa faixa etária. Intervenções farmacológicas com analgésicos narcóticos ou opióides (morfina, fentanila barbitúricos, diazepínicos, hidrato de cloral). O controle de dor está dentro do protocolo da neonatologia porque estudos mostram que a dor nessa faixa de idade interfereno metabolismo do organismo, levando inclusive à baixa de glicose e consequências tais como AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 35 convulsões, depressão do sistema respiratório e cardíaco, lesão nas células do sistema nervoso central. Entendemos, por fim, que é uma informação que o auditor deve adquirir para ajudar na análise das faturas hospitalares, checando o uso devido desses medicamentos. Apresentação de itens nas contas hospitalares na UTI neonatal – o papel do auditor O comportamento ético e a obediência ao código de ética médica e enfermagem: a atitude do auditor deve sempre ser ética, com imparcialidade ao aplicar normativas, exercendo com honestidade e objetiva e criteriosamente seus deveres e responsabilidades, infundindo por toda a organização um padrão comportamental que possa ser imitado por todo o funcionalismo. a) Verificar critérios de admissão, permanência e alta, todo o processo de internação hospitalar ou pré-hospitalar. b) Verificar o uso de equipamentos especiais, inclusive os incluídos na diária, checando a real necessidade do seu uso assim como as devidas diárias e taxas (aluguéis). c) Verificar o uso de medicamentos especiais, indicação técnica e preços: NPP (Nutrição Parenteral Parcial), NPT (Nutrição Parenteral Total), albuminas, antibióticos etc. Esses itens são indicados para pacientes em condições clínicas instáveis, considerados graves, tendo essas medicações custos altos. d) Atenção para o pós-operatório não complicado (recuperação) e admissões de final de semana. São situações passiveis de equívocos na cobrança, pois o pós- operatório em cirurgia de pequeno porte pode ser cobrado como day clinic, não sendo necessárias diárias de internação. Admissões em finais de semana, são assim entendidas apenas em situações de urgências e emergências. e) As normas deverão ser seguidas por todos os médicos e enfermeiros auditores, proporcionando uniformidade de critérios e condutas aos integrantes da equipe e credibilidade no processo, pois auditores que se colocam AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 36 profissionalmente ou mesmo eticamente em posições divergentes ao auditar determinadas contas correm o risco de refletir conflitos e divergências de opiniões. f) Avaliação global da conta, que consiste na leitura integral de todo o processo da internação ou atendimento, incluindo anotações da equipe multiprofissional, procedimentos, checagem (conferência) da administração de medicamentos, apresentação de exames (laudos) justificativos e autorizações pertinentes a determinados procedimentos e diárias. g) Avaliação técnica da conta é o profissional auditor técnico se apropriar do seu conhecimento técnico, observando as coerências das cobranças, medicamentos, materiais e equipamentos. * Lembramos que a auditoria de contas hospitalares deve sempre obedecer preceitos éticos (já citados). Avaliação global - etapas: a) Verificação administrativa: autorizações, acomodações e o número de diárias autorizadas. b) Preenchimento adequado e completo dos dados do prontuário: evolução, prescrição, relatório de enfermagem, descrição cirúrgica, ficha de anestesia etc. (Artigo 39 do C.F.M.). c) Checar as informações por cruzamento dessas. d) Prescrição médica x relatórios de enfermagem assinados e carimbados, legíveis. e) Prescrição médica x medicação cobrada na conta (cruzamento de informações). f) Evolução x número de visitas cobradas, assinadas e carimbadas. g) Descrição cirúrgica x ficha de anestesia. h) Procedimento médico realizado x material cobrado. i) Ficha de anestesia x anestésicos, monitorização e O2 cobrados e justificados de acordo com o tipo de anestesia. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 37 Avaliação técnica: a) Compatibilidade do diagnóstico com a necessidade de hospitalização, tempo de permanência e exames complementares (sem justificativa). b) Confirmação do diagnóstico (evolução exames, biopsia etc.). c) Compatibilidade dos materiais e medicamentos utilizados com a patologia. d) Compatibilidade do diagnóstico com os procedimentos médicos realizados. e) Confrontar com dados da análise de procedimento e visita hospitalar. f) U.T.I.: indicação de internação e permanência. g) Verificar a quantidade de materiais/medicamentos (inclusive os fracionamentos e as possíveis reutilizações) e seus preços. h) Materiais de alto custo: somente pagar mediante comprovação da autorização prévia e nota fiscal do fornecedor (atenção para os superfaturados). i) Compatibilidade do diagnóstico com a necessidade de hospitalização, tempo de permanência e exames complementares (sem justificativa). j) Compatibilidade dos materiais e medicamentos utilizados com a patologia. Atividade proposta Auditoria é uma atividade profissional da área médica e de enfermagem que analisa, controla e autoriza os procedimentos médicos para fins de diagnose e condutas terapêuticas, propostas e/ou realizadas, respeitando-se autonomia profissional e preceitos éticos, que ditam as ações e relações humanas e sociais. Consiste na conferência de contas ou procedimento pelo auditor médico ou enfermeiro, o qual analisa o documento no sentido de corrigir as falhas e/ou perdas, objetivando a elevação dos padrões técnicos e administrativos destinados à população. O auditor deve decidir sempre com respaldo técnico e cientifico, honestidade e responsabilidade. O auditor ideal deve ser constituído de: 25 % de discrição, 25 % de ética, 25 % de equilíbrio e 25 % de conhecimento – totalizando 100 % de bom senso. Fonte: http://dsau.dgp.eb.mil.br/arquivos/PDF/qualidade_gestao/manual_Auditoria.pdf AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 38 Chave de resposta: O auditor não tem função de fiscal, e sim de orientador, pacificador, agente de mudança, de efetividade, de economicidade e eficiência. A auditoria em serviços de saúde tem como objetivo básico conhecer os contratos estabelecidos entre as partes e exigir o fiel cumprimento do que foi acordado. Material complementar Para saber mais sobre o transporte neonatal, leia o texto disponível em nossa biblioteca virtual. Referências BALLARD, J. L. et al. A simplified score for assement of fetal maturation of newly born infantil. Journal of Pediatrics, 1979; 95(5): 760-74. D‘HARLINGE, A. E.; DURAND, D.J. Reconhecimento, estabilização e transporte neonatal de alto risco. In: KLAUSS, M.H. FANAROFF, A. A. Alto risco em neonatologia. 4ª ed. Guanabara Koogan, 1996. p. 55. TAMEZ, Raquel. Enfermagem na Neonatologia. 5ª ed. Guanabara Koogan. Exercícios de fixação Questão 1 Uma criança de 18 dias de vida precisou ser internada devido a quadro infeccioso; foi eleito, portanto, um leito da UTI neonatal. O auditor avalia a fatura referente a essa internação, que durou 15 dias; ele, no seu ponto de vista, deve adotar qual conduta no que se refere à autorização das diárias para internação na UTI neonatal? a) Negar a autorização na UTI neonatal, pois a criança já deve ter adquirido infecção na comunidade, vindo a ser um risco para outras crianças. b) Negar, pois a criança já teve alta da UTI neonatal, devendo ser encaminhada à UTI pediátrica. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 39 c) Autorizar, pois a criança poderá retornar para UTI neonatal desde que tenha até 28 dias de vida. d) Autorizar, pois o RN necessita de atendimento intensivo (a observância desses critérios são irrelevantes em qualquer instância). e) Negar a autorização, pois, uma vez tendo alta da UTI neonatal, não é possívelsua readmissão. Questão 2 De acordo com sua avaliação marque a questão que responde aos critérios para atendimento do Recém Nascido na UTI Neonatal. a) Prescrição do médico e prematuridade. b) Prematuridade e necessidade de ganho de peso. c) Necessidade de ventiladores mecânico , antibiótico venoso, monitorização. d) Solicitação médica, necessidade de medicamentos contínuo e monitorizaçaõ de temperatura. e) Indicios de prematuridade e necessidade de administração de Oxigênio. Questão 3 As escalas de avaliação de crescimento e desenvolvimento físico e neuromuscular do RN auxiliam a equipe de saúde a definir o grau de possíveis dificuldades de adaptação do RN à vida extrauterina. Assim sendo, marque a afirmativa falsa. a) As escalas de Ballard e de Classificação de Crescimento são instrumentos que favorecem a avaliação da maturidade do RN tornando-o ou não elegível à UTI neonatal. b) As escalas de avaliação precisam ser usadas e fazer parte do escopo de documentação no prontuário do cliente, pois são documentos comprobatórios para a indicação do RN para internação na UTI neonatal. c) As escalas de avaliação do RN são protocolos institucionalizados e sem compromisso científico, portanto, não precisam ser utilizadas AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 40 necessariamente para fazer a elegibilidade do RN para a UTI neonatal, e sim o exame da equipe de saúde. d) O exame físico, os parâmetros vitais, exames complementares e as escalas de avaliação compõem um dos protocolos de internação do RN na UTI neonatal. e) Com base na Organização Mundial da Saúde, considera-se prematuro todo recém-nascido vivo que pese menos que 2.500 g. Questão 4 O Auditor de Serviços de Saúde deve conhecer as indicações do cliente para internação em UTI neo, porque: a) Porque precisa autorizar a internação e permanência. b) Porque poderá avaliar e acompanhar continuamente o processo de internação. c) Porque faz parte do processo de auditoria checar as indicações desnecessárias apenas em Uti Neonatal. d) Porque essa avaliação é delegada ao auditor na ausência de profissionais da operadora de saúde. e) Porque as indicações estão vinculadas as autorizações de uso de equipamentos. Questão 5 As diárias de internação na UTI neonatal devem obedecer a certos critérios como: a) RN com menos de 34 semanas de gestação e com arritmia cardíaca. b) RN com menos de 2.500 g e com 38 semanas de gestação. c) RN portador de sífilis congênita e ictérico. d) RN com 37 semanas de gestação e com 2.800 g. e) Solicitação verbal do pediatra. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 41 Questão 6 O valor final do exame será obtido pelo valor de cada , multiplicado pelo número de regiões topográficas ou lesões referidas na requisição médica. Entende se: a) A cobrança de amostras de sangue são pagas em separado. b) Amostras de orgãos com a finalidade de estudo patológico são cobrados em separado. c) Amostras de peças são cobradas isoladamente por riscos de laudos inconclusivos. d) A cobrança de amostras de sangue ou de órgão não diferem. e) As cobranças de qualquer tipo de exame é de acordo com a avaliação da auditoria. Questão 7 No que se refere ao transporte inter e intra-hospitalar em UTI neonatal, marque a alternativa correta. a) O RN pode ser transportado para setores internos do hospital, desde que esteja em condições para isso, não necessariamente em uso incubadoras de transporte. b) O RN é transportado para outra unidade de saúde, supomos, pela unidade em que está não possuir condições de oferecer tratamento adequado na sua UTI – portanto, não será cobrada a diária dessa unidade. c) O RN ao ser transportado para outra unidade tem que estar estável nas suas condições clínicas, não devendo ser imposto o transporte a qualquer custo, pois os profissionais dessa unidade irão atendê-lo nos cuidados emergenciais. d) O hospital que não possui UTI neonatal deve acertar convênio com maternidades para que não ocorra o risco de eventual recebimento de RN de alto risco. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 42 e) O RN deve ser transportado de maneira segura com garantia de atendimento adequado as suas necessidades em outra unidade, devendo a assistência de saúde garantir esse acesso. Questão 8 Os registros da equipe de enfermagem sobre todos os procedimentos e protocolos no prontuário do paciente é função do: a) Auditor do faturamento dos serviços de saúde b) Enfermeiro plantonista c) Chefe de enfermagem d) Secretaria e) Da equipe multiprofissional Questão 9 O cuidado da pele do RN prematuro deve ser um item de conhecimento do auditor do serviço de saúde, pois dentro desse protocolo está o uso de materiais de alto custo. Marque a opção correta referente a essa afirmativa. a) Sim, pois materiais utilizados para a proteção da pele do RN são variados em uso e custo, podendo trazer mais gastos (justificados) durante a internação. b) Não, materiais de proteção da pele devem ser fornecidos pela família, pois não fazem parte do tratamento. c) Não, pois cuidados com a pele do RN se baseiam em higiene (água e sabão). d) Sim, pois todos os produtos de uso para proteção de pele são de alto custo. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Questão 10 “Sim, todos querem estar envolvidos, mas ninguém quer estar comprometido. Há uma grande diferença entre os dois. A próxima vez que vocês forem comer ovos com bacon lembre-se disto: a galinha estava envolvida, mas o porco AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 43 estava comprometido“ (HUNTER, James. O Monge e o Executivo – Uma história sobre essência da liderança. São Paulo: Sextante, 2004, p. 93). Em que pode se referir à auditoria do sistema de saúde a citação apresentada? a) Nada, pois não estamos tratando de estratégia em negócios. b) Tem coerência com a auditoria, pois estamos visando à qualidade na assistência e na gestão da saúde, portanto, envolvimento nas práticas de trabalho. c) Refere-se ao envolvimento que o auditor tem com o cliente. d) Não tem correlação, pois esse envolvimento condiz mais com os profissionais em questão, de administração, do que aqueles na linha de assistencial. e) Referência nenhuma à auditoria, pois não estamos lidando com gerência de serviços. Questão 11 Para que o auditor realize a análise das contas, ele precisa preencher determinados requisitos profissionais como: a) Conhecimento técnico, empreendedorismo, esperteza. b) Ética, conhecimento especifico, imparcialidade. c) Especialização, vontade de aprender. d) Ética, respeito aos acordos, honestidade. e) Conhecimento técnico, parcialidade e dedicação. Questão 12 O auditor em UTi Neonatal tem que possuir conhecimento de materiais e medicamentos pois a cobrança desses de maneira errônea é possível no faturamento hospitalar.Avalie a alternativa que valoriza essa afirmativa: a) Os erros de cobrança em materiais e medicamentos são os maiores responsáveis por glosas e consequentemente prejuízos financeiros. b) Prejuizos e Lucros são os maiores vilões da assistência a saúde. c) A auditoria precisa checar as coerências de cobranças de MAT e MED. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 44 d) O conhecimento de materiais e medicamentos, assim como suas aplicações auxiliam na glosa. e) A cobrança errônea eleva a insatisfação dos usuários das operadoras de saúde. Questão 13 As glosas nas contas hospitalares na UTI neonatal tem seu maior número no seguinte dado:a) Cobrança de diárias b) Cateteres venosos c) Medicações antibióticas d) Medicamentos barbitúricos e) Todos acima – que não sejam justificados Questão 14 No que se refere à avaliação global e técnica, podemos dizer que: a) Avaliação técnica ocorre por erro na descrição de uso de medicamentos. b) Avaliação global refere-se ao apreciamento da conta no quesito preenchimentos de dados do cliente e diárias. c) Avaliação técnica refere-se aos honorários dos profissionais que assistiram ao cliente. d) Avalição técnica refere-se à quantidade de materiais e medicamentos utilizados de acordo com indicação clínica. e) Avaliação global pode ser realizada pelo faturista hospitalar. Questão 15 Na possibilidade de reutilização de medicamentos, o auditor deve sempre cobrar o total, nunca o fracionamento.Marque a resposta correta diante do que aprendeu sobre normas de fracionamento de medicamentos: a) O fracionamento e cobrança deste fica a serviço do bom censo e ética. b) Os medicamentos jamais podem ser fracionados a partir da sua abertura. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 45 c) Os medicamentos são cobrados de acordo com seu uso, independente dos custos. d) O fracionamento só é recomendado a cobrança de medicamentos de alto valor e sobre vigilância do auditor. e) O fracionamento de medicamentos não é recomendável. Aula 2 Exercícios de fixação Questão 1 - C Justificativa: De acordo com parecer CREMEC nº 08/2005, crianças maiores de 28 dias de vida e menores de 12 (doze) anos de idade devem ser admitidas em UTI pediátrica e não em UTI neonatal ou de adultos, salvo em situação de risco de vida, pois reúnem peculiaridades que implicam em atendimento específico, sendo a elas assegurado o direito à assistência intensiva de qualidade e com garantias dos recursos disponíveis com potencial mínimo de risco, conforme preceitos bioéticos que fundamentam a prática médica. Questão 2 - C Justificativa: A Indicação para o atendimento do RN na UTI Neonatal segue os critérios da Sociedade Brasileira de Pediatria e Neonatologia , que dentre outras inclui a necessidade de ventiladores para suporte respiratório, antibiótico intravenoso, monitorização contínua, etc. Questão 3 - C Justificativa: As escalas de avaliação de Ballard e de Crescimento e Desenvolvimento Intrauterino são instrumentos reconhecidos e autorizados cientificamente. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 46 Questão 4 - B Justificativa: Respeito aos conceitos éticos da auditoria ( MS ) Faz parte do processo da auditoria , pois com a análise correta da conta diminui as possibilidades de cobranças equivocadas, como diárias, aluguel de equipamentos. Questão 5 - A Justificativa: Itens que fazem parte da indicação de cuidados intensivos de acordo com a nossa bibliografia. Questão 6 - B Justificativa: A remuneração separada se refere a peças anotomo patológicas, pois são estruturas distintas. Questão 7 - E Justificativa: É direito da criança a garantia ao acesso para atendimento adequado e seguro (Estatuto da Criança e do Adolescente). Questão 8 - E Justificativa: É de responsabilidade de toda equipe multiprofissional a anotação e o registro dos procedimentos realizados e solicitados no prontuário do cliente como documentação. Questão 9 - A Justificativa: Os materiais para proteção da pele do RN são variados, nem sempre de alto custo, dependendo da aplicabilidade da utilização (proteção, curativos, ostomias). Questão 10 - B Justificativa: O envolvimento no trabalho: compromisso, doação, ética, honestidade e imparcialidade devem ser preceitos aplicados pelo auditor. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 47 Questão 11 - D Justificativa: O auditor deve preencher tais requisitos, pois são primordiais para auditoria segura, comprometida e correta para ambas as partes. Questão 12 - A Justificativa: Erros podem ocorrer na apresentação ou elaboração da conta O auditor deve saber de mat med pois a cobrança equivocada pode ocorrer pelo faturista ao confeccionar a conta parcial ou total. Questão 13 - E Justificativa: Todos os materiais e medicamentos devem estar descritos na prescrição ou nas evoluções dos profissionais responsáveis. Questão 14 - D Justificativa: A avaliação técnica refere-se à compatibilidade do uso técnico de materiais e medicamentos e deve ser realizada pelo técnico (médico ou enfermeiro). Questão 15 - A Justificativa: Conceito ético da auditoria de contas hospitalares. O auditor deve ter conhecimento das negociações ( acordos) feitos entre o hospital e serviço de saúde para fazer a avaliação ,sabendo que alguns medicamentos não podem ser armazenados após sua abertura. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 48 Introdução Nesta aula convido você a conhecer os Níveis de Classificação de Riscos para atendimentos nos serviços ambulatoriais, assim como os tipos de assistências realizadas nesse nível a clientes pediátricos. Vamos conhecer também os tipos de materiais e medicamentos usualmente disponíveis em unidades de urgência e de emergência. Objetivo: 1. Apresentar os níveis de classificação de riscos na Unidade de Pronto Atendimento; 2. Descrever os tipos mais comuns de atendimento em urgências e emergências; 3. Apresentar os medicamentos e materiais mais utilizados nessas unidades. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 49 Conteúdo Definição de urgência e emergência Os termos “urgência” e “emergência” são, frequentemente, utilizados como sinônimos, mas possuem objetivos e representatividades distintas. Urgência É uma situação que requer assistência rápida, no menor tempo possível, a fim de evitar complicações e sofrimento. São exemplos de urgência: dores abdominais agudas, cólicas renais, crises de asma brônquica, mordedura de animais, pequenos cortes que necessitem de sutura. Emergência É todo caso em que há ameaça iminente à vida, sofrimento intenso ou risco de lesão permanente, havendo necessidade de tratamento médico imediato. São alguns exemplos de emergências: parada cardiorrespiratória, hemorragias volumosas, infartos, desidratação, intoxicação exógena, afogamentos, traumas cranioencefálicos, acidentes automobilísticos com fraturas e lesões, queimaduras em segundo e terceiro graus que podem levar a danos irreversíveis e até ao óbito. Normatização de classificação de riscos A avaliação sobre o que é emergência e o que é urgência é feita no momento da triagem, que, atualmente, é realizada pelo profissional enfermeiro através da normatização de classificação de riscos, que deve ter os seguintes níveis: Vermelho Prioridade zero; emergência; necessita de atendimento imediato. Amarelo Prioridade 1; urgência; necessita de atendimento em, no máximo, 15 minutos. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 50 Verde Prioridade 2; prioridade não urgente; necessita de atendimento em até 30 minutos. Azul Prioridade 3; consulta de baixa complexidade; atendimento de acordo com o horário de chegada; tempo de atendimento variável de acordo com a demanda de emergências e urgências. Atenção As identificações de prioridades devem ser informadas ao cliente e estar sinalizadas no Boletim de Atendimento do serviço para informação de todos os profissionais. Assim, todos serão informados sobrea prioridade do cliente, evitando a desobediência dessa classificação e ocasionando o atendimento adequado, sem maiores riscos e agravamentos dos quadros patológicos ali presentes. A classificação de riscos deve ter os seguintes níveis: Vermelho: Prioridade Zero; emergência; necessita de atendimento imediato. Amarelo: Prioridade 1; Urgência; necessita de atendimento em, no máximo, 15 minutos. Verde: Prioridade 2; não urgente; necessita de atendimento em até 30 minutos. Azul: Prioridade 3; consulta de baixa complexidade; atendimento de acordo com o horário de chegada; tempo de atendimento variável, de acordo com a demanda de emergências e urgências. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 51 As identificações de prioridades devem ser informadas ao cliente e estarem sinalizadas no Boletim de Atendimento do serviço para informação de todos os profissionais. Assim, todos serão informados sobre a prioridade do cliente, evitando a desobediência dessa classificação e ocasionando o atendimento adequado, sem maiores riscos e agravamentos dos quadros patológicos ali presentes. Exemplificando as prioridades: Vermelho: pacientes que deverão ser encaminhados diretamente à Sala Vermelha (emergência) devido à necessidade de atendimento imediato. Situação/queixa: 1) Politraumatizado grave: lesão grave de um ou mais órgãos e sistemas cardiovascular neurológico, respiratório. 2) Queimaduras com mais de 25 % de área de superfície corporal queimada: ocorre desequilíbrio hídrico, choque, infecção e lesão de órgãos vitais. 3) Trauma cranioencefálico grave, que leva à lesão cerebral. 4) Estado mental alterado ou em coma, histórico de uso de drogas. 5) Comprometimentos da coluna vertebral, que acarretam lesões irreversíveis no sistema locomotor. 6) Desconforto respiratório grave, que leva à insuficiência respiratória, falência e parada respiratória. 7) Dor no peito associada à falta de ar, queimação, dor no peito (retroesternal) sem melhora com repouso e cianose: sintomas que podem sugerir iminência de infarto agudo do miocárdio, angina e embolia pulmonar. 8) Perfurações no peito, abdome e cabeça por armas branca ou de fogo. 9) Crises convulsivas (inclusive pós-crise), pois podem levar à parada cardiorrespiratória. 10) Intoxicações exógenas ou tentativas de suicídio com indícios de coma. 11) Anafilaxia ou reações alérgicas associadas à insuficiência respiratória. 12) Complicações de diabetes (hipo ou hiperglicemia). AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 52 13) Hemorragias não controláveis. 14) Infecções graves, cujos sintomas são febre e alteração do nível de consciência. Amarelo: pacientes que necessitam de atendimento médico e de enfermagem o mais rápido possível, mas que não correm riscos imediatos de vida. Situação/queixa: 1) Politraumatizado sem alterações de sinais vitais. 2) Cefaleia intensa de início súbito ou rapidamente progressiva, acompanhada de sinais ou sintomas neurológicos, como alterações de visão e fala. 3) Trauma cranioencefálico leve (ECG entre 13 e 15). 4) Diminuição do nível de consciência, alteração de comportamento. 5) Epistaxe (sangramento nasal) com alteração de sinais vitais. 6) Dor abdominal intensa com náuseas e vômitos, sudorese, com alteração de sinais vitais (taquicardia ou bradicardia, hipertensão ou hipotensão, febre). 7) Náuseas/vômitos e diarreia persistente com sinais de desidratação grave, letargia, mucosas ressecadas, turgor pastoso, alteração de sinais vitais. 8) Desmaios. 9) Febre alta (39/40ºC). 10) Vítimas de abuso sexual. 11) Imunodeprimidos com febre. Verde: pacientes em condições agudas (urgência relativa) ou não agudas, atendidos com prioridade sobre consultas simples (espera de 30 minutos a 2 horas). Situação: 1) Idade superior a 60 anos. 2) Gestantes com complicações da gravidez. 3) Pacientes doadores de sangue. 4) Retornos com período inferior a 24 horas devido a não melhora do quadro. 5) Asma fora de crise. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 53 6) Enxaqueca – pacientes com diagnóstico anterior de enxaqueca. 7) Dor de ouvido moderada à grave. 8) Dor abdominal sem alteração de sinais vitais. 9) Vômitos e diarreia sem sinais de desidratação. 10) História de convulsão sem alteração de consciência. Azul: demais condições não enquadradas nas situações/queixas acima. 1) Queixas crônicas sem alterações agudas. 2) Procedimentos como: curativos, trocas ou requisições de receitas médicas, avaliação de resultados de exames, solicitações de atestados médicos. Após a consulta médica e medicação, o paciente é liberado. Tipos de atendimentos em urgências e emergências Conheça agora os tipos mais comuns de atendimentos em urgências e emergências. Urgência pediátrica • Crise de asma brônquica: necessária a utilização de medicamentos broncodilatadores. • Febre acima de 38ºC: necessita-se de antitérmico medicamentoso e outros procedimentos, como banhos, compressas etc. • Mordedura de animais domésticos ou silvestres: utiliza-se vacina e/ou soro antirrábico, além de curativo na lesão. • Quedas: realizam-se curativos em pequenas lesões, onde não haja perda de consciência (alteração sensorial) ou mobilizações ortopédicas. Emergência pediátrica • Traumas: geralmente oriundos de acidentes automobilísticos, quedas com perda de consciência e alterações de sinais vitais, espancamentos (violência doméstica ou comunitária). AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 54 • Sufocamentos: provenientes de engasgos com objetos, secreções ou alimentos, impossibilitando respiração espontânea por obstrução. • Afogamentos: ocasionados por acidentes domésticos, no mar ou em piscinas. • Crise de asma brônquica: com alterações dos sinais vitais, angústia respiratória e falência desta. • Intoxicação exógena: ingestão de bebidas tóxicas ou medicamentos em excesso, em ambiente doméstico ou comunitário. Emergência pediátrica • Reação alérgica ou anafilática: proveniente de uso de medicamentos ou substâncias alergênicas, levando a edema de vias aéreas superiores, insuficiência de respirar e até parada cardíaca. • Febre alta (39 a 40ºC) persistente:possivelmente relacionada a doenças infecciosas agudas ou crônicas. • Diarreia e vômitos: em crianças, esses sintomas podem evoluir para choque hipovolêmico em poucas horas, caso não recebam tratamento rápido. • Queimaduras de segundo e terceiro graus: podem ocasionar infecção e desidratação. Urgência (adultos e idosos) • Febre 38ºC: quando não resistente ao uso de antitérmico. • Dor de cabeça: quando não há alterações de sinais vitais. • Pequenas quedas: onde há necessidade de curativos. • Diarreia e vômitos: quando não há sinais de desidratação, principalmente no idoso. • Mordedura de animais domésticos ou silvestres: administração de vacina e/ou soro antirrábico e curativos. • Dor lombar e/ou muscular: quando há histórico de pequenas quedas e/ou pequenas lesões. • Distúrbio neurovegetativos: quando há necessidade de acompanhamento psiquiátrico. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 55 • Queimaduras primeiro grau: quando há necessidade de pequeno curativo. Emergência (adultos e idosos) • Traumas: em casos de acidentes automobilísticos, incidentes com arma branca ou arma de fogo etc. • Distúrbios durante o período gestacional: episódios de sangramentos, dor pélvica etc. • Cefaleia: quando há alterações do nível de consciência e sinais vitais. • Febre (acima de39ºC): provavelmente ocasionada por processos infecciosos. • Quedas: com lesão do sistema nervoso central e ósseo. • Obstrução de vias aéreas superiores: proveniente de infecções respiratórias, traumas ou engasgos com objetos. • Dor torácica: sugestiva a infarto agudo do miocárdio e angina. • Queimaduras de segundo e terceiro graus: quando há risco de infecção. Principais medicamentos e materiais utilizados nessas unidades Área vermelha Essa área é devidamente equipada e destinada ao recebimento, avaliação e estabilização das urgências e emergências clínicas e traumáticas. Após a estabilização, os pacientes devem ser encaminhados para as próximas áreas. Área amarela Área destinada à assistência de pacientes críticos e semicríticos. Área verde Área destinada a pacientes não críticos em observação, internados que estão aguardando vagas nas unidades de internação ou remoções para outros hospitais de retaguarda. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 56 Área azul • Espaço destinado ao atendimento de consultas de baixa e média complexidade; • Área de acolhimento com fluxo obrigatório na chegada; • Área física que favoreça a visão dos que esperam por atendimentos de baixa complexidade. • Consultório de enfermagem, classificação de risco e procedimentos iniciais com materiais para atendimento a eventuais urgências. Monitor e eletrocardiógrafo – Avaliação cardíaca, aparelho não invasivo, que requer observação contínua pelos profissionais de saúde. Oxímetro de pulso – Aparelho não invasivo para avaliar níveis de oxigênio capilar circulante na corrente sanguínea, traduzindo a necessidade, ou não, de suporte ventilatório (para auxílio no equilíbrio do padrão da respiração). Glicosímetro – Aparelho para avaliação dos níveis de glicose sanguínea. Ambú adulto e infantil – Equipamento utilizado para dar suporte ventilatório até que seja providenciada a intubação orotraqueal e que seja entalado do respirador (ventilador) mecânico. Material de intubação adulto e infantil – Tubo orotraqueal e fixadores de tubo orotraqueal (materiais descartáveis) utilizados para clientes que necessitam de suporte ventilatório por meio de respiradores mecânicos devido à insuficiência respiratória. Material de punção venosa – Cateter venoso central e periférico utilizados para acessar veias profundas, garantindo a infusão de medicamentos e fluidos (soros ou transfusão de sangue) de forma segura e com grande fluxo. Indicado quando o cliente necessita de tratamento que requeiram tais procedimentos. São materiais descartáveis, portanto de uso único. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 57 Ventilador mecânico – Fontes de oxigênio, ar comprimido e vácuos. Nota: Materiais como gases estéril, esparadrapos ou fita microporosa (antialérgicas), luvas de procedimentos ou estéril, ataduras, fios de sutura, anestésicos locais (Xylocaina injetável 2 %), seringas e agulhas deverão ser cobrados de acordo com a necessidade de procedimento, que deve estar descrito em documento próprio, como prescrição médica ou relatório de enfermagem, preferencialmente. Principais medicamentos utilizados em salas de urgência e emergência Adrenalina: A epinefrina é um fármaco adrenérgico, antiasmático, vasopressor e estimulante cardíaco. Aminofilina: Indicado no tratamento de asma brônquica, bronquite, insuficiência respiratória e cardíaca. Brometo de Ipratrópio: Indicado como bronco-dilatador na DPOC e outras patologias que causem bronco-espasmo. Captopril: Indicado para HAS e ICC. Cuidados de Enfermagem: monitorar a P.A. de 30 em 30 minutos. Diazepam: Tratamento da ansiedade; relaxante muscular; alívio sintomático da abstinência alcoólica aguda; anticonvulsivante e pré-anestésico, quando usado por via endovenosa; sedativo em endoscopia, cardioversão e procedimentos cirúrgicos menores. Dipirona: Analgésico e antipirético. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 58 Dopamina: Alguns tipos de choque acompanhados de oligúria e resistência vascular periférica baixa ou normal; choque cardiogênico e bacteremia, hipotensão intensa seguida da remoção da feocromocitoma. Enalapril: Indicado para tratar a HAS. Lidocaína: Anestésico local, usado também como antiarrítmico. Nifedipino: Indicado para HAS. Omeprazol: Úlceras duodenal, gástrica ou resistentes; esofagite de refluxo; Síndrome de Zollinger-Ellison; erradicação do Helicobacter Pylori em combinação com antibióticos. Tramadol: É indicado para dor de intensidade moderada a grave, de caráter agudo, subagudo e crônico. Fenitoína: Convulsão; epilepsia; estado epilético; nevralgia do trigêmeo. Haloperidol: Agitação psicomotora em casos de psicopatias agudas e crônicas, tipo mania, demência, oligofrenia e esquizofrenia. Soluções: Soro Glicosado 5 %, 10 % Ringer Lactado Soro Fisiológico 0,9% Hisocel ou Haemacel – Expansores plasmáticos utilizados na necessidade de reidratação emergentes para os pacientes em choque ou em eminência de choque hipovolêmico devido a grandes perdas sanguíneas. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 59 Atividade proposta "Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar uma unidade de negócio, com o menor custo possível, transformando os recursos humanos, materiais e financeiros em uma instituição rentável com produtividade, resolutividade, qualidade e segurança" (Marcos José Ferraz Moura – Administrador hospitalar). Comente as afirmações citadas acima.A qualidade no serviço de saúde está atrelada ao menor custo possível. Uma das maneiras de controlar custos é a utilização de métodos e técnicas de auditoria em serviços de saúde. A auditoria é uma análise sistemática e independente, que analisa e compara se os procedimentos prestados aos pacientes estão em conformidade com o que é previsto em contrato. Chave de resposta: Os programas de Acreditação em Saúde , onde é valorizado ao máximo a qualidade da assistência prestada , passa pelo víeis dos custos hospitalares, ou otimização dos custos. Sem prejuízos financeiros bilateral (operadoras e unidades de saúde), levando nos a conclusão do papel de extrema relevância do processo de auditoria técnica. Referências DIAS DA COSTA, J. S. Auditoria médica: avaliação de alguns procedimentos inseridos no programa de atenção integral à saúde da mulher no posto de saúde da Vila Municipal, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, Fiocruz, v. 14, n. 1, p. 43-49, jan./mar. 1998. MOTTA, Ana Letícia Carnevalli; LEÃO, Edmílson; ZAGATTO, José Roberto. Auditoria médica no sistema privado: abordagem prática para organizações de saúde. São Paulo: Ed. Érica, 2009. LEFEVRE, Fernando; LEFEVRE, Ana Maria Cavalcanti. O que é vigilância em saúde?: representação dos funcionários do CVE. Disponível em: AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 60 <http://www.bvs-sp.fsp.usp.br/tecom/docs/2004/lef001.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2015. Exercícios de fixação Questão 1 Na sua opinião, por que o auditor dos perfis de emergência e urgência deve conhecer o atendimento? a) Porque precisa saber das características dessas unidades para autorizar ou não o atendimento. b) Porque precisa saber se o cliente recebeu o atendimento adequado. c) O auditor não precisa conhecer o perfil de atendimento dessas unidades, apenas saber o que foi utilizado. d) O auditor precisa saber das características de ambas as unidades para que possagarantir a excelência de atendimento ao seu cliente e operadora. e) O auditor precisa conhecer as características das duas unidades para saber qual diária pagar. Questão 2 Em algumas circunstâncias, o cliente pode receber atendimento inadequado nas unidades de Urgência por classificação imprópria, levando a consequências nocivas e agravos à saúde. O que esse fato pode representar para a unidade ou operadora de saúde? Marque a opção verdadeira. a) Refletirá no atendimento precário, fora das conformidades atribuídas para a qualidade na Gestão dos Serviços de Saúde. b) Reflete no atendimento precário, sem condições técnicas e administrativas, colocando em risco a boa imagem da unidade de saúde e da operadora conveniada. c) Mostra a falência dos serviços de saúde privado e público, transparecendo a inviabilidade da Gestão em Saúde. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 61 d) Representa a desqualificação da unidade de saúde, tornando-a elegível ao descredenciamento; além disso, a operadora está infringindo as normas da ANS. e) Representa que a unidade precisa ser avaliada diante dos riscos que a classificação inadequada pode trazer ao cliente. Questão 3 O chamado acolhimento ou classificação de riscos é uma medida implementada pela Gestão em Saúde para estabelecer melhor atendimento de acordo com as prioridades do cliente que procura uma Unidade de Saúde em urgência e emergência. De acordo com essa verdade, pontue a(s) afirmativa(s) que colabora(m) com o dito. a) Classificação realizada com base em protocolos adotados pela instituição de saúde, normalmente representados por cores que indicam a prioridade clínica de cada paciente. b) Na valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde, os valores que norteiam essa política são: a autonomia e o protagonismo dos sujeitos, a corresponsabilidade entre eles, o estabelecimento de vínculos solidários, a participação coletiva no processo de gestão, e a indissociabilidade entre atenção e gestão. c) Classificação de riscos de um determinado agente biológico se baseia em diversos critérios que orientam a avaliação de riscos e está principalmente orientada pelo potencial de risco que oferece ao indivíduo, à comunidade e ao meio ambiente. d) Apenas a primeira e a segunda alternativa estão corretas. e) Apenas a primeira e a terceira alternativa estão corretas. Questão 4 As prioridades no atendimento, que são sinalizadas pelas cores vermelha, verde, amarela e azul, indicam as condições clínicas do cliente no que se refere também ao perfil da urgência do caso. Portanto, marque a classificação correta. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 62 a) Amarelo: prioridade não urgente; necessita de atendimento em até 30 minutos. b) Verde: pacientes em condições agudas (urgência relativa) ou não agudas. c) Vermelho: consulta de baixa complexidade; atendimento de acordo com o horário de chegada; tempo de atendimento variável. d) Azul: emergência; necessita de atendimento imediato. e) Amarelo: prioridade 3. Questão 5 O auditor recebeu a fatura referente ao atendimento de um cliente que apresentava dor torácica típica, aperto irradiante para o braço esquerdo e náuseas, e que, além disso, era portador de hipertensão arterial de longa data, tabagista e sedentário. Como não houve melhora da dor em repouso ou com analgésico, o enfermeiro da unidade classificou-o como Prioridade 1 (sala vermelha). Na sua avaliação, essa classificação está correta? a) Não, pois o paciente poderia fazer exames e esperar diagnóstico para ser encaminhado a essa sala, que com possui equipamentos e materiais de uso específico e, portanto, apresenta maiores custos. b) Não, pois não havia nenhum diagnóstico comprovando risco iminente de morte, não sendo indicado Prioridade 1. c) Sim, pois o quadro clínico é indicativo de infarto agudo do miocárdio, com risco iminente de morte, necessitando o cliente de atendimento imediato e específico. d) Sim, pois seria mais prudente encaminhar esse cliente para a sala vermelha, mas não deve ser cobrado nenhum equipamento específico até o diagnóstico. e) Não, pois se houvesse risco de morte iminente, o paciente seria encaminhado para a emergência. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 63 Questão 6 Pelo que podemos concluir, as classificações de Risco nas unidades de pronto atendimento representa um referencial para que o paciente e o profissional de saúde estabeleça prioridades no atendimento. Desta forma o auditor ao receber a fatura do atendimento ( Serviço de Pronto Atendimento ) de um cliente onde a queixa principal era: Dor na região torácica, com alteração dos sinais vitais, Pressão arterial, Frequência Cardíaca e Respiratória. Foi cobrado atendimento no setor de Emergência, assim como alugueis de Monitor cardíaco, Oximetro digital e taxa de Oxigênio, dentre outros. O auditor avalia a cobrança como: a) Errada e negligente, pois este tipo de paciente deveria ser atendido em CTI. b) Errada e imprudente, pois esse atendimento poderia ser feito no ambulatório até que houvesse resultados de exames. c) Correta e coerente, pois o quadro clinico representa risco iminente de morte. d) Correta , mas antecipada, pois o paciente estava dentro da unidade de saúde, podendo aguardar transferência para CTI, gerando custos desnecessários no momento. e) Correta mas imperita, pois foi mantido o paciente no setor de Emergência onde ele deveria estar no CTI. Questão 7 Para o auditor de contas hospitalares, o acolhimento ao cliente na unidade hospitalar, seja no setor de urgência ou emergência, é relevante, pois: a) O acolhimento é uma ação tecnoassistencial que pressupõe a mudança da relação profissional, elevando a confiança nas ações do profissional de saúde. b) A possibilidade de auditoria automática de informação disponibiliza grande quantidade de informações organizadas. c) Denuncia aos órgãos de classe profissional, assim como aos sindicatos, atos e erros dos profissionais de saúde. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 64 d) Avalia a qualidade de assistência prestada ao seu cliente, seja na posição de auditor de operadoras de saúde, seja como auditor da instituição de saúde. e) Recolhe insumos para avaliar a real necessidade do atendimento do cliente naquele serviço. Questão 8 Sobre atendimento em urgência pediátrica, marque a afirmativa correta. a) Urgência pediátrica é todo processo onde o responsável encaminha a criança ao atendimento médico. b) Urgência pediátrica é o atendimento onde a criança apresenta risco eminente de morte ou agravos à saúde. c) Na urgência pediátrica, é possível fazer a classificação de crianças que apresentam, por exemplo, quadro de mordedura de animais domésticos ou pequenos traumas sem lesão aparente no sistema nervoso central. d) A classificação de urgência pediátrica vai de encontro ao perfil da unidade hospitalar, que possui, em sua estrutura, os setores de emergência ou urgência. e) Urgência pediátrica é restrita a unidades que possuem profissionais qualificados para o atendimento dessa especialidade. Questão 9 Uma criança foi atendida na unidade de saúde X, conveniada ao plano de saúde Y, com o quadro clínico de diarreia, vômitos incoercíveis e sinais importantes de desidratação. O cliente foi encaminhado ao setor de emergência pediátrica para medidas específicas de tratamento. Ao avaliar a conta hospitalar parcial desse cliente, o auditor checou cobranças de diárias de setor de emergência, aluguel de monitor cardíacoe taxa de utilização de gases (oxigênio). Na sua avaliação, o auditor deverá seguir qual conduta? a) Glosar toda a cobrança. b) Pagar toda a cobrança descrita nesse item. c) Procurar os responsáveis por tais cobranças. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 65 d) Questionar, junto ao médico prescritor, tal conduta. e) Não pagar apenas a utilização de gases. Questão 10 Os sintomas mais comuns em atendimentos de emergência em adultos e idosos são: a) Febre, diarreia e crise hipertensiva. b) Dor lombar, tosse e febre. c) Cefaleia, dor torácica e queimaduras de segundo e terceiro graus. d) Reação alérgica, crise asmática e febre. e) Dor de cabeça, distúrbios neurovegetativos e pequenas quedas. Questão 11 Na unidade de urgência, uma criança foi atendida com mordedura de cão, necessitando de aplicação de vacina antirrábica (administrado por via intramuscular) e limpeza de pequeno ferimento sem sangramento ou laceração. O auditor avalia a cobrança e a autoriza, pois sua apresentação continha: a) Dois pares de luvas estéreis, duas seringas de 20 ml e 2 agulhas 40 x 12 G. b) Dois pares de luvas não estéreis, 1 seringa de 5 ml, 1 agulha 30 x 7 G. c) Um par de luvas não estéril, 1 seringa de 5 ml, 1 agulha 30 x 7 G. d) Um par de luva estéril, 1 seringa de 5 ml, 1 agulha 30 x 7 G. e) Um pacote de curativo (estéril), duas luvas estéreis, 1 seringa de 10 ml, 2 agulhas 40 x 12 G. Questão 12 Para o atendimento de um paciente com queimaduras de terceiro grau, com grande área de comprometimento corporal e com risco de parada cardiorrespiratória, foi apresentado, na fatura hospitalar, os seguintes dados:1 diária no setor de emergência, aluguel de respirador mecânico, máscara de oxigênio, 12 horas de oxigênio (taxa), oxímetro digital e 1 cateter periférico. Analisando a conta, o auditor questiona o seguinte item: AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 66 a) Diária de emergência b) Máscara de oxigênio c) Oxímetro e cateter periférico d) Aluguel de respirador e) Todos os itens cobrados Questão 13 O pronto atendimento é definido como: a) Área Azul: área destinada ao atendimento de consultas de baixa e média complexidade; área de acolhimento com fluxo obrigatório na chegada; área física que favoreça a visão dos que esperam por atendimentos de baixa complexidade. b) Área Verde: área destinada a pacientes não críticos, que estão em observação ou que serão internados, mas estão aguardando vagas nas unidades de internação ou remoções para outros hospitais de retaguarda. c) Área Vermelha: área devidamente equipada e destinada ao recebimento, avaliação e estabilização das urgências e emergências clínicas e traumáticas. d) Área Amarela: área destinada à assistência de pacientes críticos e semicríticos. e) Área de emergência, que deve estar disponível por nível de complexidade. Questão 14 Na prescrição médica, estava descrito a utilização de 2.000 ml de soro fisiológico para ser infundido em 8 horas, e 1.000 ml de Ringer lactado com infusão por 12 horas. A equipe de enfermagem confirmou que todos esses itens foram administrados, porém, não houve cobrança de cateter venoso periférico ou central para a realização dessa infusão. Como você avaliaria a conduta do auditor que pagou todos os medicamentos descritos e checados? a) Legítima AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 67 b) Negligente c) Imprudente d) Correta e) Descompromissada Questão 15 “Artigo 93. Ser perito ou auditor do próprio paciente, de pessoa de sua família ou de qualquer outra com a qual tenha relações capazes de influir em seu trabalho ou de empresa em que atue ou tenha atuado.” Resolução CFM nº 1.931, de 17 de setembro de 2009. Sobre esse Artigo, marque a opção correta. a) Código de ética médico. b) Código de ética do auditor de contas hospitalares. c) Código de ética do gestor hospitalar. d) Código de ética do enfermeiro. e) Código de ética do administrador hospitalar. Aula 3 Exercícios de fixação Questão 1 - D Justificativa: O auditor precisa conhecer e diferenciar essas unidades para garantir o atendimento adequado ao cliente, assim como autorizar procedimentos e pagamentos de materiais e medicamentos adequados a cada situação. Questão 2 - A Justificativa: A qualidade do serviço prestado é um parâmetro de grande importância para as unidades de saúde, visto que os gestores dos serviços de saúde viabilizam e preservam a boa assistência. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 68 Questão 3 - D Justificativa: Como postura e prática nas ações de atenção e gestão nas unidades de saúde, o acolhimento, a partir da análise dos processos de trabalho: favorece a construção de relação de confiança e compromisso entre as equipes e os serviços, e possibilita avanços na aliança entre usuários, trabalhadores e gestores da saúde. Questão 4 - B Justificativa: Vermelho: Prioridade zero; emergência; necessita de atendimento imediato. Amarelo: Prioridade 1; urgência; necessita de atendimento em, no máximo, 15 minutos. Verde: Prioridade 2; não urgente; necessita de atendimento em até 30 minutos. Azul: Prioridade 3; consulta de baixa complexidade; atendimento de acordo com o horário de chegada; tempo de atendimento variável de acordo com a demanda de emergências e urgências. Questão 5 - C Justificativa: Sinais de infarto agudo do miocárdio são considerados como risco de morte; portanto, necessita de atendimento Prioridade 1, com o uso de todos materiais e medicamentos adequados. Questão 6 - C Justificativa: O paciente apresentava sinais de Infarto Agudo do Miocárdio e alterações de sinais vitais, portanto o primeiro atendimento no setor de emergência foi providente de acordo com as cobranças exemplificadas. Questão 7 - A Justificativa: Implica em prestar um atendimento com resolutividade e responsabilização, orientando, quando for o caso, o paciente e a família em relação a outros serviços de saúde para continuidade da assistência, AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 69 estabelecendo articulações com esses serviços para garantir a eficácia desses encaminhamentos. Questão 8 - C Justificativa: Urgência pediátrica é classificada de acordo com o quadro clínico da criança, quando não há situações que comprometam a vida do cliente ou que tragam sequelas para ele. Questão 9 - B Justificativa: Pagar toda a cobrança do item descrito, pois criança com quadro de desidratação tem risco de choque hipovolêmico e necessita de cuidados, desde que descritos e realizados. Questão 10 - C Justificativa: Cefaleia (dor de cabeça), dor no tórax (sugestiva de infarto agudo do miocárdio ) e queimaduras de segundo e terceiro graus, pois traduzem risco eminente de morte ou sequelas. Questão 11 - C Justificativa: Para administração e cuidados de casos como o relatado, os materiais descartáveis necessários são os descritos. Questão 12 - B Justificativa: Máscara de oxigênio, pois é um material reutilizável; desde que seja submetido a esterilização, não é um item descartável. Questão 13 - A Justificativa: Área para acolher o cliente e classificá-lo por meio de prioridade de atendimento. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 70 Questão 14 - D Justificativa: O auditor autorizou pagamento dos itens prescritos e checados como realizados; entretanto, a ausência de cobrança de cateteres não inviabiliza o pagamento de itens afins. Questão 15 - A Justificativa: Resoluçãodo Conselho Federal de Medicina (CFM) para estabelecer condutas médicas ao médico auditor. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 71 Introdução Nesta aula, vocês conhecerão os principais procedimentos ambulatoriais disponíveis aos usuários. Dentre eles, existem taxas, aluguéis de equipamentos, materiais descartáveis e reprocessados, assim como pequenas cirurgias a nível ambulatorial. Então, vamos desenvolver mais essa expertise! Objetivo: 1. Informar sobre atendimentos (consultas) ambulatoriais; 2. Apresentar procedimentos ambulatoriais; 3. Mostrar cobranças de taxas e aluguéis. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 72 Conteúdo Os erros e cobranças relacionados à instituição de saúde Para iniciarmos nossa aula, falaremos a respeito dos erros e cobranças relacionados à instituição de saúde. Erros em cobranças, que geram prejuízo financeiro à instituição de saúde, são relacionados à falha de registros de materiais e medicamentos utilizados pelas equipes de enfermagem e médica. Para esses tipos de situação, a auditoria, que visa à diminuição de perdas financeiras, é de grande relevância; porém, esta não deve ser a prioridade da auditoria em saúde para que não haja perda de seu objetivo, que é a garantia da qualidade de assistência, também no atendimento ambulatorial. a) Consulta de rotina; b) Consulta de retorno; c) Consulta de urgência; d) Pequenos procedimentos, como suturas, pequenos curativos e imobilizações ortopédicas; e) Nebulizações (utilização de oxigênio e/ou ar comprimido e medicações broncodilatadoras); f) Pequenas cirurgias; g) Exames laboratoriais, eletrocardiograma, radiografia, ecocardiograma, tomografias, ressonância magnética; h) Atendimento ao portador de neoplasias: quimioterapia, radioterapia, braquiterapia (forma de radioterapia cujo material radioativo fica em contato com a região a ser tratada através de cateteres, agulhas e dispositivos especiais; é uma técnica muito utilizada para complementar o uso da radioterapia externa), pulsoterapia (infusão intravenosa de corticoides); i) Hemodiálise; AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 73 j) Diálise Peritoneal Ambulatorial Continua (DPAC): realizada diariamente e de forma manual pelo paciente e/ou familiar. Geralmente, são quatro trocas ao dia (manhã, almoço, tarde e noite), sendo que o tempo de troca leva aproximadamente 30 minutos; k) Eletroencefalograma; l) Colonoscopia. Fonte: http://www.fen.ufg.br/fen_revista/v11/n4/pdf/v11n4a28.pdf Consulta médica O que é a consulta? É o atendimento prestado pelo médico credenciado ao usuário em consultório particular, domicílio ou em instituições hospitalares em dias e horários preestabelecidos (consulta eletiva) ou realizados em caráter de urgência/emergência (consulta de urgência). Durante a consulta, o médico emite pareceres, instruções, opiniões ou conselhos sobre a queixa do usuário, além de prescrever, quando necessário, exames complementares de diagnóstico e/ou tratamentos adequados. Fonte: http://www.sancoop.com.br/docs/auditoria2013.pdf Resolução nº 1.958/2010, do CFM A Resolução nº 1.958/2010, do CFM, publicado no D.O.U em janeiro de 2011, estabelece as diretrizes para a realização de consulta: “A consulta médica compreende a anamnese, o exame físico e a elaboração de hipóteses ou conclusões diagnósticas, solicitação de exames complementares, quando necessário, e prescrição terapêutica como ato médico completo e que pode ser concluído ou não em um único momento”. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 74 Fonte: http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2010/1958_2010.htm “Se houver atendimento de outra doença no mesmo paciente, o que caracteriza novo ato profissional, ele será passível de cobrança de novos honorários”. Fonte: http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2010/1958_2010.htm “No caso de alterações de sinais e/ou sintomas que requeiram nova anamnese, exame físico, hipóteses ou conclusão diagnóstica e prescrição terapêutica, o procedimento deverá ser considerado como nova consulta e, dessa forma, ser remunerado”. Fonte: http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2010/1958_2010.htm. “Nas doenças que requeiram tratamentos prolongados com reavaliações e até modificações terapêuticas, as respectivas consultas poderão, a critério do médico assistente, ser cobradas”. Fonte: http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2010/1958_2010.htm Primeira consulta: consulta inicial do beneficiário com o prestador habilitado. Consulta marcada e não comparecida (ato médico não realizado) não poderá ser cobrada e, consequentemente, não será paga. Fonte: http://www.sancoop.com.br/docs/auditoria2013.pdf Consulta de retorno A Resolução nº 1.958, do CFM, de janeiro de 2011, estabelece as diretrizes para o retorno de consulta: a) “Quando houver necessidade de exames complementares que não possam ser apreciados nesta mesma consulta, o ato terá continuidade para sua AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 75 finalização, com tempo determinado a critério do médico, não gerando cobrança de honorário”. A mesma resolução determina também que “instituições de assistência hospitalar ou ambulatorial, empresas que atuem na saúde suplementar e operadoras de planos de saúde não podem estabelecer prazos específicos que interfiram na autonomia do médico e na relação médico- paciente, nem estabelecer prazo de intervalo entre consultas”. Fonte: http://www.sancoop.com.br/docs/auditoria2013.pdf b) Considerando as especificações de uma unidade de pronto atendimento, não cabe a proposta de consulta de retorno; neste caso, o médico que solicitar os exames deverá reavaliar o paciente e interpretar os resultados em período compatível com a caracterização de urgência e emergência. Fonte: http://www.sancoop.com.br/docs/auditoria2013.pdf c) Se ocorrer nova consulta no período de retorno estipulado pelo convênio, porém, relacionada à outra patologia, a autorização será mediante justificativa médica com aposição de CID ou diagnóstico. Fonte: http://www.sancoop.com.br/docs/auditoria2013.pdf Glosa da consulta médica ambulatorial Quando justificável, a glosa da consulta médica ambulatorial possui os seguintes preceitos: a) Quando imediatamente seguida por um ato médico realizado pelo mesmo profissional (tratamento conservador e reduções incruentas de fraturas); b) Quando realizada até 10 (dez) dias após uma cirurgia por qualquer membro da equipe; c) Em situação em que o médico estiver de plantão e for solicitado parecer; d) Casos de data e/ou assinatura do usuário ausente/rasurada; AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 76 e) Para entrega e avaliação dos exames complementares, conforme pactuado em contrato; f) Cobrança de consulta pré-anestésica quando realizada durante internação (item 1 das Instruções Gerais Específicas de Anestesiologia), bem como de radiologia intervencionista. Fonte: http://www.sancoop.com.br/docs/auditoria2013.pdf Anotações no boletim de atendimento ou prontuário Analise agora questões importantes a respeito das anotações no boletim de atendimento ou prontuário do paciente: Fazer bem-feito não basta, é preciso registrar! É necessário o registro de data e hora dos atendimentos, nomecompleto e assinatura do profissional assistente, com seu número de inscrição no respectivo conselho de classe e uso de carimbo. Fonte: http://www.sancoop.com.br/docs/auditoria2013.pdf Em caso de não profissionais assistentes, como acadêmico em treinamento ou residentes, é necessário que sua assinatura conste ao lado da do titular atendente. Anotar, no prontuário, todos os procedimentos decorrentes da assistência ao paciente. Fonte: http://www.sancoop.com.br/docs/auditoria2013.pdf AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 77 Atenção Não realizar essas ações acarreta em prejuízo à instituição, que arrecada por meio de convênios; assim como, não anotar, no prontuário, todos os atendimentos ao paciente, mesmo os mais simples, como retirar pontos de feridas cirúrgicas, trocar curativos ou fazer limpeza de estomas. Nos prontuários em suporte de papel, é obrigatória a legibilidade da letra do profissional que atendeu o paciente (Resolução CFM nº 1.638/2002). As anotações no prontuário ou ficha clínica devem ser feitas de forma legível, permitindo, inclusive, a identificação dos profissionais de saúde envolvidos no cuidado do paciente. Fonte: Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal – Prontuário Médico do Paciente – Guia para Uso Prático. Processo Consulta nº 1.401/02 – Conselho Federal de Medicina (30/02), de 21 de junho de 2002. Procedimentos ambulatoriais Vejamos agora a respeito dos métodos ambulatoriais e como comprovar a execução dos principais procedimentos. Lembrando que registros médicos e/ou de profissionais de nível superior devem ser devidamente identificados nas fichas de atendimento: Exames Solicitações e resultados impressos ou anotados. Documentações Notas fiscais (geralmente nominais), recibos de entrega e/ou descrição do uso. Solicitações/encaminhamentos e registros das consultas com especialistas AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 78 a) Acompanhamento médico Registros dos atendimentos e fichas de frequência individual datadas e assinadas. b) Fisioterapias Registros das solicitações/prescrições do tipo e nº de sessões, registros das técnicas utilizadas datadas e assinadas, com registro do profissional responsável pelo atendimento. c) Procedimentos cirúrgicos Descrições cirúrgicas e, no caso de material implantado, como, por exemplo, lente intraocular, notas fiscais e etiquetas com código de barras aderido ao prontuário. d) Quimioterapia Registros da aplicação dos quimioterápicos e/ou dispensa dos medicamentos específicos, e prescrição datada e assinada, com registro profissional. e) Radioterapia Registros do planejamento de confecção dos blocos e/ou máscaras, registros da aplicação das doses e campos irradiados ou do material radioativo implantado, todos datados e assinados em correspondência com os dias da irradiação. f) Terapia Renal Substitutiva (TRS) – Hemodiálise Registros das consultas mensais, prescrição da sessão e medicamentos, registros da realização das sessões (datada e assinada), registro do prescritor, assim como da equipe de enfermagem. Importante lembrar: os registros das realizações dos exames mensais, trimestrais, semestrais e anuais para esse tipo de paciente (Insuficiência Renal Crônica). g) DPAC – Registros das consultas mensais, solicitação e realizações de exames mensais, trimestrais, semestrais e anuais, notas fiscais dos conjuntos de trocas (bolsas), assim como datas, assinaturas e registros do profissional prescritor. h) Ressonância Magnética e Tomografia – solicitação dos exames, data, justificativa e registro com assinatura do médico solicitante, autorização do convênio e respectivos laudos. A cobrança deve ser feita pelo segmento corporal realizado; exemplo: ressonância magnética do seio da face, tomografia computadorizada do crânio. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 79 SEGMENTO EM COLUNA O conceito de “segmento” em coluna vertebral se refere a uma unidade motora de movimento, composta de duas vértebras, um disco intervertebral e estruturas capsuloligamentares e musculares. i) Ultrassonografia, laboratoriais, ecocardiograma e eletrocardiograma – seguem as mesmas regras dos demais exames de imagem. Mais alguns procedimentos: a) A consulta oftalmológica padrão inclui: anamnese, refração, inspeção, exame das pupilas, acuidade visual, retinoscopia, ceratometria, fundoscopia, biomicroscopia do segmento anterior, exame sumário da motilidade ocular e do senso cromático. Teste do Olhinho (teste do reflexo vermelho) em recém-nascidos: cobrança prevista conforme RN nº 211, da ANS, e Lei nº 17.078, de 18/10/2007. b) Eletrofisiologia A eletroneuromiografia inclui: eletromiografia, velocidade de condução e teste de estímulos. c) Anatomia Patológica ou Citopatologia Procedimento diagnóstico em peça anatômica ou cirúrgica simples. Procedimento diagnóstico em peça cirúrgica ou anatômica complexa. Histológicos seriados, além de procedimento diagnóstico em cortes semifinos, sem utilização da microscopia eletrônica. d) Atendimento ortopédico: Nos portes atribuídos aos procedimentos ortopédicos e traumatológicos, já está incluída a primeira imobilização. Em relação a entorses, contusões e distensões musculares, a valoração do ato corresponderá à consulta acrescida da imobilização realizada. Havendo necessidade de troca de aparelho gessado em ato posterior, a ele corresponderá novo porte, que será valorado conforme tabela. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 80 e) Pequenas cirurgias: Exerese de pequenas lesões de pele neoplásicas ou não; Cirurgias por videolaparoscopia; Exerese de nódulo de mamas; Biópsias; Implante de cateteres; Pequenas cirurgias oftálmicas; Pequenas cirurgias plásticas; Exerese de pólipos; Vasectomias. Cirurgias realizadas em ambulatórios são realizadas desde que não ofereçam riscos aos pacientes. Principais motivos de glosas 1. Falta de registro em prontuário; 2. Falta de informações da operadora sobre suas regras; 3. Contratos com os prestadores de serviços confusos, sem elaboração adequada; 4. Erros de faturamento; 5. Consultas de um mesmo beneficiário, por um mesmo médico, pela mesma patologia, num período menor que o período acordado em contrato (esta regra não se aplica para consultas em pronto-socorro/urgência). Consultas de um mesmo beneficiário, por um mesmo médico, pela mesma patologia, num período menor que o período acordado em contrato (esta regra não se aplica para consultas em pronto-socorro/urgência). 1) Cobrança de valores em desacordo com o rol de procedimentos médicos; 2) Realização de procedimentos que não foram previamente autorizados e que não estejam cobertos pelo plano padrão do cliente; 3) Procedimentos realizados em cumprimento de carência, cobertura parcial temporária (CPT) e restrições; AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 81 4) Código de identificação do cliente incorreto; 5) Cobranças em discordância com os prazos previstos na contratualização; 6) Cobrança de procedimentos em discordância com a codificação e as instruções gerais do rol de procedimentos médicos vigentes na data do atendimento; 7) Procedimentos, medicamentos e materiais considerados experimentais; 8) Alteração ou rasura no documento apresentado pela rede credenciada referente à quantidade e/ou aos valores de diárias, taxas, materiais e medicamentos que sejam superiores aos apresentados e cobrados em conta.Exemplos de motivos de glosas no mercado – Cuidado! a) Solicitação em excesso de pareceres e acompanhamento médicos por várias especialidades; b) Cobrança de auxiliares que não participaram da cirurgia; d) Permanência sem justificativa; e) Internações propedêuticas desnecessárias; f) Internação de véspera desnecessária em cirurgias eletivas. Fonte: http://www.sancoop.com.br/docs/auditoria2013.pdf Padronização e uniformização nas tabelas de preços A padronização e uniformização nas tabelas de preços de diárias e taxas dos prestadores de serviços hospitalares facilita a emissão das contas, abrevia os tempos de emissão das contas hospitalares, facilita as atividades da auditoria de contas hospitalares e reduz os custos de transações entre operadoras e prestadores de serviços. Fonte: http://www.ans.gov.br/images/stories/noticias/pdf/conta%20aberta%20aprimo rada.pdf AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 82 Atenção Exemplos de cobranças de taxas: Taxa de sala - É a modalidade de cobrança por utilização de recursos (estrutura, equipamentos e pessoal) e insumos (materiais e produtos de higiene) necessários à prestação da assistência. A cobrança das taxas de sala podem ser efetuadas das seguintes formas: a) Tempo médio atribuído a cada procedimento, contemplando os recursos e insumos necessários, excluída a cobrança de tempo excedente à média calculada; b) Porte cirúrgico do procedimento; c) Duração do evento (dia, hora, etc.); d) Cobrança única por evento. Taxas de sala As taxas de sala possíveis de serem utilizadas nessa modalidade são: • De centro cirúrgico e/ou obstétrico; • De endoscopia; • De imobilização gessada; • De imobilizações não gessadas; • Para sessão de quimioterapia ambulatorial; • De procedimentos cirúrgicos/invasivos em ambulatório; • De terapias e procedimentos clínicos em ambulatório; • Para atendimento em pronto atendimento/pronto-socorro; • Para medicamentos via IM (intramuscular ou intravenosos em pronto-socorro ou pronto atendimento (PS ou PA); • Para repouso ou observação clínica em PS/PA; • Para atendimento de emergência em PS/PA; • Para sessão de inalação; AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 83 • De hemodinâmica; • De hemodiálise para paciente crônico; • De aplicação de medicamentos em ambulatório; • De hemodiálise em paciente agudo. Fonte: http://www.ans.gov.br/images/stories/noticias/pdf/conta%20aberta%20aprimo rada.pdf Cobranças Vejamos agora como funcionam as cobranças nos demais setores: Equipamentos Os equipamentos de uso comum e contínuo no tratamento dos pacientes serão incluídos na composição dos valores das diárias, taxas de sala em centro cirúrgico ou salas fora do centro cirúrgico ou de exames de diagnósticos. Os equipamentos de uso específico ou não contínuo serão cobrados de forma independente, baseados na relação contratual entre o prestador e a operadora de planos de saúde. Materiais e medicamentos Os valores referentes a materiais e medicamentos utilizados no tratamento do paciente, cujas cobranças são realizadas no modelo de conta aberta aprimorada, não são incluídos no valor da diária, nem nas taxas de sala de centro cirúrgico ou de exames de diagnósticos. Os materiais e medicamentos são cobrados de forma independente, baseados na relação contratual entre o prestador e a operadora de saúde. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 84 A cobrança desses itens deve ser de acordo com os medicamentos prescritos e o registro da equipe de enfermagem que executou, com assinatura e carimbos pertinentes. Serviços de diagnose e terapia Os valores referentes a serviços de diagnóstico e terapia utilizados no tratamento do paciente, cujas cobranças são realizadas no modelo de conta aberta aprimorada, não são incluídos no valor da diária, nem nas taxas de sala de centro cirúrgico ou fora deste. Os serviços de diagnóstico e terapia são cobrados de forma independente, baseados na relação contratual entre o prestador e a operadora de saúde. Demais cobranças • Dietas enterais industrializadas, via sonda nasogástrica, de gastrostomia, jejunostomia, ileostomia ou via oral e suplementos especiais; • Enfermagem particular, que deverá ser cobrada diretamente do paciente ou responsável; • Materiais descartáveis não relacionados como compreendidos; • Medicamentos; • Hemocomponentes e hemoderivados; • Equipamentos e aparelhos para tratamento ou diagnóstico; • Oxigênio, nitrogênio, ar comprimido, protóxido de hidrogênio, óxido nitroso, óxido nítrico e vácuo; • Exames para diagnóstico, fisioterapia ou qualquer outra terapia; • Honorários e procedimentos médicos. Taxa de sala de endoscopia AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 85 Sistema completo de videoendoscopia; utilizada pela equipe multidisciplinar e paciente; os e compressas descartáveis; das salas e instrumentais; o leito em estrutura e ambiente de recuperação pós-anestésica ou sedação). Taxa de sala de imobilização gessada maca, serra de gessso, aventais e campis de proteção não descartaveis, luvas e óculos de proteção para a equipe de enfermagem); A taxa de sala de gesso não será remunerada nos seguintes casos: paciente. Taxa de sala de sessão de quimioterapia ambulatorial AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 86 Taxa de sala de terapias e procedimentos clínicos em ambulatório agem, como: preparo e administração de medicamentos por qualquer via de acesso, exceto via oral; utilizada pela equipe multidiciplinar e paciente; para curativos pós-aplicação, materiais e soluções antissépticas e produtos de higiene do paciente; ão descartáveis inerentes aos procedimentos. Taxa de sala para atendimento em pronto-socorro/pronto atendimento (PS/PA) -socorro/pronto atendimento; endimento em pronto-socorro/pronto atendimento; -socorro/pronto atendimento. Taxa de sala para medicamentos via IM ou IV em pronto- socorro/pronto atendimento (PS/PA) compreendidos na taxa de sala para atendimento em pronto- socorro/pronto atendimento (PS/PA); instalação de medicamentos por qualquer via de acesso, assim como trocas de frascos para soroterapia ou para dietas tanto enterais como parenterais; controle de sinais vitais (pressão arterial não invasiva, frequência cardíaca e respiratória, temperatura por qualquer via), controle de drenos, de diurese, antropométrico e de PVC; higienização do paciente; instalação e controle de irrigações vesicais, sondagens, aspirações, inalações, curativos e de glicemia; manutenção da permeabilidade do cateter; tricotomia; curativos; mudança de AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 87 decúbito e locomoção interna do paciente; paramentação (máscara, gorro, propé, avental, luvas) descartável ou não, utilizada pela equipe multidiciplinar e paciente; medicação parenteral e punções venosas, antisséptico (álcool 70 %) ou outro, cotonetes para a higiene ocular, ouvido e nariz. Taxa de aplicação de medicamentos em ambulatório medicamentos por qualquer via de acesso, exceto via oral; gorro, propé, avental, luvas) descartável ou não, utilizada pela equipe multidiciplinar e paciente; para curativos pós-aplicação, materiais e soluções antissépticas e produtos de higiene do paciente. Fonte: http://www.ans.gov.br/images/stories/noticias/pdf/conta%20aberta%20aprimorada.pdf Atividade proposta Com a globalização e o atual cenário político-financeiro do país, o setor de saúde passou a procurar novas alternativas para a gestão, com foco na necessidade de as organizações de saúde se adaptarem a um mercado cada vez mais competitivo. Chave de resposta: A necessidade de garantir resultados positivos e clientes satisfeitos requer que as organizações aprendam a associar baixos custos com excelência de qualidade para os seus usuários. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 88 Referências FONSECA, A. S.; YAMANAKA, N. M. A.; BARISON, T. H. A. S.; LUZ, S. F. Auditoria e o uso de indicadores assistenciais: uma relação mais que necessária para a gestão assistencial na atividade hospitalar. Revista O Mundo da Saúde. 2005; 29 (2): 161-8. _______. Os médicos e os planos de saúde: guia de direitos contra os abusos praticados pelas operadoras. Disponível em: http://www.cremesp.org.br/pdfs/medicos_planos_saude.pdf. SOUSA, M. P. de. Enfermeiro auditor de contas hospitalares versus enfermeiro gerente da assistência: é possível haver um acordo quanto à relação custo- benefício da assistência de enfermagem?. Revista Nursing. 2001; (32): 9-10. Exercícios de fixação Questão 1 O trabalho do auditor apresenta-se como uma tendência de mercado, sendo um ramo em ascensão com vertentes de enfoques diversos, como auditor de contas, qualidade da assistência na pesquisa e processos. Isso se deve: a) À valorização do auditor, que é uma realidade nas instituições hospitalares que visam à consolidação do atendimento prestado por suas equipes. b) À valorização do auditor em saúde, que é uma realidade nas instituições financeiras que visam ao pagamento de suas contas. c) À valorização do auditor, que é uma realidade nas instituições hospitalares, visto que os serviços relacionados à saúde tendem a ser privatizados. d) À valorização do auditor, por ser mais uma qualificação no mercado de trabalho. e) À valorização do enfermeiro auditor, que é uma realidade nas instituições hospitalares que buscam certificação por órgãos internacionais. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 89 Questão 2 O serviço de auditoria sempre esteve associado ao controle administrativo- financeiro das organizações. Sendo assim, marque a alternativa correta. a) Erros em cobranças, que geram prejuízo financeiro à instituição de saúde, são relacionados à falha de faturistas mal treinados, que realizam registros de materiais e medicamentos utilizados de maneira incorreta. b) Erros em cobranças, que geram prejuízo financeiro à instituição de saúde, são relacionados à falha nos registros de materiais e medicamentos utilizados, realizados tanto pela equipe de enfermagem quanto médica. c) Erros em cobranças, que geram prejuízo financeiro à instituição de saúde e aos cofres públicos. d) Erros em cobranças, que geram prejuízo financeiro à instituição de saúde e levam as operadoras de saúde à falência. e) Erros em cobranças, que geram prejuízo financeiro à instituição de saúde, são relacionados à falha nos registros de materiais, medicamentos e procedimentos sem autorização previa. Questão 3 No que se refere à cobrança de consulta de retorno, podemos dizer que: a) Deve ser remunerado, pois o médico disponibiliza seu horário para tal atendimento. b) Não deve ser cobrado, pois o paciente, na maioria das vezes, retorna sem justificativa clínica. c) Não é remunerada a repetição de consultas subsequentes ao primeiro atendimento em serviço de urgência e/ou para requisição de exames complementares quando realizados pelo mesmo profissional assistente. d) Dever ser remunerada a repetição de consultas subsequentes ao primeiro atendimento em serviço de urgência e/ou para requisição de exames complementares quando realizados pelo mesmo profissional assistente. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 90 e) Não deve ser remunerado, pois as consultas de emergência e urgência estão dentro das cobranças de taxas já acordadas com as operadoras de saúde ou, até mesmo, na rede SUS. Questão 4 Constitui glosa: a) Quando imediatamente seguida por um ato médico realizado pelo mesmo profissional. b) Quando realizada até 30 (dez) dias após uma cirurgia por qualquer membro da equipe. c) Data e/ou assinatura legíveis. d) Para agravos da saúde e solicitação de novos exames. e) Cobrança de consulta pré-anestésica quando realizada fora da internação. Questão 5 Em relação à análise de prontuários, marque a opção correta. a) A análise do prontuário do hospital é realizada pelo faturista, que verifica se este documento está completo e corretamente preenchido em seus diversos campos tanto médico como de enfermagem. b) A análise do prontuário médico é realizada pelo auditor médico apenas, que verifica se este documento está completo e corretamente preenchido em seus diversos campos. c) A análise do prontuário do paciente é realizada pelo auditor, que verifica se este documento está completo e corretamente preenchido em seus diversos campos tanto médico como de enfermagem. d) A análise do prontuário médico é realizada pelo auditor médico, que verifica se este documento está completo e corretamente preenchido em seus diversos campos. e) A análise do prontuário paciente é realizada pelo auditor médico, que verifica se este documento está completo e corretamente preenchido em seus diversos campos. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 91 Questão 6 Quais procedimentos podem ser realizados a nível ambulatorial com segurança para o paciente? a) Hemotransfusão, quimioterapia e exerese de tumores cerebrais b) Quimioterapia, radioterapia e braquiterapia c) Hemoterapia, artroplastia e radioterapia d) Radioterapia, hemodiálise e amputação de dedo de mão e) DPA, CPAD e artroplastia Questão 7 O auditor deve reconhecer que os principais motivos de glosa são: a) Solicitação em excesso de pareceres, acompanhamentos médicos por várias especialidades e permanência do paciente sem justificativa. b) Cobrança de anestesistas para cirurgia. c) Permanência em terapia intensiva devido à infecção hospitalar. d) Internações para situações psiquiátricas. e) Internação na véspera para cirurgias eletivas de grande porte. Questão 8 Leia a seguinte afirmativa: “Os honorários médicos dos procedimentos cirúrgicos e anestésicos executados em caráter de urgência e emergência terão um adicional de trinta por cento (30 %) em seus portes quando realizados no período compreendido entre 22h as 6h do dia seguinte, aos domingos e feriados, em qualquer horário”. Após analisar a frase acima, afirma-se que ela é: a) Inconsistente, pois o profissional assistente deve estar disponível a atender o seu cliente quando necessário. b) Consistente, pois o referido profissional merece a remuneração. c) Consistente, pois, ao ato médico iniciado no período normal e concluído no período de urgência/emergência, aplica-se o acréscimo de 30 % (segundo a tabela CBHPM, 4ª e 5ª edição). AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 92 d) Inconsistente , pois, ao ato médico iniciado no período normal e concluído no período de urgência/emergência, aplica-se o acréscimo de 10 % quando mais da metade do procedimento for realizado no horário de urgência/emergência (segundo a tabela CBHPM, 4ª e 5ª edição). e) Consistente, pois a confirmação do horário se fará através do prontuário médico apenas. Questão 9 Quanto ao atendimento de fisioterapeutas a nível ambulatorial, o auditor autoriza a remuneraçãoquando: a) O paciente necessitar desse atendimento. b) Houver o preenchimento do parecer por esse profissional. c) O médico solicitar aos familiares. d) Houver a descrição da solicitação pelo médico assistente devidamente datada e assinada. e) Houver autorização do convênio e necessidade do paciente. Questão 10 Quanto aos exames por imagem mais complexos, antes da efetivação do pagamento, o auditor deverá avaliar: a) A necessidade patológica do paciente e autorização. b) A justificativa feita pelo solicitante, datada e assinada, assim como a autorização. c) A solicitação datada e assinada, o laudo e a cobrança devida. d) A solicitação datada, assinada e carimbada, o laudo e a cobrança referente à parte do corpo examinada. e) A solicitação autorizada, laudo e cobrança do exame na fatura. Questão 11 Em relação à taxa de sala para atendimento em pronto-socorro/pronto atendimento (PS/PA), é consistente realizar cobranças referentes a: AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 93 a) Equipamentos e materiais não descartáveis inerentes ao atendimento em pronto-socorro/pronto atendimento b) Equipamentos e materiais descartáveis inerentes ao atendimento em pronto-socorro c) Equipamentos e materiais não descartáveis e descartáveis inerentes ao atendimento em pronto-socorro/pronto atendimento d) Honorários médicos e) Medicamentos Questão 12 Quais materiais não estão inclusos na taxa de aplicação de medicamentos em ambulatório? a) Dosador para medicação, seringas, bolinha de algodão, material para curativos, materiais e soluções antissépticas e produtos de higiene do paciente. b) Dosador para medicação, copos descartáveis, suporte de soro, bandeja de curativo, materiais e soluções antissépticas e produtos de higiene do paciente. c) Dosador para medicação, copos descartáveis, bolinha de algodão, material para curativos pós-aplicação, materiais e soluções antissépticas e produtos de higiene do paciente. d) Dosador para medicação, seringas, agulhas, bolinha de algodão, material inalatório, materiais e soluções antissépticas e produtos de higiene do paciente. e) Dosador para medicação, medicamentos, seringas, agulhas, soluções antissépticas e luvas estéreis. Questão 13 A Consulta Pública nº 43, da ANS, tratou da proposta de atualização do Padrão de Troca de Informação na Saúde Suplementar (Padrão TISS), e esteve aberta para contribuições no período de 07/06/2011 a 05/08/2011. Nessa consulta pública, no padrão de representação e conceitos em saúde e terminologia AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 94 unificada das diárias, taxas e gases medicinais, já foram incluídos códigos e termos que contemplam as diárias compactas a serem utilizadas na modalidade denominada como conta aberta aprimorada. Com essa legislação, entende-se que: a) Os materiais, medicamentos e gases medicinais utilizados no tratamento do paciente não serão cobrados isoladamente. b) Os materiais, medicamentos, taxas e gases medicinais utilizados no tratamento do paciente serão cobrados isoladamente, salvo se estiverem expressamente indicados nas definições acima. c) Os materiais, medicamentos e gases medicinais utilizados, assim como os honorários médicos no tratamento do paciente, serão cobrados isoladamente. d) Os materiais, medicamentos e gases medicinais utilizados no tratamento do paciente serão cobrados isoladamente, salvo se estiverem expressamente indicados nas definições acima. e) Os materiais, medicamentos e gases medicinais utilizados estão inclusos em taxas, salvo se estiverem expressamente indicados nas definições acima. Questão 14 No que se refere à taxa de sala: “É a modalidade de cobrança por utilização de recursos (estrutura, equipamentos e pessoal) e insumos essenciais (materiais e produtos de higiene) necessários à prestação da assistência”. Marque a opção que apresente as formas de cobrança das taxas de sala. a) Porte cirúrgico do procedimento, duração (dia, hora, etc.) e cobrança única por evento. b) Tipo de internação e desejo do paciente em não ficar internado. c) Duração da cirurgia, tipo de procedimento e honorário médico. d) Porte da cirurgia, medicamentos em uso e comorbidade do paciente. e) Condições do hospital e do paciente, e o tipo de acordo firmado com a operadora de saúde. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 95 Questão 15 Os materiais e medicamentos utilizados no tratamento do paciente, cujas cobranças são realizadas no modelo de conta aberta aprimorada, não serão incluídos no valor da diária ou nas taxas de sala em centro cirúrgico. Marque a melhor justificativa: a) Cada item utilizado será cobrado separadamente. b) Independentemente de a conta ser aberta ou não, as taxas existem. c) Na modalidade de conta aberta, todos os itens utilizados pelo paciente são cobrados separadamente. d) Os materiais utilizados pelo paciente foram justificados pelo médico e enfermeiro. Aula 4 Exercícios de fixação Questão 1 - A Justificativa: É um trabalho subsidiado a discernir as práticas de saúde e que oferece qualidade de assistência por um custo real, diminuindo as perdas financeiras nos setores privado e público. Questão 2 - B Justificativa: A auditoria, que visa à diminuição de perdas financeiras, é de grande relevância; porém, esta não deve ser a prioridade da auditoria em saúde para que não haja perda de seu objetivo, que é a garantia da qualidade de assistência. Questão 3 - C Justificativa: A Resolução 1.958, do CFM, de janeiro de 2011, estabelece as diretrizes para o retorno de consulta: “quando houver necessidade de exames complementares que não possam ser apreciados nesta mesma consulta, o ato AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 96 terá continuidade para sua finalização, com tempo determinado a critério do médico, não gerando cobrança de honorário”. Questão 4 - A Justificativa: Se ocorrer nova consulta no período de retorno estipulado pelo convênio, mas relacionada a outra patologia, a autorização será mediante justificativa médica com aposição de CID ou diagnóstico. Questão 5 - C Justificativa: Deve-se descrever a história clínica do paciente, o registro de diário de prescrição e evolução médica e de enfermagem, a checagem dos serviços e os relatórios de anestesia e cirurgia, visando avaliar se a conta hospitalar condiz com o evento realizado. Todos esses dados precisam ser validados através da assinatura e carimbo do médico e enfermeiros que o assistiram, garantindo, assim, o teor das informações. Questão 6 - B Justificativa: São realizados, a nível ambulatorial, procedimentos de curta duração e que não impliquem em sequelas ou agravos à saúde do paciente. Questão 7 - A Justificativa: Pareceres injustificados, assim como acompanhamentos médicos em outra especialidade que necessitam de justificativa pelo solicitante. Questão 8 - C Justificativa: Tabela AMB, com avaliação do Conselho Federal de Medicina. Questão 9 - D Justificativa: Todos os procedimentos e pareceres devem estar justificados, datados e assinados (com registro) pelo solicitante e pelo profissional que fará o acompanhamento (parecer). AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 97 Questão 10 - D Justificativa: Qualquer exame precisa ter solicitação preenchida com data, assinatura e registro do médico solicitante, além da cobrança relacionada ao segmento do corpo. Questão 11 - A Justificativa: A cobrança de não descartáveis é realizada através das taxas. Questão 12 - CJustificativa: A taxa de aplicação de medicamentos em ambulatório não inclui materiais descartáveis não relacionados, como inclusos e medicamentos. Questão 13 - D Justificativa: Os critérios a serem adotados para a cobrança dos insumos pelo hospital deverão ser previamente acordados e negociados e devidamente contratualizados entre hospital e operadoras, como ANS, ANVISA, CFM e outros órgãos. Questão 14 - A Justificativa: As cobranças são deliberadas de acordo com a complexidade cirúrgica e o tempo de utilização da sala. Questão 15 - C Justificativa: Quando a modalidade da conta é em aberto, implica na cobrança de itens diferentes das contas fechadas (pacotes), que podem ser substituídos por taxas, exceto descartáveis. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 98 Introdução Nesta aula serão apresentados os critérios que o auditor de contas hospitalar poderá utilizar para fazer criteriosa avaliação de cobranças dos referidos exames no faturamento e fechamento de contas. Objetivo: 1. Apresentar os principais exames solicitados durante o atendimento ambulatorial, urgência e emergência, assim como no processo de internação; 2. Classificar os referidos exames de acordo com o perfil patológico do paciente; 3. Descrever os principais motivos de glosas. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 99 Conteúdo O principal conceito de auditoria Atualmente, com o objetivo de obter respostas mais rápidas, a fim de otimizar o tempo do profissional, muitos exames estão sendo realizados por aparelhos automatizados. Esse fato permite uma análise em maior escala e propicia aos clínicos uma resposta mais breve do estado fisiológico do paciente. Vale a pena reforçar o principal conceito de auditoria: “É uma atividade de avaliação independente e de assessoramento da administração voltada para o exame e avaliação da adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de controle, bem como da qualidade do desempenho das áreas em relação às atribuições e aos planos, metas, objetivos e políticas definidas para as mesmas” (AUDIBRA). Glicose – avaliação da glicemia sanguínea que, em níveis aumentados, podem indicar diabetes mellitus; Ureia – avaliação dos níveis de ureia sanguínea; Creatinina – avaliação do nível sanguíneo, pois assim como a ureia, avalia a função renal; Ácido úrico – elemento sanguíneo, que em níveis aumentados podem formar cristais nas articulações ou mesmo nos rins; Proteínas plasmáticas – refere-se a todas as proteínas do sangue, como a albumina e globulinas; Lipídeos plasmáticos – são as chamadas gorduras, não são solúveis em água; Corpos cetônicos - são derivados da quebra de ácidos graxos e quebrados no fígado, usados como fonte de energia pelo cérebro, fígado e músculos em excesso pode indicar diabetes mellitus; Bilirrubina Total e Fração – encontrada na bile e seu aumento pode traduzir problemas hepáticos, ou para o baço, os rins ou a vesícula biliar; Cálcio e fosfato – minerais importantes na estrutura óssea e muscular; AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 100 Hemograma série vermelha - Hemácias, hemoglobina, hematócrito, valores hematimétricos, ferro sérico, transferrina e ferritina; Hemograma série branca – Leucócitos e leucograma; Microbiologia – estudo celular na busca de vírus, bactérias e fungos; Imunologia – estudo para avaliar níveis de células de defesa do organismo como linfócitos T e B; Sorologias - anti HBV (vírus hepatite B), VDRL (Sífilis), HIV (Vírus da imunodeficiência humana _ Elisa ou Western Blot), CMV (Citomegalovírus) e outros; Teste de gravidez- Beta HCG, realizado no sangue ou TIG (Teste Imunológico de Gravidez) realizado na urina; Hemocultura – cultura de amostra de sangue venoso em busca de pesquisa de bactérias; Urinocultura – cultura de amostra de urina para pesquisa de bactérias proveniente do trato urinário; Coprocultura – cultura de micro-organismo patogênicos nas fezes que são incomuns no trato digestivo; Gasometria arterial – análise de sangue arterial para pesquisa de gases distribuídos no sangue (oxigênio e gás carbônico), ph e equilíbrio ácido – básico; Urina - Elementos anormais e sedmentoscopia (EAS), microscopia de sedimento, estudo bacteriológico, outros; Fezes - Exame macroscópico, exame microscópico, parasitas e protozoários e coprocultura; Liquor cefalorraquidiano – estudo do liquor que recobre a medula espinhal em análise de presença de vírus, bactérias, fungos, sangue; Espermograma – estudo para avaliar a quantidade de espermatozoides, na análise da fertilidade; Escarro - estudo através de análise do produto expectorado, para presença de micro-organismos patogênicos como, por exemplo, Pneumococos, Bacilo de Koch (Tuberculose); AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 101 Liquido Pleural – Líquido que é retirado através de punção da pleura (região torácica), para avaliar presença geralmente de bactérias e aspecto (deve ser translúcido); Fábrica do conhecimento. Exames anatomo patológicos Do que se trata um exame patológico? É um exame que se baseia no estudo de lâminas histológicas. Para isso, os fragmentos de tecido humano são cortados em fatias muito finas e transparentes. Essas fatias são colocadas em lâminas de vidro e tratadas com corantes que permitem a visualização das diferentes estruturas teciduais ao microscópio. A biópsia é o ato de coleta de um ou mais fragmentos de um órgão (pele, mama, fígado etc.) para estudos no laboratório. Peças cirúrgicas são aquelas provenientes de procedimentos cirúrgicos mais complexos, com retirada de órgãos inteiros ou conjunto de órgãos. Essas cirurgias são frequentemente realizadas após um diagnóstico inicial feito em material de biópsia. Esses procedimentos são realizados pelos médicos cirurgiões e alguns médicos clínicos. Em ambos os casos, o material retirado do paciente deve ser submetido ao exame anátomo-patológico (histopatológico). A técnica mais comum utiliza dois corantes: a hematoxilina, que tinge algumas estruturas em azul, e a eosina, que tinge outras estruturas em vermelho. Muitos outros corantes podem ser usados, levando em consideração sua capacidade de reagir com substâncias específicas do tecido (muco, gordura, fibras elásticas etc.) ou mesmo de agentes infecciosos, como bactérias ou fungos. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 102 Critérios para solicitação de exames laboratoriais e histopatológicos Vejamos agora quais são os critérios para solicitação de exames laboratoriais e histopatológicos: Exames devem ser preenchidos com os dados pessoais do paciente. Justificativas para a solicitação de exames devem ser anexadas, quando for exames de maiores custos, como os histopatológicos, dosagens hormonais, dentre outros. Devem ser datados e assinados pelo médico solicitante, assim como o número do seu registro profissional (CRM). Deve ser verificada autorização prévia pela operadora de saúde (quando implicar nessa exigência, que pode ser através de código de autorização, por exemplo). Laudos dos exames solicitados e realizados com assinatura do profissional responsável, médico ou biólogo, com devidas assinaturas e registro profissional (CRM ou CRBio). O auditor deve checar exames solicitados e laudados em duplicidade, exemplo: pedidos de duas culturas de urina em menos48 horas. É pertinente de várias cobranças, com laudos, de gasometria arterial dentro do ambiente da terapia intensiva, emergências, devido ao quadro instável dos pacientes nessas unidades. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 103 Classificação dos exames A classificação dos exames de acordo com o perfil patológico do paciente e do procedimento cirúrgico (grande ou pequeno porte) é uma etapa complexa da auditoria, pois exige detalhamento da cobrança, conhecimento das peças que foram estudadas e examinadas pelo laboratório. 1 - Procedimento diagnóstico pré-operatório sem deslocamento do patologista: Restringe-se ao exame feito durante o ato cirúrgico, não incluindo o exame dos espécimes retirados no procedimento e enviados ao laboratório para exame em cortes de parafina; estes serão cobrados de acordo com os itens pertinentes da Classificação Brasileira Hierarquizada dos Procedimentos Médicos. 2 - Procedimento diagnóstico pré-operatório com deslocamento do patologista: Usado para exames pré-operatórios quando o patologista tiver que se deslocar de seu laboratório externo ao hospital. Procedimento diagnóstico pré-operatório - peça adicional ou margem cirúrgica. 3 - Ato de coleta de PAAF (Punção Aspirativa por Agulha Fina) de órgãos ou estruturas superficiais - sem deslocamento do patologista; ato de coleta de PAAF de órgãos ou estruturas profundas sem deslocamento do patologista; ato de coleta de PAAF de órgãos ou estruturas superficiais com deslocamento do patologista; ato de coleta de PAAF de órgãos ou estruturas profundas com deslocamento do patologista. O porte se refere apenas ao ato de coleta. Punções realizadas em diferentes regiões deverão ser cobradas separadamente. Exemplo: Punções realizadas em diferentes quadrantes de mama ou diferentes nódulos de tireoide são consideradas punções. 4 - Amostra única de tecido de órgão/lesão com finalidade diagnóstica, acondicionada isoladamente (exige a confecção de um a três AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 104 blocos histológicos); advinda de PAAF ou de líquidos de qualquer natureza, biópsias de áreas distintas designadas separadamente implicam em portes separados. Múltiplos frascos enviados separadamente são remunerados para cada frasco processado, independente de discriminação das amostras. Múltiplos fragmentos colocados em um mesmo frasco, mas que tenham sido obtidos de regiões topográficas ou de lesões diferentes serão remuneradas. O valor final do exame será obtido pelo valor de cada, multiplicado pelo número de regiões topográficas ou lesões referidas na requisição médica. 5 - Procedimento diagnóstico em revisão de lâminas ou cortes histológicos seriados: Cada revisão de lâmina deverá ser descrita e valorada individualmente, seguindo os princípios descritos para biópsias e peças cirúrgicas. Procedimento diagnóstico em fragmentos múltiplos de biópsias de mesmo órgão ou topografia, acondicionados em um mesmo frasco: Fragmentos colhidos de mesma região topográfica de um mesmo órgão, não discriminados e colocados em um mesmo frasco que exigem a confecção de três ou mais blocos histológicos. Remunera-se cada frasco contendo as múltiplas amostras (do mesmo órgão ou topografia). 6 - Procedimento diagnóstico em peça cirúrgica ou anatômica complexa: Peças cirúrgicas ou anatômicas complexas são espécimes resultantes de intervenções de médio e grande porte com finalidade diagnóstica/terapêutica incluindo-se avaliação prognóstica através de estágios do câncer por exemplo. São exemplos: os produtos de cirurgias radicais, como amputação de pênis, colectomia, conização de colo uterino, enterectomia, esofagectomia, esvaziamento ganglionar (monobloco isolado), exenteração de globo ocular, gastrectomia, histerectomia radical (por neoplasia), laringectomia, mastectomia, nefrectomia, pneumectomia (ou lobectomia), prostatectomia, quadrantectomia mamária etc. 7 - Procedimento diagnóstico em grupos de linfonodos: Peças cirúrgicas adicionais são espécimes secundários de uma peça cirúrgica simples ou AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 105 complexa, enviada em monobloco, ou de um espécime de amputação, como por exemplo: 1. Estruturas vizinhas – ligamentos, cordões, ductos, segmentos e musculatura esquelética, mesentério etc., sendo cada estrutura remunerada de forma independente. 2. Margens cirúrgicas (por margem) e cadeias linfonodais (por grupo de até seis linfonodos) de uma peça anatômica simples ou complexa; 3. Cordão umbilical e membranas de uma placenta. Admite-se a cobrança adicional de duas margens cirúrgicas nos espécimes de conização de colo uterino, e de até cinco margens cirúrgicas nos espécimes de cirurgia oncológica radical. 8 - Procedimento diagnóstico em lâminas de PAAF até 5: As lâminas de esfregaços de PAAF de diferentes regiões terão seus portes (independente de serem de mesmo órgão ou de órgãos diferentes). Atenção Também estão incluídas as ressecções cutâneas ampliadas (para melanoma ou para tumores cutâneos com mais de 3,0 cm); as ressecções de tumores volumosos (maiores de 7,0 cm); segmentos pulmonares, hepáticos, renais, prostáticos etc.; a placenta (disco placentário); em caso de gemelares, cada placenta é remunerada de forma independente. Definições importantes Vejamos agora algumas definições importantes: Erro = Juízo incorreto acerca de uma coisa ou de um fato derivado da ignorância ou do imperfeito conhecimento da realidade das circunstâncias concretas ou dos princípios legais aplicáveis. Ato involuntário de omissão, AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 106 desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. Engano; equívoco. Impropriedade = Qualidade daquilo que não é próprio, que não é adequado, inexato, inoportuno. Consiste em falhas de natureza formal de que não resulta dano ao erário. Irregularidade = Qualidade daquilo que é irregular. Não conformidade com as normas gerais por todos observadas, como as regras, a lei, a moral ou os bons costumes. Caracteriza-se pelo prejuízo ou malversação do dinheiro público, desvio da finalidade do objeto ajustado, não observância dos princípios de legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e economicidade. É constatado a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra ação de que resulte prejuízo qualidade para o erário (dinheiro público). Fraude = Atos voluntários de omissão e manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos, quanto monetários. Logro; ação praticada de má fé. Dolo = É o artifício ou expediente astucioso, empregado para a prática de um ato que aproveita ao autor, ou a terceiro. Ressarcimento = Compensação; indenização; devolução de. Glosas - conceitos Segundo o dicionário Michaelis (versão eletrônica): 5. Dir. Supressão total ou parcial de uma quantia averbada num escrito ou numa conta. • Segundo o dicionário Aurélio: 4. Cancelamento ou recusa, parcial ou total, de um orçamento, conta, verba, por ilegais ou indevidos. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 107 • Segundo o dicionário Jurídico Brasileiro - José Náufel: 1. É a rejeição, total ou parcial, com o consequente cancelamento, de verbas ou parcelas de uma conta ou orçamento. • Segundo Míni Houaiss – Dicionário da Língua Portuguesa: Parecer negativo; crítica. Atenção DENASUS – Departamento Nacional de Auditoria SUS – utiliza o seguinte conceito deglosa: É a rejeição total ou parcial de recursos financeiros do SUS, utilizados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios de forma irregular ou cobrados indevidamente por prestadores de serviços, causando danos aos cofres públicos. Aplicação da glosa Na aplicação da glosa é importante observar os seguintes procedimentos: A legitimidade da ação, respeitando os preceitos se Ser Auditor: Atividade especializada dedicada à avaliação independente dos serviços médicos, criada para examinar e avaliar as suas atividades de assistência à saúde, como um serviço à organização. A prática de atos antieconômicos ou indevidos em que não seja constatada a má fé gera recomendação ao gestor de correção da cobrança indevida – Preceitos éticos. Toda glosa deverá ser devidamente acompanhada da sua respectiva documentação comprobatória, e no caso do prontuário do paciente, este deve ser validado pelo diretor da unidade auditada para uma possível contraprova ao fato glosado. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 108 Principais motivos de glosas 1. Falta de registro em prontuário. 2. Falta de informações da operadora sobre suas regras. 3. Contratos com os prestadores de serviços confusos, sem elaboração adequada. 4. Erros de faturamento. - Consultas de um mesmo beneficiário, por um mesmo médico, pela mesma patologia, num período menor que o período acordado em contrato. Essa regra não se aplica para consultas em pronto-socorro; - Cobrança de valores em desacordo com o Rol de Procedimentos Médicos; - Realização de procedimentos que não foram previamente autorizados e que não estejam cobertos pelo plano padrão do cliente; - Procedimentos realizados em cumprimento de carência, cobertura parcial temporária (CPT) e restrições; - Código de identificação do cliente incorreto; - Cobranças em discordância com os prazos previstos na contratualização; - Cobrança de procedimentos em discordância com a codificação e as Instruções Gerais do Rol de Procedimentos Médicos vigente na data do atendimento; - Procedimentos, medicamentos e materiais considerados experimentais; - Alteração ou rasura no documento apresentado pela rede credenciada, referente à quantidade e/ou aos valores de diárias, taxas, materiais e medicamentos que sejam superiores aos apresentados e cobrados em conta. Além de : Irregularidades mais comuns: - Número de consultas médicas por usuário; - Exames laboratoriais; - Risco cirúrgico – sem procedimentos efetivados; Internações para investigação diagnóstica; AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 109 - Manutenção de pacientes internados em CTI por falta de vagas em leitos externos; - Pagamento de material médico comissionado; - Pressão da Indústria farmacêutica; - Mudanças de procedimentos/codificação, sem comunicação prévia; - Uso inadequado de novas tecnologias; - Exames e procedimentos não cobertos e sem autorização; - Fraudes na declaração de saúde; - Liminares judiciais; - Desconhecimento dos Protocolos médicos de diagnóstico e tratamento; - Descontinuidade/abandono do tratamento. Revisão ou recurso de glosas A revisão de glosa é a maneira de recuperar descontos indevidos e corrigir ou detectar erros de faturamento (FERREIRA, 2009). - Ferramenta de avaliação da qualidade da auditoria retrospectiva. Auditoria prospectiva Autorização prévia para internações, realização de exames laboratoriais e de alto custo. Auditoria concorrente Realizada durante a hospitalização até a alta médica. Auditoria retrospectiva Revisão de contas hospitalares e comparação de padrões de atendimento. • Definição de critérios para reapresentação - Evita reapresentação sistemática de tudo que é glosado. • Cronograma estabelecido. Prazo para entrega da conta ou fatura . • Auditoria da operadora envolvida com a equipe de auditores internos do prestador. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 110 • Glosa e solicitações de recursos de glosa devem vir sempre com justificativa. Máxima atenção aos prazos contratuais para revisão dos processos e para reapresentação da fatura (em média de 30 dias após o pagamento) • Repassar para o auditado os itens cobrados indevidamente e/ou com maior incidência de erros. Favorecendo a auditoria justa e ética , entendo o erro, valorizando o reparo desses. Tabela 7 – Distribuição das glosas dos meses de abril e maio de 2012, da Instituição de Saúde Particular segundo sua classificação - São Paulo, 2012. Fonte: <http://www.simpoi.fgvsp.br/arquivo/2013 Questionário>. Elaboração própria. Atividade proposta De acordo com Plebani (2009), informações laboratoriais erradas, ocasionadas por falhas no processo laboratorial, transmitidas aos médicos, podem afetar diretamente os resultados da assistência. Várias pesquisas têm demonstrado que pacientes e médicos percebem que os erros diagnósticos constituem uma ocorrência comum, sendo motivo de preocupação, mas a maioria dos dados disponíveis sobre erros na assistência à saúde ainda diz respeito a erros relacionados à medicação e às infecções associadas à assistência (particularmente em hospitais), e aos eventos adversos relacionados. Ainda existem poucos conhecimentos sobre os impactos dos erros laboratoriais sobre a assistência à saúde. Tipo de Glosa - Maio Glosa Administrativa 47.573,30 Glosa Técnica 8.981,94 Glosa Ambulatorial 6.732,70 Total 63.251,94 AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 111 Chave de resposta: Algumas medidas podem e devem ser tomadas como a avaliação dos danos ao paciente, compreensão das causas, a identificação de soluções e aprendizagem com a implementação de programas, avaliação do impacto e transformação das evidências obtidas em políticas e práticas para a assistência segura à saúde, assim como vigilância aos laboratórios disponíveis no mercado. Material complementar Para saber mais sobre auditoria de contas hospitalares: análise dos principais motivos de glosas em uma instituição privada, leia o texto disponível em nossa biblioteca virtual. Referências MANUAL DE NORMAS PARA AUDITORIA E FATURAMENTO DE CONTAS AMBULATORIAIS E HOSPITALARES – ISPMEG a Abril 2012 Atualização: Abril de 2012 http://www.google.com.br Exercícios de fixação Questão 1 Para a apresentação de cobranças de exames laboratoriais o auditor tem que estar atento a qual (is) item (s)? a) Assinatura e Carimbo do solicitante. b) Laudo do Exame impresso. c) Solicitação do exame específico. d) Assinatura do responsável pelo Laudo. e) Todos as opções descritas. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 112 Questão 2 Ao ser solicitado determinados exames laboratoriais e anatomopatológico, o papel do auditor está inserido na: a) Avaliação prévia da operadora de saúde. b) Autorização prévia da operadora de saúde. c) Consentimento informado do paciente. d) Prescrição e solicitação médica. e) Valor correto cobrado. Questão 3 Quando descrito PAAF ( Punção Aspirativa com Agulha fina ) o auditor entende que houve o procedimento de: a) Punção venosa para coleta de exames. b) Punção de medula óssea para avaliação de meningite. c) Biópsia de órgão ou estrutura para anatomo patologia. d) Punção intra óssea para avaliação da estrutura. e) Punção de artéria para avaliação de gases. Questão 4 O Auditor de Serviços de Saúde deve conhecer sobre exames laboratoriais porque: a)Estará sobre sua responsabilidade a avaliação ética e justa. b) Porque precisa conhecer de tudo um pouco. c) Porque é um pré requisito para o desempenho da função. d) Porque é exigido pelo Sindicato dos Auditores em Saúde. e) Porque os saberes agrega valores. Questão 5 De acordo com o que estudamos, as peças cirúrgicas para diagnóstico de linfonodos, inclui se : a) Ligamentos, cordões e ductos. b) Membranas e anexos. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 113 c) Sangue arterial e venoso. d) Peças de estrutura óssea. e) Peças de amputações. Questão 6 Entedemos que coleta de exames se faz necessário a presença de patologistas, devendo o auditor: a) Não pagar os honorários desse profissional e sim o exame. b) Avaliar o que foi acordado com a operadora de saúde. c) Obedecer tabela pré estabelecida. d) Glosar esse item. e) Pagar o exame no valor mais alto e assim cobrir os honorários profissional. Questão 7 O valor final do exame será obtido pelo valor de cada, multiplicado pelo número de regiões topográficas ou lesões referidas na requisição médica. Entende se: a) A cobrança de amostras de sangue são pagas em separado. b) Amostras de orgãos com a finalidade de estudo patológico são cobrados em separado. c) Amostras de peças são cobradas isoladamente por riscos de laudos inconclusivos. d) A cobrança de amostras de sangue ou de órgão não diferem. e) As cobranças de qualquer tipo de exame é de acordo com a avaliação da auditoria. Questão 8 Os registros da equipe da enfermagem de todos os procedimentos e protocolos na prontuário do paciente é função do: a) Auditor do faturamento dos serviço de saúde b) Enferemeiro plantonista AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 114 c) Chefe de Enfermagem d) Secretaria e) Da equipe multiprofissional Questão 9 Classificação Brasileira Hierarquizada dos Procedimentos Médicos. a) Restringe-se ao exame feito durante o ato cirúrgico, e incluem o exame dos espécies retirados no procedimento e enviados ao laboratório para exame em cortes. b) Restringe-se ao exame feito durante o ato cirúrgico e laboratoriais clínicos , não incluindo o exame dos espécies retirados no procedimento e enviados ao laboratório para exame em cortes de parafina. c) Restringe-se ao exame feito durante o ato cirúrgico e enviados ao laboratório para exame em cortes de parafina. d) Restringe-se ao exame feito durante o ato cirúrgico, não incluindo o exame dos espécies retirados no procedimento e enviados ao laboratório para exame em cortes. e) Restringe-se ao exame feito durante o ato cirúrgico e incluindo o exame dos espécies retirados no procedimento. Questão 10 Procedimento diagnóstico peroperatório - peça adicional ou margem cirúrgica. Podem ter item complementar de cobrança, que pode ser: a) Patologista b) Cirurgião c) Enfermeiro d) Radiologista e) Tecnico em Necropsia Questão 11 Para que o auditor realize a análise das contas, precisa preencher determinados requisitos profissionais como: AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 115 a) Conhecimento técnico, empreendedorismo, esperteza b) Ética, conhecimento específico, imparcialidade c) Especialização, vontade de aprender d) Ética, respeito aos acordos, honestidade e) Conhecimento técnico, parcialidade e dedicação Questão 12 Glosa segundo Departamento Nacional de Auditoria SUS : É a rejeição total ou parcial de recursos financeiros do SUS, utilizados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios de forma irregular ou cobrados indevidamente por prestadores de serviços, causando danos aos cofres público. Marque o opção verdadeira. a) Conceito aplicável apenas para o serviços SUS. b) Conceito político de Glosa. c) Conceito unilateral de Glosa. d) Conceito aplicável em qualquer segmento auditável. e) Conceito arcaico portanto em desuso. Questão 13 As glosas nas contas hospitalares na UTI Neonatal têm seu maior número no seguinte dado: a) Cobrança de diárias b) Cateteres venosos c) Materiais descartáveis de modo geral d) Medicamentos barbitúricos e) Materiais e medicamentos Questão 14 No que se refere às avaliações global e técnica podemos dizer que: a) Avaliação técnica ocorre por erro na descrição de uso de medicamentos. b) Avaliação global ocorre quando do apreciamento da conta no quesito preenchimentos de dados do cliente e diárias. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 116 c) Avaliação técnica refere-se aos honorários dos profissionais que assistiram ao cliente. d) Avalição técnica refere-se à quantidade de materiais e medicamentos utilizados de acordo com indicação clínica. e) Avaliação global pode ser realizada pelo faturista hospitalar. Questão 15 Na possibilidade de reutilização de medicamentos, o auditor deve sempre cobrar o total, nunca o fracionamento. a) Verdadeiro b) Falso Aula 5 Exercícios de fixação Questão 1 - E Justificativa: Assinatura e registro do solicitante e do profissional de saúde responsável pelo laudo, assim como a apresentação do laudo impresso em anexo a conta e a sua solicitação, são itens que garantiram a autorização do pagamento do exame. Questão 2 - B Justificativa: Exames de maior valor ( custo ), de modo geral precisam de avaliação prévia das operadoras de saúde para garantir as condições contratuais. Questão 3 - C Justificativa: As punções aspirativas com agulha mais finas são necessárias para acessar estruturas de tecidos ou orgãos e assim ter a possibilidade de coletar amostras e realizar exame investigativo. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 117 Questão 4 - A Justificativa: Faz parte do processo da auditoria, pois com a análise correta da conta seja em qualquer cenário da assistência em saúde. Questão 5 - A Justificativa: Ligamentos, cordões e ductos fazem parte de peças que podem ser extraídas do corpo humano para análise de cadeia de linfonodos. Questão 6 - C Justificativa: A presença do patologista se faz necessária de acordo com a especificidade do exame , no que se refere ao manuseio da peça, portanto os valores são pré estabelecidos em tabela. Questão 7 - B Justificativa: A remuneração separada se refere a peças anotomo patológicas, pois são estruturas distintas. Questão 8 - E Justificativa: É de responsabilidade de toda equipe mutliprofissional a anotação e registro dos procedimentos realizados e solicitados no prontuário do cliente como documentação. Questão 9 - D Justificativa: A Classificação colabora com as cobranças especificas de exames com essa qualidade. Questão 10 - A Justificativa: Profissionall qualificado para analise anatomo patológica. Questão 11 - D Justificativa: O auditor deve preencher tais requisitos, pois são primordiais para uma auditoria segura, comprometida e correta para ambas as partes. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 118 Questão 12 - D Justificativa: Conceito que pode nortear qualquer segmento onde podemos realizar a auditoria em saúde, seja no serviço publico ou privado pois implica nos conceitos de Etica. Questão 13 - E Justificativa: Todos os materiais e medicamentos devem estar descritos na prescrição ou nas evoluções do profissionais responsáveis. Questão 14 - D Justificativa: A avaliação técnica refere-se à compatibilidade do uso técnico de materiais e medicamentos e deve ser realizada pelo técnico (médico ou enfermeiro). Questão 15 - B Justificativa:O auditor deve ter conhecimento das negociações (acordos) feitas entre o hospital e serviço de saúde para fazer a avaliação, sabendo que alguns medicamentos não podem ser armazenados após sua abertura, lembramos, portanto, dos conceitos éticos. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 119 Introdução Nesta aula, serão apresentados os critérios que o auditor de contas hospitalares poderá utilizar para fazer criteriosas avaliações de cobranças relacionadas a exames radiológicos. Objetivo: 1. Apresentar os principais exames solicitados durante os atendimentos ambulatoriais e de urgência e emergência, assim como em processos de internação; 2. Mostrar indicações de determinados exames, de acordo com o perfil patológico do paciente; 3. Indicar materiais, medicamentos e taxas cobradas no setor de imagem. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 120 Conteúdo Método diagnóstico e intervencionista por imagem “Exames por imagem, devido a praticidade que os avanços tecnológicos oferecem, são de grande demanda nos atendimentos ambulatoriais, assim como no período de internação hospitalar. Portanto, nesse item veremos os principais exames que são solicitados nesses períodos de atendimento ao cliente. Quando houver procedimento intervencionista o exame de base que pode ser Ultrassonografia, Tomografia computadorizada, Ressonância Magnética, Radiografia convencional, deverá ser pago de acordo com tabela.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Radiografia Radiografia “Técnica de exame de imagem que utiliza raios X para ver um material cuja composição não é uniforme como o corpo humano. Um feixe heterogêneo de raios X é produzido por um gerador e projetado sobre um objeto. A densidade e a composição de cada área determina a quantidade de raios X absorvida. Devido diferentes tecidos reagir de forma diferente a cada modalidade de imagem , uma modalidade específica pode ser mais adequado para o diagnóstico de uma doença específica, ou uma combinação de exames pode ser necessário.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Radiografia “Raios-X ou Radiografias têm muitos usos, eles são ideais para a imagem dos ossos em busca de descanso. Uma pesquisa do osso é uma série de raios-x tomadas para determinar se o câncer com metástase para os ossos. KUB é um raio- x dos rins , ureteres e bexiga. Ele é utilizado em conjunto com contraste para procurar pedras e outros bloqueios. Radiografia de tórax são ideais para avaliar os pulmões para a presença de pneumonia.” Fonte: http://www.moizan.com/tipos-de-radiografia AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 121 A parte do exame do corpo a ser radiografado é de acordo com a necessidade de pesquisa patológica do paciente. Portanto, o exame será segmentado, e a cobrança é feita conforme o segmento do corpo que foi examinado. Radiografia convencional ou não contrastada a) Raio X de crânio; b) Raio X de face; c) Raio X tórax; d) Raio X de coluna vertebral e seus segmentos (cervical, lombar, sacra); e) Raio X de membro inferior direito e esquerdo ou segmento destes; f) Raio X de membro superior direito e esquerdo ou segmentos desses; g) Raio X de mão direita ou esquerda ou segmento destes (dedos); h) Raio X de bacia, etc. Tomografia computadorizada “A tomografia computadorizada (TC), originalmente apelidada tomografia axial computadorizada/computorizada (TAC), é um exame complementar de diagnóstico por imagem, que consiste numa imagem que representa uma secção ou "fatia" do corpo. É obtida através do processamento por computador de informação recolhida após expor o corpo a uma sucessão de raios X. Seu método principal é estudar a atenuação de um feixe de raios X durante seu trajeto através de um segmento do corpo; no entanto, ela se distingue da radiologia convencional por diversos elementos. A TC baseia-se nos mesmos princípios que a cronografia convencional, segundo os quais tecidos com diferentes composições absorvem a radiação X de forma diferente. Ao serem atravessados por raios X, tecidos mais densos (como o fígado) ou com elementos mais pesados (como o cálcio presente nos ossos), absorvem mais radiação que tecidos menos densos (como o pulmão, que está cheio de ar).” AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 122 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tomografia_computadorizada Cobranças “Quando realizados exames em duas ou mais regiões diferentes, remunera-se o exame principal ou de maior porte em 100% do valor e em 70% do valor total cada um dos demais exames realizados. Os contrastes utilizados em tomografia deverão ser preferencialmente os iônicos. Para utilização dos não iônicos, deverá ser anexada na conta do paciente justificativa do uso deles, para posterior auditoria.” Fonte: http://www.ipsemg.mg.gov.br/ipsemg/ecp/files.do?evento=download&urlArqPlc =manual_de_normas_para_auditoria_e_faturamento_de_contas_-_ipsemg_- _abril_2012_-_25042012.pdf Contrastes “Os meios de contraste utilizados nos exames de Radiologia e Diagnóstico por Imagem são fabricados utilizando basicamente três substâncias com diferentes utilidades: o bário, o iodo e o gadolínio.” “Contrastes a base de bário são utilizados por via oral em exames que se deseja demonstrar melhor o tubo digestivo (ex.: esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso) nos exames de raio-X e tomografia computadorizada. Estes contrastes não são absorvidos pelo organismo e são eliminados juntamente com as fezes, tornando-as esbranquiçadas por alguns dias após o exame ter sido realizado. Dificilmente causam efeitos colaterais, sendo o maior problema, o gosto um pouco desagradável, o que pode ser disfarçado misturando-se groselha ou outro concentrado para sucos.” Fonte: http://portaldaradiologia.com/?p=2640 “Os contrastes a base de gadolínio são utilizados apenas na veia em exames de ressonância magnética. São contrastes extremamente seguros e que dificilmente causam alergias e raramente têm contraindicações.” AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 123 Fonte: http://portaldaradiologia.com/?p=2640 “Os contrastes a base de iodo podem ser utilizados por via oral ou na veia. Quando utilizados por via oral, servem para demonstrar melhor o tubo digestivo, porém, diferentemente do bário, o iodo é parcialmente absorvido pelo organismo. Já quando utilizado na veia, eles servem para demonstrar melhor os diversos órgãos internos do corpo, bem como veias, artérias e alguns tipos de lesões.” Fonte: http://portaldaradiologia.com/?p=2640 “Ao serem injetados na veia, eventualmente podem causar algumas sensações que são consideradas sem maior importância, como calor no corpo, leve aceleração dos batimentos cardíacos, vontade de urinar, náuseas, vômitos e gosto ruim na boca. Porém, além destas sensações consideradas normais, eventualmente podem ocorrer alergias leves e raramente alergias graves (para termos uma comparação, é o mesmo risco que se tem quando utilizamos uma injeção de Benzetacil®). Além disso, estes contrastes também podem desencadear crise de “falta de ar” em pacientes com asma. Sendo assim, qualquer história de asma ou de alergia a alimentos, medicações ou a ocorrência desses sintomas. Basicamente, dois tipos de contraste a base de iodo: os iônicos e não-iônicos. Os primeiros, por serem mais antigos, causam mais sintomas e têm maior risco de ocasionar alergias. Já os não-iônicos, são contrastesde última geração e raramente causam reações alérgicas (na Irion Radiologia, somente são utilizados contrastes não-iônicos por via venosa).” Fonte: http://portaldaradiologia.com/?p=2640 Ressonância magnética “Imagem por ressonância magnética (IRM) - é uma técnica que permite determinar propriedades de uma substância através do correlacionamento da energia absorvida contra a frequência, na faixa de megahertz (MHz) do AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 124 espectromagnético, caracterizando-se como sendo uma espectroscopia (técnica de levantamento de dados físico químicos). Usa as transições entre níveis de energia rotacionais dos núcleos componentes das espécies (átomos ou íons) contidas na amostra. Isso dá-se necessariamente sob a influência de um campo magnético e sob a concomitante irradiação de ondas de rádio na faixa de frequências acima citada. Quando realizados exames em duas ou mais regiões diferentes, remunera-se o exame principal ou de maior porte em 100% do valor e em 80% do valor total cada um dos demais exames realizados.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem_por_resson%C3%A2ncia_magn%C3%A9ti ca “Cobranças: Quando realizados exames em duas ou mais regiões diferentes, remunera-se o exame principal ou de maior porte em 100% do valor e em 80% do valor total cada um dos demais exames realizados. De posse do laudo, o prestador deverá anexá-lo à fatura hospitalar e ao prontuário do paciente. A realização do procedimento somente ocorrerá após a autorização, que será enviada ao prestador.” Fonte: http://www.ipsemg.mg.gov.br/ipsemg/ecp/files.do?evento=download&urlArqPlc =manual_de_normas_para_auditoria_e_faturamento_de_contas_-_ipsemg_- _abril_2012_-_25042012.pdf Densitometria óssea “Densitometria Óssea estabeleceu-se como o método mais moderno, aprimorado e inócuo para se medir a densidade mineral óssea e comparado com padrões para idade e sexo. Essa é condição indispensável para o diagnóstico e tratamento da osteoporose e de outras possíveis doenças que AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 125 possam atingir os ossos. Os aparelhos hoje utilizados conseguem aliar precisão e rapidez na execução dos exames, a exposição a radiação é baixa, tanto para o paciente como para o próprio técnico. Cumpre lembrar que, de acordo com o item 32.4.4 da NR-32, grávidas não podem trabalhar com radiação ionizante em serviços de saúde, independentemente do nível de exposição à radiação.” “As partes mais afetadas na osteoporose são: o colo do fêmur, coluna, a pelve e o punho. As partes de interesse na obtenção das imagens para diagnóstico são o fêmur e a coluna vertebral. Sabe-se que hoje a densitometria óssea é o único método para um diagnóstico seguro da avaliação da massa óssea e consequente predição do índice de fratura óssea.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Densitometria_%C3%B3ssea Mamografia “É um exame de diagnóstico por imagem, que tem como finalidade estudar o tecido mamário. Esse tipo de exame pode detectar um nódulo, mesmo que este ainda não seja palpável. Para tanto é utilizado um equipamento que utiliza uma fonte de raios-x, para obtenção de imagens radiográficas do tecido mamário. A capacidade de identificar lesões de tamanho mínimo é uma das vantagens do uso da mamografia na detecção de um câncer de mama, antes de ser palpável e de se manifestar clinicamente. Este diagnóstico, feito numa fase muito precoce da doença, é geralmente associado a um melhor prognóstico para a cura e a necessidade de um tratamento menos agressivo para o controle do câncer em alguns casos.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mamografia Ultrassonografia “A ultrassonografia ou ecografia é um método diagnóstico que aproveita o eco produzido pelo som para ver em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas e órgãos do organismo. Os aparelhos de ultrassom em geral utilizam uma frequência variada dependendo do tipo de transdutor, desde 2 até 14 MHz AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 126 (embora de pouco uso comercial podem ser de até 20 MHz, como no caso de ultrassonografia dermatológica), emitindo através de uma fonte de cristal piezoelétrico que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, que são interpretados através da computação gráfica. A sonda funciona assim como emissor/receptor. Quanto maior a frequência, maior a resolução obtida e mais precisão temos na visualização das estruturas superficiais. Conforme a densidade e composição das interfaces a atenuação e mudança de fase dos sinais emitidos varia, sendo possível a tradução em uma escala de cinza, que formará a imagem dos órgãos internos.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ultrassonografia “O preciso "Efeito Doppler" da ultrassonografia, permite também conhecer o sentido e a velocidade do fluxo sanguíneo. Por não utilizar radiação ionizante, como na radiografia e na tomografia computadorizada, é um método relativamente inócuo, pouco dispendioso e ideal para avaliar a evolução fetal. A ultrassonografia é um dos métodos de diagnóstico por imagem mais versátil e ubíqua, de aplicação relativamente simples. Nas últimas duas décadas do século XX, o desenvolvimento tecnológico transformou esse método em um instrumento poderoso de investigação médica dirigida, exigindo treinamento constante e uma conduta participativa do examinador.” < Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ultrassonografia Ecografia tridimensional “Entre as áreas que mais se beneficiam dos avanços tecnológicos, a medicina diagnóstica certamente é uma das maiores. Exames que antigamente eram feitos de forma mais rudimentar, agora são realizados com facilidade em clínicas especializadas, facilitando a vida de pacientes que precisam de respostas rápidas para questões de saúde. A ecografia, por exemplo, já é um AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 127 exame largamente usado não apenas nos casos de gravidez, mas para visualizar órgãos internos de pacientes com maior precisão.” Fonte: http://www.tecmundo.com.br/medicina/10857-como-funcionam-a- tomografia-e-a-ecografia-3d.htm Ecocardiograma com Doppler “Abrange os métodos de diagnóstico da estrutura e do funcionamento do coração baseados no uso de ultrassom. Este exame é frequentemente empregado na avaliação dos pacientes com sopro cardíaco, sintoma de palpitação, síncope, falta de ar, dor torácica ou portadores de diversas doenças cardíacas como doenças do músculo cardíaco (infarto do miocárdio, miocardiopatias), insuficiência cardíaca, doenças das valvas, anomalias congênitas, entre outras. A ecocardiografia apresenta imagens estáticas e em movimento do músculo e das valvas cardíacas, além disso, através do mapeamento de fluxos em cores pela técnica Doppler, podemos identificar a direção e velocidade do fluxo sanguíneo no interior das cavidades cardíacas.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecocardiografia Ecocardiograma Tridimensional “Não é um exame específico, mas sim uma avançada técnica que complementa os exames ecocardiográficos anteriores. Portanto, é importante conhecer, antes de ler sobre este exame, os detalhes do ecocardiograma bidemensional com mapeamento de fluxo a cores (o ecocardiograma padrão) Principais indicações do ecocardiograma tridimensional: a) Avaliação do grau de dissincronismo (índice de dissincronismo - ID) do ventrículo esquerdo b) Análise anatômica e espacial mais acurada de doenças cardíacas como: miocardiopatia hipertrófica, comunicações inter-atriais ou inter-ventriculares, tumores ou massas intra-cavitárias,estadiamento de derrames pericárdico e ou pleurais, disfunções de próteses, etc.” Fonte: http://www.cardioprime.med.br/exame.php?id=25&id_opcao=6 AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 128 Indicações dos exames São indicações dos exames, de acordo com o perfil patológico do paciente: Raio X convencional • Pneumopatias; • Traumas; • Fraturas; • Pesquisa de patologias abdominais; • Sinusites; • Estudos de crescimento ósseo; • Tumores; • Acompanhamentos de idade óssea. Estudos mostram que a maioria das solicitações de radiografia convencional refere-se a investigações de infecções respiratórias e problemas ortopédicos. Quando não é indicado o raio X: • Gravidez. Vantagens: • Baixo custo; • Rapidez; • Favorece várias indicações para conduta médica. Tomografia computadorizada A tomografia computadorizada complementa outras técnicas de diagnóstico por imagem, como a radiografia convencional e o ultrassom, mas não as substitui, sendo essencial, em todos os casos, que a tomografia computadorizada seja precedida pelos seguintes exames: a) Neoplasias cerebrais; b) Afecções nos seios da face; AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 129 c) Traumas cranianos e fraturas; d) Neoformações do sistema musculoesquelético; e) Degeneração e hérnia de disco intervertebral; f) Neoplasias pulmonares e de mediastino; g) Doenças abdominais; h) Doenças pulmonares. Quando não é indicada a tomografia Gravidez, alto custo, paciente alérgico ao contraste iodado e grande quantidade de radiação. Vantagens As tomografias computadorizadas oferecem imagens compatíveis com o tamanho real do objeto (proporção 1:1). Apesar de ser considerado um exame dispendioso, devemos sempre analisar o custo-benefício, pois ele se torna barato quando comparado aos problemas cirúrgicos e outros métodos invasivos. Mamografia a) Rastreamento de Câncer de mama Quando não é indicado Gravidez Vantagens Baixo custo e resultados eficazes para mulheres com mais de 40 anos. Densitometria a) Mulheres acima de 65 anos; b) Deficiência de estrogênio em pacientes com menos de 45 anos; c) Peri e pós-menopausa; d) Amenorreia; AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 130 e) Antecedentes de fratura por trauma mínimo ou baixo impacto; f) Evidência radiográfica de fratura vertebral; g) Homem acima de 70 anos; h) Perda de estatura (<2,5cm); i) Doenças ou medicações associadas à perda óssea; j) Monitoração de tratamentos. Quando não é indicado Gravidez Vantagens Método não invasivo, que possibilita pesquisa da massa óssea em possíveis casos de osteoporose. Ultrassonografia Avaliação de órgãos e ossos para auxílio de pesquisa diagnóstica. Quando não é indicado Não há contraindicações. Vantagens Exame não invasivo e não há exposição à radiação. Ecocardiograma A. Definição das dimensões das cavidades cardíacas e da espessura de suas paredes; B. Avaliação morfofuncional das valvas atrioventriculares (mitral e tricúspide) e ventriculoarteriais ou semilunares (aórtica e pulmonar); C. Avaliação da função sistólica e diastólica dos ventrículos e da contratilidade segmentar; D. Análise da anatomia do pericárdio; E. Definição da anatomia das cardiopatias congênitas; F. Avalição da aorta, artéria pulmonar e veias cavas; AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 131 G. Pesquisar a presença de trombos intracavitários e imagens sugestivas de vegetações; H. Avaliação da presença de doença cardíaca em pessoas de risco: portadores de hipertensão arterial e sintomas cardiológicos (falta de ar, dores no peito, angina, palpitações); I. Avaliação para liberação para atividade física competitiva, visando excluir, principalmente, a miocardiopatia hipertrófica, principal causa de morte súbita em atletas. Quando não é indicado Não há contraindicações. Vantagens Método não invasivo e não há exposição à radiação. Ressonância Magnética Auxílio na pesquisa de patologias ósseas e de órgãos. Quando não é indicado * Aparelhos auditivos não removíveis; * Bombas de infusão (inclusive implantáveis); * Cápsula endoscópica; * Cateter de SWAN-GANZ e outros com eletrodos; * Clamp carotídeo do tipo POPEN-BLAYLOCK; * Clips de aneurisma cerebral ferromagnético; * Desfibrilador implantável; * Expansores mamários dos tipos MCGHAN ou INFALL; * Fixadores ortopédicos externos não removíveis; * HOLTER; * Implante (prótese) coclear/otológicos; * Marca-passo cardíaco; * Monitor de PIC (pressão intracraniana) AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 132 * Neuroestimulantes. Vantagens Em relação à tomografia, não se utiliza radiação ionizante; pode ser utilizado em gestantes para a avaliação funcional de várias patologias, além de oferecer inúmeros planos de corte. Exames de imagem Sabemos que os exames de imagem, já apresentados aqui, são ferramentas de grande importância para a avaliação e complementação diagnóstica. Alguns desses exames, de acordo com a patologia e idade do cliente, são realizados através de sedação ou com a utilização de contrastes, conforme como já discutimos. São materiais que podem estar presentes na cobrança de alguns exames: Seringas de 10, 20 ou 50 ml, utilizadas para administração de contrastes ou sedação. Agulhas 40x12 ou 25x7G, destinadas à aspiração de medicamentos. Cateteres sob agulha 24, 22, 20 ou 1G, empregadas em punções venosas periféricas, onde o tamanho do cateter dependerá do porte físico e idade do paciente. Bolas de algodão e compressas de gaze para antissepsia da pele. Equipos de soro microgotas ou gotas, destinados à infusão de soro, com ou sem medicamentos. Luvas de procedimento para situações em que há exposição a materiais biológicos do paciente. Almotolia de álcool 70 % ou clorexidina alcoólica 0,5. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 133 % Lembramos que, em salas de exames, devem existir materiais de urgência para casos de parada cardiorrespiratória (PCR); portanto, na iminência desse evento, haverá cobrança desses materiais. Taxas de aplicação de medicamentos podem estar inclusas; nesses casos, portanto, os materiais usados não serão cobrados. Medicamentos que podem ser cobrados para realização de exames “O objetivo destes medicamentos está relacionado a capacidade dos mesmos de reduzir a ansiedade e exercer um efeito calmante, com pouco ou nenhum efeito sobre as funções motoras ou mentais. O termo sedativo é sinônimo de calmante ou sedante. Um medicamento hipnótico ou sonífero deve produzir sonolência e estimular o início e a manutenção de um estado de sono que se assemelhe o mais possível ao estado do sono natural.” “Os efeitos hipnóticos envolvem uma depressão mais profunda do sistema nervoso central (SNC) do que a sedação, o que pode ser obtido com a maioria dos medicamentos sedativos, aumentando-se simplesmente a dose. A depressão gradativa dose-dependente da função do SNC constitui uma característica dos agentes sedativos-hipnóticos, na seguinte ordem: sedação, hipnose, anestesia, efeitos sobre a respiração/função cardiovascular e coma. Cada medicamento difere na relação entre a dose e o grau de depressão do SNC.” Midazolon “O dormonid é o midazolam, um hipnótico (medicação usada para induzir ao sono) do grupo dos benzodiazepínicos. Principais efeitos AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS134 A indução ao sono começa em 15 minutos, sendo o pico de ação de 30 minutos à 1 hora e o tempo de duração do efeito de 2 a 6 horas. Como todo benzodiazepínico possui o efeito de sedação, o motivo pelo qual se usa e classifica o dormire como um hipnótico, é seu tempo de ação. Os hipnóticos devem possuir as seguintes características: rápido início de ação para que o usuário durma logo depois de tomá-lo, e rápido tempo de eliminação para que o usuário não fique sonolento depois da hora de acordar. Por seu curto tempo de ação, apesar de ter efeito calmante não deve ser usado com essa finalidade.” Fonte: http://www.psicosite.com.br/far/hip/dormonid.htm Fentanil “Fármaco do grupo dos opioides é um potente analgésico narcótico de início de ação rápida e curta duração de ação que é usado no tratamento da dor. O fentanil é aproximadamente 100 vezes mais potente que a morfina- 100 microgramas de fentanil são aproximadamente equivalentes a 10 mg de morfina ou 75 mg de petidina em potência analgésica. O fentanil por via intravenosa é usado extensivamente para anestesia e como analgésico, sobretudo em procedimentos no bloco operatório e em unidades de cuidados intensivos. É administrado frequentemente em associação com um benzodiazepínico, como o midazolam ou o diazepam para sedação em procedimentos endoscópicos, radiológicos ou dentários. É usado no tratamento da dor crônica em casos de câncer. Especialmente se o doente já desenvolveu tolerância aos opioides. Autores defendem que não há opioide mais potente que o fentanil no controlo da dor oncológica o que o torna numa primeira escolha para estas situações clínicas. Dor aguda grave Anestesia como adjuvante de anestésico mais potente. É por vezes usado como droga ilegal de abuso. Efeito semelhante à heroína. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 135 Administra-se geralmente por via parentérica, podendo também ser intradérmica ou através de aerossóis.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fentanil Diazepan ( menos usado) “Diazepan é um fármaco da família dos benzodiazepínicos, heterocíclico, pó cristalino, usado como ansiolítico, anticonvulsivante, relaxante muscular e sedativo. É comercializado por vários laboratórios sob marcas comerciais diferentes, 4 entre os quais o Valium, da companhia suíça Roche. Indicado para o tratamento das convulsões e espasmos musculares, além da insônia, também se usa antes de alguns procedimentos clínicos ou exames, como a endoscopia e tomografia, para reduzir ansiedade no paciente, e antes de procedimentos cirúrgicos, para induzir amnésia anterógrada. O diazepam pode ser administrado pelas vias oral, endovenosa, injeção intramuscular, terapia intravenosa e também como supositório. Quando administrado pela via oral, sua absorção ocorre em aproximadamente 20 minutos. Quando por via de injeção intramuscular, sua absorção ocorre entre 15 e 25 minutos e por via de terapia intravenosa, sua absorção ocorre em aproximadamente 3 minutos. A duração do efeito depressor do Sistema Nervoso Central (SNC) dura aproximadamente 3 horas. Entretanto, seu metabólito ativo, o 3-desmetil-diazepam possui um efeito de aproximadamente 8 horas. A transformação do diazepam em 3-desmetil-diazepam ocorre após sua distribuição no plasma sangüíneo (aproximadamente 1 hora e 15 minutos após a administração). Diazepam é altamente solúvel em meio aquoso e é amplamente distribuído pelo organismo após sua administração. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Diazepam Qual tipo de paciente precisa ser sedado? AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 136 1) Crianças quando ficam inquietas, impossibilitando a realização do exame (ressonância e tomografia); 2) Paciente com distúrbios que os levam a descontrole psicomotor; 3) Idosos quando não ficam imóveis para a realização do exame; 4) Qualquer quadro clínico cujo risco-benefício da sedação seja justificada. Todas as medicações solicitadas para a realização de exames devem ser prescritas pelo médico responsável, assim como os materiais devem constar nas anotações de enfermagem para que o auditor possa fazer a avaliação correta dos gastos, otimizando, assim, os custos bilaterais. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sedativo Atividade proposta Todos os exames por imagem possuem radiação? Chave de resposta: Não. A ultrassonografia e a ressonância magnética são exames sem radiação; aliás, quando falamos em radiação médica, nos referimos a um tipo de radiação chamada ionizante, que, em altíssimas doses, tem associação com modificações da estrutura do DNA. Os exames de cintilografia, radiografia, cateterismos e tomografias utilizam essa radiação em doses controladas e apenas na quantidade necessária para se obter um diagnóstico. Na RCC, os aparelhos de tomografia são de última geração e usam técnicas que reduzem a radiação aplicada a níveis que estamos expostos normalmente no dia a dia. Referências MOTTA, J. M. Auditoria: princípios e técnicas. São Paulo: Atlas, 1992. SIGULEM, D. et al. Sistemas de apoio à decisão em medicina. Disponível em: http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-med/sad_tml/sistema.htm. Acesso em: 12 dez. 2002. SÁ, A. L. de. Auditoria básica. Rio de Janeiro: Tecnoprint Ltda., 1994. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 137 JUNQUEIRA, W. N. G. Auditoria médica em perspectiva: presente e futuro de uma nova especialidade. Criciúma: Edição do Autor, 2001. Exercícios de fixação Questão 1 Em relação a exames por imagem realizados no atendimento ambulatorial, podemos citar: a) Raio X convencional e braquiterapia b) Raio X convencional e tomografia computadorizada c) Tomografia computadorizada e angiografia d) Ressonância magnética e teste imunológico de gravidez e) Raio X convencional e anti-HBV Questão 2 Exames de imagem de maior custo incluem: a) Ecocardiograma e ultrassonografia b) Densitometria e mamografia c) Ressonância magnética e tomografia d) Ultrassonografia e raio X e) Ressonância magnética e densitometria Questão 3 No seu entender, qual é a razão pela qual o auditor precisa conhecer os exames realizados pelo cliente? a) Para executar a glosa de acordo com o seu conhecimento. b) Para ter propriedade sobre as análises das contas. c) Para executar auditoria justa e ética. d) Para saber sobre a devida autorização para a realização dos exames. e) Para definir critérios para autorização de exames e a glosa destes. Questão 4 AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 138 Segundo o auditor, qual é o melhor exame para avaliação da densidade óssea? a) Tomografia óssea b) Mamografia c) Ultrassonografia óssea d) Densitometria óssea e) Ecocardiograma ósseo Questão 5 Ao avaliar a fatura hospitalar, o auditor observa a realização de exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética de crânio, ambos feitos no mesmo dia. Ele entende as razões da solicitação médica, mas questiona a sua realização, visto que são exames de: a) Grande quantidade de radiação, mas de baixo custo. b) Grande quantidade de radiação e alto custo. c) Tomografia, com grande quantidade de radiação em relação à ressonância, e de baixo custo. d) Ressonância, com grande quantidade de radiação em relação à tomografia, e de alto custo. e) Tomografia, com grande quantidade de radiação em relação à ressonância, mas ambos de alto custo. Questão 6 Quais seriam as contraindicações para a realização de tomografia que impediriam sua autorização? a) Gravidez e alergiaa contraste iodado b) Gravidez e idade maior que 60 anos c) Alergia a contrastes iodado e não iodado d) Idade maior que 60 anos e claustrofobia e) Alergia a iodo e corticoides Questão 7 AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 139 Como você avalia a cobrança de utilização justificada de contraste não iônico por via venosa, tendo em vista que o paciente possui histórico de asma brônquica e alergias medicamentosas? a) Incorreta, pois todos os contrastes tem iodo. b) Incorreta, pois nenhum paciente alérgico deve receber contraste venoso. c) Correta, pois o médico assumiu os riscos. d) Correta, pois contraste não iônico tem menos risco de manifestar reações alérgicas. e) Correta, pois o paciente precisou realizar o exame e foi documentado. Questão 8 Em que situação a ultrassonografia não é indicada? a) Gravidez b) Alergias medicamentosas c) Não há contraindicação d) Pacientes do sexo masculino e) Alto custo Questão 9 Qual dos seguintes exames por imagem possui menos quantidade de radiação e que, portanto, é o mais adequado para crianças com fratura de tíbia? a) Densitometria b) Ultrassonografia c) Tomografia d) Raio X convencional e) Ecocardiograma Questão 10 Paciente com quadro de dor torácica e diagnosticado com infarto agudo do miocárdio teve alta após sete dias de internação, com boa resposta terapêutica. Qual exame foi solicitado para ajudar na confirmação diagnóstica? a) Tomografia de tórax AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 140 b) Ultrassonografia de tórax c) Raio X de tórax d) Ecocardiograma bidimensional e) Mamografia Questão 11 “Fazer bem-feito não basta; é preciso registrar!” Essa afirmativa se aplica na avaliação da glosa de exames? a) Sim, pois, se não houver registro da realização, não há comprovação. b) Sim, pois o registro inclui laudos, autorizações e solicitações assinados. c) Sim, pois o registro é documentação. d) Não, pois basta a solicitação e autorização. e) Não, pois os exames não precisam de justificativas. Questão 12 Ao avaliar a fatura de uma cliente de 22 anos, vítima de acidente automobilístico, o auditor constatou que ela realizou tomografia de crânio e fez uso de 1 ampola de midazolon, 1 seringa de 20 ml, 1 flaconete de soro fisiológico de 10 ml 0,9%, 1 agulha 40x12 e 1 cateter sob agulha 20G, além de material para antissepsia e um par de luvas de procedimento, que não foi descrita na prescrição médica. O auditor avaliou que houve necessidade de sedação da cliente e, portanto, não questiona a cobrança. Como você julga esta conduta? a) Correta, pois o caso clínico justifica a sedação para o exame. b) Correto, pois tal cobrança está apresentada na conta. c) Incorreta, pois todos os medicamentos e materiais utilizados devem ser prescritos. d) Incorreta, pois não se faz sedação em vítima de acidentes automobilísticos. e) Incorreta, pois não há justificativa para tal uso. Questão 13 AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 141 Em qual condição se aplica o uso de sedativos para o auxílio da realização de exames? a) Desejo do médico b) Solicitação do paciente c) Condição clínica do paciente d) Autorização do convênio e) Comodidade do médico e/ou do paciente Questão 14 De acordo com o que foi apresentado, qual é o sedativo mais usado? a) Xylocaína b) Adrenalina c) Midazolon d) Hidantal e) Valium Questão 15 Quais tipos de exames seriam indicados para sedação em casos de agitação psicomotora do paciente? a) Ressonância magnética e tomografia computadorizada b) Raio X simples e tomografia computadorizada c) Raio X de crânio e ressonância magnética d) Ultrassonografia e ressonância magnética e) Todos os exames por imagem que sejam extremamente necessários para o diagnóstico Aula 6 Exercícios de fixação Questão 1 - B AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 142 Justificativa: Exames por imagem incluem TC, ressonância, raio X, ecocardiograma, ultrassonografia, densitometria e mamografia. Questão 2 - C Justificativa: São exames de maior valor, pois exigem maior tecnologia na sua aplicação. Questão 3 - C Justificativa: Quanto mais informações tem o auditor, mais justa, correta e ética será a sua avaliação da conta hospitalar, evitando, assim, glosas incoerentes. Questão 4 - D Justificativa: A densitometria óssea é o método mais moderno, aprimorado e inócuo para se medir a densidade mineral óssea e comparar padrões relacionados à idade e sexo do paciente. Questão 5 - E Justificativa: São exames realizados de alto custo, visto que a ressonância não emite radiação por possuir maior tecnologia. Questão 6 - A Justificativa: Devido à grande quantidade de exposição à radiação e alergia a iodo quando há utilização de contrastes. Questão 7 - D Justificativa: Contrastes não iônicos são mais modernos, mais caros e apresentam menores riscos de reações alérgicas; deve-se justificar suas utilizações em relatório médico. Questão 8 - C Justificativa: Não contraindicações para a realização de ultrassonografia. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 143 Questão 9 - D Justificativa: Menor quantidade de radiação em relação aos demais e aplicável ao quadro patológico da criança. Questão 10 - D Justificativa: Exame que possibilita a avaliação das dimensões cardíacas. Questão 11 - B Justificativa: As anotações no prontuário são documentos comprobatórios da realização de exames; sem elas, há a possibilidade de glosas. Questão 12 - C Justificativa: Todo medicamento precisa estar prescrito para que seu uso seja validado, assim como os relatórios de enfermagem para o uso de materiais específicos. Questão 13 - C Justificativa: A sedação se faz necessária diante da impossibilidade de o paciente “colaborar” para a realização dos exames. Questão 14 - C Justificativa: Por ser um sedativo de ação rápida e possuir pouco tempo de ação. Questão 15 - E Justificativa: A necessidade de sedação vai de encontro com a busca do diagnóstico correto para estabelecer o tratamento adequado para o cliente. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 144 Introdução Nesta aula, conheceremos os conceitos de radioterapia, braquiterapia e quimioterapia. Também veremos quais são as indicações para que esses AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 145 procedimentos sejam executados, de acordo com o perfil patológico dos pacientes. Objetivo: 1. Aprender as definições sobre procedimentos de quimioterapia, radioterapia e braquiterapia; 2. Analisar as vantagens, desvantagens e finalidades desses processos; 3. Conhecer os materiais e medicamentos utilizados nesses métodos, e os desafios da auditoria oncológica sobre esses procedimentos. Conteúdo Conceito e definição Antes de aprofundarmos no conteúdo, acompanhe algumas definições de doença e tratamento existentes nos processos que vamos estudar. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 146 “Câncer - É um crescimento descontrolado de células de um tecido que invadem, se locomovem ou fazem a metástase e destroem, localmente e à distância, outros tecidos do organismo. Em outras palavras, câncer é o termo que se emprega para definir um grupo de enfermidadescom um denominador comum: a transformação da célula normal em outra que se comporta de maneira muito perigosa para o corpo humano. Também se utiliza a palavra neoplasia, mas esta, assim como a definição tumor, pode significar uma série de afecções benignas.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Quimioterapia “Tratamento com Quimioterápicos - Como a quimioterapia afeta a divisão celular, tumores com alto grau de crescimento (como leucemia mielóide aguda e linfoma agressivos, incluindo Linfoma de Hodgkin) são mais sensíveis a este tratamento, pois apresentam uma grande proporção de células-alvos sofrendo divisão celular. Já os tumores com baixo grau de crescimento, como os linfomas indolentes, têm uma tendência a responder mais modestamente à quimioterapia. Drogas afetam tumores "jovens" (mais diferenciados) mais efetivamente, porque os mecanismos que regulam o crescimento celular estão mais preservados. Com a posterior geração de tumores celulares, a diferenciação é perdida, o crescimento torna-se menos regulado e os tumores tornam-se menos responsivos à maioria de agentes quimioterápicos. Perto do centro de tumores sólidos, a divisão celular cessa, tornando-os insensíveis à quimioterapia. Outro problema com os tumores sólidos é o fato dos agentes quimioterápicos geralmente não atingirem o núcleo, ou seja, o centro do tumor. Soluções para estes problemas incluem a radioterapia e a cirurgia criada por uma bauer. Com o tempo, as células cancerígenas tornaram-se mais resistentes ao tratamento de quimioterapia. Recentemente, cientistas identificaram pequenas bombas na área de superfície das células cancerígenas que movem ativamente a quimioterapia de dentro da célula para fora.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Quimioterapia AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 147 Poliquimioterapia: É a associação de vários citotóxicos que atuam com diferentes mecanismos de ação, sinergicamente, com a finalidade de diminuir a dose de cada fármaco individual e aumentar a potência terapêutica de todas as substâncias juntas. Esta associação de quimioterápicos costuma ser definida segundo o tipo de fármacos que formam a associação, dose e tempo de administração, formando um esquema de quimioterapia. Quimioterapia adjuvante: É a quimioterapia que se administra geralmente depois de um tratamento principal, como por exemplo, a cirurgia, para diminuir a incidência de disseminação a distância do câncer. Quimioterapia neoadjuvante ou de indução: É a quimioterapia que se inicia antes de qualquer tratamento cirúrgico ou de radioterapia, com a finalidade de avaliar a efetividade in vivo do tratamento. A quimioterapia neoadjuvante diminui o estado tumoral, podendo melhorar os resultados da cirurgia e da radioterapia e, em alguns casos, a resposta obtida para chegar à cirurgia, é fator prognóstico. Radioquimioterapia concomitante: Também chamada quimioradioterapia, costuma ser administrada em conjunto com a radioterapia, com a finalidade de potencializar os efeitos da radiação ou de atuar especificamente com ela, otimizando o efeito local da radiação. Exemplos: Um antimetabólito é uma substância com estrutura similar ao metabólito necessário para reações bioquímicas normais. O antimetabólito compete com o metabólito e portanto inibe a função normal da célula, incluindo a divisão celular. Podem ser de três tipos: Metotrexato,Trimetoprim e Pirimetamina. Mercaptopurina, Tioguanina, Fludarabina, Pentostatina e Cladribina. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 148 Gencitabina, Floxuridina e Citarabina Alcalóides da Vinca são agentes antimitóticos e sob os microtúbulos. Eles são produzidos sinteticamente e usados como drogas na terapia do câncer e como drogas imunosupressivas. São eles a Vimblastina, Vincristina, Vindesina e Vinorelbina. Efeitos Colaterais: O tratamento quimioterápico pode deteriorar fisicamente os pacientes com câncer. Alguns pacientes podem apresentar alguns destes efeitos colaterais ou até nenhum deles. Os efeitos colaterais dependem do agente quimioterápico e os mais importantes são: Alopécia ou queda de cabelo: É o efeito colateral mais visível devido à mudança da imagem corporal e que mais afecta psicologicamente aos enfermos, sobretudo as mulheres. Entretanto isto depende da quantidade e intensidade da dose e não ocorre em todos os casos. Depois de 4 a 6 semanas o cabelo volta a crescer. Náuseas e vômito: Podem ser aliviados com antieméticos, ou melhor, com antagonistas dos receptores tipo 3 da serotonina. Alguns estudos e grupos de pacientes manifestam que o uso da maconha, droga produzida a partir da planta Cannabis sativa, durante a quimioterapia reduz de forma importante as náuseas e os vômitos e que aumenta o apetite. Diarreia Candidíase oral Prisão de ventre ou obstipação ou constipação intestinal Anemia: Devido à destruição da medula óssea, que diminui o número de glóbulos vermelhos ao igual que a inmunodepressão e hemorragia. Infecções: Devido a diminuição do número de leucócitos, responsáveis pela defesa contra microrganismos. Hemorragia: Devido a diminuição do número de plaquetas pela destruição da medula óssea. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 149 Tumores secundários Cardiotoxicidade: A quimioterapia aumenta o risco de enfermidades cardiovasculares (exemplo: adriamicina). Hepatotoxicidade Nefrotoxicidade Síndrome da lise tumoral: Ocorre com a destruição pela quimioterapia das células malignas de grandes tumores como os linfomas. Este grave efeito colateral pode ser prevenido no início do tratamento com diversas medidas terapêuticas. Observações: Lembramos que o termo quimioterapia também se refere a tratamentos com medicamentos como corticóides (pulsoterapia) para patologias como LES (Lupus Eritematoso Sistêmico) e Artrite reumatóide por exemplo.Portanto não é um termo restrito ao tratamento medicamentoso para as neoplasias, ou seja quimioterapia antineoplásica. Notas: A poliquimioterapia é de eficácia comprovada e tem como objetivos atingir populações celulares em diferentes fases do ciclo celular, utilizar a ação sinérgica das drogas, diminuir o desenvolvimento de resistência às drogas e promover maior resposta por dose administrada. A quimioterapia pode ser utilizada em combinação com a cirurgia e a radioterapia. De acordo com as suas finalidades, a quimioterapia é classificada em: Curativa - quando é usada com o objetivo de se conseguir o controle completo do tumor, como nos casos de doença de Hodgkin, carcinomas de testículo, coriocarcinoma gestacional e outros tumores. Adjuvante - quando se segue à cirurgia curativa, tendo o objetivo de esterilizar células residuais locais ou circulantes, diminuindo a incidência de AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 150 metástases à distância. Exemplo: quimioterapia adjuvante aplicada em caso de câncer de mama operado em estádio II. Neoadjuvante ou prévia - quando indicada para se obter a redução parcial do tumor, visando permitir uma complementação terapêutica com a cirurgia e/ou radioterapia. Exemplo: quimioterapia pré-operatória aplicada em caso de sarcomas de partes moles e ósseos. Paliativa - não tem finalidade curativa. Usada com a finalidade de melhorar a qualidade da sobrevida do paciente. É o caso da quimioterapia indicada para carcinoma indiferenciado de células pequenas do pulmão. Atualmente, tem sido utilizado em um grande número de doenças oncológicas, medicamentos que atuam especificamente nas células-alvotumorais, em associação com quimioterápicos. São utilizados em cânceres que expressão determinada proteínas ou marcadores e que podem se beneficiar deste tipo de tratamento. São conhecidos como medicamentos biológicos ou anticorpos monoclonais. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Quimioterapia Radioterapia: “Equipamentos de Quilovoltagem São tubos convencionais de raios X. A voltagem aplicada entre os eletrodos é no máximo de 250 kV. Por essa razão, esses equipamentos são usados principalmente no tratamento de tumores superficiais (lesões malignas da pele), devido à maior parte da energia do feixe ser depositada a apenas alguns milímetros de profundidade. Equipamentos de Megavoltagem Nessa classe situam-se os aceleradores de partículas como aceleradores lineares e bétatrons. A terapia de tumores nos órgãos mais profundos, como pulmão, bexiga, próstata, útero, laringe, esôfago, etc., usam-se radiações de energias mais elevadas para que se consigam poupar os tecidos sãos mais superficiais.” AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 151 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Quimioterapia Braquiterapia “Tipos: É possível definir vários tipos de braquiterapia, segundo a colocação das fontes de radiação na área de tratamento, a taxa ou ‘intensidade’ da dose de radiação fornecida ao tumor e a duração do fornecimento da dose. Taxas: A taxa de dose em braquiterapia refere-se ao nível ou ‘intensidade’ com que a radiação é fornecida ao meio circundante, e é expressa em Grays por hora Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Quimioterapia A braquiterapia de baixa taxa de dose (LDR, low-dose rate) implica a implantação de fontes de radiação que emitam a uma taxa de até 2 Gy.hr-1. A braquiterapia de baixa taxa de dose é habitualmente utilizada para cancros da cavidade oral, orofaringe, sarcomas, e cancro da próstata. A braquiterapia com taxa de dose média (MDR, medium-dose rate) é caracterizada por uma taxa média de fornecimento da dose, entre os 2 Gy.hr-1 e os 12 Gy.hr-1.2 A braquiterapia de alta taxa de dose (HDR, high-dose rate) ocorre quando a taxa de fornecimento da dose excede os 12 Gy.hr-1. As aplicações mais comuns da braquiterapia de alta taxa de dose são em tumores do colo do útero, esôfago, pulmões, mama e próstata. A maior parte dos tratamentos de alta taxa de dose são efetuados em regime de ambulatório, mas isso depende do local do tratamento. A braquiterapia pulsada (PDR, pulsed-dose rate) envolve curtos pulsos de radiação, normalmente uma vez por hora, para estimular a eficácia e taxa geral do tratamento com alta taxa de dose. Os tumores mais comumente tratados com braquiterapia pulsada são do foro ginecológico, e cancros de cabeça e pescoço. A braquiterapia temporária implica a colocação de fontes de radiação por um período definido (normalmente um determinado número de minutos AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 152 ou horas) antes de serem retiradas. A duração específica do tratamento depende de muitos fatores diferentes, incluindo a taxa de fornecimento de dose necessária e o tipo, tamanho e localização do cancro. Na braquiterapia pulsada e de baixa taxa de dose, a fonte permanece no lugar, normalmente, até 24 horas antes de ser retirada, enquanto na braquiterapia de alta taxa de dose este tempo é de apenas alguns minutos. A braquiterapia permanente, também conhecida por implantação de sementes, implica a colocação de pequenos blocos ou sementes radioativos (aproximadamente do tamanho de um grão de arroz) de baixa taxa de dose no local do tumor ou de tratamento, que são deixados permanentemente nesse local e se vão decompondo gradualmente. Durante um período de semanas ou meses o nível de radiação emitido pelas fontes reduz até quase zero. As sementes inativas permanecem então no local de tratamento sem efeitos duradouros. A braquiterapia permanente é mais frequentemente utilizada no tratamento do cancro da próstata. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Braquiterapia Vantagens, desvantagens e aplicações Após compreendermos as definições, vamos entender melhor cada processo. Nessa parte da aula vamos analisar quais são as vantagens e as desvantagens de cada um dos tratamentos. Acompanhe: Quimioterapia “Muitas das drogas quimioterápicas trabalham prejudicando a mitose celular (veja também divisão celular), efetivamente, afetando as células de crescimento rápido. Como estas drogas causam danos celulares, elas são chamadas de citotóxicas ou citostáticas. Algumas destas drogas levam a célula à apoptose (também chamada de morte celular programada). Isto significa que outras células de divisão rápida como aquelas responsáveis pelo crescimento do cabelo e substituição do epitélio da parede do intestino são também afetadas. Entretanto, algumas drogas têm efeitos colaterais menores que AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 153 outras, possibilitando ao médico ajustar o tratamento, trazendo vantagens aos pacientes.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Quimioterapia “Vantagens: A cirurgia maior normalmente pode ser evitada utilizando se a radioterapia, que pode curar o câncer de próstata no seu estágio inicial, e pode ajudar a prolongar a vida no seu estágio mais avançado. Raramente causa perda do controle urinário e outros efeitos colaterais. Desvantagens: Uma série de efeitos colaterais, e a maioria desses efeitos desaparecem com a interrupção do tratamento. Esses efeitos incluem: cansaço, reações cutâneas nas áreas tratadas, micção frequente e dolorosa, irritação estomacal, diarréia e irritação, ou sangramento retal.” Fonte: http://www.oncoguia.org.br/site/print.php?cat=&id=27&menu= Radioterapia É um tratamento de radioterapia em que o paciente recebe a radiação de uma fonte externa. Ou seja, a radiação que atinge o tumor é emitida por um aparelho fora do corpo do paciente. Nesse tipo de tratamento a radiação também atinge todas as estruturas (tecidos e órgãos) que estiverem no trajeto do feixe de radiação até o tumor. Nesse caso a fonte radioativa é colocada a uma distancia que varia de 80 cm no caso das antigas máquinas de cobalto a 1m da região a ser tratada como acontece nos aceleradores lineares. Os equipamentos utilizados na radioterapia externa podem ser quilovoltagem, de megavoltagem e de teleisotopoterapia. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Radioterapia Vantagens:Procedimento indolor requer menos visita ao hospital ou consultório médico do que outros tratamentos. Novos compostos radioativos injetáveis, com aqueles contendo estrôncio radioativos, podem proporcionar alívio da dor causada pelo câncer. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 154 Desvantagens: Dor, queimação, diarreia, incontinência urinária, podem causar leucocitose e plaquetopenia.” Fonte: http://www.oncoguia.org.br/site/print.php?cat=&id=27&menu= Braquiterapia É uma forma de radioterapia em que se coloca uma fonte de radiação dentro de, ou junto à área que necessita de tratamento. A braquiterapia é utilizada normalmente como tratamento eficaz contra o cancro (câncer) do colo do útero, da próstata, da mama e da pele, podendo também ser utilizada no tratamento de tumores em diversas outras áreas do corpo. A braquiterapia pode ser utilizada independentemente ou em combinação com outras terapêuticas, como a cirurgia, Radioterapia de Raios Externos (EBRT, External Beam Radiotherapy) e Quimioterapia. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Braquiterapia Vantagens: Procedimento indolor requer menos visita ao hospital ou consultório médicodo que outros tratamentos. Novos compostos radioativos injetáveis, com aqueles contendo estrôncio radioativos, podem proporcionar alívio da dor causada pelo câncer. Desvantagens: Dor, queimação, diarreia, incontinência urinária, podem causar leucocitose e plaquetopenia.” Fonte: http://www.oncoguia.org.br/site/print.php?cat=&id=27&menu= Principais materiais e medicamentos Acompanhe agora os matérias usados nos procedimentos estudados. Primeiro vamos ver os materiais usados no tratamento de quimioterapia intravenosa. Cateter central de inserção periférica (PICC) – inserido em uma veia periférica, sendo que a ponte ficará localizada em uma veia central (veia cava superior) à beira do leito. Ambulatoriamente, requer anestesia local em algumas situações especificas do paciente. Necessita de técnica asséptica, é AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 155 inserido por enfermeiros qualificados e tem permanência longa, desde que livre de infecções e pérvio. Cateter semi-implantado – cateter inserido em uma veia profunda (subclávia), necessita de técnica asséptica e anestesia local e inserido por profissional médico cirurgião. Pode permanecer enquanto durar a terapia medicamentosa, desde que livre de infecção e esteja pérvio. Hickman ou Broviac – cateter descartável de silicone ou poliuretano, de uso único, inserido cirurgicamente e localizado no acesso venoso central direto, subclávia ou jugular com a ponta localizada na entrada do átrio direito, sob anestesia local ou geral, de acordo com a condição clínica do paciente. Portanto, a inserção do cateter é feita pelo médico, com alocação de sala cirúrgica e demais taxas. Port-a-Cath Ainda falando sobre materiais usados no tratamento de quimioterapia intravenosa, acompanhe o Port-a-Cath: Cateter totalmente implantado (Port-a-Cath) – cateter inserido cirurgicamente que ficará implantado no tecido subcutâneo (Port) e cuja ponta permanece em uma veia central (subclávia). O porte é acessado por uma agulha de Huber (agulha descartável), própria para esse procedimento. O Port-a-Cath é um tipo de cateter com um dispositivo de acesso venoso central totalmente implantado, inserido cirurgicamente por baixo da pele, portanto é realizado pelo médico e são cobrados honorários referentes a esse procedimento, além do cateter, que é descartável. É formado por dois componentes: o reservatório (que parece um tamborzinho) e o cateter propriamente dito (geralmente feito silicone). AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 156 O Port-a-Cath oferece acesso prático e seguro a uma veia, possibilitando a infusão de quimioterapia, soro, antibióticos, nutrientes, e transfusão de sangue e derivados. A sua utilização possibilita fazer tudo o que é feito em uma veia comum, porém, com mais segurança para o paciente. Essa segurança é devido à irritação que o quimioterápico pode causar na veia do paciente, assim como evitar as múltiplas punções venosas nesse tipo de paciente. É inserido por médico cirurgião em ambiente cirúrgico e mediante técnica asséptica. Pode permanecer no paciente até o término do tratamento, desde que livre de infecção e pérvio. Radioterapia e branquiterapia Acompanhe as imagens que representam os equipamentos de megavoltagem e quilovoltagem usados no procedimento de radioterapia: AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 157 Locais onde pode ser aplicada a braquiterapia Auditoria na oncologia – desafios: 1 - Medicamentos de alto custo; 2 - Tratamentos experimentais; 3 - Longo tratamento; 4 - Regulamentação das coberturas contratuais; 5 - Efetivação de pacotes. Vantagens: custo fixo e melhor previsão. Desvantagens: engessamento de condutas e tipo de tratamento. Critérios: “O procedimento de quimioterapia deverá ser realizado, preferencialmente, a nível ambulatorialutilizando os pacotes previstos. A solicitação do oncologista ou do hematologista deverá ser feita com antecedência em formulário próprio, para programação de início de tratamento contendo preenchimento de todos os campos e o número de ciclos a serem realizados. Caso ocorra mudança de tratamento ou nova programação, a solicitação deverá ser enviada para avaliação.” Acesse o link http://www.ipsemg.mg.gov.br/ipsemg/ecp/files.do?evento=download&urlArqPlc =manual_de_normas_para_auditoria_e_faturamento_de_contas_- _atualizacao_marco_2014.pdf para saber mais sobre normas para auditoria e faturamento de contas ambulatoriais e hospitalares - ipsemg. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 158 Itens adicionais aos processos quimioterápicos “Os itens abaixo estão inclusos geralmente no valor do pacote: • Antieméticos (antidopaminérgicos, bromoprida, antihistamínicos, corticoides e inibidores do receptor HT3 - antisserotoninérgicos) • Corticoides • Analgésicos • Anti-inflamatórios • Diuréticos • Antagonistas dos receptores H2 • Antibióticos e antifúngicos de finalidade profilática Avaliar a autorização de tratamento experimental, bem como, os tratamentos, medicamentos, aplicações e exames de diagnóstico e seguimento ou controle que não estejam consagrados como padrão ouro e listados nos protocolos eleitos como guias. Avaliar a remuneração de medicação importada sem registro nacional. Os quimioterápicos deverão ser solicitados e cobrados como genéricos e, somente se não houver o genérico, poderão ser solicitados e cobrados sob o nome comercial. Serão pagos como suplementares ao pacote, de acordo com protocolo e relação de medicamentos disponibilizada em tabela de convênios.” Atenção Os materiais descartáveis para administração de quimioterápicos intravenosos são compostos de materiais utilizados normalmente em qualquer infusão intravenosa, ou seja, equipes de soros, seringas, agulhas, luvas de procedimento, máscaras, aluguel de bombas de infusão, bolas de algodão etc. “O procedimento de quimioterapia deverá ser realizado, preferencialmente, a nível ambulatorial utilizando os pacotes AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 159 previstos na Tabela do convênio. A solicitação do oncologista ou do hematologista deverá ser feita com antecedência em formulário próprio, e-mail e digitalizada, para programação de início de tratamento contendo preenchimento de todos os campos e o número de ciclos a serem realizados. Caso ocorra mudança de tratamento ou nova programação, a solicitação deverá ser enviada para avaliação. A aplicação deverá aguardar autorização para o tratamento proposto.” Atividade proposta Conceituando auditoria oncológica: A incidência do câncer aumentará muito nas próximas décadas em decorrência do envelhecimento da população graças às melhorias na alimentação, higiene e combate às doenças infecciosas e agudas, de modo geral. A prevalência também aumentará muito devido à melhoria no tratamento da doença. Após ler a afirmativa acima, comente sobre sua veracidade e descreva se as características estão de acordo com o conteúdo visto na aula. Chave de resposta: A demanda por serviços de cuidado ao paciente canceroso aumentará muito nas próximas décadas, até mesmo devido ao grande aumento da classe média (fruto do desenvolvimento do país), o que ocasionará uma maior pressão por serviços de melhor qualidade e transparência. Material complementar Para saber mais sobre quimioterapia e radioterapia, leia o texto disponível em nossa biblioteca virtual. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS160 Referências AZEVEDO, Maria Cândida. Noções gerais de Quimioterapia: Oncologia. Porto, 1989, p. 5-14. BONASSA, Edva. Enfermagem em quimioterapia. Atheneu Ed., 1998. CASEIRO, Ana. Agentes antineoplásicos. Cadernos de Oncologia 1, Lisboa, Novartis Farma, 1997. MURAD, André Marcio; KATZ, Artur. Oncologia: bases clinicas do tratamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. Exercícios de fixação Questão 1 Ao ser solicitada a autorização de quimioterapia para determinado paciente, o auditor avalia o seguinte item prioritariamente: a) Que tipo de patologia o paciente possui. b) Qual a estimativa de tempo para uso da medicação. c) Quais os nomes das medicações a serem administradas. d) Checar a autorização dada pela operadora de saúde. e) Agendamento de visita técnica. Questão 2 Definição de quimioterapia: a) Tratamento medicamentoso para vários tipos de câncer. b) Tratamento medicamentoso para neoplasias e algumas doenças autoimunes. c) Tratamento à base de medicamentos intravenosos restritamente. d) Tratamento, de modo geral, à base de medicamentos. e) Tratamento coadjuvante para câncer na sua fase inicial. Questão 3 A radioterapia é um tipo de tratamento para as neoplasia considerado como: a) Invasivo e agressivo b) Local e indolor AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 161 c) Local e agressivo d) Invasivo e sem efeitos colaterais e) Paliativo e focal Questão 4 O auditor, ao receber a fatura do tratamento de braquiterapia do seu cliente, priorizou avaliar o(s) seguinte(s) item(ns): a) A autorização prévia dada pelo convênio. b) Tipos de cateter utilizados. c) Descrição da patologia pelo médico assistente. d) As respostas A e C estão corretas. e) As respostas A e B estão corretas. Questão 5 O auditor, na avaliação da conta referente ao atendimento ambulatorial para o cliente que realizou sessões de quimioterapia antineoplásica, percebeu a cobrança de medicamentos como anti-heméticos e quantidade maior de soros. Essa cobrança se deu devido a: a) Excesso de cobrança por imprudência. b) Provável equivoco de contas de pacientes. c) Uso devido aos efeitos colaterais da quimioterapia. d) Toda quimioterapia precisa desses medicamentos. e) Cobrança coerente de acordo com o quadro patológico. Questão 6 As vantagens para a utilização da radioterapia incluem: a) Menos efeitos colaterais e menor custo. b) Ser um tratamento menos invasivo e possuir menos efeitos colaterais. c) Ser um tratamento mais invasivo e eficaz. d) As resposta A e B estão corretas. e) Apenas a resposta B está correta. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 162 Questão 7 Vantagens: Procedimento indolor, requer menos visitas ao hospital ou consultório médico do que outros tratamentos. Novos compostos radioativos injetáveis, como aqueles contendo estrôncio radioativo, podem proporcionar alívio da dor causada pelo câncer. Desvantagens: Dor, queimação, diarreia, incontinência urinária, possíveis leucocitose e plaquetopenia. São itens relacionados ao tratamento de: a) Quimioterapia e radioterapia b) Braquiterapia c) Radioterapia e braquiterapia d) Quimioterapia e) Radioterapia Questão 8 Na sua avaliação, por que é considerado relevante o conhecimento pelo auditor dos tipos de tratamento antineoplásico disponíveis para o cliente? a) Para facilitar a avalição da conta hospitalar. b) Para garantir uma auditoria justa e com poucas glosas. c) Para assegurar tratamento adequado e otimização dos custos. d) Para disponibilizar ao cliente o tratamento de acordo com seus direitos. e) Para ter autonomia na avalição das contas hospitalares. Questão 9 Os tipos de quimioterapia antineoplásica incluem: a) Quimioterapia retrograda b) Quimioterapia de indução c) Pulsoterapia d) Quilovoltagem e) Quimiobraquiterapia Questão 10 AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 163 Ao avaliar a conta hospitalar com cuidado, observa-se que dados no prontuário do paciente incluem as anotações realizadas pela equipe de enfermagem sobre os procedimentos realizados. Esse fato diminui a possibilidade de glosas porque: a) As anotações de enfermagem fazem parte dos documentos comprobatórios de gastos e uso de materiais e medicamentos. b) As anotações de enfermagem são registros de relevância para o paciente. c) As anotações de enfermagem servem de documentos comprobatórios da patologia do paciente. d) As resposta A e B estão corretas. e) As resposta C e A estão corretas. Questão 11 Foi apresentado na fatura hospitalar o seguinte item para tratamento de sessões de quimioterapia intravenosa: cateter central de inserção periférica 5 F (01 unidade). Para que o auditor autorize o pagamento quais os itens devem estar disponíveis no prontuário para sua avaliação? a) A nota fiscal do material e a descrição da inserção pelo profissional responsável com assinatura e registro. b) A nota fiscal e a autorização pelos familiares e paciente. c) A prescrição da colocação do cateter carimbada pelo médico. d) A embalagem do material com o seu código de barras e a prescrição do médico solicitante. e) A autorização dada pelo convênio e a prescrição assinada pelo oncologista. Questão 12 Os cateteres semi-implantados são materiais de uso único e precisam estar descritos quanto ao uso para cobrança e autorização do pagamento desse tipo de material. Na ocasião em que não esteja disponível para a auditoria a AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 164 descrição de tal uso, mas sendo realizada a cobrança, a conduta correta do auditor é: a) Procurar o faturista para que ele cheque a veracidade da cobrança. b) Glosa a cobrança e justifica a ausência de descrições específicas. c) Glosa o produto e permite que cobrem produto similar. d) Discute com o médico assistente sobre o efetivo uso e espera nova conta. e) Releva tal erro, pois sabe que todo paciente que faz uso desse tipo de tratamento necessita desse material. Questão 13 De acordo com a preservação e as boas práticas em auditoria, assinale a alternativa correta: a) As anotações nos prontuários são de extrema relevância para a prática de auditoria de contas hospitalares. b) As auditorias de contas hospitalares não requerem as anotações nos prontuários. c) É de extrema importância analisar as anotações nos prontuários médicos, mas elas não interferem nas auditorias hospitalares. d) As auditorias de contas hospitalares não são realizadas. e) As anotações nos prontuários são analisadas apenas pelo paciente. Questão 14 Cateter semi-implantados e cateteres totalmente implantados diferenciam-se ou equivalem-se nos seguintes itens: a) O primeiro é implantado à beira do leito e o outro em procedimento cirúrgico. b) Ambos são implantados por técnica asséptica e são mantidos por curta permanência. c) O primeiro tem sua extremidade exteriorizada e o segundo é inserido por enfermeiros qualificados. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 165 d) Ambos são materiais de alto custo e são implantados por técnica cirúrgica. e) O primeiro é acionado através da agulha de Huber e o segundo é inserido por procedimento cirúrgico. Questão 15 “É utilizada normalmente como tratamento eficaz contra o cancro (câncer) do colo do útero, da próstata, da mama e da pele, radioterapia de raios externos (EBRT, external beam radiotherapy).” Esse é um tratamento antineoplásico definido com: a) Radioterapia b) Pulsoterapia c) Quimioterapia d) Braquiterapiae) Corticoidoterapia Aula 7 Exercícios de fixação Questão 1 - A Justificativa: De acordo com a patologia do paciente o auditor saberá que tipo de tratamento quimioterápico será ministrado. Questão 2 - B Justificativa: A quimioterapia pode ser para o tratamento do câncer, quimioterapia antineoplásica, ou para doenças autoimunes, como LES, chamado de pulso terapia. Questão 3 - B Justificativa: A radiação que atinge o tumor é emitida por um aparelho fora do corpo do paciente. Nesse tipo de tratamento, a radiação também atinge todas AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 166 as estruturas (tecidos e órgãos) que estiverem no trajeto do feixe de radiação até o tumor. Questão 4 - D Justificativa: A autorização dada pelo convênio de acordo com a descrição clínica feita pelo médico oncologista assistente é item prioritário para autorização e prevenção da glosa. Questão 5 - C Justificativa: Um dos possíveis efeitos colaterais da quimioterapia antineoplásica são as náuseas e vômitos, assim como a necessidade de hidratação, daí a necessidade de infusão de soros. Questão 6 - E Justificativa: A radioterapia, por tratar de maneira local, tem menos efeitos colaterais em relação à quimioterapia. Questão 7 - B Justificativa: Braquiterapia, por definição, é um dos tratamentos menos doloridos e invasivos e, consequentemente, com menos respostas colaterais. Questão 8 - C Justificativa: O valor de informações e conhecimentos que o auditor possui otimiza e corrobora com a auditoria ética. Questão 9 - B Justificativa: A quimioterapia neoadjuvante ou de indução diminui o estado tumoral, podendo melhorar os resultados da cirurgia e da radioterapia. E, em alguns casos, a resposta obtida para chegar à cirurgia é fator prognóstico. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 167 Questão 10 - A Justificativa: O material prontuário e o envolvimento da equipe de saúde multiprofissional na elaboração e análise da conta hospitalar minimizam erros visando à qualidade. Questão 11 - A Justificativa: A nota fiscal e a descrição da inserção do material pelo profissional responsável (enfermeiro ou médico) são itens essenciais para a checagem da utilização pelo paciente. Questão 12 - B Justificativa: As faturas hospitalares devem ser apresentadas ao auditor completas quanto às informações relevantes para a correta análise. Questão 13 - A Justificativa: Anotações, protocolos descritos e certificados com seus declarantes identificados por meio de assinatura e carimbo são de muita importância, pois favorecem a documentação comprobatória dos efetivos consumos de materiais, medicamentos e equipamentos destinados ao uso do cliente durante o período de estadia na UTI neonatal. Questão 14 - D Justificativa: Cateteres semi-implantado e totalmente implantados podem ser inseridos por técnica cirúrgica respeitando-se as técnicas assépticas. Questão 15 - D Justificativa: Radiação aplicada externamente ou internamente, de forma local, com melhores resultados no câncer de colo de útero, mama e pele, podendo ser aplicável também em outros tipos de tumores. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 168 Introdução Nesta aula, serão apresentados os procedimentos em hemoterapia e os tipos de diálise. Objetivo: 1. Estudar a hemoterapia – bancos de sangue e definições; 2. Estudar a hemodiálise – indicações e métodos; 3. Estudar a diálise – indicações e materiais. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 169 Conteúdo O sangue “O sangue é um tecido vivo que circula ininterruptamente pelas nossas artérias e veias, levando oxigênio e nutrientes a todos os órgãos do corpo e trazendo o gás carbônico. É composto por plasma, plaquetas e leucócitos. No plasma sanguíneo, podem ou não existir dois tipos de anticorpos, denominados de aglutininas. Um indivíduo que possui hemácias do tipo A produzirá aglutininas anti-B. Um indivíduo com hemácias do tipo B produzirá aglutininas anti-A. Um indivíduo com hemácias AB não produzirá nenhuma aglutinina, pois apresentam os dois tipos de aglutinogênios. Já o indivíduo com hemácias do tipo O produz aglutininas anti-A e anti-B, pois não apresenta aglutinogênios. Devido a estas características imunitárias, é que as tentativas aleatórias iniciais de transfusões sanguíneas resultaram em muitos fracassos.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Transfus%C3%A3o_de_sangue > Somente da combinação entre o sistema ABO e do fator Rh poderemos encontrar os chamados doadores universais (O negativo) e receptores universais (AB positivo). Hemoterapia O que é a hemoterapia? “É o emprego terapêutico do sangue, que pode ser transfundidos com seus componentes (hemocomponentes) e derivados (hemoderivados). Os componentes sanguíneos (hemocomponentes) são obtidos através de processos físicos e são eles: concentrado de hemácias, plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas e crioprecipitado. Já os derivados sanguíneos (hemoderivados) são fabricados através da industrialização do AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 170 plasma e são eles: albumina, imunoglobulinas e fatores da coagulação (Fator VII, Fator VIII, Fator IX, além dos complexos protombínicos).” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemoterapia Os principais hemocomponentes utilizados na terapia transfusional são: concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, plasma fresco congelado e crioprecipitado. Não se deve usar plasma normal (sem os fatores de coagulação) para a transfusão, ficando seu uso restrito à indústria. Os hemoderivados mais usados são: albumina, imunoglobina, preparados hemofílicos (fator VIII e fator IX).” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemoterapia Transfusão de sangue A transfusão de sangue “é o ato de transferir um sangue ou hemocomponentes deste (plasma sanguíneo, plaquetas, hemácias e leucócitos de um doador para o sistema circulatório de um receptor). Para o sucesso do procedimento, é necessário haver uma compatibilização entre os agentes. É um tipo de terapia que tem se mostrado muito eficaz em situações de choque, hemorragias ou doenças sanguíneas. Frequentemente usa-se transfusão em intervenções cirúrgicas, traumatismos, hemorragias digestivas ou em outros casos em que tenha havido grande perda de sangue”. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Transfus%C3%A3o_de_sangue Bancos de sangue “A coleta de sangue para doação consiste na retirada de cerca de 450ml. de sangue, através do uso de material descartável, de uso único e estéril. O tempo de permanência do doador no Banco de Sangue, incluindo coleta e triagem, é de aproximadamente 12 minutos. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 171 No Brasil, o Ministério da Saúde exige a realização de alguns procedimentos específicos antes e depois da doação, a fim de prevenir complicações para o doador e contaminação para o receptor durante o período de janela imunológica de doenças. Antes da doação, o candidato irá passar por uma entrevista de triagem clínica, na qual podem ser detectadas algumas condições adicionais que possam impedir a doação. Após cada doação serão realizados os seguintes exames no sangue coletado: • Tipagem sanguínea ABO e Rh; • Pesquisa de anticorpos eritrocitários irregulares (PAI); • Teste de Coombs Directo; • fenotipagem do Sistema Rh (D,C,E.c,e), fenotipagem de outrossistemas; • Testes sorológicos para: Hepatite B, Hepatite C, Doença de Chagas, Sífilis, HIV (AIDS), HTLV I/II.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Doa%C3%A7%C3%A3o_de_sangue Os bancos de sangue humano podem ser públicos ou privados. Sabemos que o sangue doado não é comercializado em nenhuma hipótese, mesmo na rede privada. Portanto, no que se refere ao SUS, o paciente receberá o sangue pelo HEMOCENTRO da cidade, e, no caso de bancos de sangue privados, o paciente ou o convênio pagará as despesas que se referem à hemostransfusão. “Lei nº 9.434, de 1997, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento (Lei dos transplantes), atualizados até a Lei nº 11.633, de 2007; e da Lei nº 10.205, de 2001, que regulamenta o § 4º do art. 199 da Constituição Federal, relativo à coleta, processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue, seus componentes e derivados (Lei do sangue ou Lei Betinho). Inclui a legislação correlata.” Fonte: http://www2.camara.leg.br/documentos-e- pesquisa/publicacoes/edicoes/paginas-individuais-dos-livros/legislacao- brasileira-sobre-doacao-de-orgaos-humanos-e-de-sangue AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 172 Hemoderivados “Hemoderivados são medicamentos que têm o plasma humano como matéria- prima e são produzidos pelo fracionamento industrial do plasma. Os principais hemoderivados são os Fatores VIII e IX da coagulação, a Albumina e as Imunoglobulinas, acrescidos do concentrado de Fator de Von Willebrand e Protrombínicos (Fatores II, VII, Complexo IX e X da Coagulação), incluídos da lista de medicamentos básicos pela Organização Mundial de Saúde. Fator VIII Proteína do sistema de coagulação sanguínea. Seu concentrado é utilizado no tratamento de pessoas com hemofilia A, doença genética cujos portadores não produzem esse fator; Fator IX Proteína do sistema de coagulação deficiente em portadores de hemofilia tipo B. • Albumina - proteína de origem plasmática usada em cirurgias de grande porte, cirurgias cardíacas, pacientes com cirrose, insuficiência renal, com infecção generalizada, em tratamento de queimados, entre outras indicações; • Imunoglobulina – proteína produzida por leucócitos que tem a função de anticorpos, agindo com mecanismo de defesa do organismo contra e agressões externas. É o hemoderivado de maior consumo no mundo, usado para o tratamento de pessoas com AIDS e outras deficiências imunológicas, doenças autoimunes e infecciosas; • Fator de Von Willebrand - proteína de coagulação usada no tratamento da doença de von Willebrand, uma anomalia congênita que predispõe os pacientes a terem hemorragias ao longo da vida; AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 173 • Complexo Protrombínico - conjunto de proteínas que atua na coagulação sanguínea. É indicado para o tratamento de pacientes que sofrem de cirrose hepática e em pessoas que utilizam medicamentos anticoagulantes.” Fonte: < href="http://www.hemobras.gov.br/site/downloads/PAINT-2012.pdf Atenção “Neste contexto, considerando principalmente a importância estratégica e os vultosos gastos despendidos pelo País na busca do atingimento da soberania nacional, o Congresso Nacional, por intermédio da Lei nº 10.972, de 02/12/2004, autorizou o Poder Executivo a criar a empresa pública, sob a forma de sociedade limitada, denominada Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia – Hemobrás, vinculada ao Ministério da Saúde, tendo por função social garantir aos pacientes do Sistema Único de Saúde o fornecimento de medicamentos hemoderivados ou produzidos por biotecnologia.” Fonte: http://www.hemobras.gov.br/site/downloads/PAINT- 2012.pdf Hemodiálise “Aproximadamente dois milhões de pessoas em todo o mundo submetem-se regularmente à hemodiálise como resultado da falência renal. Através deste método, a que está subjacente a criação de uma fístula arteriovenosa no braço do paciente (que faz a ligação entre a artéria e a veia), é realizada a limpeza do sangue, fora do corpo.” Fonte: http://www.portaldadialise.com/articles/nova-tecnica-que-reduz- complicacoes-da-hemodialise-a-caminho “A hemodiálise é um tratamento que consiste na remoção do líquido e substâncias tóxicas do sangue como se fosse um rim artificial. É o processo de AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 174 filtragem e depuração de substâncias indesejáveis do sangue como a creatinina e a ureia. A hemodiálise é uma terapia de substituição renal realizada em pacientes portadores de insuficiência renal crônica ou aguda, já que nesses casos o organismo não consegue eliminar tais substâncias devido à falência dos mecanismos excretores renais.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemodi%C3%A1lise A hemodiálise, o sangue é obtido por um acesso vascular, unindo uma veia e uma artéria superficial do braço (cateter venoso central ou fístula artério- venosa) e impulsionada por uma bomba até o filtro de diálise, também conhecido como dialisador. No dialisador, o sangue é exposto à solução de diálise (também conhecida como dialisado) através de uma membrana semipermeável, permitindo assim, as trocas de substâncias entre o sangue e o dialisado. Após ser retirado do paciente e filtrado pelo dialisador, o sangue é então devolvido ao paciente pelo acesso vascular. As máquinas de hemodiálise possuem vários sensores que tornam o procedimento seguro e eficaz. Os principais dispositivos presentes nas máquinas de diálise são: monitor de pressão, temperatura, condutividade do dialisado, volume de ultra filtração, detector de ar, etc. Uma sessão convencional de hemodiálise tem, em média, a duração de 4 horas e frequência de três vezes por semana. Entretanto, de acordo com as necessidades de cada paciente, a sessão de hemodiálise pode durar três horas e meia ou até mesmo cinco horas, e a frequência pode variar de duas vezes por semana até hemodiálise diária em casos selecionados. A anticoagulação deve ser feita para evitar a coagulação do sangue no circuito de diálise. Pode-se usar heparina não fracionada ou de baixo peso molecular, com infusão em bolus ou mesmo de maneira contínua. A diálise sem heparina deve ser usada sempre em pacientes com alto risco para sangramento. Para isso utiliza-se alto fluxo de sangue e lavagem do circuito com soro fisiológico a AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 175 cada 30 minutos. Os fatores que favorecem a coagulação do sistema são: baixo fluxo de sangue, hematócrito alto, cateter endovenoso, alta taxa de ultra filtração e transfusões intradialíticas. O paciente não recebe anticoagulação quando a pressão arterial diastólica estiver acima de 110 mmHg., exemplo: 190x120mmHg; uma vez que tal situação aumenta o risco para a ocorrência de um acidente vascular encefálico hemorrágico. Conceituando: Hemodiálise: a solução de diálise passa pelo filtro, ocorrendo trocas de solutos com o sangue por difusão, ultra filtração e convecção. Nesse processo, a quantidade de líquido removida é de 3 a 6 litros, levando de três a cinco horas em terapia convencional. Hemofiltração: não se usa a solução de diálise, ocorrendo somente a ultra filtração e convecção. Nesse caso, é utilizado dialisador de alto fluxo, ou seja, bastante permeável à água. Sendo assim, o volume de líquido retirado do paciente é de 30 a 50 litros por dia. Por esse motivo é infundida uma solução de reposição a fim de compensar a variação de volume. Hemodiafiltração: é a combinação da hemodiálise e hemofiltração. Usa-se soluçãode diálise e filtro de alto fluxo permitindo uma ultra filtração de 30 a 50 litros por dia, com a necessidade de se utilizar solução de reposição. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemodi%C3%A1lise Tipos de hemodiálise Conheça as características dos tipos de hemodiálise. Hemodiálise convencional I) Características: • Uso de filtros (dialisadores) de baixa permeabilidade/fluxo, celulósicos ou sintéticos. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 176 II) Equipamento: • Monitor – bomba de sangue, detector de ar no circuito de sangue, detector de hemoglobina na solução dialisante, monitorização das pressões "venosa" e "arterial", monitorização da condutividade e da temperatura da solução dialisante, clampagem automática das linhas de sangue se detectadas situações anómalas no circuito de sangue. E passagem automática a by pass do dialisante em situações anómalas deste circuito. Desejáveis controle e programação da ultrafiltração e dialisante com bicarbonato. • Dialisador – membrana celulósica ou sintética de baixo fluxo/baixa permeabilidade • Linhas de circuito extracorporal – adequadas ao monitor e à técnica utilizada. • Solução dialisante – solução composta a partir de soluções concentradas. Na hemodiálise com dialisante com bicarbonato.” Fonte: http://www.spnefro.pt/congressos_e_eventos/PDFs/Simposio_rim_e_hipertensa o_arterial_capitulo_A_proposto.pdf Equipamento: Monitor – bomba de sangue, detector de ar no circuito sanguíneo, detector de hemoglobina no circuito de ultrafiltrado, monitorização das pressões "venosa" e "arterial", clampagem automática das linhas de sangue se detectadas situações anómalas no circuito de sangue e suspensão automática da ultra filtração em situações anómalas do circuito de ultrafiltrado. O controlo e a programação da ultra filtração são obrigatórios. Obrigatório módulo de hemofiltração com controlo automático da ultra filtração e da reposição de volume. Dialisador –Linhas de circuito extra corporal – adequadas ao monitor e à técnica utilizada. Solução dialisante – ausente nesta técnica. Solução de reposição de volume ultrafiltrado – infusão de líquido de reposição comercial ou produzido on line pelo monitor de diálise. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 177 Neste último caso, o monitor deve dispor de ultrafiltro(s) que garanta(m) a esterilidade e a apirogenicidade da solução. I) Características: Filtros (dialisadores) de alta permeabilidade/alto fluxo; Monitores com dialisante de bicarbonato em pó seco e com ultrafiltração controlada programável; Infusão de líquido de reposição comercial ou produzido on line pelo monitor de diálise, que, nestas circunstâncias, deve dispor de um duplo ultra-filtro para garantir a qualidade bacteriológica da solução de dialisante e do fluido de substituição; Volume de reposição ≥ 50 ml/min. Equipamento: Monitor – bomba de sangue, detector de ar no circuito sanguíneo, detector de hemoglobina na solução dialisante, monitorização das pressões "venosa" e "arterial", monitorização da conductividade e da temperatura da solução dialisante, dialisante com bicarbonato e de débito programável, clampagem automática das linhas de sangue se detectadas situações anómalas no circuito de sangue e passagem automática a by pass do dialisante em situações anómalas deste circuito. O controle e a programação da ultrafiltração são obrigatórios. É(são) também obrigatório(s) ultrafiltro(s) para a a solução dialisante que garanta(m) as suas esterilidade e apirogenicidade. Obrigatório módulo de hemofiltração com controlo automático da ultrafiltração e da reposição de volume. Dialisador – de alto fluxo/alta permeabilidade. Linhas de circuito extracorporal – adequadas ao monitor e à técnica utilizada. Solução dialisante – solução composta a partir de duas soluções concentradas uma acídica e outra de bicarbonato. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 178 Solução de reposição de volume ultrafiltrado – infusão de líquido de reposição comercial ou produzido on line pelo monitor de diálise. Neste último caso, o monitor deve dispor de ultrafiltro(s) que garanta(m) a esterilidade e a apirogenicidade da solução. Sala de Hemodiálise Fonte: http://www.portaldaenfermagem.com.br/plantao_read.asp?id=4112. Esquema de Hemodiálise Fonte: WWW.medicinanet.com.br Linhas de filtro de Hemodiálise Fonte: http://ghostmed.com.br/produtos.asp?cod_categoria=0&cod_fornecedor Fistula artério-venosa para hemodiálise Fonte: http://www.cirvascular.com/cirurgia-vascular/outros2/fistulas- arteriovenosas-para-hemodialise/ Fonte: http://www.spnefro.pt/co ngressos_e_eventos/PDFs/Simposio_rim_e_hipertensao_arterial_capitulo_A_pro posto.pdf Hemodiálise de alta eficácia a) Características: • Uso de filtros (dialisadores) de baixa permeabilidade/fluxo, mas de alta eficiência; • Monitores com dialisante com bicarbonato; Débitos de sangue efetivos > 300ml/min; • Débitos de dialisante > 500ml/min. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 179 b) Equipamento: • Monitor – bomba de sangue, detector de ar no circuito de sangue, detector de hemoglobina na solução dialisante, monitorização das pressões "venosa" e "arterial", monitorização da condutividade e da temperatura da solução dialisante, clampagem automática das linhas de sangue se detectadas situações anómalas no circuito de sangue e passagem automática a by pass do dialisante em situações anómalas deste circuito. Desejáveis controle e programação da ultrafiltração e obrigatório o dialisante com bicarbonato. • Dialisador – membrana celulósica ou sintética de baixo fluxo/baixa permeabilidade. • Linhas de circuito extracorporal – adequadas ao monitor e à técnica utilizada. • Solução dialisante – solução composta a partir de duas soluções concentradas - uma acídica e outra de bicarbonato.” Fonte: http://www.spnefro.pt/congressos_e_eventos/PDFs/Simposio_rim_e_hipertensa o_arterial_capitulo_A_proposto.pdf Hemodiálise de alto fluxo a) Características: • Filtros (dialisadores) de alta permeabilidade/alto fluxo; Monitores com dialisante com bicarbonato, preferencialmente em pó seco, e com ultrafiltração controlada programável. b) Equipamento: • Monitor – bomba de sangue, detector de ar no circuito sanguíneo, detector de hemoglobina na solução dialisante, monitorização das pressões "venosa" e "arterial", monitorização da condutividade e da temperatura da solução dialisante, dialisante com bicarbonato e de débito programável, clampagem automática das linhas de sangue se detectadas situações anómalas no circuito de sangue e passagem automática a by pass do dialisante em situações anómalas deste circuito. O controlo e a programação da ultrafiltração AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 180 sãoobrigatórios. É(são) também obrigatório(s) ultrafiltro(s) para a solução dialisante que garanta(m) as suas esterilidade e apirogenicidade. • Dialisador – Linhas do circuito extracorporal – adequadas ao monitor e à técnica utilizada. • Solução dialisante – solução geralmente composta pelo monitor a partir de duas soluções concentradas - uma acídica e outra de bicarbonato.” Fonte: http://www.spnefro.pt/congressos_e_eventos/PDFs/Simposio_rim_e_hipertensa o_arterial_capitulo_A_proposto.pdf Hemofiltração a) Características: • Filtros de alta permeabilidade/alto fluxo; • Ausência de líquido dialisante; • Monitores com ultra filtração controlada programável; • Infusão de líquido de reposiçãocomercial ou produzido on line pelo monitor de diálise, que, nestas circunstâncias, deve dispor de um duplo ultra-filtro para garantir a qualidade bacteriológica da solução de dialisante e do fluido de substituição; Volume de reposição ≥ 48 litros (L) por sessão ou, pelo menos, igual ao dobro do volume de água corporal. Fonte: http://www.spnefro.pt/congressos_e_eventos/PDFs/Simposio_rim_e_hipertensa o_arterial_capitulo_A_proposto.pdf Materiais para punção da FAV “A punção da fistula é um procedimento relativamente simples, geralmente realizado pelo enfermeiro, porém requer habilidade manual e o profissional deve ser capacitado para compreender o funcionamento do acesso, suas complicações e seu diagnostico precoce. A localização será o membro superior não dominante ao nível da artéria e da veia radial, quando esta localização não for possível deve optar-se pela artéria cubital, umeral ou uma veia próxima. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 181 Durante a sessão de hemodiálise duas agulhas são inseridas no paciente. Uma agulha que estará devidamente conectada a um equipo de sangue arterial que permitirá a saída do sangue e entrada no dialisador capilar, retornando depois de filtrado pelo equipo de sangue venoso, conectado a agulha venosa e esta, ao paciente.” Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABn2wAF/fistula-arteriovenosa Diálise peritoneal “É uma opção de tratamento através do qual o processo ocorre dentro do corpo do paciente, com auxílio de um filtro natural como substituto da função renal. Esse filtro é denominado peritônio. É uma membrana porosa e semipermeável, que reveste os principais órgãos abdominais. O espaço entre esses órgãos é a cavidade peritoneal. Um líquido de diálise é colocado na cavidade e drenado, através de um cateter (tubo flexível biocompatível). O cateter é permanente e indolor, implantado por meio de uma pequena cirurgia no abdômen. A solução de diálise é infundida e permanece por um determinado tempo na cavidade peritoneal, e depois drenada. A solução entra em contato com o sangue e isso permite que as substâncias que estão acumuladas no sangue como ureia, creatinina e potássio sejam removidas, bem como o excesso de líquido que não está sendo eliminado pelo rim.” Fonte: http://www.trabalhosgratuitos.com/Outras/Dialise-E- Hemodialise/554418.html “A diálise peritoneal está indicada para pacientes que apresentam quadros de insuficiência renal aguda ou crônica. A indicação de iniciar esse tratamento é feita pelo nefrologista, que avalia o seu organismo através de: • Consulta médica, investigando os seus sintomas e examinando o seu corpo; • Dosagem de ureia e creatinina no sangue; • Dosagem de potássio no sangue; • Dosagem de ácidos no sangue; AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 182 • Quantidade de urina produzida durante um dia e uma noite (urina de 24 horas); • Cálculo da porcentagem de funcionamento dos rins (clearance de creatinina e ureia); • Avaliação de anemia (hemograma, dosagem de ferro, saturação de ferro e ferritina).” Fonte: http://www.trabalhosgratuitos.com/Outras/Dialise-E- Hemodialise/554418.html Demais características da diálise Vejamos as características da diálise frente a hemodiálise e os tipos de técnicas utilizadas: Diálise x hemodiálise “Os resultados dos tratamentos por diálise peritoneal e hemodiálise são iguais. Cada um deles tem as suas vantagens e desvantagens. A escolha entre hemodiálise e diálise peritoneal depende das condições clínicas e da escolha do próprio paciente.” Fonte: http://www.trabalhosgratuitos.com/Outras/Dialise-E- Hemodialise/554418.html “É possível que durante algum tempo o paciente faça diálise peritoneal e depois passe para a hemodiálise. Ou até mesmo ao contrário, faça um tempo hemodiálise e depois passe para diálise peritoneal. Estas opções são sempre decididas em conjunto, entre o médico nefrologista e o paciente. Após tomar conhecimento do procedimento, o paciente juntamente com seu nefrologista e familiares estarão aptos a tomar uma decisão que seja a melhor possível para determinada situação.” Fonte: http://www.sbn.org.br/publico/dialise-peritoneal AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 183 Realização da diálise “Para isso é necessário que seja implantado um cateter de diálise peritoneal no abdome do paciente, próximo ao umbigo. Este cateter é implantado através de uma cirurgia pequena, em geral, com anestesia local, podendo receber alta no mesmo dia. Este cateter, ou acesso peritoneal, deve ser colocado alguns dias ou semanas antes da primeira diálise. Esse cateter é flexível, pouco incomoda e fica instalado por tempo indefinido. A diálise permite realizar tratamento em domicílio. A principal vantagem desse método é que após um período de treinamento o paciente pode realizá-lo em casa, de maneira independente. Um familiar do paciente também recebe treinamento para ajudar o paciente quando for necessário.” Fonte: http://www.sbn.org.br/publico/dialise-peritoneal Modalidades Diálise Peritoneal Automatizada (DPA) “a) DPCC (diálise peritoneal contínua cíclica) – são efetuadas várias trocas contínuas num período de sete a onze horas, mantendo no intervalo de repouso solução dialisante na cavidade peritoneal, b) DPCC de alta dose – em doentes de grande massa corporal e (ou) sem função renal residual é necessária uma ou mais trocas para além do referido no parágrafo anterior e que podem, também, ser feitas pela cicladora. c) DPIA (diálise peritoneal intermitente automatizada) – são efetuadas várias trocas contínuas num período de sete a onze horas e durante o intervalo de repouso o doente permanece com a cavidade peritoneal sem solução dialisante. d) DPI (diálise peritoneal intermitente) – o doente efetua duas a três sessões semanais de 20 L – 40 L de trocas.” Fonte: http://www.sbn.org.br/publico/dialise-peritoneal Diálise Peritoneal Manual: AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 184 Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC): realizada diariamente e de forma manual pelo paciente e/ou familiar. Geralmente 4 trocas ao dia (manhã, almoço, tarde, noite), sendo que o tempo de troca leva aproximadamente 30 minutos. No período entre as trocas, o paciente fica livre das bolsas. Fonte: http://www.manualmerck.net/images/p_628.gif O cateter é permanente e indolor, implantado por meio de uma pequena cirurgia no abdômen. A solução de diálise é infundida e permanece por um determinado tempo na cavidade peritoneal, e depois drenada. A solução entra em contato com o sangue e isso permite que as substâncias que estão acumuladas no sangue como ureia, creatinina e potássio sejam removidas, bem como o excesso de líquido que não está sendo eliminado pelo rim. Fonte: http://www.latinoamerica.baxter.com/brasil/pacientes/doencas/dialise- peritoneal.html#2 AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 185 Essa diálise permite realizar tratamento em domicílio. A principal vantagem desse método é que após um período de treinamento o paciente pode realizá-lo em casa, de maneira independente. Um familiar do paciente também recebe treinamento para ajudar o paciente quando for necessário. Fonte: http://cartilhapacienterenal.cursoseconcursosnosite.com.br/?p=2130 Fonte: http://www.clinicarenaldemanaus.com.br/CAPD.html Fonte: http://www.trabalhosgratuitos.com/Outras/Dialise-E- Hemodialise/554418.html Equipamentos A técnica da Diálise Peritoneal Automatizada (DPA) “é executada, também,a partir de sistemas de uso único esterilizado que incluem saco da AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 186 solução dialisante, sistema de transferência com conector ao cateter, tampa e saco para drenagem do efluente peritoneal. No entanto, as trocas são executadas automaticamente por uma máquina cicladora a que se adaptam os sistemas de transferência. As funções da cicladora são: • Drenar e infundir solução dialisante segundo volumes e ritmos programáveis; • Alarmar, mediante dispositivos apropriados, em casos de infusão ou drenagem lenta ou incompleta e com sistema de bloqueio de infusão em caso de drenagem incompleta; • Aquecer a solução dialisante; • Quantificar e registar os balanços hídricos”. Fonte: http://www.sbn.org.br/publico/dialise-peritoneal Atividade proposta Os pacientes que fazem hemodiálise necessitam de uma veia calibrosa com alto fluxo para servir de acesso de modo a “puxar” o sangue para a máquina de hemodiálise e “devolver” o sangue filtrado. Entretanto, esse tipo de vaso sanguíneo não existe normalmente no nosso organismo. Por isso, esse vaso é criado artificialmente por meio de uma pequena cirurgia, confeccionando-se uma fístula arteriovenosa (FAV). Essa cirurgia consiste, pois, na criação de uma comunicação entre uma veia e uma artéria (que normalmente não existe) geralmente no nível do punho ou próximo da dobra do cotovelo. Trata-se de um procedimento relativamente seguro que pode ser realizado com anestesia local e sedação (na maioria das vezes), e o paciente pode receber alta no mesmo dia. Chave de resposta: São necessários habilidade cirúrgica e precisão, pois se trata de procedimento bastante delicado no qual se trabalha com estruturas de pequeno calibre e fios de sutura bastante finos. Quando as estruturas são muito finas, o procedimento é realizado com auxílio de lupas cirúrgicas. Após a confecção da FAV, é necessário aguardar de 6 a 8 semanas para que ela esteja AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 187 pronta para uso. Portanto, quem deve decidir o momento certo para a confecção da FAV é o nefrologista (médico especialista em doenças dos rins). Referências ANVISA. Nota técnica nº 006/2009-GGTES/ANVISA. Disponível em: http://www.sbn.org.br/pdf/portarias/NotaTecnica006-2009-GGTES-ANVISA.pdf. Acesso em: 13 fev. 2015. BRASIL. Plano anual de atividades de auditoria interna – exercício de 2012. Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: http://www.hemobras.gov.br/site/downloads/PAINT-2012.pdf. Acesso em: 13 fev. 2015. Exercícios de fixação Questão 1 Os bancos de sangue podem ser públicos ou privados; sabendo disso, o auditor esperará constar na fatura hospitalar a cobrança de: a) Honorários de hematologistas, biólogos e biomédicos. b) Taxa de hemostransfusão. c) Transporte e estocagem do sangue. d) Bolsas de sangue descartáveis. e) Exames de sangue como bioquímica, tipagem etc. Questão 2 Alguns exames estão diretamente relacionados à hemotransfusão tais como: a) Hemograma e coagulograma. b) Fenotipagem e anti HTLV I. c) Coombs direto e bilirrubina. d) Beta HCG e anti HCV. e) Hepatograma e lipidograma. Questão 3 Os bancos de sangue são instituições: AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 188 a) Sem fins lucrativos b) 100 % privadas c) Públicas e Privadas d) ONGs e) Públicas Questão 4 O auditor de serviços de saúde deve conhecer alguns itens apresentados na conta referente aos serviços de hemoterapia (hemoderivados, por exemplo), pois eles são de alto custo e precisam estar justificados, bem como descritos o seu uso no prontuário do paciente. Indique um desses itens. a) Albumina b) Bilirrubina c) Haemacel d) Isocel e) Ringer lactado Questão 5 Para que o tratamento com hemostransfusão ou hemocomponentes seja pago devem ser providenciados os seguintes itens: a) Autorização prévia do convênio. b) Constatar e documentar doadores. c) Pedido médico e documentos comprobatórios de uso (nota fiscal, código de barras). d) Registro de enfermagem e prescrição médica. e) Comprovação clínica da real necessidade do paciente. Questão 6 Definido como: “não se usa a solução de diálise, ocorrendo somente a ultra filtração e convecção. Nesse caso, é utilizado dialisador de alto fluxo, ou seja, bastante permeável à água. Sendo assim, o volume de líquido retirado do AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 189 paciente é de 30 a 50 litros por dia. Por esse motivo é infundida uma solução de reposição a fim de compensar a variação de volume”: a) Hemodiálise b) DPA c) Hemofiltração d) Hemoafiltração e) Diálise Questão 7 A solução de diálise passa pelo filtro, ocorrendo trocas de solutos com o sangue por difusão, ultrafiltração e convecção. Nesse processo, a quantidade de líquido removida é de 3 a 6 litros, levando de três a cinco horas em terapia convencional. a) Hemodiafiltração b) Hemodiálise c) Hemofiltração d) Diálise e) Hemólise Questão 8 Na conta de clínica de hemodiálise foram cobrados do nosso cliente taxas de sala cirúrgica, honorário médico de cirurgia vascular, materiais de anestesia local e demais itens de procedimentos cirúrgicos. O auditor constatou que houve o relatório de confecção de fístula arteriovenosa, que sabemos ser: a) Procedimento clínico para tratamento de doentes renais. b) Meio pelo qual ocorrerá a realização das hemodiálises. c) Tratamento conservador para crônicos renais. d) Procedimento cirúrgico para pacientes com problemas vasculares em consequência da doença renal. e) Método para realização de diálise peritoneal. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 190 Questão 9 Itens que provavelmente estarão presentes na fatura de uma conta de paciente que realizou 8 sessões de hemofiltração: a) Aluguel de monitor (8), par de luvas estéreis (16), solução dialisante (8). b) Taxa de sala cirúrgica (1), aluguel de monitor (8), solução dialisante (16). c) Filtros de alto fluxo (8), par de luvas estéreis (16), aluguel de monitor (8). d) Taxa de sala (8), solução dialisante (8), aluguel de monitor (8). e) Aluguel de monitor (8), par de luvas de procedimento (16), filtros de alto fluxo (8). Questão 10 Os exames de sangue mais solicitados para os pacientes de doenças renais, no que se refere à bioquímica do sangue, são: a) Sódio e potássio b) Ureia e creatinina c) Magnésio e sódio d) Cloro e potássio e) Ureia e sódio Questão 11 Para o auditor realizar a análise das contas é necessário preencher determinados requisitos profissionais: a) Conhecimento técnico, empreendedorismo, esperteza. b) Ética, conhecimento específico, imparcialidade. c) Especialização, vontade de aprender. d) Ética, respeito aos acordos, honestidade. e) Ética, conhecimento específico e empreendedorismo. Questão 12 As diálises peritoneais podem ser de algumas maneiras, que são: AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 191 a) DPA – Diálise Peritoneal Ambulatorial. b) DPAC – Diálise Peritoneal Crônica. c) DPA – Diálise Peritoneal Ambulatorial. d) DPAC – Diálise Peritoneal Automatizada Contínua. e) DPI – Diálise Peritoneal Intermitente. Questão 13 Para a realização da diálise peritoneal são necessários os seguintes materiais: a) Cateter venoso central e dialisador. b) Bolsas de drenagem e balanças. c) Solução dialisante e cateter peritoneal. d) Cateter venoso central e aquecedor. e) Solução dialisante e filtros de alto fluxo. Questão 14 Para quehaja maior conforto ao paciente seria indicada e autorizada a DPAC? a) Não, pois é um procedimento invasivo que necessita de acompanhamento contínuo. b) Sim, pois as trocas são realizadas manualmente com orientação prévia e adequada. c) Sim, pois é um procedimento rotineiro que não necessita de maiores cuidados. d) Sim, pois o paciente renal crônico já é capaz de realizar autocuidados. e) Não, porque dentro da unidade hospitalar também é possível oferecer conforto com segurança. Questão 15 Quando apresentado ao auditor de saúde , conta hospitalar em que há cobranças de hemodiálises e diálises em dias diferentes , não concomitantes, o auditor avalia através da leitura do prontuário que: a) Houve erro de cobrança pois é realizado um ou outro tratamento. b) O auditor sabe que não pode autorizar os dois tipos de tratamento. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 192 c) O auditor conhece as duas técnicas e sabe que podem ser usadas em alternância. d) O auditor procura o médico assistente para devidos esclarecimentos. e) O auditor glosa pois isso é caracterizado negligência de apresentação da conta. Aula 8 Exercícios de fixação Questão 1 - B Justificativa: As taxas de hemotransfusão correspondem aos custos do banco de sangue. Questão 2 - B Justificativa: Exames prioritários para a pré-hemotransfusão que previnem riscos de incompatibilidade sanguínea. Questão 3 - C Justificativa: Os hemocentros podem ser públicos ou sobre gerência privada, mas todos são normatizados pelo MS e pela ANVISA. Questão 4 - A Justificativa: A albumina humana, assim como o plasma, o concentrado de plaquetas e as hemácias lavadas, é um derivado sanguíneo. Questão 5 - C Justificativa: Os registros sempre são elementos primordiais para cobranças e pagamentos efetivos. Questão 6 - C Justificativa: Não é realizada troca, mas a filtração do sangue (função renal). AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 193 Questão 7 - B Justificativa: Filtração do sangue com o uso de diálise através do filtro. Questão 8 - B Justificativa: A confecção de fístula arteriovenosa é a conexão de dois vasos para serem acessados através de agulhas próprias e a realização das sessões de hemodiálise. Questão 9 - C Justificativa: Na hemofiltração não há uso de solução dialisante, usam-se filtros para filtração sanguínea e luvas estéreis para acessar a fístula ou cateter. Questão 10 - B Justificativa: Para acompanhamento do tratamento e a sua efetivação as taxas de ureia e creatinina devem se manter em níveis séricos, comprovando a melhora da função excretora renal. Questão 11 - D Justificativa: O auditor deve preencher tais requisitos, pois são primordiais para auditoria segura, comprometida e correta – para ambas as partes. Questão 12 - C Justificativa: Diálise Peritoneal Automatizada (DPA) e Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC). Questão 13 - C Justificativa: São esses os principais materiais para a diálise peritoneal, pois não há utilização de filtros. Questão 14 - B Justificativa: Técnica que pode ser realizada em domicílio, desde que paciente, família e responsáveis sejam bem orientados pelo médico ou enfermeiro. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 194 Questão 15 - C Justificativa: A auditoria técnica qualifica a analise da conta , valorizando a prática com base no conhecimento prático e teórico do auditor. AUDITORIA DE GRANDES E PEQUENOS RISCOS 195 Maria Isabel Jesus da Silva possui Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal Fluminense. É Especialista em Enfermagem pediátrica e Neonatal, Enfermeira da Unidade de Internação Pediátrica Secretaria Municipal de Saúde – RJ, Docente Cursos de Atualização em Enfermagem do COREN – RJ, Docente da Universidade Estácio de Sá na Disciplina de Saúde da Criança e do Adolescente (EC III) e da Disciplina de História da Enfermagem e Educação em Enfermagem EAD. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/594009061936659