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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - CCJ0257
Caso Concreto 12
CASO CONCRETO:
Determinado indivíduo costumava utilizar-se da internet para a prática da pedofilia. Utilizando a sala de bate-papo, trocava com outro pedófilo, material pornográfico, envolvendo crianças e adolescentes. Descoberta a ação do pedófilo, este foi preso em flagrante. A conduta e prisão se deram na vigência da antiga redação do artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente: fotografar ou publicar cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena: reclusão de 1(um) a 4 (quatro) anos. A defesa do internauta sustentou que o cliente, ao trocar arquivos na internet, o fez em uma sala de bate-papo reservadíssima, com acesso restrito, e com apenas uma pessoa, o que não corresponderia ao verbo “publicar” exigido pelo tipo penal. OBS.: O caput (cabeça) do artigo 241 do ECA (Lei nº 8.069/90) possui hoje a seguinte redação: apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar, ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores, ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente: Pena: reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. Você, na qualidade de juiz da causa, utilizando-se da hermenêutica e interpretação das leis, como decidiria esta questão?
R: Na qualidade de juiz, eu decidiria utilizando a interpretação teleológica, que é a aquela que busca materializar a intenção da norma, o fim a que ela se destina. No caso em tela, a finalidade é proteger a criança e o adolescente e coibir a prática da pedofilia. Logo, para atingir esse objetivo normativo, considera-se que postar algo na internet é o mesmo que publicar, tutelando o interesse maior que é o de proteger a criança e o adolescente desse tipo de conduta criminosa.
QUESTÕES OBJETIVAS
1 - O método de interpretação das normas constitucionais segundo o qual se procura identificar a finalidade da norma, levando-se em consideração o seu fundamento racional, é o método
a) literal.
b) gramatical.
c) histórico.
d) sistemático.
e) teleológico.
2 - A respeito da Hermenêutica do Direito, analise as proposições:
I- Hermenêutica e Interpretação não se confundem, enquanto a hermenêutica é teórica e visa a estabelecer princípios, a interpretação é de cunho prático, aplicando os ensinamentos da hermenêutica.
II- Com a interpretação extensiva, o intérprete constata que o legislador não usou propriamente os termos e disse menos do que queria afirmar.
III- Na analogia juris, amplia-se a significação das palavras até fazê-las coincidir com o espírito da lei.
IV- Quanto ao resultado, diz-se ser a interpretação autêntica quando emana do próprio órgão competente para a edição do ato interpretado.
A alternativa que corretamente julga as assertivas é:
a) as proposições I, II, III e IV estão corretas.
b) as proposições I, II e III estão corretas.
c) as proposições I e II estão corretas.
d) as proposições III e IV estão corretas.

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