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IMPOSTOS FEDERAIS – ART. 153 CF 
 
ITR – Propriedade Territorial Rural 
 
Art. 153, VI CF; 29 a 31 CTN; Lei nº 9.393-96 e Decreto 4.382-02 
 
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL – ART. 153, VI 
 
Art. 1228 CCB – O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder 
de quem quer que injustamente a possua ou a detenha. 
 
Discussão sobre Localização ou Destinação do Imóvel 
 
O critério da localização prevalece, contudo segundo o STJ não é apenas o critério de localização que caracteriza 
ser um imóvel rural ou urbano, mas a sua destinação. 
 
Nos termos do art. 15 do DL 57-66 se um imóvel localizado dentro da zona urbana de um Município, mas tiver 
como destinação a exploração vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, incidirá o ITR. 
(Resp nº 1.112.646) 
 
Critério Temporal – 1º de janeiro de cada ano 
 
Critério Espacial – Território Nacional. 
 
Regulamentando inciso III do § 4º do art. 153 da CF, a Lei nº 11.250/05 permitiu que o ITR seja fiscalizado e co-
brado pelos Municípios que assim optarem, mediante formalização de Convênio firmado com a União através da 
SRF. Assim, ocorre a delegação da condição de sujeito ativo ao Município de situação do imóvel. 
 
Art.1
o
 A União, por intermédio da Secretaria da Receita Federal, para fins do disposto no inciso III do § 4
o
 do art. 
153 da Constituição Federal, poderá celebrar convênios com o Distrito Federal e os Municípios que assim opta-
rem, visando a delegar as atribuições de fiscalização, inclusive a de lançamento dos créditos tributários, e de co-
brança do Imposto sobre a Propriedade Territorial 
 
Rural, de que trata o inciso VI do art. 153 da Constituição Federal, sem prejuízo da competência supletiva da Se-
cretaria da Receita Federal. 
 
§ 1
o
 Para fins do disposto no caput deste artigo, deverá ser observada a legislação federal de regência do Imposto 
sobre a Propriedade Territorial Rural. 
§ 2
o
 A opção de que trata o caput deste artigo não poderá implicar redução do imposto ou qualquer outra forma de 
renúncia fiscal. 
 
Lei nº 9.393/96 - Art. 1º 
 
§ 3º O imóvel que pertencer a mais de um município deverá ser enquadrado no município onde fique a sede do 
imóvel e, se esta não existir, será enquadrado no município onde se localize a maior parte do imóvel. 
 
Sujeito Ativo: União 
 
Sujeito Passivo: Proprietário da Terra Rural 
 
Critério Quantitativo: Base de cálculo: Valor da terra nua. 
 
- Enseja a grandeza a tributação da grandeza dimensionada pela propriedade da terra nua 
 
Decreto nº 4.382/02 - Art. 32. O Valor da Terra Nua - VTN é o valor de mercado do imóvel, excluídos os valores de 
mercado relativos a: 
 
I - construções, instalações e benfeitorias; 
II - culturas permanentes e temporárias; 
 
 
 
 
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III - pastagens cultivadas e melhoradas; 
IV - florestas plantadas. 
 
§ 1º O VTN refletirá o preço de mercado de terras, apurado em 1º de janeiro do ano de ocorrência do fato gerador, 
e será considerado auto-avaliação da terra nua a preço de mercado. 
§ 2º Incluem-se no conceito de construções, instalações e benfeitorias, os prédios, depósitos, galpões, casas de 
trabalhadores, estábulos, currais, mangueiras, aviários, pocilgas e outras instalações para abrigo ou tratamento de 
animais, terreiros e similares para secagem de produtos agrícolas, eletricidade rural, colocação de água subterrâ-
nea, abastecimento ou distribuição de águas, barragens, represas, tanques, cercas e, ainda, as benfeitorias não 
relacionadas com a atividade rural. 
 
Alíquotas: Art. 11 da Lei nº 9.393-96. 
 
- O grau de utilização é a relação percentual entre a área efetivamente utilizada pela atividade rural e a área apro-
veitável do imóvel, constituindo-se critério, juntamente com a área total do imóvel rural, para a determinação das 
alíquotas do ITR 
 
Características: 
 
 Fiscal, mas nos termos do art. 153, 4º, I da CF extrafiscal. 
 Direto 
 Real 
 Progressivo 
 
Imunidade: Art. 153, § 4º, II 
 
Não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua 
outro imóvel. 
 
Art. 2º Nos termos do art. 153, § 4º, in fine, da Constituição, o imposto não incide sobre pequenas glebas rurais, 
quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel. 
 
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com área igual ou inferior a : 
 
I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e 
sul-mato-grossense 
II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental; 
III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município. 
Isenções: Lei nº 9.393/96 
 
Art. 3º São isentos do imposto: 
 
I - o imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, caracterizado pelas autoridades compe-
tentes como assentamento, que, cumulativamente, atenda aos seguintes requisitos: 
 
a) seja explorado por associação ou cooperativa de produção; 
b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites estabelecidos no artigo anterior; 
c) o assentado não possua outro imóvel. 
 
II - o conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, cuja área total observe os limites fixados no parágrafo 
único do artigo anterior, desde que, cumulativamente, o proprietário: 
 
a) o explore só ou com sua família, admitida ajuda eventual de terceiros; 
b) não possua imóvel urbano. 
 
Art. 10. A apuração e o pagamento do ITR serão efetuados pelo contribuinte, independentemente de prévio pro-
cedimento da administração tributária, nos prazos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal, 
sujeitando-se a homologação posterior. 
 
§ 1º Para os efeitos de apuração do ITR, considerar-se-á: 
 
 
 
 
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I - VTN, o valor do imóvel, excluídos os valores relativos a: 
 
a) construções, instalações e benfeitorias; 
b) culturas permanentes e temporárias; 
c) pastagens cultivadas e melhoradas; 
d) florestas plantadas; 
 
II - área tributável, a área total do imóvel, menos as áreas: 
a) de preservação permanente e de reserva legal, previstas na Lei n
o
 12.651, de 25 de maio de 2012; (Redação 
dada pela Lei nº 12.844, de 2013) (Vide art. 25 da Lei nº 12.844, de 2013) 
 
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. SUBMISSÃO À REGRA PREVISTA NO 
ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 03/STJ. SUPOSTA OFENSA AO ART. 535 DO CPC. INEXISTÊNCIA DE 
VÍCIO NO ACÓRDÃO RECORRIDO. 
 
TRIBUTÁRIO. ITR. ISENÇÃO. NECESSIDADE DE AVERBAÇÃO DA ÁREA DA RESERVA LEGAL NO RE-
GISTRO DE IMÓVEIS. ALEGADA AFRONTA AO ART. 149 DO CTN. EXISTÊNCIA DE FUNDAMENTO AU-
TÔNOMO NÃO IMPUGNADO DE MODO ADEQUADO NAS RAZÕES RECURSAIS. 
 
FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ÓBICES DAS SÚMULAS 283 E 284 DO STF, RESPECTIVAMENTE. 
 
1. Não havendo no acórdão recorrido omissão, obscuridade ou contradição, não fica caracterizada ofensa ao 
art. 535 do CPC/73. 
2. É inadmissível o recurso especial quando o acórdão recorrido assenta em mais de um fundamento suficien-
te e o recurso não abrange todos eles, bem como quando deficiente a fundamentação recursal (Súmula 283 e 
284 do STF, por analogia). 
3. Conforme orientação desta Corte, a averbação da área de reserva legal no respectivo registro imobiliário é 
imprescindível para a fruição da isenção relativa ao ITR prevista no art. 10, § 1º, II, "a", da Lei 9.393/96. 
4 . Agravo interno não provido. 
(AgInt no REsp 1613826/PB, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
14/03/2017, DJe 17/03/2017) 
 
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. ITR. ISENÇÃO. ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL (ADA). APRESENTA-ÇÃO. DESNECESSIDADE. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. SÚMULA 284/STF. 
 
1. Quanto à necessidade de apresentação do Ato Declaratório Ambiental ADA para o reconhecimento do direito à 
isenção do ITR, o acórdão a quo está em consonância com a jurisprudência do STJ, a qual considera prescindível 
a apresentação do ADA para que se reconheça o direito à isenção do ITR, mormente quando essa exigência es-
tava prevista apenas em instrução normativa da Receita Federal (IN nº 67/97). 
2. A recorrente, ao abordar a questão da violação dos arts. 16, § 8o, e 44-A, § 2º, da Lei 4771/65, limitou-se a 
colacionar uma ementa de um julgado desta Corte Superior, sem, contudo, tecer qualquer consideração para de-
fender a tese proposta. 
3. A insurgência na forma exposta no Apelo Nobre não possui elementos suficientes para infirmar as razões cola-
cionadas no acórdão recorrido. Aplica-se, na espécie, por analogia o óbice da Súmula 284/STF: "É inadmissível o 
recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da contro-
vérsia". 
4. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido. 
(REsp 1647980/PB, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 14/03/2017, DJe 
20/04/2017) 
 
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. MANDADO 
DE SEGURANÇA. INEXIGIBILIDADE DO ITR DE IMÓVEL RURAL INVADIDO POR SEM TERRAS. 
AUSÊNCIA DE FATO GERADOR. AGRAVO REGIMENTAL DA FAZENDA NACIONAL DESPROVIDO. 
 
1. Consoante já decidiu esta Corte, se o proprietário não detém o domínio ou a posse do imóvel, invadido 
pelos Sem Terra, a sua titularidade, tão-somente, não configura fato gerador do ITR (REsp. 
963.499/PR, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, DJe 14.12.2009; e REsp. 
1.144.982/PR, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe 15.10.2009). 
2. Decisão proferida em conformidade com o parecer ministerial que se mantém. 
3. Agravo Regimental da FAZENDA NACIONAL desprovido. 
 
 
 
 
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(AgRg no REsp 1346328/PR, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
15/12/2016, DJe 06/02/2017) 
 
IMPOSTO SOBRE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA – IR, Art.153, III CF, Arts. 43 a 45 do 
CTN, Decreto nº 3.000-99 
 
Critério Material: Nos termos do art. 43 do CTN o fato gerador do IR é a da econômica aquisição disponibilidade 
ou jurídica: (i) de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; (ii) de 
proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso I do 
art. 43 do CTN 
 
(...) A incidência do imposto de renda pressupõe acréscimo patrimonial. Nesse caso, qualquer pagamento que 
possua caráter indenizatório ficará resguardado da incidência da exação, posto que a indenização representa 
reposição do patrimônio, e não acréscimo patrimonial.(...)(AgRg no Resp nº 1239613, Rel. Min. Humberto Martins, 
DJ 26-04-2011). 
 
 não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais. Súmula 498:
São isentas de imposto de renda as indenizações de férias proporcionais e o respectivo adi-Súmula nº 386 STJ - 
cional. 
A indenização recebida pela adesão a programa de incentivo à demissão voluntária não está Súmula nº 215 STJ - 
sujeita à incidência do imposto de renda. 
O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço não está sujeito ao IR. Súmula 136 STJ: 
O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está sujeito a incidência do Súmula 125 STJ: 
IR. 
- Incide imposto de renda sobre os valores percebidos a título de indenização por horas extra-Súmula nº 463 STJ 
ordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo. 
 
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. JUROS 
DE MORA DEVIDOS PELO PAGAMENTO EXTEMPORÂNEO DE PARCELAS VENCIMENTAIS DECOR-
RENTES DO EXERCÍCIO DE CARGO PÚBLICO. INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA. PRECEDENTES DO 
STJ. 
 
1. De acordo com a jurisprudência uniformizada no REsp. 1.089.720-RS e no REsp. 1.227.133 - RS, incide im-
posto de renda sobre juros de mora, conforme o art. 16, parágrafo único, da Lei 4.506/64: "Serão também classi-
ficados como rendimentos de trabalho assalariado os juros de mora e quaisquer outras indenizações pelo 
atraso no pagamento das remunerações previstas neste artigo". Primeira exceção: não incide imposto de 
renda sobre os juros de mora decorrentes de verbas trabalhistas pagas no contexto de despedida ou rescisão 
do contrato de trabalho, consoante o art. 6º, V, da Lei 7.713/88. 
Segunda exceção: são isentos do imposto de renda os juros de mora incidentes sobre verba principal isenta ou 
fora do campo de incidência do IR, conforme a regra do accessorium sequitur suum principale. 
2. No caso, em que se trata de juros de mora devidos pelo pagamento extemporâneo de verbas remuneratórias 
não isentas, quais sejam, parcelas vencimentais por exercício de cargo público, incide imposto de renda sobre 
tais juros. 
3. Agravo Interno não provido. 
(AgInt no AREsp 903.579/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 22/09/2016, 
DJe 11/10/2016) 
 
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. TERCEIROS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL. 
DEPÓSITO JUDICIAL SUSPENSIVO DE EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO. JUROS SELIC. NATUREZA REMUNE-
RATÓRIA. INCIDÊNCIA DO IRPJ E DA CSLL. 
 
1. Os embargos de declaração, conforme dispõe o art. 535, I e II, do CPC, destinam-se a suprir omissão, afastar 
obscuridade ou eliminar contradição existente no julgado, o que não ocorre na hipótese em apreço. 
2. A questão omitida se resolve pelo voto condutor do julgado, pois se decidido que o incremento de capital decor-
rente da incidência de juros SELIC sobre os depósitos judiciais constitui, na letra da lei, hipótese de incidência do 
imposto de renda, perfazendo remuneração do capital depositado, por óbvio que se afastou o pretendido caráter 
indenizatório dos juros aplicados. 
3. A Primeira Seção deste Superior Tribunal de Justiça, na assentada do dia 22/5/2013, concluiu o julgamento dos 
REsp 1.138.695/SC, sob a sistemática do art. 543-C do CPC, sedimentando o entendimento de que os juros inci-
 
 
 
 
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dentes sobre os depósitos judiciais possuem natureza remuneratória, pelo que ficam sujeitos à tributação pelo 
IRPJ e pela CSLL. 
4. Embargos de declaração rejeitados. 
(EDcl nos EDcl nos EDcl no REsp 1086875/PR, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
04/04/2017, DJe 11/04/2017) 
 
Critério Temporal: 
 
IRPF: 31 de dezembro de cada ano calendário 
IRPJ: Tem-se período de apuração trimestral e anual. No trimestral considera-se ocorrido o fato gerador no final 
de cada trimestre e no anual no dia 31 de dezembro. 
 
Critério Espacial: 
 
O IR caracteriza-se pela extraterritorialidade, ou seja, por alcançar fatos geradores ocorridos não apenas no terri-
tório nacional como fora dele. 
 
§ 1
o
 A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição 
jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 
§ 2
o
 Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento 
em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. 
 
 Critério Pessoal:
 
Sujeito Ativo: União 
 
Sujeito Passivo: As pessoas físicas domiciliadas no Brasil, nos termos do art. 1º da Lei nº 7.713/88 (Art. 2º, do 
Decreto nº 3.000/99) 
Pessoas Jurídicas – Art. 146 do RIR 
 
 Critério Quantitativo:
 
Base de Cálculo: 
 
Art. 44 CTN: A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos pro-
ventos tributáveis.Art. 3º Lei nº 7.713/88 estabelece como base de cálculo da Pessoa Física, o seu rendimento bruto. 
 
A pessoa jurídica submete-se ao IR calculado com base no lucro real ou presumido, podendo, ainda, vir a ser 
tributada com base no lucro arbitrado. 
 
Art. 13. A pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 
78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multi-
plicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando 
inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido. (Redação 
dada pela Lei nº 12.814, de 2013) (Vigência) 
 
Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: 
 
I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões 
de reais) ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; (Redação dada 
pela Lei nº 12.814, de 2013) (Vigência) 
II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas 
econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades 
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores 
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de 
capitalização e entidades de previdência privada aberta; 
III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; 
 
 
 
 
 
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IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do 
imposto; 
V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma 
do art. 2° da Lei n° 9.430, de 1996; 
VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercado-
lógica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos cre-
ditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). 
VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegó-
cio.(Incluído pela Lei nº 12.249, de 2010) 
Lei nº 9.249/95 - 
 
Art. 15. A base de cálculo do imposto, em cada mês, será determinada mediante a aplicação do percentual de 8% 
(oito por cento) sobre a receita bruta auferida mensalmente, observado o disposto no art. 12 do Decreto-Lei 
n
o
1.598, de 26 de dezembro de 1977, 
deduzida das devoluções, vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos, sem prejuízo do dis-
posto nos arts. 30, 32, 34 e 35 da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de 1995. (Redação dada pela Lei nº 12.973, 
de 2014) (Vigência) 
 
§ 1º Nas seguintes atividades, o percentual de que trata este artigo será de: 
 
I - um inteiro e seis décimos por cento, para a atividade de revenda, para consumo, de combustível derivado de 
petróleo, álcool etílico carburante e gás natural; 
II - dezesseis por cento: 
 
a) para a atividade de prestação de serviços de transporte, exceto o de carga, para o qual se aplicará o percentual 
previsto no caput deste artigo; 
b) para as pessoas jurídicas a que se refere o inciso III do art. 36 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, obser-
vado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 29 da referida Lei; 
 
III - trinta e dois por cento, para as atividades de: (Vide Medida Provisória nº 232, de 2004) 
 
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, patologia 
clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, des-
de que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas 
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa; 
 
(...) 
 
Art. 530. O imposto, devido trimestralmente, no decorrer do ano-calendário, será determinado com base nos crité-
rios do lucro arbitrado, quando (Lei nº 8.981, de 1995, art. 47, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º): 
 
I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis co-
merciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal; 
II - a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, 
erros ou deficiências que a tornem imprestável para: 
 
a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou 
b) determinar o lucro real; 
 
III - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e 
fiscal, ou o Livro Caixa, na hipótese do parágrafo único do art. 527; 
IV - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido; 
V - o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro da sua ativi-
dade separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no exterior (art. 398); 
VI - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou 
fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário 
 
Alíquotas: 
 
Pessoa Física: Lei nº 11.482/07 
 
 
 
 
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Lei nº 9.250/95 _ Ganho de Capital 
 
Art. 22. Fica isento do imposto de renda o ganho de capital auferido na alienação de bens e direitos de pequeno 
valor, cujo preço unitário de alienação, no mês em que esta se realizar, seja igual ou inferior a: (Redação dada 
pela Lei nº 11.196, de 2005) 
 
I - R$ 20.000,00 (vinte mil reais), no caso de alienação de ações negociadas no mercado de balcão; (Incluído pela 
Lei nº 11.196, de 2005) 
 
II - R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) 
 
Parágrafo único. No caso de alienação de diversos bens ou direitos da mesma natureza, será considerado, para 
os efeitos deste artigo, o valor do conjunto dos bens alienados no mês. 
 
Art. 23. Fica isento do imposto de renda o ganho de capital auferido na alienação do único imóvel que o titular 
possua, cujo valor de alienação seja de até R$ 440.000,00 (quatrocentos e quarenta mil reais), desde que não 
tenha sido realizada qualquer outra alienação nos últimos cinco anos. 
 
Art. 24. Na apuração do ganho de capital de bens adquiridos por meio de arrendamento mercantil, será conside-
rado custo de aquisição o valor residual do bem acrescido dos valores pagos a título de arrendamento. 
 
Art. 21. O ganho de capital percebido por pessoa física em decorrência da alienação de bens e direitos de qual-
quer natureza sujeita-se à incidência do imposto sobre a renda, com as seguintes alíquotas: (Redação dada pela 
Lei nº 13.259, de 2016) Produção de efeito 
 
I - 15% (quinze por cento) sobre a parcela dos ganhos que não ultrapassar R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de 
reais); (Redação dada pela Lei nº 13.259, de 2016) Produção de efeito 
II - 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento) sobre a parcela dos ganhos que exceder R$ 
5.000.000,00 (cinco milhões de reais) e não ultrapassar R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); (Redação 
dada pela Lei nº 13.259, de 2016) Produção de efeito 
III - 20% (vinte por cento) sobre a parcela dos ganhos que exceder R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e não 
ultrapassar R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais); e (Redação dada pela Lei nº 13.259, de 2016) Produção 
de efeito 
IV - 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento) sobre a parcela dosganhos que ultrapassar R$ 
30.000.000,00 (trinta milhões de reais). (Redação dada pela Lei nº 13.259, de 2016) Produção de efeito 
Lei nº 11.196/05 
Art. 39. Fica isento do imposto de renda o ganho auferido por pessoa física residente no País na venda de imóveis 
residenciais, desde que o alienante, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da celebração do contrato, 
aplique o produto da venda na aquisição de imóveis residenciais localizados no País. (Vigência) 
 
§ 1
o
 No caso de venda de mais de 1 (um) imóvel, o prazo referido neste artigo será contado a partir da data de 
celebração do contrato relativo à 1
a
 (primeira) operação. 
 
 IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - 153, inciso IV, Arts. 46 a 51 do CTN, Lei nº 4.502-64, 
Critério Material: Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato 
gerador: 
 
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; 
II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; 
III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. 
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a 
qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo. 
 
Sujeito Passivo: 
 
O artigo 24 do Decreto nº 7.212/2010 estabelece que são obrigados ao pagamento do imposto sobre produtos 
industrializados: 
 
a) o importador, quando do desembaraço aduaneiro; 
 
 
 
 
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b) o industrial quando o fato jurídico tributário se der pela saída do produto que industrializar em seu estabeleci-
mento; 
c) o estabelecimento equiparado a industrial, quando os produtos deles saírem. 
Base de Cálculo: 
 
A base de cálculo do IPI, no caso de se tratar de produto industrializado importado, será o preço normal, acrescido 
do montante do imposto sobre a importação, das taxas exigidas para entrada do produto no país e dos encargos 
cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis. 
 
Já os produtos que apresentam como critério material, de acordo com o Código Tributário Nacional, a saída dos 
estabelecimentos do importador, industrial, comerciante, esse critério quantitativo é o valor da operação de que 
decorrer a saída da mercadoria ou, na falta deste, o preço corrente da mercadoria, ou seu similar no mercado 
atacadista da praça do remetente. 
 
A Lei nº 7.798/89 ao acrescer o § 2º ao art. 14 da Lei nº 4.502/64 determinou que não podem ser deduzidos do 
valor da operação os descontos, diferenças ou abatimentos concedidos a qualquer título, ainda que incondicio-
nalmente. 
 
 STJ permite a dedução da base de cálculo dos descontos incondicionais.
 
4. A dedução dos descontos incondicionais é vedada, no entanto, quando a incidência do tributo se dá sobre valor 
previamente fixado, nos moldes da Lei 7.798/89 (regime de preços fixos), salvo se o resultado dessa operação for 
idêntico ao que se chegaria com a incidência do imposto sobre o valor efetivo da operação, depois de realizadas 
as deduções pertinentes. (Resp nº 1.1149.424) 
 
E aqueles produtos que tenham como hipótese de incidência a arrematação, a base de cálculo será o preço de 
arrematação. 
 
Alíquotas: 
 
Como regra geral as alíquotas do IPI encontram-se discriminada na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produ-
tos Industrializados, Decreto 7.660/2011, em que conforme a respectiva classificação fiscal da mercadoria, encon-
trar-se-á a correlata alíquota desse imposto. 
 
Características: 
 
Princípio da Seletividade, Art. 153, § 3º, I da CF. 
 
Princípio da Não-cumulatividade – Art. 150, § 3º, II da CF IPI. CRÉDITOS ESCRITURAIS. AQUISIÇÃO DE 
ENERGIA ELÉTRICA. APROVEITAMENTO DE CRÉDITO. IMPOSSIBILIDADE. NÃO CARACTERIZAÇÃO COMO 
INSUMO. (...) 
 
3. Sedimentou-se na jurisprudência desta Corte a orientação de que não se considera a energia elétrica, ainda 
que utilizada no processo de industrialização, como insumo, para fins de geração de crédito de IPI, em razão da 
sistemática da não cumulatividade. 
 
O STF, por ocasião do julgamento do RE pacificou entendimento no sentido de que a regra constitu-353.657/PR,
cional da não-cumulatividade pressupõe, salvo previsão contrária da própria Constituição Federal, tributo devido e 
recolhido anteriormente. 
 
A energia elétrica, além de não ser considerada "produto", no sentido jurídico-tributário do termo, também não é 
sujeita à incidência de IPI sobre seu consumo, o que desautoriza a adoção da técnica do aproveitamento. (REsp 
1129345/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 08/06/2010, DJe 
17/06/2010) 
 
Lei nº 9.779/99 - Art. 11. O saldo credor do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, acumulado em cada 
trimestre-calendário, decorrente de aquisição de matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, 
aplicados na industrialização, inclusive de produto isento ou tributado à alíquota zero, 
 
 
 
 
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que o contribuinte não puder compensar com o IPI devido na saída de outros produtos, poderá ser utilizado de 
conformidade com o disposto nos arts. 73 e 74 da Lei n
o
 9.430, de 27 de dezembro de 1996, observadas normas 
expedidas pela Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda. 
 
 IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO – Art. 153, I da CF, Arts. 19 a 22 do CTN, DL 37/66 e Decreto nº 6.759/09
Critério Material: Importar produtos Estrangeiros 
 
Critério Temporal: Art. 23 do DL 37/66 – data da declaração de importação para fins de desembaraço aduaneiro. 
o art. 73 do Decreto nº 6.759-09 considera ocorrido o fato gerador para fins de cálculo desse imposto na data do 
registro da declaração de importação 
 
2. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que, no caso de importação de mercadoria despachada para con-
sumo, o fato gerador do imposto de importação ocorre na data do registro da declaração de importação. Desse 
modo, deve ser aplicada para o cálculo do imposto a alíquota vigente nessa data.(Resp nº 1220979, Rel. Min. 
Humberto Martins, DJ 15-04-2011). 
 
Critério Espacial: O critério espacial do Imposto sobre importação é o território nacional. 
 
Contribuinte: Nos termos do art. 104 do Decreto nº 6.759-2009 é contribuinte do imposto: 
 
(i) o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no territó-
rio aduaneiro; 
(ii) o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; e 
(iii) o adquirente de mercadoria entrepostada. 
 
Critério Quantitativo: 
 
Alíquotas: 
 
As alíquotas do imposto de importação podem ser específicas ou ad valorem. As alíquotas específicas utilizam 
unidades de medidas como metro, quilos, litros, etc. 
 
Já as alíquotas ad valorem variam de acordo com o valor do bem, o imposto será tantos por cento sobre o valor 
do produto. 
 
As alíquotas são fixadas na Tarifa Externa Comum sobre a base de cálculo do mesmo. 
 
Art. 20. A base de cálculo do imposto é: 
 
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; 
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da im-
portação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produ-
to no País; 
III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação. 
 
Art. 77. Integram o valor aduaneiro, (...) 
 
I - o custo de transporte da mercadoria importada até o porto ou o aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto 
de fronteira alfandegado onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no território aduaneiro; 
II - os gastos relativos à carga, à descarga e ao manuseio, associados ao transporteda mercadoria importada, até 
a chegada aos locais referidos no inciso I; e 
III - o custo do seguro da mercadoria durante as operações referidas nos incisos I e II. 
 
 IMPOSTO SOBRE EXPORTAÇÃO: Art. 153, II CF, Art. 23 a 28 CTN, DL 1.578/77 e Decreto nº 6.759/09
 
Critério Material: Exportar produtos nacionais ou nacionalizados para o exterior 
 
DL nº 288/67 – Art. 4º A exportação de mercadorias de origem nacional para consumo ou industrialização na Zona 
Franca de Manaus, ou reexportação para o estrangeiro, será para todos os efeitos fiscais, constantes da legisla-
ção em vigor, equivalente a uma exportação brasileira para o estrangeiro. 
 
 
 
 
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Critério Temporal: O parágrafo único do art. 213 do Decreto nº 6.759-09 considera ocorrido o fato gerador para 
fins de cálculo do Imposto sobre exportação na data do registro da declaração de exportação no Sistema Integra-
do de Comércio Exterior (Siscomex). 
 
Critério Espacial: 
 
O critério espacial do Imposto sobre exportação é o território nacional. 
Contribuinte: Nos termos do art. 27 do CTN o contribuinte do imposto sobre exportação é o exportador, ou quem a 
lei a ele equiparar. 
 
A base de cálculo do Imposto sobre exportação nos termos do art. 214 do Decreto 6.759-09 é o preço normal que 
a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concor-
rência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior. 
Art. 3
o
 A alíquota do imposto é de trinta por cento, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou aumentá-la, para 
atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. 
 
Parágrafo único. Em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a cinco vezes o percentual 
fixado neste artigo. 
 
IOF 
 
Previsão Legal: arts. 63 a 66 do CTN, Decreto nº 6.306-07 
 
O art. 2º do Decreto nº 6.306-07 estabelece que o IOF incide sobre: 
 
(i) operações de crédito realizadas: 
 
a) por instituições financeiras; 
b) por empresas que exercem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria credití-
cia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de 
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); 
c) entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física; 
 
(ii) operações de câmbio; 
(iii) operações de seguro realizadas por seguradoras; 
(iv) operações relativas a títulos ou valores mobiliários; 
(v) operações com ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial. 
 
Base de Cálculo: 
 
Nos termos do art. 64 do CTN a base de cálculo do IOF é: (i) quanto às operações de crédito, o montante da obri-
gação, compreendendo o principal e os juros; (ii) quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em mo-
eda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; 
 
(iii) quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; 
(iv) quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: 
(a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; 
(b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei; 
(c) no pagamento ou resgate, o preço. 
 
Nas operações de crédito: A alíquota máxima de IOF será de 1,5%, conforme prevê o art. 6º do Decreto nº 6.306-
07. 
 
Nas operações de câmbio: A alíquota máxima de IOF será de 25%, nos termos do art. 15 do Decreto nº 6.303-07. 
Nas operações de seguro: A alíquota máxima do IOF é de 25%, nos termos do art. 22 do Decreto nº 6.303-07. 
 
Nas Operações relativas a títulos ou valores mobiliários: A alíquota máxima é de 1,5% ao dia, conforme prevê art. 
29 do Decreto nº 6.303-07. 
 
Nas operações com ouro enquanto ativo financeiro a alíquota é de 1% (art. 38 e 39 do Decreto nº 6.303-07). 
 
 
 
 
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