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Resumo - P1

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ANATOMIA 
CONCEITOS 
VARIAÇÃO ANATÔMICA E NORMAL 
Variações anatômicas são diferenças morfológicas entre indivíduos sem que haja prejuízo funcional para um deles. Pode ocorrer em um mesmo 
indivíduo, se comparados os dois ‘’lados’’. Variações anatômicas podem ser classificadas em externas ou internas. Já o conceito anatômico de normal 
é puramente estatístico, correspondendo ao que se apresenta na maioria dos casos (o comum, o padrão). 
ANOMALIA E MONSTRUOSIDADE 
Quando uma variação morfológica ocorre com prejuízo funcional, é chamada de anomalia (exemplo: bebê com um dedo a menos na 
mão). Se tal anomalia for acentuada de modo a deformar profundamente a construção do corpo do indivíduo, sendo incompatível com 
a vida, denomina-se monstruosidade (exemplo: não formação do encéfalo). 
POSIÇÃO ANATÔMICA E PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO 
A posição anatômica é a posição ereta com a face voltada para a frente, olhar dirigido para o horizonte, membros superiores 
estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para a frente, membros inferiores unidos com as pontas dos pés dirigidos 
para a frente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antimeria: o plano mediano divide o corpo do indivíduo em duas metades, direita e esquerda. Essas metades são denominadas antímeros e são 
semelhantes morfológica e funcionalmente, podendo-se dizer que o homem é construído sob o princípio da simetria bilateral. Na realidade não há 
simetria perfeita, porque não existe correspondência exata de órgãos e membros – há assimetrias morfológicas e funcionais. 
Metameria: superposição no sentido longitudinal de segmentos semelhantes, cada um correspondendo a um metâmero. É evidente no ser humano 
apenas na fase embrionária, conservando-se apenas algumas estruturas como na coluna vertebral (superposição de vértebras) e caixa torácica 
(costelas). 
Paquimeria: princípio segundo o qual o segmento axial do indivíduo é constituído por dois tubos - paquímeros -, sendo eles o ventral e dorsal. 
Estratificação: princípio segundo o qual o corpo humano é constituído de camadas (estratos) que se superpõem. As estruturas que se situam fora da 
lâmina de envoltura dos músculos são ditas superficiais e as dentro, ditas profundas. (1) pele (2) tela subcutânea (3) fáscia muscular (4) músculos (5) 
 ossos (6,7) vaso 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA ESQUELÉTICO 
É o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo do animal e desempenhar várias funções. 
FUNÇÕES DO ESQUELETO 
Proteção (para órgãos como o coração, pulmão e sistema nervoso central), 
sustentação e conformação do corpo, armazenamento de íons como Ca e P, sistema 
de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem os deslocamentos do 
corpo, e local de produção de células do sangue. 
TIPOS DE ESQUELETOS 
O esqueleto pode se apresentar com todos as peças (esqueleto articulado) ou com 
ossos isolados inteiramente uns dos outros (esq. desarticulado). 
Pode ser também classificado em exoesqueleto, se sua base de sustentação for 
externa (ex: artrópodes) ou em endoesqueleto, se for interno (ex: cavalo, humano). 
DIVISÃO DO ESQUELETO 
O esqueleto pode ser dividido em duas grandes porções, sendo uma mediana, 
formando o eixo do corpo, e composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco 
(tórax e abdome) – é o esqueleto axial. A outra, apensa a esta, forma os membros e 
constitui o esqueleto apendicular. A união entre essas duas porções se faz por meio 
de cinturas: escapular (ou torácica, constituída pela escápula e clavícula) e pélvica, 
constituída pelos ossos do quadril. 
Obs: número de ossos – do nascimento à senilidade, há uma diminuição do número 
total de ossos, pois os recém-nascidos são formados de partes ósseas que se soldam 
durante o desenvolvimento, passando a constituir-se um osso único no adulto.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS: podem ser classificados em axiais e apendiculares, mas geralmente 
usa-se mais as seguintes definições: 
Osso longo: apresenta comprimento consideravelmente maior que largura e espessura. // Ex: fêmur, 
úmero, tíbia, ulna, fíbula, falanges, etc. 
Apresenta extremidades denominadas epífises e um corpo diáfise, onde pode possuir no seu interior 
uma cavidade, o canal medular onde se aloja a medula óssea (esses são também chamados de ossos 
tubulares). Nos ossos em que a ossificação não completou, é possível ver um disco cartilaginoso 
(cartilagem epifisial) entre epífise e diáfise (metáfise) onde há o crescimento em comprimento. 
Osso laminar: também chamados de planos, apresentam largura e comprimento equivalentes, 
predominando sobre a espessura. // Ex: parietal, occipital, osso do quadril, escápula, etc. 
Osso curto: apresenta equivalência das três dimensões. // Ex: ossos do carpo e tarso. 
- Alguns ossos não podem ser classificados nas categorias acimas, tendo características peculiares: 
Osso irregular: apresentam uma morfologia complexa que não encontra correspondência em 
formas geométricas. // Ex: vértebras, osso temporal, etc. 
Osso pneumático: apresenta uma ou mais cavidades de volume variável, revestidas de mucosa e 
contendo ar. Tais cavidades recebem o nome de sinus ou seio. // Ex: situados no crânio: frontal, maxilar, 
temporal, esfenoide, etc. 
- Há vários ossos que podem ser classificados em mais de uma categoria. 
Ossos sesamóides: desenvolvem-se na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa que envolve 
certas articulações. // Ex: patela, alguns da palma da mão ou do pé, etc. 
 
TIPOS DE SUBSTÂNCIA ÓSSEA: embora os elementos constituintes sejam os mesmos nos 
dois tipos de substâncias ósseas: substância óssea compacta e esponjosa, eles dispõem-se 
diferentemente conforme o tipo apresentado. Na compacta, as lamínulas de tecido encontram-
se fortemente unidas umas às outras, sem que haja espaço livre interposto – é mais denso e 
rígido (proteção). Na esponjosa, as lamínulas encontram-se mais irregulares em forma e 
tamanho, havendo espaços ou lacunas que se comunicam umas com as outras (resistência, 
suporte, reserva de minerais). 
TERMINOLOGIA ÓSSEA 
Processo articular: uma projeção que faz contato com um osso adjacente. 
Articulação: uma região onde ossos adjacentes se conectam - uma junta. 
Canal: um longo forame em forma de túnel, usualmente a passagem para nervos linfáticos. 
Côndilo: um grande e redondo processo articular. 
Crista: uma linha proeminente. 
Eminência: uma pequena projeção. 
Epicôndilo: uma projeção perto de um côndilo, mas que não faz parte da junta. 
Faceta: uma pequena e plana superfície articular. 
Forame: uma abertura através do osso. 
Fossa: uma depressão larga e rasa. 
Fóvea: uma pequena fossa na cabeça de um osso. 
Linha: uma projeção longa e fina normalmente com uma superfície áspera. 
Maléolo: uma das duas específicas protuberâncias de ossos no calcanhar. 
Meato: um pequeno canal. 
Processo: uma projeção relativamente grande (também usado como termo 
genérico) 
Ramo: um processo em forma de braço que se distancia do corpo de um osso. 
Sino: uma cavidade dentro de um osso craniano. 
Espinha: uma projeção relativamente longa e fina. 
Sutura: articulação entre ossos cranianos. 
Trocanter: uma das duas tuberosidades especificas localizadas no fêmur. 
Tubérculo: uma projeção com uma superfície áspera,geralmente menor que uma tuberosidade. 
Tuberosidade: uma projeção com uma superfície áspera. 
Periósteo: delicada membrana conjuntiva que reveste externamente os ossos. 
Diversos termos são utilizados para estruturas especificas de ossos longos: 
Diáfise: a principal parte do corpo de um osso longo é longa e relativamente reta; região de ossificação 
primária. Também conhecida como corpo 
Epífise: a região terminal de um osso longo; região de ossificação secundária. 
Linha epifisária: no osso longo é um fino disco de cartilagem hialina que é posicionado transversalmente 
entre a epífise e a metáfise. Nos ossos longos dos humanos, a 
linha epifisária 
desaparece por volta dos vinte anos. 
Cabeça: a extremidade articular proximal de um osso. 
Metáfise: a região de um osso longo encontrada entre a epífise 
e a diáfise. 
Colo: a região do osso entre a cabeça e o corpo. 
 
 
JUNTURAS 
Os ossos unem uns aos outros para constituir o esqueleto. A união não tem a finalidade exclusiva de colocar os ossos em contato, mas de permitir 
também a mobilidade. Maior ou menor possibilidade de movimento varia com o tipo de união – para designar qualquer conexão existente entre 
quaisquer partes rígidas do esqueleto, quer sejam ossos ou cartilagens, usa-se os termos juntura ou articulação. 
CLASSIFICAÇÃO DAS JUNTURAS: o critério de classificação é a natureza do elemento que interpõe as peças que se articulam, sendo possível a 
definição de três grandes grupos – fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. 
Junturas fibrosas (sinartroses): o elemento que se interpõe é o tecido conjuntivo fibroso, 
com mobilidade extremamente reduzida (maioria localizada no crânio). 
Junturas fibrosas, por sua vez, se dividem em: 
Suturas: encontradas entre os ossos do crânio. O espaço diminui com o tempo (ossificação, em 
recém-nascidos é grande a quantidade de tecido conjuntivo fibroso). A maneira pela qual as 
bordas entram em contato as difere em suturas planas (união linear retilínea), suturas escamosas 
(união em bisel – uma parte se sobrepõe a outra) e suturas serreadas (união em linha ‘’denteada’’). 
Sindesmoses: o tecido conjuntivo fibroso interpõe, mas não ocorrem entre os ossos do crânio. Só há registro de 
dois exemplos destas articulações na Nomenclatura Anatômica, que é a sindesmose tíbio-fibular (perna) e a sindesmose radio-
ulnar (antebraço). 
Gonfoses: articulação específica fibrosa que serve para fixar os dentes em seus alvéolos dentários na mandíbula e maxilas. 
Junturas cartilaginosas (anfiartroses): o tecido que se interpõe é o conjuntivo cartilaginoso, que permite 
pequenos movimentos (mobilidade limitada). Podem ser dividas em: 
Sincondroses: ossos estão unidos por uma cartilagem hialina e muitas dessas articulações são 
temporárias, onde a cartilagem é substituída por tecido ósseo com o passar do tempo. 
Exemplos são encontrados em ossos longos (entre epífises e diáfises), sincondrose esfeno-
occipital e algumas nas costelas. 
Sínfises: possuem uma cartilagem fibrosa, podendo-se observar entre os ossos destas 
articulações um disco fibrocartilaginoso. Exemplos são a articulação entre os ossos púbicos e a articulação 
entre os corpos das vértebras. 
Junturas sinoviais (diartroses): a maioria das articulações do corpo, possuindo grande mobilidade. Nelas, 
o elemento que se interpõem às peças é um líquido denominado sinóvia ou líquido sinovial, um líquido 
viscoso que serve de lubrificante natural da juntura, permitindo o deslizamento com um mínimo de atrito e 
desgaste. Uma cavidade articular entre os ossos abriga o liquido sinovial e uma cápsula articular formada por 
duas membranas, uma externa bem dura e resistente composta de tecido conjuntivo fibroso e reforçada com 
ligamentos e outra interna chamada de membrana sinovial que produz o liquido sinovial - estas cápsulas 
recobrem toda a articulação sinovial mantendo o liquido sinovial dentro da cavidade articular além de 
conectar os ossos uns aos outros. 
Superfícies articulares e seu revestimento: superfícies articulares são aquelas que entram em contato numa determinada juntura, sendo revestidas 
em toda sua extensão por cartilagem hialina que representa a porção do osso que ainda não foi invadida pela ossificação. Em virtude disso, elas se 
apresentam lisas, polidas e de cor esbranquiçada. São superfícies de movimento e, desse modo, a redução da mobilidade pode levar à fibrose da 
cartilagem articular com anquilose da juntura (perda da mobilidade). A cartilagem é avascular e sem inervação, sendo nutrida precariamente nas 
partes centrais, o que torna a regeneração, em caso de lesões, mais difícil e lenta. 
Cápsula articular: membrana conjuntiva que envolve a juntura sinovial, tendo duas camadas: uma externa (membrana fibrosa) e interna (membrana 
sinovial). A primeira pode conter ligamentos capsulares destinados a aumentar sua resistência. Existem junturas com ligamentos independentes da 
cápsula denominados ligamentos extra-capsulares ou acessórios e, em algumas, como na do joelho, aparecem também ligamentos intra-articulares. 
A segunda membrana é a mais interna das camadas da cápsula, sendo abundantemente vascularizada e encarregada da produção do líquido sinovial. 
Ligamentos: são junções de tecidos conjuntivos e estão entre os ossos com a finalidade de ajudar a estabilizar as articulações. São maleáveis, flexíveis, 
muito resistentes e elásticos para permitir perfeita liberdade de movimento 
- Ligamentos e cápsula articular têm por finalidade manter a união entre os 
ossos, bem como impedir o movimento em planos indesejados, limitando a 
amplitude dos movimentos considerados normais. 
Discos e Meniscos: estruturas fibrocartilaginosas encontradas em diversas 
articulações sinoviais, interpostos nas superfícies articulares. De função 
questionada, alguns anatomistas afirmam que estas estruturas serviriam para 
melhorar a adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as 
congruentes), outros afirmam que os meniscos são destinados a receber fortes pressões, agindo 
como potentes amortecedores. Meniscos tem forma de meia lua e podem ser encontrados na 
articulação do joelho. Discos intra-articulares nas articulações esternoclavicular e têmporomandibular. 
PRINCIPAIS MOVIMENTOS REALIZADOS PELOS SEGMENTOS DO CORPO: O movimento de uma articulação é realizado 
obrigatoriamente em torno de um eixo, denominado eixo de movimento. Estes eixos seguem uma direção definida, como: ântero-posterior (ventro-
dorsal), látero-lateral e longitudinal (crânio-caudal). A determinação do eixo de movimento é feita obedecendo à seguinte regra: a direção do eixo de 
movimento deve ser sempre perpendicular ao plano no qual se realiza o movimento em questão. Assim, todo movimento é realizado em um plano 
determinado e o seu eixo de movimento é perpendicular àquele plano. 
Movimentos angulares: nestes movimentos há uma diminuição ou aumento do ângulo existente entre os 
segmentos que se desloca e aquele que permanece fixo. Quando ocorre a diminuição do ângulo diz-se que 
houve uma flexão e quando ocorre aumento realizou-se a extensão. Os movimentos angulares de extensão e 
flexão ocorrem em plano sagital (ventro-dorsal) e seguindo a regra já citada anteriormente, o eixo desses 
movimentos é látero-lateral. 
 
Adução e abdução: são movimentos nos quais o segmento é deslocado, 
respectivamente, em direção ao plano mediano ou em direção oposta (afastando-
se dele). Desenvolvem-se sempre em plano frontal e seu eixo de movimento é 
ântero-posterior. 
Rotação: movimento em que o segmento gira em torno de um eixo longitudinal 
(vertical). Assim, nos membros, pode-se reconhecer uma rotação medial quando a 
face anterior do membro gira em torno do plano mediano do corpo, e uma rotação 
lateral, no movimento oposto. Arotação é feita em plano horizontal e o eixo, 
perpendicular, é o vertical. 
Circundução: este movimento ocorre em alguns segmentos do corpo, 
principalmente nos membros, e, dá-se da combinação que inclui a adução, extensão, abdução e flexão que resulta na 
circundução. Neste movimento a extremidade distal do segmento descreve um círculo e o corpo do segmento forma um 
cone, cujo vértice é representado pela articulação responsável por este movimento. 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS JUNTURAS SINOVIAIS: quando uma articulação realiza movimentos em torno 
de apenas um eixo, diz-se que é mono-axial, possuindo um só grau de liberdade (articulação do cotovelo); será bi-axial tendo 
dois eixos (articulação do punho) e será tri-axial com 3 eixos (articulações no ombro e quadril). 
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS JUNTURAS SINOVIAIS: o critério aqui é a forma das superfícies articulares. 
Plana: esta articulação permite apenas os movimentos deslizantes, podemos identificar esta articulação nas articulações dos corpos vertebrais e em 
algumas articulações do carpo e tarso. 
Gínglimo: movimentos de dobradiça de flexão e extensão – são mono-axiais. 
Trocóide: superfícies são segmentos de cilindro, permitindo a rotação – são mono-axiais. 
Condilar: forma elíptica, permitem movimentos angulares e de abdução e adução – bi-axiais. 
Em sela: superfície em forma de sela, apresentando concavidade num sentido e convexidade em outro – bi-axiais. 
Esferóide: superfícies que são segmentos de esferas, movimentando-se em vários eixos – tri-axiais. 
 
Obs: junturas sinoviais simples – apenas dois ossos entram em contato (articulação do ombro) // junturas sinoviais compostas – três ou mais ossos 
participam do contato (articulação do cotovelo – úmero, ulna e rádio). 
 
SISTEMA MUSCULAR 
O Sistema Muscular é o conjunto de músculos existentes no corpo humano, sua formação se dá por tecido originado pelo mesoderma (folheto 
embrionário que dá origem aos músculos, o esqueleto e os sistemas cardiovascular, excretor e reprodutor). Sua característica principal é a 
propriedade de contração e relaxamento de suas fibras que se dá pela especialização das células musculares. Tais células agrupam-se em feixes para 
formar massas macroscópicas denominadas músculos, os quais acham-se fixados pelas suas extremidades. Assim, músculos são estruturas que 
movem os segmentos do corpo por encurtamento da distância existente entre suas extremidades fixadas, ou seja, por contração; músculos são tidos 
como os elementos ativos do movimento, enquanto os ossos são elementos passivos do movimento (alavancas biológicas). 
VARIEDADE DE MÚSCULOS 
A célula muscular está normalmente sob o controle do sistema nervoso. Cada músculo possui o seu nervo motor, o qual divide-se em muitos ramos 
para poder controlar todas as células do músculo. As divisões mais delicadas destes ramos terminam num mecanismo especializado conhecido como 
placa motora. Quando o impulso nervoso passa através do nervo, a placa motora transmite o impulso a células musculares determinando sua 
contração. Se o impulso para a contração resulta de um ato de vontade diz-se que o músculo é voluntário; se o impulso parte de uma porção do 
sistema nervoso sobre o qual o indivíduo não tem controle consciente, diz-se que o músculo é involuntário. Os músculos voluntários distinguem-se 
histologicamente dos involuntários por apresentarem estriações transversais e são assim definidos: 
Músculo Não Estriado (Músculo Liso): é um músculo involuntário que não apresenta as estrias microscopicamente visíveis e, como é encontrado 
nas paredes das vísceras ocas e tubulares, como nos vasos sanguíneos, estômago e intestinos, é também chamado de músculo visceral. Suas 
contrações comandam o movimento de materiais através dos sistemas de órgãos do corpo humano. 
Músculo Estriado Esqueléticos: está fixado aos ossos, geralmente através de cordões fibrosos, denominados tendões. As contrações deste 
músculo exercem força nos ossos e então eles se movimentam e consequentemente é o responsável por diversas atividades, como levantar objetos e 
andar ou correr. São os únicos voluntários do corpo. 
Músculo Estriado Cardíaco: assemelha-se ao estriado, histologicamente, mas atua como músculo involuntário, atuando na parede do coração. É 
também chamado de miocárdio. 
COMPONENTES DOS MÚSCULOS ESTRIADOS ESQUELÉTICOS 
Porção Média: é carnosa, vermelha viva no vivente (vulgarmente chamada ‘’carne’’) e recebe o 
nome de ventre muscular. Nesta porção são predominantes as fibras musculares, portanto é a 
parte ativa do músculo, ou seja, a parte contrátil. 
Extremidades: quando são cilindroides ou em forma de fita, são chamadas de tendões; quando 
são laminares, são denominadas aponeuroses. Ambas são formadas por tecido conjuntivo rico em 
fibras colágenas, são esbranquiçadas e brilhantes, muito resistentes e praticamente inextensíveis, 
servindo para fixar o músculo ao esqueleto. 
- As definições acima possuem algumas exceções: (1) tendões e aponeuroses nem sempre se prendem ao 
esqueleto, podendo fazê-lo em cartilagem, cápsulas articulares, septos, derme, tendão de outro músculo, etc. (2) 
Em vários músculos, as fibras dos tendões tem dimensões tão reduzidas que se tem a impressão do ventre 
muscular estar prendido diretamente no osso. (3) Em uns poucos músculos, aparecem tendões interpostos a 
ventres de um mesmo músculo e eles não servem para fixação no esqueleto. 
 
- Para que haja movimento, os músculos estriados normalmente firmam-se em duas extremidades: 
Origem: extremidade imóvel presa à peça óssea que não se desloca (também chamado de ponto fixo). 
Inserção: extremidade móvel, presa à peça óssea que se desloca (também chamado de ponto móvel). 
O músculo braquial prende-se na face anterior do úmero e da ulna, atravessando a articulação do cotovelo – ao contrair, 
executa a flexão do antebraço e considera-se sua extremidade umeral (proximal) como origem e sai extremidade ulnar 
(distal) como inserção. 
Fáscia muscular: presente nos músculos estriados esqueléticos, é uma lâmina de tecido conjuntivo que reveste 
externamente cada músculo, protegendo, evitando o atrito e coordenando seus movimentos, forma assim uma bainha de 
contenção. Possui ainda a função de permitir o fácil deslizamento dos músculos entre si durante a contração. Sua espessura 
varia de músculo para músculo, dependendo da sua função. Em certos locais, a fáscia pode apresentar-se espessada e dela 
partem prolongamentos que vão terminar se fixando no osso, sendo denominados septos intermusculares (separam grupos 
musculares em compartimentos e ocorrem frequentemente nos membros). 
MECÂNICA MUSCULAR: a contração do ventre muscular vai produzir um trabalho mecânico, em geral representado pelo deslocamento de um 
segmento do corpo. As extremidades do músculo prendem-se em pelo menos dois ossos, de maneira que o músculo cruza a articulação. Ao contrair-
se o ventre, há um encurtamento do comprimento do músculo e consequente deslocamento da peça esquelética. A potência ou força do músculo 
está diretamente relacionada com o número de fibras do ventre e a amplitude de contração depende do seu grau de 
encurtamento. 
CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS – quanto à forma do músculo e arranjo de suas fibras: a função condiciona 
sua forma e arranjo de fibras. 
Disposição paralela das fibras: músculos longos – predomina-se o comprimento. 
músculos fusiformes - são músculos longos onde há uma convergência das fibras 
musculares em direção aos tendões de origem e inserção, de tal modo que na parte média 
o músculo tem maior diâmetro que nas extremidades (ex: bíceps braquial). 
músculos largos: comprimento e largura se equivalem. 
músculos largos em leque - nos músculos largos, as fibras podem convergir para um 
tendão em uma das extremidades, tomando o aspectode leque (ex: m. peitoral maior). 
Disposição oblíqua das fibras: músculos cujas fibras são obliquas em relação aos 
tendões denominam-se peniformes. Se os feixes se prendem numa só borda do tendão, fala-se em músculo unipenado; 
se os feixes se prendem nas duas bordas do tendão, será bipenado; se o tendão se ramifica dentro do músculo chama-se 
multipenado. 
– quanto à origem: quando os músculos se originam por mais de um tendão (quantidade de 
tendões de inserção proximal), diz-se que apresentam mais de uma cabeça de origem. São então 
classificados como músculos bíceps, tríceps ou quadríceps, conforme apresentam 2, 3 ou 4 cabeças 
de origem. Exemplos clássicos são m. bíceps braquial, m. tríceps da perna e m. quadríceps da coxa. 
– quanto à inserção: do mesmo modo, os músculos podem se inserir por mais de um tendão 
(quantidade de tendões de inserção distal). Quando há dois tendões, são bicaudados; três ou mais, 
policaudados. 
– quanto ao ventre muscular: alguns músculos apresentam mais de um ventre muscular, com tendões 
intermediários situados entre eles. São digástricos os músculos que apresentam dois ventres e 
poligástricos os que apresentam número maior. 
– quanto à ação: dependendo da ação principal resultante da contração do músculo, ele pode ser 
classificado como flexor, extensor, adutor, abdutor, rotador medial, rotador lateral, pronador, supinador, 
flexor plantar, flexor dorsal, etc. 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS MÚSCULOS: quando um músculo é o agente principal na execução de um movimento, ele é um agonista. 
Quando se opõe ao trabalho de um agonista, seja para regular a rapidez ou a potência de ação, chama-se antagonista. Quando um músculo atua no 
sentido de eliminar algum movimento indesejado que poderia ser produzido pelo agonista, ele é dito sinergista. Ainda, existem músculos que não 
estão diretamente relacionados com o movimento principal, mas estabilizam as diversas partes do corpo para tornar possível a ação desejada, 
denominando-se fixadores ou posturais. 
INERVAÇÃO E NUTRIÇÃO: - A inervação dos músculos esqueléticos ocorre no sistema nervoso central que envia através dos nervos o comando 
para que haja a contração dos músculos. Algumas lesões ou cortes nestes nervos deixam o músculo sem movimento, causando sua atrofia, que é a 
diminuição da massa muscular pelo desuso. 
- Os músculos são estruturas que contêm uma grande rede vascular que os nutrem de sangue arterial, abastecendo-os de oxigênio e nutrientes 
necessários ao seu grande dispêndio de energia com o trabalho muscular. Nervos e artérias penetram sempre pela face profunda do músculo, pois 
assim estão melhor protegidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO 
O Sistema Nervoso controla e coordena as funções de todos os sistemas do 
organismo e ainda, recebendo estímulos aplicados à superfície do corpo 
animal, é capaz de interpretá-los e desencadear, eventualmente, respostas 
adequadas a estes estímulos. Muitas funções, portanto, dependem da vontade (caminhar; ato 
voluntário) e outros ocorrem sem que tenhamos consciência (secreção da saliva, ato involuntário). Seu 
máximo desenvolvimento é alcançado no homem. 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO: é dividido em duas partes fundamentais 
interdependentes que são o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso 
periférico. O SNC é uma porção de recepção de estímulos, de comando e desencadeadora de 
respostas, enquanto a porção periférica está constituída de vias que conduzem os estímulos ao 
sistema nervoso central ou que levam até os órgãos efetuadores as ordens emanadas da 
porção central. O SNC é constituído por estruturas do esqueleto 
axial (coluna vertebral e crânio): são a medula espinhal e o 
encéfalo. O periférico compreende os nervos cranianos ou espinhais, os 
gânglios e as terminações nervosas. 
ORIGEM DO SISTEMA NERVOSO: O sistema nervoso origina-se do ectoderma 
embrionário e se localiza na região dorsal do embrião. Durante o desenvolvimento 
embrionário, o ectoderma sofre uma invaginação, dando origem à goteira neural, que se fecha, 
formando o tubo neural. Este possui uma cavidade interna cheia de líquido, o canal neural. Durante a 
neurogênese estas estruturas irão se desenvolvendo até a formação definitiva do Sistema Nervoso: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MENINGES: o conjunto de lâminas (ou membranas) de tecido conjuntivo que envolve e protege o encéfalo 
e a medula espinhal é denominando conjuntamente de meninges. Estas lâminas são de fora para dentro: a 
dura-máter, a aracnoide e a pia-máter: 
Dura-máter: a mais grossa e dura membrana, sendo também a mais externa. 
Aracnoide: elemento central das meninges, da qual partem fibras que vão até a pia-máter, constituindo uma 
rede semelhante a uma teia de aranha. É separada da dura-máter por um espalho capilar denominado espaço 
subdural e da pia-máter pelo espaço subaracnóide, onde circula o líquido cérebro-espinhal (ou líquor). 
Pia-máter: mais delgada e interna das membranas, aderindo diretamente à 
superfície do cérebro e medula. 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL: das transformações das vesículas 
primordiais, originam-se tais partes do sistema nervoso central: 
- o telencéfalo e diencéfalo originam o cérebro (hemisférios cerebrais 
são de origem telencefálica. 
- o mesencéfalo permanece com a mesma denominação, como parte 
do SNC. 
- o metencéfalo origina o cerebelo e a ponte. 
- o mielencéfalo origina o bulbo. 
- o restante do tubo neural primitivo origina a medula primitiva e esta a 
 medula espinhal. 
O mesencéfalo, a ponte e o bulbo constituem em conjunto o tronco encefálico. 
Ventrículos encefálicos e suas comunicações: nas transformações sofridas pelas vesículas primordiais, a cavidade do tubo neural 
primitivo permanece e apresenta-se dilatada em algumas das subdivisões daquelas vesículas, constituindo os chamados ventrículos que se 
comunicam entre si: - a cavidade (ou luz) do telencéfalo corresponde aos ventrículos laterais (direito e esquerdo). 
- a cavidade do diencéfalo corresponde ao III 
ventrículo. Os ventrículos laterais comunicam-se 
livremente com o 
III ventrículo através do forame interventricular. 
- a cavidade do mesencéfalo é um canal estreitado, o 
aqueduto cerebral, o qual comunica o III ventrículo 
com o IV ventrículo. 
- a cavidade do rombencéfalo corresponde ao IV 
ventrículo; este é continuado pelo canal central da 
medula e se comunica com o espaço sub-aracnóide. 
 
Líquor: é um fluido aquoso e incolor, pobre em proteínas, que ocupa o espaço 
subaracnóide e as cavidades ventriculares, oferecendo proteção mecânica para 
o SNC ao agir como um amortecedor de choques. É produzido nos plexos corióides 
situados no assoalho dos ventrículos laterais e no teto do III e IV ventrículos. 
- Circulação: através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o 
líquor passa para o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido principalmente 
pelas granulações aracnóideas que se projetam para o interior da dura-máter. 
Como essas granulações predominam no eixo sagital superior, a circulação 
do líquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o espaço entre a 
incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnóideo da medula, o líquor 
desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsorção liquórica ocorre 
nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da dura-máter que 
acompanham as raízes dos nervos espinhais. 
DIVISÃO ANATÔMICA: a maior parte do encéfalo corresponde ao cérebro. Na 
superfície dos dois hemisférios cerebrais 
apresentam-se sulcos (depressões) que 
delimitam giros. O cérebro pode ser 
dividido em lobos, correspondendo cada um ao osso do crânio 
com queguardam relações. Assim, temos um lobo 
frontal, occipital, parietal e temporal. Do tronco 
encefálico originam-se 12 pares de nervos, 
denominados cranianos, que saem pela base do crânio 
através de forames ou canais. Da mesma medula, por 
sua vez, originam-se 31 pares de nervos espinhais que 
abandonam a coluna vertebral através de forames 
denominados intervertebrais. 
 
 
DISPOSIÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS BRANCA E CINZENTA: no encéfalo e na medula existem 
áreas claras e áreas escuras que representam, respectivamente, o que se chama de substância branca 
(constituída de fibras nervosas mielínicas) e substância cinzenta (corpos de neurônio). 
- Na medula, a substância cinzenta forma um eixo 
central contínuo envolvido por sustância branca – em 
corte transversal vê-se que que a substância cinzenta 
apresenta a forma de um H ou de borboleta. 
- No tronco encefálico, a substância cinzenta não é um 
todo contínuo como na medula; apresenta-se 
fragmentada no sentido longitudinal, ântero-posterior 
e látero-lateral, formando-se assim massas isoladas de substância cinzenta que constituem os núcleos 
dos nervos cranianos e outros núcleos próprios do tronco. Desse modo, uma nova conceituação 
pode ser feita: um núcleo, no sistema nervoso central, é um acúmulo de corpos neuronais com 
aproximadamente a mesma estrutura e função. 
- Cérebro e cerebelo apresentam um plano estrutural comum; pode-se reconhecer nele uma massa de 
substância branca revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta – córtex cerebral 
(no cérebro) ou córtex cerebelar (no cerebelo) – e tendo no centro massas de substância cinzenta 
constituindo os núcleos centrais (no cerebelo) ou os núcleos da base (no cérebro). 
Como dito, a substância branca, em qualquer nível do SNC, está constituída predominantemente de 
fibras nervosas mielínicas, que representam as vias pelas quais os impulsos percorrem as diversas 
áreas do SNC e se organizam formando os chamados tractos e fascículos. 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO: terminações nervosas, gânglios e nervos – as fibras 
de um nervo são classificadas de acordo com as estruturas que inervam, isto é, conforme sua função: 
- motoras: estimulam ou ativam a musculação, veiculando ordens emanadas do SNC (eferentes – 
saem do SNC). 
- sensitivas: conduzem estímulos para o SNC (aferentes – chegam ao SNC). 
Terminações nervosas: existem nas extremidades de fibras sensitivas e motoras. Nestas últimas o 
exemplo mais típico é a placa motora. Nas primeiras, as terminações nervosas são estruturas especializadas para receber 
estímulos físicos ou químicos na superfície ou no interior do corpo. Ex: na pele e no músculo existem receptores 
especializados para os agentes causadores do calor, frio, pressão e tato, enquanto que as sensações doloridas são 
captadas por terminações nervosas livres, isto é, não há uma estrutura receptora especializada para esse tipo de estímulo. Quando os receptores 
sensitivos são estimulados, originam impulsos nervosos que caminham pelas fibras até o SNC. 
Gânglios: acúmulos de corpos celulares de neurônios são denominados núcleos; quando esses acúmulos 
ocorrem fora do SNC, eles são chamados gânglios e apresentam-se, geralmente, como uma dilatação. 
Nervos: são cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo e que têm como 
função levar ou trazer impulsos ao (do) SNC. Distinguem-se em dois grupos: os nervos cranianos e os 
nervos espinhais. 
Nervos cranianos: são 12 pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo, sendo que a maioria se origina no tronco encefálico; são denominados 
por números em sequência crânio-caudal. 
I – Olfatório: o nervo é puramente sensitivo e ligado à olfação, iniciando em terminações nervosas situadas na 
mucosa nasal. 
II – Óptico: sensitivo, origina-se na retina e está relacionado com a percepção visual. 
III – Óculomotor: inerva músculos que movimentam o olho. 
IV – Troclear: inerva músculos que movimentam o olho. 
V – Trigêmeo: predominantemente sensitivo, responsável por quase toda sensibilidade somática da cabeça; 
um pequeno contingente de fibras é motor, inervando a musculatura das mandíbulas. 
VI – Abducente: inerva músculos que movimentam o olho, bem como os chamados intrínsecos do olho 
VII – Facial: relativo à sensibilidade gustativa e das vísceras, além de inervar glândulas, musculatura lisa e 
esquelética. 
VIII – Vestíbulo-coclear: puramente sensitivo, porção coclear está relacionada com a audição e a porção 
vestibular com o equilíbrio. 
IX – Glossofaríngeo: relativo à sensibilidade gustativa e das vísceras, além de inervar glândulas, musculatura 
lisa e esquelética. 
X – Vago: relativo à sensibilidade gustativa e das vísceras, além de inervar glândulas, musculatura lisa e esquelética. Inerva todas vísceras torácicas e a 
maioria das abdominais. 
XI – Acessório: inerva músculos esqueléticos, porém, parte de suas fibras acopla-se ao vago e com ele é distribuída. 
XII – Hipoglosso: inerva os músculos que movimentam a língua. 
Nervos espinhais: os 31 pares de nervos espinhais (8 cervicais, 12 torácicos, 
5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo) mantêm conexão com a medula e 
abandonam a coluna vertebral através de forames intervertebrais. 
Formação do nervo espinhal – o nervo espinhal é formado pela fusão de 
duas raízes: uma ventral e outra dorsal. A raiz ventral possui apenas fibras 
motoras (eferentes) cujos corpos celulares estão situados na coluna anterior 
da substância cinzenta da medula. A raiz dorsal possui fibras sensitivas 
(aferentes) cujos corpos celulares estão situados no gânglio sensitivo da raiz 
dorsal, que se apresentam como uma porção dilatada da própria raiz. A 
fusão das raízes resulta no nervo espinhal. 
Distribuição dos nervos espinhais: logo após a fusão das raízes ventral e 
dorsal, o nervo espinhal se divide em dois ramos: ventral (mais calibroso) e 
dorsal (menos calibroso). Os ramos dorsais inervam a pele e os músculos do 
dorso; os ventrais são responsáveis pela inervação dos membros e da porção 
ântero-lateral do tronco. 
Formação dos plexos nervosos: plexos são entrelaçamentos de ramificações, 
no caso, nervosas, sem que haja perda da funcionalidade individual de cada 
uma. Os ramos ventrais que inervam a parede torácica e abdominal 
permanecem relativamente isolados ao longo de todo seu trajeto. Nas 
regiões 
cervicais, 
porém, os ramos se entrelaçam para 
formar os chamados plexos nervosos, 
dos quais emergem nervos terminais. 
OUTRAS ESTRUTURAS: 
Foice do cérebro: é uma membrana 
no formato de foice que compõe uma 
divisória entre os dois hemisférios 
cerebrais, sendo formada pela dura-
máter. Ela possui a parte alta fixada no 
crânio e a parte baixa formando um meio 
círculo. 
 
Foice do cerebelo: prolongamento da dura-máter que divide os dois hemisférios do cerebelo. 
Tenda do cerebelo: prolongamento da dura-
máter que abriga e separa os lobos occipitais do 
cérebro e o cerebelo. 
Corpo caloso: estrutura cerebral de cor branca, 
que faz a conexão entre os dois hemisférios do 
cérebro. 
Pedúnculos cerebrais: duas colunas de feixes de fibras com origem nos hemisférios e que 
constituem a porção anterior do mesencéfalo. 
Ponte: largo feixe de fibras transversais abaixo do mesencéfalo. Seus prolongamentos 
posteriores e laterais são os pedúnculos cerebelares médios (fixam o cerebelo à ponte). O p.c. 
inferior fixa o cerebelo ao bulbo e o p.c. superior fixa o cerebelo ao mesencéfalo. 
A ponte se separa do bulbo por um sulco (sulco bulbo-pontino ) e o bulbo (mais 
dilatado)continua com a medula sem um limite macroscópico preciso. 
Fórnix: estrutura abaixo do corpo caloso, podendo ser considerada 
parte dodiencéfalo. Entre o fórnix e o corpo caloso há uma 
lâmina delgada – o septo pelúcido e, lateralmente a ele, está 
uma cavidade que é o ventrículo lateral (o septo separa os dois 
ventrículos). 
- Posteriormente ao fórnix, na sua parte mais anterior e 
inferior, há uma abertura – o forame interventricular, canais 
que comunicam o ventrículo lateral de cada hemisfério com 
o III ventrículo. 
Sulco hipotalâmico: encontra-se na parede lateral do 
III ventrículo e separa duas partes do diencéfalo: o tálamo, 
situado superiormente ao sulco, e o hipotálamo, 
inferiormente a ele. 
- Na parte mais inferior do hipotálamo fica a hipófise, 
importante glândula exócrina. 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (A.G.) 
Do ponto de vista funcional, pode-se dividir o sistema 
nervoso em SN somático e SN visceral. 
- O sistema nervoso somático é aquele que relaciona o organismo 
com meio. É constituído pela parte aferente (conduzem estímulos 
dos meios externos, originados em receptores periféricos, aos centros nervosos) e pela parte 
eferente (leva aos músculos esqueléticos o comando dos centros nervosos). 
- O sistema nervoso visceral relaciona-se com a inervação das estruturas viscerais (órgãos 
internos do corpo que contêm espaços) e é muito importante para a integração da atividade 
das vísceras no sentido da manutenção da constância do meio interno (homeostase). É 
constituído pela parte aferente (conduzem impulsos originados em receptores das vísceras aos 
centros nervosos) e pela parte eferente (leva os impulsos dos centros nervosos até as 
glândulas, músculos lisos e cardíaco). 
Por definição, denomina-se sistema nervoso autônomo apenas o componente 
eferente do sistema nervoso visceral que divide-se em simpático e parassimpático. 
SISTEMA NERVOSO VISCERAL AFERENTE: as fibras viscerais conduzem 
impulsos nervosos originados em receptores situados nas vísceras (visceroceptores). Em geral estas fibras 
integram nervos predominantemente viscerais, juntamente com 
as fibras do SN autônomo. 
- Os impulsos nervosos aferentes viscerais passam por gânglios sensitivos antes de 
penetrarem no SN central. Os impulsos que penetram pelos nervos espinhais penetram pelos gânglios espinhais, não havendo gânglios diferentes 
para fibras viscerais e somáticas. 
- Ao contrário das fibras somáticas, grande parte das fibras viscerais conduzem impulsos que não se tornam conscientes (por exemplo, impulsos sobre 
a tensão arterial e o teor de O2 no sangue). Contudo, muito impulsos tornam-se conscientes manifestando-se sob a forma de sensações de sede, 
fome, dor, etc. 
- A sensibilidade visceral é mais difusa que a somática, não permitindo uma localização precisa. 
DIFERENÇAS ENTRE SN SOMÁTICO EFERENTE E SN VISCERAL EFERENTE OU AUTÔNOMO: 
Somático eferente: 
1- As fibras nervosas terminam em músculos estriados esqueléticos. 
2- Voluntário. 
3- Existe apenas 1 neurônio (neurônio motor somático, cujo corpo, na medula, 
localiza-se na coluna anterior, saindo o axônio pela raiz anterior e terminando em 
placas motoras nos músculos) entre SNC e órgão efetuador. 
Visceral eferente: 
1- As fibras nervosas terminam em musculo estriado liso e cardíaco ou 
glândula. 
2- Involuntário. 
3- Existem 2 neurônios (neurônios pré-ganglionares que tem o corpo situado dentro 
do SNC e neurônios pós-ganglionares que tem o corpo situado no SNP) entre o SNC 
e o órgão efetuador. 
• Corpos de neurônios fora do SN central tendem a se agrupar formando dilatações – os gânglios. 
ORGANIZAÇÃO GERAL DO SN AUTÔNOMO: neurônios pré e pós-ganglionares são os elementos 
fundamentais da organização da parte periférica do SN autônomo. 
- Neurônios pré-ganglionares: os corpos desses neurônios se agrupam no tronco encefálico formando os núcleos de origem de alguns nervos 
cranianos, e na medula eles ocorrem do 1º ao 12º segmentos torácicos (T1 a T12), segmentos lombares (L1 e L2) (formando uma coluna lateral na 
porção torácico-lombar) e segmentos da medula sacral (S2, S3, S4). Os axônios são envolvidos pela bainha de mielina e bainha de neurilema e 
constituem as fibras-pré- ganglionares, assim denominada por estar situada antes de um gânglio, onde termina fazendo sinapse com o neurônio pós 
ganglionar. 
-Neurônios pós-ganglionares: os corpos desses neurônios se agrupam formando gânglios. Os axônios são envolvidos pela bainha de neurilema e 
constituem as fibras-pós-ganglionares. 
 
DIFERENÇAS ENTRE O SN SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO: SN autônomo se distingue nas duas partes. 
Diferenças anatômicas - posição dos neurônios pré-ganglionares: 
• simpático – localizam-se na medula torácica e lombar (entre T1 e T2); diz-se, 
portanto, que o SN simpático é tóraco-lombar. 
• parassimpático – localizam-se no tronco encefálico (portanto, dentro do crânio) 
e na medula sacral (S2, S3, S4); logo é crânio-sacral. 
- posição dos neurônios pós-ganglionares: 
• simpático – localizam-se longe das vísceras e próximo da coluna vertebral, 
formando os gânglios para-vertebrais e pré-vertebrais. 
• parassimpático – localizam-se próximos ou dentro das vísceras. 
- tamanho das fibras pré e pós-ganglionares: em consequência da posição dos 
gânglios, os tamanhos são diferentes. 
• simpático – a fibra pré-ganglionar é curta e a pós-ganglionar é longa. 
• parassimpático – a fibra pré-ganglionar é longa e a pós-ganglionar é curta. 
Diferenças farmacológicas - dizem respeito à ação das drogas; ao injetar, por 
exemplo, adrenalina e noradrenalina, obtemos efeitos que se assemelham aos 
obtidos por ação do SN simpático. Tais drogas que imitam a ação do SN simpático 
são denominadas simpaticomiméticas. Existem também drogas, como a 
acetilcolina, que imitam a ação do parassimpático; são as 
parassimpáticomiméticas. 
- A ação da fibra nervosa sobre o efetuador (músculo ou glândula) se faz por meio de um mediador químico (neurotransmissor), dos quais os mais 
importantes são a acetilcolina e a noradrenalina. As fibras nervosas que liberam a acetilcolina são chamadas colinérgicas e as que liberam 
noradrenalina são as adrenérgicas. 
• simpático – A fibra pré-ganglionar é colinérgica e a fibra pós-ganglionar é adrenérgica. 
• parassimpático – A fibra pré-ganglionar é colinérgica e a fibra pós-ganglionar também é colinérgica. 
Diferenças fisiológicas – de modo geral, os sistemas simpático e parassimpático tem ação antagônica. 
• simpático – ação difusa ou localizada, atingindo vários órgãos // gastador de energia. 
• parassimpático – ação localizada a um setor ou órgão // economizador de energia. 
Síndrome de emergência de Cannon: é uma reação de alarma que ocorre em certas ocasiões emocionais e de emergência quando o indivíduo deve 
estar preparado para lutar ou fugir. Nesse caso todo o sistema simpático é ativado, produzindo uma descarga em massa, na qual a medula supra-
renal também é ativada, lançando no sangue adrenalina, que agirá em todo o corpo. 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (ANATOMIA DO SIMPÁTICO, DO PARASSIMPÁTICO E DOS 
PLEXOS VISCERAIS) 
TRONCO SIMPÁTICO: formado por uma cadeia de gânglios unidos através de ramos interganglionares. Cada tronco simpático estende-se, de cada 
lado, da base do crânio até o cóccix onde termina unindo-se com o do lado oposto. Os gânglios do tronco dispõem-se de cada lado da coluna 
vertebral em toda sua extensão e são denominados gânglios para-vertebrais. 
NERVOS ESPLÂNCNICOS E GÂNGLIOS PRÉ-VERTEBRAIS: os nervos esplâncnicos originam-se da porção torácica e do tronco simpático (a partir 
de T5); tendo trajeto descendente, atravessam o diafragma e penetram na cavidade abdominal onde terminam nos chamados gânglios pré-vertebrais 
– estes localizam-se anteriormente à coluna vertebral e aorta abdominal. 
- Ainda existem: dois gânglios celíacos, direitoe esquerdo situados na origem do tronco celíaco; dois gânglios aórtico-renais, na origem das artérias 
renais; um gânglio mesentérico superior e outro mesentérico inferior próximo à origem das artérias de mesmo nome. Os nervos esplâncnicos maior 
e menor terminam respectivamente nos gânglios celíaco e aórtico-renal. 
RAMOS COMUNICANTES: os ramos comunicantes brancos (constituídos de fibras pré-ganglionares) localizam-se na região torácica e lombar alta, 
e unem a medula ao tronco simpático, e os ramos comunicantes cinzentos unem o tronco simpático aos nervos espinhais. 
FILETES VASCULARES E NERVOS CARDÍACOS: os filetes nervosos saem do tronco simpático e dos gânglios pré-vertebrais que se acolam às 
artérias e seguem com elas até as vísceras. Os filetes que chegam às vísceras por um trajeto independente das artérias são os nervos cardíacos.

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