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MF - Ministério da Fazenda SPPS - Secretaria de Políticas de Previdência Social DRPSP - Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público ABIPEM - 4º CONGRESSO BRASILEIRO DE CONSELHEIROS DE RPPS BRASÍLIA - DF - 24 DE NOVEMBRO DE 2016 GESTÃO ATUARIAL EQUILÍBRIO FINANCEIRO E ATUARIAL: LEGISLAÇÃO Constituição Federal: art. 40; art. 37, 70 e 249. Lei nº 9.717/1998: art. 1º; art. 6º. Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF: art. 69; art. 4º, § 2º, IV, “a”. Decreto nº 3.788/2001. Portaria MPS nº 403/2008. PORTARIA MPS 403/2008 - ESTRUTURA Seção I - Disposições Preliminares: art. 2º (definições). Seção II - Regimes Financeiros e Métodos de Financiamento: art. 4º. Seção III - Premissas Atuariais: art. 5º a 11. Seção IV - Base Cadastral: art. 12 a 15. Seção V - Apuração do Resultado Atuarial e Equacionamento do Deficit Atuarial: art. 16 a 19. Seção VI - Segregação da Massa: art. 20 a 22. Seção VII - Disposições Finais: art. 25 a 27 (revisão de plano de custeio, insuficiências financeiras e acompanhamento pela SPPS). I - Equilíbrio Financeiro: garantia de equivalência entre as receitas auferidas e as obrigações do RPPS em cada exercício financeiro. II - Equilíbrio Atuarial: garantia de equivalência, a valor presente, entre o fluxo das receitas estimadas e das obrigações projetadas, apuradas atuarialmente, a longo prazo. EQUILÍBRIO FINANCEIRO E ATUARIAL - DEFINIÇÃO LEGAL (Portaria MPS nº 403/2008) Equação de Equilíbrio Equação básica que estabelece o valor justo de receitas que devem ser arrecadadas e geridas mediante regime financeiro adequado para fazer frente às despesas previdenciárias, para que os benefícios prometidos possam ser pagos. ....etc... x ä x/r Apos nx: äContrib VABFVACF FuturosBenefíciosdosAtualValorFuturasõesContribuiçdasAtualValor BENEFÍCIOÃOCONTRIBUIÇ RPPSdoObrigaçãoseguradodoeentedoObrigação 1313 y x . . . a a+1 . . . . . . w-1 w EFA e Resultado Atuarial - Benefícios em Capitalização VACF VABF ALP Resultado da Avaliação: • Se ALP + VACF = VABF => Equilíbrio; • Se ALP + VACF < VABF => Déficit; • Se ALP + VACF > VABF => Superávit. • Estudo técnico desenvolvido pelo atuário, baseado nas características biométricas, demográficas e econômicas da população analisada, com o objetivo principal de estabelecer, de forma suficiente e adequada, os recursos necessários para a garantia dos pagamentos dos benefícios previstos pelo plano. (Portaria MPS 403/2008, Art. 2º, VI ) AVALIAÇÃO ATUARIAL DEFINIÇÃO LEGAL • O que é uma avaliação (ou cálculo) atuarial? É um estudo matemático, realizado por um profissional habilitado (atuário), que utiliza conceitos financeiros, econômicos e probabilísticos, com a finalidade de dimensionar o montante dos recursos e contribuições necessários ao pagamento futuro dos benefícios (custo do plano). Esse estudo fundamenta-se em três conjuntos de elementos: base normativa dos benefícios, base cadastral dos segurados e base atuarial. AVALIAÇÃO ATUARIAL: CONCEITO Nota Técnica Atuarial: Documento que descreve as bases técnicas, premissas e formulações utilizadas para os cálculos. Relatório da Avaliação Atuarial: Apresenta, de forma descritiva, as bases, hipóteses e resultados apurados pela avaliação atuarial. Parecer Atuarial: Apresenta, de forma conclusiva, a situação financeira e atuarial do plano, certifica a adequação da base de dados e das hipóteses utilizadas na avaliação e aponta medidas para a busca e manutenção do equilíbrio financeiro e atuarial. Demonstrativo de Resultado da Avaliação Atuarial - DRAA: Resumo da avaliação atuarial, encaminhado ao Ministério da Previdência Social, até o dia 31 de março de cada exercício. AVALIAÇÃO ATUARIAL: DOCUMENTOS PRODUZIDOS Nota Técnica Atuarial - NTA • É o documento exclusivo de cada RPPS que descreve de forma clara e precisa as características gerais dos planos de benefícios, a formulação para o cálculo do custeio e das reservas matemáticas previdenciárias, as suas bases técnicas e premissas a serem utilizadas nos cálculos, contendo, no mínimo, os dados constantes do Anexo da Portaria nº 403/2008. Atuária – Aplicada aos RPPS (Portaria MPS 403/2008, Art. 2º, VII ) Elementos Mínimos da Nota Técnica Atuarial - NTA Portaria MPS nº 403/2008 NOTA TÉCNICA ATUARIAL – Elementos mínimos 1. Objetivo. 2. Hipóteses atuariais utilizadas no cálculo (Biométricas, Demográficas, Financeiras e Econômicas) Tábuas Biométricas; Expectativa de Reposição de Servidores Ativos; Composição Familiar; Taxa de Juro Real; Taxa de Crescimento do Salário por Mérito; Projeção de Crescimento Real do Salário por Produtividade; Projeção de Crescimento Real dos Benefícios do Plano; Fator de Determinação do Valor Real ao Longo do Tempo dos Salários; Fator de Determinação do Valor Real ao Longo do Tempo dos Benefícios. 3. Tipos de benefícios assegurados pelo RPPS. Metodologia de cálculo do benefício assegurado 4. Regimes Financeiros e Métodos de financiamento (descrição e expressão de cálculo) 5. Expressão de cálculo dos valores atuais de: Benefícios Futuros (a conceder e concedidos) - VABF Contribuições Futuras (ente, servidores e assistidos) - VACF Salários Futuros - VASF 6. Expressão de cálculo e evolução das Reservas Matemáticas 7. Expressão de cálculo do Custo Anual (Normal e Suplementar) 8. Metodologia de cálculo da Compensação Previdenciária 9. Parâmetros da Segregação da Massa se for o caso. Exemplo Simplificado de NTA NOTA TÉCNICA ATUARIAL RPPS Município de ABC NTA Atuária – Aplicada aos RPPS NOTA TÉCNICA ATUARIAL do RPPS de ABC 1. Objetivo. A presente nota técnica atuarial tem por finalidade servir de base para a avaliação inicial e as reavaliações atuariais subsequente para mensuração dos custos e forma de custeio adequado à cobertura das obrigações previdenciárias. 2. Hipóteses atuariais utilizadas no cálculo (Biométricas, Demográficas, Financeiras e Econômicas) Hipóteses Parametros Taxa de Juros Real 6 % Taxa Real de Crescimento do Salário por Mérito 0,5% Projeção de Crescimento Real do Salário por Produtividade 2,5% Projeção de Crescimento Real dos Benefícios do Plano 0% Fator de Determinação do valor real ao longo do tempo Dos Salários 100% Fator de Determinação do valor real ao longo do tempo Dos Benefícios 100% Novos Entrados * Nula Tábua de Mortalidade de Válido (evento gerador morte) At 2000 Tábua de Mortalidade de Válido (evento gerador sobrevivência) At 2000 Tábua de Mortalidade de Inválido ** At 2000 Tábua de Entrada em Invalidez *** Álvaro Tábua de Morbidez Nula Outras Tábuas utilizadas Nula Composição Familiar Nula 3. Tipos de benefícios assegurados pelo RPPS. Aposentadoria por TC e Contribuição Aposentadoria por Idade Aposentadoria Compulsória Aposentadoria por Invalidez Pensão por morte do segurado Metodologia de cálculo do benefício assegurado. 4. Regimes Financeiros e Métodos de financiamento Regime de Repartição de Capitais de Cobertura o Aposentadoria por Invalidez o Pensão por morte do segurado Regime de Capitalização – Método de financiamento - PUC o Aposentadoria por TC e Contribuição o Aposentadoria por Idade o Aposentadoria Compulsória NTA 5. Formulações Matemáticas (Expressões de cálculo) Dos valores atuais de Benefícios Futuros (a conceder e concedidos) – VABF; dos valores atuais das Contribuições Futuras (ente, servidores eassistidos) – VACF; das Reservas Matemáticas e sua evolução; do Custo Anual (Normal e Suplementar). 5.1. Benefícios a Conceder: 5.1. 1. Em Regime Financeiro de Repartição de Capitais de Cobertura: Aposentadoria por Invalidez FCaiBENfCN aiHxx PMS x API x )12( 1001% FSal CN CN n serv API serv API T (*) Não foram calculadas as provisões matemáticas individualizadas, devido à formação de fundo garantidor do capital de cobertura, portanto não será constituída a reserva matemática individualizada. Pensão por morte do segurado – Em Atividade FCaqBENfCN aHx aa x PMS x PMS x )12( 1001% FSal CN CN n serv PMS serv PMS T (*) Não foram calculadas as provisões matemáticas individualizadas, devido à formação de fundo garantidor do capital de cobertura, portanto não será constituída a reserva matemática individualizada. REGIMES FINANCEIROS Os regimes financeiros determinam a forma adotada para o financiamento dos benefícios, ou seja, como serão quantificadas as contribuições necessárias face aos fluxos de pagamento de benefícios e demais despesas previstos para o plano. O dimensionamento das reservas matemáticas é função do regime financeiro adotado: a) Repartição simples. b) Repartição de capitais de cobertura. c) Capitalização. REGIME FINANCEIRO DE REPARTIÇÃO SIMPLES No regime financeiro de repartição simples são arrecadados apenas os recursos suficientes para cobrir as despesas esperadas do mesmo exercício com benefícios de pagamento único cujo evento gerador seja invalidez, morte, doença ou reclusão, ou benefícios temporários de curta duração, nos casos de doença ou reclusão. Não há constituição de reservas matemáticas para fazer frente aos compromissos calculados sob esse regime, admitindo-se a constituição de fundo previdencial com eventuais excedentes financeiros verificados, para utilização no financiamento desses benefícios. Portaria MPS 403/2008 (art. 4º, § 3º): Admitido apenas (*) para benefícios de curto prazo: auxílio-doença, salário-maternidade, auxílio- reclusão e salário-família. (*) Exceção: Plano Financeiro de RPPS com segregação da massa. REGIME FINANCEIRO DE REPARTIÇÃO SIMPLES CAIXA $ $ Receita Corrente de Contribuições Relativas aos Atuais Servidores Laborativos Válvula de Benefício: Fluxo Proveniente da Receita Corrente de Contribuições Relativas à Atual Geração de Servidores Laborativos Dimensiona a obrigação previdencial corrente com o pagamento dos atuais benefícios concedidos. Fluxo de Pagamento dos Benefícios Correntes da Atual Geração de Servidores Assistidos Solidariedade entre Gerações de Servidores REGIME FINANCEIRO DE REPARTIÇÃO DE CAPITAIS DE COBERTURA No regime financeiro de repartição de capitais de cobertura há constituição de reservas matemáticas apenas para os benefícios concedidos. Admite-se a utilização desse regime para o financiamento dos benefícios de risco de prestação continuada de aposentadoria por invalidez, pensão por morte de segurado em atividade, doença ou reclusão. (art. 4º, § 2º) Constitui Reserva Matemática para Benefícios Concedidos. A arrecadação de um período deve ser suficiente para formação de um patrimônio suficiente para pagamento dos benefícios gerados no mesmo período e que serão pagos no exercício atual e nos exercícios seguintes. REGIME FINANCEIRO DE CAPITALIZAÇÃO Capitalização: Meio de formação da poupança previdenciária em regime de mutualismo, enquanto se está trabalhando, para que esse montante planejado garanta os benefícios a serem concedidos. É um conceito de economia intertemporal em que não se gasta (não se consome) tudo o que se ganha na fase laborativa, mas se busca acumular poupança para garantir no futuro. Cada geração deve constituir as suas próprias reservas previdenciárias. O regime financeiro de capitalização pressupõe o financiamento gradual do custo dos benefícios futuros durante a vida laboral do participante. É obrigatória a utilização desse regime para o financiamento dos benefícios que sejam programados e continuados, sendo facultativo para os demais benefícios (aposentadoria programadas e pensões por morte de aposentado - art. 4º, § 1º). Receita Atual de Contribuições Geração 1 (G1) Despesa Atual com Benefícios Geração 2 (G2) Contrib. Atual Servidores - G1 Contrib. Atual Prefeitura - G1 Despesas Administrativas Ganhos de Mercado Despesa Futura com Benefícios da G1 Regime de Repartição Simples Regime CapitalizadoFUNDO RPPS (Analogia Hidráulica – Prof. Recamonde) Benefícios e Regime de Financiamento MÉTODOS DE FINANCIAMENTO Regime Financeiro de Capitalização pressupõe a formação de reservas para o pagamento dos benefícios. Mas de que forma essas reservas serão acumuladas? A resposta é dada pelo método de financiamento. Ele estabelece o “ritmo” de acumulação das reservas. A escolha do método de financiamento irá determinar se o custeio será estável ou crescente ao longo dos anos futuros. Método de financiamento atuarial mínimo para apuração dos custos projetados dos benefícios avaliados em regime de capitalização: Crédito Unitário Projeto - PUC (art. 4º, § 1º). BASE NORMATIVA Rol de benefícios, valores e critérios de elegibilidades (LEI) CÁLCULO DO CUSTO E OBRIGAÇÕES DO PLANO DE BENEFÍCIOS DO RPPS Fonte: Adaptado de Gushiken (2002) BASE CADASTRAL Características individuais dos Participantes (CADASTRO) BASE ATUARIAL Hipóteses atuariais e mecanismos de projeção de valores futuros (NTA) DIMENSÕES/BASES DA AVALIAÇÃO ATUARIAL • BASE NORMATIVA DOS BENEFÍCIOS Identifica na legislação do RPPS: relação de benefícios abrangidos, regras de concessão, períodos de carência, metodologia de cálculo e fórmula de reajuste. RPPS não apresentam grandes variações em sua base normativa de benefícios, pois tem configuração definida no texto constitucional e os benefícios que representam maior custo (aposentadorias e pensão) são obrigatórios. Demais benefícios (auxílio-doença, auxílio-reclusão, salário- maternidade e salário-família), podem ou não integrar o plano de benefícios. RPPS operam com plano na modalidade de “benefício definido - BD”, enquanto previdência complementar em regra tem planos de “contribuição definida - CD”. AVALIAÇÃO ATUARIAL: DIMENSÕES/BASES • BASE ATUARIAL Conjunto de hipóteses atuariais: expectativas de sobrevivência, mortalidade, invalidez e morbidez dos participantes (tábuas biométricas); estimativas de inflação; projeção das taxas de juros que serão alcançadas pela aplicação dos recursos do plano; perspectivas de crescimento da remuneração; rotatividade dos participantes; ingresso de novos segurados. • BASE CADASTRAL Conjunto de características individuais dos segurados e de seus dependentes (sexo, idade, tempo no serviço público, tempo de serviço anterior, categoria com direito a aposentadoria especial, composição do grupo familiar). AVALIAÇÃO ATUARIAL: CONCEITOS • Artigos 5º a 11 da Portaria MPS 403/2008: TÁBUAS BIOMÉTRICAS MÍNIMAS: IBGE ambos os sexos (sobrevivência e mortalidade) e Álvaro Vindas (entrada em invalidez). ROTATIVIDADE: máximo de 1%. REPOSIÇÃO DE ATIVOS (novos entrados): máximo de 1:1. TAXA DE CRESCIMENTO DA REMUNERAÇÃO ao longo da carreira : mínimo de 1% ao ano. TAXA REAL DE JUROS: máximo de 6% ao ano. CUSTO COM “AUXÍLIOS”: média do custo efetivo nos três últimos exercícios. COMPENSAÇÃO PREVIDENCIÁRIA A RECEBER: máximo de 10% do VABF, se não possuir base cadastral adequadaou não demonstrar cálculo individualizado. HIPÓTESES (OU PREMISSAS) ATUARIAIS HIPÓTESE ATUARIAL REALIDADE versus HIPÓTESE ADOTADA IMPACTO NO CUSTO Taxa de juros real (investimentos do RPPS) Taxa real obtida superior à estimada Diminui Taxa real obtida inferior à estimada Aumenta Taxa real de crescimento da remuneração Crescimento real superior ao estimado Aumenta Crescimento real inferior ao estimado Diminui Taxa real de crescimento dos proventos (benefícios) Crescimento real superior ao estimado Aumenta Crescimento real inferior ao estimado Diminui Rotatividade anual do servidores Taxa de rotatividade superior à estimada Diminui Taxa de rotatividade inferior à estimada Aumenta Idade de novos entrados (ingresso novos servidores) Idade real superior à estimada Aumenta Idade real inferior à estimada Diminui Mortalidade de servidores válidos (pensão por morte) Mortalidade real superior à estimada Aumenta Mortalidade real inferior à estimada Diminui Sobrevivência de servidores válidos (aposentadorias) Sobrevivência real superior à estimada Aumenta Sobrevivência real inferior à estimada Diminui Mortalidade e sobrevivência de inválidos Sobrevivência real superior à estimada Aumenta Sobrevivência real inferior à estimada Diminui Entrada em invalidez Invalidez real superior à estimada Aumenta Invalidez real inferior à estimada Diminui Morbidez (afastamentos por doença) Afastamento real superior ao estimado Aumenta Afastamento real inferior ao estimado Diminui Composição familiar (idades da família padrão) Idades reais superiores ao estimado Diminui Idades reais inferiores ao estimado Aumenta BASE CADASTRAL Art. 12. A avaliação atuarial deverá contemplar os dados de todos os servidores ativos e inativos e pensionistas, e seus respectivos dependentes, vinculados ao RPPS, de todos os poderes, entidades e órgãos do ente federativo. Art. 13. O Parecer Atuarial deverá conter, de forma expressa, a avaliação da qualidade da base cadastral, destacando a sua atualização, amplitude e consistência. § 1º Base cadastral dos segurados esteja incompleta ou inconsistente, o Parecer Atuarial deverá dispor sobre o impacto em relação ao resultado apurado, devendo ser adotadas, pelo ente federativo, providências para a sua adequação até a próxima avaliação atuarial. § 2º Inexistindo na base cadastral informações sobre o tempo de contribuição efetivo para fins de aposentadoria, será considerada a diferença apurada entre a idade atual do segurado e a idade estimada de ingresso no mercado de trabalho, desde que tecnicamente justificada no Parecer Atuarial, respeitado o limite mínimo de dezoito anos. § 3º Na falta ou inconsistência de dados cadastrais dos dependentes, deverá ser estimada a composição do grupo familiar para fins de cálculo do compromisso gerado pela morte do servidor ativo ou inativo, esclarecendo-se, no Parecer Atuarial, os critérios utilizados, sempre numa perspectiva conservadora quanto aos impactos na diminuição das obrigações do RPPS. • Dados cadastrais posicionados entre os meses de julho a dezembro do exercício anterior ao da exigência de sua apresentação. Posição da Base Cadastral • Data da Avaliação: a data focal para o cálculo do valor atual dos compromissos futuros do plano de benefícios, das necessidades de custeio e para precificação dos ativos e apuração do resultado atuarial. • Os valores dos ativos e das obrigações atuariais deverão ser precificados nesta data focal. Data da Avaliação: 31/12/xxxx • Ao término da avaliação serão apresentados os seguintes resultados: Valor Atual dos Benefícios Futuros - VABF: Valor presente dos pagamentos futuros de benefícios pelo RPPS (concedidos e a conceder). Valor Atual das Contribuições Futuras - VACF: Valor presente das contribuições a serem recebidas pelo RPPS. Reservas (ou Provisões) Matemáticas Previdenciárias: Totalidade de compromissos líquidos futuros do RPPS com seus segurados. Correspondem ao Passivo Atuarial, obtido pela fórmula: Passivo = VABF (-) VACF. Resultado Atuarial: Diferença entre o Passivo Atuarial (Reservas Matemáticas Previdenciárias) e o Ativo Real Líquido (patrimônio já acumulado pelo RPPS e créditos a receber). • O resultado atuarial poderá se apresentar: Equilibrado: Passivo = Ativo. Superavitário: Passivo < Ativo. Deficitário: Passivo > Ativo. RESULTADO ATUARIAL Art. 17. As avaliações e reavaliações atuariais indicarão o valor presente dos compromissos futuros do plano de benefícios do RPPS, suas necessidades de custeio e o resultado atuarial. § 1º O passivo atuarial do RPPS é representado pelas reservas matemáticas previdenciárias que correspondem aos compromissos líquidos do plano de benefícios. § 2º Na hipótese do RPPS constituir fundo previdencial para oscilação de risco este deverá compor o passivo atuarial. § 3º As reservas matemáticas previdenciárias serão registradas no Passivo Exigível a Longo Prazo, no grupo de contas denominado Provisões Matemáticas Previdenciárias, observado o detalhamento estabelecido no Plano de Contas aplicável aos RPPS. § 4º O resultado atuarial será obtido pela diferença entre o passivo atuarial e o ativo real líquido, sendo este representativo dos recursos já acumulados pelo RPPS RESULTADO ATUARIAL Art. 17. ... § 7º A reavaliação atuarial anual indicará o plano de custeio necessário para a cobertura do custo normal e do custo suplementar do plano de benefícios do RPPS, em relação à geração atual. § 8º O plano de custeio contemplará o valor necessário para a cobertura da taxa de administração definida para o RPPS. Custo Normal: o valor correspondente às necessidades de custeio do plano de benefícios do RPPS, atuarialmente calculadas, conforme os regimes financeiros e método de financiamento adotados, referentes a períodos compreendidos entre a data da avaliação e a data de início dos benefícios. (artigo 2º, XV) Custo Suplementar: o valor correspondente às necessidades de custeio, atuarialmente calculadas, destinadas à cobertura do tempo de serviço passado, ao equacionamento de déficits gerados pela ausência ou insuficiência de alíquotas de contribuição, inadequação da metodologia ou hipóteses atuariais ou outras causas que ocasionaram a insuficiência de ativos necessários às coberturas das reservas matemáticas previdenciárias. (artigo 2º, XVI) RESULTADO ATUARIAL • Caso a avaliação atuarial apure a existência de deficit atuarial, deverá ser estabelecido plano de amortização para o seu equacionamento. (art. 18) • Características do plano de amortização (artigos 18 e 19): Prazo máximo de 35 anos. Revisto anualmente, a cada nova avaliação. Somente é considerado implementado a partir de seu estabelecimento em lei. Pode ser definido por meio de alíquota de contribuição suplementar ou por aportes periódicos cujos valores sejam preestabelecidos. Viabilidade orçamentária e financeira. RESULTADO ATUARIAL 06/06/13 EQUACIONAMENTO DO DEFICIT ATUARIAL AMORTIZAÇÃO COM ALÍQUOTAS SUPLEMENTARES AMORTIZAÇÃO EM APORTES PERIÓDICOS COM VALORES PREESTABELECIDOS SEGREGAÇÃO DA MASSA (?) Aporte de bens, direitos e demais ativos de qualquer natureza para constituição dos fundos • Alternativamente ao plano de amortização, o déficit atuarial pode ser equacionado por meio da segregação da massa dos segurados. • Características da segregação (artigos 20 a 22): Consiste na separação dos segurados em dois grupos, a partir de uma data de corte estipulada com base em sua data de admissão (ou de concessão dos benefícios). O grupo mais antigo permanece no Plano Financeiro, onde as contribuições arrecadadas são destinadas ao pagamento dos benefícios,sem objetivo de formação de reservas (regime de repartição simples), e as insuficiências financeiras são cobertas com recursos do Tesouro. SEGREGAÇÃO DA MASSA O grupo mais recente é destinado ao Plano Previdenciário, estruturado com a finalidade de formação de reservas para o pagamento futuro dos benefícios (regime de capitalização). A segregação da massa deve ser estabelecida em lei e acompanhada da separação orçamentária, financeira e contábil dos recursos e obrigações de cada Plano. É vedada qualquer transferência de segurados, recursos ou obrigações entre o Plano Financeiro e o Plano Previdenciário. • Virtudes da segregação: Isola os riscos. Permite efetiva capitalização do Plano Previdenciário. • Desafios/riscos da segregação: Compatibilizar a fase de maior necessidade de cobertura das insuficiências financeiras com capacidade pagamento do ente federativo e limites das despesas com pessoal. Evitar que recursos do Plano Previdenciário sejam transferidos para cobrir obrigações do Plano Financeiro ou outras finalidades. SEGREGAÇÃO DA MASSA SEGREGAÇÃO DA MASSA - EVOLUÇÃO HIPOTÉTICA DO PLANO FINANCEIRO -R$ 140.000.000,00 -R$ 100.000.000,00 -R$ 60.000.000,00 -R$ 20.000.000,00 R$ 20.000.000,00 R$ 60.000.000,00 R$ 100.000.000,00 R$ 140.000.000,00 R$ 180.000.000,00 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 RECEITAS DESPESAS INSUFICIÊNCIA FINANCEIRA Dois planos: Previdenciário e Financeiro. Novos parâmetros para modelagem. Eficiência e economicidade. Plano Financeiro”: grupo em extinção, com avaliação dos compromissos à taxa de juros de 0%. Avaliação prévia obrigatória pelo DRPSP. Vedação a Plano Previdenciário que se inicie deficitário. Recursos garantidores já constituídos: todos para o Plano Previdenciário. Créditos de parcelamento: admite-se vinculação ao Plano Financeiro. Implementação mediante definição em lei e efetiva separação dos recursos. SEGREGAÇÃO DA MASSA Art. 25. A revisão do plano de custeio que implique em redução das alíquotas ou aportes destinados ao RPPS deverá ser submetida previamente à aprovação da SPPS e deverá atender, cumulativamente, os seguintes parâmetros: I - Índice de Cobertura igual ou superior a 1,25 em, no mínimo, cinco exercícios consecutivos, para os planos superavitários; II - a avaliação atuarial indicativa da revisão tenha sido fundamentada em base cadastral atualizada, completa e consistente, inclusive no que se refere ao tempo de serviço e de contribuição anterior dos segurados; REVISÃO DE PLANO DE CUSTEIO OU SEGREGAÇÃO III - os bens, direitos e demais ativos considerados na apuração do resultado atuarial estejam avaliados a valor de mercado e apresentem liquidez compatível com as obrigações do plano de benefícios; IV - o histórico da rentabilidade das aplicações e investimentos dos recursos do RPPS não tenha apresentado performance inferior à meta estabelecida na política anual de investimentos dos três últimos exercícios; V - a taxa de juros utilizada na avaliação atuarial seja condizente com a meta estabelecida na política de investimentos dos recursos do RPPS, em perspectiva de longo prazo. REVISÃO DE PLANO DE CUSTEIO OU SEGREGAÇÃO MF - Ministério da Fazenda SPPS - Secretaria de Políticas de Previdência Social DRPSP - Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público NARLON GUTIERRE NOGUEIRA Diretor do Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público
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