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Definição (o que é) IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é um índice que serve de comparação entre os países, com objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. O relatório anual de IDH é elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. Este índice também é usado para apurar o desenvolvimento de cidades, estados e regiões. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e Produto Interno Bruto per capita. Classificação de acordo com o IDH (leva em consideração a classificação, ranking): - 25% de menor IDH - desenvolvimento humano baixo (geralmente países pobres). - 25% acima dos de menor IDH - desenvolvimento humano médio (geralmente países em processo de desenvolvimento). - 25% abaixo dos países de melhor IDH - desenvolvimento humano alto (geralmente países em rápido processo de crescimento econômico - emergentes). - 25% de melhor IDH - desenvolvimento humano muito alto (geralmente países ricos e bem desenvolvidos). De acordo com dados para 2017 (Pnud de 2018), o IDH do Brasil é 0,759 (79º entre 189 países). Embora apresente deficiências no sistema educacional, o IDH do Brasil é considerado de alto desenvolvimento humano, pois o país vem apresentando bons resultados econômicos e sociais nos últimos anos. A expectativa de vida em nosso país também tem aumentado, colaborando para a melhoria do índice, nos últimos anos. Mudanças no Pnud 2011 Em 2010 foram analisados 169 países. Já em 2011 e 2012, o número de países e territórios analisados foi de 187. Esta mudança dificulta a comparação de ranking entre os dados dos relatórios de 2010 e anos seguintes. O conceito de desenvolvimento humano nasceu definido como um processo de ampliação das escolhas das pessoas para que elas tenham capacidades e oportunidades para serem aquilo que desejam ser. Diferentemente da perspectiva do crescimento econômico, que vê o bem-estar de uma sociedade apenas pelos recursos ou pela renda que ela pode gerar, a abordagem de desenvolvimento humano procura olhar diretamente para as pessoas, suas oportunidades e capacidades. A renda é importante, mas como um dos meios do desenvolvimento e não como seu fim. É uma mudança de perspectiva: com o desenvolvimento humano, o foco é transferido do crescimento econômico, ou da renda, para o ser humano. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O objetivo da criação do IDH foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. OIDH pretende ser uma medida geral e sintética que, apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, não abrange nem esgota todos os aspectos de desenvolvimento. O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) é reconhecido pelas Nações Unidas como um exercício intelectual independente e uma importante ferramenta para aumentar a conscientização sobre o desenvolvimento humano em todo o mundo. Com sua riqueza de dados e abordagem inovadora para medir o desenvolvimento, o RDH tem um grande impacto nas reflexões sobre o tema no mundo todo. Os RDHs incluem o Índice de Desenvolvimento Humano e apresentam dados e análises relevantes à agenda global e abordam questões e políticas públicas que colocam as pessoas no centro das estratégias de enfrentamento aos desafios do desenvolvimento. O PNUD publica anualmente um RDH Global, com temas transversais e de interesse internacional, bem como o cálculo do IDH de grande parte dos países do mundo. Além dele, são publicados periodicamente centenas de RDHs nacionais, incluindo os do Brasil. Até hoje, o PNUD Brasil já publicou três Relatórios e dois Atlas de Desenvolvimento Humano nacionais. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma unidade de medida utilizada para aferir o grau de desenvolvimento de uma determinada sociedade nos quesitos de educação, saúde e renda. A utilização de um indicador que envolvesse outras variáveis que não somente a questão econômica ocorreu pela primeira em 1990 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Esse indicador foi criado pelo paquistanês Mahbub Ul Haq e pelo indiano Amartya Sem. A utilização das variáveis educação, saúde e renda permite uma comparação com praticamente todos os países do globo e serve de referência para mensurar a resposta de determinado país frente a essas importantes demandas. O IDH é uma referência numérica que varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de zero, menor é o indicador para os quesitos de saúde, educação e renda. Quanto mais próximo de 1, melhores são as condições para esses quesitos. No mundo, nenhum país possui o IDH zero ou um. Os países com o IDH mais elevado no ano de 2017 foram: Noruega (0,949), Austrália (0,939), Suíça (0,939), Alemanha (0,926) e Dinamarca (0,925). Entre os menores IDHs, estão Burundi (0,404), Burkina Faso (0,402), Chade (0,306), Níger (0,353) e República Centro-Africana (0,352). O Brasil figura na posição 79ª, com um IDH de 0,754. Importância dos Indicadores O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baseia-se em três principais indicadores: Educação, Saúde e Renda. A importância desses indicadores é a abrangência que eles possuem, pois, de modo geral, todos os cidadãos de qualquer país, em alguma medida, são alcançados por uma dessas variáveis. O indicador educação refere-se à quantidade média de anos de estudo de uma população. Entende-se que, quanto maior for o tempo de permanência de uma população na escola, melhores serão as chances de desenvolvimento para esse país. Por outro lado, mostra ainda o comprometimento dos gestores com o futuro de sua nação, na medida em que esse indicador reflete-se diretamente no desenvolvimento das futuras gerações. Assim, as políticas de Estado para matricular todas as crianças e adolescentes nas escolas e diminuir as taxas de evasão e repetência, por exemplo, visam à melhora da posição do país nesse tipo de indicador. Na variável saúde, avalia-se basicamente a taxa de expectativa de vida dos cidadãos de cada país participante. Entende-se que, quanto maior for essa taxa, melhores serão as condições de vida de seus habitantes. Ações como campanhas de vacinação e educativas sobre saúde, pré-natal, organização de sistemas públicos de saúde, ações de fornecimento de medicamentos, entre outros, colaboram para elevar esse indicador. No quesito renda, mede-se o valor médio do rendimento dos cidadãos com base na média do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de toda a riqueza produzida por um país em determinado período (normalmente anual) dividida pelo número de habitantes. Limitações dos indicadores O índice de desenvolvimento humano (IDH) possui como elementos norteadores os indicadores de saúde (expectativa de vida), educação (anos de escolaridade) e renda (renda per capta), contudo, eles apresentam algumas limitações, que devem ser ponderadas, uma vez que não dialogam com a realidade mais sensível de seus cidadãos, mais especificamente a qualidade dos serviços ofertados na saúde e educação e a desigualdade na distribuição de renda entre as pessoas. Naturalmente, em uma sociedade em que se vive mais e se passa mais tempo na escola, há um melhor ambiente em relação aos lugares com menor expectativa de vida e escolaridade. Contudo, isso não representa, necessariamente, condições para o desenvolvimento humano, como o índice espera mensurar. As baixas condições de saúde e educação oferecidas pelos países com os menores indicadores de desenvolvimento humano contrapõem-se aos elevados números obtidospelos países mais desenvolvidos do globo. Assim, pode-se concluir que ainda que o IDH se proponha a fazer uma avaliação com um menor peso do critério econômico, este se mostra cada vez mais determinante na definição de seus indi. Origem do IDH O IDH surgiu a partir da necessidade de criar um novo índice que levasse em conta os fatores sociais e não apenas os econômicos de um país. Por isso, o economista indiano Amartya Sen e o paquistanês Mahbub ul Haq criaram uma metodologia que considerava o papel do Estado para o bem-estar da sociedade. Com isso, o IDH rompe com a função determinista da análise econômica, baseada apenas em índices como o Produto Interno Bruto (PIB), consumo, industrialização e renda familiar. O IDH passou a ser o principal componente do Relatório para o Desenvolvimento Humano (RDH), produzido pela ONU (Organização das Nações Unidas). Este informe integra o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e auxilia as agências das Nações Unidas a elaborarem planos de ajuda humanitária. Na prática, o IDH é utilizado de modo comparativo, para distinguir os países pelo seu grau de desenvolvimento socioeconômico. Distribuição do Índice de Desenvolvimento Humano pelo mundo Críticas ao IDH Contudo, algumas críticas são feitas a este índice e suas implicações. Dentre elas, destacam-se a exclusão das análises de dados ecológicos e de sustentabilidade. Além disso, aponta-se que o IDH é falho porque mede a quantidade e a qualidade de alguns setores como a educação. Da mesma forma, o IDH seria apenas um indicativo potencial e que dissimula a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano pelo globo. Cálculo do IDH Para realizar o cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), três fatores são considerados: educação, saúde e economia. Vejamos quais são os dados utilizados para cada um desses itens. Educação Dois números são levados em conta: a taxa de alfabetização e o tempo de escolaridade. O nível de alfabetização de uma população revela que todos tiveram oportunidade de receber a educação mais elementar, adquirindo habilidades de leitura, escrita e matemática. Já o tempo de escolaridade, mede o tempo que cada cidadão deve permanecer na escola para considerar-se escolarizado. Esses dois números podem revelar o quanto está estendida a educação de um território. O termo IDH foi criado para avaliar o nível de desenvolvimento humano dos países, ou seja, o modo como vivem as pessoas nas diversas nações do mundo. Esse método foi criado por Mahbud Ul Hag, um economista de origem paquistanesa. A abordagem desenvolvida por tal método oferece um detalhe maior em relação à realidade humana, e não somente aos aspectos econômicos e rendimentos. O estudo ou análise de um IDH se tornou, hoje, um importante instrumento para identificar as evoluções e desenvolvimentos dos países, uma vez que se verifica a renda per capita. Quando se tem o interesse de compor o IDH de um país, é preciso se atentar para três aspectos básicos de uma população. São eles: a expectativa vida, nível de escolaridade e Renda Nacional Bruta (RNB) per capita. A expectativa de vida corresponde à média de anos que um indivíduo vive em um determinado país, estado, município, etc. Isso mostra se a população possui uma boa qualidade de vida. O nível educacional de um determinado lugar é obtido através da média de anos de estudo da população adulta e expectativa de vida escolar, ou tempo que uma criança ficará matriculada. Quanto à distribuição de renda, é avaliado especialmente o poder de paridade de compra ou o nível de consumo da população e a renda média do país, ou seja, a renda per capita. Todos esses itens são indispensáveis para a composição do IDH. Os mesmos apresentam características que evidenciam positiva ou negativamente a realidade de um determinado lugar. A média final do IDH era obtida através do seguinte cálculo: somava-se os itens analisados e divida-se o resultado por três. No entanto, a partir de 2010, um novo método passou a ser utilizado: média geométrica, que consiste na multiplicação dos itens e, posteriromente, calcula-se a raiz cúbica do resultado. Existem diversos níveis de IDH, que variam de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Desse modo, os países estão divididos em grupos com IDH baixo (25% dos países), médio (25%), alto (25%) e muito alto (25%). Conforme relatório divulgado em 2010 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o IDH mais elevado do mundo pertence à Noruega, com desenvolvimento humano de 0,938. Por outro lado, Zimbábue possui o pior IDH: 0,140. Compartilhe!