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EAD PROCESSO DISCIPLINAR OAB

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FACULDADE MARIO SCHENBERG 
 
 
ANDRESSA CRISTINA REZENDE 
BIANCA DA SILVA ANTONIO 
 CAMILA DA SILVA SOUZA 
JHONATA EMANUEL SANTOS DA SILVA 
JHOYCE XAVIER FURTUNATO 
KAREN CRISTINA DOS SANTOS 
NEUSA MARIA DA SILVA NASCIMENTO 
PATRICIA APARECIDA PIRES VARAS 
 
 
 
 
 
PROCESSO DISCIPLINAR NA OAB 
 
 
 
 
 
 
 
COTIA 
2019 
PROCESSO DISCIPLINAR NA OAB 
 
 
O processo disciplinar é objeto do Estatuto da Ordem dos Advogados do 
Brasil (Lei n. 8.906 de 1994), do Código de Ética e Disciplina, do Regulamento Geral 
do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil, de Provimentos do 
Conselho Federal e dos Conselhos Seccionais e dos Regimentos Internos dos 
Tribunais de Ética. 
O Processo Disciplinar não se enquadra como sendo um processo 
administrativo puro com as regras de procedimento administrativo comum, nem um 
processo com as características de um processo civil ou de um processo criminal. 
Em que pese a sua semelhança com o processo criminal, tramita internamente na 
OAB. A Ordem dos Advogados do Brasil possui uma estrutura hierárquica vertical 
dividida em: Conselho Federal, Conselho Seccional, Subseções e Caixa de 
Assistência dos Advogados. Nessa estrutura hierárquica vertical a competência para 
processar e julgar os inscritos na OAB por eventual infração ético disciplinar é o 
Conselho Seccional. 
Os estagiários também podem ser processados no Tribunal de ética e 
disciplina. Dentro do Conselho Seccional, cuja área territorial de abrangência 
abrande a Unidade da Federação, Estado Membro ou Distrito Federal, encontra-se o 
Tribunal de Ética e Disciplina, este tribunal dentro do Conselho Seccional, 
responderá sobre a determinação de julgarem os inscritos na OAB, pelas infrações 
éticas disciplinares que praticarem. Desta forma deve-se identificar para a 
competência o local da infração. O processo disciplinar aplica-se a todo aquele que 
estiver inscrito na Ordem dos Advogados, sendo advogado ou estagiário. 
O Estatuto da Advocacia e da OAB (EAOAB), o Código de Ética e o 
Regulamento Geral da OAB, disciplinam sobre o processo disciplinar nos casos em 
que seus inscritos cometem infrações éticas que ferem os princípios da Advocacia. 
Não se generaliza, mas há um sentimento disseminado de que existe uma 
irreconciliável divisão entre o legal e o moral, assim a fé pública do advogado acaba 
sendo eliminada. 
Instaura-se o Processo Disciplinar na Ordem dos Advogados do Brasil, de 
ofício ou mediante representação de qualquer autoridade ou pessoa interessada, 
porém, veda-se o anonimato para tal ato (artigo 72, caput, do Estatuto da Ordem dos 
Advogados do Brasil). Ademais o processo disciplinar tramitará em sigilo até seu 
término, podendo ter acesso nos autos apenas as partes seus defensores e a 
autoridade judiciária competente (artigo 72, § 2º do Estatuto da Ordem dos 
Advogados do Brasil). 
 
 
Das Infrações e Sanções Disciplinares 
 
 
Disposto no Capítulo IX da Lei nº 8.906 de 1994 – Estatuto da Advocacia e da 
Ordem dos Advogados do Brasil – estabelece sobre as Sanções e Infrações 
Disciplinares, as quais são imputáveis aos profissionais da advocacia, trata-se de 
normas disciplinares proibitivas de condutas não compatíveis e indesejadas na 
profissão da advocacia, condutas essas consideradas atentatórias aos deveres 
éticos dos advogados e estagiários. 
Agrupadas no artigo 34 do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, as 
sanções e infrações disciplinares são distribuídas em vinte nove incisos. 
O Estatuto prevê sanções específicas para cada um dos tipos específicos, 
conforme disposição do artigo 35 do Estatuto, quais sejam, censura, suspensão, 
exclusão e multa. A multa constitui numa sanção acessória às demais. Do artigo 36 
ao 39 do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, encontra-se separadamente 
as sanções disciplinares aplicadas aos inscritos na OAB. 
Importante destacar antes de analisar os artigos, que o advogado tem um 
papel fundamental na sociedade, sendo este o de buscar a concretização da Justiça, 
como finalidade última do processo judicial. 
 
 
Infrações puníveis com a Censura 
 
 
Aplica-se nos casos das infrações elencadas no artigo 34 do Estatuto da 
Ordem dos Advogados do Brasil nos incisos I a XVI e XXIX, da Lei 8.906/1994, no 
que se refere à violação a preceito do Código de Ética e Disciplina, nos casos de 
violação a preceito desta Lei, quando para a infração não se tenha estabelecido 
sanção mais grave. 
Veja o disposto no artigo 34, incisos I a XVI e XXIX da Lei 8.906/1994: 
 
Art. 34. Constitui infração disciplinar: 
I – exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou 
facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não 
inscritos, proibidos ou impedidos; 
II – manter sociedade profissional fora das normas e 
preceitos estabelecidos nesta Lei; 
 III – valer-se de agenciador de causas, mediante 
participação nos honorários a receber; 
IV – angariar ou captar causas, com ou sem a 
intervenção de terceiros; 
V – assinar qualquer escrito destinado a processo judicial 
ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que 
não tenha colaborado; 
VI – advogar contra literal disposição de lei, presumindo-
se a boa-fé quando fundamentado na 
inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em 
pronunciamento judicial anterior; 
VII – violar, sem justa causa, sigilo profissional; 
 VIII – estabelecer entendimento com a parte adversa 
sem autorização do cliente ou ciência do advogado 
contrário; 
XIX – prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao 
seu patrocínio; 
X – acarretar, conscientemente, por ato próprio, a 
anulação ou a nulidade do processo em que funcione; 
XI – abandonar a causa sem justo motivo antes de 
decorridos 10 (dez) dias da comunicação da renúncia; 
XII – recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência 
jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade 
da Defensoria Pública; 
XIII – fazer publicar na imprensa, desnecessária e 
habitualmente alegações forenses ou relativas a causas 
pendentes; 
XIV – deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação 
doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, 
documentos e alegações da parte contrária, para 
confundir o adversário ou iludir o juiz da causa; 
XV – fazer, em nome do constituinte, sem autorização 
escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como 
crime; 
XVI – deixar de cumprir, no prazo estabelecido, 
determinação emanada do órgão ou autoridade da 
Ordem, em matéria da competência desta depois de 
regularmente notificado; (...); 
XXIX – praticar, o estagiário, ato excedente de sua 
habilitação. Assim, entende-se como censura, a 
manifestação oficial da entidade reconhecendo e 
condenando, repreendendo, a natureza atentatória aos 
preceitos deontológicos da profissão da conduta do 
advogado. 
 
A sanção de censura não pode ser objeto de publicidade ou divulgação, no 
entanto esse sigilo não é absoluto, porque exclui os órgãos da Ordem dos 
Advogados do Brasil. Mesmo praticando as infrações acima mencionadas, se o 
advogado preencher os requisitos, terá a benesse das circunstâncias atenuantes, a 
Censura poderá ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro 
nos assentamentos do inscrito. 
Como pode ser observado no artigo 40 caput do Estatuto da OAB. Veja o que 
dispõe o referido artigo: 
Art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares são consideradas, para fins 
de atenuação, as seguintes circunstâncias, entre outras: 
 I – falta cometida na defesa de prerrogativa profissional; 
 II – ausência de punição disciplinar anterior; 
III – exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão 
da OAB; 
IV – prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública. Desta 
forma verifica-seque constitui infração, aquilo que está descrito no Estatuto da 
Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil, o legislador não deu margem para 
interpretação extensiva e não descartando a interpretação a analógica. 
 
 
Infrações puníveis com suspensão 
 
 Inseridas no artigo 34, incisos XVII a XXIV da Lei 8.906/1994, que disciplina o 
Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, as infrações disciplinares imputáveis 
aos advogados puníveis com pena de suspensão são as seguintes: 
Art. 34 constitui infração disciplinar: 
(...); XVII – prestar concurso a clientes ou a 
terceiros para realização de ato contrário a lei ou 
destinado a fraudá-la; 
 XVIII – solicitar ou receber de constituinte 
qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta; 
XIX – receber valores, da parte contrária ou de 
terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem 
expressa autorização do constituinte; 
XX – locupletar-se, por qualquer forma, à custa do 
cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa; 
XXI – recusar-se, injustificadamente, a prestar 
contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de 
terceiros por conta dele; 
 XXII – reter, abusivamente, ou extraviar autos 
recebidos com vista ou em confiança; XXIII – deixar de 
pagar as contribuições, multas e preços de serviços 
devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-
lo; 
XXIV – incidir em erros reiterados que evidenciem 
inépcia profissional; 
XXV – manter conduta incompatível com a 
advocacia; (...). Importa a pena de suspensão numa 
paralisação temporária, ou seja, a cessação por tempo 
limitado da atividade ou procedimento. 
 
Conforme preceitua o §1º do artigo 37 e reiterado no artigo 42, ambos do 
Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil. A suspensão acarreta 
ao infrator a interdição do exercício profissional em todo território nacional. O 
Advogado suspenso não se isenta do pagamento das contribuições obrigatórias, 
nem de velar pelos preceitos éticos e estatutários. 
Ademais, três hipóteses abarcam o tempo de duração da pena de suspensão, 
quais sejam: 
 a) poderá variar de 30 (trinta) dias a 12 (doze) meses (artigo 37, § 1º, EOAB), 
conforme os antecedentes profissionais do inscrito, as atenuantes do caso, o grau 
de culpa por ele revelada, as circunstâncias e as conseqüências da infração (artigo 
40, parágrafo único, EOAB; 
 b) nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34 do Estatuto da Advocacia 
e da OAB, a pena de suspensão durará até que se satisfaça integralmente a dívida, 
inclusive com correção monetária; 
c) em se verificando a hipótese do inciso XXIV do art. 34 do mesmo Estatuto, 
que estabelece que a pena de suspensão perdurará até que o inscrito preste novas 
provas de sua habilitação. 
 
Infrações puníveis com exclusão 
 
O artigo 34, incisos XXVI ao XXVIII, da Lei 8.906/1994, dispõe o seguinte: 
Art. 34 constitui infração disciplinar: 
(...); XXVI – fazer falsa prova de qualquer dos 
requisitos para inscrição a OAB; 
XXVII – tornar-se moralmente inidôneo para o 
exercício da advocacia; 
XXVIII – praticar crime infamante; (...). 
 
Percebe-se que a pena de exclusão importa em excluir o infrator da Ordem 
dos Advogados do Brasil, desta feita, o infrator deixa de ser advogado, ficando 
impedido de exercer mandato (artigo 42 do EOAB), sendo a penalidade mais severa 
prevista no Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil. 
A pena de exclusão, para que tenha eficácia sua aplicabilidade, faz-se 
necessário a manifestação favorável de dois terços dos membros do Conselho 
Seccional competente, assim como estabelece o parágrafo único do artigo 38 do 
Estatuto da Advocacia e da OAB. 
 
 
O Processo Disciplinar 
 
 
Primeiramente, ocorre a instauração, que pode ser tanto de ofício como por 
representação. A representação pode ser oferecida por qualquer pessoa, todos 
podem provocar a OAB sobre eventuais irregularidades praticadas pelo inscrito em 
seus quadros. 
Depois de realizada a instauração pode haver o arquivamento liminar pela 
carência dos pressupostos de admissibilidade da representação. Neste caso, o 
mérito da causa não será apreciado. Compete ao Presidente do Conselho Seccional 
determinar o arquivamento liminar. 
Se a instauração contiver os pressupostos de admissibilidade, a Subseções 
ou o relator designado pelo Conselho Seccional deverá dar início à instrução. A 
alternativa de a instrução ser realizada pelas Subseções ou pelo relator designado 
pelo Conselho Secciona e regra que tem como escopo descentralizar a atividade do 
Conselho Seccional, para que caso seja possível realizar-se a instrução do processo 
pela própria Subseção, nada impeça que a mesma seja efetuada pelo Conselho 
Seccional. 
Esta questão, ganha importância ao se vislumbrar a aplicação desta norma ao 
caso concreto, pois não raro as relações pessoais interferem na condução do 
processo, causando constrangimento e desconforto a quem quer que seja 
designado para realizar a instrução. 
Recebida a representação, o Presidente do Conselho Seccional, ou da 
Subseção, designa relator para presidir a instrução processual, a quem compete 
determinar a notificação dos interessados para esclarecimentos, ou do representado 
para a defesa prévia. 
Na hipótese de revelia, deverá ser designado defensor dativo ao 
representado, sob pena de nulidade. 
A defesa prévia apresentada tem como finalidade dar a oportunidade ao 
representado se defender aduzindo os motivos pelos quais entende pelo não 
cabimento do processo disciplinar, assim como a apresentação da sua 
argumentação sobre o mérito. 
Todos os meios que o representado deseja utilizar para corroborar a sua 
defesa devem acompanhar a defesa prévia, inclusive o rol de testemunhas que é 
limitado ao número de cinco, que comparecerão independentes de intimação. 
Depois de oferecida a defesa prévia, o relator profere o despacho saneador 
podendo concluir ser o caso de indeferimento liminar da representação, ou ainda 
entender preenchidos os pressupostos de admissibilidade da representação. Neste 
último caso deverá ser marcada audiência de oitiva das partes, e testemunhas. 
As partes, como o relator poderão requerer diligências. Após concluída a fase 
de instrução do processo, o relator abrirá prazo para a apresentação das razões 
finais. 
Decorrido o prazo das razões finais, tenham ou não sido apresentadas pelos 
interessados, o processo é concluso ao relator, para que o mesmo elabore o seu 
parecer preliminar a ser submetido ao Presidente do Conselho Seccional, que o 
apreciando, poderá determinar o indeferimento liminar da representação, ou remeter 
os autos ao Tribunal de Ética e Disciplina para julgamento. 
O Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina designa relator dentre seus 
membros para proferir o voto, inserindo-o na pauta da primeira sessão de 
julgamento após o prazo de 120 dias. Determinada a data de julgamento, deverão 
ser realizadas as intimações dos interessados para comparecimento, deferindo-lhes 
o tempo de quinze minutos para que aleguem as suas razões orais. Esta ocorre 
após o voto do Relator, e poderá ser sustentada pela própria parte ou procurador 
habilitado nos autos. 
Concluído o processo e feito o julgamento, nos casos em que profissionais 
forem suspensos ou excluídos, transitada em julgado a decisão deverão ser 
adotadas as providências pertinentes à devolução dos documentos de identificação 
profissional à Secretaria. 
 
 
 
 
Recursos 
 
 
Em face do princípio da ampla defesa, o processo disciplinar compreende 
como não poderia deixar de ser (Estatuto, art. 73, § 1º), a fase recursal (Estatuto, 
arts.75 a 77)”. 
Conforme disposto no artigo 75 do Estatuto da OAB, cabe recurso ao 
Conselho Federal de todas as decisões definitivas proferidas pelo Conselho 
Seccional,quando não tenham sido unânimes ou, sendo unânimes, contrariarem 
esta lei, decisão do Conselho Federal ou de outro Conselho Seccional e, ainda, o 
Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina os Provimentos. 
Portanto, são recorríveis apenas as decisões terminativas, de mérito ou não, 
não havendo previsão de recursos contra decisões interlocutórias. 
São legitimados a interpor referido recurso o representante e o representado 
(interessados) e, ainda, o Presidente do Conselho Seccional, conforme disposto no 
parágrafo único do artigo 75. 
Das decisões proferias pelo Presidente do Conselho Seccional, pelo Tribunal 
de Ética e Disciplina, ou pela Diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos 
Advogados, caberá recurso ao Conselho Seccional (art. 76 do Estatuto), o qual será 
julgado pelo plenário ou órgão especial equivalente (art. 144 do Regulamento Geral). 
Como regra geral, todos os recursos têm efeito suspensivo. As exceções 
ocorrem nos casos de recurso interposto contra decisão que trata de eleições, que 
aplica suspensão preventiva ou determina cancelamento de inscrição obtida com 
falsa prova. 
Os recursos não são nominados, exceto os embargos de declaração, os quais 
não estão previstos no Estatuto, mas no Regulamento Geral (art. 138). 
Por último, cabe mencionar a possibilidade de revisão dos processos 
disciplinares nos casos de erro de julgamento ou por condenação baseada em falsa 
prova (art. 73, § 5º do Estatuto e art. 61 do Código de Ética e Disciplina). 
No entanto, devemos lembrar que o Código de Processo Penal (aplicado 
subsidiariamente ao processo disciplinar) não classifica a revisão como modalidade 
de recurso, além de determinar a necessidade do trânsito em julgado da decisão. 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
BRASIL. Código de Ética e Disciplina da OAB. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8906.htm. Acesso em 29 de Abril de 2019. 
 
CASTRO, Carlos Fernando Correa de. Ética profissional e o exercício da 
Advocacia. Curitiba: Juruá, 2010. 
 
JUNIOR, Marco Antonio Araujo. RACHID, Alysson. Gabaritando Ética 1º Ed. São 
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017. 
 
TRIGUEIROS, Arthur. Ética Profissional Vol.10. Rio de Janeiro: Editora Impetrus, 
2012.

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