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Trabalho Empresarial finalizado (1)

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................3
2. SOCIEDADE EMPRESÁRIAS......................................................................................4
2.1. Noções Preliminares..................................................................................................4
2.2. Formação...................................................................................................................5
2.3. Classificação..............................................................................................................6
2.4. Personalidade Jurídica...............................................................................................8
2.5. Desconsideração da Personalidade Jurídica.............................................................8
2.6. Direitos e deveres dos sócios...................................................................................10
2.7. Formas de extinção..................................................................................................11
2.8. Sociedade Simples...................................................................................................12
3. CONCLUSÃO.............................................................................................................14
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................15
INTRODUÇÃO
O presente trabalho traz uma análise sobre as sociedades empresárias. Aborda tópicos como: suas características, classificação e formação, personalidade jurídica, desconsideração da personalidade jurídica, direitos e deveres dos sócios, formas de extinção e sociedade simples.
É mister, em uma breve digressão histórica, ressaltar que as sociedades empresárias evoluíram, como todo o Direito, com a história. Adaptaram-se à realidade para atender as necessidades sociais.
Em uma breve retrospectiva, vale citar que é no Direito romano que se encontram as primeiras legislações sobre sociedade - sob o viés da associação entre herdeiros para a administração dos bens deixados por seus ascendentes, bem como para a criação de sociedades com fins específicos de arrecadação de impostos ou para a compra de escravos.
No entanto, o modelo mais próximo do que hoje se entende por sociedade empresária surgiu no período mercantilista, mais especialmente na Itália. Ali, desenvolveu-se a perspectiva da separação dos patrimônios dos sócios em relação ao patrimônio da sociedade. Nessa fase, o que unia os sócios eram suas características pessoais e objetivos em comum, ou seja, as sociedades eram eminentemente “inuiti personae”. Tal configuração ainda existe atualmente nas sociedades de pessoas.
As sociedades de capital, por sua vez, tiveram seu advento no Renascimento, onde a contribuição financeira bastava para o ingresso na sociedade.
Como citado anteriormente, as sociedades empresárias ajustaram-se ao momento vivido pela coletividade. Surgiram e desenvolveram-se baseadas nas relações comerciais, nos perfis e nas necessidades dessas relações.
Nos tópicos seguintes, uma análise das sociedades empresárias a luz do Código Civil e das concepções atuais.
	
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS
Noções Preliminares
Sociedade Empresária é, em amplo sentido, a reunião de pessoas (sócios) com objetivo exercer atividade econômica organizada, em contrato plurilateral e de maneira profissional, produzindo e oferecendo bens ou serviços, buscando o lucro, compartilhado entre elas.
As sociedades empresárias são classificadas como pessoas jurídicas de direito privado, de acordo com os termos do art. 44, II, do Código Civil:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (CÓDIGO CIVIL; grifo nosso)
Levando-se em consideração a responsabilidade dos sócios, podemos dividir as sociedades empresariais nas seguintes classes: sociedade simples, sociedade limitada, sociedade em nome coletivo, sociedade anônima, sociedade em comandita simples e sociedade em comandita por ações.
De acordo com o tipo societário utilizado pela sociedade empresária (sociedade limitada, sociedade anônima, sociedade em comandita, etc.), o nome empresarial usado variará conforme a espécie e até mesmo conforme a estrutura da sociedade constituída. 
O art. 966 do Código Civil, ao conceituar empresário como aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada, não está se referindo apenas à pessoa física (ou pessoa natural) que explora atividade econômica, mas também à pessoa jurídica. À vista disso, temos que o empresário pode ser um empresário individual (pessoa física que exerce profissionalmente atividade econômica organizada) ou uma sociedade empresária (pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade cujo objeto social é a exploração de uma atividade econômica organizada).
Segundo o STJ, “O sócio de sociedade empresarial não é comerciante, uma vez que a prática de atos nessa qualidade é imputada à pessoa jurídica à qual está vinculada, esta sim, detentora de personalidade jurídica própria” (REsp 785.101/MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, 4.ª Turma, j. 19.05.2009, DJe 01.06.2009).
Quando se está diante de uma sociedade empresária, é importante atentar para o fato de que os seus sócios não são empresários: o empresário, nesse caso, é a própria sociedade, ente ao qual o ordenamento jurídico confere personalidade e, consequentemente, capacidade para adquirir direitos e contrair obrigações. Dessa forma, pode-se dizer que a expressão empresário designa um gênero, do qual são espécies, ou seja, fazem parte o empresário individual e a sociedade empresária, sendo este pessoa jurídica e aquele pessoa física. 
A constituição de sociedade empresária para exploração de atividade econômica permite que os sócios calculem o risco empresarial de uma forma melhor, resguardando seus bens pessoais em caso do empreendimento não obter sucesso.
Formação
O Código Civil, em seu artigo 966, preconiza, de forma expressa, o conceito de empresário como sendo aquele que “exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. 
Em uma primeira análise, entende-se a sociedade empresária como uma congregação de esforços de diferentes agentes que, interessados na possibilidade do lucro, desenvolvem uma atividade econômica complexa e de grande porte, que, por sua vez, exige muitos investimentos, estrutura e capacitação.
Assim, sociedade empresária é aquela que explora uma empresa, seja para desenvolver atividade econômica de produção ou circulação de bens e serviços. Geralmente, isso ocorre sob a forma de sociedade limitada ou sociedade anônima.
Nessa esteira de raciocínio, conclui-se que a sociedade empresária é a pessoa jurídica que explora uma empresa. 
Frise-se, entretanto, que a sociedade empresária difere-se da sociedade empresarial. Enquanto a primeira é a própria titular da atividade econômica, esta última designa uma sociedade de empresários. Os integrantes da sociedade empresária não são, portanto, os titulares da empresa, porque essa qualidade é a da pessoa jurídica, e não de seus membros.
Da mesma forma, sociedade empresária não é sinônimo de sociedade comercial, tendo em vista que é um conceito mais amplo. Tem, como característica, a capacidade de organizar a atividade econômica de produção ou circulação de bens a partir dos investimentos comuns de mais de um agente.
Classificação
O ordenamento jurídico brasileiro indica que há duas espécies de sociedade: a simples e a empresária. A fundamentação está no artigo 982, do Código Civil, in verbis: “Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro; e, simples, as demais”.
O parágrafoúnico do supracitado artigo preconiza que, independente do seu objeto, a sociedade por ações é considerada empresária e a sociedade cooperativa é considerada sociedade simples.
Ainda pelo Código Civil, mais precisamente em seu artigo 983, a sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos artigos 1039 a 1092. Assim, a sociedade empresária pode ser:
Sociedade em nome coletivo
É um tipo societário onde todos os sócios são solidários e todos respondem ilimitadamente pelas dívidas da sociedade, ou seja, a dívida da sociedade pode atingir os bens dos sócios, consoante artigos 1039 a 1044 do Código Civil.
Sociedade em comandita simples 
Está regulamentada pelos artigos 1045 a 1051 do Código Civil de 2002.
É composta por dois tipos de sócios: os comanditários e os comanditados. 
Os sócios comanditários são aqueles que respondem de forma limitada (apenas até o valor de suas quotas) pelas obrigações da sociedade, e podem ser pessoas físicas ou jurídicas que contribuem apenas com capital subscrito. 
Os sócios comanditados, por sua vez, são pessoas físicas que respondem solidariamente e de forma ilimitada pelas obrigações sociais, podendo contribuir com capital e trabalho. 
No que se refere à administração desta sociedade pode ser exercida somente pelos sócios comanditados. 
Sociedade limitada
A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
Nas omissões, rege-se pelas normas da sociedade simples. Entretanto, admite-se que o contrato social estabeleça a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.
O contrato mencionará, no que couber, as indicações obrigatórias, e, se for o caso, a firma social.
A sociedade limitada está disposta nos artigos 1052 a 1054 do Código Civil vigente.
Sociedade anônima
É a que possui o capital dividido em partes iguais - chamadas ações. A responsabilidade de seus sócios ou acionistas é limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
 A regulação das S/A está estabelecida na Lei 6.404/1976, com alterações posteriores.
O estatuto social definirá o objeto de suas atividades de modo preciso e completo. 
Sociedade em comandita por ações;
Dá-se pela junção de dois tipos societários, ou seja, dois tipos distintos de sócios, os comanditários e os comanditados. 
Os comanditários que podem ser tanto pessoas físicas quanto jurídicas. Possuem responsabilidade limitada (respondendo apenas pelas suas quotas) e contribuem apenas capitalmente, não atuando de forma administrativa.
Os comanditados, por sua vez, contribuem tanto no capital quanto no trabalho. Respondem ilimitadamente sobre suas ações, devendo solver todas as obrigações contraídas pela sociedade. 
Personalidade Jurídica
Conforme se observa no Código Civil de 2001, somente com a efetivação do registro dos atos constitutivos no órgão competente é que a sociedade empresária passa a ter existência legal, ou seja, personalidade jurídica reconhecida, podendo assumir obrigações e adquirir direitos em nome próprio.
As sociedades empresárias possuem características distintas, seja pela responsabilidade de seus sócios, sua personificação, forma do capital ou estrutura econômica. Entretanto, para que haja a aquisição da personalidade jurídica, esta precisa ser registrada, de acordo com os termos do artigo 45 do CC. Portanto, constata-se que estabelecer o contrato social ou o estatuto social não é ato suficiente para que a sociedade tenha personalidade jurídica. É necessário que o contrato social seja inscrito no registro público. Vale ressaltar, ainda, que as sociedades empresariais são registradas na Junta Comercial, enquanto que as sociedades simples, em Cartório. 
Como consequência de adquirir personalidade jurídica, a sociedade passa a gozar de autonomia patrimonial, que respondem ilimitadamente por seu passivo, bem como a dispor de poderes para modificar sua estrutura, seja no plano jurídico ou econômico. Além disso, verifica-se que os sócios não adquirem a qualidade de comerciantes, pois a sociedade mantém sua própria individualidade.
Desconsideração da Personalidade Jurídica
 A Desconsideração da Personalidade Jurídica é um instituto que determina em quais situações o patrimônio dos sócios podem ser atingidos, afastando a personalidade jurídica da empresa com a intenção de evitar lesões aos credores. 
De acordo com Bruscato (2011), a personalidade jurídica da sociedade é afastada de forma momentânea, e seus efeitos são para a relação que se discute, judicialmente. 
Evidencia-se, ainda, que, antes da entrada em vigor do NCPC, a desconsideração poderia ocorrer na própria ação executiva, não sendo necessária a distribuição de ação própria, desde que fundamentada (NEGRÃO, 2011). 
 Atualmente pode-se aferir que a desconsideração da personalidade jurídica está prevista no NCPC e é regido por duas teorias primordiais, a Teoria Maior e a Teoria Menor, que definem seu alcance e sua aplicação.
De acordo com a Teoria Maior o juiz poderá deferir a Desconsideração da personalidade Jurídica com o intuito de coibir excessos. Esta possui duas formulações, a objetiva e a subjetiva. A primeira versa sobre confusão patrimonial, a qual possui maior facilidade de ser comprovada. Já a formulação subjetiva indica a fraude e o abuso de direito, com maior dificuldade de serem constatados, porquanto a intenção que o sócio possui em prejudicar os interesses do credor deve ser demonstrada. O inadimplemento de obrigações para com os credores não configura a desconsideração.
A Teoria Maior está presente no art. 50 do CC/02 e por ser o rol taxativo a aplicação da desconsideração da personalidade jurídica não pode ser extensiva. 
Esta Teoria não pode ser aplicada com a mera demonstração de estar a pessoa jurídica insolvente para o cumprimento de suas obrigações. Exige-se, aqui, para além da prova de insolvência, ou a demonstração de desvio de finalidade, ou a demonstração de confusão patrimonial. (NEVES, Daniel. p.145. 2015)
A Teoria Menor da desconsideração da personalidade jurídica é mais vasta, abrange mais possibilidades de deferimento da desconsideração da personalidade jurídica, pois basta que seja demonstrada a suspeita da falta de intenção ou condição de cumprimento da obrigação devida ao credor. 
Ela também é aplicada nos casos de insolvência ou falência da pessoa jurídica, não importando se o sócio utilizou de maneira fraudulenta o instituto, se houve abuso de poder ou se foi configurada a confusão patrimonial. A intenção primordial é não atingir o credor da sociedade.
Em causas ambientais, trabalhistas ou consumeristas é aplicada a Teoria Menor, pois se reconhece a vulnerabilidade do solicitante para a aplicação do Instituto da Desconsideração da Personalidade Jurídica. 
Direitos e Deveres dos Sócios 
Primeiramente, é dever do sócio integralizar suas quotas, não o fazendo poderá acarretar em reivindicação judicial através de Execução, respondendo por perdas e danos, se a integralização for em bens e pelos juros legais, se em dinheiro. A integralização constitui uma obrigação líquida e certa, conforme previsto no art. 1004 do CC/02.
A integralização do capital social consiste em assumir as responsabilidades do Contrato Social. Entregar para a Sociedade dinheiro ou bens no montante contratado com os demais sócios. Cada sócio tem o dever de integralizar a quota do Capital Social assumido. 
O sócio que não cumpre a integralização do capital é denominado Sócio Remisso e responderá por perdas e danos. Ainda é possível que os sócios optem pela expulsão, este sócio deverá ter que indenizar à sociedade com a restituição das entradas deduzindo o valor devedor.
Quanto aos direitos essenciais, os sócios possuem o direito ao voto, lucro, fiscalização retirada e ao acervo social. Quanto aos Direitos dos sócios, deve-se destacar o de participar dos lucros sociais, sendo nula a cláusula que exclua algum sócio dessa participação.
Quanto ao Direito ao voto,os sócios têm o direito de voto nas deliberações sociais importando para tanto a maioria do capital, vale dizer a manifestação de sócios que representem mais de 50% do capital, conforme alude o art. 1010 do CC/02. 
Os sócios têm o direito de fiscalizar os documentos e livros da sociedade o direito a uma cota-parte do acervo social, este no caso de liquidação. Assim o que sobrar no final da liquidação, será rateado entre os sócios. Este direito é bastante amplo, podendo os sócios independentes do nível de sua participação no capital social e acesso a todos os livros e documentos da sociedade.
Com relação ao Direito de Preferência, o Código Civil não tratou sobre tal direito, portanto tendo em vista a liberdade de estipulação competirá ao contrato social consagrar ou não o direito de preferência dos quotistas. Sendo o Contrato Social omisso, incidirá supletivamente a Lei das Sociedades Anônimas.
Quanto ao Direito ao acervo social, podemos aferir que quando a Sociedade encerra definitivamente suas atividades há dissolução e, logo após, haverá a liquidação. No final da liquidação farão o rateio do que sobrar entre os sócios, que é o Ativo. Caso tenha sobrado algo após o pagamento, será distribuído entre os sócios, conforme previsto no art. 1107 do CC/02.
Formas de Extinção
Em virtude de serem pessoas jurídicas de direito privado, como já mencionado, as sociedades empresariais não constituídas e extinguidas de maneira natural, como ocorre com uma pessoa física (nascimento e morte), ou seja, elas dependem da vontade das partes que a compõem. Segundo o art. 45 do Código Civil, sua existência se inicia com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro.
A “morte” de uma sociedade empresarial pode ocorrer de duas formas diversas. Uma delas é a falência, que acontece quando a sociedade estiver em situação de insolvência, isto é, quando ela não tiver mais condições de arcar com suas dívidas, que pode ocorrer devido a eventos externos, como uma crise econômica.
Outra forma de extinção de uma sociedade é a dissolução, sendo que, nestes casos, a empresa possui plenas condições de arcar com suas despesas. O Código Civil, em seu art. 1033, traz alguns exemplos:
Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:
I – o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;
II – o consenso unânime dos sócios;
III – a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;
IV – a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias;
V – a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.
A dissolução pode decorrer de processo na justiça, chamado de Judicial, ou pode advim de uma decisão dos próprios sócios em relação ao encerramento das atividades da sociedade, por conta, por exemplo, de uma crise econômica, denominando-se, dessa forma, Extrajudicial. Pode ainda a dissolução ser total, quando houver a extinção da sociedade no seu todo, ou apenas parcial, quando resulta na exclusão ou retirada de um ou mais sócios.
Sociedade Simples
A sociedade simples, introduzida pelo Código Civil de 2002, no direito brasileiro é uma espécie de sociedade, em que não se observa organização de bens imateriais e materiais, de procedimentos como meio para a produção ordenada de riqueza, ou seja, se verifica o trabalho não organizado e realizado de forma autônoma. O objeto descrito no contrato social de uma sociedade desse tipo não pode corresponder a atividades mercantis.
De forma geral, o conceito de sociedade simples está ligado a atividades de natureza literária, científica, artística, dentre outras. Assim, nota-se que esse tipo de sociedade explora prioritariamente atividades de prestação de serviços de natureza intelectual e/ou cooperativa. Ela é constituída por pessoas que prestam serviço, exercendo suas profissões, todavia com caráter pessoal, visto que a atividade fim entre os profissionais é a parceria. Alguns exemplos de sociedades simples são entre advogados, dentistas, médicos, contadores, entre outros, que correspondem à finalidade desse tipo de sociedade.
Geralmente as sociedades simples são empreendimentos de menor porte, cujo perfil encontra-se devidamente encaixado na execução de negócios locais, devido ao desempenho de suas atividades serem realizadas através de atuação pessoal dos sócios. Desta forma, esse tipo societário destaca-se por não necessitarem de complexidade em sua estrutura organizacional.
As sociedades simples, de maneira geral, encontram respaldo no Código Civil Brasileiro, do artigo 997 ao 1087, onde há a discriminação dos tipos dessa espécie de sociedade, havendo as Sociedades Simples Puras (art. 997 ao 1038, CC), em que os sócios respondem ilimitadamente pelas dívidas contraídas pela empresa, e as Sociedades Simples Limitadas (art. 1052 ao 1087, CC), em que os sócios respondem limitadamente ao valor do capital social.
Ressalta-se que, independentemente do número de participantes das cooperativas e associações, a classificação da sociedade continua como simples devido ao fato dos profissionais estarem exercendo sua profissão em parceria. Além disso, cabe ainda ressaltar que as sociedades simples não são passíveis de falência e não há para elas a obrigatoriedade quanto às novas realidades contábeis.
CONCLUSÃO
Com o presente trabalho, pode-se afirmar que as Sociedades Empresárias são organizações econômicas que possuem personalidade jurídica e patrimônio próprio, constituídas por uma ou mais pessoas e tem como enfoque a produção e a troca de bens ou serviços com fins lucrativos, conforme alude o art. 981 do Código Civil Brasileiro.
Para que venha adquirir personalidade jurídica reconhecida, é necessário que haja o registro dos seus atos constitutivos no órgão competente (Junta Comercial) e não somente a feitura do contrato social. Ao se registrar, a sociedade empresária passa a adquirir deveres e obrigações.
Apesar das formalidades encontradas no ordenamento para os empresários junto aos órgãos estatais, desde a criação até a dissolução da sociedade, garante, todavia, a devida proteção aos sócios e ao patrimônio adquirido na constância da sociedade, de maneira que o esforço no cumprimento da lei é compensado por ela própria. 
As sociedades empresárias podem ser divididas levando em consideração a responsabilidade atribuída aos sócios e frisar que sociedade empresária se diferencia da sociedade empresarial, pois a primeira é titular própria da sua atividade econômica e a segunda se designa como uma sociedade de empresários. 
Com relação à desconsideração da personalidade jurídica e aos direitos e deveres dos sócios, pode ser afirmado que a desconsideração da personalidade jurídica é um instituto a ser usado de maneira excepcional, ou seja, nos casos que visam responsabilizar o agente que causou dano a terceiros se utilizando da personalidade jurídica da empresa para a prática de atos fraudulentos e abusivos. 
As obrigações e os direitos dos sócios são constituídos a partir da constituição da sociedade, sendo sua principal obrigação a integralização do capital social, podendo ser em dinheiro ou bens, conforme preconiza o art. 1004 do CC/02. Quanto aos direitos inerentes aos sócios podem-se destacar os principais que são: o direito ao voto, lucro, fiscalização, retirada e ao acervo social. 
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