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O_caso_de_Gustavo

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O caso de Gustavo
Luciene Regina Paulino Tognetta
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Durante o recreio dois meninos Pedro e Gustavo estavam jogando cards, quando um (Pedro) vira para o outro (Gustavo) e o chama de trouxa, Gustavo se irrita e dá um soco no rosto de Pedro. Os meninos foram levados para Coordenação e ao serem questionados sobre o por que da briga, Gustavo diz que fora chamado de trouxa. Quando a coordenadora pergunta se Gustavo achava que tinha sido justo ele dar um soco em Pedro ele disse: 
_ Acho!Meu pai disse que eu não sou trouxa e quem mexer comigo é para eu bater. 
Gustavo sempre é agressivo com os colegas. Certa vez deu um chute em uma menina que estava sentada no grupo em que ele queria entrar. Outra vez, correndo, esbarrou nas latas de tinta que estava fora da sala, no corredor, manchando todo o chão.
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O que fazer? 
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algumas “lições”
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Primeira lição
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Método ativo: 
 - sanções por reciprocidade: asseguram o respeito mútuo e a necessidade de que os valores sejam construídos por quem age 
- tomada de consciência: só possível pelas reconstituições, antecipações e comparações. 
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AÇÃO FÍSICA 
AÇÃO MENTAL 
RECONSTITUIÇÕES 
ANTECIPAÇÕES 
COMPARAÇÕES 
ESCOLHAS (PERMITEM DECISÕES )
GENERALIZAÇÕES
TOMADA DE CONSCIÊNCIA 
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Relação entre pares: minimizar o poder da autoridade não significa tirá-lo e sim transformá-lo em respeito mútuo – relações de confiança. 
Manifestação dos sentimentos: não sou acostumado a pensar em como me sinto e não sei como o outro se sente. 
Ações cotidianas: as assembleias, os contratos, as avaliações diárias, a discussão de dilemas, os jogos para falar sobre si...
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Segunda lição
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Castigos, punições e recompensas são sanções expiatórias:
Desencorajam a criança a discernir o que é certo ou errado. É o outro quem pensa. 
Fazem a criança manter-se bem comportada apenas para ganhar algo ou temendo um mal que lhe aconteça. 
A criança é governada pelo adulto.
Temos a falsa ideia de que dão certo. Mas a curto prazo. 
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Fazer o aluno “passar vergonha”
“Se fosse eu, pensava assim: estou todo danado mesmo, posso fazer o que eu quero” (La Taille, 1992) 
“Temer decair perante os olhos alheios e ser humilhado não são a mesma coisa. No primeiro caso, age-se de forma a manter a dignidade; no segundo, ela já está perdida”. (La Taille, 1996)
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Terceira lição
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Manter a dignidade:
“Amar alguém não significa apenas que estamos preocupados com suas necessidades e desejos, mas também que reforçamos o sentimento que a pessoa tem de seu o próprio valor” 
(Rawls, 1987). 
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Última lição:
“ Ensina de novo, de novo, de novo, de novo....”
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