Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estruturas IV Estruturas de Madeiras MATHEUS HENRIQUE PEREIRA Aula 13 – LIGAÇÕES DE PEÇAS ESTRUTURAIS Tipos de Ligações Conectores para Ligações Ligações Axiais por Corte com Pinos Metálicos Tensão de Compressão Localizada e Paralela às Fibras Resistência da Madeira à Compressão Localizada (Embutimento) Obs.: No caso de Compressão localizada “inclinada” em relação às fibras, utiliza-se a fórmula de Hankinson: Resistência à Flexão do Pino Em Regime Elástico, a Distribuição de Tensões no Pino Metálico é: O maior Momento que a seção pode suportar (Mp) corresponde ao escoamento de toda a seção: Momento Resistente de Projeto do Pino Metálico: Mecanismos de Plastificação em Ligações com Pinos Segundo a NBR 7190, para ligações de peças de madeira com espessuras aproximadamente iguais (t1 ~ t2) com pino em corte simples, somente os mecanismos II e IV podem ser determinantes. Aplicando-se a relação t1 = t2 = t e substituindo a expressão para “Mpd”, chega-se às expressões aproximadas, indicadas pela NBR 7190 para a resistência da ligação a uma seção de corte. Resistência à corte de Ligações com Pinos – NBR7190 Onde: “t” é a espessura mais delgada ou comprimento de penetração do pino, o que for menor. - Obs.: No caso de pinos em corte “duplo” somam-se as resistências referentes a cada uma das seções de corte, considerando “t” como o menor valor entre a espessura t1 da peça lateral e a metade da espessura da peça central (t2/2). - No caso de ligações com Pinos entre a peça de madeira e a chapa de aço, em corte simples ou duplo, a resistência é o menor valor calculado entre as resistências referentes às ligações do pino com a madeira e do pino com a chapa de aço. Resistência à corte de Ligações com Pinos – NBR7190 - Para uma ligação com até 8 pinos na direção da força, a resistência é a soma das resistências de cada pino. - Quando a ligação possui muitos pinos (mais de 8), reduz-se a resistência dos pinos suplementares, assim o nº efetivo de pinos com “n” pinos é calculada: Pregos - Com a penetração do prego na madeira, as fibras se afastam, podendo ocorrer o fendilhamento da madeira. Para evitar o fendilhamento, recomenda-se pré-furar a madeira com: - De acordo com a NBR 7190, o Diâmetro do Prego não deve exceder 1/5 da menor espessura atravessada. - Para que o prego seja efetivo numa ligação, é necessária uma penetração mínima da ponta na madeira adjacente. A NBR 7190 estipula p = 12.d para ligações pregadas em cortes simples e duplo, ou igual à espessura da peça mais delgada. Espaçamentos mínimos em ligações pregadas com pré-furação Resistência ao Corte de Pregos Onde: “t” é a espessura mais delgada ou comprimento de penetração do prego, o que for menor. Resistência ao Arrancamento de Pregos - Os pregos lisos apresentam baixa resistência quando solicitados axialmente, de forma que NÃO se recomenda sua utilização para cargas de longa duração. Parafusos de Porca e Arruela - De acordo com a NBR 7190, se o diâmetro da pré-furação for menor ou igual ao diâmetro do parafuso mais 0,5 mm, a ligação pode ser considerada “rígida” (desde que tenha 4 parafusos no mínimo). Para folgas maiores como 1,0 mm ou 1,5 mm por exemplo, a ligação é considerada “flexível”. - A área das arruelas deve permitir a transferência do esforço admissível de tração do parafuso sem exceder a resistência à compressão normal às fibras da madeira. - As arruelas também devem ter espessura mínima de 9 mm (3/8”) no caso de pontes e 6 mm (1/4”) em outras obras. - Diâmetro construtivo dos parafusos: * diâmetro mínimo = 10 mm * diâmetro máximo = t1/2 , onde t1 é a menor espessura da peça mais delgada Espaçamentos mínimos em ligações parafusadas Resistência ao Corte de Ligações Parafusadas Onde: “t” é a espessura mais delgada, pois o parafuso atravessa toda a ligação. Resistência ao Corte de Ligações Parafusadas - Para ligações entre peça de madeira e chapa de aço a resistência é o menor valor entre as resistências calculadas para o parafuso em contato com a madeira e com a chapa de aço. Resistência do Parafuso em apoio na Chapa de Aço: Resistência ao Rasgamento da Chapa entre o Furo e a Borda (NBR 8800) Resistência ao Corte do Parafuso (NBR 8800) - Para parafusos em corte duplo somam-se as resistências referentes a cada seção de corte; neste caso, “t” é o menor valor entre a espessura da peça lateral e a metade da espessura da peça central. Pinos Metálicos - Os pinos metálicos são barras cilíndricas de superfície lisa, logo o diâmetro do furo deve ser menor ou igual ao diâmetro do pino. Os parafusos ajustados correspondem a pinos metálicos instalados com aperto entre as peças de modo a mantê-las na posição. Em comparação com os parafusos instalados com folga, os pinos (e os parafusos ajustados) constituem meios de ligação mais rígidos. - Em termos de capacidade resistente, parafusos e pinos de mesmo diâmetro apresentam a mesma resistência e são verificados / dimensionados da mesma forma. Cavilhas - Cavilhas são pinos circulares confeccionados em madeira dura introduzidos por cravação em furos sem folga nas peças de madeira. - Para fins estruturais são consideradas apenas cavilhas torneadas nos diâmetros de 16 mm, 18 mm e 20 mm, instaladas em furos de mesmo diâmetro da cavilha. - Os espaçamentos mínimos entre cavilhas são iguais aos de parafusos ajustados. Resistência ao Corte de Ligações com Cavilhas - A resistência da ligação com cavilha em corte duplo é a soma das resistências correspondentes a cada seção de corte. Conectores de Anel Metálicos - Os Conectores de Anel são peças metálicas colocadas em entalhes nas interfaces das madeiras e mantidas na posição por meio de parafusos. - Foram projetados para evitar as tensões excessivas no apoio / contato entre os pinos e as peças de madeira, assim eles oferecem grande área de apoio com a madeira. Espaçamentos mínimos em ligações com Conectores Metálicos Resistência de Ligações com Conector de Anel Resistência da Madeira à Compressão: Resistência da Madeira ao Cisalhamento: Entalhes - Os Entalhes são ligações em que a transmissão do esforço é feita por apoio nas interfaces. - As peças ligadas por entalhe são mantidas na posição por meio de parafusos ou por talas laterais pregadas. Esses parafusos (ou talas) NÃO são levados em consideração no cálculo da ligação. - Para se permitir uma boa execução deve-se adotar profundidade mínima do entalhe de 20 mm. Cálculo das Ligações por Entalhe Profundidade necessária do Dente: Componente “a” para transferir força horizontal: Tarugos - Os Tarugos são peças de madeira dura ou metálicas, colocadas dentro de entalhes, com finalidade de transmitir esforços. - O Tarugo recebe o esforço por compressão na meia face vertical, transmitindo-o por corte para a meia face da outra extremidade. - O equilíbrio do tarugo é feito com tensões verticais de apoio, cujas resultantes são absorvidas pelos parafusos construtivos. Cálculo das Ligações por Tarugos Tensão de apoio no Tarugo: Tensão de cisalhamento no Tarugo: Tensão de cisalhamento nas peças ligadas: Exemplo 1 Dimensionar a emenda pregada de peças tracionadas da madeira Louro-Preto de 2ª categoria utilizadas em uma estrutura sujeita a uma combinação de cargas de longa duração em classe de umidade 2. O esforço de tração de projeto é igual a 5.000 N. Exemplo 2 A treliça da cobertura da figura ficará sujeita às ações de pesos próprio e da cobertura (G) e de vento (V), de forma tal que os esforços axiais F na diagonal 1 são: Fg = 6 kN e Fv = 8 kN. Dimensionar a ligação da diagonal 1 com o banzo superior com parafusos de diâmetro 12 mm e aço com fyk = 240 Mpa, e de acordo com a NBR 7190. Dadosdo Projeto: - Madeira dura (dicotiledônea) de classe C60 - Combinação Normal de Ações (Longa duração) - Classe de Umidade 3
Compartilhar