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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO – RIO GRANDE DO SUL 
Processo Nº ... 
“Emerson Lima”, já qualificado nos autos da Reclamação Trabalhista em epígrafe, que moveu em face de “Rancho dos Quitutes”, também já qualificada nos presentes autos, por seu advogado que esta subscreve, inconformado com o acórdão prolatado, vem, respeitosa e tempestivamente, à presença de Vossa Excelência, interpor RECURSO DE REVISTA, com fundamento no artigo 896, “a” da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), pelas razões em anexo. 
Requer a notificação da recorrida para que apresente contrarrazões ao presente recurso, se assim entender, nos termos do artigo 900 da CLT, bem como o recebimento das razões recursais anexas e a remessa dos autos ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho. 
Nesses termos,
pede deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB/RS 
RAZÕES DE RECURSO DE REVISTA
Egrégio Tribunal Superior do Trabalho,
Colenda Turma,
Nobres Julgadores,
Processo:.....
Recorrente: Emerson Lima
Recorrido: Rancho dos Quitutes
I – RESUMO DO FATO 
O recorrente propôs reclamação trabalhista, pelo rito ordinário, em face da reclamada, alegando que trabalhava como atendente em uma loja de conveniência localizada em um posto de gasolina na cidade de Porto Alegre. O empregado afirmou que laborava de segunda à sexta-feira, sempre das 6 às 15 horas, com uma hora de intervalo para refeição e descanso e argumentou na peça inicial que, em razão da proximidade da loja com o posto de gasolina, a empresa sempre efetuou o pagamento espontâneo de adicional de periculosidade aos seus empregados, sendo que a partir do mês de janeiro de 2017, a reclamada Posto Ipiranga interrompeu o pagamento de tal adicional. Diante da situação narrada, o empregado Emerson Lima requereu a continuação do pagamento do adicional de periculosidade, com seus reflexos. A empresa apresentou sua defesa argumentando que o reclamante não tinha direito ao recebimento de adicional de periculosidade, já que os funcionários não estavam expostos a condições de risco. O magistrado determinou a realização de prova técnica e, ao final da instrução processual, acatou os argumentos do reclamado, julgando totalmente improcedente o pedido do reclamante. O reclamante interpôs o recurso cabível, sendo que o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região manteve a decisão de 1º grau nos seus exatos fundamentos. 
Outrossim, evidente a divergência de Súmula do TST, resta ao recorrente interpor o presente Recurso de Revista. 
II – DA TRANSCENDÊNCIA 
Ressalte-se, também, que este Recurso de Revista preenche o pressuposto recursal específico da transcendência, nos termos do artigo 896-A da CLT, devendo ser conhecido e processado regularmente. 
Neste passo, a matéria ventilada no recurso é de suma relevância, apresentando transcendência no que diz respeito aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica.
III – PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE 
Inicialmente, vale destacar que o presente recurso preenche todos os pressupostos recursais extrínsecos e intrínsecos, motivo pelo qual o presente Recurso de Revista deverá ser conhecido para apreciação de seu mérito por este Colendo Tribunal. 
IV – DO PREQUESTIONAMENTO 
O presente recurso preenche, ainda, seu pressuposto recursal específico do prequestionamento, sendo que a matéria objeto deste apelo foi expressamente ventilada na decisão recorrida, em conformidade com a Súmula 297 do TST. 
V – DAS RAZÕES RECURSAIS 
OFENSA À SÚMULA 453 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO 
No presente caso, ao julgar totalmente improcedente o pedido do empregado-recorrente, não reconhecendo seu direito ao recebimento de adicional de periculosidade espontaneamente pago pelo recorrido, o acórdão proferido violou expressamente Súmula do TST. 
Isso porque, a Súmula 453 do TST aduz que o pagamento de adicional de periculosidade realizado por mera liberalidade da empresa, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo artigo 195 da CLT, vez que torna incontroversa a existência do trabalho em condições de risco. 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 406 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 
O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas. 
Obviamente, resta claro que o respeitável acórdão proferido está em desacordo com o aduzido entendimento do Colendo Tribunal Superior do Trabalho, sendo necessária a reforma da referida decisão, objetivando a uniformização da jurisprudência dos Tribunais Trabalhistas. 
VI – PEDIDO 
Diante do exposto, requer que o presente Recurso de Revista seja conhecido e provido para que, ao final, o acordão proferido pelo Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região seja totalmente reformado, objetivando a continuidade do pagamento do adicional de periculosidade e seus reflexos ao reclamante. 
Nesses termos,
pede deferimento.
Local e data.
Advogado
 OAB/RS

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