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Drenagem Torácica Procedimento e Cuidados de Enfermagem A drenagem torácica reestabelece a pressão negativa pulmonar, remove ar ou líquidos do espaço pleural, permite a expansão pulmonar e impede que o refluxo do material drenado volte ao tórax. Drenos São tubos transparentes, multi-fenestrados, radiopacos (permite visualização ao raio x), com marcadores de distância. Todas as aberturas do dreno devem ser mantidas dentro do gradil costal, para que não ocorram extravasamentos de ar no tecido subcutâneo ou fora da parede torácica. Tubos torácicos Para drenar sangue ou secreção espessa são utilizados drenos maiores (36 a 40 French) e para remoção de ar, drenos menores (16 a 28 French) Sistema de drenagem (Morton & Fontaine) Para reestabelecer a pressão negativa intrapleural é necessário um selo para o dreno torácico (sistema de drenagem subaquática) que impeça a entrada de ar vindo de fora. O sistema de câmara única – frasco com uma tampa vedada que tem duas aberturas. Uma para a saída de ar; a outra permite a passagem de um tubo que se estende quase até o fundo do frasco. Água estéril é colocada no frasco até que a ponta do tubo rígido esteja submersa 2cm. Isso cria uma vedação aquática fechando o sistema de ar externo: Sistema de câmara única Fonte: O Guia do Fisioterapeuta Sistema de duas câmaras – a primeira câmara é o receptor de coleta, e a segunda, o selo d’água. Nesse sistema pode ser aplicada sucção ao frasco do selo d’água mediante sua conexão à abertura de ar: Sistema de duas câmaras Sistema de três câmaras – há a adição de uma câmara para o controle da sucção ao sistema de duas câmaras. Essa é a maneira mais segura de regular quantitativamente a sucção: Sistema de três câmaras Indicações A drenagem torácica está indicada quando há perda da pressão negativa no espaço intratorácico e, consequentemente, perda da função pulmonar. Essa situação pode ocorrer devido a presença de ar ou fluído na cavidade pleural, resultando em colapso parcial ou total do pulmão. Indicações Pneumotórax – coleção de ar no espaço pleural causada por presença de doença pulmonar, ventilação mecânica, ferida de punção penetrante, tumores, ruptura de vesículas, broncoaspiração de compostos químicos tóxicos Hemotórax – coleção de sangue no espaço pleural causada por trauma- tismos torácicos, neoplasias, rupturas pleurais, anticoagulação excessiva, pós-cirurgia torácica, biópsia pulmonar aberta Empiema – coleção de pus na cavidade pleural causada por infecções, pneumonias recorrentes Quilotórax – coleção de quilo (linfa) na cavidade pleural causada por traumatismos, condições malignas, cirurgia torácica, anormalidades congênitas Hidrotórax – coleção de líquido seroso na cavidade pleural causada por insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática, neoplasias, complicações da diálise peritoneal, lúpus eritematoso, artrite reumatoide, tuberculose Complicações Hemorragias – lesão de vasos intercostais, sangramento no local de inserção do dreno Lesão do nervo intercostal Laceração ou punção de vísceras sólidas, ex.: pulmão, fígado Obstrução do dreno de tórax Enfisema subcutâneo Ausência de drenagem e flutuação de ar no sistema Ausência de borbulhamento no frasco – quando o último orifício do dreno não se encontra totalmente no espaço pleural ou por mau posicionamento no selo d’água Infecções: empiema, pneumonia Çfl Procedimento de drenagem torácica Equipamentos e materiais necessários Dreno torácico flexível e estéril Água estéril Luvas estéreis Campos cirúrgicos Avental, máscara e gorro Lidocaína 1% sem vasoconstritor Seringa de 20 e de 10 ml Agulha 40×12 e 30×7 Sistema de drenagem torácica – frasco e extensão Caixa de pequena cirurgia Instrumental e materiais para curativo Fio de nylon 3.0 Solução antisséptica Assistência na drenagem torácica Lavar as mãos, reunir material e levar para o leito; Dispor o material sobre a mesa auxiliar; Auxiliar o médico no posicionamento do tórax a ser drenado; elevar acima da cabeça e restringir o braço no lado a ser drenado; Colocar campo estéril, fio de sutura, lâmina de bisturi, e cateter de drenagem; Segurar anestésico, para que o médico possa aspirar, sem contaminar; Despejar solução antisséptica na cuba rim; Ajustar foco de luz; Atender médico e paciente durante procedimento; Preencher o frasco de drenagem com S.F.0,9% Após a introdução do dreno, auxiliar na conexão deste à extremidade distal do sistema; Após o término do procedimento, descartar o material no coletor de perfuro-cortante e os demais no lixo hospitalar; Fazer curativo no local da inserção; Registrar todo material utilizado, deixar paciente e unidade em ordem; Identificar curativo, com data e hora, nome do realizador e anotar no prontuário; Lavar as mãos; Cuidados intensivos de enfermagem Lavar as mãos, secar e fazer antissepsia com álcool 70; Preencher o selo d’água com 300ml de s.F. 0,9%, ou 500 ml da mesma solução; Após a instalação do dreno, a mensuração dos débitos dos drenos, deve ser feita a cada 6 h, ou intervalos menores caso haja registros de débitos superiores a 100ml/hora; A mensuração deverá ser feita colocando uma fita adesiva ao lado da graduação do frasco, onde o técnico de enfermagem deverá marcar com uma caneta o volume drenado, marcando a hora da conferência; A troca do selo d’água deve ser feita a cada 12h; Clampear o dreno para que não haja entrada de ar para a cavidade do torácica; Desclampar o dreno; Os curativos na inserção do dreno devem ser trocados diariamente; Colocar o frasco de drenagem no piso, dentro de suporte, próximo ao leito do paciente, ou pendurá-lo na parte inferior do leito, evitando tombamento do frasco; “Ordenhar” a tubulação na direção do frasco coletor de 2 em 2 horas; Atenção ¨Nunca elevar o frasco acima do tórax sem clampeá-lo; Lavar as mãos após o procedimento e sempre que houver necessidade de “ordenhar” a tubulação. Fonte pesquisada https://multisaude.com.br/artigos/drenagem-toracica/ https://www.enfermagemnovidade.com.br/2014/10/cuidados-de-enfermagem-ao-paciente.html
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