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relatorio ANESTESICOS GERAIS

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INTRODUÇÃO 
Os anestésicos gerais induzem uma depressão generalizada e reversível do sistema nervoso central (SNC). Com a anestesia geral, há uma perda da percepção de todas as sensações. O estado de anestesia inclui perda da consciência, amnésia e imobilidade (ausência de resposta a estímulos nocivos), mas não necessariamente analgesia completa. Outros efeitos desejáveis produzidos pelos anestésicos ou por adjuvantes durante a cirurgia podem incluir relaxamento muscular, perda dos reflexos autônomos, analgesia e ansiólise (GOLAN et al, 2014). 
De acordo com Katzung et al (2014), o estado neurofisiológico produzido pelos anestésicos gerais caracteriza-se por cinco efeitos principais: perda da consciência, amnésia, analgesia, inibição dos reflexos autônomos e relaxamento da musculatura esquelética. Nenhum dos anestésicos disponíveis no momento, quando usados isoladamente, é capaz de produzir todos os cinco efeitos desejados. Além disso, um agente anestésico, para ser ideal, deve induzir uma perda da consciência rápida e uniforme, ser rapidamente reversível com interrupção e apresentar uma ampla margem de segurança. A pratica moderna da anestesiologia baseia-se no uso de associação de fármacos intravenosos e inalatórios (técnica de anestesia balanceada), tirando proveito das propriedades favoráveis de cada agente e minimizando seus efeitos colaterais.
O presente experimento teve como objetivo avaliar o efeito de anestesia geral em camundongos da espécie Mus musculus, fazendo uso de dois fármacos em concentrações e vias de administrações diferentes.
METODOLOGIA 
O experimento avaliou a ação dos anestésicos gerais Éter e Tionembutal Sódico (5 mg/mL), utilizando para o mesmo 4 camundongos da espécie Mus musculus. O experimento foi dividido em duas partes: na primeira, verificou-se a ação dos anestésicos voláteis em camundongos, utilizando-se como representante, o Éter; na segunda, verificou-se a ação com relação à dose do anestésico Tiopental (Tionembutal Sódico). 
Na primeira parte do procedimento, determinou-se a ação do Éter em dois camundongos, utilizando dois funis de capacidades diferentes (2,5 e 5 L) com as pontas tampadas. Colocou-se cada animal sobre a bancada e aplicou-se 3 mL de Éter sobre um chumaço de algodão próximo a cada um dos 2 animais, em seguida, emborcou-se o funil de 2,5 L sobre um dos camundongos e o de 5 L sobre o outro animal, isolando cada um junto a um algodão contendo Éter. Observou-se qual camundongo sofreu ação anestésica mais rápida. 
Na segunda parte do experimento, comparou-se os efeitos anestésicos de diferentes doses de Tiopental sódico em 2 camundongos, pesando em torno de 38 g cada. Administrou-se nos camundongos, por via intraperitoneal, Tionembutal sódico 5 mg/mL, nas doses 50 mg/Kg e 75 mg/Kg, respectivamente. Observou-se o tempo na qual ocorreu a perda do reflexo de postura e a duração da recuperação dos animais.
RESULTADOS 
	parÂmetro 
	Volume da campânula (L)
	
Depressão motora
	
Efeito anestésico
	
Reestabelecimento
	2,5
5,0
	50 segundos
3 minutos
	4 minutos
7 minutos
	11 minutos
9 minutos
TABELA 1: Momentos de surgimento dos sinais de indução da anestesia inalatória após aplicação de Éter, em dois espécimes de Mus musculus colocados em campânulas de diferentes volumes. 
Fonte: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Alunos do curso de Farmácia, 2019.1.
	parÂmetro 
	Dose administrada (mg/Kg)
	
Depressão motora
	
Efeito anestésico
	
Reestabelecimento
	50
75
	4 minutos
1 minuto
	8 minutos
3 minutos
	9 min e 30 seg
4 min e 10 seg
TABELA 2: Momentos em que surgem os efeitos do anestésico Tiopental sódico 5 mg/mL, administrado por via intraperitoneal, em duas espécimes de Mus musculus, dentro do período decorrido após aplicação do fármaco. 
Fonte: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Alunos do curso de Farmácia, 2019.1.
DISCUSSÃO 
Os anestésicos gerais são bem distribuídos em todas as partes do corpo, porém ficam mais concentrados no tecido adiposo. O SNC é o principal sítio de ação dos anestésicos. Mais provavelmente, a perda da consciência e a amnésia decorrem da ação supraespinal (i. e., ação em tronco encefálico, mesencéfalo e córtex cerebral), enquanto a imobilidade em resposta a estímulos nocivos é causada pela depressão das vias sensoriais e motoras, tanto supraespinais quanto espinais. Os anestésicos gerais atuam de modo diferente em diferentes partes do SNC, dando origem aos estágios clássicos observados com o aprofundamento da anestesia (GOLAN et al, 2014).
Os anestésicos afetam os neurônios em vários locais celulares, porém o principal foco tem sido a sinapse. Uma ação pré-sináptica pode alterar a liberação de neurotransmissores, enquanto um efeito pós-sináptico pode modificar a frequência ou a amplitude dos impulsos que saem da sinapse (KATZUNG et al, 2014). 
Os anestésicos inalatórios, tanto voláteis quanto gasosos, são captados pela troca gasosa nos alvéolos. Sua passagem dos alvéolos para o sangue e a distribuição e a partição nos compartimentos efetivos constituem importantes determinantes da cinética desses agentes (KATZUNG et al, 2014). Segundo Brunton et al (2012), uma ampla variedade de gases e líquidos voláteis pode produzir anestesia. Um dos aspectos problemáticos dos anestésicos inalatórios é a sua baixa margem de segurança. Eles têm índices terapêuticos que variam de 2 a 4, o que os coloca entre os mais perigosos fármacos de uso clinico. 
O Éter, apesar de muito difundido, já é prática pouco rotineira, pois não só estimula a secreção do trato respiratório, como interfere com o controle adequado do plano anestésico. A vantagem obtida por sua rápida eliminação é suplantada pelo risco de óbito por depressão respiratória, em poucos minutos. A atropina (0,004mg/kg) pode reduzir esta secreção (SCHANAIDER, 2004). Segundo mesmo autor, devido às propriedades lipofílicas do Éter, o mesmo passa facilmente a barreira hematoencefálica e atinge o cérebro, distribuindo-se igualmente para o tecido adiposo e em menor grau para o tecido muscular e os órgãos, em especial nas glândulas suprarrenais. Quando cessa a exposição ao Éter, a concentração sanguínea é rapidamente reduzida. Contudo, a sua concentração ao nível do tecido adiposo permanece a um nível elevado após a paragem da sua inalação. No primeiro experimento, TABELA 1, observou-se que no funil com menor volume, os efeitos do Éter foram mais evidentes. Isso ocorreu pelo fato de que com um volume menor, a concentração do fármaco no recipiente era maior, já que a quantidade de éter vaporizado foi à mesma.
Os anestésicos intravenosos empregados para indução da anestesia geral são lipofílicos e tem participação preferencial nos tecidos lipofílicos altamente perfundidos (cérebro, medula espinal), o que explica seu inicio de ação. Independentemente da extensão e da velocidade de seu metabolismo, o termino do efeito de uma única injeção é determinado pela redistribuição do fármaco nos tecidos menos perfundidos e inativos, como o músculo esquelético e o tecido adiposo. Por conseguinte, todos os fármacos usados para indução da anestesia apresentam uma duração de ação semelhante quando administrados em injeção única, apesar de diferenças significativas em seu metabolismo (KATZUNG et al, 2014). 
Anestésicos intravenosos, como barbitúricos, possibilitam rápida indução. Barbitúricos de ação ultracurta, como o tiopental, são capazes de induzir anestesia cirúrgica em segundos. Por serem compostos não voláteis, os agentes intravenosos diferem dos anestésicos de inalação, na medida em que não podem ser removidos do corpo por ventilação. Em consequência, é preciso ter muito cuidado durante sua administração para evitar a ocorrência de depressão bulbar grave, que não é facilmente reversível. O principal método de remoção desses agentes do SNC é por redistribuição do grupo rico em vasos para o grupo muscular e, por fim, para o grupo adiposo. Assim, o metabolismo e/ou a excreção diminuem lentamente os níveis globais do fármacono corpo (GOLAN et al, 2014).
De acordo com Katzung et al (2014), o efeito anestésico dos barbitúricos presumidamente envolve uma combinação de aumento de neurotransmissão inibitória e inibição da neurotransmissão excitatória. Embora os efeitos na transmissão inibitória provavelmente resultem da ativação do complexo receptor GABAA, os efeitos na transmissão excitatória não estão bem esclarecidos. 
O tiopental atravessa rapidamente a barreira hematoencefálica e, quando utilizado em dose suficiente, produz perda de consciência num tempo de circulação. Em altas doses, o tiopental provoca redução dose-dependente da pressão arterial, do volume sistólico e do débito cardíaco. (KATZUNG, 2005). Os camundongos que receberam doses diferentes de tiopental sódico, TABELA 2, expressaram perda de reflexo de postura em tempos desiguais evidenciando os efeitos desse fármaco em baixas e altas doses.
CONCLUSÃO 
No experimento realizado foi possível observar os efeitos sistêmicos do anestésico inalatório Éter em diferentes pressões e do Tiopental via intraperitoneal, produzindo assim resultados condizentes com a literatura utilizada, tanto na resposta anestésica quanto na diferença entre os tempos de anestesia. Os anestésicos inalatórios e intravenosos propiciam os componentes da anestesia geral, inclusive inconsciência, imobilidade e amnésia. Eles apresentam curvas de dose-resposta íngremes e pequenos índices terapêuticos. Pelos experimentos com Éter e tiopental podem-se observar efeitos depressores fortes no sistema nervoso central em doses mais elevadas, evidenciando a atividade dose-dependente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS 
BRUNTON, L.L.; CHABNER, B.A.; KNOLLMANN, B.C. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. 
GOLAN, D. E.; TASHJIAN, A.H.; ARMSTRONG, E.J.; ARMSTRONG, A.W. Princípios de Farmacologia: a Base Fisiopatológica da Farmacoterapia. 3. ed.– Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
SCHANAIDER, A; SILVA, PC. Uso de animais em cirurgia experimental. Acta Cir Bras [serial online] 2004 Jul-Ag;19(4). Disponível em: <http://www.scielo.br/acb>. Acesso em 15 de março de 2019. 
KATZUNG, B. G; et al. Farmacologia Básica & Clínica. 12ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

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