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Fundo de Apoio à Cultura (FAC), Laboratório Artístico de Pesquisa e Estética (LAPE) e Trupe de Argonautas apresentam: Manual ilustrado de LIRA CIRCENSE Técnicas, fi guras e montagens para lira acrobática redonda com um ponto de fi xação Pesquisa, textos e ilustração: Cyntia Carla Revisão: Pedro Martins Design gráfico: Maíra Zannon | Ilha Design Realização: Patrocínio: Este projeto conta com o patrocínio do Fundo de Apoio a Cultura da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal, através do edital de manutenção do grupo Trupe de Argonautas - FAC 2014 M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 2 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ INTRODUÇÃO .............................................................................................................. EXPERIÊNCIA PARTICULAR DO COLETIVO ...................................................................... A LIRA ........................................................................................................................... LIRA ENCAPADA E LISA .................................................................................................. ANCORAGEM NA LIRA E EQUIPAMENTOS DE MONTAGEM ........................................... ACESSÓRIOS PARA LIRA ................................................................................................ SEGURANÇA ................................................................................................................ MONTAGEM E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA .......................................................... OUTRAS DICAS IMPORTANTES DE SEGURANÇA ............................................................ ADAPTAÇÃO DO CORPO À LIRA ................................................................................... VISUALIDADE DO CORPO NA LIRA ................................................................................ EQUILÍBRIO DAS FORMAS ............................................................................................. ENTENDENDO A ORGANIZAÇÃO DA APOSTILA ............................................................ GRAU DE DIFICULDADE E LEGENDAS ............................................................................ ANTES DE SUBIR NA LIRA ............................................................................................... 6 7 8 9 10 10 11 11 12 13 14 15 16 17 18 19 CAPÍTULO PÁGINA M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 3 SUMÁRIO SUBIDAS 1. Subida de inversão grupada ........................................................................................ 2. Subida de esquadro aberto .......................................................................................... 3. Subida de oitava ......................................................................................................... 4. Subida invertida com uma curva .................................................................................. 5. Subida em uma curva com mão invertida ..................................................................... 6. Subida esquadro aberto lateral .................................................................................... DESCIDAS 7. Descida grupada ........................................................................................................ 8. Descida esquadro aberto ............................................................................................. 9. Descida de oitava ....................................................................................................... 10. Descida saindo de uma curva .................................................................................... 11. Descida lateral de oitava ........................................................................................... FIGURAS ....................................................................................................................... SAINDO SENTADA NA LIRA 12. Corpo lateral atrás da lira ......................................................................................... 13. Corpo lateral à frente da lira – Sereia lateral .............................................................. 14. Amazonas ................................................................................................................ 15. Sentada Lateral ......................................................................................................... 16. Em pé na lira – Cambre em pé .................................................................................. 17. Saída para a frente ................................................................................................... 18. Saída para trás ......................................................................................................... 19. Caída na lira – Anjinho ............................................................................................. 20. Sequência espacate lateral – Balezinho ou Banana ...................................................... SAÍDA COM A LIRA NO MEIO DAS PERNAS 21. Espacate no cristo ..................................................................................................... 22. Corpo aberto no espacate ......................................................................................... 23. Egípcia .................................................................................................................... SEQUÊNCIAS COM A LIRA ATRÁS DAS COSTAS 24. Esquadro aberto na lira ............................................................................................. 25. Equilíbrio de rins ....................................................................................................... 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 e 41 42 43 44 45 46 CAPÍTULO PÁGINA M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 4 SUMÁRIO 26. Trava de pé na parte de cima – Sequência do L ........................................................... 27. Sereia ...................................................................................................................... 28. Lira atrás dos ombros – Sequência do X ...................................................................... 29. Cristo ....................................................................................................................... SEQUÊNCIAS NA PARTE INFERIOR DA LIRA 30. Mão e curva na parte de baixo da lira ........................................................................ 31. Espacate girado saindo de uma curva ........................................................................ 32. Trava de uma curva com duas pernas ........................................................................ 33. Trava com uma curva ................................................................................................ 34. Espacate ................................................................................................................. 35. Prancha com espacate invertido ................................................................................. 36. Figura lateral ............................................................................................................ 37. Trava com as pernas do mesmo lado da lira – Peixinho ................................................ 38. Trava com pernas invertidas na lira – Figura do Y ........................................................ 39. Espacate do peixinho ................................................................................................. 40. Trava com as pernas – Figura do palhaço ................................................................... 41. Prancha relógio ......................................................................................................... 42. Trava de cotovelo ...................................................................................................... SEQUÊNCIAS COM A LIRA NA BARRIGA - SAÍDA DE OITAVA 43. Equilíbrio de oitava – Aviãozinho ................................................................................ 44. Deitada sobre o corpo – Carpada .............................................................................. 45. Anjinho de virilha ...................................................................................................... 46. Cambre do anjinho de virilha ..................................................................................... 47. Sereia invertida ......................................................................................................... 48. Espacate com apoio de virilha .................................................................................... MOVIMENTOS DE PASSAGEM DE OITAVA PARA PARTE DE BAIXO DA LIRA 49. Figura lateral com curva ............................................................................................ 50. Passagem do avião para curva ................................................................................... SAÍDA COM AS CURVAS NA PARTE DE CIMA DA LIRA 51. Subida básica ........................................................................................................... 52. Cambre atrás da lira ................................................................................................. 53. Cambre na frente da lira ........................................................................................... 54. Abertura frontal ........................................................................................................ 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 CAPÍTULO PÁGINA M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 5 SUMÁRIO 55. Relógio lateral .......................................................................................................... 56. Trava de ombro carpada ........................................................................................... 57. Trava de ombro com espacate ................................................................................... 58. Trava de ombro com cambre ..................................................................................... 59. Trava de flex ............................................................................................................. 60. Espacate relógio frontal ............................................................................................. 61. Espacate relógio lateral ............................................................................................. 62. Espacate em diagonal ............................................................................................... 63. Inversão com trava de pé ........................................................................................... 64. Giro sobre a lira ....................................................................................................... 65. Espacate invertido fora da lira .................................................................................... 66. Espacate invertido travado na corda ........................................................................... 67. Anjo com trava de axila ............................................................................................. ACIMA DA LIRA 68. Secretária ................................................................................................................. 69. Figuras na curva em cima da lira ............................................................................... TRANSIÇÕES 70. Lira no meio das pernas para sentada ........................................................................ 71. De esquadro aberto para sentado .............................................................................. 72. De esquadro para oitava ........................................................................................... 73. De oitava para sentado ............................................................................................. 74. De oitava para curva ................................................................................................. GIROS E QUEDAS 75. Queda das curvas ..................................................................................................... 76. Giro no esquadro aberto ........................................................................................... 77. Giro para frente com uma perna ................................................................................ 78. Queda das curvas ..................................................................................................... MONTAGEM DE COREOGRAFIAS NA LIRA ..................................................................... DEFININDO A CÉLULA COREOGRÁFICA ........................................................................ REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 CAPÍTULO PÁGINA M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 6 APRESENTAÇÃO Texto: Pedro Martins Cofundador da Trupe de Argonautas, artista, professor de circo e gestor do ESPAÇO PÉ DiReitO Manual ilustrado de LIRA CIRCENSE - Técnicas, figuras e montagens para lira acrobática redonda com um ponto de fixação surge da necessidade de formatar e formalizar saberes que vem sendo divulgados através da tradição oral, e mais re- centemente através de tutoriais em vídeo encon- trados na internet. A formação dos integrantes da Trupe foi cons- truída através de diversos cursos, treinamentos com os próprios integrantes, inúmeros ensaios e pesquisas. Muitas vezes recorremos a tutoriais, apostilas de técnicas circenses e profissionais que atuam no Brasil e no exterior para capacitar nos- so elenco. E muitas vezes nos deparamos com materiais que dificultavam esse processo: Por sere escritos em outras línguas ou reproduções de cópias de apostilas que já tinham perdido qualidade nas imagens ou na metodologia de tão antigas ou mesmo pela nossa capacidade de ler esse material corretamente, pois parecia que faltavam algumas informações. Muitas vezes percebemos a carência de uma didática para iniciantes e de ilustrações claras, do tipo passo a passo para facilitar a compreen- são dos movimentos e truques, assim como para orientar o aprendizado na construção de sequên- cias acrobáticas e não somente os truques ilus- trados isoladamente. Percebemos também uma maior carência de publicações sobre técnicas de lira em detrimento a outras técnicas. Claro que nos últimos anos o circo teve diversas contribuições como a apostila de trapézio fixo, de Erika Stoppel (2010), Introdução à pedago- gia das atividades circenses, de Bortoleto (2008), e de Figuras e quedas para corda lisa e tecido - fundamentos, de Sugawara (2008), além dos manuais da FEDEC – Federação Europeia de Es- colas Profissionalizantes de Circo que foram tra- duzidos recentemente. Em 2014 inauguramos nosso curso regular de Técnicas Circenses, voltado para a comunidade. Nesse momento ficou mais clara a necessidade de produzirmos material pedagógico acessível e de qua- lidade. A compreensão do aprendizado é favorecida através dos desenhos e explanações de Cyntia Carla que ilustraram e facilitaram sua formação circense e de sua habilidade como professora, tanto como vo- luntária no curso de técnicas circenses ministrado pelo grupo Trupe de Argonautas onde ensina técnicas de aéreos, flexibilidade e mastro para adultos, quanto na Universidade de Brasília onde leciona maquiagem, figurino, cenografia, interpretação e montagem. Artista multifacetada, intérprete de teatro, circo e dança, diretora, professora, maquiadora, cenógra- fa, figurinista, premiada diversas vezes nessas áreas, Cyntia sempre foi a principal responsável por pensar a estética da Trupe. Por esse motivo ninguém melhor para fazer um manual ilustrado de técnicas em equi- pamentos circenses. Em 2014 a Trupe de Argonautas recebe o patrocí- nio do Fundo de Apoio a Cultura da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal, através do edital de manutenção do grupo Trupe de Argonau- tas - FAC 2014. Dentro das ações desta Manuten- ção de Grupos foi criado o LAPE – Laboratório de Pesquisa e Estética que uniu no primeiro ano os in- tegrantes Cyntia Carla, Lívia Bennet, Luênia Guedes e Pedro Martins, para desenvolver trabalhos artísticos que não iriam necessariamente para os palcos, assim como os outros trabalhos da Trupe. A partir do LAPE foram criados em 2016 um livro e um documentário sobre a história do grupo fundado em 2005, clips do espetáculo Paradoxo Zumbi, uma exposição de fotos com os ensaios fotográficos Matéria Prima e Corpus lux, uma performance cênico circense para o show musical I’ll be there de Célia Porto & convidados, e por último, mas não menos importante, esse Manual de lira circense. Espero que aproveitem essa oportunidade e que seja a primeira de muitas publicações da Trupe de Argonautas. M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 7 Esta apostila é uma tentativa de sistematização de parte dos saberes adquiridos ao longo de muitos anos de trabalho e dedicação junto ao grupo de teatro circo Trupe de Argonautas. Este conjunto de saberes constitui apenas um recorte de um universo multifacetado da lira, são práticas pedagógicas que vêm sendo desenvolvidas ao longo de muitos anos por várias gerações de artistas e professores circenses. Mesmo com a ampliação da difusão dos equipamentos aéreos para além dos picadeiros circenses, muitos dos conhecimentos e técnicas ainda são transmitidas através da experiência e do aprendizado direto com um professor de circo, formado com os mesmos moldes de aprendizado. A transmissão oral dos saberes continua desempenhando um papel crucial na pedagogia circense e não pode ser ignorada. Contudo muitos profissionais da área vêm investigando as técnicas e metodologias circenses já existentes e amplamente difundidas entre os artistas e praticantes da área, na tentativa de compilar esses processos pedagógicos para a forma escrita, levando a pesquisa também para o âmbito acadêmico. Esta apostila é direcionada a estudan- tes, profissionais e professores circen- ses que queiram iniciar o aprendizado neste aparelho. INTRODUÇÃO Para desenvolver essa apostila, além da experiência cotidiana dentro do grupo, tivemos como suporte teórico outros materiais didáticos circenses como a apostila de trapézio fixo, de Erika Stoppel (2010) Introdução à pedagogia das atividades circenses, de Bortoleto (2008), e de Figuras e quedas para corda lisa e tecido/fundamentos, de Sugawara (2008), entre outros que ajudaram a nortear a organização deste material. Outro local de pesquisa fundamental para a execução deste material foram os tutoriais online principalmente o thecircusdictionary, um dicionário em vídeo que contempla figuras da lira, e mesmo apresentações de artistas na lira (ver conjunto completo de referências na bibliografia). Depois de alguns anos de estudo e pesquisa sobre o aparelho percebemos que poucas pessoas haviam se debruçado num estudo mais aprofundado deste equipamento aéreo tão múltiplo. Apesar de muitos movimentos executados no trapézio poderem ser transportados para a lira, especialmente os movimentos realizados na barra do trapézio, a lira apresenta um repertório próprio de movimentos. O universo da lira é quase inesgotável devido às suas múltiplas formas e possibilidades, por este motivo o presente trabalho oferece um recorte específico para a lira redonda com um ponto de fixação. Mesmo com este recorte, apenas arranhamos a superfície das possibilidades do equipamento abordando principalmente entradas e montagens de figuras básicas. M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 8 Muito tenho a agradecer aos professores-alunos da Trupe de Argonautas que ao longo da minha trajetória circense me acompanharam e orientaram. O grupo trabalha com processo colaborativo de tal forma que cada um apresenta suas especificidades para a somar ao todo. A professora circense Ana Sofia Lamas sempre trouxe para nossos treinos e ensaios toda a técnica circense adquirida ao longo de sua experiência como professora e artista. Os outros integrantes, além de colaborar com referências teatrais também compunham o cotidiano criativo com suas diversas formações e trajetórias, como a dança, performance, e outras linguagens. Minhas contribuições dentro dos processos e espetáculos sempre caminharam para a visualidade da cena e, para integrar essa perspectiva visual aos momentos de treino, comecei a levar imagens e desenhos esquemáticos de movimentos de lira e tecido acrobático. Experiência particular do coletivo Ao perceber o potencial desse hábito cotidiano, surge então a ideia desse projeto para compartilhar uma expe- riência particular de aprendizagem cir- cense. Abordando inicialmente o circo por seu aspecto visual. O registro dos saberes e técnicas através do desenho contribuiu para a minha formação circense. Pelo traba- lho visual desenvolvido na minha tra- jetória múltipla, costumo a entender o mundo através da visualidade. Dese- nhar uma figura ou uma montagem circense ajudou na apropriação dos movimentos, mantendo seu registro para futuras tentativas. Esses dese- nhos são frutos de saberes coletivos do grupo, usados pelos integrantes do grupo e alunos circenses. M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 9 Uma boa definição geral da lira é de um equi- pamento circense que consiste em uma estrutura metálica suspensa (Bortoleto, 2007), seu formato pode variar bastante desde formas simples como círculos, semicírculos, quadrados até outros forma- tos mais complexos e tridimensionais como uma estrela ou uma abóbora. Seu formato mais usual é o círculo completo que será o objeto deste material didático, geralmente chamada de lira redonda. A lira também varia conforme seus pontos de fixação, podendo ter um ou dois pontos de amarração. Essa variação simples altera diretamente o tipo de movimentação e o equilíbrio do aparelho gerando outras possibilidades de figuras. A lira Material da lira: O metal mais usado é o aço carbono tubular com uma polegada e 2 milímetros de espessura, embora existam outras especificações disponíveis no mercado, também encontramos com outras configurações. Tamanho da lira: A altura interna da lira varia conforme a altura do artis- ta circense, em geral ele deve conse- guir ficar sentado dentro do aparelho. As medidas usuais de mercado são en- tre 80 e 100 centímetros de diâmetro interno, embora os fabricantes acei- tem encomendas em outras medidas. O uso de um equipamento maior ou menor do que a altura ideal não impe- de a realização da maioria das figuras. M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 10 Lira encapada e lisa Para facilitar a pegada a lira pode ser encapada com uma fita de algodão, essa estratégia garante uma maior aderência, especialmente das mãos e a curva de perna, contudo aumenta as chances de queimaduras por atrito. A lira lisa não é encapada e o contato ocorre diretamente com o metal pintado. Apesar de diminuir a aderência das mãos favorece o treino de movimentos mais complexos de giro, que só são possíveis na lira encapada e com o uso de roupas mais grossas e protegidas. Ancoragem na lira e equipamentos de montagem Esses equipamentos devem ser certificados e apresentar suas especificações técnicas de forma clara. Não trataremos aqui da ancoragem superior da lira uma vez que esta, requer uma análise do suporte onde o equipamento será instalado. Mosquetão | É um anel metálico que possui um segmento móvel, chamado gatilho, que se abre para permitir a passagem de uma corda ou outro material como um tecido aéreo. Esse equipamento de segurança também é usado para outros aéreos. A quantidade de mosquetões utilizados depende da escolha da montagem e dos outros equipamentos usados. O acordoamento que irá se encaixar no conector (anel) da lira pode variar bastante, desde que devidamente inspecionado. A ancoragem na lira pode ser feita para suportes como; corda, fi ta, anel ou mesmo um tecido aéreo. O uso direto do mosquetão no conector da lira pode dificultar a execução de algumas figuras realizadas na parte superior da lira, ou de outros movimentos feitos diretamente no tecido, corda ou fita acima da lira. MontagemFitaMosquetão M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 11 Acessórios para lira Destorcedor | Equipa- mento criado para evitar a torção de uma corda. Usado para amplificar e deixar o giro da lira mais constante. Estafa | Espécie de fita circular acolchoada com uma argola de tecido regulável que se ajusta às extremidades do corpo como mãos e pés ou cabeça, gerando outras possibilidades de movimentos funcionando como uma trava firme para o corpo. Pode ser usada com ou sem giro. Segurança O treino ou apresentação aérea circense inclui um alto risco físico uma vez que os aparelhos aéreos, como o próprio nome já afirma, incluem a suspensão do corpo. Independente da altura do equipamento, uma queda pode causar danos ao corpo em maior ou menor grau. Por esses motivos, são necessárias uma série de medidas de segurança para que não ocorram acidentes graves. M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 12 Montagem e equipamentos de segurança É muito importante que a montagem seja realizada por um profissional circense com muita experiência e de preferência por um técnico de montagem circense, conhecido como rigger, que é um profissional especializado em montagem aérea. Este profissional poderá avaliar não só os equipamentos, mas também a estrutura na qual a lira será instalada. Os equipamentos de montagem e de segurança, assim como os equipamentos circenses, possuem especificações variadas quanto à quantidade máxima de peso e a vida útil dos aparelhos. É fundamental que esses equipamentos sejam monitorados constantemente. Lembre-se que em um movimento de queda, o peso corporal aumenta significativamente, por esse motivo os equipamentos devem suportar cargas muito superiores ao peso do corpo. Dê preferência a equipamentos de segurança certificados pelos órgãos competentes. Uso de equipamentos de segurança no solo também é crucial para aparar o corpo após uma queda, que inevitavelmente acontecerá. O equipamento mais comum para o início dessa prática é o colchão de segurança, embora outros equipamentos possam ser utilizados como lonjas e redes. M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 13 Outras dicas importantes de segurança Altura da lira | No início evite colocar a lira muito alta, o ideal é que ela seja alcançada com as mãos ou mesmo na altura da cintura, sempre com o colchão de segurança embaixo. Acompanhamento | Não treine desacompanhada, pois por mais experiência que se tenha, acidentes podem acontecer. Tenha sempre uma pessoa apta ao seu lado, um anjo de plantão, de preferência alguém com mais experiência. Roupas apropriadas | A roupa não pode impedir a movimentação do corpo, geralmente damos preferência a roupas rentes ao corpo, fechadas e de tecidos com muita elasticidade. Além de não atrapalhar a execução de movimentos esse tipo de roupa facilita a visualização das linhas corporais. Um macacão comprido e bem fechado nas costas, de Lycra ou Suplex, é o mais usado. A roupa é muito importante para proteger partes do corpo que possam sofrer queimaduras por atrito, muito comuns no início do treino de novos movimentos ou figuras. Antes de testar um movimento certifique-se que a região do corpo que entrará em contato direto com a lira está coberta, principalmente para movimentos de giro ou de queda. Recomenda-se também o uso de sapatos (botinhas) próprios para dança e circo com cano alto para travas feitas na lira com os tornozelos ou pés. Breu e magnésio | Para aumentar a aderência à lira, pode- se usar substâncias como o pó de magnésio e breu em pó aumentando a firmeza da pegada. Para facilitar o manuseio podem ser colocados em uma meia ou saco de malha. O breu tem maior aderência funcionando como uma espécie de cola adesiva enquanto o magnésio reduz consideravelmente o suor das mãos. Alongamento e fl exibilidade | Assim como a força e o tônus muscular, a flexibilidade é parte crucial para o desenvolvimento contínuo da lira. Esse equipamento em especial, por sua característica estrutural rígida, exige um esforço contínuo para aprimorar a flexibilidade corporal. O ideal é criar uma rotina de alongamento antes e depois do treino de lira, respeitando sempre seu corpo e suas limitações para evitar lesões. A flexibilidade não aumenta rapidamente e varia muito de um indivíduo para outro. Preparo físico | A preparação corporal é fundamental para a prática circense. É necessário um preparo prévio de condicionamento físico antes de começar a subir no aparelho. Apesar do treino no aparelho proporcionar um bom condicionamento específico, ele deve ser acompanhado de um treino em separado, fora do aparelho. Este treino de força e tônus muscular é fundamental para que o rendimento na própria lira seja consistente e contínuo. Para Stoppel (2010) a preparação física circense deve trabalhar sob quatro princípios básicos: força, resistência, potência e flexibilidade. Esses exercícios devem englobar a maioria dos grupos musculares, contudo alguns enfoques podem ser dados especificamente no abdômen, costas e braços, essas musculaturas são constantemente exigidas nos aparelhos aéreos. Outras musculaturas exigidas na lira são as das pernas, já que em muitas figuras e passagens as pernas não ficam em contato com o aparelho necessitando de muito tônus para mantê-las na posição desejada. Dicas de exercícios que podem ajudar a melhorar e manter o condicionamento físico para a lira: Flexões, pranchas, abdominais variados, agachamentos, barra e outros. Muita atenção para a realização do condicionamento físico, todo tipo de movimento, quando não executado da forma correta, pode prejudicar seu corpo e causar uma lesão. Respeite os limites do seu corpo e vá aumentando gradativamente o tempo e o ritmo dos exercícios. M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 14 Adaptação do corpo à lira Seu corpo suas regras Antes de partir para um movimento, questione se possui a força e a flexibilidade necessárias para essa execução e não pule etapas; se não conseguiu exe- cutar o movimento anterior da mesma sequência de figuras ou não dominar os movimentos básicos para a sua execução, dificilmente irá executar um movi- mento diretamente. Aos poucos, seu corpo irá se acostumar com o contato com a lira. O desconforto e a dor fazem parte desse processo de aprendizagem. Respeite e entenda seus limites, mas não deixe que isso atrapalhe seu desenvolvimento na lira. Contudo não desista, nem todos os movimentos sairão de primeira, muito pelo contrário, seu corpo precisa de um tempo para se adaptar às grandes variações e movimentações extra cotidianas exigidas na lira. Quando não conseguir executar um movimento, avalie os motivos. Eles podem variar bastante; falta de alguma força específica, de flexibilidade em alguma parte do corpo ou mesmo a insegurança numa pegada nova. Entender os seus limites físicos, respeitar as dicas de segurança e avaliar seu estado físico na hora de executar uma figura ou uma sequência podem minimizar os riscos de uma lesão severa ou de uma queda que também pode ser lesiva ao corpo. M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 15 Visualidade do corpo na lira As linhas do seu corpo são parte do conjunto visual da lira. Lembre-se; num aparelho circense seu corpo tam- bém é seu objeto de pesquisa. Entender os limites e possibilidade singulares da sua fisicalidade pode demorar um tempo, mas é isso que cria as possibi- lidades de variações de movimentos e sequências. Escute seu corpo, seus questionamentos e potencia- lidades, observe que tipos de linhas ficam mais in- teressantes para o seu tipo físico e sua flexibilidade. Pesquise seu corpo, observe como está o posiciona- mento das extremidades e o alinhamento corporal. Todo o seu corpo deve estar comprometido fisicamen- te, nenhuma parte deve estar solta ou sem definição. Se um movimento não parece ter saído conforme a figura escolhida, procure outras possibilidades, desde que não interfira nas partes do corpo em contato com a lira; flexione, alongue ou modifique a angulação de partes diferentes do corpo. O resultado desta adequação do movimento ao seu corpo pode ser surpreendente. M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 16 Equilíbrio das formas Pensar visualmente a lira também inclui verificar os eixos e linhas criados pela interação do corpo com a lira. Observe as linhas corporais delineadas na lira através de espelhos, fotos ou conte com o auxílio da pessoa que está acompanhando seu treino. É fundamental que se tente entender, para cada movimento, a forma principal da figura. Quanto mais próximo de uma forma simples, como um círculo, um triângulo ou mesmo uma linha reta mais fácil a visualização da figura. Tendemos a buscar a simetria, contudo a assimetria também deve ser explorada. Para figuras simétricas, os ângulos do corpo e principalmente das suas extremidades devem ser simétricos em relação a lira, geralmente são necessárias correções, pois a flexibilidade das extremidades nem sempre é equivalente. As figuras curvas e circulares seguem os mesmos princípios de busca por formas mais puras e claras possíveis. Estender a linha formada pelo dorso para o pescoço e cabeça ajuda a prolongar a forma. Muitas figuras da lira são assimétricas, o que garante dinamismo e fluidez ao conjunto. Deve-se buscar, no geral, o equilíbrio das formas em diagonais ou linhas de máximo alongamento. Seus braços, pernas e a angulação da cabeça podem ser usados para potencializar este efeito visual. Figuras feitas com a lira inclinada e fora do seu eixo central também geram interesse visual por assimetria, o equilíbrio da forma é alcançado pelo balanceamento entre o corpo de um lado e a lira inclinada para outro, contudo as mesmas regras de alinhamento corporal devem ser consideradas. Resumindo, entenda o que quer expressar visualmente com cada movimento sobre o aparelho e se arrisque em experimentar novas formas. M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 17 Entendendo a organização da apostila Esta apostila apresenta uma introdução à lira redonda com um ponto de fixação. Serão apresentados alguns elementos básicos de subidas, descidas e figuras de entrada para em seguida, partir para a montagem de figuras específicas e seus respectivos desenvolvimentos, gerando um referencial visual para futuras montagens de sequências e coreografias aéreas. Terminologias e nomenclaturas Uma das maiores problemáticas encontradas no desenvolvimento desta apostila foi a escolha das nomenclaturas das figuras e movimentos da lira, já que não existe um consenso sobre este assunto. O nome dos movimentos varia muito de uma região para outra e dependendo da formação do professor o mesmo movimento pode ser denominado de formas diferentes. A maior parte da nomenclatura utilizada neste material didático provém da experiência em lira compartilhada por circenses e professores locais. Outros termos utilizados, foram retirados de outros trabalhos pedagógicos circenses já apresentados, ou foram traduzidos de materiais didáticos em inglês. Existem ainda, termos básicos oriundos da ginástica acrobática e da dança. Dentro do possível vamos expor suas definições para facilitar o seu entendimento. Visando uma melhor apreensão do recorte de movimentos de lira apresentados, dividiremos os mesmos conforme sua finalidade: Divisão da apostila Subidas | Descidas | Figuras: divididas conforme o movimento de entrada e a posição da lira em relação ao corpo: Figuras saindo da posição sentada Figuras saindo com a lira no meio das pernas Figuras saindo com a lira atrás das costas Figuras na parte inferior da lira | incluindo algumas figuras que também podem ser executadas na parte superior da lira que serão assinaladas Figuras saindo com a lira na barriga (posição de oitava) Figuras com as curvas na parte de cima da lira Figuras acima da lira Transições | movimentos entre as principais posições de entrada. Giros e quedas | movimentos que resultam em uma queda ou giro com velocidade. Em todos esses blocos as figuras serão apresentadas com diferentes variações de dificuldade ou de desenho corporal. Também serão mencionadas outras opções de entradas e saídas e possíveis movimentos sequenciais. Em futuras edições esperamos complementar esse material básico com movimentos mais complexos de giro, quedas, figuras e movimentações realizadas na parte superior da lira e acima dela, além de movimentos para lira dupla (duas pessoas na mesma lira). M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 18 Grau de difi culdade e legendas Apesar de estar ligado às questões técnicas de execução dos movimentos, o grau de dificuldade de uma figura pode ser subjetivo, uma vez que ele vai variar de acordo com o corpo de cada pessoa. Algumas figuras serão extremamente fáceis para quem já tem um bom trabalho com a flexibilidade, outras serão mais simples para quem já pratica outras atividades que exigem força. Experimente os movimentos no seu corpo e entenda como eles funcionam em sua corporeidade. As figuras estão divididas pelo grau de dificuldade na sua execução. Ao lado, a legenda de símbolos: Nível básico: Nível intermediário: nível avançado: Exige muita fl exibilidade: M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 19 Antes de subir na lira Antes de tentar subir, certifique-se que você pode aguentar o próprio peso corporal. Experimente ficar, durante algum tempo, pendurado pelas mãos, com o cuidado de não deixar os ombros encostados na cabeça. Faça exercícios de barra, de ombro e de levantamento de perna. Após ficar familiarizado com o apoio da lira nas mãos, comece a tentar ficar em uma posição invertida, de cabeça para baixo. Treino 1 O objetivo inicial é a inversão do corpo, não colocar as pernas na lira. O ideal é fazer uma espécie de rolinho invertido (a descrição completa encontra-se na subida de inversão carpada até o corpo ficar invertido). Lembre-se de deixar a cabeça inclinada para frente e próxima ao peito, para evitar problemas em caso de queda. As pernas encolhidas (grupadas) ao invés de esticadas (carpadas) também ajudam no começo. Repita o movimento de inversão equilibrando o corpo de cabeça para baixo. Não deixe o quadril passar para a frente dos braços no começo. Volte pelo mesmo caminho. Treino 2 Para inverter o corpo em um esquadro aberto, siga as instruções da subida de esquadro aberto até a inversão do corpo na lira. Lembre-se de deixar a cabeça enrolada e próxima ao peito, para evitar problemas em caso de queda. Quanto mais abertas as pernas e com os dedos dos pés apontados para fora melhor. O seu quadril deve ficar encostado nos braços. Retorne todo o caminho, com cuidado para não deixar as pernas descerem em velocidade. A maioria das subidas incluem o movimento de curva (parte de trás dos joelhos) na perna que é a flexão de joelhos sobre a lira e que também deve ser entendida e executada antes da subida. Siga as instruções de subida, até ficar com as duas curvas na lira. Após firmar as curvas na lira, tire uma mão depois a outra. Estique o corpo para baixo sempre com cuidado para que a curva não perca o apoio na lira. Evite ângulos maiores do que noventa graus na flexão dos joelhos. Retorne todo a caminho. Após este treino prévio experimente as primeiras subidas. Só tente subir na lira quando sentir confiança. Para praticar outros movimentos antes das subidas, posicione a lira mais baixa. M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 20 SUBIDAS 1. Subida de inversão grupada Dicas e montagem Segure na lira com as duas mãos na posição pronada, com espaço suficiente entre as mãos para a passagem do quadril (A). Para a inversão do quadril, deixe suas pernas as mais grupadas possíveis e tente não demorar para realizar a inversão, evitando o uso excessivo de força abdominal (B). Passe as duas pernas entre os braços (C), estenda as duas pernas (D) e logo em seguida passe-as sobre a lira flexionando e travando as curvas. Solte as mãos da lira (E). A Faça um balanço com o corpo para trás antes de subir (F), assim seus braços pegarão mais alto na lira (G), facilitando a subida. Flexionar uma das pernas pode facilitar a sentada na lira (H), impulsione o quadril e o pé para frente (I) até atingir a posição sentada sobre os ísquios (J). Variação Inversão carpada: Esta mesma subida pode ser feita na posição carpada, com as pernas esti- cadas desde de o começo; exige-se mais força. B C D E F G H I J M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 21 SUBIDAS 2. Subida de esquadro aberto Dicas e montagem Segure na lira com as duas mãos bem próximas e na posição pronada (A). No início, pode-se balançar o corpo para trás antes de tentar a inversão. Mantenha o queixo colado ao peito. Gire o quadril para cima en- quanto gira as pernas em aber- tura (B). Durante este movimen- to, pode-se flexionar os braços, eles só serão esticados quando o quadril estiver alto. O giro do quadril termina quando ele encosta nos braços (C). Continue com as pernas em abertura. Quando for executar o esquadro não se preocupe em levar as pernas esticadas para frente, mas lateralmente em abertura, com os pés apontados para fora. Suba as pernas até as curvas encostarem na lira (D), trave as curvas na lira e solte as mãos. Faça um balanço com o corpo para trás antes de subir (F), assim seus braços pegarão mais alto na lira (G), facilitando a subida. Flexionar uma das pernas pode facilitar a sentada na lira (H), impulsione o quadril e o pé para frente (I) até atingir a posição sentada sobre os ísquios (J). No começo, deixar as pernas flexionadas no esquadro é normal, porém esse padrão deve ser evitado. A B C D E F G H I J M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 22 SUBIDAS 3. Subida de oitava Dicas e montagem Segure na lira com as duas mãos abertas (A), balance o corpo para trás e suba as pernas acima da lira. Assim que as pernas passarem para cima da lira, estique-as empurrando o quadril para cima (C) enquanto continua o movimento de subida do tronco (D). Segure com os braços mais alto na lira (E). Também pode ser feita com as mãos na posição supinada, com a mão voltada para o corpo, esta pegada facilita a subida. Pode ser realizada inicialmente com as pernas flexionadas ou esticadas (subida de oitava carpada). A B C D E M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 23 SUBIDAS 4. Subida invertida com uma curva Dicas e montagem Siga a sequência de subida de inversão, mas ao invés de passar as duas pernas para frente passe somente uma (C) e encaixe uma curva na lira (D). Deslize as mãos pela lira para cima, evitando, inicialmente ficar só em uma curva se não tiver essa prática. Tente pegar mais alto, mas não o suficiente para impedir o movimento de giro invertido. Crie impulso com a perna livre para facilitar a inversão (E). A velocidade do impulso da perna ajuda a finalizar o movimento (F). O giro da perna é de 360 graus. Não estique o corpo ele deve permanecer como se estivesse realizando uma cambalhota invertida. Não pare o giro do corpo até atingir a posição sentada com a lira no meio as pernas (G). A B C D E F G M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 24 SUBIDAS 5. Subida em uma curva com mão invertida Dicas e montagem Necessita de flexibilidade para o encaixe invertido das mãos, sinta que pode segurar e empurrar a lira. Faça uma subida de inversão, e passe uma curva na lira (D). Inverta a posição dos braços, passando-os por fora e por trás da lira enquanto encaixa as mãos por dentro para frente (E). Impulsione a perna livre para a frente executando um giro de 360 graus. Troque a pegada das mãos assim que chegar à posição sentada (F). A B C D E F M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 25 SUBIDAS 6. Subida esquadro aberto lateral Dicas e montagem Subida realizada com as mãos na posição de pegada neutra, com as mãos uma de frente para a outra (A). A movimentação do corpo assemelha-se a da subida com o esquadro aberto. Abra um esquadro de lado na lira (B), suba as pernas (C) e flexione uma delas na lira gerando uma curva. Solte uma das mãos (D) e coloque-a mais alto na lira, repita o mesmo movimento com a outra mão enquanto sobe o corpo pela lateral da lira (E). Seu corpo ficará de frente para a lira (F), estique os braços e empurre o corpo na direção do centro da lira (G). Passe os braços para cima na lira, ficando na posição sentada com a lira no meio das pernas (H). A subida de esquadro lateral pode dar origem a outros movimentos na parte de baixo da lira, pode- se também curvar as duas pernas na lira. Esta mesma forma de finalização da subida pela lateral pode ser feita em qualquer subida com uma curva na lira. A B C D E F G H M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 26 DESCIDAS 7. Descida grupada Descer da lira requer bastante atenção, lembre-se que você precisa guardar forças também para descer da lira. No início evite muita velocidade, indo para cada etapa da descida separadamente. Dicas e montagem Partindo da posição sentada, deslize as mãos para baixo. Ao mesmo tempo em que empurra o quadril para baixo da lira (B), ficando nas curvas. Deixe as mãos deslizarem mais para baixo, próximas às curvas, mas com abertura suficiente para a passagem do quadril. Retire as curvas e estique as pernas (C), passe as pernas por dentro do espaço entre as mãos para a frente, enquanto desce o quadril (D). Não deixe as pernas descerem abruptamente, pois você pode perder o controle da pegada das mãos. A B C D E M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 27 DESCIDAS 8. Descida esquadro aberto Dicas e montagem Partindo da posição sentada, deslize as mãos para baixo. Ao mesmo tempo em que empurra o quadril para baixo da lira (B), ficando nas curvas. Passe as mãos para o meio das pernas (C). Retire as curvas (D) e desça o quadril controladamente ainda em esquadro aberto. Não deixe as pernas descerem abruptamente e evite flexionar as pernas. A B C D E F M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 28 DESCIDAS 9. Descida de oitava Dicas e montagem Grau de dificuldade maior, descida em velocidade que requer bastante controle. Partindo da posição de oitava (A), segure com as mãos na posição supinada dos lados do quadril (B). Desça o tronco até a posição carpada (C) e em seguida deixe o quadril continuar o movimento, controlando com os braços a descida (D) até completar o movimento (E). Esta descida pode ser feita com as pernas esticadas, porém a veloci- dade da descida vai aumentar. A B C D E M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 29 Dicas e montagem Partindo de uma curva na lira (A), segure com as duas mãos na lira (B), abra um esquadro lateral (C) e desça as pernas em esquadro (D). A B C D DESCIDAS 10. Descida saindo de uma curva M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 30 DESCIDAS 11. Descida lateral de oitava Dicas e montagem Grau de dificuldade maior, descida em velocidade que requer bastante controle. Partindo da figura de oitava (A), segure com as duas mãos de um lado da lira (B). Incline o corpo para frente até a passagem do quadril (C), continue o giro até ficar embaixo da lira (D). Para diminuir o tranco na chegada as pernas podem passar pela lira até a saída dos pés, aproximando o quadril do ponto final. A B C D M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 31 FIGURAS Quando não for citado o retorno da figura entende-se que os mesmos passos usados para chegar na figura devem ser seguidos de forma inversa para se retornar à figura de entrada. Quando não for citado um posicionamento específico dos pés entende-se que os mesmos devem permanecer em ponta. Nas figuras, quando os braços ou pernas estiverem livre (não estejam sendo usados para sustentar o corpo na lira) pode-se experimentar diferentes posições e ângulos não descritos neste material. O mesmo se aplica aos posicionamentos sugeridos de cabeça e pescoço. Opte pela limpeza e precisão dos movimentos, só considere uma figura executada quando ela estiver fluida e com todos os posicionamentos alinhados. M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 32 FIGURAS Saindo sentada na lira 12. Corpo lateral atrás da lira Dicas e montagem Partindo da posição sentada (A), segure com as duas mãos do mesmo lado da lira (B). Deslize a mão que está mais alta para baixo na lira, para que o corpo fique o mais lateral possível. Estique o braço de cima ao mesmo tempo em que o deita lateralmente (C). Solte o braço mais baixo na lira e estique-o ao mesmo tempo em que alonga o corpo (D). A B C D M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 33 FIGURAS Saindo sentada na lira 13. Corpo lateral à frente da lira – Sereia lateral Dicas e montagem Partindo da posição sentada (A), segure com uma das mãos mais alta na lira (B) Solte a mão contrária e gire o corpo em direção às costas (C) mantendo as pernas esticadas. A B C D E F G Assim que a parte da frente das pernas encostar na lira, continue alongando o corpo (D). Variação 1 Flexione o joelho de cima e deslize-o para frente (E). Variação 2 Se sentir confortável estique a perna livre, mais alta possível (F). Variação 3 Com a mão livre, pegue a perna solta, estique braço e perna para junto do corpo (G). M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 34 FIGURAS Saindo sentada na lira 14. Amazonas Dicas e montagem Partindo da posição sentada (A), segure na parte de cima da lira e fique sentada de lado. Troque o ângulo da mão do mesmo lado do corpo para a pegada mista (esta mão pode ficar a frente da corda ou do mesmo lado do corpo). Baixe a mão oposta e segure-a atrás do corpo (C). Encoste o ombro na lira, a ca- beça deve ficar do mesmo lado do braço esticado, retire o quadril da lira (D) e suspen- da o corpo flexionando a braço que está na parte de cima da lira. O braço que está segurando a lira na parte de baixo deve permanecer esticado. Quando se sentir confortável, retire a mão a parte de cima da lira, e experimente diferentes posições e ângulos (E). Pode-se também passar os dois ombros para o mesmo lado da lira antes de deixar a quadril descer, continuando com o apoio da mão de baixo. Retorno Para o retorno, coloque a mão livre de volta na lira, suspendendo o corpo e passando as pernas para o outro lado da lira (F) retornando à posição sentada (G). A B C D E F G M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 35 FIGURAS Saindo sentada na lira 15. Sentada Lateral Dicas e montagem Fique de lado com a lira no meio dos glúteos (B). Encoste o ombro na lateral da lira (C) travando a mesma entre o ombro e o pescoço. Ainda segurando na lira, deslize as pernas pela lira até a posição desejada, que pode ser diferente da apresentada na figura. Solte os braços mantendo a tensão entre a lira, o ombro e o pescoço (D). A B C D M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 36 FIGURAS Saindo sentada na lira 16. Em pé na lira – Cambre em pé Dicas e montagem Partindo da posição sentada estique as pernas e deixe o quadril deslizar para baixo e fora da lira (B), até os joelhos encostarem na lira. Encaixe a ponta de um pé na lira (C) e logo em seguida outro pé (D). Suba o corpo pelo quadril sem flexionar as pernas, alongando a coluna (E). A B C D E M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 37 FIGURAS Saindo sentada na lira 17. Saída para a frente Dicas e montagem Segure na parte superior da lira com as mãos em pronação. Com as pernas esticadas, deixe o quadril deslizar para baixo e fora da lira (B), até os joelhos encostarem na lira. Flexione uma perna (C). Encoste o dorso do pé na lira e impulsione o corpo a partir do quadril para frente (D). Alongue o corpo o máximo possível para frente, tentando esticar a perna apoiada na lira (E). Este movimento também pode ser feito com os dois dorsos dos pés na lira. A B C D E M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 38 FIGURAS Saindo sentada na lira 18. Saída para trás Dicas e montagem Segure na parte superior da lira com as mãos em pronação. Com as pernas esticadas, deixe o quadril deslizar para baixo e fora da lira (B), até os joelhos encostarem na lira. Flexione uma perna (C) e encoste a ponta do pé na lira (D). Passe a perna esticada para trás e estique-o o máximo possível (E). A B C D E M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 39 FIGURAS Saindo sentada na lira 19. Caída na lira – Anjinho Dicas e montagem Sentada na lira, segure na parte de cima e debaixo da lira (B). Passe os dois ombros para a frente da lira e deslize o quadril para trás e fora da lira mantendo as curvas na lira (C). Esta posição também é uma posição de transição, tendo muitas formas de entrada e saída. Por ser uma posição de descanso é bem confortável. Experimente outras formas de acomodar pernas e braços e experimente outras formas de entrada e de saída. Variação de entrada Partindo da figura a amazona, volte as pernas para encaixar as curvas na lira (E). Ao mesmo tempo, passe o ombro superior para o mesmo lado das pernas. A B C D E F M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 40 FIGURAS Saindo sentada na lira 20. Sequência espacate lateral – Balezinho ou Banana Dicas e montagem Fique sentado na lira e deixe-a no meio dos glúteos, segure com as mãos nas laterais da lira (B). Incline o corpo para trás sempre apoiando e deslizando as mãos para baixo (C). Dobre a perna com o joelho em direção ao tronco para o lado oposto do corpo na lira, esta posição criará uma trava entre as duas partes do corpo e a lira. Inicialmente mantenha a mão sobre a perna dobrada (D), e vá deslizando a outra mão e o corpo para baixo. Quando sentir segurança, solte a mão que segurava a perna (E). Durante todo o movimento as duas pernas continuam trabalhando, forçando-se no sentido da lira o que ajuda o corpo a não desmoronar. Continua na próxima página. A B C D E M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 41 FIGURAS Saindo sentada na lira 20. Balezinho ou Banana – Continuação Variação 1 Flexione a perna de trás e tente alinhar seu ângulo com a da frente (F). Variação 2 Ainda com uma mão na lira (D) estique a perna que estava dobrada e pegue no pé com a mesma mão que a estava segurando. Libere a mão que segurava a lira (G). Variação 3 Após aproximar a perna á frente da lira (D), passe a mesma mão do lado da perna por cima dela e segure a lira. Estique a perna da frente e desça o corpo (H). Também é possível segurar a perna esticada com o braço solto. Variação 4 Partindo do espacate aberto (G), flexione a perna de trás até conseguir segura- la com a mão solta. Também é possível inverter a posição dos braços, gerando uma torção no tronco (I). Variação 5 Partindo do espacate aberto, flexione a perna de trás segurando primeiro com a mesma mão do lado da perna. Pegue a perna com a segunda mão e deixe o corpo o mais frontal possível. Aproxime a perna flexionada da cabeça (J). Outra opção de entrada e retorno Saída: com ou sem o apoio das mãos, gire o quadril para alinhar as costas com a lira ficando na posição e esquadro aberto com a lira nas costas (L). Essa sequência de movimentos é tanto uma opção de entrada quanto de saída. Outra opção de saída é retornar toda a sequência até a posição sentada. F G H I J K L M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 42 FIGURAS Saída com a lira no meio das pernas 21. Espacate no cristo Dicas e montagem Com a lira no meio das pernas (A), incline o corpo para trás (B). Troque as mãos, invertendo suas posições e gire o corpo no sentido das costas (C). Ainda segurando na lira, deslize o quadril para baixo deixando a perna encostada na lira deslizar até o pé. Solte as mãos (D). Outra opção de entrada Partindo da lira atrás das costas com um pé na parte de cima (A), segure na lira e suba o tronco (B). Deslize o pé que está na parte de cima da lira ao mesmo tempo em que empurra o corpo para baixo até encostar os ombros na lira (C). Solte as mãos (D). Opção de saída Segure com as mãos a lira e flexione a perna que estava esticada na lira. Gire o corpo para dentro, aproximando a perna livre da lira, flexione esta perna sobre a lira (E). A B C D E G H IF M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 43 FIGURAS Saída com a lira no meio das pernas 22. Corpo aberto no espacate Dicas e montagem Com a lira no meio das pernas (A), gire o corpo fican- do de costas para a lira (B), li- berando a mesma mão da per- na que estava para trás da lira. Alongue o máximo possível corpo e pernas (C). Esta figura também pode ser feita com a perna livre flexionada. Variação Após passar a perna, segure-a com a mão que estava livre e estique-a forçando o alongamento (D). A B C D M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 44 FIGURAS Saída com a lira no meio das pernas 23. Egípcia Dicas e montagem Partindo da lira no meio das pernas (A), deslize um pouco as mãos para baixo na lira e incline o quadril para frente, deslizando a lira da virilha para a perna de trás até o limite do alongamento da coluna. Alinhe o ângulo das duas pernas (B). Esta figura também pode ser feita com uma ou as duas pernas esticadas ou em outros ângulos. A B M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 45 FIGURAS Sequências com a lira atrás das costas 24. Esquadro aberto na lira Dicas e montagem Partindo da posição sentada (A), segure nas laterais da lira e crie uma espécie de relógio com as pernas, coloque as duas pernas para o mesmo lado (B), neste movimento um lado do seu quadril já sairá da lira. Comece a inclinar o tronco para trás e suba a perna que não está encostando na lira o mais rente possível da mesma (C). Este movimento deve fazer com que o outro lado do quadril também passe da lira. Durante todo o movimento de pernas, incline o tronco para baixo forçando o quadril para fora da lira. Alinhe o corpo com os braços para que o quadril fique no meio da lira (D). Outras possibilidades de entrada: suspender o corpo levemente movimentando o quadril como se estivesse andando e empurrando os lados dos glúteos até passar da lira. Abra o esquadro em seguida e deixe o tronco descer. Ou suspenda o corpo com os braços e passe o quadril para baixo a lira, abra o esquadro em seguida e deixe o tronco descer. Esta é uma das travas mais seguras da lira, contanto que se mantenha as pernas bem rígidas e esticadas. Outras variações de entrada no item 21. A B C D E M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 46 FIGURAS Sequências com a lira atrás das costas 25. Equilíbrio de rins Dicas e montagem Feche as pernas e tente encontrar o equilíbrio entre o peso do tronco e das pernas (B). Quando sentir segurança, libere as mãos, bem próximas do corpo no começo (C). Você também pode deixar a coluna arredondada como se estivesse numa ponte (D). A B C D M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 47 FIGURAS Sequências com a lira atrás das costas 26. Trava de pé na parte de cima – Sequência do L Dicas e montagem Partindo do esquadro aberto (A), segure na lira com as duas mãos (B). Passe, como num relógio uma das pernas para cima na lira (C), enquanto alinha a outra perna ao corpo. Trave o pé na parte de cima da lira (D). Solte as mãos, observando o equilíbrio do corpo (E). Variação 1 Flexione e segure a per- na solta com as duas mãos (D, E, F). Variação 2 Leve as duas pernas, separa- das ou juntas, para a parte de cima da lira (H, I). Variação 3 Após travar o pé, pegue a perna solta lateralmente, primeiramente com a mesma mão da perna. Pegue com a outra mão e em seguida gire o corpo para frente, aproximando a perna à cabeça (D, E, G). A B C D E G H IF M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 48 FIGURAS Sequências com a lira atrás das costas 27. Sereia Dicas e montagem Partindo do esquadro aberto lateral (A), segure as duas mãos próximas ao quadril. Feche aos poucos o esquadro e deslize as pernas pela lira para cima, sempre empurrando a mesma (B). Ainda empurrando a lira a com as pernas, tire o quadril gerando um cambrê com a coluna (C) Retorno Volte o quadril do cambrê, feche as pernas e flexione até travar as curvas na lira e soltar as mãos (D). Outra opção de retorno é voltar pelo mesmo caminho empurrando o quadril para cima. Variação Libere uma das pernas e deixe que ela desça, girando lateralmente ao corpo (C, E). A B C D E M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 49 FIGURAS Sequências com a lira atrás das costas 28. Lira atrás dos ombros – Sequência do X Dicas e montagem Com as mãos na lira (A), passe as duas pernas para a parte de cima, apoiando os pés na lira (D). Segurando na lira, deixe o quadril deslizar para baixo até o ombro encaixar na lira. Libere as mãos, mas continue fazendo pressão com os pés e os ombros na lira (E). Experimente outras possibilidades de braços, desde que a trava de ombro não seja comprometida. Variação 1 Se preferir, volte as mãos para a lira, cruze as pernas e deslize-as pela lira de forma simétrica (E, F). Variação 2 Deslize uma das pernas para baixo da forma mais estendida possível (E, G). Opção de saída Ir para o cristo, liberando a segunda perna da lira (G, H). Outra opção de saída é deixar a perna descer pela lateral da lira até a o corpo aberto na lira (I). Também é possível voltar o corpo para a posição inicial. Opção de entrada Outra opção de entrada é através da parte de cima da lira, começando com a curva na parte de cima a lira, encaixando os ombros e deixando as pernas descerem até o pé encaixar na lira (J). A B C D E G H IF J M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 50 FIGURAS Sequências com a lira atrás das costas 29. Cristo Dicas e montagem Este movimento possui várias opções de entrada: Entrada 1 Partindo de qualquer movimento em que a lira esteja atrás dos ombros, segure a lira com as mãos e deixe as pernas e o quadril descerem. Depois que os ombros estiverem tocando e alinhados com a lira, estique os braços (A, B). Entrada 2 Esta chegada pode ser feita com o auxílio das mãos (D), segure na lira e deixe o quadril descer, até os ombros encostarem na lira. Solte os braços. Outra opção é passar diretamente do esquadro para o cristo (C, B), sem o auxílio das mãos, o que requer muita força nos braços para que a trava de axilas não passe. Entrada 3 Empurre a lira com as mãos para posicionar o corpo no centro da lira enquanto tira as duas curvas da lira (E, B). Variação Gire os ombros para trás, flexione as pernas aproximando as pernas das mãos. Arredonde a coluna num cambrê o máximo possível (B, F). Saída Segure novamente na lira e balance o corpo voltando uma das curvas de perna para a lira, ou travando as duas pernas na parte de cima da lira. A B C D E F M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 51 FIGURAS Sequências na parte inferior da lira 30. Mão e curva na parte de baixo da lira Dicas e montagem Um dos movimentos mais básicos da lira, possui muitas variações de posicionamentos de braços e pernas e de entradas, podendo ser usado como movimento de transição. Suba as pernas e esquadro aberto (A) e trave uma das curvas na lira (B). Também pode partir das duas curvas na lira e um braço, libere uma perna. Variação 1 Partindo da figura anterior, libere a mão contrária em relação a perna que está curvada na lira. Experimente diferentes posições e ângu- los para a mão e perna que estão liberadas. Também é possível pegar a perna livre flexionada com a mão (C). Variação 2 Libere a mesma mão da curva que está na lira e ex- perimente diferentes posições. Pode aproximar o pé da cabeça por exemplo ou deixar mãos e pernas estendidas (D). Variação 3 Partindo das duas curvas do mesmo lado da lira, segure com a mesma mão do lado de uma das pernas e libere a outra perna alongando o corpo. Experimente outros ângulos para a perna e braço soltos (E, F). A B C D E F M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 52 FIGURAS Sequências na parte inferior da lira 31. Espacate girado saindo de uma curva Dicas e montagem Partindo de uma curva e o braço oposto a ela segurando a lira (A). Flexione e passe a perna livre por dentro do espaço entre seu corpo e a lira (B) girando o corpo para baixo. Segure a perna que estava livre com a mão oposta a ela (C). Se não conseguir esticar a perna na mão, não segure a perna e deixe-a flexionada. A B C M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 53 FIGURAS Sequências na parte inferior da lira 32. Trava de uma curva com duas pernas Dicas e montagem Coloque uma curva na lira (A) e ainda com as mãos na lira, passe a outra perna para trás travando a curva desta perna sobre o pé em flex oposto. Solte as mãos quando sentir segurança (B). Esta posição pode ser muito desconfortável no início, evite flexionar demais a curva que está na lira diminuindo o peso da perna sobre o pé. A B M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 54 FIGURAS Sequências na parte inferior da lira 33. Trava com uma curva Dicas e montagem Antes de executar este movi- mento, pratique ficar só em uma curva: deixe uma das mãos bem próxima das pernas e vá tirando uma perna, sem afastá-la da lira e afrouxando a mão que está na lira, sem reti- rá-la completamente. Em seguida, sem as mãos, estique a perna que pretende tirar da lira, sem afastar a parte de trás do joelho da lira (B), desta forma a curva poderá voltar rapidamente para a lira. Repita este procedimento até sentir segurança de afastar a perna solta da lira (C). Variação 1 Gire a perna livre para trás e force o cambre da coluna (C, D). Variação 2 Desça a perna em direção ao tronco, segure-a por trás ou pela frente e estique, forçando com as mãos (C, F). Variação 3 Pegue o pé livre, primeiramente com o mesmo braço dessa perna. Em seguida posicione o corpo para frente enquanto pega o pé com a outra mão. Aproxime o pé da cabeça e force o cambre da coluna (D, E). A B C D E F M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 55 FIGURAS Sequências na parte inferior da lira 34. Espacate Dicas e montagem Estas figuras também podem ser feitas na parte de cima da lira. Partindo do esquadro fechado em ângulo de 90 graus (A), alinhe o quadril embaixo da lira. Flexione e passe uma das pernas para trás do corpo (B), estique a perna de trás (C) forçando-a para baixo. Alongue a coluna e o pescoço em cambre (D). Variação Outros ângulos e perna podem ser testados, como flexionar somente a perna da frente, ou a de trás. Também é possível flexionar as duas pernas em noventa graus (E). A B C D E M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 56 FIGURAS Sequências na parte inferior da lira 35. Prancha com espacate invertido Dicas e montagem Pode ser feita na parte de cima e na parte debaixo da lira Exige alongamento extremo, antes de tentar executar na lira, recrie o movimento das pernas em relação ao ombro no chão. Passe uma perna para frente da lira (A), deixando a outra, bem próxima ao corpo. Deixe o quadril passar do ombro para frente em direção à perna da frente (B), durante este movimento a perna de trás ficará colada no corpo e atrás do ombro (C). Estique a perna atrás do ombro (D) e deixe o quadril na altura do ombro, gerando uma prancha, em que seu corpo ficará horizontal em relação à lira. (E). Variação Deixe o corpo descer saído da horizontal para a vertical. Este movimento também pode ser executado com uma ou duas pernas flexionadas ou em diferentes angulações (E, F). A B C D E F M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 57 FIGURAS Sequências na parte inferior da lira 36. Figura lateral Dicas e montagem Estas figuras também podem ser feitas na parte de cima e debaixo da lira. A forma que a perna passará para frente pode variar bastante, podendo sair de uma curva por exemplo. Deixe uma perna na frente e uma atrás do corpo (A). Gire o corpo para a frente de uma das pernas, encostando o quadril no braço de trás e deixando a coluna em cambre (arredondada) (B). Também é possível estender as duas pernas para cima, deixando o corpo esticado entre os braços e verticalmente em relação à lira. Experimente diferentes ângu- los para as pernas. Variação do mesmo movimento com as pernas para frente Passe as duas pernas juntas para a frente do corpo (C). Feche as pernas em esquadro e deixe a coluna o mais alinhada possível. Experimente outros ângulos de pernas (D). A B C D M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 58 FIGURAS Sequências na parte inferior da lira 37. Trava com as pernas do mesmo lado da lira – Peixinho Dicas e montagem Abra um esquadro aberto lateral (A) e suspenda as pernas acima da lira (B). Trave as duas pernas por dentro da lira com os dois pés do lado contrário das pernas (C), criando um X com as pernas na lira. O pé da perna que está mais próxima à lira deve ficar por cima do outro pé. Os dois pés devem ficar em flex durante todo o mo- vimento e as pernas devem permanecer abraçando a lira com bastante tônus. Quando sentir segurança nesta trava, solte as mãos (D). Como desmontagem, além de retornar todo o percurso é possível voltar só para uma curva ou começar outros movimentos. Também pode-se iniciar este movimento vindo de cima da lira (ver posições de transição), de preferência com a lira no meio das pernas. Pode-se ir diretamente para a trava com as pernas invertidas na lira, desde que volte as mãos para a lira. A B C D M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 59 FIGURAS Sequências na parte inferior da lira 38. Trava com pernas invertidas na lira – Figura do Y Dicas e montagem Abra um esquadro aberto lateral (A) e suspenda as pernas acima da lira (B). Trave uma perna na frente e uma atrás na lira passando os pés para fora da lira em flex. Deixe as pernas bem esticadas e solte as mãos quando sentir segurança nesta trava (C). Opção de saída Pode-se ir para a trava com as duas pernas do mesmo lado da lira. Segure novamente com as mãos na lira e desencaixe o pé travado na parte de trás da lira para encaixar o pé que estava na frente da lira. Solte as mãos. Também pode-se voltar para o esquadro aberto. Outra opção é subir o corpo na lira: coloque as mãos mais altas na lira (D) e tire a perna da frente. Suba o corpo girando pela lateral da lira enquanto flexiona os braços (E). A perna que permaneceu na lira deve ajudar empurrando a lira durante toda a subida. Após chegar com o corpo apontado para o lado da lira (movimento que também pode ser marcado como uma figura (F), desça as pernas (G) e gire o corpo para frente e para o meio da lira (H). A B C D E F G H M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 60 FIGURAS Sequências na parte inferior da lira 39. Espacate do peixinho Dicas e montagem Segure na lira com as duas mãos (A). Deixe uma perna estendida na lira com o pé travando em flex, segure na lira com a mão oposta a esta perna. Flexione a perna livre o mais próximo possível do corpo, segue-a com a mão oposta (B) e estique-a ao lado do corpo (C). A B C M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 61 FIGURAS Sequências na parte inferior da lira 40. Trava com as pernas – Figura do palhaço Dicas e montagem Saindo com as duas curvas na lira (A), deixe as mãos mais baixas na lira. Retire as curvas da lira e deslize as pernas pelas laterais da lira até os pés encostarem do lado de fora da lira (B). Trave os pés em flex por fora da lira, deixando a parte de trás dos joelhos apoiada na lira. Solte as mãos quando sentir segurança nesta trava (C). Este movimento também pode ser feito partindo do esquadro aberto na lira, descendo para a sereia. Também é possível transformá-lo em queda, saído da posição sentada com as pernas abertas caído o corpo para trás, contudo requer muita força na trava de pé. Opção de retorno Segure na lira e volte para as duas curvas (D). A B C D M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 62 FIGURAS Sequências na parte inferior da lira 41. Prancha relógio Dicas e montagem Requer muita força e controle. Partindo do esquadro aberto (A), gire uma das pernas como um relógio para um lado do corpo. Esta perna deve subir bem rente à lira (B). Deixe o quadril seguir o movimento das pernas indo para baixo pelo lado. Nunca tire o quadril e as pernas de perto dos braços. Quando sentir segurança libere a mão oposta ao sentido das pernas (C). A B C M an ua l i lu st ra do d e LI RA C IR C EN SE 63 FIGURAS Sequências na parte inferior da lira 42. Trava de cotovelo Dicas e montagem Partindo de uma curva de perna com as mãos na lira (A), flexione os dois braços aproximando um dos cotovelos na lira. Trave a parte interna do cotovelo na lira, em seguida trave o outro cotovelo (B). Quando sentir segurança nesta trava libere a perna que estava em curva (C). Depois que já estiver familiarizado com as duas travas, retire uma delas ainda segurando a lira com a mão (D). Quando sentir segurança, retire a mão deixando apenas a trava de um cotovelo. Experimente diferentes posições de pernas. Também é possível iniciar a figura só com as mãos na lira, seguindo o mesmo procedimento anterior sem a curva de perna (D). A B C D
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