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NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade Macaé, RJ ÍNDICE INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM ELETRICIDADE .......................... 37 1. NORMAS REGULAMENTADORAS (NR´S) ...................................... 39 1.1. PENALIDADES ................................................................. 40 1.1.1. HISTÓRIA DA ELETRICIDADE .................................................... 41 1.2. CONCEITOS DE ELETRICIDADE .................................................. 42 1.3. ELETRICIDADE ................................................................ 42 1.3.1. INTENSIDADE DE CORRENTE ............................................ 42 1.3.2. CORRENTE ALTERNADA .................................................... 43 1.3.3. CORRENTE CONTÍNUA ...................................................... 44 1.3.4. CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO ..................................... 45 1.3.5. FREQUÊNCIA ................................................................... 45 1.3.6. TENSÃO .......................................................................... 46 1.3.7. TENSÃO DE TOQUE .......................................................... 47 1.3.8. TENSÃO DE PASSO .......................................................... 47 1.3.9. RESISTÊNCIA ................................................................ 48 1.3.10. RESISTÊNCIA DO CORPO HUMANO................................... 49 1.3.11. CONDUTORES ................................................................ 49 1.3.12. O CORPO HUMANO COMO CONDUTOR .............................. 50 1.3.13. ISOLANTES ................................................................... 50 1.3.14. SEMICONDUTORES ........................................................ 51 1.3.15. 1ª LEI DE OHM .............................................................. 52 1.3.16. POTÊNCIA ELÉTRICA ...................................................... 53 1.3.17. EFEITO JOULE ................................................................ 54 1.3.18. EFEITO CORONA ............................................................ 55 1.3.19. GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA .................................... 56 1.3.20. ENERGIA HIDRÁULICA (OU HÍDRICA) ............................... 57 1.3.21. USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU ..................................... 58 1.3.22. USINA NUCLEAR ............................................................ 59 1.3.23. USINA TERMELÉTRICA .................................................... 61 1.3.24. ENERGIA BIOMASSA ....................................................... 62 1.3.25. USINA BICOMBUSTÍVEL .................................................. 63 1.3.26. ENERGIA ELÉTRICA GERADA POR ESGOTO ........................ 64 1.3.27. ENERGIA GEOTÉRMICA ................................................... 66 1.3.28. ENERGIA EÓLICA ........................................................... 68 1.3.29. ENERGIA SOLAR ............................................................ 70 1.3.30. ENERGIA DAS MARÉS ..................................................... 71 1.3.31. INDÚSTRIA OFFSHORE ................................................... 72 1.3.32. RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE ........... 73 2. O CHOQUE ELÉTRICO, MECANISMO E EFEITOS ............................ 74 2.1. CHOQUE ESTÁTICO .......................................................... 77 2.1.1. CHOQUE DINÂMICO ......................................................... 79 2.1.2. CHOQUE POR DESCARGA ATMOSFÉRICA ............................ 79 2.1.3. ELETROCUSSÃO............................................................... 82 2.1.4. CADEIRA ELÉTRICA .......................................................... 82 2.1.5. ELETROPLESSÃO.............................................................. 83 2.1.6. ARCO ELÉTRICO, QUEIMADURAS E QUEDAS ................................ 86 2.2. FATORES QUE INFLUENCIAM A FORMAÇÃO DO ARCO 2.2.1. ELÉTRICO. .....................................................................................87 CAUSAS DO ARCO ELÉTRICO ............................................ 88 2.2.2. QUEIMADURAS PROVOCADAS POR ARCO ELÉTRICO ............. 89 2.2.3. QUEDAS ......................................................................... 89 2.2.4. CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS .................................................. 90 2.3. CAMPOS ELÉTRICOS ........................................................ 90 2.3.1. LEI DE COULOMB ............................................................. 91 2.3.2. CAMPOS MAGNÉTICOS ..................................................... 92 2.3.3. ELETROÍMÃ ..................................................................... 94 2.3.4. SOLENÓIDES ................................................................... 96 2.3.5. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS ............................................ 97 2.4. AVALIAÇÃO DE RISCOS .................................................... 97 2.4.1. CONCEITOS .................................................................... 98 2.4.2. RISCOS DE ACIDENTES .................................................... 99 2.4.3. GERENCIAMENTO DE RISCOS ............................................ 99 2.4.4. NÍVEIS DE RISCO: ......................................................... 100 2.4.5. CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS QUANTO À SEVERIDADE DAS 2.4.6. CONSEQUÊNCIAS .............................................................................. 100 PRINCIPAIS TÉCNICAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DOS 2.4.7. RISCOS/PERIGOS ............................................................................. 101 MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO ........................... 105 2.5. DESENERGIZAÇÃO ......................................................... 105 2.5.1. ZONA DE RISCO ............................................................ 110 2.5.2. ZONA CONTROLADA ....................................................... 110 2.5.3. PROCEDIMENTOS DE REENERGIZAÇÃO ............................ 113 2.5.4. ATERRAMENTO E EQUIPOTENCIALIZAÇÃO ........................ 114 2.5.5. TERMOS E DEFINIÇÕES .................................................. 116 2.5.6. ATERRAMENTO FUNCIONAL (TN, TT, IT) ........................... 118 2.5.7. ESQUEMAS IT MÉDICO ................................................... 124 2.5.8. ATERRAMENTO DE PROTEÇÃO ......................................... 126 2.5.9. ATERRAMENTO TEMPORÁRIO ......................................... 126 2.5.10. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E FUNCIONAIS .......... 127 2.5.11. ESPECIFICAÇÃO DO CONJUNTO DE ATERRAMENTO E CURTO-2.5.12. CIRCUITAMENTO TEMPORÁRIO ........................................................... 128 LIGAÇÃO EQUIPOTENCIAL ............................................. 128 2.5.13. EQUIPOTENCIALIZAÇÃO EM LINHAS VIVAS ..................... 130 2.5.14. CHAVES FUSÍVEIS ........................................................ 132 2.5.15. CHAVES FACAS ............................................................ 133 2.5.16. DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL (DR).................... 134 2.5.17. EXTRA-BAIXA TENSÃO .................................................. 138 2.5.18. BARREIRAS E INVÓLUCROS ........................................... 138 2.5.19. BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS ....................................... 139 2.5.20. OBSTÁCULOS E ANTEPAROS .......................................... 142 2.5.21. ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS .................................. 142 2.5.22. ISOLAÇÃO DUPLA OU REFORÇADA ................................. 143 2.5.23. COLOCAÇÃO FORA DE ALCANCE .................................... 145 2.5.24. SEPARAÇÃO ELÉTRICA .................................................. 146 2.5.25. NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS E REGULAMENTAÇÕES DO MTE 147 2.6. NBR 5410:2004............................................................. 147 2.6.1. NBR 14039:2005 ........................................................... 148 2.6.2. NBR 5419:2005 ............................................................. 149 2.6.3. NBR 13534:2008 ........................................................... 150 2.6.4. NBR 13570:1996 ........................................................... 150 2.6.5. NBR 13418:1995 ........................................................... 150 2.6.6. CLASSIFICAÇÃO DE TENSÃO .................................................... 151 2.7. REGULAMENTAÇÕES DO MTE ................................................... 151 2.8. NORMAS REGULAMENTADORAS ....................................... 152 2.8.1. NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM 2.8.2. ELETRICIDADE .................................................................................. 154 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA ................................. 154 2.9. VARAS DE MANOBRA ...................................................... 156 2.9.1. BASTÕES DE RESGATE ................................................... 157 2.9.2. TAPETES ISOLANTES ...................................................... 157 2.9.3. MANTA ISOLANTE DE BORRACHA .................................... 158 2.9.4. INSTRUMENTOS DE DETECÇÃO DE TENSÃO E VERIFICAÇÃO DE 2.9.5. AUSÊNCIA DE TENSÃO ...................................................................... 159 ATERRAMENTO TEMPORÁRIO .......................................... 160 2.9.6. BANQUETA ISOLANTE ..................................................... 160 2.9.7. FITAS DE DEMARCAÇÃO REFLETIVAS ............................... 161 2.9.8. CONES DE SINALIZAÇÃO ................................................ 161 2.9.9. GRADE METÁLICA DOBRÁVEL ........................................ 162 2.9.10. SINALIZADOR STROBO ................................................. 162 2.9.11. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL .............................. 162 2.10. NR 6 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ......... 163 2.10.1. CALÇADO DE PROTEÇÃO – SOLADO ISOLANTE ................ 164 2.10.2. CALÇADO DE PROTEÇÃO – SOLADO CONDUTIVO ............. 165 2.10.3. MACACÃO CONDUTIVO ................................................. 166 2.10.4. LUVAS E MEIAS CONDUTIVAS........................................ 167 2.10.5. LUVAS ISOLANTES DE BORRACHA ................................. 167 2.10.6. VESTIMENTAS DE PROTEÇÃO CONTRA ARCOS ELÉTRICOS 168 2.10.7. PROTETOR FACIAL CONTRA ARCOS ELÉTRICOS ............... 169 2.10.8. CAPUZ DE ELETRICISTA ................................................ 170 2.10.9. CAPACETE PARA ELETRICISTA ABA TOTAL ..................... 170 2.10.10. CINTO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA ................ 170 2.10.11. ADORNOS ................................................................. 172 2.10.12. ROTINAS DE TRABALHO – PROCEDIMENTOS ................................ 172 3. INSTALAÇÕES DESENERGIZADAS ............................................. 173 3.1. LIBERAÇÃO PARA SERVIÇOS .................................................... 173 3.2. SINALIZAÇÃO ......................................................................... 174 3.3. PLACAS DE SINALIZAÇÃO ............................................... 174 3.3.1. INSPEÇÕES DE ÁREAS, SERVIÇOS, FERRAMENTAL E EQUIPAMENTO3.4. 175 DOCUMENTAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .......................... 177 3.5. RISCOS ADICIONAIS ............................................................... 180 3.6. TRABALHO EM ALTURA ................................................... 181 3.6.1. AMBIENTES CONFINADOS ............................................... 184 3.6.2. ÁREAS CLASSIFICADAS .................................................. 186 3.6.3. SUBSTÂNCIAS COMBUSTÍVEIS ................................................. 187 3.7. GÁS INFLAMÁVEL ........................................................... 187 3.7.1. LÍQUIDO INFLAMÁVEL .................................................... 187 3.7.2. POEIRA OU FIBRA COMBUSTÍVEL ..................................... 187 3.7.3. PONTO DE FULGOR ........................................................ 188 3.7.4. PONTO DE COMBUSTÃO ................................................. 188 3.7.5. TEMPERATURA DE AUTO IGNIÇÃO ................................... 188 3.7.6. IGNIÇÃO ....................................................................... 189 3.7.7. GERENCIAMENTO DE RISCOS ................................................... 190 3.8. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ............................................. 190 3.8.1. CLASSE DE TEMPERATURA .............................................. 191 3.8.2. GRUPO DE EXPLOSIVIDADE ............................................ 192 3.8.3. DEFINIÇÃO DE ZONAS.................................................... 192 3.8.4. TIPOS DE PROTEÇÃO ..................................................... 193 3.8.5. ÍNDICE DE PROTEÇÃO .................................................... 193 3.8.6. UMIDADE ...................................................................... 195 3.8.7. CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS ........................................... 196 3.8.8. PÁRA-RAIOS.................................................................. 199 3.8.9. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS 3.8.10. ATMOSFÉRICAS. .......................................................... .....................201 ANIMAIS PEÇONHENTOS ............................................... 203 3.8.11. RESPONSABILIDADES ............................................................... 204 4. SESMT – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE 4.1. SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO .................................. 205 ATRIBUIÇÕES DO SESMT ................................................ 206 4.1.1. CIPA – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES ........ 207 4.2. PENALIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL ............................. 207 4.3. CÓDIGO CIVIL ............................................................... 208 4.3.1. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ........................................... 208 4.3.2. LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA ........................................ 208 4.3.3. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA ............................................. 209 4.3.4. COMPETÊNCIA DAS PESSOAS SEGUNDO A NBR 14.039 ...... 210 4.3.5. PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS ......................................... 210 5. QUÍMICA DO FOGO ................................................................. 211 5.1. ELEMENTOS DA COMBUSTÃO .......................................... 212 5.1.1. TETRAEDRO DO FOGO .................................................... 213 5.1.2. TEMPERATURA DE IGNIÇÃO ............................................ 213 5.1.3. PONTO DE FULGOR ........................................................ 213 5.1.4. PONTO DE COMBUSTÃO ................................................. 214 5.1.5. PONTO DE AUTO-IGNIÇÃO .............................................. 214 5.1.6. COMBUSTÃO COMPLETA ................................................. 214 5.1.7. COMBUSTÃO INCOMPLETA .............................................. 214 5.1.8. MISTURA INFLAMÁVEL .................................................... 214 5.1.9. EXPLOSÃO .................................................................. 215 5.1.10. ELETRICIDADE ESTÁTICA .............................................. 215 5.1.11. COMBUSTÃO ESPONTÂNEA............................................ 215 5.1.12. PRODUÇÃO DE CALOR .................................................. 216 5.1.13. PRINCIPAIS CAUSAS DE INCÊNDIOS .............................. 216 5.1.14. MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO DO FOGO ...................................... 217 5.2. CONDUÇÃO ................................................................... 217 5.2.1. RADIAÇÃO .................................................................... 217 5.2.2. CONVECÇÃO .................................................................217 5.2.3. NOÇÕES BÁSICAS DE COMBATE A INCÊNDIO ............................. 218 5.3. CLASSES DE INCÊNDIO .................................................. 218 5.3.1. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO .................................. 219 5.3.2. REAÇÃO EM CADEIA ....................................................... 220 5.3.3. EMPREGO DOS EXTINTORES ........................................... 220 5.3.4. DICAS DE SEGURANÇA ................................................... 222 5.3.5. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ........................................................ 223 5.4. RISCOS DA ELETRICIDADE EM NOSSO ORGANISMO ................... 225 5.5. TRAJETO DA ELETRICIDADE EM NOSSO CORPO ................. 226 5.5.1. RESISTÊNCIA DO CORPO HUMANO .................................. 226 5.5.2. TETANIZAÇÃO ............................................................... 227 5.5.3. DISTRIBUIÇÃO DAS ETAPAS E PRIORIZAÇÃO DO ATENDIMENTO .. 229 5.6. AVALIAÇÃO DA CENA E BIOSSEGURANÇA ......................... 229 5.6.1. ABORDAGEM PRIMÁRIA .................................................. 230 5.6.2. ABORDAGEM SECUNDÁRIA ............................................. 230 5.6.3. SINAIS VITAIS E ESCALA DE TRAUMA .............................. 231 5.6.4. AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA .......................... 231 5.6.5. ABERTURA DE VIAS AÉREAS ........................................... 232 5.6.6. ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL ............................ 233 5.6.7. MEDIÇÃO E COLOCAÇÃO DO COLAR CERVICAL .................. 234 5.6.8. SISTEMAS RESPIRATÓRIO E CARDIOVASCULAR ......................... 234 5.7. SISTEMA RESPIRATÓRIO ................................................ 234 5.7.1. SISTEMA CARDIOVASCULAR ........................................... 235 5.7.2. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA – PCR .................................... 236 5.8. CHECAGEM DE PULSO .................................................... 238 5.8.1. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR – RCP .................................... 239 5.9. C – CIRCULACAO (CIRCULATION) .................................... 240 5.9.1. A – ABERTURA DAS VIAS AÉREAS (AIRWAYS) ................... 241 5.9.2. B – BOA RESPIRAÇÃO (BREATHING) ................................ 241 5.9.3. D – DESFIBRILAÇÃO ...................................................... 243 5.9.4. ESQUEMA PARA RCP CONFORME AHA-2010 ............................... 244 5.10. DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS ................................. 244 5.10.1. NOÇÕES SOBRE LESÕES .......................................................... 245 5.11. QUEIMADURA .............................................................. 245 5.11.1. HEMORRAGIAS ............................................................ 250 5.11.2. LESÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS ................................. 252 5.11.3. FRATURA..................................................................... 252 5.11.4. LUXAÇÃO .................................................................... 254 5.11.5. TORÇÃO ...................................................................... 255 5.11.6. NOÇÕES SOBRE RESGATE E TRANSPORTE ................................. 256 5.12. NR10 - Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade Nome do Arquivo 20150223 Manual NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade - PT - REV01 REGRAS REGRAS FALCK Respeite todos os sinais de advertência, avisos de segurança e instruções; Roupas soltas, jóias, piercings etc. não devem ser usados durante os exercícios práticos; Não é permitido o uso de camiseta sem manga, “shorts” ou mini-saias, sendo obrigatório o uso de calças compridas e de calçados fechados; Terão prioridade de acessar o refeitório instrutores e assistentes; Não transite pelas áreas de treinamento sem prévia autorização. Use o EPI nas áreas recomendadas; Os treinandos são responsáveis por seus valores. Armários com cadeado e chaves estão disponíveis e será avisado quando devem ser usados. A Falck Safety Services não se responsabiliza por quaisquer perdas ou danos; O fumo é prejudicial a saúde. Só é permitido fumar em áreas previamente demarcadas; Indivíduos considerados sob efeito do consumo de álcool ou drogas ilícitas serão desligados do treinamento e reencaminhados ao seu empregador; Durante as instruções telefones celulares devem ser desligados; Aconselha-se que as mulheres não façam o uso de sapato de salto fino; Não são permitidas brincadeiras inconvenientes, empurrões, discussões e discriminação de qualquer natureza; Os treinandos devem seguir instruções dos funcionários da Falck durante todo o tempo; É responsabilidade de todo treinando assegurar a segurança do treinamento dentro das melhores condições possíveis. Condições ou atos inseguros devem ser informados imediatamente aos instrutores; Fotografias, filmagens ou qualquer imagem de propriedade da empresa, somente poderá ser obtida com prévia autorização; Gestantes não poderão realizar os treinamentos devido aos exercícios práticos; Se, por motivo de força maior, for necessário ausentar-se durante o período de treinamento, solicite o formulário específico para autorização de saída. Seu período de ausência será informado ao seu empregador e se extrapolar o limite de 10% da carga horária da Disciplina, será motivo para desligamento; A Falck Safety Services garante a segurança do transporte dos treinandos durante a permanência na Empresa em veículos por ela designados, não podendo ser responsabilizada em caso de transporte em veículo particular; Os Certificados/Carteiras serão entregues à Empresa contratante. A entrega ao portador somente mediante prévia autorização da Empresa contratante. Alunos particulares deverão aguardar o resultado das Avaliações e, quando aprovados, receberem a Carteira do Treinamento; Pessoas que agirem em desacordo com essas regras ou que intencionalmente subtraírem ou danificarem equipamentos serão responsabilizadas e tomadas as providências que o caso venha a exigir. DIRETRIZES GERAIS DO CURSO Quanto à estruturação do curso A estruturação deste curso está em acordo com a Norma Regulamentadora 10 (NR-10) aprovada através da portaria do Ministério do Trabalho, MTE n°598, de 07/12/2004 e publicada no Diário Oficial da União de 08/12/2004. Quanto à frequência às aulas A frequência às aulas e atividades práticas é obrigatória. O aluno deverá obter o mínimo de 90% de frequência no total das aulas ministradas no curso. Para efeito das alíneas descritas acima, será considerada falta: o não comparecimento às aulas, o atraso superior a 10 minutos em relação ao início de qualquer atividade programada ou a saída não autorizada durante o seu desenvolvimento. Quanto à aprovação no curso Será considerado aprovado o aluno que: Obtiver nota igual ou superior a 6,0 (seis) em uma escala de 0 a 10 (zero a dez) na avaliação teórica e alcançar o conceito satisfatório nas atividades práticas; Tiver a frequência mínima exigida (90%). Caso o aluno não cumpra as condições descritas nas alíneas acima, será considerado reprovado. OBJETIVO DO CURSO NR-10 10.1 - Objetivo e Campo de Aplicação 10.1.1 Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. 10.1.2 Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas,as normas internacionais cabíveis. 10.2 - Medidas de Controle 10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. 10.2.2 As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho. 10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção. 10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo: a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes; b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos; c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR; d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva; f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”. 10.2.5 As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 e acrescentar ao prontuário os documentos a seguir listados: a) descrição dos procedimentos para emergências; b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual. 10.2.5.1 As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elétrico de Potência devem constituir prontuário contemplando as alíneas “a”, “c”, “d” e “e”, do item 10.2.4 e alíneas “a” e “b” do item 10.2.5. 10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa 2 formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade. 10.2.7 Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado. 10.2.8 - Medidas de Proteção Coletiva 10.2.8.1 Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. 10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança. 10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático. 10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes. 10.2.9 - Medidas de Proteção Individual 10.2.9.1 Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6. 10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. 10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades. 10.3 - Segurança em Projetos 10.3.1 É obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos de desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sinalização de advertência com indicação da condição operativa. 10.3.2 O projeto elétrico, na medida do possível, deve prever a instalação de dispositivo de seccionamento de ação simultânea, que permita a aplicação de impedimento de reenergização do circuito. 10.3.3 O projeto de instalações elétricas deve considerar o espaço seguro, quanto ao dimensionamento e a localização de seus componentes e as influências externas, quando da operação e da realização de serviços de construção e manutenção. 10.3.3.1 Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação, sinalização, controle e tração elétrica devem ser identificados e instalados separadamente, salvo quando o desenvolvimento tecnológico permitir compartilhamento, respeitadas as definições de projetos. 10.3.4 O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e a conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade. 10.3.5 Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de equipotencialização e aterramento do circuito seccionado. 10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário. 10.3.7 O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado. 10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que dispõem as Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança no Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais estabelecidas, e ser assinado por profissional legalmente habilitado. 10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes itens de segurança: a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos adicionais; b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde – “D”, desligado e Vermelho -“L”, ligado); c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos de manobra, de controle, de proteção, de intertravamento, dos condutores e os próprios equipamentos e estruturas, definindo como tais indicações devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações; d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes das instalações; e) precauções aplicáveis em face das influências externas; f) o princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto, destinados à segurança das pessoas; g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica. 10.3.10 Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos trabalhadores iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 – Ergonomia. 10.4 - Segurança na Construção, Montagem, Operação e Manutenção 10.4.1 As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadorese dos usuários, e serem supervisionadas por profissional autorizado, conforme dispõe esta NR. 10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a sinalização de segurança. 10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências externas. 10.4.3.1 Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento elétrico devem estar adequados às tensões envolvidas, e serem inspecionados e testados de acordo com as regulamentações existentes ou recomendações dos fabricantes. 10.4.4 As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e definições de projetos. 10.4.4.1 Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de equipamentos e instalações elétricas são exclusivos para essa finalidade, sendo expressamente proibido utilizá-los para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos. 10.4.5 Para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao trabalhador iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 – Ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos membros superiores livres para a realização das tarefas. 10.4.6 Os ensaios e testes elétricos laboratoriais e de campo ou comissionamento de instalações elétricas devem atender à regulamentação estabelecida nos itens 10.6 e 10.7, e somente podem ser realizados por trabalhadores que atendam às condições de qualificação, habilitação, capacitação e autorização estabelecidas nesta NR. 10.5 - Segurança em Instalações Elétricas Desenergizadas 10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a seqüência abaixo: a) seccionamento; b) impedimento de reenergização; c) constatação da ausência de tensão; d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos; e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo I); f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização. 10.5.2 O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização para reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a seqüência de procedimentos abaixo: a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos; b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de reenergização; c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais; d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização; e) destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento. 10.5.3 As medidas constantes das alíneas apresentadas nos itens 10.5.1 e 10.5.2 podem ser alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função das peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente habilitado, autorizado e mediante justificativa técnica previamente formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de segurança originalmente preconizado. 10.5.4 Os serviços a serem executados em instalações elétricas desligadas, mas com possibilidade de energização, por qualquer meio ou razão, devem atender ao que estabelece o disposto no item 10.6. 10.6 - Segurança em Instalações Elétricas Energizadas 10.6.1 As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 Volts em corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua somente podem ser realizadas por trabalhadores que atendam ao que estabelece o item 10.8 desta Norma. 10.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item anterior devem receber treinamento de segurança para trabalhos com instalações elétricas energizadas, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR. 10.6.1.2 As operações elementares como ligar e desligar circuitos elétricos, realizadas em baixa tensão, com materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação, adequados para operação, podem ser realizadas por qualquer pessoa não advertida. 10.6.2 Os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada devem ser realizados mediante procedimentos específicos respeitando as distâncias previstas no Anexo I. 10.6.3 Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades devem ser suspensos de imediato naiminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo. 10.6.4 Sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou para a entrada em operações de novas instalações ou equipamentos elétricos devem ser previamente elaboradas análises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados, e respectivos procedimentos de trabalho. 10.6.5 O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível. 10.7 - Trabalhos Envolvendo Alta Tensão (At) 10.7.1 Os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com alta tensão, que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e de risco, conforme Anexo I, devem atender ao disposto no item 10.8 desta NR. 10.7.2 Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de segurança, específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR. 10.7.3 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência – SEP, não podem ser realizados individualmente. 10.7.4 Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas que interajam com o SEP, somente pode ser realizado mediante ordem de serviço específica para data e local, assinada por superior responsável pela área. 10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe, responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço. 10.7.6 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser realizados quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por profissional autorizado. 10.7.7 A intervenção em instalações elétricas energizadas em AT dentro dos limites estabelecidos como zona de risco, conforme Anexo I desta NR, somente pode ser realizada mediante a desativação, também conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento automático do circuito, sistema ou equipamento. 10.7.7.1 Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com identificação da condição de desativação, conforme procedimento de trabalho específico padronizado. 10.7.8 Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-se as especificações do fabricante, os procedimentos da empresa e na ausência desses, anualmente. 10.7.9 Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles envolvidosem atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante a realização do serviço. 10.8 - Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização dos Trabalhadores 10.8.1 É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino. 10.8.2 É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe. 10.8.3 É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente: a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado; e b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado. 10.8.3.1 A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas condições estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação. 10.8.4 São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capacitados e os profissionais habilitados, com anuência formal da empresa. 10.8.5 A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador, conforme o item 10.8.4. 10.8.6 Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter essa condição consignada no sistema de registro de empregado da empresa. 10.8.7 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos a exame de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 e registrado em seu prontuário médico. 10.8.8 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo II desta NR. 10.8.8.1 A empresa concederá autorização na forma desta NR aos trabalhadores capacitados ou qualificados e aos profissionais habilitados que tenham participado com avaliação e aproveitamento satisfatórios dos cursos constantes do ANEXO II desta NR. 10.8.8.2 Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das situações a seguir: a) troca de função ou mudança de empresa; b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses; c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e organização do trabalho. 10.8.8.3 A carga horária e o conteúdo programático dos treinamentos de reciclagem destinados ao atendimento das alíneas “a”, “b” e “c” do item 10.8.8.2 devem atender as necessidades da situação que o motivou. 10.8.8.4 Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento especifico de acordo com risco envolvido. 10.8.9 Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações elétricas desenvolvidas em zona livre e na vizinhança da zona controlada, conforme define esta NR, devem ser instruídos formalmente com conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis. 10.9 - Proteção Contra Incêndio e Explosão 10.9.1 As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR 23 – Proteção Contra Incêndios. 10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação. 10.9.3 Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica. 10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação. 10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme estabelece o item 10.5 ou supressão do agente de risco que determina a classificação da área. 10.10 - Sinalização de Segurança 10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, as situações a seguir: a) identificação de circuitos elétricos; b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos; c) restrições e impedimentos de acesso; d) delimitações de áreas; e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de cargas; f) sinalização de impedimento de energização; g) identificação de equipamento ou circuito impedido. 10.11 - Procedimentos de Trabalho 10.11.1 Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR.7 10.11.2 Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço especificas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados. 10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais. 10.11.4 Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a autorização de que trata o item 10.8 devem ter a participação em todo processo de desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver. 10.11.5 A autorização referida no item 10.8 deve estar em conformidade com o treinamento ministrado, previsto no Anexo II desta NR. 10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de exercer a supervisão e condução dos trabalhos. 10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço. 10.11.8 A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das tarefas e a competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. 10.12 - Situação de Emergência 10.12.1 As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com eletricidade devem constar do plano de emergência da empresa. 10.12.2 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardio-respiratória. 10.12.3 A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades, disponibilizando os meios para a sua aplicação. 10.12.4 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações elétricas. 10.13 – Responsabilidades 10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimentodesta NR são solidárias aos contratantes e contratados envolvidos. 10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados. 10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas. 10.13.4 Cabe aos trabalhadores: a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho; b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas. 10.14 - Disposições Finais 10.14.1 Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis. 10.14.2 As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos competentes. 10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o MTE adotará as providências estabelecidas na NR 3. 10.14.4 A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição dos trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências, limitações e interferências nas tarefas. 10.14.5 A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição das autoridades competentes. 10.14.6 Esta NR não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por extra-baixa tensão. ANEXO I ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre. ANEXO II TREINAMENTO Curso Básico – Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade I - Para os trabalhadores autorizados: carga horária mínima – 40h: Programação Mínima: 1. introdução à segurança com eletricidade. 2. riscos em instalações e serviços com eletricidade: a) o choque elétrico, mecanismos e efeitos; b) arcos elétricos; queimaduras e quedas; c) campos eletromagnéticos. 3. Técnicas de Análise de Risco. 4. Medidas de Controle do Risco Elétrico: a) desenergização. b) aterramento funcional (TN / TT / IT); de proteção; temporário; c) equipotencialização; d) seccionamento automático da alimentação; e) dispositivos a corrente de fuga; f) extra baixa tensão; g) barreiras e invólucros; h) bloqueios e impedimentos; i) obstáculos e anteparos; j) isolamento das partes vivas; k) isolação dupla ou reforçada; l) colocação fora de alcance; m) separação elétrica. 5. Normas Técnicas Brasileiras – NBR da ABNT: NBR-5410, NBR 14039 e outras; 6. Regulamentações do MTE: a) NRs; b) NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade); c) qualificação; habilitação; capacitação e autorização. 7. Equipamentos de proteção coletiva. 8. Equipamentos de proteção individual. 9. Rotinas de trabalho – Procedimentos. a) instalações desenergizadas; b) liberação para serviços; c) sinalização; d) inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento; 10. Documentação de instalações elétricas. 11. Riscos adicionais: a) altura; b) ambientes confinados; c) áreas classificadas; d) umidade; e) condições atmosféricas. 12. Proteção e combate a incêndios: a) noções básicas; b) medidas preventivas; c) métodos de extinção; d) prática;12 13. Acidentes de origem elétrica: a) causas diretas e indiretas; b) discussão de casos. 14. Primeiros socorros: a) noções sobre lesões; b) priorização do atendimento; c) aplicação de respiração artificial; d) massagem cardíaca; e) técnicas para remoção e transporte de acidentados; f) práticas. 15. Responsabilidades. Curso Complementar – Segurança no Sistema Elétrico de Potência (Sep) e em Suas Proximidades. É pré-requisito para freqüentar este curso complementar, ter participado, com aproveitamento satisfatório, do curso básico definido anteriormente. Carga horária mínima – 40h (*) Estes tópicos deverão ser desenvolvidos e dirigidos especificamente para as condições de trabalho características de cada ramo, padrão de operação, de nível de tensão e de outras peculiaridades específicas ao tipo ou condição especial de atividade, sendo obedecida a hierarquia no aperfeiçoamento técnico do trabalhador. I - Programação Mínima: 1. Organização do Sistema Elétrico de Potencia – SEP. 2. Organização do trabalho: a) programação e planejamento dos serviços; b) trabalho em equipe; c) prontuário e cadastro das instalações; d) métodos de trabalho; e e) comunicação. 3. Aspectos comportamentais. 4. Condições impeditivas para serviços. 5. Riscos típicos no SEP e sua prevenção (*): a) proximidade e contatos com partes energizadas; b) indução; c) descargas atmosféricas; d) estática; e) campos elétricos e magnéticos; f) comunicação e identificação; e g) trabalhos em altura, máquinas e equipamentos especiais. 6. Técnicas de análise de Risco no S E P (*) 7. Procedimentos de trabalho – análise e discussão. (*) 8. Técnicas de trabalho sob tensão: (*) a) em linha viva; b) ao potencial; c) em áreas internas; d) trabalho a distância; e) trabalhos noturnos; e f) ambientes subterrâneos. 9. Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, conservação, verificação, ensaios) (*). 10. Sistemas de proteção coletiva (*). 11. Equipamentos de proteção individual (*). 12. Posturas e vestuários de trabalho (*). 13. Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos(*). 14. Sinalização e isolamento de áreas de trabalho(*). 15. Liberação de instalação para serviço e para operação e uso (*). 16. Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de acidentados (*). 17. Acidentes típicos (*) – Análise, discussão, medidas de proteção. 18. Responsabilidades (*) NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 37 INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM ELETRICIDADE 1. A NR-10 trata em seus 14 itens (99 subitens), 3 anexos e 1 glossário das condições mínimas para garantir a segurança daqueles que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, inclusive terceiros e usuários. A NR 10 foi aprovada através da portaria do Ministério do Trabalho, MTE n°598, de 07/12/2004 e publicada no Diário Oficial da União de 08/12/2004. Esta portaria também institui a Comissão Nacional Permanente sobre segurança e Energia Elétrica (CPNSEE), tripartite e paritária com representantes do governo, das empresas e dos trabalhadores, no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego com a interveniência (com intervenção) da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), com o objetivo de acompanhar a implementação da NR 10, de forma a assumir as demandas impostas pela sociedade e de propor as adequações necessárias ao seu contínuo aperfeiçoamento. Objetivo maior é substanciar de elementos guias de entendimento e implementação não somente da NR 10, mas de medidas integras e prover um ambiente seguro e saudável de trabalho. A NR 10 no item 10.1.1 afirma que esta norma visa fornecer apenas os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemaspreventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. A Norma Regulamentadora 10 (NR 10) estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. Sua aplicação estende-se as fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades. Como exemplo de trabalhos nas vizinhanças de NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 38 instalações elétricas e sujeitas aos riscos destas instalações podem – se citar as seguintes atividades: Trabalhadores que atuam na instalação da rede de telefonia, quando exercem suas atividades em postes comuns a telefonia e a rede elétrica; Trabalhadores que atuam na instalação de TV’s a cabo, nas mesmas condições dos trabalhadores de telefonia; Trabalhadores atuando na capina de áreas rurais próximas as subestações e linhas de transmissão; Trabalhadores em pintura de estruturas de linhas de transmissão ou na pintura de uma subestação, quando o trabalho é realizado nas proximidades da entrada de energia. Para garantia da segurança dos trabalhadores nos serviços envolvendo ele- tricidade, devem-se observar as normas técnicas oficiais (ABNT, NR, etc) estabe- lecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis (IEC, NFPA, , NEC etc). NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS MAIS UTILIZADAS PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS: NBR 5410:2004 Instalações elétricas de baixa tensão; NBR 5419:2005 Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas; NBR 14039:2005 Instalações elétricas de média tensão de 1,0 KV a 36,2 KV; NBR 5363:1998 (cancelada) foi substituída pela NBR IEC 60079- 1:2009 Atmosferas explosivas; NBR 6533:1981 Estabelecimento de segurança aos efeitos da corrente elétrica percorrendo o corpo humano (cancelada); NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 39 NBR 5418:1995. Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas (cancelada), foi substituída pela NBR IEC 60079-14:2006 Equipamentos elétricos para atmosfera explosiva; NBR 9518:1997 (cancelada) foi substituída pela NBR IEC 60079- 0:2006 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas; NBR 13418:1995 Cabos resistentes ao fogo para instalações de segurança – Especificação; NBR 13534:2008 Instalações elétricas de baixa tensão – Requisitos específicos para instalação em estabelecimentos assistenciais de saúde; NBR 13570:1996 Instalações elétricas em locais de afluência de público - Requisitos específicos; NBR 14787:2001 Espaço confinado - Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção. E demais normas aplicáveis; ficando a critério do engenheiro a definição em função das particularidades dos serviços a serem executados ou em execução. NORMAS REGULAMENTADORAS (NR´S) 1.1. Uma Norma Regulamentadora (NR) objetiva explicitar a implantação das determinações contidas nos artigos 154 a 201, capítulo V da CLT, para que sirvam de balizamento, de parâmetro técnico, às pessoas/empresas que devem atender aos ditames legais e que, também, devem observar o pactuado nas Convenções/Acordos Coletivos de Trabalho de cada categoria e nas Convenções Coletivas sobre Prevenção de Acidentes. Considerando-se que as normas existentes têm uma inter-relação entre si, o propósito é o de indicar efetivamente essa ocorrência, demonstrando na prática prevencionista, que muito pouco adianta atender uma Norma regulamentadora sem levar em consideração as outras. As questões de saúde e segurança no trabalho são objeto de atenção contínua nos diversos segmentos industriais, pois as conseqüências NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 40 apresentadas pelos acidentes e doenças afetam aos trabalhadores, as empresas, o governo e a sociedade como um todo. PENALIDADES 1.1.1. Vale destacar que as multas da NR 10 (nova versão - 2004) foram estabelecidas pela portaria n° 126 de 03 de junho de 2005 do Ministério do Trabalho e Emprego. As graduações de multa determinadas pela NR 10 variam de I1 a I4, sendo que o maior número de infrações são graduadas como I3 e I4, onde estes valores variam em função da quantidade de funcionários no estabelecimento ou frente de trabalho. A faixa de variação das multas está compreendida entre 378 UFIR e 6304 UFIR, sendo o valor da UFIR congelado em R$ 1,60. As multas são aplicadas e recolhidas por item da norma descumprindo que for evidenciado pela fiscalização do MTE. Vale destacar que diversas NR’s possuem itens ligados a NR 10, como exemplo: NR 19 No item 19.1.2, alínea “h) as áreas dos depósitos protegidos por pára-raios segundo a Norma Regulamentadora - NR10; (119.008-3/I4)” No Item 19.1.2, alínea “j) as instalações de todo equipamento elétrico da área dada obedecerão segundo as disposições da Norma Regulamentadora - NR- 10; (119.010-5/I4)” NR 26 - SINALIZAÇÃO No item 26.1.5.2 Vermelho. (126.003-0/I2) No item 26.1.5.8 Laranja - faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos. (126.009-0/I2) NR 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário. No item 30.2.3 as embarcações classificadas de acordo com a Convenção Solas, cujas normas de segurança são auditadas pelas sociedades classificadoras, não se aplicarem as NR-10, 13 e 23. NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 41 Contudo, as embarcações não classificadas pela convenção Solas estão sujeitas a NR-10. A não observância da NR-10 reflete, duramente, em outras NR’s o que pode agravar ainda mais a situação da instalação que está sendo vistoriada por ser enquadrada nas demais NR’s que possuem itens referentes a instalações elétricas e que incidem multa. E quando não há adoção dos preceitos da norma o MTE e as condições de segurança atingiram uma situação de risco grave e iminente a fiscalização do trabalho pode chegar a aplicar o que determina a NR- 03 que é a interdição ou embargo do estabelecimento ou frente de trabalho. Onde interdição corresponde a: paralisação total ou parcial do estabelecimento, da frente de trabalho, do setor de serviço, da máquina ou equipamento. E o embargo é a paralisação total ou parcial da obra de instalação elétrica (construção, montagem, instalação, manutenção e reforma), sem que seja necessário interromper outras atividades que se desenvolvem no local. HISTÓRIA DA ELETRICIDADE 1.2. O estudo da eletricidade se iniciou na Antiguidade, por volta do século VI a.C., com o filósofo e matemático grego Tales de Mileto. Ele, dentre os maiores sábios da Grécia Antiga, foi quem observou o comportamento de uma resina vegetal denominada de âmbar. Ao atritar essa resina com tecido e/ou pele de animal, Tales percebeu que daquele processo surgia uma importante propriedade: o âmbar adquiria a capacidade de atrair pequenos pedaços de palha e/ou pequenas penas de ave. Em grego a palavra elektron significa âmbar, a partir desse vocábulo surgiram as palavras elétron e eletricidade. No século XVI, o médico da rainha Elizabeth I – Rainha da Inglaterra, Willian Gilbert, descobriu que era possível realizar a mesma experiência de Tales com outros materiais. Nessa época, o método da experimentação, criado por Galileu Galilei, começou a ser utilizado. Gilbert realizou vários estudos e experiências, sendouma delas as formas de atrito entre os NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 42 materiais. Já no século XVIII o cientista norte-americano Benjamin Franklin, o inventor do pára-raios, teorizou que as cargas elétricas era um fluido elétrico que podia ser transferido entre os corpos. Contudo, hoje já se sabe que os elétrons é que são transferidos. O corpo com excesso de elétrons está eletricamente negativo, ao contrário do corpo com falta de elétrons, que se encontra eletricamente positivo. CONCEITOS DE ELETRICIDADE 1.3. Estudaremos agora alguns conceitos /definições relacionados a eletricidade. ELETRICIDADE 1.3.1. É o fenômeno físico associado a cargas elétricas estáticas ou em movimento. Onde o átomo é eletricamente neutro, o número de prótons é igual ao número de elétrons, porém, os elétrons têm grande poder de se libertar dos átomos e eletrizar outras substâncias. INTENSIDADE DE CORRENTE 1.3.2. Pode ser definida como um fluxo de cargas elétricas em um determinado tempo. Intensidade de corrente é a razão entre a carga que passa pela seção de um condutor num determinado intervalo de tempo, observe fórmula abaixo. A unidade de medida da corrente elétrica é Ampère (A) em homenagem ao físico francês André Marie Ampère. O instrumento utilizado para medir a corrente elétrica é denominado Amperímetro. NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 43 Equação que expressa matematicamente intensidade de corrente: 𝒊 = ∆𝑸 ∆𝑻 Onde, i= Corrente elétrica; ΔQ = Diferença de Carga elétrica ΔT = Diferença de tempo CORRENTE ALTERNADA 1.3.3. É a corrente elétrica na qual a intensidade e a direção são grandezas que variam ciclicamente com o tempo. A forma de onda mais comum em um circuito de potência CA é a senoidal por ser a forma de transmissão de energia elétrica mais eficiente. Em algumas aplicações, são utilizadas diferentes formas de ondas, tais como: triangular ou quadradas. A fonte de corrente alternada é composta por fases (e muitas vezes pelo condutor neutro). Quando J.Westinghouse contratou Nicola Tesla para construir uma linha de transmissão entre Niágara e Búfalo, em Nova York, surgiu então a corrente alternada. A Corrente Alternada é a forma de onda mais eficaz de se transmitir corrente elétrica por longas distâncias. Nesta forma de onda os elétrons invertem o seu sentido várias vezes por segundo. NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 44 CORRENTE CONTÍNUA 1.3.4. Corrente contínua, corrente direta, corrente galvânica ou corrente constante é o fluxo ordenado de elétrons cujo sentido permanece constante ao longo do tempo, ou seja, é sempre positiva ou sempre negativa. A corrente contínua é constituída pelos pólos positivos e negativos. A maior parte dos circuitos eletrônicos (entre 1,2V e 24V) e circuitos digitais de equipamento de informática (computadores, modems, etc.) trabalha com corrente contínua. Este tipo de corrente é gerada por baterias de automóveis e motos (6,12 ou 24V), pequenas baterias (geralmente de 9V), pilhas (1,2V e 1,5V), dínamos, células solares, e fontes de alimentação que retificam corrente alternada em corrente contínua. As primeiras linhas de transmissão transportavam energia elétrica em corrente contínua. Devido às dificuldades de conversão (elevação/diminuição) da tensão em corrente contínua, posteriormente adotou-se a forma de corrente alternada para a transmissão de energia elétrica. Com o avanço tecnológico e invenção dos inversores, voltou-se a utilizar a corrente contínua em linhas de transmissão. Atualmente Itaipu transporta energia elétrica em 600 KVcc. CORRENTE ALTERNADA MONOFÁSICA CORRENTE TRIFÁSICA – VISTA DE UM OSCILOSCÓPIO NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 45 CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO 1.3.5. Um curto-circuito é uma ligação de baixa impedância (ou resistência) entre dois pontos de potenciais diferentes. Essa ligação pode ser metálica quando se diz que há um curto-circuito franco ou por um arco elétrico, que é a situação mais comum, uma situação intermediária é a dos curtos causados por galhos de árvores, pássaros ou outros objetos que caem sobre as linhas de transmissão de energia elétrica. Normalmente os curto circuitos provocam uma grande dissipação instantânea de energia, tais como: explosões, dissipação de calor e produção de faíscas. É também uma das principais causas de incêndios em instalações elétricas mal conservadas e/ou dimensionadas, com falhas de isolação e/ou manutenção, etc. Quando dois pontos de um mesmo circuito são ligados por um fio de resistência desprezível, dizemos então que existe um curto-circuito. FREQUÊNCIA 1.3.6. É a grandeza que indica o número de vezes que a polaridade é invertida por segundo, no caso da corrente alternada, corresponde ao número de oscilações, ondas ou ciclos que ocorre por segundo na corrente elétrica. A unidade de medida da freqüência elétrica é o Hertz (Hz), em homenagem ao físico alemão Heinrich Rudolf Hertz. O instrumento utilizado para medir a freqüência de um sinal periódico chama-se Frequencímetro. No Brasil, Estados Unidos e na maioria dos países do continente Americano a freqüência da corrente elétrica é de 60 HZ. Na Europa e alguns países da America do Sul como Argentina, Paraguai, Bolívia e Chile a freqüência é de 50 CIRCUITO LIGADO POR UM FIO DE RESISTÊNCIA DESPREZÍVEL NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 46 Hz. No norte dos Estados Unidos e Canadá (Ontário) na primeira metade do século XX havia sistemas de Corrente Alternada de 25 Hz. Alguns destes sistemas ainda existem até hoje por conveniência das fábricas industriais que não tinham interesse em trocar o equipamento para operar a 60 Hz. Em algumas ferrovias da Europa como Suíça e Suécia também há sistemas de 16,67 Hz. TENSÃO 1.3.7. Tensão elétrica ou diferencial de potencial (ddp) é a diferença de potencial entre dois pontos. A tensão elétrica é a quantidade de energia gerada para movimentar uma carga elétrica, ou seja, é a diferença entre a quantidade de elétrons nos dois pólos do gerador. Sendo assim, no condutor, por onde circula a carga de energia elétrica, a diferença entre o gerador (equipamento que gera a energia elétrica) e o consumidor (residências, indústrias, etc.) simboliza qual a tensão que existe nesse condutor. A unidade de medida da tensão elétrica é Volt (em homenagem ao físico italiano Alessandro Volta). O aparelho utilizado na medição da tensão elétrica denomina-se Voltímetro. NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 47 TENSÃO DE TOQUE 1.3.8. É a diferença de potencial em que uma pessoa se encontra ao tocar em uma estrutura metálica no instante em que esteja passando uma corrente elétrica intensa, como um curto-circuito ou uma descarga elétrica. Se uma pessoa toca equipamentos com potenciais diferentes ou um condutor energizado, dependendo das condições de isolamento, pode-se estabelecer uma diferença de potencial entre as mãos e os pés. Consequentemente, teremos a passagem de uma corrente elétrica pelo braço, tronco e pernas; dependendo da duração e intensidade da corrente, pode haver fibrilação no coração, queimaduras entre outras lesões oferecendo graves riscos ao organismo. Esta é a tensão de toque, e é particularmente perigosa nas regiões externas das malhas de uma subestação, principalmente nos cantos. TENSÃO DE PASSO 1.3.9. É a diferença de potencial em que uma pessoa se encontra entre as duas pernas, no instante em que esteja passandopelo solo uma corrente elétrica intensa, como aquela proveniente de uma descarga atmosférica, curto-circuito, etc. Ocorrendo uma falta para a terra a corrente de curto-circuito fluirá através do aterramento atingindo o solo e gerando tensões. De acordo com a ABNT NBR 15751/2009 o projeto da malha de aterramento não deve permitir que as tensões de passo nas subestações e suas redondezas atinjam valores superiores aos permissíveis. NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 48 Mesmo não encostando em nada se a pessoa estiver colocada lateralmente ao gradiente de potencial estará sujeita a um diferencial de tensão de uma corrente passando através das duas pernas que, geralmente, é de menor valor e não é tão perigosa quanto a tensão de toque, porém ainda pode causar problemas, dependendo do local e da intensidade. A corrente de choque devido à tensão de passo contrai os músculos da perna e coxa, fazendo a pessoa cair e, ao tocar no solo com as mãos, a tensão se transforma em tensão de toque. Sendo assim, o risco se torna maior, pois o coração está contido no sentido da corrente de choque. No gado a tensão entre patas é maior que a tensão de passo do homem, e a corrente de choque passa pelo coração. RESISTÊNCIA 1.3.10. É a dificuldade que o condutor oferece á passagem da corrente elétrica. São peças utilizadas em circuitos elétricos que tem como principal função converter energia elétrica em energia térmica, ou seja, são usados como aquecedores ou como dissipadores de eletricidade. A resistência é medida em ohms (em homenagem ao físico alemão G.S. Ohms). Representamos a resistência pela letra grega (Ω) e também conhecida como resistividade elétrica. NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 49 RESISTÊNCIA DO CORPO HUMANO 1.3.11. A resistência oferecida pelo corpo humano à passagem da corrente elétrica depende das condições da camada externa da pele, a qual é constituída basicamente de células mortas. Quando a pele está seca e sem cortes esta apresenta um valor de resistência entre 100.000 e 600.000 ohms. Quando a pele está úmida e/ou com cortes a resistência do corpo humano diminui. Ambientes de trabalho muito úmidos e o suor do corpo durante a execução das atividades com eletricidade diminuem a resistência do corpo humano à passagem da corrente elétrica. A resistência oferecida pela parte interna do corpo, como sangue, músculos e demais órgãos do corpo varia entre 300 e 500 ohms. O valor da resistência ôhmica do corpo humano varia de um indivíduo para o outro. Geralmente os homens também apresentam maior resistência à passagem da corrente elétrica em relação as mulheres. CONDUTORES 1.3.12. Os condutores de eletricidade são materiais que permitem facilmente a passagem de cargas elétricas. A condutividade elétrica baseia-se no fato de os elétrons da última camada de cada átomo (camada de valência) terem facilidade de deslocarem-se de um átomo para outro, sendo chamados de elétrons livres. NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 50 O que caracteriza o material bom condutor é o fato de os elétrons de valência (por exemplo, o cobre possui um elétron na última camada) estarem fracamente ligados com o núcleo, podendo abandonar o átomo em virtude das forças que ocorrem no interior dos átomos. Outros materiais que possuem uma constituição semelhante à do cobre, com um único elétron na camada de valência, são o ouro e a prata, dois outros excelentes condutores de eletricidade. O CORPO HUMANO COMO CONDUTOR 1.3.13. O corpo humano se comporta como um condutor de energia elétrica, permitindo a passagem da corrente elétrica através do corpo e oferecendo, inclusive, resistência a esta passagem. Além disso, o corpo humano é constituído por, aproximadamente, 75% de líquidos. ISOLANTES 1.3.14. Os materiais isolantes também conhecidos como dielétricos, equivalem ao contrário dos condutores, pois são materiais nos quais não há facilidade de movimentação de cargas elétricas. Materiais isolantes são materiais que apresentam movimentação de cargas elétricas. Materiais isolantes são materiais que apresentam os elétrons de valência rigidamente ligados aos seus átomos. Entre os próprios elementos simples, existem vários que apresentam os elétrons de valência rigidamente ligados aos átomos. Entretanto, verifica-se a obtenção de uma resistividade bem maior com substâncias compostas, como a borracha, mica, teflon, baquelite, etc. Na eletricidade, os materiais isolantes são utilizados em cabos condutores de energia a fim de isolar e proteger o circuito e/ou instalação elétrica de possíveis curtos-circuitos e as pessoas que nelas atuam de choques elétricos. Para a proteção dos profissionais de elétrica durante a execução de suas atividades, a sola do calçado dos eletricistas é constituída de material isolante. As luvas de borracha também são utilizadas para proteger as mãos do eletricista do NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 51 contato direto com a rede energizada, bem como outros equipamentos de proteção individual e coletivo tais como: manta isolante, tapete isolante, mangas isolantes, etc. são fabricados em material isolante. Alguns equipamentos elétricos como os isoladores utilizados nas redes de distribuição de energia nos centros consumidores e em linhas de transmissão, cuja finalidade é isolar os cabos energizados em alta tensão das estruturas metálicas (torres de transmissão) e postes, protegendo assim a integridade física e a saúde dos profissionais que nelas atuam, e também da própria população ao circularem pelas calçadas. Estes e outros equipamentos elétricos também são fabricados de material isolante. SEMICONDUTORES 1.3.15. A principal característica de um material semicondutor é ter uma condutividade elétrica intermediária entre um material condutor e um material isolante. O silício e o germânio são os semicondutores mais utilizados no mercado. Por exemplo, o silício em estado sólido é sempre ligado a quatro outros átomos de silício. Em cada ligação são compartilhados dois elétrons. Esse estado pode ser modificado com o aumento da temperatura do silício. Isso faz com que alguns elétrons consigam escapar dessas ligações, tendo como conseqüência uma diminuição da resistividade. Quanto maior a temperatura, maior a quantidade de elétrons livres e, consequentemente, menor a resistividade. Sendo assim, a condutividade dos semicondutores puros aumenta consideravelmente com a temperatura. NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P á g i n a | 52 Esses materiais normalmente apresentam baixa condutividade à temperatura ambiente. Muitos componentes eletrônicos são fabricados de materiais semicondutores tais como: microprocessadores e nanocircuitos usados em nanotecnologia, transistores, células solares, vários tipos de diodos inclusive o diodo emissor de luz (LED), retificador controlado de silício, foto diodos, digitais e analógicos de circuitos integrados. O germânio praticamente não está mais sendo utilizado na fabricação de dispositivos semicondutores devido a sensibilidade à temperatura. Portanto, atualmente os dispositivos semicondutores são fabricados de silício. O silício se comporta como isolante perfeito a temperatura de -273°C. 1ª LEI DE OHM 1.3.16. Assim designada em homenagem ao físico alemão Georg Simon Ohm. Indica que a corrente elétrica (I) ao percorrer um resistor (R) esta é diretamente proporcional à tensão (V). NR-10 – Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade P
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