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trabalho de biologia- sindrome de patau

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4 
 
1.INTRODUÇÃO 
O estudo da citogenética teve início em 1903, quando o americano Walter Sutton e o 
alemão Teodor Boveri estabeleceram a Teoria Cromossômica da Herança, propondo que o 
material genético está nos cromossomos. Foi então descoberto que as células somáticas 
humanas continham 46 cromossomos. Já ente 1956 e 1959, as bases para muitas síndromes 
previamente conhecidas foram determinadas. ( HILL, LYNDON M., 1996) 
Anormalidades cromossômicas são responsáveis por 0,5 a 1% dos casos de 
nascimentos de crianças com múltiplas anomalias e, por 4 a 7% das mortes perinatais (morte 
de um feto ou recém-nascido). As anomalias podem ocorrer nos autossomas, quando ocorre nos 
cromossomas não-sexuais (numéricos), ou nos heterossomas, quando se dão nos cromossomas 
sexuais (XX ou XY). Dentre as aberrações cromossômicas, as anomalias numéricas são as mais 
comuns. (HILL, LYNDON M., 1996, MATTHEWS, ANNE L., 1960) 
Patau, em 1960 descreveu as malformações congênitas associadas à trissomia do 
cromossomo 13 (ou síndrome de Patau). A síndrome de Patau é a menos comum das trissomias 
autossômicas maiores, devido a sua alta mortalidade intrauterina. Jacobs, em 1987, documentou 
que a síndrome de Patau era a causa mais comum de abortos espontâneos dentre as trissomias 
autossômicas. A sobrevida dos portadores dessa doença, em geral, não ultrapassa o primeiro 
ano. (HILL, LYNDON M., 1996, JACOBS, 1987) 
Na primeira descrição de síndrome de Patau, por Klaus Patau, foi observada a presença 
de um cromossomo acrocêntrico extra do grupo D, juntamente com microcefalia, anoftalmia 
ou microftalmia, fenda lábio-palatina bilateral e polidactilia. Notavelmente, a criança portadora 
dessa anomalia, sobreviveu até os 13 meses de idade. (PATAU K., SMITH DW, THERMAN 
E, INHORN SL, WAGNER HP, 1960) 
 
Kraus Patau 
 
5 
 
2.TRISSOMIAS 
A trissomia é a presença de três cromossomos de um tipo específico (normalmente 
estes vêm aos pares). A maioria resulta de um número variável de deficiências à nascença 
sendo frequente a ocorrência de mortes precoces. Uma Trissomia é dita parcial quando uma 
parte de um cromossomo extra é acoplado a um dos outros cromossomos. Uma Trissomia em 
mosaico é uma condição em que nem todas as células contêm a informação genética do 
cromossoma extra. (MIGUEL TORRES, 2013) 
As trissomias são as alterações cromossômicas mais comuns, estando presentes em até 
20% dos abortos espontâneos que tiveram os cariótipos analisados. Porém, menos de 1% dos 
nascidos vivos são portadores de trissomias, dentre as quais as mais importantes são as que 
envolvem os cromossomos 21, 18 e 135. Sendo a trissomia do 13 é menos frequente que a do 
18 e que a do 21. (PATAU K., SMITH DW, THERMAN E, INHORN SL, WAGNER HP, 
1960) 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 3.CONCEITO-SÍNDROME DE PATAU 
A trissomia do cromossomo 13 corresponde, na maioria dos casos, a uma alteração 
cromossômica numérica na qual o indivíduo apresenta três cópias do cromossomo 13 
autônomas (trissomia livre). A Síndrome de Patau, ou Trissomia do Cromossomo 13, é uma 
doença genética caracterizada por inúmeras malformações fetais. Com frequência os fetos 
portadores da trissomia do 13 não chegam nem a nascer, porém, os que nascem geralmente têm 
uma sobrevida extremamente curta, com raríssimas exceções. O feto com trissomia 13 está 
associado a características morfológicas típicas: Atraso Mental Acentuado, Malformações graves (SNC, 
Cardíacas, Renais, Oculares). Apenas 2,5% dos portadores da trissomia do 13 nascem vivos, e a 
incidência desta síndrome entre os nascidos vivos é em torno de 1 para 70005. Mulheres com 
mais de 35 anos são mais propensas a este acidente cromossômico, responsável por grande parte 
dos abortos espontâneos. A maioria dos portadores da doença que nascem, morrem antes 
mesmo de completar um ano, porém, o maior caso de relato de sobrevivência, até o ano de 2010 
foi de 10 anos de idade. (PATAU K., SMITH DW, THERMAN E, INHORN SL, WAGNER 
HP, 1960, CIRO MARTINHAGO, 2014) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
4. CITOGENÉTICA E GENÉTICA MOLECULAR DA TRISSOMIA DO 13 
Embora existam numerosos distúrbios cromossômicos raros nos quais se relatou o 
ganho ou perda de um segmento ou de todo um cromossomo, há apenas três trissomias bem 
definidas compatíveis com sobrevida pós-natal: trissomia do 21, do 18 e do 13, os quais 
correspondem a trissomia de um autossomo inteiro. Aproximadamente 20% dos casos, a 
alteração cromossômica é de ordem estrutural, sendo resultado de uma translocação para 
cromossomo acrocêntrico (translocação Robertsoniana). Por fim, uma situação mais rara de 
trissomia do cromossomo 13 é o processo de mosaicismo, no qual o indivíduo afetado apresenta 
uma linhagem celular normal e outra trissômica para o cromossomo 13. (THOMPSON & 
THOMPSON,1993) 
 4.1. TRISSOMIA LIVRE 
Os óvulos e os espermatozóides formam-se a partir de células que, ao se dividirem, na 
meiose I seus 46 cromossomos se separam: 23 vão para uma célula, e seus pares 
correspondentes seguem para outra. Por isso, cada uma possui 23 cromossomos. Porém, às 
vezes essa divisão e separação dos pares de cromossomos não ocorre da maneira correta, ou 
seja, um dos pares de cromossomo (no caso, o par 13) não se separa e os dois cromossomos 13 
permanecem unidos e ficam em uma das células divididas. Acontece, nesse caso, o que é 
chamado de “não-disjunção” ou “não-separação”. Assim, essa célula fica com 24 
cromossomos, dois dos quais do par 13, e, ao se unir a outra célula embrionária comum, com 
23 cromossomos, a nova célula, resultante da fusão no momento da concepção, terá 47 
cromossomos, três do par 13. Caso o processo ocorra na anáfase da meiose II, haverá a não 
separação de cromátides-irmãs, originando, da mesma maneira, um gameta com 24 
cromossomos e o outro com 22. Porém, neste caso, a origem das cromátides a origem das 
cromátides não separadas será só materna ou só paterna, ao contrário da não disjunção da 
meiose I, pois, dos cromossomos homólogos não separados, um será de origem materna e o 
outro de origem paterna. A partir desta, serão originadas todas as demais células do novo 
organismo, que igualmente possuirão 47 cromossomos. Hassold demonstrou que o 
cromossomo extra na trissomia livre do 13 em 90% dos casos é de origem materna os quais se 
mostram dependentes de idade avançada, de acordo com Magenis. Robinson também mostrou 
que, na maioria dos casos estudados de trissomia autossômica, a origem do erro de segregação 
provinha da meiose I materna, e que somente um pequeno número de casos era de origem 
paterna. Estes últimos distinguiam-se por serem primariamente devidos a erros na meiose II ou 
na mitose. (HASSOLD T, JACOBS PA, LEPPERT M, SHELDON M.,1987, MAGENISER, 
HECHT F, MILHAM S.,1968, ROBINSON WP, BERNASCONI F, DUTLY G,1996) 
8 
 
Outro processo que pode determinar a trissomia livre de um cromossomo é uma 
alteração que ocorre na mitose depois da fecundação e da formação do zigoto. Neste caso, têm-
se um zigoto normal com 46 cromossomos, que devido a um erro na primeira divisão mitótica, 
gera, por um processo de não-disjunção, uma célula com 45 cromossomos (monossômica para 
o cromossomo 13, e, portanto, inviável) e outra com 47 cromossomos (trissômica para o 
cromossomo 13; viável). Esta última dá continuidade aos processos de duplicação celular e, 
dessa forma, dá origem a um indivíduo com cariótipo 47, XX ou XY, +13, que manifestará 
fenotipicamente a trissomia deste cromossomo. (HASSOLD T, JACOBS PA, LEPPERT M, 
SHELDON M.,1987, MAGENISER, HECHT F, MILHAM S.,1968, ROBINSON WP, 
BERNASCONI F, DUTLY G,1996) 
 
 
4.2.TRANSLOCAÇÃOROBERTSONIANA 
A translocação envolve dois cromossomos acrocêntricos que se fundem próximos 
da região do centrômero com perda de seus braços curtos. O cariótipo resultante em 
humanos possui somente 45 cromossomos já que dois cromossomos se uniram com a 
fusão. A Translocação Robertsoniana constitui um tipo especial de translocação recíproca 
que ocorre entre autossomos acrocêntricos, e podem iniciar-se pela fratura dos cromossomos 
em regiões muito próximas ao centrômero, sendo que em um dos cromossomos a quebra 
ocorre no braço superior, enquanto no outro ela se dá no braço inferior. Em consequência 
9 
 
disso, os segmentos trocados entre eles constituem braços cromossômicos praticamente 
completos. Como consequência, na espécie humana, por exemplo, o cariótipo passa a possuir 
45 cromossomos incluindo um cromossoma com a translocação, que é constituído pelos 
braços longos. (ROBINSON WP, BERNASCONI F, DUTLY G,1996) 
 Em resumo, a translocação do tipo Robertsoniana é causada por um erro genético, que 
provoca a quebra do cromossomo e provoca a sua junção em outro cromossomo, dando origem 
assim a uma trissomia, que pode ocorrer no cromossomo 13,14, 15 e no 21. (ROBINSON WP, 
BERNASCONI F, DUTLY G,1996) 
 
 
4.3.MOSAICISMO 
O mosaicismo é o nome que se dá a um tipo de falha genética durante o 
desenvolvimento do embrião dentro do útero materno, em que a pessoa passa a ter 2 materiais 
genéticos distintos, um que é formado pela junção do óvulo com o espermatozoide dos pais, e 
outro que surge devido a uma mutação de uma célula no decorrer do desenvolvimento do 
embrião. Assim, a pessoa irá desenvolver uma mistura de células, com uma porcentagem de 
células normais e outra porcentagem de células com a mutação. Geralmente os neonatos que 
são mosaicos para uma dada trissomia, por exemplo a Síndrome de Patau, apresentam uma 
expressão clínica parcial do fenótipo, ou seja, uma expressão parcial do padrão das 
anormalidades vistas na trissomia completa. Entretanto, esses indivíduos podem ter qualquer 
grau de variação fenotípica entre a o mais próximo da normalidade e a síndrome completa. 
10 
 
(MATTEWS, ANNE L.,1999, Abe K, HADARA N, ITOH T, HIRAKAWA O, NIIKAWA 
N.,1996, DELATYCKI M, GARDNER,1997) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
5.RISCO DE RECORRÊNCIA 
Foi avaliado, por Uehara e Yaegashi, o risco de recorrência de fetos com aberrações 
cromossômicas em mulheres que tiveram filhos com anormalidades cromosssômicas 
numéricas. O estudo envolveu mulheres que já tinham filhos com as trissomias do 21, do 18 e 
do 13. Os resultados mostraram que a trissomia do 21 tem risco de recorrência proporcional à 
idade materna, enquanto que as trissomias do 18 e do 13 têm um risco de recorrência muito 
baixo, bem menor do que o da trissomia do 21. Das 46 mulheres que tinham filhos com a 
trissomia do 13, não foi observado recorrência em nenhuma. (ROBINSON WP, 
BERNASCONI F, DUTLY G, 1996) 
 Após o diagnóstico em fetos ou crianças, foi contatado que o risco de recorrência de 
trissomia do 13 são muito pequenos. Em uma análise feita por Baty (1994), foram vistos 200 
casos de trissomia do 13 e do 18, nos quais não foram observadas recorrências. Por outro lado, 
Hook (1992) relatou evidências de que algumas mulheres têm uma predisposição geral para 
desenvolver aneuploidias autossômicas, concebendo fetos com trissomia do 13, do 18 e do 21 
em sucessivas gestações. Desta forma, para a maioria das trissomias nas quais há um 
cromossomo extra livre, o risco de recorrência é baixo, sendo aproximadamente 1 a 2%. 
Quando se avalia o risco de recorrência de acordo com a idade materna, nota-se que mães jovens 
possuem um risco de cerca de 1% para a recorrência de qualquer trissomia livre autossômica 
viável, e que para mulheres com idade mais avançada, o risco aumenta em proporção a idade 
específica. (EMERY and RIMOIN’S,1997) 
 No caso da trissomia ter origem numa translocação, os riscos de recorrência são 
baseados na possibilidade de um dos pais ser carreador de uma translocação balanceada (sem 
perda ou acréscimo de material genético). Então, se um dos pais é carreador para rob(13q14q), 
estima-se um baixo risco (1%) para fetos ou neonatos com síndrome de Patau. Neste caso, não 
há relação do risco de recorrência com a idade materna. (MATTHEWS, ANNE L.,1999) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6.CARACTERÍSTICAS DOS PORTADORES DA SÍNDROME DE PATAU 
Além de um atraso mental acentuado, a síndrome de Patau apresenta malformações 
graves no sistema nervoso central e nos órgãos internos, e tem características físicas muito 
específicas e frequentes. Em geral, há defeitos cardíacos congênitos e também no trato 
urogenital (trato urinário e genital): nos meninos, criptorquidia (quando um dos testículos não 
se encontra dentro da bolsa escrotal no momento do nascimento), e nas meninas útero bicornado 
(membrana dividindo o útero em dois lados) e ovários hipoplásticos (desenvolvimento 
incompleto do ovário), além de rins policísticos. Além disso, a face e o corpo das crianças 
afetadas pela síndrome de Patau também têm características frequentes, como: Fenda labial e 
palato fendido, punhos cerrados, plantas dos pés arqueadas, problemas nos olhos (em geral 
pequenos, extremamente afastados ou ausentes), orelhas malformadas e mal posicionadas, 
mãos e pés podem ter um sexto dedo e/ou dedos sobrepostos. Ademais, algumas doenças 
também estão associadas à síndrome, sendo elas: Problemas cardíacos, surdez (existem uma 
série de malformações no ouvido interno e médio associadas a essa síndrome), deficiência 
mental, doenças renais, dentre outras. Uma curiosidade é que se acredita que o tumor de Wilms 
(tumor renal maligno) esteja também relacionado com a síndrome, porém, este ainda não foi 
comprovado). Dessa forma, a sobrevida das pessoas portadoras desta síndrome é bem baixa, 
tendo em vista uma série de sintomas e doenças associadas. Por isso, são necessários cuidados 
intensivos para controlar os sintomas e garantir a sobrevivência. (SMITH DW,1989) 
 
 
 
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7. DIAGNÓSTICO PRÉ- NATAL 
Há vários meios de detectar anomalias fetais durante a gravidez, um deles é por meio 
do ultrassom. O exame de ultrassom no 1° trimestre de gravidez tem como finalidade 
justamente rastrear possíveis alterações cromossômicas fetais, que podem identificar síndromes 
como a síndrome de Patau. Os exames ultrassonográficos morfológicos têm basicamente os 
mesmos objetivos, independente do período da gravidez. Entretanto, o do primeiro trimestre 
tem um rastreio cromossômico de maior sensibilidade, por isso é utilizado para a avaliação do 
risco de doenças cromossômicas. (HILL, LYNDON MMD,1996) 
A translucência nucal também é um exame utilizado para identificar a presença de 
alguma síndrome. O exame avalia, dentre outras coisas, as possibilidades de o bebê ter 
cardiopatia ou síndromes que tenham cardiopatia como marcador, como a síndrome de Patau. 
(NICOLAIDE KH, BRIZOT ML, SNIJDERS RJ,1994) 
Um estudo realizado com 47 casos de trissomia do cromossomo 13, verificou-se que 
os níveis séricos de beta-HCG livre (gonadotrofina coriônica) e da proteína plasmática A 
(PAPP-A) estão significativamente diminuídos e que a translucência nucal está 
significativamente aumentada. Com a combinação entre material sérico (beta-HCG e PAPP-A) 
e a translucência nucal, é possível diagnosticar 90% dos casos de trissomia do 13, para 0,5% de 
falso-positivos. Portanto, ambos devem ser usados no primeiro trimestrede gravidez como 
rastreamento de aneuploidias. (SPENCER K, ONG C, SKENTOU H, LIAU AW, 
NICOLAIDES KH, 2000) 
 
 
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8.TRATAMENTO 
Não há um tratamento específico para a síndrome de Patau. Como esta síndrome 
provoca problemas de saúde tão graves, o tratamento consiste em aliviar o desconforto e 
facilitar a alimentação do bebê, e caso sobreviva, os cuidados seguintes baseiam-se nos 
sintomas que se manifestarem. Pode também recorrer-se à cirurgia para reparar defeitos 
cardíacos ou fendas nos lábios e no céu da boca e fazer sessões de fisioterapia, terapia 
ocupacional e fonoaudiologia, que podem ajudar no desenvolvimento das crianças 
sobreviventes. De fato, desde o nascimento essas crianças são acompanhadas por equipes 
médicas, uma vez que as deficiências cardíacas são a causa principal de morte. Infelizmente o 
prognóstico pós-cirúrgico do quadro clínico não traz muitas esperanças na grande maioria dos 
casos. Mesmo as crianças que tem alta após a cirurgia necessitam de acompanhamento médico 
criterioso e constante. Parte da terapia inclui o treinamento dos pais para que estejam habilitados 
para realizar algumas tarefas que podem ser de importância vital para o recém-nascido. (CIRO 
MARTINHAGO, 2014) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9.CONCLUSÃO 
O nascimento de uma criança com alguma anormalidade cromossômica, resultam em 
sérios problemas físicos e mentais, e é um momento muito difícil para a família. Dessa forma, 
é importante que a identificação da doença seja feita para que, através dela, o manejo mais 
adequado possa ser estabelecido pelos médicos. Além disso, essa identificação é importante 
para o esclarecimento à família, tanto no que se refere ao prognóstico deste bebê, quanto ao 
risco de recorrência da anormalidade em gestações futuras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10.BIBLIOGRAFIA 
 Artigo: FUNDAÇÃO FACULDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS MÉDICAS 
DE PORTO ALEGRE, 2000 
 Artigo: Síndrome de Patau leva ao nascimento de crianças com possíveis problemas 
cardiovasculares, neurológicos e motores., por Ciro Martinhago, 2014 
 EUCERD (European Union Committee of Experts on Rare Diseases) 
 Rare Diseases - European Commission

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