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Dir Tributário 1, Santiago Resumo para P2

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DIREITO TRIBUTÁRIO 1 COM SANTIAGO, RESUMO PARA P2
Procedimento Administrativo Fiscal:
Fulcro: O processo administrativo tributário tem seu fundamento na Constituição Federal (art. 5º LV) e no Código Tributário Nacional (art. 145), que delimitam a constituição, cabendo aos entes da federação, obedecidos os ditames da Magna Carta, estipular as demais condições ou "ritos" procedimentais.
A primeira etapa inicia-se com o lançamento tributário, que se divide em três grupos:
1 - Lançamento direto ou de ofício: ocorre quando o Fisco age por iniciativa própria, pelo fato de dispor de todas as informações necessárias, procedendo, portanto de forma direta.
2 - Lançamento por declaração ou misto: ocorre quando o Fisco recebe informações do contribuinte, o qual tem obrigação legal de prestar estas informações, para que se opere o lançamento.
OBS: Os dois primeiros casos de lançamento asseguram ao contribuinte a faculdade de opor-se ao lançamento. É essa faculdade que permite surgir a fase contenciosa do processo de lançamento tributário.
3 - Lançamento por homologação ou autolançamento: ocorre quando o próprio contribuinte opera o lançamento e antecipa o pagamento, sob o controle genérico de fiscalização e da condição da homologação pela Fazenda Pública
Assim, é nessa etapa que o sujeito ativo – por meio de suas autoridades competentes dá conhecimento ao sujeito passivo do crédito tributário de que este é devedor.
A fase não contenciosa, em geral, inicia-se com a lavratura do Termo de Início de Fiscalização. É por meio desse documento que os agentes administrativos dão início à verificação dos livros e demais documentos fiscais do contribuinte para averiguar se ele está agindo nos moldes determinados pela legislação pertinente.
O principal efeito do início da ação fiscal é a exclusão da espontaneidade do sujeito passivo prevista no art. 138 do CTN. O sujeito passivo perde a possibilidade de pagar o valor devido ao sujeito ativo sem incorrer em sanções tributárias, quais sejam, juros de mora e multa. Se optasse pela denúncia espontânea, teria ele a exclusão de responsabilidade por infrações de caráter tributário.
A denúncia espontânea confere ao contribuinte vários benefícios. Todavia, segundo a Súmula 360 do STJ, tais benefícios não se aplicam aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a tempo.
A fase não contenciosa termina com o termo de encerramento de fiscalização que será acompanhado por um auto de infração, nos casos em que tiver sido cometida alguma infração.
Fisco Procuradoria 
FISCO
> Crédito tributário
> Revelia / notificação
> 30 dias para cobrança amigável
> Devedor remisso
PROCURADORIA
> Análise do PAF (Processo Administrativo Fiscal), vista dos autos e conferência;
> Termo de inscrição de dívida ativa;
> Regular inscrição do C.T. em dívida ativa > Presunção (relativa) de certeza e liquidez (Art. 201 a 204 CTN combinado com Art 2 §5 LEF) - sujeito passivo ou terceiro a quem aproveita poderá afastar esta presunção por prova inequívoca);
> Extração - Certidão de Dívida Ativa (título executivo extrajudicial);
> Petição inicial (Art 6, LEF) de execução fiscal.
Nulidades - Art. 59 Lei 70.235/74
Art. 59. São nulos:
I - os atos e termos lavrados por pessoa incompetente;
II - os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa.
§ 1º A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam ou sejam conseqüência.
§ 2º Na declaração de nulidade, a autoridade dirá os atos alcançados, e determinará as providências necessárias ao prosseguimento ou solução do processo.
§ 3º Quando puder decidir do mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.  
A denúncia espontânea afasta a multa de ofício e demais sanções pelo não pagamento do tributo tempestivamente, mas não afasta os juros de mora. A denúncia espontânea se caracteriza pelo pagamento do tributo e dos juros de mora antes de qualquer ato ou procedimento de fiscalização da autoridade competente.
Prazos no PAF:
 O Art. 5 da Lei 70.235/74 é o dispositivo que rege a forma de contagem dos prazos no PAF. A regra é a seguinte: exclui o 1º dia e se inclui o último dia do prazo. A contagem dos prazos não se inicia nem termina em dia que não haja expediente normal na repartição fiscal aonde o ato deva ser praticado. 
Art. 5 da Lei 70.235/74
Art. 5º. Os prazos serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia do início e incluindo-se o do vencimento.
Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.
Para começar a contar o prazo depende de que forma o FISCO manejará a ciência válida. Meios de Intimação, são 4 as possibilidades da ciência válida ao sujeito passivo nos moldes do Art. 23 da Lei 70.235/74, quais sejam: 
- Intimação pessoal 
- Intimação via postal (Não é necessária a assinatura no AR de mão própria do intimado para se considerar válida a intimação, bastando para tanto que alguém tenha o recebido no domicílio tributário (ver Art.127, CTN))
- Por meio eletrônico 
- Por edital 
Prazos do PAF:
5 Dias - Agravo: Cabível na segunda instância / Embargos de declaração: Cabível na segunda e "terceira" instância - (Regimento Interno do CARF)
8 Dias - Servidor prática os atos processuais determinados pela autoridade - Art. 4°, Lei 70.235. Art. - 4º Salvo disposição em contrário, o servidor executará os atos processuais no prazo de oito dias.
15 Dias - Todas as considerações relativas às intimações - Art. 23, Lei 70.235
40 Dias - Prazo de envio dos autos à PFN, quando o Procurador não é pessoalmente intimado Art. 23 Par. 8°, Lei 70.235. § 8o Se os Procuradores da Fazenda Nacional não tiverem sido intimados pessoalmente em até 40 (quarenta) dias contados da formalização do acórdão do Conselho de Contribuintes ou da Câmara Superior de RecursosFiscais, do Ministério da Fazenda, os respectivos autos serão remetidos e entregues, mediante protocolo, à Procuradoria da Fazenda Nacional, para fins de intimação.
60 Dias - Retorno do direito à denúncia espontânea - Art. 7° § 2° Lei 70.235. § 2° Para os efeitos do disposto no § 1º, os atos referidos nos incisos I e II valerão pelo prazo de sessenta dias, prorrogável, sucessivamente, por igual período, com qualquer outro ato escrito que indique o prosseguimento dos trabalhos.
30 Dias - Todos os outros prazos.
Embargos a Ação de Execução Fiscal
Os embargos são de ação autônoma, sobrestá a respectiva execução fiscal.
- Fulcro: Lei 6830/80; 
 - Ação autônoma; 
- Prazo: 30 dias; 
- Somente serão admitidos se houver a *garantia do juízo; 
- Existência de custas; 
- Tese defensiva plena; 
- Dilação probatória. 
Recurso: Apelação
*Garantias de juízo dos embargos à execução: 4 possibilidades 
1 – Depósito em montante integral
2 – Fiança bancária 
3 – Seguro fiança
4 – Efetivação da fiança 
Exceção de Pré-Executividade 
Súmula 393 - A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória.
 - Petição nos autos da execução fiscal; Simples petição
- Atemporal; 
- Construção jurisprudencial e doutrinária, Súmula 393 STJ
- Não há necessidade de garantia do juízo; 
- Não tem custas; 
- Tese defensiva somente matéria de ordem pública; 
- Não cabe dilação probatória. 
Recurso: Acolhe a execução -> Sentença
Não acolhe a execução -> Decisão interlocutória Agravo de instrumento.
 *A dilação probatória ocorre quando o juiz concede um aumento no prazo para que sejam produzidas as provas do processo.
*Observação (Legitimidade para propor exceção de pré-executividade): A exceção de pré-executividade tem o condão de legitimar qualquer pessoa para o seu oferecimento, posto que somente é admissível em matéria de ordem pública,sendo assim, devendo ser objeto de apreciação de ofício pelo magistrado. 
As certidões fiscais servem para provar a regularidade fiscal, vide, SÚMULA Nº 283 - Para fim de habilitação, a Administração Pública não deve exigir dos licitantes a apresentação de certidão de quitação de obrigações fiscais, e sim prova de sua regularidade. 
Existem quatro tipos de certidões fiscais:
1 - Certidão Negativa de Débito 
Certidão Negativa de Débito é um documento que atesta a ausência de pendências de empresas e indivíduos. Pode ser requerida para candidatos participarem de processos seletivos ou empresas que desejam contratar com o poder público (Licitações). A certidão prova a habilitação para licitar, demonstra sua regularidade fiscal.
 SÚMULA Nº 283 e Art. 193, CTN - Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre.
2 - Certidão Positiva de Débito 
A Certidão Negativa de Débitos é o documento emitido pela Secretaria de Estado da Fazenda dando prova da inexistência de pendências e débitos tributários do contribuinte.  Quando constam pendências ou dívidas, a Certidão emitida é a chamada Certidão Positiva de Débitos.
3 - Certidão Positiva com Efeitos de Negativa
É um atestado que a empresa ou contribuinte em geral possui débitos com o fisco, entretanto, está, até o momento da emissão, devidamente regularizado e adimplente, é o caso típico do parcelamento de algum tributo, é fato que ele deve (positiva), mas está sendo paga (negativa) a dívida portanto não pode ser impedido de exercer nenhum direito, sem inscrição no CADIN  por ex. (Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público), daí se diz que emite-se uma certidão POSITIVA (deve) com efeitos de NEGATIVA (está sendo paga ou suspensa a exigibilidade de cobrança).
A certidão negativa ou positiva com efeito de negativa será expedida e fornecida pela fazenda pública ao sujeito passivo requerente em até 10 dias(corridos) da data da entrada do requerimento na repartição fiscal. 
Súmula 446 - Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.
A certidão deverá conter a identificação do sujeito passivo, ora interessado, o seu domicílio fiscal (Ver Art. 127 CTN), seu ramo de atividade ou negócio e a indicação do período a que se refere o pedido. As certidões têm prazo de validade. Determina o Art. 206 do CTN que a certidão positiva com o efeito de negativa tem os mesmos efeitos da certidão negativa de débito. Para que alguém possa ter expedida em seu nome certidão positiva com efeito de negativa, deverá existir uma de três coisas: 
1 - A existência de créditos não vencidos (Vincendos); 
2 - A existência de créditos em curso de cobrança executiva (Créditos cobrados em ação de execução fiscal) cuja a penhora tenha sido efetivada ou garantida pelo seguro judicial, Art. 9, II da LEF
3 - Tenha sua executividade suspensa (MODERECO-COPA), Art. 151 do CTN.
MO – Moratória; DE – Deposito em montante integral; RE – Reclamação e Recurso; CO – Concessão de medida liminar e mandado de segurança; CO – Concessão de medida liminar ou tutela antecipada; PA – Parcelamento.
4 - Certidão de Não Contribuinte
A certidão de não contribuinte é aquela que prova que o sujeito passivo não comete fatos geradores dos tributos administrados por determinada Fazenda Pública. Exemplo: Uma lavandeira terá expedida em seu nome certidão de não contribuinte do ICMS. 
Certidão de dívida Ativa (CDA): A regular inscrição em dívida ativa como meio indispensável e necessário à cobrança executiva do crédito tributário, subsistindo o crédito tributário sem que ele tenha sido excluído ou não tenha tido (ou se tido perdido) sua exigibilidade suspensa e findo o caminho da cobrança amigável (administrativa), o crédito tributário deverá ser cobrado judicialmente, por intermédio de Ação de Execução Fiscal, neste contexto, cumpre desde logo consignar que o que se executa num executivo fiscal é um título executivo extrajudicial, que neste tipo de ação se consubstancia na Certidão de Dívida Ativa (CDA). 
 Da existência de crédito tributário remanescente até o momento imediatamente anterior ao ajuizamento da execução fiscal, estaremos no âmbito do procedimento administrativo, na forma do que dispõe os Arts 21 Par. 3° combinado com o 43, ambos do decreto 70235/72 combinado com os Arts 201 ao 204 CTN, combinado com o Art. 2 Pars, 5° e 8° da lei 6830/80. A dívida ativa torna a receita extraorçamentária em orçamentária, a inscrição constitui ato de mero controle administrativo da legalidade.
A Ação de Execução Fiscal é uma função atípica do poder judiciário, o que é executado nessa ação é o título executivo extrajudicial (CDA), ela não possui ampla defesa e o contraditório, porém, esses direitos se encontram em outro processo, nos embargos de execução fiscal. Só se usa o CPC de forma subsidiaria, somente se assim a LEF determinar. Os embargos de execução fiscal paralisam a Ação de Execução Fiscal, ou são julgados concomitantes. 
Súmula 392: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.
Prescrição Intercorrente, é o abandono da execução pelo executado pelo prazo de 6 anos, contada da data da distribuição, perda do direito de a fazenda pública cobrar judicialmente o crédito tributário. Como trata-se de matéria de ordem púbica, assim, podendo ser objeto de exceção de pré-executividade. Art. 174 CTN - 5 anos (Prescrição) e Art. 40 Lei 6830/80 c/c Súmula 314 STJ (Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.). Ou seja, 6 anos (Prescrição Intercorrente). 
Súmula 555 STJ - Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.
Súmula 622 STJ – Prazo de 30 dias após o lançamento de C.T.
A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadência para a constituição do crédito tributário; exaurida a instância administrativa com o decurso do prazo para a impugnação ou com a notificação de seu julgamento definitivo e esgotado o prazo concedido pela administração para o pagamento voluntário, inicia-se o prazo prescricional para a cobrança judicial.
Súmula 106 STJ - Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da justiça, não justifica o acolhimento da argüição de prescrição ou decadência.
Súmula 314 STJ - Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.
Súmula 222 TCU - As Decisões do Tribunal de Contas da União, relativas à aplicação de normas gerais de licitação, sobre as quais cabe privativamente à União legislar, devem ser acatadas pelos administradores dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
 
Princípio da Anterioridade: 
Fulcro: art. 150, III, ‘’B’’ 
Cria um lapso temporal entre a publicação e os efeitos, esse princípio atua em novos tributos ou majores tributos já existentes. Determina que os entes somente podem cobrar o tributo a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte àquele em que foi publicada lei que o instituiu ou aumentou.
Previstono Art. 150, III, alíneas b e c da Constituição Federal sua previsão tem a finalidade de assegurar que o contribuinte não seja pego de surpresa pelo Fisco, podendo se prepara para o evento compulsório da tributação.
Princípio da Noventena (anterioridade nonagesimal):
Em consonância com a alínea c do inciso III do Art. 150 da Constituição Federal. Esse princípio determina que os entes cobrem o tributo somente depois de decorridos 90 dias da publicação da lei que o instituiu ou aumentou.
O Princípio da Noventena e o Princípio da Anterioridade são garantias ao contribuinte que limitam o poder de tributar do Estado. Clausulas Pétreas, Art 60, §4, IV da CRFB.
 
EXCEÇÕES A ANTERIORIDADE
Exercício financeiro é o período de 1º/01 a 31/12 de um ano.
Quando um tributo é exceção aos dois princípios, sua cobrança pode ser imediata
Já quando um tributo é exceção APENAS ao princípio da anterioridade do exercício financeiro seguinte, sua cobrança poderá dar-se no mesmo ano, desde que respeitado o prazo de 90 dias;
Se o tributo é exceção SOMENTE ao princípio da anterioridade nonagesimal, a cobrança deve ocorrer a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte, ainda que isso ocorra em menos de 90 dias.
Princípio da Anterioridade em relação a MEDIDA PROVISÓRIA:
Art. 62 § 2° CRFB:
Art. 62 § 2°. Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
A parte final do texto tem relação direta com o princípio da anterioridade tributária, estabelecendo que os efeitos da MP só ocorrerão no exercício seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
MP incide imediatamente no Art. 153 CRFB, incisos:
 I - importação de produtos estrangeiros; -> II
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; ->IE
IV - produtos industrializados; ->IPI
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; ->IOF
MP incide imediatamente no Art. 154. CRFB, inciso:
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. ->IEG
Portanto, relativamente aos impostos sujeitos à anterioridade, é essa a regra constitucional: medida provisória pode instituí-los ou majorá-los, mas somente produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se for convertida em lei até o dia 31 de dezembro do ano em que for editada.
É relevante notar que o dispositivo em exame refere-se somente a impostos. Interpretando-se literalmente podemos concluir que para as demais espécies tributárias não existe a exigência de conversão em lei até o último dia do ano de edição da medida provisória.
Ressalte-se que a regra acima não se aplica aos impostos que não estão sujeitos ao princípio da anterioridade quanto à sua majoração, conforme excepciona o próprio art. 62, § 2°, da CF. São os chamados impostos extrafiscais: II, IE, IPI e IOF; e também o IEG. E por razões óbvias: um decreto presidencial aumentando a alíquota do Imposto de Importação, por exemplo, incidirá de imediato, independentemente da conversão em lei.
Frise-se que no caso do IPI, majorado por MP, terá que ser observado o princípio da anterioridade nonagesimal. Para as outras espécies tributárias que não os impostos, continue considerando que a simples publicação da medida provisória até 31 de dezembro cumpre a regra da anterioridade de exercício, deverá ser observado o prazo mínimo de 90 dias para o início de produção de efeitos da medida provisória, previsto no art. 150, III, “c”.
Em suma, podemos afirmar que após a EC n°. 33/2001, medida provisória que institua ou majore impostos, somente produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se for convertida em lei até o último dia do ano em que for editada, exceto os impostos previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, pois não se sujeitam ao princípio da anterioridade. Quanto às demais espécies tributárias, o princípio da anterioridade de exercício atrela-se à data da publicação da medida provisória, independendo de sua conversão em lei.
No caso das contribuições social-previdenciárias, ao invés da “anterioridade anual”, aplicável à generalidade dos tributos, o legislador constituinte originário estabeleceu uma forma própria de anterioridade, a anterioridade nonagesimal, prevista no art. 195, § 6°, da CF:
§ 6° As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
Segundo o STF, instituindo-se ou modificando-se contribuições para a seguridade social por medida provisória, o prazo nonagesimal começa a ser contado do dia da edição da primeira medida provisória.
Medida Provisória e a Anterioridade Nonagesimal
Os tributos sofrem a exigência da anterioridade nonagesimal, excetuados o II, IE, IR, IOF, IEG, Empréstimo Compulsório para Calamidade Pública ou Guerra Externa, IPTU e IPVA (quanto aos dois últimos apenas no tocante a alterações na base de cálculo). Assim, quando o tributo for instituído ou majorado por medida provisória, salvo as citadas exceções, terá o Fisco que aguardar o prazo de noventa dias para poder cobrá-lo.
Quanto ao termo da da contagem do prazo de 90 dias, no caso de tributos instituídos ou majorados por medida provisória, será a data da publicação da primeira MP.
a) ITR, ICMS (exceto o ICMS-Combustível), IPVA (exceto quanto alterações na base de cálculo), ITCD, IPTU (exceto quanto alterações na base de cálculo), ISS, ITBI.
1. Anterioridade anual (Art. 150, III, “b”, CF): aplica-se;
2. Anterioridade nonagesimal (Art. 150, III, “c”, CF): aplica-se;
3. Exigência de conversão da MP em lei até o último dia do exercício financeiro em que foi editada: aplica-se.
Conclusão: tais impostos só poderão ser cobrados no exercício seguinte ao da conversão da medida provisória em lei, observando-se ainda o prazo de 90 dias a partir da publicação da MP.
b) Imposto de Importação (II), Imposto de Exportação (IE), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto Extraordinário de Guerra (IEG).
1. Anterioridade anual (Art. 150, III, “b”, CF): não se aplica;
2. Anterioridade nonagesimal (Art. 150, III, “c”, CF): não se aplica;
3. Exigência de conversão da MP em lei até o último dia do exercício financeiro em que foi editada: não se aplica.
Conclusão: o imposto pode ser exigido imediatamente.
c) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuições social-previdenciárias, CIDE-Combustíveis (quanto ao restabelecimento da alíquota).
1. Anterioridade anual (Art. 150, III, “b”, CF): não se aplica;
2. Anterioridade nonagesimal (Art. 150, III, “c”, CF): aplica-se;
3. Exigência de conversão da MP em lei até o último dia do exercício financeiro em que foi editada: não se aplica.
Conclusão: o tributo pode ser cobrado 90 dias após a publicação da MP
d) Imposto de Renda (IR), alterações na base de cálculo do IPTU, alterações na base de cálculo do IPVA.
1. Anterioridade anual (Art. 150, III, “b”, CF): aplica-se;
2. Anterioridade nonagesimal (Art. 150, III, “c”, CF): não se aplica;
3. Exigência de conversão da MP em lei até o último dia do exercício financeiro em que foi editada: aplica-se.
Conclusão: o tributo somente pode ser cobrado no exercício seguinte ao da conversão da MP em lei. Exemplificando, o IR majorado por medida provisória em outubro de 2007, sendo a MP convertida em lei em janeiro de 2008, o tributo majorado poderá ser exigido a partir de 1° de janeiro de 2009.
e) Taxas, Contribuições de melhoria, Contribuições profissionais, Contribuições interventivas (exceto CIDE-Combustíveis).
1. Anterioridade anual (Art. 150, III, “b”, CF): aplica-se;
2. Anterioridadenonagesimal (Art. 150, III, “c”, CF): aplica-se;
3. Exigência de conversão da MP em lei até o último dia do exercício financeiro em que foi editada: não se aplica.
Conclusão: o tributo pode ser cobrado no exercício seguinte ao da publicação da MP, observando-se ainda o prazo de 90 dias a partir da publicação da MP. 
Isenção e Imunidade
 Isenção - Natureza jurídica - "EX LEGE" 
A isenção deverá sempre decorrer de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, a quais tributos ela se aplica e o prazo de sua duração. As isenções podem ser concedidas com prazo certo ou com prazo indeterminado; de modo condicionado e incondicionado. Não poderá a isenção recair sobre taxas e contribuições de melhoria ou impostos posteriores a sua concessão, exceto se houver dispositivo em lei que assim o permita.
 A isenção assim como a anistia tem natureza jurídica ‘’ex lege’’, ou seja, nasce por lei, ou norma com status de lei. Isso se encontra no Art. 150, VI, § 6º e 165, § 6º da CRFB.
 § 6.º - Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no Art. 155, § 2.º, XII, g. Para que uma isenção seja válida ela deve ser comprovação pelo CONFAZ. 
Se a natureza é ‘’ex lege’’, é possível uma isenção por contrato? Sim. A resposta se encontra no 176 do CTN. Esse contrato precisa ser feito com base em uma lei antecedente, e que tenha nas suas clausulas um ditame. Mesmo que seja por contrato não tira sua natureza ex lege, já que depende de lei anterior. 
Imunidade tributária
O art. 150, VI, da CRFB/88, estipula aos entes federativos a vedação à instituição de impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços uns dos outros; sobre templos de qualquer culto; sobre o patrimônio, renda ou serviços de partidos políticos, entidades sindicais de trabalhadores, das instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos; livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; e fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e obras interpretadas por artistas brasileiros e os suportes ou arquivos que os contenham.
Imunidade indireta – quando a constituição somente admite a possibilidade da incidência de determinado tributo, afastando a incidência dos demais, Art. 153, §5 do CTN O ouro.
Art. 153, § 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos:   (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II - setenta por cento para o Município de origem.
Imunidade direta, é quando a constituição textualmente imuniza uma determinada pessoa ou coisa do alcance de determinado tributo, Art. 150, VI do CTN -> Impostos
Art. 150, VI -  instituir impostos sobre:
            a)  patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; Reciprocidade Tributária
           
 b)  templos de qualquer culto; Princípio do Estado Laico, Art. 150 VI ‘’b’’ da CRFB, o conceito de Estado Laico significa que ele deve estar apartado da religião, muito embora não significa dizer que o Estado seja ateu ou agnóstico. No que tange à imunidade entende-se por culto o conjunto de práticas religiosas que não venham de encontro com a Razoabilidade e com os demais Princípios Constitucionais, e também no que tange à imunidade, estende-se por templo as entidades religiosas, e não o espaço físico onde ocorre a liturgia. Desta forma, assim ficou consignado: Em relação aos templos de qualquer culto os valores por elas arrecadados estão imunes aos impostos, desde que sejam aplicados nas atividades precípuas e essências das respectivas entidades. Também aplica-se a Súmula 724.
         
   c)  patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; Requisitos do Art. 9 e 14 do CTN, Súmula 724 - Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades. E Súmula 730 - A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, "c", da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários.
d)  livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. Ebook, livro digital, fotolito, Princípio do Livre Acesso a Cultura e Informação.
e)  fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. CD, DVD, BlueRay, LP, PENDRIVE, Mídias não físicas, Downloads, obras literomusicais feitas por artistas brasileiros ou obras interpretadas por brasileiros. A etapa de produção está imune, já a etapa de replicação de mídia ótica não está imune. Princípio do Livre Acesso a Cultura e Informação.
Súmula 544 - Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas.
Arts. 175 a 179 do CTN
Art. 175. Excluem o crédito tributário:
I - a isenção;
II - a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.
Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.
Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva:
I - às taxas e às contribuições de melhoria;
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104.                 
Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua concessão.
§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste artigo será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção.
§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.
Art. 111, II do CTN
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
II - outorga de isenção;
Art.104, III do CTN
Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentesa impostos sobre o patrimônio ou a renda:
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178.

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