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Sua história é bem antiga, seu primeiro registro de do uso de Aloe Vera foi datada em 2.100 a.C. Conhecida no Egito antigo como a “Planta da imortalidade”, teria sido usada por Cleópatra nos cuidados do cabelo e da pele. Foi reconhecida pela farmacopeia Britânica como droga oficial em 1932 sendo aceita também em diversas outras farmacopeias. CARACTERÍSTICAS HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS. Aloe vera pertencente à família Aloaceae: 15 gêneros 800 espécies Seu nome se origina da palavra arábica Alloeh, que significa substância amarga e brilhante. Folha utilizada com 29,5cm de comprimento. 2,5cm de largura na parte mais grossa e 1cm na extremidade mais fina. MACROSCOPIA Folhas suculentas de cor verde, com bordas dentadas-espinhosas. A face adaxial é côncava em secção transversal enquanto que a face abaxial é convexa. A- aspecto geral da planta sem inflorescência. B- aspecto geral de uma folha. Folhas concolores Suculentas e carnosas Lisas Glabras Cerosas Na região central dessas folhas, a epiderme apresenta a seiva bruta contida em túbulos, dando origem a uma substância mucilaginosa com aparência viscosa e incolor, que é o gel de Aloe vera. . Visualização na lupa FARMACOLOGIA: O gel é muito utilizado como matéria prima na indústria cosmética farmacêutica. Contitui-se principalmente por água, polissacarídeos, vitamina A,B,C e E, Cálcio, potássio, magnésio, e zinco, diversos aminoácidos, enzimas e carboidratos. Imagem Vista na lupa Entre as substâncias descobertas no gel, a molécula acemannan é encontrada. Ele exerce um papel essencial por fazer melhorar a resistência imunológica do organismo contra parasitas, vírus e bactérias, também faz parte da base das células do tecido conjuntivo, inclusive a alimentação, mucosas, os tendões, articulações e a parte que se originam os ossos. Essa substância é produzida pelo próprio organismo mas também deve ser ingerida pela alimentação. FARMACOLOGIA: Porém não é recomendado como primeira escolha na ingestão, devido aos efeitos colaterais, como cólica severa e náusea. É muito utilizada como cicatrizante e anti-inflamatório, uma das substâncias encarregada por essa ação é o acemannan. Esse polissacarídeo induz a resposta imunológica do corpo e a produção de citocinas e outras células de defesa, aumentando sua atividade fagocitária melhorando a resposta inflamatória. Imagem do gel no microscópio FARMACOTÉCNICA: Quando testados em animais foram capazes de acelerar a cicatrização e aumentar a proliferação celular. Em humanos, os resultados sobre o efeito cicatrizante não foram tão agradáveis. O uso do gel aumentou o tempo de cicatrização em feridas cirúrgicas quando comparados com o tratamento idêntico que não incluia o gel. Em estudos sobre isso, explicou-se que se levar um conta o caráter hidrofílico dos componentes ativos presentes na Aloe vera, e que estes atravessam com muita dificuldade as barreiras da pele. Então a combinação do gel com ultrassom, microcorrentes ou na forma de lipossomas pode acelerar a cicatrização e diminuir a inflamação ao favorecer a penetração dos ativos no tecido. No brasil, produtos a base de Aloe vera de uso tópico estão autorizados como fitoterápicos para cicatrização. No entanto não há registro de medicamentos à base de Aloe vera de uso Oral. Devem ser avaliados quanto a sua segurança de uso na categoria de novos alimentos. CONCLUSÃO Em relação a sua toxicidade foram relatados diversos problemas com o consumo de preparações orais contendo Aloe vera. É imprescindível a padronização do uso com objetivo de conservar melhor suas características químicas e a definição de melhor forma de sua aplicação. É necessário estudos para que seja definida dose e forma segura para o seu uso. Referências DORNELES, Daniela; WOUK, Antônio Felipe; PONTAROLO, Roberto; OLIVEIRA, Andrezza Beatriz. Efeito de aloe vera linné sobre a cicatrização de feridas de pele em coelhos. Disponível em:<https://scholar.google.com.br/scholar?lr=lang_pt&q=aloe+vera&hl=pt-BR&as_sdt=0,5#d=gs_qabs&u=%23p%3DKjS89jKXBdQJ>. Acesso em: 13 Jun. 2019. MAIA-FILHO, A.L.M. et al. Efeito do gel da babosa (aloe barbadensis Mill.) Associado ao ultrassom em processo inflamatório agudo. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-05722011000200004&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 13 Jun. 2019. PARENTE, Leila; CARNEIRO, Lívia; TRESVENZOL, Leonice; GARDIN, Nilo. Aloe vera: características botânicas, fitoquímicas e terapêuticas. Disponível em:<https://scholar.google.com.br/scholar?lr=lang_pt&q=aloe+vera&hl=pt-BR&as_sdt=0,5#d=gs_qabs&u=%23p%3DyH-koRBiDSMJ>. Acesso em: 13 Jun. 2019. Propriedades farmacológicas da aloe vera (L.) Burm.f. Rev. Bras. PI. Med., Campinas, v.16, n.2, p.299-307, 2014. Propriedades farmacológicas da babosa na dermatologia. Revista interdisciplinar de ciências médicas. Teresina PI, v.1, 2006.
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