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A perda da realidade na neurose e na psicose

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A PERDA DA REALIDADE NA NEUROSE E NA PSICOSE. 
PERDA DA REALIDADE
NEUROSE: a perda da realidade seria evitada
PSICOSE: a perda da realidade estaria necessariamente presente
FATOR DECISIVO 
NEUROSE: a predominância da realidade
PSICOSE: a predominância do id
PSICOSE
Na psicose o ego (eu) a serviço do id (isso) se afasta de um fragmento da realidade
NEUROSE 
Na neurose o ego (eu) em sua dependência da realidade, suprimi um fragmento do id (vida instintual)
A neurose NÃO é propriamente o ego, a serviço da realidade que se dispõe à repressão ( recalque de um impulso instintual)
FORMAÇÃO DA NEUROSE
Consiste antes nos processos que fornecem uma compensação à parte do id (isso) danificada – isto é, na reação contra a repressão (recalque) e no fracasso do recalque
PASSOS PARA FORMAÇÃO DE UMA NEUROSE
1° recalque do id
2° falha no recalque e a compensação da satisfação pulsional (Consequência : afrouxamento da relação com a realidade)
AFROUXAMENTO DA RELAÇÃO COM A REALIDADE NA NEUROSE
Consequência do segundo passo da neurose.
A perda da realidade afeta exatamente aquele fragmento de realidade, cujas exigências resultaram na repressão (recalque) instintual ocorrida
SOLUÇÃO DO CONFLITO 
NEUROSE
A causa excitante (a cena traumática) é conhecida e a pessoa interessada volta as costas a experiência, e a transfere a amnésia 
Ela se afasta da mudança que ocorre na realidade recalcando a exigência pulsional 
( caso da mulher apaixonada pelo cunhado)
PSICOSE
Há na psicose uma rejeição da cena excitante.
(Caso da mulher apaixonada pelo cunhado)
DESFECHO DO CONFLITO NA NEUROSE
Constitui apenas uma conciliação e NÃO proporciona satisfação completa
DIFERENÇAS ENTRE NEUROSE E PSICOSE
Suas primeiras reações introdutórias
Neurose
-um fragmento da realidade é evitado por uma espécie de fuga
-a obediência inicial é sucedida por uma tentativa adiada de fuga
-a neurose não repudia a realidade, apenas ignora
Psicose
- a fuga inicial é sucedida por uma fase ativa de remodelamento
-a psicose repudia a realidade e tenta substituí-la
COMPORTAMENTO SADIO/ NORMAL
*Combina características da neurose e da psicos. Repudia a realidade tão pouco quanto na neurose mas depois se esforça, como faz uma psicose, por efetuar uma alteração dessa realidade.
*esse comportamento conveniente e normal conduz a realidade do trabalho no mundo externo; ele não se detém como na psicose, em efetuar mudanças internas.
*ele não é mais autoplástico, mas aloplástico
REPARAÇÃO DA REALIDADE NA PSICOSE
A realidade é repara de maneira autocrática
Pela criação de uma nova realidade que não levanta mais as mesmas objeções que a antiga (realidade) que foi abandonada
PALAVRA CHAVE
NEUROSE RECALCA
PSICOSE REJEITA
SEMELHANÇAS ENTRE NEUROSE E PSICOSE
O segundo passo em ambas é apoiado pelas mesmas tendências, serve ao desejo de poder do id que não se deixará ditar pela realidade
Ambas são expressão de uma rebelião por parte do id contra o mundo externo, de sua indisposição
Característica da segunda etapa da psicose
O caráter de uma reparação
ETAPAS DA PSICOSE
1° arrasta o ego (eu) para longe da realidade
2° tenta reparar o dano causado e restabelecer as relações do indivíduo com a realidade as expensas do id (isso) 
A psicose também depara com a tarefa de conseguir para si própria, percepções de um tipo que corresponda a nova realidade e isso muito radicalmente se efetua mediante a alucinação
Tanto na neurose como na psicose interessa a questão NÃO apenas relativa a uma perda da realidade, mas também um substituto para a realidade
SIMBÓLICO
O novo imaginário mundo externo de uma psicose tenta colocar-se no lugar da realidade – um fragmento diferente daquele contra o qual tem de defender-se – e empresta a esse fragmento uma importância especial e um significado secreto
MUNDO DE FANTASIA
Há também na neurose tentativas de substituir uma realidade desagradável por outra que esteja mais de acordo com os desejos do indivíduo. Isso é possibilitado pela existência de um mundo de fantasia, de um domínio que ficou separado do mundo externo real na época da introdução do princípio de realidade. Esse domínio é uma espécie de reserva.
É desse mundo de fantasia que a neurose haure o material para suas novas construções de desejo e geralmente encontra esse material pelo caminho da regressão a um passado real satisfatório
Dificilmente se pode duvidar que o mundo da fantasia desempenhe o mesmo papel na psicose
DIFERENÇA TOPOGRÁFICA NA SITUAÇÃO INICIAL DO CONFLITO PRATOGÊNICO
*se nele o ego (eu) rendeu-se à sua lealdade perante o mundo real (neurose : predominância da realidade) 
*se nele o ego (eu) rendeu-se à sua lealdade a sua dependência do id ( psicose: predominância do id)
TAREFA DA SEGUNDA ETAPA 
*Tanto na neurose quanto na psicose são parcialmente mal sucedidas porque: 
na neurose o instinto reprimido (recalcado) é incapaz de conseguir um substituto completo
Na psicose a representação da realidade não pode ser remodelada em formas satisfatórias (não pelo menos em todo tipo de doença mental) 
ETAPA PATOLÓGICA
NEUROSE
*Segunda etapa onde há o fracasso do recalque
PSICOSE
*primeira etapa onde a realidade é rejeitada
A primeira etapa na psicose é patológica em si própria e só pode conduzir a enfermidades
*Na psicose as paramnésias, os delírios e as alucinações possuem caráter muito aflitivo e estão ligados a uma geração de ansiedade
*todo processo de remodelamento e levado a cabo contra forças que se lhe opõem violentamente
*na psicose o fragmento de realidade rejeitado constantemente se impõe à mente, tal como o instinto reprimido (recalcado) faz na neurose, e é por isso que em ambos os casos, os mecanismos são os mesmos.

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