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1 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES Prof.: Marcelo Oliveira Listem no mínimo 5 fatores que influenciam na redução da produtividade da empresa. Listem no mínimo 5 fatores que influenciam na elevação da produtividade da empresa. Usem palavras ou expressões Administração da Produção e Operações O HOMEM E A PRODUÇÃO A produção é uma característica inerente a vida do ser humano. Para Moreira (1999), juntamente com o homem veio à necessidade da sua sobrevivência, as armas e utensílios, a caça, a pesca, a agricultura, e o pastoreio eram as formas de produzir seu sustento e sua segurança Na Pré-História o Homem polia a pedra a fim de transforma- lá em utensílios, já era uma atividade de produção; Nessa fase os utensílios eram utilizados exclusivamente por quem o produzia; Origem: Grandes obras realizadas em tempos passados da humanidade (Grande muralha da China ou as Pirâmides do Egito) têm maior probabilidade de terem sido os primeiros tipos de processo produtivo a requerer técnicas gerenciais para suas construções. A religiosidade, política de projetos, a falta de sistemas de contabilidade formais e uma ausência de pressão de tempo, aliviava as pressões por eficiência ou eficácia na gestão. O que é Gestão de Produção e Operações: Ocupa-se de atividades de gerenciamento estratégico dos recursos escassos (humanos, tecnológicos, informacionais e outros), de sua interação e dos processos que produzem e entregam bens e serviços, visando atender a necessidade e/ou desejos de qualidade, tempo e custo de seus clientes . Objetivos Necessidade de eficiência dos recursos Objetivos Estratégicos ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES “A Adminstração da Produção e Operações (APO) é a área da Administração que utiliza os recursos físicos e materiais da empresa que realizam o processo produtivo por meio das competências essenciais”. Chiavenato (2005, pag. 13) Conceito de Administração da Produção e Operações “A Adminstração da Produção e Operações é o campo de estudo dos conceitos e técnicas aplicadas à tomada de decisões na função de Produção (empresas industriais) ou Operações (empresas de serviços)”. Moreira (2009, pag. 3) Produção/operação Pacote de valor Clientes Internos – outros setores da empresa Clientes Externos – usuários externos à organização, consumidores dos bens e/ou serviços produzidos. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PRODUÇÃO A produção artesanal começa a entrar em decadência a partir do advento da Revolução Industrial, surgem as fábricas; • Com o passar do tempo, essa produção fez com que surgissem os primeiros artesãos, primeira forma de produção organizada; • A descoberta da máquina a vapor em 1764 por James Watt, substituindo a força humana pela força das máquinas; Os artesãos começam a se agrupar e surgem assim as primeiras fábricas. Independência Americana 1776 Seleção Cientifica do Trabalho Tempo-Padrão Plano para incentivo Salarial Trabalho em conjunto Desenho de cargos e tarefas Divisão do Trabalho/especialização do operário Supervisão Funcional Ênfase na Eficiência (The best way) Homo Economicus Condições de Trabalho Padronização Princípios de exceção Organização Racional do Trabalho - Fredrick W. Taylor 1- Vadiagem dos operários 2- Desconhecimento 3- Falta de uniformidade Final do Século XIX – Surge Taylor – Pai da Administração Científica O MARCO DA PRODUÇÃO EM SÉRIE: FORD T 1908 – 1 de outubro apresentado modelo T. Mais de 15 milhões de unidades foram vendidos de 1908 a 1927 (média superior a 789.000 carros por ano) 1910 a 1913 – Henry Ford – Cria a linha de montagem. 1918 – Metade dos carros na América do Norte eram T Baixo custo através da produção em larga escala. Surge o conceito de produção em massa Jargão do Ford (os carros da Ford podem ser de qualquer modelo e qualquer cor, desde que sejam do modelo T e pretos) Henry Ford – Eng. Nascido nos USA 1903 – Henry com 11 investidores fundam a Ford Motor, produzindo seu 1º carro Modelo A que vendeu 1708 unidades no primeiro ano. Alfred Sloan – Diversificação é a palavra chave - Até 1920 valia a máxima do conceito de Ford, padronização e menor preço do mercado. -A sociedade americana passava por mudanças substanciais, sofisticação eram exigidas, partindo que as necessidades básicas já não eram suficientes. - Alfred Slona era o recém CEO da GM – estruturou uma política na empresa de SEGMENTAÇÃO da oferta de veículos, baseado na premissa que diferentes segmentos de mercado estariam dispostos a pagar diferentes preços por diferentes produtos. - Ao mesmo tempo que o mercado mudava, a mão de obra com a qual Taylor e todos os meios produtivos da época lidava, também mudava. Sindicatos e greves entravam forte no cenário das produções. PRODUÇÃOINSUMOS PRODUTOS OU SERVIÇOS Produção Operações - Materiais - Informação - Consumidores - Instalações - Pessoal PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO Recursos de entrada (Inputs) Saída de produtos ou serviços (output) C O N S U M ID O R E S O U C L IE N T E OBJETIVOS DE DESEMPENHO DA PRODUÇÃO - Qualidade - Velocidade - Confiabilidade - Flexibilidade - Custo Satisfazer aos stakeholders. QUALIDADE: significa a produção consistente de serviços e produtos dentro das especificações, não apenas leva à satisfação de consumidores externos, como também torna mais fácil a vida das pessoas envolvidas na operação. Slack (2009) Reduz Custos Aumenta a confiabilidade OBJETIVOS DE DESEMPENHO DA PRODUÇÃO VELOCIDADE: Tempo transcorrido entre a requisição e o recebimento de produtos ou serviços pelo consumidor. Slack (2009) Benefícios que receberá A velocidade das operações internas é expressa através de rapidez na tomada de decisão, movimentação de materiais e informações internas da operação. Reduz estoques Reduz riscos OBJETIVOS DE DESEMPENHO DA PRODUÇÃO Slack (2009) Hospital? Fábrica de automóveis? Empresa de ônibus urbano? Supermercado? OBJETIVOS DE DESEMPENHO DA PRODUÇÃO Slack (2009) OBJETIVOS DE DESEMPENHO DA PRODUÇÃO CONFIABILIDADE: Fazer as coisas em tempo para os consumidores receberem seus bens ou serviços exatamente quando necessário, ou quando prometidos . Slack (2009) Confiabilidade interna das operações, desempenho de um setor em relação aos outros, entrega pontual de materiais e informações. Reduz tempo Reduz custos Produção É a execução de uma ação em si, ou seja, as atividades desenvolvidas pelas empresas sejam elas de produção/operações ou de serviço. Produtividade É o resultado obtido por uma determinada produção comparado com algum critério, tendo como exemplo a quantidade de produtos fabricados por hora, ou a quantidade de serviço executado em um mês. DEFINIÇÃO DE PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE 43 Para algumas empresas o volume da produção acaba sendo um fator decisivo no seu negócio. É comum para muitas empresas, pensarem apenas no resultado da produção, ou ainda mais grave pensar que alterando a capacidade de produção estará resolvendo algumas questões. Nem sempre é melhor solução é alterar a capacidade da produção para se obter o resultado esperado. 44 Uma das ferramentas mais importantes para os gestores é acompanhar e medir a Produtividade da sua empresa ou departamento. Pois podemos alterar o resultado final financeiro ou nos tornamos mais competitivos. Buscar a excelência em produtividadeé o foco de todos. 45 Indicadores de desempenho Indicadores são medidas de desempenho que expressam resultados em índices numéricos (Paladini, 2011) Como alterar a produtividade de uma organização? Modificando processos/procedimentos operacionais Melhor qualificação dos colaboradores Melhorando máquinas e estrutura física Contratando mais MO Crescendo o parque fabril Etc Etc Etc 46 DEMANDA MODELO DE TRANSFORMAÇÃO 47 De onde podemos tirar várias informações que será utilizadas em diferentes aspectos, à saber: • Podemos avaliar se a quantidade de saída comparada com a entrada é constante ou se tem alguma alteração; • Podemos ter um processo de retroalimentação, caso necessário no sistema como um todo; 48 • O cliente final, externo ou interno, irá consolidar as informações em relação a satisfação e qualidade final da saída (Feedback); • Podem surgir vários parâmetros de medição para um melhor acompanhamento da produção; • Podemos identificar onde o processo precisa ser melhorado, ou onde o processo é deficiente ou ruim; • Podemos identificar onde temos que colocar em pratica os planos de melhoria; 49 Uma das atividades desenvolvidas pelos gestores é chamada de Administração da Produtividade, onde todas estas informações e outras mais específicas conforme a realidade de cada empresa, serão aplicadas. Quando aumentamos a produção, temos que ter em mente que também aumentamos outros itens e/ou setores automaticamente, pois para aumentar esta produção estaremos gastando mais “entradas” e isto irá acarretar alterações no estoque, no espaço físico, na quantidade de insumos gastos, etc... 50 Neste sentido não podemos tomar uma decisão direta, baseado apenas em um número simples, temos que ter toda uma análise do cenário que será alterado, para podemos decidir no que iremos nos basear para a tomada de decisão. 51 PRODUTIVIDADE: Algumas pessoas falam no dia a dia que “é fazer mais com menos”. Isto quer dizer que quanto mais eficientemente fazemos a transformação de recursos em bens e serviços, mais produtivos somos. Vamos pensar um pouco sobre Produtividade de uma Máquina 1 2 Máq. 1 usa 2 canas de aproximadamente 60cm e diâmetro 5cm para produzir 600ml de caldo. O tempo do operador é de aproximadamente 10min para essa operação. Máq. 2 usa 2 canas de aproximadamente 60cm e diâmetro 5cm para produzir 1000ml de caldo. O tempo do operador é de aproximadamente 5min para essa operação. Então podemos afirmar que o melhor para qualquer comerciante que venda esse produto é comprar a Máq. 2? MEDIDA DA PRODUTIVIDADE O simples e direto também conhecido como produtividade de fator único; Será calculado pela seguinte fórmula. PRODUTIVIDADE = OUTPUTS . INPUTS O mais complexo e amplo também conhecido como produtividade multifatores ou produtividade de fatores totais. PRODUTIVIDADE = __________OUTPUTS_____________ Soma dos INPUTS (CAPITAL; ENERGIA; DIVERSOS) 53 EXEMPLOS: Uma papelaria dentro de uma Universidade possui uma máquina copiadora e tira um total de 912 cópias por dia, considerando que a Universidade fique aberta por 8 horas por dia, qual será a produtividade desta copiadora por hora? Basta utilizar a fórmula de produtividade de fator único: PRODUTIVIDADE = OUTPUTS = 912 cópias INPUTS 8 horas PRODUTIVIDADE = 114 cópias por hora 54 Uma refinaria produz em seu processo diário com o refino do petróleo, vários diferentes tipos de derivados, dentre eles um total de 363.240 litros de gasolina (tipo A). Qual é a sua capacidade por hora em relação ao refino da gasolina considerando que a refinaria é um processo contínuo de produção? PRODUTIVIDADE = __OUTPUTS__ = _363.240 _litros_ INPUTS 24 horas PRODUTIVIDADE = 15.135 litros / hora 55 Uma empresa de cosmético possui quatro funcionários, Ana com salário de R$ 2.290,00, Carlos com salário de R$ 2.050,00, Joana com salário de R$ 2.180,00 e Carla com salário de R$ 2.230,00. E juntos produzem 2.100 esmaltes MUITO especiais por mês. A gerente precisa e quer saber qual a produtividade diária da fábrica e também qual a produtividade por cada real pago de salário. (considerar 30 dias úteis) Para a primeira pergunta: PRODUTIVIDADE = _OUTPUTS_ = _2.100 _esmaltes_ INPUTS 30 dias PRODUTIVIDADE = 70 esmaltes/dia (Considerando 30 dias.) 58 Para a segunda pergunta, basta utilizar a fórmula de produtividade multifatores, ou seja: PRODUTIVIDADE = OUTPUTS . Soma dos INPUTS (CAPITAL; ENERGIA; DIVERSOS) PRODUTIVIDADE = 2.100 esmaltes especiais . R$ 2.290,00 + R$ 2.050,00 + R$ 2.180,00 + R$ 2.230,00 PRODUTIVIDADE = 0,24 esmaltes por real pago de salário. 59 Uma empresa de venda de produtos possui três vendedores, Jorge, Silvia e Sérgio. Em janeiro eles venderam um total de R$250.000,00 e em fevereiro um total de R$ 301.000,00, sendo os produtos comercializados tijolos e telhas. Os resultados das vendas foram: JANEIRO (31 dias úteis) FEVEREIRO (28 dias úteis) VENDEDOR TIJOLO TELHA TOTAL DAS VENDAS TIJOLO TELHA TOTAL DAS VENDAS JORGE R$ 39.910,00 R$ 50.089,20 R$ 89.999,20 R$ 52.000,00 R$ 51.012,00 R$ 103.012,00 SÍLVIA R$ 35.000,00 R$ 54.910,80 R$ 89.910,80 R$ 43.090,29 R$ 71.988,00 R$ 115.078,29 SÉRGIO R$ 30.090,00 R$ 40.000,00 R$ 70.090,00 R$ 34.909,71 R$ 48.000,00 R$ 82.909,71 TOTAIS R$105.000,00 R$145.000,00 R$250.000,00 R$130.000,00 R$171.000,00 R$ 301.000,00 60 Se a empresa quiser saber a produtividade diária do vendedor Jorge no mês de janeiro? PRODUTIVIDADE = __OUTPUTS__ = _R$ 89.999,20 _ INPUTS 31 dias PRODUTIVIDADE = R$ 2.903,20 / dia Se a empresa quiser saber a produtividade diária da vendedora Sílvia no mês de fevereiro na venda de telhas? PRODUTIVIDADE = __OUTPUTS__ = _R$ 71.988,00 _ INPUTS 28 dias PRODUTIVIDADE = R$ 2.571,00 / dia 61 Se a empresa quiser saber a produtividade diária do vendedor Sérgio na venda de tijolos, nos meses de janeiro e fevereiro? PRODUTIVIDADE = ___________OUTPUTS_____________ Soma dos INPUTS (CAPITAL; ENERGIA; DIVERSOS) PRODUTIVIDADE = _R$ 30.090,00 + R$ 34.909,71_ 31 dias + 28 dias PRODUTIVIDADE = _R$ 64.999,71_ 59 dias PRODUTIVIDADE = R$ 1.101,69/ dia 62 Capacidade de Produção e Serviços Chamamos de Capacidade a quantidade máxima de produtos e serviços que podem ser produzidos em uma unidade produtiva, em dado intervalo de tempo. Por unidade produtiva, podemos citar exemplos como uma fábrica, um armazém, uma loja, um posto de atendimento médico, um aeroporto, ou até mesmo um hotel. Como se mede a capacidade? Medida por meio da produção: Uma empresa tem 5 empregados, cada um trabalhando 8 horas diárias, realizando a montagem de um componente à razão de 20 montagens por hora e por empregado. A capacidade do departamento será: Solução: 5 empregados X 8 h/dia X 20 montagens/hora = 800 montagens/dia CONCEITOS DE ALGUNS AUTORES CAPACIDADE PRODUTIVA Limitações de elevação da capacidade produtiva. Interna Externa A capacidade produtiva da empresa depende dos gargalos, ou seja, das etapas do processo que limitam a capacidade de produção (MARTINS; LAUGENI, 2005). Os gargalos devem ser identificados e, quando não possível a sua eliminação, devem ser gerenciados. GARGALO DE PRODUÇÃO A gestão e o planejamento da capacidade devem considerar os seguintes fatores (MOREIRA, 2014): De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2009), as decisões sobre capacidade produtiva são importantes, uma vez que afetam diferentes aspectosde desempenho. Importância de avaliar a Capacidade a) Impacto sobre a capacitação que a organização terá para atender à demanda futura para produtos e serviços. A capacidade limita essencialmente a quantidade produzida por unidade de tempo. b) Afetam os custos operacionais. A capacidade deve ser compatível com os requisitos da demanda, o que tenderia a reduzir os custos operacionais. c) Determinante fundamental do custo. Quanto maior a capacidade de uma unidade produtiva, tanto maior será seu custo. d) Envolvem frequentemente o comprometimento de recursos de longo prazo. Uma vez implementadas, pode tornar-se difícil, se não impossível, modificar as decisões sem consequências adversas. e) Podem influenciar na competitividade da empresa. Se uma empresa tiver capacidade excedente ou se puder elevar rapidamente, estará impondo uma barreira contra entrada. Medida por meio da produção: - Único produto - em uma usina de álcool, cuja capacidade pode ser medida em litros por mês ou por dia, ou mesmo por semana. - Vários produtos, as necessidades e recursos produtivos são diferentes para as mesmas combinações desses produtos e serviços. Imagine que as capacidades de montagem de rádios e televisores sejam expressas por 1.000 rádios ou 600 televisores por dia. Supondo que os recursos possam se distribuir linearmente entre rádios e televisores, então a capacidade pode ser 800 unidades (500 rádios e 300 televisores) ou 900 unidades (750 rádios e 150 televisores). Os cálculos quando se tem vários produtos rodando em uma mesma produção são bem mais complexos. Medida por meio dos insumos Em organizações de serviços, frequentemente a maneira mais viável de se medir a capacidade é por meio dos insumos utilizados, já que existe dificuldade, em muitos casos, de se identificar o que seja produção e medi-la. Considerando a medida de capacidade de um hospital, dada a variedade de serviços médicos que aí são prestados, há mais sentido em se referir à capacidade que em número de leitos disponíveis. MEDIDAS DE CAPACIDADE Organização Capacidade Estática Capacidade de Produção Faculdade Quantidade de salas, carteiras, enfim, número de vagas disponíveis Quantidade de alunos formados por ano. Teatro ou cinema Quantidade de assentos na sala de espetáculo ou na sala de exibição. Número de freqüentadores por semana. Supermercado Área de vendas em m2 Faturamento mensal por m2 Transportadora rodoviária de cargas Soma da capacidade em quilos ou m3 dos caminhões disponíveis. Volume ou peso transportado por mês. Hospital Número de leitos disponíveis. Quantidade de pacientes atendidos por mês. Hidroelétrica “Tamanho” do gerador. Megawatts gerados por mês. Confecções de roupas Número de costureiras e de máquinas de costura Produtos produzidos por semana. Fábrica de fogões Número de homens e de máquinas. Fogões produzidos por mês. Fazenda Área cultivada Toneladas de grãos por safra. Parâmetros de Capacidade? Capacidade instalada: É a quantidade máxima que um sistema produtivo pode produzir ininterruptamente desconsiderando as perdas. Exemplo: Uma refinaria de óleo tem capacidade de produzir 8 toneladas por hora. Qual é a capacidade instalada da refinaria, sabendo que essa trabalha ininterruptamente? Capacidade instalada = 8 toneladas / hora x 24 horas x 30 dias = 8 x 24 x 30 = 5.760 toneladas por mês. Capacidade sempre é expressa em unidades produtivas: Peças, Kg, Metros, M³, atendimentos etc. Empresa que trabalha em sequência de operações A;B;C;D TIPOS DE CAPACIDADE O conceito de capacidade deve ser estratificado em outras definições mais específicas e de maior grau de utilidade para seu planejamento. CAPACIDADE DE PROJETO OU INSTALADA É a capacidade máxima que uma unidade produtora pode produzir se trabalhar ininterruptamente, sem que seja considerada nenhuma perda. A capacidade de projeto, via de regra, é considerada em função da jornada de trabalho que a empresa adota. Em outras palavras, é a produção que poderia ser obtida em uma unidade fabril trabalhando 24 horas por dia, todos os dias da semana e todos os dias do mês, sem necessidade de parada, de manutenções, sem perdas por dificuldades de programação, falta de material ou outros motivos que são comuns em uma unidade produtiva. EXEMPLO Uma empresa do ramo alimentício tem capacidade de produzir, em um forno contínuo, duas toneladas de biscoito por hora. Qual é a capacidade mensal desta empresa ? Resposta: Capacidade instalada = 30 dias x 24 horas x 2 toneladas por hora = 1.440 toneladas de biscoitos por mês. Neste caso, a unidade de medida da capacidade pode ser em tempo horas de forno disponíveis) ou em quantidade (toneladas de biscoito produzidas). EXEMPLO O fabricante de biscoitos do exemplo anterior, com 720 horas mensais de capacidade instalada, pode trabalhar: um turno: um turno diário, com oito horas de duração, cinco dias por semana. Neste caso, a capacidade disponível será de 8 x 5 x 4 = 160 horas mensais; dois turnos: dois turnos diários, com oito horas de duração cada um, cinco dias por semana. Neste caso, a capacidade disponível será de 2 x (8 x 5 x 4) = 320 horas mensais; três turnos: três turnos diários, com oito horas de duração cada um, cinco dias por semana. Neste caso, a capacidade disponível será de 3 x (8 x 5 x 4) = 480 horas mensais; EXEMPLO quatro turnos: três turnos diários, com oito horas de duração cada um, sete dias por semana (há quatro equipes que se intercalam para garantir o funcionamento ininterrupto, respeitando o descanso semanal de todos os funcionários). Neste caso, a capacidade disponível será de 3 x (8 x 7 x 4) = 672 horas mensais. Observe que o valor não atingiu 720 horas, pois estamos considerando um mês composto por quatro semanas o que representa 28 dias, por facilidade de cálculo; realização de horas-extras: qualquer hora trabalhada além da jornada normal de trabalho, considera hora extra e é somada à capacidade disponível. AUMENTO DA CAPACIDADE Existem duas formas de aumentar a capacidade disponível: aumento da capacidade instalada: consiste em aumentar a quantidade de máquinas, adquirir máquinas com maior capacidade de produção, enfim, na expansão da planta industrial. Desta forma, com a mesma jornada de trabalho, a empresa pode produzir mais. O custo da mão-de-obra, em apenas um turno de trabalho, é menor, porém investimentos na planta industrial representam custos fixos geralmente elevados; aumento de turnos de trabalho: o custo da mão-de-obra aumenta quando se aumentam os turnos de trabalho em função da necessidade de pagamento de “adicional noturno”, necessidade de transporte durante a madrugada para os funcionários, necessidade de mão-de-obra indireta para a supervisão dos turnos e assim por diante. Porém, trata-se de um custo variável. CUIDADO COM O AUMENTO DA CAPACIDADE Quando se opera próximo aos níveis máximos de capacidade disponível, a empresa corre sério risco de faturar mais, porém com menores resultados ou até prejuízo. Por que isto acontece? Porquê os custos de produção aumentam. Não se trata apenas de custos de pagamento com horas-extras, adicional noturno e aumento do overhead, acumulam-se os custos da falta de produtividade e qualidade, em um fenômeno que é conhecido como “deseconomia de escala”. AUMENTO DA CAPACIDADE O aumento da capacidade instalada pela expansão do parque instalado é recomendado quando houver demanda de mercado a continuar em crescimento e não haverá ociosidade deste investimento, o aumento de capacidade por meio da adoção de mais jornadas de trabalho pode ser mais interessante quando osinvestimentos em equipamentos forem elevados e não houver certeza do comportamento da demanda. CAPACIDADE EFETIVA A capacidade efetiva (CE) representa a capacidade Projeto/instalada(CP) subtraindo-se as perdas planejadas desta capacidade. CE = CP – Perdas Planejadas A capacidade efetiva não pode exceder a capacidade disponível, isto seria o mesmo que programar uma carga de máquina por um tempo superior ao disponível. Soma das perdas Planejadas CAPACIDADE EFETIVA Perdas de capacidade planejada: são aquelas perdas que se sabe de antemão que irão acontecer, por exemplo: Necessidade de set-ups para alterações no mix de produtos: Manutenções preventivas periódicas; Tempos perdidos em trocas de turnos; Amostragens da qualidade, etc. GRAU DE UTILIZAÇÃO A capacidade disponível e a capacidade efetiva permitem a informação de um índice, denominado grau de utilização. Que representa, em forma percentual, quanto uma unidade produtiva está utilizando sua capacidade disponível, conforme a fórmula abaixo: Grau de utilização = sponívelProjeto/di de Capacidade efetiva Capacidade CAPACIDADE REAL OU REALIZADA A capacidade real ou realizada é obtida subtraindo-se as perdas não planejadas da capacidade efetiva, em outras palavras, é a capacidade que realmente aconteceu em determinado período. Perdas de capacidade não planejadas: são perdas que não se consegue antever, como por exemplo: • Falta de matéria-prima; • Falta de energia elétrica; • Falta de funcionários; • Paradas para manutenção corretiva; • Investigações de problemas da qualidade, etc. CR = CE – Perdas não planejadas REGISTROS DE PRODUÇÃO (DIÁRIO DE BORDO) Toda área produtiva tem uma forma de registrar todas as ocorrências consideradas relevantes, acontecidas durante o turno de produção. Além dos registros óbvios como quantidade produzida, número de peças com defeito, por exemplo, também são anotados ocorrências como horário e duração de falta de energia elétrica, quebra ou paralisação de determina máquina, falta de determinado material etc. trata-se de um verdadeiro diário de bordo. No passado, estes registros eram feitos geralmente em um caderno preto. Atualmente, são feitos de forma on line via sistema de informática. ÍNDICE DE EFICIÊNCIA PRODUTIVA A capacidade realizada, quando comparada à capacidade efetiva, fornece a porcentagem de eficiência da unidade produtora em realizar o trabalho programado, conforme a formula abaixo: Índice de eficiência = efetiva Capacidade real)realizada( Capacidade X 100 CR CE Capacidade Instalada ou Capacidade de Instalada ou de Projeto Perdas Planejadas Eficiência = Capac. Real Utilização = Capac. Efetiva Capac. Efetiva Capac. Projeto Capacidade Efetiva Perdas Não Planejadas Capacidade Real CE = CP - PP CR = CE - PNP Grau de Como as empresam exploram o Potencial de Capacidade no curto prazo? Utilizando a capacidade ociosa de equipamentos ou substituindo-os por outros de maior capacidade; Diminuindo a variedade de produtos produzidos; Aumentando o nível de automação da produção; Melhorando as habilidades técnicas dos recursos humanos; Melhorando o aproveitamento dos espaços por meio da redução dos estoques ou racionalização dos espaços. Nivelando a diferença de capacidade entre máquinas, ou seja, reduzindo gargalos; Operando em turnos e horas extras; Terceirizando operações; Favorecendo clima e ambiente de trabalho; Melhorando o arranjo físico da planta e fluxo de processo; Realizando plano de manutenção dos equipamentos. Rede de Operações Produtivas Nenhuma operação produtiva existe isoladamente. Todas as operações fazem parte de uma rede maior, interconectada com outras operações. Essa rede inclui fornecedores e clientes. Também abrange fornecedores dos fornecedores e clientes dos clientes, e assim por diante. Em nível estratégico, as empresas estão envolvidas em “projetar” a forma e a configuração da rede na qual a operação está inserida. Estas decisões de projeto de rede começam com a definição dos objetivos estratégicos para a posição. Isto ajuda a produção a decidir como quer influenciar a formação geral de sua rede. Os fornecedores e clientes que têm contatos diretos com uma operação são denominados de rede imediata de fornecimento, enquanto todas as operações que formam rede de fornecedores de fornecedores e clientes de clientes, etc. são denominadas de rede total de suprimentos. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-530X2009000400009&script=sci_arttext A Perspectiva da Rede de Operações página 42 São os consumidores que “puxam” ou disparam todo o processo produtivo de um negócio, seja ele um simples comércio, uma indústria ou uma prestadora de serviços. Sabemos também que nenhuma empresa consegue gerar seus produtos e serviços de maneira isolada. Todas as operações produtivas fazem parte de uma grande rede de operações, formada por seus consumidores e fornecedores. E por que será tão importante considerar toda a rede de operações produtivas? De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2002), há três razões para isso: Entender toda a rede de operações ajuda a empresa a compreender como pode competir mais efetivamente. Além disso, ajuda a identificar ligações especialmente significativas na rede. E por fim, ajuda a empresa a focalizar uma perspectiva de longo prazo na rede. As decisões mais importantes que envolvem o projeto das redes de operações produtivas são relacionadas à: localização das unidades produtivas; grau de verticalização das operações produtivas, ou seja, o quanto fazer por conta própria (diferente de terceirização). PRODUTIVIDADE 111 Conceito tradicional de produtividade e que tem prevalecido até hoje pode ser expresso pela equação: OUTPUT RESULTADOS OBTIDOS INPUT RECURSOS EMPREGADOS Onde Input corresponde aos recursos empregados no processo de transformação, tais como matéria-prima, equipamentos, trabalho e outros fatores de produção, enquanto que Output corresponde aos resultados obtidos na utilização destes recursos. Rubens Fava (www.administradores.com.br) Produtividade é uma decorrência da eficiência. A medida que a produção é eficiente, ela alcança maiores níveis de produtividade. Uma máquina é mais produtiva que a outra na medida em que consegue produzir maior quantidade de peças no mesmos período. Um operário é mais produtivo do que outro quando produz mais no mesmo período e utilizando os mesmos recursos de produção. Chiavenato (2005, p15) PRODUTIVIDADE (CONCEITO MODERNO) 112 "Produtividade é minimizar, cientificamente, o uso de recursos materiais, mão-de-obra, máquinas, equipamentos, etc., para reduzir custos de produção, expandir mercados, aumentar o número de empregados, lutar por aumentos reais de salários e pela melhoria do padrão de vida, no interesse comum do capital, do trabalho e dos consumidores". (Japan Productivity Center for Social - Economics Developement). É a produtividade que permite a competitividade da empresa. Uma empresa é competitiva em relação às outras quando consegue gerar produtos de melhor qualidade, maior utilidade e com custos menores. Chiavenato (2005, p15) Produtividade não é eficiência. Apesar de existir uma componente de eficiência, a produtividade não é um conceito limitado e estritamente técnico, trata-se de um conceito muito mais amplo e que deve ser elevado ao ponto de vista social. RACIONALIZAÇÃO 113 Técnica que procura os métodos e processos mais adequados ao trabalho. Graças à racionalização pode-se desenharum processo produtivo mais rápido e eficiente, com menos custos de produção, redução de estoques, redução de trabalho na produção etc. Chiavenato (2005, p14) EFICIENTE R A C IO N A L IZ A Ç Ã O PRODUTIVIDADE EFICÁCIA Eleva Gera QUALIDADE QUALIDADE IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE A gestão da Qualidade é vista hoje, tanto no meio acadêmico como no empresarial, como um fator estratégico para a melhoria de competitividade e produtividade. Carpinetti (2010, p1) O Gestor/ Administrador e a Produção e Operações “Para que os produtos e serviços sejam oferecidos ao público, as atividades correspondentes devem ser planejadas, organizadas e controladas, justificando que ramos tão diferentes possam ser estudados em conjunto”. Moreira (2009, pag. 2) O Administrador e a Produção e Operações A administração da produção está focada no máximo aproveitamento dos recursos físicos e materiais da empresa no sentido de buscar um sistema de produção eficiente e eficaz. Em geral se estrutura de acordo com o sistema de produção adotado e com a tecnologia empregada, no sentido de aproveitar a proximidade dos recursos naturais, físicos e dos mercados consumidores Abrangência da Adm. Da Produção (AP). Devido a grande abrangência de atividades buscando a maximização da eficiência e eficácia da organização a AP pode atuar em várias vertentes: ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES Desenvolvimento de Produtos Engenharia Industrial Planejamento e Controle da Produção Produção Manufatura ou Operações Gestão de materiais Controle da Qualidade Manutenção Relação da AP com outros campos/orgãos da empresa. É necessário uma constante inter-relação da AP com os demais campos da empresa, caso contrário poderá ocorrer divergência entre a capacidade produtiva e os demais recursos. Fornecedores Administração da Produção e Operações Finanças Pesquisa e Desenvolvimento PeD Recursos Humanos Marketing O gerenciamento de processos surge como uma alternativa obrigatória na junção de tudo isso. Livro texto Estácio, Larry, Cap.2. O que é gerenciamento de Processos? Seleção dos insumos, das operações dos fluxos de trabalho e dos métodos que transformam insumos e, resultados. -A seleção dos insumos tem início com a decisão de quais processos serão realizados internamente, executados e adquiridos sob a forma de materiais e serviços. - Envolvem aptidões humanas e equipamentos - Precisam ser corentes com as prioridades competitivas. - Habilidade da organização para obter os recursos necessários As decisões sobre o processo precisam ser tomadas quando: - Um produto ou serviço novo ou modificado substancialmente é oferecido - A qualidade precisa ser melhorada - As prioridades competitivas se alteram - A demanda por um produto ou serviço está mudando - O desempenho atual é inadequado (produtividade baixa) - O custo ou a disponibilidade dos insumos mudaram - Os concorrentes estão em vantagem usando um novo processo - Novas tecnologias encontram-se disponíveis - Alterações nas características da Mão de Obra (MO) Qualidade; Capacidade; Arranjo Físico; Estoques; Produtividade; Tecnologia; Concorrência Princípios Básicos do Gerenciamento de Processos 1- Os processos constituem a base de toda a atividade de trabalho e existem em todas as organizações e em todas as funções de uma organização. 2- Processos fazem parte de outros processos ao longo da cadeia de suprimentos de uma organização. Chamada cadeia de Valor de uma organização. O que é agregar valor a um produto ou serviço? Fazer com que o cliente perceba diferenças no produto ou serviço que propiciem ele escolher o seu produto ou serviço em detrimento à concorrência, em alguns casos inclusive pagando mais por isso. Uma das principais funções dos gestores é coordenar os elos do processo. Sejam os processos internos ou externos, os executivos precisam prestar atenção especial às interfaces entre os processos. Coordenação interfuncional, fornecedores e clientes. PRODUÇÃO MERCADO - Demanda O fator que mais afeta a um sistema de produção é a demanda. É ela quem vai ditar o ritmo correto a ser seguido pela produção. É claro que nessa relação outras áreas como o marketing, e suas vertentes, são de fundamental importância. SISTEMA DE PRODUÇÃO E SUA RELAÇÃO COM A DEMANDA Sistema de Produção A maneira que a produção relaciona-se com sua demanda e as estratégias montadas pela empresa levando em conta essa relação são de fundamental importância para o sucesso ou fracasso de uma empresa produtiva. Principais Decisões que Envolvem os Processos, basicamente são 5 - 1 Escolha do processo - 2 Integração Vertical - 3 Flexibilidade dos recursos - 4 Envolvimento do cliente - 5 Intensidade de capital De Projeto Por tarefa Por Lote Em linha Contínuo 1 Escolha do processo: Determina se os recursos são organizados em torno de produtos ou processos. Existe uma variação direta do tipo de processo em relação ao grau de customização e volume de produção. PROJETO CONTÍNUO LINHA- MASSA TAREFA LOTE ALTA BAIXA V A R I E D A D E BAIXO ALTO VOLUME Fonte: SLACK et al, 1997. - Um processo de projeto é caracterizado por um grau elevado de customização das tarefas, o grande escopo de cada projeto e a liberação de recursos substanciais após um projeto ser completado. - São avaliados com base em sua capacidade para realizar certos tipos de trabalhos em vez de sua habilidade para produzir produtos ou serviços específicos. - Produtos complexos, longo tempo de implementação e são grandes. - Tarefas inter-relacionadas exigindo intensa coordenação. - Uso extensivo de certas aptidões em etapas específicas da sua fabricação. - Fluxo de trabalho redefinido a cada novo projeto. Exemplos: construção de um shopping ou estádio; fabricação de um navio cargueiro. PROCESSO POR PROJETO - Cria a flexibilidade necessária para produzir uma variedade de produtos ou serviços em quantidades significativas. - A customização é elevada e o volume é reduzido mas são menores que no de projetos. - Organiza fundamentalmente todos os recursos similares em torno de si mesmo, em vez de alocá-los a produtos e serviços específicos - Equipamentos e trabalhadores capazes de realizar certos tipos de trabalhos são colocados juntos. - Não requer necessariamente um fluxo de produção em linha. Exemplos: Usinar uma peça de metal para atender a um pedido customizado, fornecer atendimento em sala de emergência, produção de armários customizados. PROCESSO POR TAREFA PROCESSO POR LOTE PROCESSO EM LINHA PROCESSO CONTÍNUO Indústria Passado Indústria Moderna Longo ciclo de vida dos produtos Produtos com ciclo de vida curto e alta taxa de renovação de mix de produtos Pouca diversidade de produtos Alta variedade de produtos Foco no preço, com pouca atenção para a qualidade Consumidores mais exigentes em termos de qualidade; atendimento rápido as exigências. Altos volumes e foco na economia de escala Aumento da oferta de artigos importados e preços altamente competitivos Gestão de Operações Conceito Gestão de Operações: Conjunto das ações de planejamento, gerenciamento e controle das atividades operacionais necessárias à obtenção de produtos e serviços oferecidos ao mercado consumidor. Serviços≠ManufaturaProduto A cada dia está diminuindo a distinção entre manufatura e serviços, uma vez que quase toda a indústria de manufatura inclui serviços ao cliente. Ex: Automóvel – assistênciatécnica O ideal da indústria de manufatura é se aproximar do modelo da indústria de serviços, procurando produzir os produtos à medida que o consumidor faça o pedido. Tanto a indústria manufatureira quanto a de serviços demandam uma gestão de suas operações. Principais modificações das características da indústria ao longo do tempo Indústria Passado Indústria Moderna Longo ciclo de vida dos produtos Produtos com ciclo de vida curto e alta taxa de renovação de mix de produtos Pouca diversidade de produtos Alta variedade de produtos Foco no preço, com pouca atenção para a qualidade Consumidores mais exigentes em termos de qualidade; atendimento rápido as exigências. Altos volumes e foco na economia de escala Aumento da oferta de artigos importados e preços altamente competitivos O planejamento do negócio Também é conhecido como planejamento estratégico – Compreende a definição dos recursos de manufatura e de necessidades de materiais que a empresa necessitará no longo prazo. Auxilia na definição dos investimentos necessários ao processo produtivo, considerando as expectativas de demanda e o ciclo de vida do produto. Detalha: - Quantidade de espaço físico, máquinas, equipamentos, mão-de-obra etc, necessária para executar a produção planejada. -Definir quais peças e componentes serão fabricados internamente e quais serão comprados (terceirizados). - Definição do layout físico(leiaute) dos processos produtivos (definição de localização das fábricas e de distribuição de equipamentos dentro dela). - Definição dos volumes de matéria-prima e componentes que vão ser comprados para atender à produção futura. O planejamento Operacional Compreende as atividades de planejamento de utilização dos recursos de produção e as de planejamento das necessidades de materiais. De curto prazo feito com base na demanda prevista mais imediata ou nos pedidos que já foram feitos pelos clientes. -Indica quando e como dada produto ou componente serão efetivamente produzidos. - É o responsável por definir quando e quanto de matéria-prima e componentes devem ser comprados para atender à produção. - Defini a manutenção ou não de estoques de produtos acabados, de itens sendo processados e de matérias-primas e componentes. - Responsável pelo sistema de controle e reposição de estoques. Controle da Produção Funções de acompanhamento do processo produtivo e de entrega de produtos. - Responsável por garantir que o sistema atenda adequadamente os clientes, permitindo a correção de falhas e desvios nos padrões estabelecidos. - Monitora e avalia a produção, fornecendo feedback para o planejamento operacional. Podendo gerar um novo ciclo de planejmanento. Função de interface entre a produção e o mercado. Relaciona-se estreitamente com a área comercial da empresa. - Previsão de demanda - Administração dos pedidos -Políticas de preços e promoções de produtos, buscando tornar a demanda da empresa mais estável possível. Técnicas de previsão de demanda mais utilizadas: histórico de vendas ou percepções do mercado. A previsão de demanda é vital, pois através dessas informações é que a empresa vai saber como deverá ser planejada sua produção. Gestão da demanda O PCP concentra boa parte das responsabilidades de gestão de uma operação. Tipicamente é o responsável por planejar e controlar a utilização dos recursos de produção. Atua sobre os seguintes recursos: - Instalações físicas - Mão-de-obra - Materiais - Equipamentos - Informações Planejamento e controle de produção (PCP) Atividades a serem executadas pelo PCP. - Planejar a capacidade e analisar a disponibilidade para atender as necessidades do mercado. - Planejar para que os materiais cheguem a tempo e nas quantidades certas para a produção do produto. - Garantir que a utilização das máquinas e equipamentos de produção seja apropriada. - Planejar quantidades e locais adequados e manter o controle sobre estoques de matéria-prima, de itens em processamento e de produtos acabados. - Programar as atividades de produção, de forma que pessoas e equipamentos trabalhem corretamente nas atividades necessárias. - Acompanhar as atividades das pessoas, dos materiais, dos pedidos dos clientes, dos equipamentos e de outros recursos da fábrica. - Comunicar aos clientes e fornecedores sobre as necessidades específicas e administrar relacionamentos de longo prazo. - Atender às necessidades de clientes, informando andamento de produção e repriorizando quando necessário. - Corrigir planejamento quando ocorrer problemas inesperados - Fornecer informações para outras áreas da empresa a respeito das atividades de manufatura e serviços. O tamanho de um PCP e sua abrangência de atuação vai depender diretamente do tamanho da organização Um PCP ineficiente pode levar a um mau atendimento ao cliente, excesso de estoques, falta de mão-de-obra, matérias-primas e componentes, má utilização dos equipamentos e de mão-de-obra, alto índice de obsolescência de materias-primas, componentes e de produtos acabados, atrasos na entrega e alto nível de “apagões de incêndio” no chão de fábrica. BENEFÍCIOS COM UM TRABALHO EFICIENTE DE UM PCP. -Redução de Estoques de matéria-prima - Redução de custos - Aumento de flexibilidade de entrega do produto SISTEMAS PRODUTIVOS E DE SERVIÇOS Arranjo Físico e Layouts de produção Alguns autores conceituam Layout como a parte documental de um arranjo físico, conceito bem pertinente. Quando é necessário estudar/modificar um layout? As decisões do arranjo físico podem ser de nível estratégico, quando se estudam novas fábricas, grandes ampliações ou mudanças radicais no processo de produção, que, naturalmente, envolvem grandes investimentos. Neste caso, geralmente os estudos de arranjo físico são feitos por empresas contratadas, que detém conhecimento altamente especializado sobre o assunto. Decisões desta complexidade não são de responsabilidade do gerente de produção. Nível tático, quando as alterações não são tão representativas, os riscos envolvidos e valores são mais baixos. Geralmente, decisões táticas são tomadas pelo próprio gerente ou diretor industrial da organização. Raras são as mudanças de arranjo físico em nível operacional. Algumas razões para tais decisões se darem em nível decisório mais elevado são: - Geralmente as atividades ligadas ao arranjo físico são demoradas e de alto custo; - Se o arranjo físico já existe e precisa ser alterado, geralmente o processo de produção precisa ser interrompido. É comum fazer as alterações em finais de semana, ou até mesmo em períodos de férias. - A mudança de local de uma máquina, de uma linha de montagem ou do local de um almoxarifado, por exemplo, pode exigir a atividade de muitos profissionais de manutenção, tais como pedreiros, carpinteiros, eletricistas, encanadores, auxiliares etc. - Pode ser preciso utilizar máquinas especiais, como guindastes, tratores etc.; se o arranjo físico não for bem elaborado, as consequências podem ser graves, - Padrões de fluxo excessivamente longos e confusos são causadores de grandes prejuízos, podendo inviabilizar o próprio negócio; - Nas organização do tipo de serviços é fundamental ter em mente que é na loja que ocorre a interface entre a organização e o consumidor. Nenhuma outra variável provoca tanto impacto inicial no consumidor como a loja em si. As decisões sobre a apresentação dos produtos, comunicação visual e sinalização devem despertar o interesse para as compras, buscando transformar cada visita do cliente em uma compra. Necessidade de expansão da capacidade produtiva Elevadocusto operacional Introdução de nova linha de produtos: Melhoria do ambiente de trabalho PRINCÍPIOS BÁSICOS A SEREM OBSERVADOS EM ARRANJOS FÍSICOS Segurança: todos os processos que podem representar perigo para funcionários ou clientes não devem ser acessíveis a pessoas não autorizadas. Saídas de incêndio devem ser claramente sinalizadas e estarem sempre desimpedidas. Economia de movimentos: deve-se procurar minimizar as distâncias percorridas pelos recursos transformados. A extensão do fluxo deve ser a menor possível. Flexibilidade de longo prazo: deve ser possível mudar o arranjo físico, sempre que as necessidades da operação também mudarem. Princípio da progressividade: o arranjo físico deve ter um sentido definido a ser percorrido, devendo-se evitar retornos ou caminhos aleatórios. Uso do espaço: deve-se fazer uso adequado do espaço disponível para a operação levando-se TIPOS BÁSICOS DE ARRANJO FÍSICO A literatura sobre o assunto, invariavelmente, define quatro ou cinco formas de se organizar um arranjo físico produtivo: arranjo por posição fixa ou posicional arranjo por processo ou funcional; arranjo celular; arranjo por produto ou por linha; arranjo misto. ou Linha MARCELO OLIVEIRA 156 Layout Linear Layout celular Há criação de células para atender alguma diferenciação no produto. As máquinas são agrupadas em células e funcionam de uma forma bastante semelhante a uma ilha de layout por processo. O fluxo de materiais e peças tende a ser mais similar a um layout por produto do que a um layout por processo (por isso é considerado uma combinação desses dois tipos de arranjo físico). O layout em células de manufatura baseia-se no trabalho cooperativo ou em um time de pessoas que formam um grupo coeso com relação à produção a realizar. Há muitas vantagens na formação de células, como a qualidade, a produtividade e a motivação. Para a formação das células, devem ser identificadas as famílias de peças que serão processadas e as células serão montadas por família. A família de peças é constituída por peças com características de processamentos similares. Podem ser formadas células para fabricar um produto inteiro ou partes de um produto. A célula de manufatura consiste em arranjar em um só local (a célula) máquinas diferentes que possam fabricar o produto inteiro ou partes dele. O material se desloca dentro da célula buscando os processos necessários. MARCELO OLIVEIRA 159 Layout Celular Máquinas em seqüência dos processos Máquinas geralmente dispostas em “U” Máquinas pequenas e balanceadas Lotes Reduzidos Operadores Multifuncionais Aumento da Produtividade Nível Mínimo de Inventário Mínimização dos deslocamentos facilitando a Multifuncionalidade Melhor resposta às variações de demanda Menor Espaço Fisico CÉLULAS Hibrido ou Misto Mesmo levando em consideração a monotonia da rotina de um trabalho simples e altamente repetitivo, o maior benefício do arranjo físico por linha de produção está, justamente, na divisão do trabalho em tarefas elementares, com curvas de aprendizagem próximas a 100%, ou seja, o tempo de aprendizado da tarefa é insignificante. Uma linha de produção varia em extensão dependendo da quantidade de operações. Geralmente, o comprimento da linha e a quantidade de postos de trabalho são expressivos. Linhas de produção que variam de 30 a 200 funcionários são comuns na indústria. A sequência da realização das tarefas em uma linha de produção é definida e imposta pelo produto a ser fabricado. Balanceamento de linha Balanceamento da linha de produção consiste na atribuição de tarefas às estações de trabalho que formam a linha de forma que todas as estações demandem aproximadamente o mesmo tempo para a execução da tarefa. Isto minimiza o tempo ocioso de mão-de-obra e de equipamentos. Em uma linha de produção, o trabalho flui de uma estação para outra Balanceamento de linha É a atribuição de tarefas às estações de trabalho que formam a linha de modo a alcançar a taxa de produção desejada com o menor número de estações de trabalho. Balanceamento de linha Ler material: SLACK, Nigel et al. Administração da produção. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2009. PÁGINAS 92 – 99 CHIAVENATO, Idalbeto. Administração da produção: uma abordagem introdutória. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005 PÁGINAS 53 -59 Desenvolve-se a área de planejamento e controle da produção Áreas de planejamento, programação e controle de produção Controle de estoque Previsões A Logística ganha impulso – após a II guerra o mundo descobriu que munições, alimentos e outros suprimentos foram disponibilizados de forma eficiente na guerra pela ação da logística. Guerra Logística Ambientes Produtivos Das empresas. Nasce o Just in time Contexto Histórico Mundial -1945 marca o fim da segunda grande guerra mundial - A capacidade produtiva mundial encontrava-se severamente comprometida. - A capacidade de demanda, reprimida por muitos anos durante a guerra, estava vivendo um período de “bolha de consumo” - Mercado comprador - elevada demanda Valorização dos modelos de produção em massa. - Destaque para o VW Beetle (Fusca) Contexto Histórico no Japão - Esforços da indústria e da sociedade no sentido de reconstrução e da retomada da atividade industrial. - Just in time filosofia desenvolvida na Toyota Motor - Milagre industrial japonês que levou o Japão de 1945 arrasado a uma das maiores potências econômicas mundiais 30 anos após. Nasce o Just in time Contexto Histórico no Japão - 15 de agosto de 1945 o Japão perdeu a Guerra, logo em seguida reinício das atividades da Toyota. - Iniciou a produção em 1934, mas em torno de 1940 interrompeu a produção de veículos de passeio para apoiar os esforços de guerra, produzindo apenas caminhões. - Meta “Alcancemos os americanos em 3 anos (em termos de produtividade)”. - Significava multiplicar a produtividade japonesa por oito ou nove vezes. - Conhecer o método ocidental de produção - ???? Será mesmo que o americano é capaz de um esforço físico dez vezes maior que um trabalhador japonês?. A resposta era clara: NÃO. - Então o trabalho deveria recair sobre o desperdício, ou melhor sobre sua eliminação. Surge então a espinha dorsal do Sistema Toyota de produção a eliminação dos desperdícios produtivos. MARCELO OLIVEIRA 171 COM TÉRMINO DA SEGUNDA GERRA MUNDIAL (1945) A visita de um grupo de profissionais da Toyota a uma fábrica americana da Ford (Rouge). Observaram que poderiam melhorar o sistema de produção da Ford, transformando-o em um novo modelo muito mais flexível e perfeitamente aplicável a realidade japonesa. A visita de um grupo de engenheiros e diretores da Toyota a um supermercado americano. A prática de reposição das mercadorias nas prateleiras Aplicação dentro das rotinas produtivas da fábrica. JUST IN TIME MARCELO OLIVEIRA 172 O SURGIMENTO NÃO FOI UM SISTEMA IDEALIZADO A PARTIR DE ESTUDOS ACADÊMICOS, MAS SIM A PARTIR DAS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TOYOTA E POR TODA NAÇÃO JAPONESA. ASPECTOS GEOGRÁFICOS E CULTURAIS POUCO TERRITÓRIO PARA MUITAS PESSOAS ESCASSOS RECURSOS NATURAIS CULTURA JOPONESA AS COISAS DEVEM SER FEITAS A PARTIR DO POUCO SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO - Gestão de operações deixa de ocupar-se apenas de “bens” incorporando “serviços” - Surge a TQM (Total Quality Management) – As empresas ocidentais passaram a perceber que, a qualidade seria condição de permanência nos mercados mundiais. A qualidade ganha peso no universo dos negócios e na produção.-A gestão de operações deixa de preocupar-se com operações isoladas e passa a analisar as “redes de operações”. Passa a ter uma perspectiva mais ampla, trabalham para operações-clientes e há operações-fornecedores que para elas trabalham. - Com a popularização da internet surge a “Gestão de redes de suprimentos”. - Produção com escopo ampliado, incorpora serviços, torna-se estratégico e vai à rede (internet). 174 A partir dos anos 70, a qualidade dos produtos japoneses, principalmente a dos automóveis e a dos televisores, começou a superar a dos produtos norte- americanos. Os consumidores tornaram-se mais exigentes na hora da compra e mais preocupados com o preço e a qualidade dos produtos. (Cierco 2003, p.24) A partir da segunda metade da década de 50, programas de rádio e televisão sobre qualidade eram transmitidos pela rede japonesa de rádio e TV. Em 1962, a JUSE (Japanese Union of Scientists and Engineireers) iniciou atividades de grupo no local de trabalho chamadas de círculos de controle da qualidade (CCQ), que mais tarde tornaram-se internacionalmente conhecidos e praticados. (Carpinetti 2010, p.22) O desempenho da indústria japonesa tornou-se claro exemplo de como a satisfação dos clientes quanto à qualidade do produto poderia ser usada como instrumento de vantagem competitiva. Era preciso vinculara a qualidade com a satisfação dos clientes com o atendimento unicamente as especificações. (Carpinetti 2010, p.23) MARCELO OLIVEIRA 175 O QUE A TOYOTA ESTÁ FAZENDO DE DIFERENTE?????? COM TÉRMINO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1945) A CRISE DO PETRÓLEO (1973 - 79) – Valor do barril 400% maior em 5 meses. O mundo direcionou os olhares para a Toyota. Empresas do mundo inteiro estavam sucumbindo diante da crise, a economia japonesa havia caído para um nível de crescimento zero. Na Toyota, embora os lucros tenham diminuído, havia ganhos maiores do que nas outras empresas, a diferença cada vez maior entre os resultados da Toyota e os das outras companhias troxe a tona uma pergunta: A TOYOTA ESTAVA TRABALHANDO COM O OBJETIVO CLARO DE ELIMINAR AS PERDAS. Venda de veículos 2018 Fonte: consultoria Focus2Mov https://www.noticiasautomotivas.com.br/os-50-carros-mais-vendidos-no-mundo-em-2018/ Confira abaixo os 10 automóveis mais vendidos do mundo em 2018: 1.Toyota Corolla – 1.181.445 unidades 2.Ford Série F – 1.080.757 3.Toyota RAV4 – 873.624 4.Honda Civic – 823.169 5.Volkswagen Tiguan – 791.275 6.Volkswagen Golf – 789.519 7.Honda CR-V – 747.646 8.Volkswagen Polo – 725.463 9.Toyota Camry – 661.383 10.Chevrolet Silverado – 651.090 Busca incessante pela eliminação das PERDAS. O QUE SÃO PERDAS? TIPOS DE PERDAS 1. Perda em Superprodução 2. Perda por Transporte 3. Perda por Processamento 4. Perda por Movimento 5. Perda por Espera 6. Perda com produtos Defeituosos 7. Perda por Estoque S T P M E D E “É tudo aquilo que não acrescenta nenhum valor ao produto” (Moura 1989) + JIT; KANBAN; GQT e inúmeras outras ferramentas de gestão. PRODUÇÃO EMPURRADA (JIC) X PRODUCÃO PUXADA(JIT) JUST IN CASE Produção baseada em previsões de venda (forecasting de vendas). DEMANDA ESTIPULADA JUST IN TIME Produção baseada na necessidade do cliente DEMANDA REAL – origem na observação dos supermercados americanos. Cada processo produz o máximo possível, sem considerar se o processo seguinte(cliente) precisa ou não. Parceria com fornecedores externos e internos Setores trabalhando de maneira isolada Setores trabalhando de maneira conjunta através de um fluxo contínuo. Grandes estoques intermediários Pequenos estoques intermediários (estoque em processo) Pouca preocupação com a qualidade dos produtos, foco no volume Valorização da qualidade através da relação cliente – consumidor Excesso de perdas Busca constante de eliminação das perdas (*) MARCELO OLIVEIRA 179 Perdas por Transporte Relaciona-se a atividades de movimentação de materiais que não agregam valor ao produto fabricado, e torna-se necessária devido a restrições do processo e das instalações. Normalmente em um sistema de produção 45% do Lead Time é consumido com transporte. MARCELO OLIVEIRA 180 Perdas por Processamento São originárias de atividades de processamento desnecessárias à execução do produto final, de acordo com todas as características técnicas especificadas e de qualidade exigidas. MARCELO OLIVEIRA 181 Perdas de Superprodução Diz respeito ao hábito de se produzir antecipadamente à demanda, para o caso de solicitações futuras. Esse tipo de desperdício geralmente é originário de restrições do processo produtivo tais como: Altos tempos de preparação de equipamentos Incerteza da ocorrência de problemas de qualidade e confiabilidade de equipamentos; Falta de coordenação entre as necessidades (demanda) e a produção, em termos de quantidade e momentos; Elevadas distâncias a serem percorridas com o material, em virtude de layout inadequado. A Superprodução é o sinal mais claro da produção empurrada. MARCELO OLIVEIRA 182 Perdas por Movimento Estão associadas aos chamados “movimentos desnecessários” dos trabalhadores enquanto estão executando as operações principais no processo produtivo. Movimento Operadores Estoque MARCELO OLIVEIRA 183 Perdas por Espera Refere-se ao material que está esperando em filas, para ser processado. As filas são formadas buscando garantir altas taxas de utilização das máquinas. Tipos de Perda por Espera: NO PROCESSO; NO LOTE E DO OPERADOR. NO LOTE NO PROCESSO MARCELO OLIVEIRA 184 Perdas com produtos Defeituosos Diz respeito a fabricação de peças e/ou componentes que não condizem com as exigências técnicas e de qualidade do projeto. Significa desperdiçar materiais, disponibilidade de mão-de-obra, disponibilidade de equipamentos, movimentação e armazenagem de materiais defeituosos, inspeção de produtos, entre outros. Em resumo esse tipo de defeito engloba praticamente todos os demais. Essa perda gera perda por retrabalho e outras perdas secundárias. MARCELO OLIVEIRA 185 Perdas por Estoques Os estoques elevados ajudam a ocultar outros desperdícios e ainda, acarretam elevados custos financeiros de manutenção, de espaço e de investimento. É necessário um perfeito dimencionamento e gerencimento dos estoques para o sucesso da Produção Puxada. MARCELO OLIVEIRA 186 Peças fora do padrão Arranjo físico ruim Quebra de máquina Quebra de máquina Setup de máquina demorado Operadore s não preparado s Falha na programação da produção Falta de confiança nos fornecedores Existência de gargalo Retrabalh o N ív e l d e “ e s to q u e ” Perdas por Estoques Perda em Transporte Perda MovimentoPerda Espera Perda Prod. Defeituosos Perda Superprodução Baixa capacidade de processos Perda Processament o Erros de quantidad e Qual das perdas é a mais “perigosa” para uma empresa/processo? RESUMO DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO MARCELO OLIVEIRA 188 Adaptado do manual de treinamento TPS Alpargatas TPS KAIZEN CQZD FLUXO CONTÍNUO KANBAN COMPLETA ELIMINAÇÃO DAS PERDAS TRABALHO EM CÉLULAS PESSOAS As ferramentas de gerenciamento do Sistema Toyota MARCELO OLIVEIRA 189 Então o que é JUST-IN-TIME? É uma técnica de gestão que proporciona a produção no custo efetivo e a entrega apenas das peças necessárias com qualidade, na quantidade certa, no tempo e lugar certos. Moura (1989) Quando e como eu sei omomento e a quantidade certa de produzir um determinado componente ou produto? ATRAVÉS DE UMA FERRAMENTA DE CONTROLE VISUAL CHAMADA KANBAN SISTEMA TOYOTA JUST-IN-TIME KANBAN MARCELO OLIVEIRA 190 KANBAN funciona como dinheiro e as peças como mercadorias, quando um operário necessita de peças vai até a operação anterior e compra apenas o que precisa, dessa forma o inventário flui de acordo com as necessidades, evitando perdas. Moura (1989) “KANBAN é o meio usado para transmitir informação sobre apanhar ou receber a ordem de produção, … é o meio pelo qual o sistema Toyota flui suavemente.” Ohno (1997:46) MARCELO OLIVEIRA 191 OBJETIVOS DO KANBAN Controle e manutenção do fluxo contínuo de produção; Eliminação das perdas; Reposição baseada no consumo demanda; Controle visual do fluxo ao longo da produção. REGRAS DO KANBAN O processo cliente retira do processo fornecedor somente o que for necessário; Produzir apenas a quantidade retirada pelo processo seguinte(cliente); Não mandar produtos defeituosos para o processo seguinte(cliente); O kanban deve ser usado para adaptar a produção à pequenas flutuações de demanda. MARCELO OLIVEIRA 192 Exemplo Kanban MARCELO OLIVEIRA 193 KAIZEN Palavra de origem japonesa significa mudar para melhor sempre(Kai = modificar e Zen = para melhor). Chiavenato (2005) Objetivo: A melhoria contínua de uma atividade, através da eliminação das perdas, de forma a agregar mais valor ao produto/serviço com o mínimo de investimento. De baixo para cima – do chão de fábrica para gerência/direção MARCELO OLIVEIRA 194 Poka-Yoke São dispositivos a prova de falhas, criados para detectar e impedir a progressão de anormalidades nas operações, tendo o baixo custo de implementação como uma das bases. EXEMPLO POKA-YOKE Processo: Caixas eram preenchidas e fechadas automaticamente, posteriormente colocadas em uma esteira transportadora. Problema: Detectar caixas não preenchidas MARCELO OLIVEIRA 195 Poka-yoke – são tipicamente sistemas de fácil implementação e baixo custo. Como identificar se a caixa está vazia ou com produto? MARCELO OLIVEIRA 196 PRODUÇÃO EM CÉLULAS A célula de manufatura consiste em arranjar em um só local máquinas diferentes que possam fabricar o produto inteiro. Martins (2005) - Flexibilidade quanto ao tamanho dos lotes - Elevado nível de qualidade - Família de produtos - Redução da perda por transporte - Responsabilidade da fabricação é centralizada na célula - Elevação na satisfação no trabalho MARCELO OLIVEIRA 197 Layout Linear MARCELO OLIVEIRA 198 Layout Celular MARCELO OLIVEIRA 199 CQZD (Controle da Qualidade Zero Defeitos) É um sistema de inspeção que detecta os problemas na origem, isto é, detecta os erros antes que se transformem em defeitos. Defeito: é um distanciamento das características e exigências de qualidade do produto, saindo do especificado, podendo levar um produto ou serviço a não satisfazer os requisitos pretendidos pelos fabricantes e principalmente pelos clientes.. MARCELO OLIVEIRA 200 Pilares do CQZD Inspeção na fonte: neutralizar os erros na execução da operação e não através da busca de defeitos no produto; Inspeção 100% ao invés de inspeção por amostragem; Informação Imediata: redução do tempo desde a identificação do problema até a sua correção; ANDON
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