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ALERGIA E DOENÇAS ALÉRGICAS

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AULA IX - ALERGIA E DOENÇAS ALÉRGICAS
SLIDE 2
	A base para estudar as alergias são as reações de hipersensibilidade, as quais são divididas de I a IV. A principal diferença básica é a modulação da resposta imune a partir do reagente imune (imunoglobulinas e células T).
	Pode ocorrer um diálogo entre essas reações, a mais comum é a entre tipo I e tipo IV entre as IgE e as células Th2, piorando o quadro da asma e tornando-a crônica, por exemplo.
	Nas reações do tipo I a mediação é por IgE, tendo a presença de uma antígeno solúvel que leva a uma ativação de mastócitos. Nesse contexto, quem tem essa reação de hipersensibilidade pode ter alguma outra condição fora a que ela tem; a exemplo de uma pessoa ter asma e pode desenvolver rinite alérgica.
	O alérgeno é qualquer substância que tem um potencial para desenvolver reações alérgicas.
	A atopia é um processo pelo qual existem indivíduos que vão se tornar sensíveis a determinado alérgeno a partir de parentes que tenham essa alergia. Ou seja, é uma hereditariedade alérgica. O termo será usado em situações diversas.
	Não se consegue entender por que a população mundial está se tornando cada vez mais alérgica.
	A probabilidade de que uma pessoa desenvolva uma reação alérgica sem herdá-la por atopia é baixa (10%).
	O que varia entre as relações de hipersensibilidade?(são elas a I, a II, a III e a IV. Tem ótimas aulas sobre ela no canal Osmosis do youtube – pesquisar Type I hypersensivity e pá, abaixo ele só destaca as principais diferenças).
I: rinite, asma alérgica, eczema atópico, choque anafilático
II e III – IgG: o antígeno pode estar associado à célula ou à matriz ou no receptor de superfície celular. Ocorre em mecanismos de alergia à fármacos. Urticária e doença do soro – durante administração de soro heterólogo (vindo de cavalo)
IV: Os antígenos podem ser solúveis ou podem estar associados à célula.
	Tipo IV envolvendo T citotóxicos (CTL) transplantes.
	Terapia: apresentar os alérgenos em doses pequenas como mecanismo de desenvolver imunorresistência. Ex: camarão. Usualmente, não é preciso grandes quantidades do alérgeno para desenvolver uma resposta alérgica. A dose dada geralmente é de 1mg, depois de uma semana, 2 mg e por aí vai.
	
SLIDE 3 - TIPO I
	As reações de hipersensibilidade tipo I.
	A igE tem uma ampla distribuição pelo nosso corpo, fazendo o reconhecimento em uma ampla variedade de tecidos, fazendo com que tenhamos alergias em vários locais.
	Outra coisa que favorece nesse contexto é a presença do receptor Fc épsilon Receptor (FceRs), os quais vão fazer a ligação com as IgEs e vão iniciar a cascata de reações pós-ligação. O FceRs tipo I estão nos mastócitos, nas células de Langerhans, nos eosinófilos, mastócitos e basófilos; a tipo II vai estar no linfócito B.
	As mais comuns de tipo I são a anafilaxia sistêmica (choque anafilático), a urticária aguda, a rinoconjuntivite sazonal, a asma e a alergia à alimentos.
SLIDE 4
SENSIBILIZAÇÃO MULTIPLICIDADE ALÉRGICA
	Slide que esquematiza uma das vias clássicas de reação de hipersensibilidade que envolve as fezes dos ácaros (vulgo poeira).
	A protease derp1 (DO ÁCARO) é que é reconhecida pelo nosso corpo. Ela tem a habilidade de romper a zônula de oclusão das células, ultrapassando a barreira epitelial. Daí as células dendríticas pegam as derp1 e levam paras os linfonodos e apresentam a uma T virgem que se torna uma Th2, as quais se conectam com células B, tornando-as plasmócitos, e fazem com que elas produzam IgEs. Daí as IgEs específicas para derp1 se ligam cruzadamente com mastócitos, os quais degranulam, causando os sintomas alérgicos.
	Mecanismo de mudança de classe mudar a produção de anticorpos.
	Esse mecanismo também pode participar ativamente das reações de hipersensibilidade. O receptor CD40 é importante para essa indução de troca de classe. Defeitos nele levam à síndrome de Hiper IgM, com altos níveis de IgM e baixos de A e E.
SLIDE 5	
	A interação entre células dendríticas / mastócitos pode ocorrer no local da reação alérgica? Sim, às vezes as reações alérgicas podem acontecer diretamente no tecido exposto e não passar pelo tecido linfático. Entretanto, pode exisir a presença do centro germinativo (CG), o qual pode dar suporte a uma resposta imune autossustentada. 
	A ideia de uma resposta alérgica é que a gente a elabore, ela resolva o problema e depois cesse.
	Entretanto, caso haja a presença do CG, eles podem tornar a resposta alérgica autossutentada no local da resposta. Os ilustrados tem linfócitos B que estão sempre secretando IgE e fazendo um ciclo sem fim, portanto tornando a reação autossustentada.
SLIDE 6
A apresentação de alérgenos geralmente ocorre em baixas doses e já causam uma reação de hipersensibilidade. As vezes só o cheiro já desencadeia. A apresentação de baixas doses favorece a ativação de Th2.
	Algumas abordagens terapêuticas envolvem a administração de inibidores de proteases, como inibidores da derp1.
	Além disso, existe uma susceptibilidade genética em certos cromossomos para o desenvolvimento de algumas doenças. Asma, dermatite atópica, psoríase, doenças autoimunes. Pode haver sobreposição desses loci gênicos: o mesmo gene que dá susceptibilidade pra um, dá pra outro. Isso explica muitas vezes porque uma pessoa é alérgica pra um composto e porque ela tem potencial para desenvolver alergia para outras coisas.
SLIDE 7
FATORES AMBIENTAIS
	É um fator de elevada importância para o desenvolvimento de reações alérgicas. A estimativa é que eles tenham uma parte de 50% para determinar se uma pessoa vai desenvolver ou não. Ou seja, 50 50 HERANÇA GENÉTICA E FATORES AMBIENTAIS.
	São eles exposição contínua, etc.
	Hipótese da higiene: a apresentação a diversos alérgenos conferiria uma determinada resistência posterior a agentes alérgenos. Deixa o guri brincar ai no chão. A maior desvantagem foi a forte correlação inversa entre a infecção por helmintos e o desenvolvimento de doenças alérgicas. Usualmente, infestações por esses helmintos favorecem o desenvolvimento de doenças alérgicas, e não ao contrário.
	A hipótese alternativa é a da regulação contrária: afirma que a exposição precoce a diversos alérgenos vai favorecer a imunorresistência do indivíduo pela participação de reguladores e sinalizadores como IL-10, TGF-B, TH1 E TH2. Ou seja, são esses reguladores que vão impedir que a pessoa tenha alergias futuras. 
	Se houver alta susceptibilidade, tornar-se-á atópico; se for baixa, não será atópico. Se o indivíduo viver num ambiente altamente higiênico, será mais suscetível para desenvolver alergias; se ele viver num ambiente não higiênico, será menos suscetível. Esse mecanismo é discutido entre populações de países mais desenvolvidos e subdesenvolvidos.

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