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AN02FREV001/REV 4.0 1 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO FISIOTERAPEUTA Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 2 CURSO DE CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO FISIOTERAPEUTA Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 3 SUMÁRIO 1 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO FISIOTERAPEUTA 1.1 O CONCEITO DE ÉTICA E MORAL 1.2 O CÓDIGO DE ÉTICA PROPRIAMENTE DITO 2 IMPLANTAÇÃO DE UM SERVIÇO DE FISIOTERAPIA 2.1 FORMAS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO FISIOTERAPEUTA 2.2 O SERVIÇO DE FISIOTERAPIA 2.3 RESPONSABILIDADE TÉCNICA DO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA 2.4 O AMBIENTE FÍSICO DO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA 2.5 EQUIPAMENTOS A SEREM UTILIZADOS NO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA 3 ESPECIALIDADES FISIOTERAPÊUTICAS 4 MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA GLOSSÁRIO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AN02FREV001/REV 4.0 4 1 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO FISIOTERAPEUTA 1.1 O CONCEITO DE ÉTICA E MORAL Os termos ética e moral, ainda que empregados como sinônimos, não apresentam total equivalência: O termo moral tem sua origem do latim, que vem de "mores". Diz respeito ao conjunto de normas, preceitos e regras de conduta e estão atreladas à sociedade em questão, considerando seus aspectos religiosos, políticos e econômicos. A existência da moral não pressupõe a presença da ética. Ética vem do grego "ethos" que significa modo de ser. É definida como um conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros na sociedade em que vive, garantindo, igualmente, o bem-estar social, ou seja, é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social. Nessa perspectiva, a ética requer que os seres humanos sejam tratados como fim da ação e não como meio para solucionar interesses. Pode ser entendida como um mecanismo de regulação das relações sociais, que tem por objetivo garantir a coesão social e harmonizar os interesses individuais e coletivos. 1.2 O CÓDIGO DE ÉTICA PROPRIAMENTE DITO Com base na lei de número 6.316 de 17 de dezembro de 1975 e após reunião realizada em 01 e 02 de julho de 1978, a presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e terapia Ocupacional (COFFITO), no exercício de suas atribuições, estabelece e aprova o código de ética profissional do Fisioterapeuta. AN02FREV001/REV 4.0 5 Das responsabilidades fundamentais: Art. 1º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional prestam assistência ao homem, participando da promoção, tratamento e recuperação de sua saúde. Art. 2º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional zelam pela provisão e manutenção de adequada assistência ao cliente. Art. 3º. A responsabilidade do fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional, por erro cometido em sua atuação profissional, não é diminuída, mesmo quando cometido o erro na coletividade de uma instituição ou de uma equipe. Art. 4º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional avaliam sua competência e somente aceitam atribuição ou assumem encargo, quando capazes de desempenho seguro para o cliente. Art. 5º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional atualizam e aperfeiçoam seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais em benefício do cliente e do desenvolvimento de suas profissões. Art. 6º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional são responsáveis pelo desempenho técnico do pessoal sob sua direção, coordenação, supervisão e orientação. AN02FREV001/REV 4.0 6 Do exercício profissional Art. 7º. São deveres do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional nas respectivas áreas de atuação: I - exercer sua atividade com zelo, probidade e decoro e obedecer aos preceitos da ética profissional, da moral, do civismo e das leis em vigor, preservando a honra, o prestígio e as tradições de suas profissões; II - respeitar a vida humana desde a concepção até a morte, jamais cooperando em ato em que voluntariamente se atente contra ela, ou que coloque em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; III - prestar assistência ao indivíduo, respeitados a dignidade e os direitos da pessoa humana, independentemente de qualquer consideração relativa à etnia, nacionalidade, credo político, religião, sexo e condições socioeconômica e cultural e de modo a que a prioridade no atendimento obedeça exclusivamente a razões de urgência; IV - utilizar todos os conhecimentos técnicos e científicos a seu alcance para prevenir ou minorar o sofrimento do ser humano e evitar o seu extermínio; V - respeitar o natural pudor e a intimidade do cliente; VI - respeitar o direito do cliente de decidir sobre sua pessoa e seu bem estar; VII - informar ao cliente quanto ao diagnóstico e prognóstico fisioterápico e/ou terapêutico ocupacional e objetivos do tratamento, salvo quando tais informações possam causar-lhe dano; AN02FREV001/REV 4.0 7 VIII - manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional e exigir o mesmo comportamento do pessoal sob sua direção; IX - colocar seus serviços profissionais à disposição da comunidade em caso de guerra catástrofe, epidemia ou grave crise social, sem pleitear vantagem pessoal; X - assumir seu papel na determinação de padrões desejáveis do ensino e do exercício da fisioterapia e/ou terapia ocupacional; XI - oferecer ou divulgar seus serviços profissionais de forma compatível com a dignidade da profissão e a leal concorrência; e XII - cumprir e fazer cumprir os preceitos contidos neste Código e levar ao conhecimento do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional o ato atentatório a qualquer de seus dispositivos. Art. 8º. É proibido ao fisioterapeuta e ao terapeuta ocupacional, nas respectivas áreas de atuação: I - negar assistência, em caso de indubitável urgência; II - abandonar o cliente em meio a tratamento, sem a garantia de continuidade de assistência, salvo por motivo relevante; III - concorrer, de qualquer modo, para que outrem exerça ilegalmente atividade privativa do fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional; IV - prescrever medicamento ou praticar ato cirúrgico; V - recomendar, prescrever e executar tratamento ou nele colaborar, quando: a) desnecessário; AN02FREV001/REV 4.0 8 b) proibido por lei ou pela ética profissional; c) atentatório à moral ou à saúde do cliente; e d) praticado sem o consentimento do cliente ou de seu representante legal ou responsável, quando se tratar de menor ou incapaz; VI - promover ou participar de atividade de ensino ou pesquisa que envolva menor ou incapaz, sem observância às disposições legais pertinentes; VII - promover ou participar de atividade de ensino ou pesquisa em que direito inalienável do homem seja desrespeitado, ou acarrete risco de vida ou dano a sua saúde; VIII - emprestar, mesmo a título gratuito, seu nome, fora do âmbito profissional para propaganda de medicamento ou outro produto farmacêutico, tratamento, instrumental ou equipamento, ou publicidade de empresa industrial ou comercial com atuação na industrialização ou comercialização dos mesmos; IX - permitir, mesmo a título gratuito, que seu nome conste do quadro de pessoal de hospital, casa de saúde, ambulatório, consultório, clínica, policlínica, escola, curso, empresabalneária hidromineral, entidade desportiva ou qualquer outra empresa ou estabelecimento congênere, similar ou análogo, sem nele exercer as atividades de fisioterapia e/ou terapia ocupacional pressupostas; X - receber, de pessoa física ou jurídica, comissão, remuneração, benefício ou vantagem que não corresponde a serviço efetivamente prestado; XI - exigir, de instituição ou cliente, outras vantagens, além do que lhe é devido em razão de contrato, honorários ou exercício de cargo, função ou emprego; XII - trabalhar em empresa não registrada no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da região; AN02FREV001/REV 4.0 9 XIII - trabalhar em entidade, ou com ela colaborar onde não lhe seja assegurada autonomia profissional, ou sejam desrespeitados princípios éticos, ou inexistam condições que garantam adequada assistência ao cliente e proteção a sua intimidade; XIV - delegar suas atribuições, salvo por motivo relevante; XV - permitir que trabalho que executou seja assinado por outro profissional, bem como assinar trabalho que não executou, ou do qual não tenha participado; XVI - angariar ou captar serviço ou cliente, com ou sem a intervenção de terceiro, utilizando recurso incompatível com a dignidade da profissão ou que implique em concorrência desleal; XVII - receber de colega e/ou de outro profissional, ou a ele pagar, remuneração a qualquer título, em razão de encaminhamento de cliente; XVIII - anunciar cura ou emprego de terapia infalível ou secreta; XIX - usar título que não possua; XX - dar consulta ou prescrever tratamento por meio de correspondência, jornal, revista, rádio, televisão ou telefone; XXI - divulgar na imprensa leiga declaração, atestado ou carta de agradecimento, ou permitir sua divulgação, em razão de serviço profissional prestado; XXII - desviar, para clínica particular, cliente que tenha atendido em razão do exercício de cargo, função ou emprego; XXIII - desviar, para si ou para outrem, cliente de colega; AN02FREV001/REV 4.0 10 XXIV - atender a cliente que saiba estar em tratamento com colega, ressalvadas as seguintes hipóteses: a) a pedido do colega; b) em caso de indubitável urgência; e c) no próprio consultório, quando procurado espontaneamente pelo cliente; XXV - recusar seus serviços profissionais a colega que deles necessite, salvo quando motivo relevante justifique o procedimento; XXVI - divulgar terapia ou descoberta cuja eficácia não seja publicamente reconhecida pelos organismos profissionais competentes; XXVII - deixar de atender a convite ou intimação de Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional para depor em processo ou sindicância ético-profissional; XXVIII - prescrever tratamento sem examinar diretamente o cliente, exceto em caso de indubitável urgência ou impossibilidade absoluta de realizar o exame; e XXIX - inserir em anúncio profissional fotografia, nome, iniciais de nomes, endereço ou qualquer outra referência que possibilite a identificação de cliente. Art. 9º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional fazem o diagnóstico fisioterápico e/ou terapêutico ocupacional e elaboram o programa de tratamento. Art. 10º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional reprovam quem infringe postulado ético ou dispositivo legal e representam à chefia imediata e à instituição, quando for o caso, em seguida, se necessário, ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Art. 11º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional protegem o cliente e a instituição em que trabalham contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da equipe de saúde, advertindo o profissional faltoso e, quando não atendidos, representam à chefia imediata e, se AN02FREV001/REV 4.0 11 necessário, à da instituição, e em seguida ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, a fim de que sejam tomadas medidas, conforme o caso, para salvaguardar a saúde, o conforto e a intimidade do cliente ou a reputação profissional dos membros da equipe de saúde. Art. 12º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional comunicam ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional recusa ou demissão de cargo, função ou emprego, motivada pela necessidade de preservar os legítimos interesses de suas profissões. Art. 13º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional, à vista de parecer diagnóstico recebido e após buscar as informações complementares que julgar convenientes, avaliam e decidem quanto à necessidade de submeter o cliente à fisioterapia e/ou terapia ocupacional, mesmo quando o tratamento é solicitado por outro profissional. Art. 14º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional zelam para que o prontuário do cliente permaneça fora do alcance de estranhos à equipe de saúde da instituição, salvo quando outra conduta seja expressamente recomendada pela direção da instituição. Art. 15º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional zelam pelo cumprimento das exigências legais pertinentes a substâncias entorpecentes e outras de efeitos análogos, determinantes de dependência física ou psíquica. Art. 16º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional são pontuais no cumprimento das obrigações pecuniárias inerentes ao exercício das respectivas profissões. AN02FREV001/REV 4.0 12 Do fisioterapeuta perante as entidades de classe; Art. 17º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional, por sua atuação nos órgãos das respectivas classes, participam da determinação de condições justas de trabalho e/ou aprimoramento cultural para todos os colegas. At. 18º. É dever do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional: I - pertencer, no mínimo, a uma entidade associativa da respectiva classe, de caráter cultural e/ou sindical, da jurisdição onde exerce sua atividade profissional; e II - apoiar as iniciativas que visam o aprimoramento cultural e a defesa dos legítimos interesses da respectiva classe. Do Fisioterapeuta perante aos colegas e demais profissionais de saúde Art. 19º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional tratam os colegas e outros profissionais com respeito e urbanidade, não prescindindo de igual tratamento e de suas prerrogativas. Art. 20º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional desempenham com exação sua parte no trabalho em equipe. Art. 21º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional participam de programas de assistência à comunidade, em âmbito nacional e internacional. Art. 22º. O fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional chamado a uma conferência, com colegas e/ou outros profissionais, é respeitoso e cordial para com os participantes, evitando qualquer referência que possa ofender a reputação moral e científica de qualquer deles. AN02FREV001/REV 4.0 13 Art. 23º. O fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional solicitado para cooperar em diagnóstico ou orientar em tratamento considera o cliente como permanecendo sob os cuidados do solicitante. Art. 24º. O fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional que solicita, para cliente sob sua assistência, os serviços especializados de colega, não indica a este a conduta profissional a observar. Art. 25º. O fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional que recebe cliente confiado por colega, em razão de impedimento eventual deste, reencaminha o cliente ao colega uma vez cessado o impedimento. Art. 26º. É proibido ao fisioterapeuta e ao terapeuta ocupacional: I - prestar ao cliente assistência que, por sua natureza, incumbe a outro profissional; II - concorrer, ainda que a título de solidariedade, para que colega pratique crime, contravenção penal ou ato que infrinja postulado ético-profissional; III - pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega, bem como praticar ato que importe em concorrência deslealou acarrete dano ao desempenho profissional de colega; IV - aceitar, sem anuência do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, cargo, função ou emprego vago pela razão prevista no art. 12; e V - criticar, depreciativamente, colega ou outro membro da equipe de saúde, a entidade onde exerce a profissão, ou outra instituição de assistência à saúde. Dos honorários profissionais Art. 27º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional têm direito a justa remuneração por seus serviços profissionais. Art. 28º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional, na fixação de seus honorários, consideram como parâmetros básicos: AN02FREV001/REV 4.0 14 I - condições socioeconômicas da região; II - condições em que a assistência foi prestada: hora, local, distância, urgência e meio de transporte utilizado; III - natureza da assistência prestada e tempo despendido; e IV - complexidade do caso. Art. 29º. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional podem deixar de pleitear honorários por assistência prestada a: I - ascendente, descendente, colateral, afim ou pessoa que viva sob sua dependência econômica; II - colega ou pessoa que viva sob a dependência econômica deste, ressalvado o recebimento do valor do material porventura despendido na prestação de assistência; III - pessoa reconhecidamente carente de recursos; e IV - instituição de finalidade filantrópica, reconhecida como de utilidade pública que, a critério do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, não tenha condição de remunerá-lo adequadamente e cujos dirigentes não percebam remuneração ou outra vantagem, a qualquer título. Art. 30º. É proibido ao fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional prestar assistência profissional gratuita ou a preço ínfimo, ressalvado o disposto no art. 29, e encaminhar a serviço gratuito de instituição assistencial ou hospitalar, cliente possuidor de recursos para remunerar o tratamento, quando disso tenha conhecimento. Art. 31º. É proibido ao fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional afixar tabela de honorários fora do recinto de seu consultório ou clínica, ou promover sua divulgação de forma incompatível com a dignidade da profissão ou que implique em concorrência desleal. AN02FREV001/REV 4.0 15 2 IMPLANTAÇÃO DE UM SERVIÇO DE FISIOTERAPIA 2.1 FORMAS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO FISIOTERAPEUTA Algumas são as formas que o profissional Fisioterapeuta pode atuar, levando em conta os aspectos legais: • Autônomo; • Sociedade Simples; • Sociedade Limitada. - Autônomo O profissional autônomo é a pessoa física que presta serviços de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego, a qual depende, para ser caracterizada, dos seguintes pressupostos: a) pessoalidade da contratação; b) não eventualidade da prestação de serviços; c) subordinação hierárquica; e d) serviço prestado mediante pagamento de salário. De acordo com o código civil brasileiro autônomo é o sujeito que atua por conta própria (sem sócio) como profissional liberal (fisioterapeuta, advogado, dentista, médico, veterinário, engenheiro, arquiteto) e vendem serviços de natureza intelectual, cientifica literária ou artística, independentemente da participação de auxiliares ou colaboradores. O profissional que atua como autônomo, de maneira individual, tem preservada sua autonomia na tomada de decisões relacionadas ao negócio, sem haver a necessidade da apreciação ou parecer de um sócio. Entretanto, assume também responsabilidades ilimitadas perante credores, possíveis empregados ou órgãos governamentais. AN02FREV001/REV 4.0 16 - Sociedade Simples As sociedades simples foram introduzidas pelo novo Código Civil em substituição às sociedades civis, abrangendo as sociedades que não exercem atividade própria de empresário sujeito a registro; ou seja, atividades não empresariais ou atividades rurais. Trata-se da reunião de duas ou mais pessoas (que, caso atuassem individualmente seriam consideradas autônomas), que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Características: a) pessoalidade na administração da sociedade e no exercício da atividade; b) registro em cartório; c) mais comum em pequenos negócios. Quando duas ou mais pessoas se juntam para criar uma - Sociedade Limitada empresa, formando uma sociedade, por meio de um contrato social, onde constará seus atos constitutivos, forma de operação, as normas da empresa e o capital social. As sociedades limitadas são aquelas cujo capital social é representado por quotas e a responsabilidade dos sócios no investimento é limitada ao montante do capital social investido. Características: a) impessoalidade na administração da sociedade e no exercício da atividade; b) registro na junta comercial; c) mais comum em grandes negócios. http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa� http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade� http://pt.wikipedia.org/wiki/Contrato_social� http://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_social� http://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_social� http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3cio� AN02FREV001/REV 4.0 17 2.2 O SERVIÇO DE FISIOTERAPIA Tanto na Fisioterapia quanto em qualquer área de atuação, montar um negócio não é uma tarefa simples. São muitas as atividades a serem executadas pelo empreendedor e sua eventual equipe. No entanto, não é algo que não possa ser conduzido por alguém que tenha boa vontade aliada ao bom senso. Algumas questões devem ser levantadas quando se pretende abrir uma clínica ou consultório de fisioterapia, a saber: a) Onde será localizada sua Clínica ou consultório de Fisioterapia? b) Qual será o tipo de serviço que você irá ofertar? Ou seja, em qual (is) área(s) de atuação deseja trabalhar? c) Qual a área destinada à implantação e funcionamento do serviço? d) Qual será o investimento inicial? e) Como conseguir e manter clientes na quantidade necessária? f) Como será seu posicionamento no mercado perante os clientes, concorrente e fornecedores? g) Como será a operação da Clínica ou consultório de Fisioterapia de maneira a satisfazer e surpreender os clientes? h) Como será sua equipe de funcionários? i) Como será seu formato de gestão? (Isto inclui fixar metas, elaborar planejamento para realizá-las, apurar resultados, obter a colaboração da equipe de funcionários e desenvolver capacidade para aproveitar as oportunidades). j) Este negócio tem relação com seu perfil profissional? AN02FREV001/REV 4.0 18 2.3 RESPONSABILIDADE TÉCNICA DO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA A responsabilidade técnica foi adotada pelos Conselhos de Classe das áreas da saúde como um instrumento de fiscalização e controle de qualidade das instituições que prestam assistência médica. É um conceito amparado em lei, e por esta razão é imposta à instituição que presta assistência à saúde, exigindo que a mesma seja representada por um profissional devidamente habilitado e registrado no conselho de classe. O responsável técnico responde legalmente pela instituição e deve ser indicado pela mesma, sendo escolha administrativa, sem a participação do corpo clínico. De acordo com a Resolução 139 de 28 de novembro de 1992, o conselho Federal de Fisioterapia (COFFITO) dispõe sobre as atribuições do exercício da responsabilidade técnica nos campos assistenciais da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional e dá outras providências: CONSIDERANDO que entre outras atribuições privativas nos campos da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, compete ao Fisioterapeuta e/ou Terapeuta Ocupacional, conforme o tipo de assistência, dirigir ou assessorar tecnicamente serviços próprios destes tipos de assistência,em instituições públicas ou privadas, de qualquer natureza, sob qualquer título; CONSIDERANDO que o exercício da responsabilidade técnica exigida para os serviços de Fisioterapia e/ou Terapia Ocupacional, isolados ou alocados em clínicas, hospitais ou instituições outras, devem garantir que as práticas terapêuticas oferecidas a terceiros o sejam, dentro de critérios éticos e científicos válidos. CONSIDERANDO que o responsável técnico tem obrigação de garantir a clientela, em seu respectivo campo de intervenção ético e científico, uma prática assistencial de validade científica comprovada, coerente com cada caso apresentado. AN02FREV001/REV 4.0 19 CONSIDERANDO o preceituado no código de ética profissional, é proibido ao Fisioterapeuta e ao Terapeuta Ocupacional, em suas respectivas áreas de intervenção, permitir o uso de seu nome por consultórios, clínicas, hospitais ou instituições outras, sem que neles compareça, exercendo com plena autonomia e responsabilidade, as atividades próprias da Fisioterapia e/ou Terapia Ocupacional, conforme o disposto nas Resoluções COFFITO-8, COFFITO-80 e COFFITO-81, ficando o infrator sujeito as penalidades cabíveis inclusive, sob a ótica ético- disciplinar. CONSIDERANDO que a ausência do profissional, durante os horários de atendimento, violenta o sentido da responsabilidade assumida perante a clientela, é o mesmo passível de punibilidade pecuniária por desídia, omissão ou conivência, independente do aspecto ético-disciplinar. CONSIDERANDO ser o responsável técnico, o legitimador ético e legal necessário para que consultórios, clínicas, hospitais e instituições outras, possam oferecer a comunidade, as práticas assistenciais da Fisioterapia e/ou da Terapia Ocupacional assim como, obter o necessário registro no Conselho Regional da jurisdição (CREFITO), resolve: Art. 1º. A responsabilidade técnica pelas atividades profissionais, próprias da Fisioterapia e/ou da Terapia Ocupacional, desempenhadas em todos os seus graus de complexidade, em consultórios, clínicas, casas de saúde, hospitais, empresas e outras entidades, constituída ou que venha a ser constituída, no todo ou em parte, individualmente, em sociedade ou condomínio, inominadamente ou sob qualquer designação ou razão social, com finalidade lucrativa ou não, privada ou governamental, que ofereçam a população assistência terapêutica que inclua em seus serviços diagnose fisioterapêutica e/ou terapêutica ocupacional, prescrição, programação e indução dos métodos e/ou das técnicas próprias daquelas assistenciais, só poderá ser exercida, com exclusividade e autonomia, por profissional Fisioterapeuta e/ou Terapeuta Ocupacional, de acordo com tipo de assistência oferecida, com registro no Conselho Regional da Jurisdição, em que esteja localizada a prestadora dos serviços. AN02FREV001/REV 4.0 20 Parágrafo Único - A responsabilidade técnica somente poderá ser exercida por Fisioterapeuta e/ou Terapeuta Ocupacional em no máximo 2 (dois) serviços, devendo o CREFITO da jurisdição manter controle próprio, através de livro, ficha ou sistema informatizado. Art. 2º. O responsável técnico responderá perante o CREFITO, por ato de administração do agente empregador, que corroborar ou não denunciar e que concorra, de qualquer forma, para: I - Lesão dos direitos da clientela. II - Exercício ilegal da profissão de Fisioterapeuta ou da profissão de Terapeuta Ocupacional. III - Não acatamento as disposições desta, de outras resoluções do COFFITO bem como, às leis e outras normas emanadas dos CREFITOS. Art. 3º. É atribuição do responsável técnico, garantir que durante os horários de atendimento à clientela, estejam em atividades no serviço, profissionais Fisioterapeutas e/ou Terapeutas Ocupacionais, em número compatível com a natureza da atenção a ser prestada. Art. 4º. A responsabilidade técnica cessa pelo cancelamento, o qual é processado pelo CREFITO, quando: I - Solicitado, por escrito, pelo profissional ou pela empresa; ou II - cancelada a inscrição do profissional ou registro da empresa; ou III - Ocorrido o impedimento do profissional para o exercício da profissão; ou IV - Transferida a residência do profissional, com ânimo definitivo, para local que, a juízo do CREFITO, impossibilite ao mesmo o exercício da função; ou AN02FREV001/REV 4.0 21 V - Deixar o profissional de cumprir, no prazo devido sua obrigação pecuniária junto ao CREFITO. Art. 5º. A empresa, órgão, entidade ou instituição, deverá substituir o responsável técnico, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, contados a partir da cessação da responsabilidade técnica anterior, estando impedido de oferecer estas práticas assistenciais se, no período não constar com a presença do Fisioterapeuta e/ou do Terapeuta Ocupacional, de acordo com a assistência proposta. Art. 6º. Ao profissional responsável técnico, que por desídia, omissão ou conivência, descumprir o preceituado no Art. 1º., Art. 2º. e seus incisos, Art. 3º. e Art. 7º. e seus incisos desta resolução, será aplicada uma multa no valor correspondente a 2 (duas) anuidades vigentes, na data da emissão da notificação para recolhimento de multa. Parágrafo Único - Na reincidência, a multa será em dobro, ficando o profissional impedido de assumir responsabilidade técnica, independente de instauração de processo ético-disciplinar. Art. 7º. É atribuição do profissional responsável técnico, observar que os estágios curriculares, sempre que oferecidos, o sejam de acordo com a Lei n.º 6.494/77, seguindo os seguintes critérios: I - Só poderá ser realizado, com a interveniência, obrigatória, da Instituição de Ensino Superior. II - Só poderá ocorrer a partir do 6º período da graduação, por ser parte do ciclo de matérias profissionalizantes, consoante com a Resolução CFE n.º 04/83. III. Só poderá alcançar uma relação máxima de 1 (um) preceptor para 3 (três) acadêmicos. IV - A preceptoria de estágio curricular, nos campos assistenciais da Fisioterapia e/ou da Terapia Ocupacional, só poderá ser exercida, com AN02FREV001/REV 4.0 22 exclusividade, por profissional Fisioterapeuta e/ou Terapeuta Ocupacional, conforme a área em que o mesmo ocorra. 2.4 O AMBIENTE FÍSICO DO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA Independentemente do tipo de serviço de Fisioterapia (consultório ou clínica), o ambiente físico deverá manter condições de ordem e higiene, inclusive no que tange ao pessoal e material. O Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde estabelece, entre outras coisas, as instalações mínimas necessárias para o funcionamento de uma Clínica de Fisioterapia, que são: 1- sanitários para funcionários, separados por sexo; 2 - vestiários com armários individuais (quando for necessária troca de roupas dos funcionários e/ou pacientes); 3 - lavatórios exclusivos e em posição estratégica para que os funcionários façam a higienização das mãos; 4 - sanitários para público (pacientes), separados por sexo; 5 - todas as áreas e instalações deverão estar revestidas de material liso, impermeável, de cores claras e fácil higienização (pisos, paredes, forros, tetos, portas e janelas); 6 - ambiente com iluminação uniforme e boa ventilação. Quanto à circulação interna o espaço deverá possibilitar o fluxo de trânsito em ambos os sentidos, além de permitir a possível transferência de equipamentos e a passagem de cadeiras de rodas. Deverá haver boxes individuais para atendimentos que necessitem de privacidade na intervenção. Além disso, os mesmos deverão ser montados de maneira que possibilitem o deslocamento total do terapeuta e do paciente em torno da maca de atendimento. Por se tratar de um serviço que se caracteriza pela busca da reabilitação física, o serviço de fisioterapia deverá ser montado em nível térreo. Noentanto, se AN02FREV001/REV 4.0 23 houver a necessidade de rampas de acesso, as mesmas deverão ser compostas com corrimões laterais de até sessenta graus de inclinação e revestidas por material antiderrapante. O acesso ao serviço de fisioterapia, montados em consultórios, em salas de prédios deverá ocorrer por meio de elevadores, não sendo correto o uso de escadas. 2.5 EQUIPAMENTOS A SEREM UTILIZADOS NO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA De acordo com o ministério da Saúde (Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA), equipamentos médico-hospitalares são um conjunto de aparelhos, máquinas e acessórios que compõem uma unidade assistencial em que são desenvolvidas ações de diagnose e terapia, atividades de apoio, de infraestrutura e gerais. Tais equipamentos são divididos em: • Equipamentos médico–assistenciais; • Equipamentos de apoio; • Equipamentos de infraestrutura; • Equipamentos gerais. Equipamento médico-assistencial: equipamento ou sistema, inclusive seus acessórios e partes, de uso ou aplicação médica, odontológica ou laboratorial, utilizado direta ou indiretamente para diagnóstico, terapia e monitoração na assistência à saúde da população, e que não utiliza meio farmacológico, imunológico ou metabólico para realizar sua principal função em seres humanos, podendo, entretanto ser auxiliado em suas funções por tais meios; Equipamento de apoio: equipamento ou sistema, inclusive acessório e periférico que compõe uma unidade funcional, com características de apoio à área assistencial. Equipamento de infraestrutura: equipamento ou sistema, inclusive acessório e periférico que compõe as instalações elétrica, eletrônica, hidráulica, fluido- mecânica ou de climatização, de circulação vertical destinadas a dar suporte ao funcionamento adequado das unidades assistenciais e aos setores de apoio; AN02FREV001/REV 4.0 24 Equipamentos gerais: conjunto de móveis e utensílios com características de uso geral, e não específico, da área hospitalar. São considerados equipamentos gerais: mobiliário, máquinas de escritório, sistema de processamento de dados, sistema de telefonia, sistema de prevenção contra incêndio, dentre outros; No serviço de Fisioterapia, os equipamentos comumente utilizados são qualificados como equipamentos médico-assistenciais. No entanto, de acordo com o Ministério da saúde (1994), os equipamentos podem ser classificados com base na sua importância para o tipo de assistência que o serviço oferece: * Equipamentos classe A – indispensáveis: nessa classificação estão os equipamentos sem os quais o serviço não pode ser desenvolvido e funcionar. Ou seja, sem os mesmos o centro de atendimento fisioterapêutico não pode prestar serviço à clientela. Como exemplo, podemos citar: - Ondas Curtas; - Ultrassom; - TENS/FES; - Corrente Galvano-farádica; - Bolas Bobath; - Jogo de Halteres; - Bicicleta Ergométrica; - Barras paralelas; - Tábua de quadríceps. * Equipamentos classe B - necessários: essa classificação inclui os equipamentos relacionados com a prestação do atendimento fisioterapêutico, sem os quais o atendimento seria dificultado, mas passível de ser executado. Como exemplo, podemos citar: - Massageador terapêutico; - Escada de dois degraus; - Mesa para exercícios manuais; - Mesa para avaliação – exame muscular; - Cadeira de rodas; - Par de muletas canadenses. AN02FREV001/REV 4.0 25 * Equipamento classe C a) – recomendável: nessa classificação encontram-se os equipamentos sem os quais o serviço pode ser prestado. Porém, sem as condições ideais para o paciente e o fisioterapeuta no que se refere a conforto e facilidade. Como exemplo, podemos citar: - Tatame; - Cadeiras; - Cesto para papel. Ainda o Ministério da Saúde (1994), aponta os seguintes equipamentos médico-assistenciais para fisioterapia: a) Equipamentos de Termoterapia; b) Equipamentos de Mecanoterapia; c) Equipamentos de Eletroterapia; d) Equipamentos de Hidroterapia. Terapia com calor ou frio. É a aplicação terapêutica de substâncias específicas ao corpo que resultam em aumento ou diminuição da temperatura dos tecidos. Equipamentos de Termoterapia (superficial e Profunda) • Aparelho de Infravermelho (superficial); Exemplos: • Aparelho de Ultravioleta (superficial); • Aparelho de Ondas Curtas (profundo); • Aparelho de Ultra-Som (profundo); • Aparelho de Micro-ondas; • Bolsa de Gel - para calor (superficial); • Bolsa de Gel – para gelo (superficial). AN02FREV001/REV 4.0 26 b) Equipamentos de Mecanoterapia É o uso de aparelhos mecânicos durante uma sessão de terapia com o objetivo de aumentar ou melhorar a condição física. Ou, o uso de aparelhos mecânicos no processo de reabilitação. • Bicicleta Ergométrica; Exemplos: • Jogo de Halteres; • Polias; • Barras Paralelas. c) Equipamentos de Eletroterapia Consiste no uso de correntes elétricas dentro da terapêutica: técnica de tratamento que se utiliza de correntes elétricas de baixa intensidade, enviadas através de eletrodos de borracha ou silicone, aplicados diretamente sobre a pele. Podem gerar efeitos eletro-químico, motores ou sensitivos. • Corrente Galvano-Farádica; Exemplos: • TENS-FES. d) Equipamentos de Hidroterapia Uso da água para fins terapêuticos na reabilitação. • Banheira de Hidromassagem; Exemplos: • Saunas; • Turbilhão. AN02FREV001/REV 4.0 27 3 ESPECIALIDADES FISIOTERAPÊUTICAS Para que sejam montados espaços Terapêuticos apropriados e que atendam as necessidades de cada especialidade é de extrema importância o conhecimento das principais áreas de atuação da Fisioterapia: Fisioterapia Respiratória; Fisioterapia Traumato-ortopédica Funcional; Fisioterapia Geriátrica; Fisioterapia Uroginecofuncional; Fisioterapia Neurofuncional; Fisioterapia Dermatofuncional; Fisioterapia Orofacial. Fisioterapia Respiratória Fisioterapia- Modelo de intervenção no âmbito da , que utiliza estratégias, meios e técnicas de avaliação e tratamento, não invasivas, que têm como objetivo a optimização do transporte de oxigênio, contribuindo assim para prevenir, reverter ou minimizar disfunções a esse nível, promovendo a máxima funcionalidade e qualidade de vida dos utentes. Fisioterapia traumato-ortopédico-funcional - Estuda, diagnostica e trata as disfunções musculoesqueléticas, de origem ortopédica ou decorrente de traumatismos. Utiliza os recursos terapêuticos para aumentar a capacidade de movimentação, estimular a circulação e diminuir as dores de pacientes com fraturas, traumas musculares e entorses. Fisioterapia geriátrica e gerontológica - Estuda, previne e trata as disfunções decorrentes do processo de envelhecimento, mediante a administração de condutas fisioterapêuticas, prevenindo problemas funcionais e promovendo a recuperação funcional global de idosos. Fisioterapia uroginecofuncional – Modalidade Fisioterapêutica que tem como objetivo o tratamento das incontinências urinárias e fecais por meio da reeducação do assoalho pélvico e musculatura acessória, os quais serão submetidos a exercícios de fortalecimento. http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisioterapia� http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%A9nio� http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fisioterapia_traumato-ortop%C3%A9dico-funcional&action=edit&redlink=1� http://pt.wikipedia.org/wiki/Fratura� http://pt.wikipedia.org/wiki/Entorse� http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisioterapia_geri%C3%A1trica_e_gerontol%C3%B3gica� http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fisioterapia_uroginecofuncional&action=edit&redlink=1� AN02FREV001/REV 4.0 28 Fisioterapia neurofuncional - Área da Fisioterapia que visa ao estudo, diagnóstico e tratamento de distúrbios neurológicos que envolvam as funções neuromotoras. A fisioterapia neurofuncionalinduz ações terapêuticas para recuperação de funções, entre elas a coordenação motora, a força, o equilíbrio e a coordenação. Fisioterapia dermato-funcional - Especialidade da Fisioterapia que diagnostica, estuda e trata as afecções dermatológicas e intertegumentares. Fisioterapia Orofacial - Atua na saúde bucal em parceria com a área da Odontologia. Trata das disfunções da articulação temporomandibular e disfunções relacionadas à deglutição e sucção. 4 MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA É de grande importância que todos os profissionais da área da saúde, em um contexto multidisciplinar, compreendam que a biossegurança é uma normalização de condutas que visa à segurança e proteção da saúde de todos que trabalham na área. As condições de segurança dos trabalhadores da área da saúde dependem de vários fatores: características do local, material utilizado, cliente a ser assistido, informação e formação da equipe. A Organização Mundial da Saúde (OMS), bem como o Ministério da Saúde (MS) publicam periodicamente manuais sobre tais normas de segurança. A seguir serão abordados aspectos relacionados às precauções universais para profissionais de saúde: apresentação pessoal, lavagem das mãos, paramentação e limpeza geral do ambiente de saúde: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisioterapia_neurofuncional� http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisioterapia_dermato-funcional� http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisioterapia_Orofacial� http://pt.wikipedia.org/wiki/Odontologia� http://pt.wikipedia.org/wiki/Articula%C3%A7%C3%A3o_temporomandibular� AN02FREV001/REV 4.0 29 A) Biossegurança - Apresentação pessoal Maquiagem A maquiagem é uma grande fonte de partículas na área laboratorial e hospitalar, o que significa que seu uso deve ser proibido neste ambiente. Perfumes Os perfumes devem ser evitados em serviços de saúde por inúmeros motivos: são poluentes ambientais e muitos pacientes, em função de seu estado de saúde e pelo uso de medicamentos, têm intolerância a odores. Unhas Devem ser curtas e bem cuidadas. Não podem ultrapassar a "ponta dos dedos" e preferencialmente sem conter esmalte. O esmalte libera partículas, por micro-fraturas. As reentrâncias das micro-fraturas acomodam sujidades. Os profissionais da saúde com lesões cutâneas ativas devem evitar contato com o paciente. Cabelos Quando compridos devem ficar, permanentemente, presos na sua totalidade. O cabelo é uma importante fonte de bactérias. Uniformes Estabelecido pela instituição, deve estar limpo e em boas condições de uso. B) Biossegurança - lavagem das mãos - Lavá-las com água corrente e sabão líquido e secá-las com papel toalha, antes e após o atendimento de cada paciente. Se possível, fazer uso de solução antimicrobiana. - Lavá-las sempre antes de tocar o rosto ou a boca do paciente; - Lavá-las sempre após usar o toalete; AN02FREV001/REV 4.0 30 - Lavá-las sempre após realização de curativos, escarradeiras, urinóis, cateteres e comadres; - Lavá-las sempre ao final do serviço. C) Biossegurança – paramentação • Máscaras; • Luvas; • Óculos; • Gorro. Máscaras A máscara oferece proteção às mucosas nasais e orais do contato com sangue ou secreções, devendo ser trocadas, regularmente, após o uso. : devem ser trocadas regularmente e nunca usadas penduradas no pescoço. Quanto maior o nível de camadas da máscara, maior será a proteção. Luvas : Usá-las sempre quando tiver contato com sangue, secreções, superfícies contaminadas, durante exame físico com o paciente e ao manipular aparelhos ou superfícies esterilizadas. Óculos : usá-los para diminuir os riscos de contaminação com aerossóis de sangue, secreções ou similares. Funcionam como protetores em procedimentos que possam produzir gotículas de sangue ou fluidos corpóreos com possibilidade de atingir a mucosa ocular do profissional. Gorros : Os cabelos soltos dispersam partículas carreadoras de bactérias. Os gorros são utilizados em situações de atendimento à pacientes com doenças infectoparasitárias. D) Biossegurança - Limpeza do ambiente e aparelhos condicionadores de ar A desinfecção total de pisos, paredes, superfícies e móveis deverá ser realizada, pelo menos, uma vez por semana. A desinfecção corrente em mesas AN02FREV001/REV 4.0 31 clínicas, Kart, bancadas deverão ocorrer diariamente ou no final de cada turno; caso haja necessidade, deve ocorrer entre cada atendimento de pacientes. A desinfecção total deverá ser realizada da seguinte forma: a - limpeza com água e sabão; b - secar com pano limpo e seco; c - passar solução desinfetante. Os aparelhos condicionadores de ar não devem ser usados ininterruptamente, para que possam ser limpos e desinfetados com uso de hipoclorito de sódio, pelo menos, uma vez por semana. AN02FREV001/REV 4.0 32 GLOSSÁRIO *Concepção – Período em que ocorre a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. Em outras palavras, ação pela qual um ser é concebido, gerado. *Decoro – Substantivo utilizado no direito e no código de ética para descrever respeito, decência e dignidade. *Indubitável – Aquilo do que não se pode duvidar. *Instituição de finalidade filantrópica - Instituição que presta serviços à sociedade, sobretudo às pessoas mais carentes, e que não possui como finalidade a obtenção de lucro. *Jurisdição - Poder que detém o Estado para aplicar o direito ao caso concreto, com o objetivo de solucionar os conflitos de interesses e, com isso, resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei. *Probidade – Substantivo que significa retidão de caráter, integridade, brio. *Provisão – Ato ou efeito de prover. http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado� http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito� http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei� http://pt.wiktionary.org/wiki/retid%C3%A3o� http://pt.wiktionary.org/wiki/car%C3%A1ter� http://pt.wiktionary.org/wiki/integridade� http://pt.wiktionary.org/wiki/brio� AN02FREV001/REV 4.0 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMA – American MARKETING Association. 2005. MARKETING Definitions. Disponível em: <http://www.MARKETINGpower.com/content4620.php>. Acesso em: 18 mai. 2010. BARAÚNA, C. F. A terceirização a luz do direito do trabalho. Belo Horizonte: LED, 1998. BRASIL. Decreto-lei n. 938 de 13 de outubro de 1969. Diário Oficial, Brasília, 16 de outubro de 1969. ______. Lei n. 6.316 de 17 de dezembro de 1975. Diário Oficial, Brasília, 18 de dezembro de 1975. ______. Ministério da Saúde. Planejamento e dimensionamento para equipamentos assistenciais de saúde. Brasília, 1994. ______. Ministério da Saúde. Portaria nº 2616, de 12 de maio de 1998. Estabelece diretrizes e normas para a prevenção e controle das infecções hospitalares. Brasília (DF); 1998. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Modernização Administrativa e Recursos Humanos. A educação continuada de enfermeiros do SUS. Brasília: Centro de Documentação, 1990. ______. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. Enunciado Nº 331, de 11 de setembro de 2000. Contrato de prestação de serviços: Legalidade – Revisão do pelo Enunciado Nº 256. Diário da Justiça da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 set. 2000. Seção 1. BRASILIANO, A. C. R.; BRANCO, L. Manual de planejamento tático e técnico em segurança empresarial. São Paulo: Sicurezza, 2003. CAVALCANTI Jr, O. A terceirização das relações laborais. São Paulo: LTr, 1996. AN02FREV001/REV 4.0 34 DÓRIA, J. C da S.; GERLACK, R. As particularidades das cooperativas de crédito no Brasil. Disponível em: < http:// www.ipdci.org.br/revista >. Acesso em: 5 fev. 2004. HINRICHSEN, S. L. Lei de Biossegurança Nacional: alguns aspectos importantes. In: Biosseguranca e controle de infecções: riscosanitário hospitalar. Rio de Janeiro: MEDSI, 2004. HUSE, E.; CUMMINGS, T. Organization development and change. St. Paul: West Publishing Company, 1985. IBGE. Diretoria de pesquisas. Coordenação de serviços e Comércio. IBGE, 2003. KATZ, R.L. Skills of an Effective Administrator. 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AN02FREV001/REV 4.0 35 FIM DO MÓDULO UB) Biossegurança - lavagem das mãos - Lavá-las com água corrente e sabão líquido e secá-las com papel toalha, antes e após o atendimento de cada paciente. Se possível, fazer uso de solução antimicrobiana. - Lavá-las sempre antes de tocar o rosto ou a boca do paciente; - Lavá-las sempre após usar o toalete; - Lavá-las sempre após realização de curativos, escarradeiras, urinóis, cateteres e comadres; - Lavá-las sempre ao final do serviço. UC) Biossegurança – paramentação Máscaras; Luvas; Óculos; Gorro. UMáscarasU: devem ser trocadas regularmente e nunca usadas penduradas no pescoço. Quanto maior o nível de camadas da máscara, maior será a proteção. A máscara oferece proteção às mucosas nasais e orais do contato com sangue ou secreções, devendo ser trocadas, regularmente, após o uso. ULuvasU: Usá-las sempre quando tiver contato com sangue, secreções, superfícies contaminadas, durante exame físico com o paciente e ao manipular aparelhos ou superfícies esterilizadas. UÓculosU: usá-los para diminuir os riscos de contaminação com aerossóis de sangue, secreções ou similares. Funcionam como protetores em procedimentos que possam produzir gotículas de sangue ou fluidos corpóreos com possibilidade de atingir a mucosa oc... UD) Biossegurança - Limpeza do ambiente e aparelhos condicionadores de ar A desinfecção total de pisos, paredes, superfícies e móveis deverá ser realizada, pelo menos, uma vez por semana. A desinfecção corrente em mesas clínicas, Kart, bancadas deverão ocorrer diariamente ou no final de cada turno; caso haja necessidade, de... A desinfecção total deverá ser realizada da seguinte forma: a - limpeza com água e sabão; b - secar com pano limpo e seco; c - passar solução desinfetante. Os aparelhos condicionadores de ar não devem ser usados ininterruptamente, para que possam ser limpos e desinfetados com uso de hipoclorito de sódio, pelo menos, uma vez por semana. GLOSSÁRIO *Concepção – Período em que ocorre a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. Em outras palavras, ação pela qual um ser é concebido, gerado.