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Abstract— The complexity involved in the processes of healthcare requires a definition of an interoperability standards to enable the implementation of information systems capable of exchanging information and knowledge. The definition of which standard to apply is a challenge for software developers, since there is no global definition for all healthcare sectors. Thus, this article presents a bibliographic study of patterns more consumed by the market and by health institutions in order to indicate which technologies and standards are used in the development of software applications for the different needs of healthcare. Similarly presents the solutions and standards set by the Ministry of Health for the development of systems used by the Sistema Ùnico de Saúde – SUS. Index Terms— eHealth, FHIR, Information System, Interoperability, openEHR, Standard. Resumo— A complexidade que envolve os processos da área da saúde exige que padrões de interoperabilidade sejam definidos, para viabilizar a implementação de sistemas de informação capazes de trocar informações e consequentemente conhecimento. A definição de que padrão aplicar é um desafio para os desenvolvedores de software, uma vez que, não há uma definição global para todos os setores da saúde. Assim, este artigo realiza um estudo bibliográfico dos padrões mais consumidos pelo mercado e pelas instituições de saúde, a fim de indicar quais tecnologias e padrões se utilizar no desenvolvimento de aplicações de software para as diferentes necessidades da área da saúde. Do mesmo modo são apresentadas as soluções e padrões definidos pelo Ministério da Saúde para o desenvolvimento de sistemas utilizados pelo Sistema Único de Saúde – SUS. Palavras chave— eSaúde, FHIR, Interoperabilidade, Padrão, openEHR, Sistemas de Informação. I. INTRODUÇÃO A informatização dos processos e o desenvolvimento de sistemas de informação para a área da saúde, também conhecidos como eSaúde (acrônimo para saúde eletrônica) vem crescendo substancialmente ao longo dos anos segundo a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde - SBIS [1]. A natureza distribuída do domínio da saúde intensifica a complexidade dos seus processos dificultando as relações e a troca de informação. Sendo assim, a comunicação é o requisito principal para possibilitar e viabilizar a troca de experiências e do conhecimento adquirido [2]. O número da coleção de termos clínicos ultrapassa os 450.000 com mais de 1 milhão de relações. Estes Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Nacional de Telecomunicações, como parte dos requisitos para a obtenção do Certificado de Pós-Graduação em Engenhara Clínica e Engenharia Biomédica. Orientador: Prof. Marco Túlio Perlato. Trabalho aprovado em XX/20XX. números continuam em crescimento: • Em tamanho devido às novas descobertas; • Em profundidade conforme mais detalhes se tornam relevantes; • Em complexidade quando novas relações entre os dados são encontradas [3]. Com este cenário exige-se a definição de padrões de interoperabilidade para possibilitar que os sistemas de informação sejam capazes de se relacionar e apoiar a atenção aos pacientes. Em todo o mundo há diferentes propostas e definições para formatar as interações entre sistemas, porém não há uma padronização capaz de atender a todos os requisitos que permeiam a heterogeneidade dos países e de seus órgãos de saúde. Diversos padrões foram elaborados e testados nas últimas décadas para solucionar os problemas de interoperabilidade semântica e sintática. Deste modo, definir um padrão para iniciar o desenvolvimento de um software voltado ao domínio da saúde é uma tarefa árdua e suscetível ao fracasso, ou por não atender a todos os interessados ou por não alcançar em plenitude o imenso universo de conceitos e significados dos seus modelos de dados. Pois, o simples fato de se iniciar um projeto de software já envolve atividades difíceis de serem definidas e estimadas, o que afeta diretamente a qualidade dos produtos desenvolvidos e dos objetivos definidos. Sendo assim, analisar as propostas dos padrões mais consumidos universalmente e no Brasil é relevante. Neste contexto, pretende-se verificar e destacar os aspectos técnicos dos padrões existentes para promoção da interoperabilidade, e assim, definir-se qual ou quais se utilizar no desenvolvimento de sistemas de informação para a saúde. No decorrer deste trabalho serão definidos os conceitos e propósitos dos dois níveis de interoperabilidade e exposta as características dos padrões HL7 FHIR e openEHR, os quais vem se destacando pela adoção em diversos países e instituições de saúde, e que buscam acompanhar as novas tecnologias de desenvolvimento de software. Ao término do referencial teórico é apresentado um resumo das definições do Ministério da Saúde para a interoperabilidade dos sistemas de informação do SUS. II. OBJETIVOS A. Objetivo Geral O objetivo geral do trabalho é analisar as referências bibliográficas referentes aos padrões de informação e Interoperabilidade no Desenvolvimento de Software para a Saúde Marco Túlio Perlato & Leandro de Carvalho Maia interoperabilidade utilizados na construção de sistemas de informação para a área da saúde. B. Objetivos Específicos Identificar os padrões atuais de interoperabilidade utilizados pelas empresas e instituições de saúde. Indicar qual ou quais destes padrões devem ser aplicados no desenvolvimento de softwares para a área da saúde, de acordo com o presente cenário da tecnologia da informação. III. JUSTIFICATIVA Os modelos de dados da área da saúde são extremamente complexos e evoluem cada vez mais por meio impresso e muito mais rapidamente por meio digital. Há décadas são elaborados padrões de interoperabilidade para facilitar o compartilhamento de informação, mas de certa forma, nenhum destes conseguiu em sua plenitude cobrir todos os requisitos necessários. Sendo assim, este trabalho se justifica por realizar uma análise bibliográfica de um cenário sem definição ou consenso por parte das instituições de saúde e órgãos regulamentadores ligados às indústrias da saúde, de que padrão devem utilizar os desenvolvedores de software na criação de sistemas de informação para a área da saúde. Esta indefinição inviabiliza a implementação e entrega de novas soluções para a área da saúde, e até mesmo, que novos projetos de eSaúde sejam iniciados. IV. A INTEROPERABILIDADE O processo de informatização dos processos de negócios e das relações humanas, através do uso das tecnologias da informação e comunicação – TIC, “como nos mais diversos setores da sociedade, também gera reflexos importantes na área da saúde” [4]. O uso de TIC na saúde tem crescido nas últimas três décadas, com presença nos mais diversos setores e atividades dos agentes de saúde, não apenas utilizados na administração de unidades, como hospitais e clínicas, mas também no cadastro de pacientes, exames laboratoriais, gestão de recursos utilizados na saúde pública, e nos aplicativos que dão suporte para um melhor e mais seguro atendimento ao paciente. “Todo esse processo de informatização da Saúde nos leva ao conceito de e-Saúde” [4]. Ao lado deste crescimento abrangente, novos problemas são gerados. A inexistência de uma padronização nos processos de informatização e a implantação de sistemas de forma isolada acarreta na replicação de dados, inviabiliza a interação entre os sistemas, e com isso, têm-se perca de tempo e a impossibilidade de se extrair informações a partir da integração entre os dados. Possibilitar que sistemas de informação complexos, projetados de forma única e com objetivos distintos possam se integrar e beneficiar das especialidades de cada um só é possível atravésda padronização dos seus modelos de dados e de como os transmitem e os interpretam. É para este propósito que se define a interoperabilidade como a habilidade de dois ou mais sistemas (computadores, meios de comunicação, redes, software e outros componentes de tecnologia da informação) de interagir e de intercambiar dados de acordo com um método definido, de forma a obter os resultados esperados [5]. Diferente do processo de integração que busca permitir que sistemas de informação comuniquem-se de forma eficiente reunindo as partes relacionadas, a interoperabilidade é um processo mais complexo, pois propõe que dois ou mais sistemas compartilhem seus recursos dentro de suas fronteiras organizacionais, possibilitando que as mesmas informações possam ser interpretadas e compreendidas de ambos os lados. Interoperabilidade não é somente integração de sistemas nem somente integração de redes. Não referencia unicamente troca de dados entre sistemas e não contempla simplesmente definição de tecnologia. É, na verdade, a soma de todos esses fatores, considerando, também, a existência de um legado de sistemas, de plataformas de hardware e software instaladas. Parte de princípios que tratam da diversidade de componentes, com a utilização de produtos diversos de fornecedores distintos. Tem por meta a consideração de todos os fatores para que os sistemas possam atuar cooperativamente, fixando as normas, as políticas e os padrões necessários para consecução desses objetivos. [6]. No entanto, a efetivação deste processo “pode acontecer em diferentes níveis, a saber: nível de hardware, de plataforma, sintático e semântico” [7]. Neste artigo trabalhou-se o estudo dos níveis sintáticos e semânticos, que serão descritos a seguir: A. Interoperabilidade Sintática Também definida na literatura, por alguns autores, como interoperabilidade funcional, a interoperabilidade sintática define as regras de como os dados devem ser escritos, como também, a padronização de assinaturas de operações no compartilhamento de informação entre sistemas. Para isso, faz- se necessário definir formatos de documentos para a notação de dados como: XML, JSON ou SQL [8]. B. Interoperabilidade Semântica A interoperabilidade semântica corresponde à capacidade das informações serem compreendidas por sistemas distintos e heterogêneos. Opera nos níveis de interpretação e entendimento comum dos dados, os quais são sustentados pela interoperabilidade sintática [7]. V. PADRÕES DE INTEROPERABILIDADE PARA A ESAÚDE Os sistemas de informação para a área da saúde cresceram rapidamente nas últimas décadas. Partiram de sistemas hospitalares isolados para sistemas que suportam os processos clínicos, integrados com equipamentos médicos utilizados por múltiplos profissionais e instituições de saúde, abraçando os avanços computacionais e providos de diferentes ambientes interconectados. Com um cenário tão interativo como este, se faz necessário analisar como é realizado o compartilhamento da informação entre estes sistemas de informação da saúde, uma vez que, o trabalho dos profissionais da saúde e a qualidade dos serviços prestados aos pacientes estão intrinsicamente ligados ao quanto disponível e correto são os dados compartilhados entre estas aplicações [9]. Com isso, têm surgido diversas soluções e padrões para as questões de interoperabilidade, demonstrando não haver uma solução capaz de contemplar todos os requisitos da eSaúde. Mesmo em países com grande adoção da tecnologia da informação – TI na área da saúde, como os EUA, encontra-se ilhas com avançadas soluções tecnológicas, porém com pouca interconectividade. Isto significa que um relatório completo das informações da saúde não pode ser acessado e nem conhecido por outros prestadores de serviços durante a jornada de um paciente [10]. Embora o objetivo final seja estabelecer um padrão único e compreensível para todos os usuários, nenhum dos padrões disponíveis atualmente foi definido por um órgão mundial regulamentador. Assim, uma grande diversidade de padrões são consumidos e utilizados, atendendo especificamente as necessidades e localização de cada instituição ou órgão de saúde [10]. Há uma proliferação de padrões dos quais podemos citar: Logical Observations Identifiers Names and Codes - LOINC, RxNORM (Padronização da terminologia para drogas), ASTM Continuity of Care Record - CCR, Systematized Nomenclature of Medicine Clinical Terms - SNOMED CT, Unified Modelling Language System – UMLS e as mais empregadas mundialmente: Health Level Seven - HL7 (V2/V3, CDA/CCD e a mais recente FHIR), ISO/EN 13606 e openEHR [2]. Esta grande diversidade de padrões demonstra o interesse por parte dos fornecedores de eSaúde em integrar suas aplicações. Porém, o que acontece atualmente é a utilização de muitas propostas de padrões no intercâmbio funcional e semântico das informações, provocando dispêndio de tempo e elevação dos custos para integração de sistemas de software. Além do mais, o desenvolvimento de sistemas adotando-se mais de um padrão de interoperabilidade eleva o tempo para correções de falhas e atualizações destes sistemas, o que também impossibilita a construção de novas soluções capazes de consumir os recursos de aplicações já em utilização. Correspondendo aos objetivos e justificativas deste trabalho, nos próximos itens apresenta-se os padrões HL7 FHIR e o openEHR. VI. HL7 FHIR A Health Level 7 – HL7 é uma organização internacional sem fins lucrativos, dedicada à definição e criação de padrões para a área da saúde. Fundada em 1987 e acreditada em 1994 pela American National Standards Institute - ANSI, o HL7 busca prover um framework legível para o compartilhamento, troca, integração e busca de dados em sistemas de informação da saúde, cooperando com o gerenciamento, prestação e avaliação dos serviços da saúde [11]. O termo “Level 7” é uma referência a sétima camada do padrão Open Systems Interconnection - OSI definido pela ISO, o mais alto nível do modelo de comunicação. Com isso, busca ser uma camada de aplicação integrada ao transporte de dados e a compreensão das informações enviadas. “O sétimo nível suporta funções como checagem de segurança, identificação de usuários, checagem de disponibilidades, mecanismos de negociação de trocas, e o mais importante, estrutura de intercambio de informações” [11]. Atualmente o HL7 é uma comunidade internacional composta por especialistas em sistemas de informação da saúde para a colaboração no desenvolvimento de padrões de interoperabilidade. O HL7 define normas e padrões para trocas de mensagens entre sistemas (interoperabilidade sintática), como também, normas para a estruturação de documentos gerados pelos agentes e sistemas da saúde (interoperabilidade semântica) [12]. Os processos e normas para troca de mensagens HL7 estão disponíveis sobre os padrões HL7 version 2.x, HL7 version 3 e a última geração denominada HL7 FHIR [12]. A partir da segunda versão o HL7 tornou-se o padrão mais utilizado mundialmente. Atualmente o padrão encontra-se na terceira versão, porém, esta não obteve grande aceitação pelos desenvolvedores de software, pela falta de compatibilidade entre as versões, elevada complexidade da estrutura para atender as ações e situações clínicas e principalmente pela falta de documentação [11]. Contudo, a comunidade envolvida com os padrões HL7 é grande, instituições ligadas à mantenedora HL7.ORG estão presentes em vários países, o que promove a busca por atualizações que atendam aos problemas atuais da informática no domínio da saúde, como também, a divulgação e disseminação do uso destes padrões. Este trabalho enfoca o padrão FHIR, o qual combina as melhores caraterísticas dos padrões HL7 v2.x e HL7v3 com os mais recentes padrões web. A. FHIR Visando comtemplar necessidades de implementação do protocolo HL7 v3, um grupo independente de arquitetos do HL7 decidiu criar um novo modelo de interoperabilidade de sistemas eletrônicos de saúde, denominado Fast Healthcare Interoperability Resources – FHIR (pronunciado como HL7 “Fire”). Disponibilizando a primeira versão em 2012 propôs- se desenvolver um novo padrão utilizando-se dos recursos tecnológicos disponíveis no momento e o know-how adquirido ao longo dos anos com as outras versões do HL7[13]. O FHIR é disponibilizado de forma gratuita e busca simplificar e acelerar a aplicação do HL7, por ser facilmente consumido, robusto e construído sobre padrões abertos da internet, fazendo uso dos princípios do RESTful [12]. O Representational State Transfer – REST (acrônimo para "Transferência de Estado Representacional") não é um padrão, não é um protocolo e sim uma arquitetura de software operada sobre a rede, explicitamente através do protocolo Hypertext Transfer Protocol – HTTP para troca e envio de dados [14]. A arquitetura RESTful disponibiliza suas aplicações web como um conjunto de recursos que através dos verbos HTTP transfere ou altera seu conteúdo por meio de representações dos recursos em documentos XML, JSON ou ambos. O RESTful recentemente foi adotado por grandes provedores de serviços da WorldWideWeb – WWW, como Google, Microsoft, Facebook e Twitter, que migraram suas plataformas de serviço que utilizavam outras tecnologias como SOAP e WSDL. E assim, beneficia-se de recursos amplamente aplicados e testados, garantindo a plataforma visibilidade, confiabilidade e estabilidade [14]. Figura 1 - Dado de um paciente em formato XML gerado pelo FHIR Apesar de ser um novo padrão HL7, com caraterísticas distintas “os autores afirmam que HL7 v3 não foi jogado fora, mas que o FHIR foi criado através da aprendizagem desta versão” [12]. E seguindo esta filosofia o FHIR foi projetado para ser facilmente compreendido e aplicado, com tipos de modelo de dados simplificados, diferente do HL7 v3, que possui no mínimo três tipos principais, definidos como Wrapper, Payloads e Common Message Element Types (CMETs). O padrão também conta com exemplos de implementação de todos os seus artefatos e disponibilizados em várias plataformas, fornecendo um servidor online para testes [12]. O seu processo de desenvolvimento difere-se dos processos rígidos e engessados do HL7 v2 e HL2 v3, utilizando-se das metodologias ágeis de desenvolvimento de software, que prega teorias voltadas para os indivíduos e interações ao invés de processos, e para software funcionando ao invés de documentação abrangente. E assim, seus requisitos são desenvolvidos de forma iterativa e incremental, entregando pequenas funcionalidades por vez, as quais são testadas, utilizadas e avaliadas através de processos de feedback, contribuindo com a qualidade do processo de desenvolvimento, como também, dos artefatos disponibilizados para seus usuários [12]. Sendo assim, pode-se afirmar que o padrão FHIR não está pronto, estando em processo contínuo de desenvolvimento e de atualização. Por este motivo o HL7 FHIR é disponibilizado em versão Draft Standard for Trial Use – DSTU, ou seja, versão para “testes de uso” de um padrão HL7. Válida por dois anos, esta versão é consumida e testada por empresas e instituições, que podem requisitar atualizações, as quais poderão ser aplicadas em tempo hábil. Após este período, a versão em DSTU torna-se uma versão normativa. E em Fevereiro de 2014, após um processo de votação, a primeira versão DSTU do FHIR foi normatizada e considerada como usável [13]. A proposta principal do desenvolvimento do FHIR é compartilhar as informações de um sistema de informação da saúde como um recurso e suas composições. Cada recurso deve representar a menor parte possível da informação como uma entidade, identificada de forma única. Também se pode classificar um recurso como a menor parte lógica na troca de informações, a qual define comportamento e significado com localização e identificação conhecidos [14]. Para se localizar um recurso deve-se acessá-lo através do seu endereço na rede, fornecido como uma URL (Uniform Resource Locator). A Figura 2 apresenta como deve ser construído o endereçamento de um recurso Paciente, obedecendo a arquitetura RESTful. Figura 2 - Padrão de URL para o recurso Paciente Utilizando-se dos verbos HTTP: POST, GET, PUT e DELETE, as operações realizadas sobre os recurso são relativamente fixas, determinadas pelo acrônimo CRUDS: [C]reate: criar um novo recurso. [R]etrieve: obter um recurso. [U]pdate: atualizar um recurso. [D]elete: eliminar um recurso. [S]earch: buscar um recurso [11]. Sendo assim, se pretender criar um recurso paciente, devem- se enviar seus dados formatados em documentos XML e/ou JSON, através do verbo CREATE, o qual obtendo sucesso irá retornar o ID (identificador único) do novo paciente. Mas caso o objetivo for recuperar um recurso conhecido, deve-se utilizar o verbo GET enviando o seu ID. O mesmo processo se faz ao atualizar, remover ou recuperar um recurso, utilizando-se respectivamente dos verbos PUT, DELETE e SEARCH. Para possibilitar a manutenção, atualização e reuso, o FHIR orienta que a quantidade de recursos deve ser limitada, comum e aplicável em diferentes transações de negócios. Além disso, devem possuir fronteiras bem definidas e compatíveis com um ou mais escopos lógicos [12]. Com a união de experiências em padrões de interoperabilidade com tecnologias e processos amplamente consumidos por outras áreas, a fundação HL7 almeja aproximar os desenvolvedores de software do mundo complexo da saúde, e assim, possibilitar que novas soluções possam ser criadas, de forma ágil, com qualidade e correspondendo às necessidades de seus usuários. Além disso, viabiliza aos agentes de saúde que as novas tecnologias, como aplicativos para dispositivos móveis, possam também contribuir com este processo. VII. OPENEHR Definido em sua página principal na Internet como uma plataforma orientada a domínio aberto para desenvolvimento de sistemas eletrônicos de saúde flexíveis, a openEHR é sustentada por uma comunidade virtual que atua sobre a interoperabilidade e informatização de sistemas de informação da saúde. A fundação openEHR é uma organização internacional sem fins lucrativos com o objetivo principal de estabelecer um padrão aberto para a construção de sistemas para a eSaúde à prova de futuro. Ou seja, um modelo capaz de atender as necessidades da saúde e acompanhar as evoluções tecnológicas. Para isso, busca-se definir um conjunto de especificações de modelo de informação em saúde, denominadas arquétipos, os quais são isolados da implementação dos softwares e de suas linguagens de consulta [15]. No desenvolvimento de ferramentas e sistemas para o tratamento dos dados da saúde o essencial é a interoperabilidade no nível semântico. Para atender este requisito o openEHR foca na construção de aplicações interoperáveis, manuteníveis, escaláveis e extensíveis, desenvolvidas sobre uma modelagem multinível1 suportada por uma arquitetura orientada a serviços2, pela qual cada modelo é desenvolvido por um especialista dentro de sua própria camada [3]. Figura 3 - openEHR: Modelagem Multi Nível 1 A modelagem multinível propõe que as mudanças na estrutura e nas regras de inferência são refletidas sobre o Modelo de Domínio e não sobre o Modelo de Referência. 2 Arquitetura orientada a serviços: metodologia para desenvolvimento de software em forma de serviços, representando todos os ativos de softwares da empresa. A. Arquétipos e Templates A openEHR usufruindode sua arquitetura multinível propõe representar os dados pertinentes aos modelos da saúde de forma completa e sintetizada através das notações dos arquétipos, com os quais é possível registrar o conhecimento em partes pequenas para serem compostas em documentos sem conteúdos dotados de instruções para preenchimento denominados templates, e assim, atender a diferentes requisitos e diferentes sistemas de informação para a eSaúde. E como descrito por Alkimim, 2013 “a principal característica oferecida pela modelagem de dois níveis é a separação (grifo dos autores) entre informação e conhecimento” [1] e cabe aos arquétipos representar os modelos de domínio ou do conhecimento, sendo este o ponto chave para possibilitar que profissionais da saúde possam capturar e registrar todos os atributos de um conceito clínico, tais como temperatura corporal, índice de massa corporal ou pressão sanguínea, sem a interferência ou dependência de profissionais da área da TI. Conforme descrito pelo openEHR seus componentes e sistemas são “abertos” quando se trata de dados, modelos e APIs, os quais são publicados e disponibilizados por meio dos arquétipos [15]. Sendo assim é disponibilizada pela fundação openEHR uma ferramenta on-line denominada Clinical Knowledge Manager - CKM, pela qual é possível obter acesso ao repositório de arquétipos. O CKM é disponibilizado gratuitamente sobre um ambiente web 2.0 pelo qual é armazenado, revisado, atualizado e traduzido os arquétipos. Com base na definição de cada arquétipo, é possível agrupá- los formando templates, de acordo com as necessidade dos documentos ou recursos de sistemas que se deseja implementar. Com os templates também é possível realizar a modelagem, ou seja, definir o comportamento do sistema e quais os atributos dos arquétipos serão utilizados pelos desenvolvedores de software na construção dos campos que serão exibidos pelos sistemas de informação [10]. Figura 4 – Exemplo de arquétipo em mapa mental: Pressão Arterial Para a definição e serialização de arquétipos o openEHR oferece a linguagem Archetype Definition Language – ADL. “A linguagem se baseia em modelos de restrições de entidades de domínio, ou regras de negócio estruturadas“ [1], sendo esta composta de três sintaxes diferentes: • dADL: Data ADL ou modo de definição de dados; • cADL: Constraint ADL ou modo de restrições; • FOPL: First-Order Predicate Logic ou versão de lógica de predicados de primeira ordem; A proposta multinível da openEHR com foco na interoperabilidade semântica através dos arquétipos, demonstra-se capaz de oferecer um canal eficaz para a relação entre definições técnicas da implementação de software com o complexo conjunto de termos, conceitos e processos da saúde. E assim, possibilita-se que todos os elementos contidos num processo clínico possam beneficiar-se desta arquitetura como fornecedores de equipamentos, profissionais de TI, profissionais da saúde e pacientes. Além disso, se promove o registro e a gestão do conhecimento, fundamentada numa comunidade aberta, cooperativa e mundialmente conectada. B. Consumidores openEHR O padrão multinível oferecido pela fundação openEHR tem- se demonstrado uma forma eficaz para a solução de interoperabilidade semântica e sintática na área da saúde, constatado pelo volume de trabalhos científicos desenvolvidos a seu respeito e pelo número de adeptos ao redor do mundo. As instituições, governos e indústrias da saúde que estão utilizando o padrão openEHR como solução para a questão de interoperabilidade no desenvolvimento de seus sistemas de informação, podem ser encontradas no site da fundação openEHR. Aqui podemos destacar os governos da Austrália, Brasil, Chile, Dinamarca, Holanda, Nova Zelândia, Eslováquia, Eslovênia, Suécia e Reino Unido [15]. Especificamente no Brasil a fundação openEHR Brasil destaca em sua página principal as empresas e instituições: Unimed, Cimatec, UNB, UFMG, SUS e Ministério da Saúde [16]. VIII. UNIÃO FHIR E OPENEHR Na atualidade desenvolver soluções eSaúde adotando um padrão único de interoperabilidade sintática e semântica, capaz de atender aos diferentes sistemas existentes não é um requisito possível de se implementar. No entanto, a união da maturidade obtida pela fundação openEHR e pela organização HL7, demonstra ser a saída para a obtenção de uma especificação única, através da convergência dos padrões FHIR e openEHR. Como evidência de um processo que se inicia, o assunto “União FHIR e openEHR” já faz parte de lista de discussão em fóruns na internet voltados a interoperabilidade para a eSaúde. As propostas apresentadas destacam a cooperação entre os recursos FHIR e a base de arquétipos do openEHR, aplicando- se os processos do FHIR conectados com o auto nível de envolvimento dos clínicos openEHR para a modelagem dos recursos clínicos [17]. Outros autores destacam a importância de se preservar o ponto forte de cada padrão, e compartilhar as melhores caraterísticas, como os destacados por Koray Atalag: 1. Arquétipos: meio para modelagem dos termos clínicos; 2. FHIR: meio para troca de informações clínicas pela rede. Formato moderno, não orientado a documentação e mensagens; 3. Desenvolvimento orientado a modelos do openEHR: metodologia para a criação de sistemas de informação para a saúde de forma altamente flexível e manutenível; [18] O resultado da cooperação entre os dois padrões demonstra ser uma solução sólida e condizente com as necessidades da saúde na busca de um padrão único de interoperabilidade. Este propósito facilitará a criação de novas aplicações a partir de sistemas já implantados e permitirão que mais áreas da saúde se beneficiem do compartilhamento de dados e da informatização dos processos e dos termos clínicos. IX. PADRÕES UTILIZADOS NO BRASIL O processo de informatização da saúde no Brasil assemelha-se com as demais atividades administrativas do poder público, permeados por processos burocráticos e complexos, com dificuldades na sua aplicação. Além deste cenário, a autonomia de diferentes órgãos da saúde para a contratação de softwares e equipamentos de redes, somados ao modelo de gerenciamento hierárquico “chegou-se a um resultado geral insatisfatório para aplicações de Governo Eletrônico no país” [19]. Desta forma, identificou-se a necessidade de um cadastro único para cidadãos, empresas e organizações não governamentais. Neste contexto, a busca por interoperabilidade tornou-se oportuna para se possibilitar a informatização dos processos da saúde, buscando contribuir para a simplificação dos serviços prestados, aumento da qualidade e auxílio na tomada de decisão. Contribuindo com este processo e para a integração dos dados, o Ministério da Saúde através da Portaria Nº 940, de 28 de abril de 2011, regulamentou o Cartão Nacional da Saúde buscando informatizar o setor público e ser a chave integradora entre os sistemas de informação da saúde, possibilitando assim uma interoperabilidade entre as ferramentas [20]. O Cartão Nacional da Saúde é constituído pelo cartão do cidadão, cartão do profissional e uma infraestrutura de informação e telecomunicação. Identificadas estas necessidades foi criada uma nova portaria - Portaria Nº 2.073, de 31 de agosto de 2011, para determinar os padrões de Interoperabilidade do SUS. Em suma, esta portaria regulamenta os padrões que devem ser utilizados na construção de sistemas de informação para o âmbito do SUS envolvendo o setor público, privado e setores suplementar da saúde [21]. Abaixo é apresentado um resumo dos padrões definidos para o desenvolvimento de sistemas de informação para o SUS: • openEHR: interoperabilidade semântica. • HL7: estabelecer a interoperabilidade entre sistemascom vista à integração dos resultados e solicitações de exames. • HL7 CDA (Clinical Document Architecture): definição da arquitetura do documento clínico. • LOINC: será usado para codificação de exames laboratoriais. • SNOMED: será usado para codificação de termos clínicos e mapeamento das terminologias nacionais e internacionais. • TISS: usado para a interoperabilidade com sistemas de saúde suplementar. • DICOM: usado para a representação da informação relativa a exames de imagem. • ISO 13606-2: usado para a interoperabilidade de modelos de conhecimento, incluindo arquétipos, templates e metodologia de gestão. Para a implementação de interoperabilidade entre os sistemas de informação do SUS, foi definido a tecnologia Web Service, com o padrão SOAP 1.1, devendo todas as definições constar no Catálogo de Padrões de Interoperabilidade de Informações de Sistemas de Saúde (CPIISS), publicado pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), o qual é de responsabilidade de uma comissão do Ministério da Saúde [21]. A Organização Mundial de Saúde por meio do Departament of Knowledge, Ethics and Research “está estimulando os países a adotarem a ideia de utilizar plataformas interoperáveis com os outros países” [22], porém é um processo difícil de ser aplicado devido a grande heterogeneidade de vários sistemas de informação. Todavia, diferente de outros países com tamanho continentais como a China, Rússia e Estados Unidos, o Brasil conseguiria mais facilmente definir um padrão único de interoperabilidade para seus sistemas de eSaúde por possuir um sistema único de saúde [22]. X. CONCLUSÕES Conclui-se que a definição de um padrão abrangente e único de interoperabilidade para sistemas de informação da saúde está num nível de maturidade não antes conquistado desde o advento dos recursos computacionais. De acordo com as revisões bibliográficas este progresso deve-se a evolução dos padrões HL7 e do engajamento e união da comunidade da saúde em torno de padrões abertos como o openEHR, alinhados com as novas plataformas e soluções no desenvolvimento de software. Também contribuíram para este processo o rápido crescimento das chamadas Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs, que viabilizaram o acesso a hardwares e softwares para grande parte das pessoas. Além disso, a adoção da Internet em todos os setores da sociedade exige das empresas e instituições maior competitividade e ao mesmo tempo uma integração entre si. Este cenário reflete em como os sistemas de informação devem ser projetados, o que se consegue por meio da interoperabilidade sintática e semântica dos seus recursos e modelos de negócios. E na área da saúde não é diferente, aplicar uma solução de interoperabilidade é vital para a organização ter acesso a dados complexos e de suma importância para a prestação de serviços com qualidade para os pacientes. Em suma, após os estudos realizados neste trabalho, observa-se que o estabelecimento de um padrão único para a interoperabilidade sintática e semântica dependerá da integração total ou parcial dos padrões FHIR e openEHR. E apesar de o padrão FHIR possuir uma história recente, o mesmo foi concebido por instituições sólidas e evoluído de padrões mundialmente aplicados em cima de uma arquitetura de software também madura e amplamente utilizada pelo mercado de desenvolvimento de softwares aplicativos. Já o openEHR conta com o empenho das instituições médicas, fornecedores de equipamentos médicos e dispõe de uma solução capaz de evoluir e atender ao complexo cenário apresentado pela interoperabilidade semântica, devido o foco ser os agentes da saúde e o arquétipo se comprovar ser o modo mais eficaz para a modelagem dos termos médicos. O debate em torno da união ou cooperação entre os padrões FHIR e openEHR já é um processo iniciado, como evidenciado na lista de discussões mantida pelo consultor e desenvolvedor HL7 Grahame Grieve [21]. A questão FHIR e openEHR é colocada em pauta e conclui-se que esta cooperação é necessária dentro do contexto de interoperabilidade, pois são pertinentes as fortes caraterísticas de cada plataforma, que juntas parecem oferecer uma saída para a definição de um padrão único para interoperabilidade sintática e semântica. No entanto, isto só se tornará fato se ocorrer dentro de uma comunidade, ou seja, a união de todos os interessados por um objetivo comum: a integração total entre os sistemas de eSaúde. REFERÊNCIAS [1] ALKIMIM, Reinaldo Araújo de. Modelo de Objetos do Openehr: Uma Avaliação em Termos de Métricas Orientadas a Objeto. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Empresariais da Universidade FUMEC. Belo Horizonte, 2013. [2] MENEZES, A.; GOMES, A. T. A.; ZIVIANI, A. Uma Abordagem Transformacional para Geração de Módulos de Comunicação em Sistemas de Informação em Saúde. In: Workshop de Informática Médica (WIM), 2013, Maceió-AL. Anais do XIII Workshop de Informática Médica. Porto Alegre-RS: SBC, 2013. [3] CORREIA, Ricardo João Cruz, OpenEHR and Breast Cancer. In: Breast Cancer Workshop. University of Porto – Portugal, 2013. [4] BARBOSA, Alexandre F. 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Possui os títulos: Bacharel em Sistemas de Informação (UNIVÁS, 2008), Licenciatura Plena em Sistemas de Informação (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, 2013). Desde janeiro de 2009 é Especialista em Sistemas do Inatel Competence Center onde atua em desenvolvimento de softwares web e desktop para as plataformas Java, C# .Net e Python. Tem interesse nas áreas de desenvolvimento Web, API’s RESTful, Cloud Computing, metodologias ágeis e testes de software automatizados.