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TEORIA DA PRODUÇÃO: TECNOLOGIA E FUNÇÃO DE PRODUÇÃO PROFA. SÍLVIA HELENA GALVÃO DE MIRANDA LES – ESALQ/USP LES0456 – Teoria Microeconômica I Maio/2019 LITERATURA BÁSICA • VARIAN,H. (2016). Microeconomia – Uma abordagem Moderna. Rio de Janeiro: Elsevier. Trad. 9ª edição. Cap. 18 e 19 • Material de aula em slides. Disponível em: https://www.mtholyoke.edu/~mirobins/econ212.html ROTEIRO DE AULA 1 - Tecnologia 2 - Função de Produção 3 - Economias de escala TECNOLOGIA • Uma tecnologia é um processo pelo qual os insumos (fatores de produção*) são transformados em produto; • Exemplo: trabalho, computador, projetor, eletricidade e software são combinados para produzir uma aula • Em geral, mais de uma tecnologia produzirá o mesmo bem ou serviço. • Exemplo: trabalho, giz, lousa, régua • Como comparar as tecnologias? Qual é a melhor? FATORES DE PRODUÇÃO • Insumos usados na produção • Terra, trabalho, capital e matérias-primas • Trabalho: baixa qualificação, alta qualificação (ex: medido pelos anos de escolaridade) • Nota sobre o capital (físico): bens de capital são insumos da produção que constituem, eles próprios, bens produzidos. Compreendem as máquinas, tratores, prédios, computadores, softwares (pela mais recente metodologia do IBGE) • Capital físico x capital financeiro CESTA OU CONJUNTO DE INSUMOS • xi indica a quantidade ou nível do insumo i • Um conjunto ou cesta de insumos é um vetor de quantidades de insumos: (x1, x2, … , xn) FUNÇÕES DE PRODUÇÃO • y indica o nível de produção ou produto • A função de produção que reflete uma tecnologia estabelece a quantidade máxima de produto possível de ser gerada a partir de um conjunto de insumos ou cesta de insumos • Plano de produção uma cesta de insumos e um nível de produto (x1, … , xn, y). Um plano de produção é viável ou factível se: • O conjunto de todos os planos de produção viáveis é o conjunto tecnológico ou conjunto de produção y f x xn ( , , )1 y f x xn ( , , )1 CONJUNTO DE PRODUÇÃO • CONJUNTO DE TODAS AS COMBINAÇÕES DE INSUMOS E PRODUTOS QUE COMPREENDEM FORMAS TECNOLOGICAMENTE VIÁVEIS DE PRODUZIR • Há custos na produção Logo: é preciso analisar qual é o máximo possível de produção com uma certa quantidade de insumos. FUNÇÃO DE PRODUÇÃO E CONJUNTO TECNOLÓGICO: UM INSUMO E UM PRODUTO y = f(x) é a função de produção x’ x Insumo Produto y’ y” y’ = f(x’) é o nível máximo de produto possível com x’ unidades de insumo y” = f(x’) é um nível de produto possível com x’ unidades de insumo x’ x Insumo Produto y’ y” Conjunto tecnológico CONJUNTO TECNOLÓGICO CONSISTE EM: Planos tecnicamente eficientes Planos tecnicamente ineficientes E TECNOLOGIA: CASO DE 2 INSUMOS • Considerando o caso com 2 insumos: x1 e x2 e o nível de produto y TECNOLOGIA: CASO DE 2 INSUMOS Produto (y) x1 x2 (8,1) (8,8) ISOQUANTAS – MODELO COM 2 INSUMOS: A ISOQUANTA DO PRODUTO Y É O CONJUNTO DE TODAS AS COMBINAÇÕES DOS INSUMOS QUE GERA, NO MÁXIMO, O MESMO NÍVEL DE PRODUTO Y y y x1 x2 ISOQUANTAS – MODELO COM 2 INSUMOS: OUTRA ABORDAGEM GRÁFICA Produto (y) x1 x2 y y Os rótulos das isoquantas, ao contrário das C.I., que tem natureza arbitrária, são determinados pela tecnologia ISOQUANTAS: FUNÇÃO DE PRODUÇÃO COM 2 INSUMOS Produto (y) x1 x2 y y y y TECNOLOGIA COM MÚLTIPLOS INSUMOS – MAPA DE ISOQUANTAS • A coleção completa de isoquantas forma o mapa de isoquantas. • O mapa de isoquantas é equivalente à função de produção 3/1 2 3/1 121 2),( xxxxfy TECNOLOGIA COM MÚLTIPLOS INSUMOS x1 x2 y x1 x2 y TECHNOLOGIES WITH MULTIPLE INPUTS x1 x2 y x1 x2 y x1 x2 y x1 x2 y x1 y x1 y x1 y x1 y x1 y x1 y x1 y x1 y x1 y x1 y FUNÇÃO DE PRODUÇÃO COM TECNOLOGIA COBB-DOUGLAS • Uma função de produção Cobb-Douglas production function tem a seguinte forma geral: • EXEMPLO y Ax x x a a n an 1 2 1 2 . y x x 1 1/3 2 1/3 Sendo n = 2 insumos A (escala de produção) = 1 a1 = 1/3 e a2 = 1/3 x2 x1 COBB-DOUGLAS: TODAS AS ISOQUANTAS SÃO HIPÉRBOLES, ASSINTÓTICAS AOS EIXOS NUNCA CRUZA OS MESMOS y x x a a 1 2 1 2 x x y a a 1 2 1 2 " x x y a a 1 2 1 2 ' y“ > y´ TECNOLOGIAS DE PROPORÇÕES FIXAS DE INSUMOS • Uma função de produção com proporções fixas tem a seguinte forma: y a x a x a xn n min{ , , , }.1 1 2 2 y x x min{ , }1 22 TECNOLOGIAS DE PROPORÇÕES FIXAS x2 x1 min{x1,2x2} = 14 4 8 14 2 4 7 min{x1,2x2} = 8 min{x1,2x2} = 4 x1 = 2x2 y x x min{ , }1 22 Semelhante ao caso dos bens complementares na Teoria da Demanda TECNOLOGIA DE INSUMOS SUBSTITUTOS PERFEITOS • Uma função de produção com insumos substitutos perfeitos da forma: y a x a x a xn n 1 1 2 2 . y x x 1 23 N= 2 insumos; a1 = 1 e a2 = 3 9 18 6 24 8 x1 x2 Todas funções de produção são lineares e paralelas y x x 1 23 TECNOLOGIA DE INSUMOS SUBSTITUTOS PERFEITOS 3 PRODUTOS (FÍSICOS) MARGINAIS (PMG) • O produto marginal de um insumo I é a taxa de mudança no nível do produto quando o nível do insumo I muda, mantendo-se todos os demais insumos fixos. • Ou seja: • Exemplo y f x xn ( , , )1 i i x y MP PRODUTO FÍSICO MARGINAL • O Produto Físico Marginal de um insumo i diminui, se torna cada vez menor à medida que o nível de uso desse insumo se eleva. • Ou seja: .0 2 2 iiii i x y x y xx MP O QUE É O PRODUTO (FÍSICO) MARGINAL? O QUE SÃO OS RETORNOS À ESCALA NA FUNÇÃO DE PRODUÇÃO? RETORNOS À ESCALA • O Produto Físico Marginal mostra a mudança no nível de produção à medida que a quantidade de um único insumo se altera • Retornos à escala descrevem como o nível de produção muda quando todos os insumos mudam na mesma proporção • Se para qualquer conjunto de insumos (x1,…,xn) • Então a tecnologia descrita pela função de produção exibe retornos constantes à escala na proporção de k. Exemplo: k=2 (dobram as quantidades de todos os insumos) f kx kx kx kf x x xn n( , , , ) ( , , , )1 2 1 2 RETORNOS CONSTANTES À ESCALA: UM INSUMO E UM PRODUTO y = f(x) x’ x Insumo Produto y’ 2x’ 2y’ Retornos constantes à escala RETORNOS À ESCALA Dado um conjunto de insumos (x1,…,xn) se: Diz-se que a tecnologia (ou a função de produção) exibe retornos decrescentes à escala. Ou seja, se k =2 (dobram-se todos os insumos), o produto crescerá menos que o dobro. Se, dado um conjunto de insumos, contudo, tivermos: Então a tecnologia exibe retornos crescentes à escala. Ou seja, para k = 2, com os insumos dobrando em quantidade, o aumento da produção seria mais do que o dobro f kx kx kx kf x x xn n( , , , ) ( , , , )1 2 1 2 f kx kx kx kf x x xn n( , , , ) ( , , , )1 2 1 2 RETORNOS DECRESCENTES À ESCALA y = f(x) x’ x Nível de insumo Produto f(x’) 2x’ f(2x’) 2f(x’) Retornos decrescentes à escala RETORNOS CRESCENTES À ESCALA – UM INSUMO y = f(x) x’ x Insumo Produto f(x’) 2x’ f(2x’) 2f(x’) Retornos crescentes à escala UMA ÚNICA TECNOLOGIA PODE EXIBIR RETORNOS CRESCENTES E DECRESCENTES À ESCALA y = f(x) x Insumo Produto Retornosdecrescentes Retornos crescentes EXEMPLOS DE RETORNOS À ESCALA A função de produção com insumos substitutos perfeitos é: Se aumentar todos os insumos proporcionalmente por k, o nível de produção se modifica por: Logo, a função de produção para substitutos perfeitos tem retornos constantes à escala!!!!! y a x a x a xn n 1 1 2 2 . a kx a kx a kx k a x a x a x ky n n n n 1 1 2 2 1 1 2 2 ( ) ( ) ( ) ( ) . EXEMPLOS DE RETORNOS À ESCALA: INSUMOS COMPLEMENTARES PERFEITOS y a x a x a xn n min{ , , , }.1 1 2 2 A função de produção para insumos complementares é dada por: Ao aumentar proporcionalmente os níveis de todos os insumos, por k, o nível de produção muda em: Logo a função de produção com complementares perfeitos exibe Retornos constantes à escala min{ ( ), ( ), , ( )} (min{ , , , }) . a kx a kx a kx k a x a x a x ky n n n n 1 1 2 2 1 1 2 2 EXEMPLO DE RETORNOS À ESCALA: FUNÇÃO DE PRODUÇÃO COBB-DOUGLAS y x x x a a n an 1 2 1 2 . Ao aumentar todos os insumos proporcionalmente por k, tem como resultado o seguinte nível de produção: Dada a função: ( ) ( ) ( ) . kx kx kx k k k x x x k x x x k y a a n a a a a a a a a a a a a n a a a n n n n n n 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 FUNÇÃO DE PRODUÇÃO DO TIPO COBB- DOUGLAS y x x x a a n an 1 2 1 2 . A tecnologia Cobb-Douglas se caracteriza por retornos à escala: • constantes se: a1+ … + an = 1 • crescentes se: a1+ … + an > 1 • decrescentes se: a1+ … + an < 1 ( ) ( ) ( ) .kx kx kx k y a a n a a an n 1 2 1 2 1 PERGUNTA-SE 1) Pode uma função exibir retornos crescentes à escala mesmo tendo todos os Produtos Físicos Marginais decrescentes? TECNOLOGIAS BEM COMPORTADAS • Uma tecnologia é bem comportada quando é: • MONOTÔNICA e CONVEXA TECNOLOGIA MONOTÔNICA • Monotonicidade: Mais de qualquer insumo gera mais produto. y x y x monotônica não monotônica TECNOLOGIA BEM COMPORTADA – CONVEXIDADE x2 x1 x2 ' x1 ' x2 " x1 " tx t x tx t x1 1 2 21 1' " ' "( ) , ( ) y Convexidade: se um conjunto de insumos x’ e x”, ambos, geram y unidades de produto então, a combinação tx’ + (1-t)x” gerará, pelo menos, y unidades de produto, para qualquer 0 < t < 1. TECNOLOGIA BEM COMPORTADA – CONVEXIDADE x2 x1 x2 ' x1 ' x2 " x1 " tx t x tx t x1 1 2 21 1' " ' "( ) , ( ) y y TECNOLOGIA BEM COMPORTADA – CONVEXIDADE x2 x1 x2 ' x1 ' x2 " x1 " A convexidade implica que a TST aumenta (ou seja, se torna menos negativa) à medida que x1 aumenta O QUE DISTINGUE O CURTO E O LONGO PRAZO NA TEORIA DA PRODUÇÃO? O CURTO E O LONGO PRAZO • O Longo prazo se caracteriza pela circunstância na qual a empresa ou firma não tem restrição em sua escolha de insumos, a qualquer nível de seu emprego. Uma forma de entender o LP é que a firma pode escolher em qual circunstância de curto prazo ela estará. • O Curto prazo caracteriza a situação na qual uma firma está limitada, de algum modo, em sua escolha, para, pelo menos, um insumo • Exemplos de restrições que incidem sobre as empresas no curto prazo: • Temporariamente impossibilitada de instalar ou remover maquinário • Exigências legais (quotas, licenciamentos) • Atendimento de regulamentos domésticos sobre conteúdo SUPONDO O INSUMO X2 COMO FIXO NO CURTO PRAZO….. THE LONG-RUN AND THE SHORT-RUNSx2 x1 y THE LONG-RUN AND THE SHORT-RUNS x2 x1y THE LONG-RUN AND THE SHORT-RUNS x2 x1 y THE LONG-RUN AND THE SHORT-RUNS x2 x1 y THE LONG-RUN AND THE SHORT-RUNS x2 x1 y THE LONG-RUN AND THE SHORT-RUNS x2 x1 y THE LONG-RUN AND THE SHORT-RUNS x2 x1 y THE LONG-RUN AND THE SHORT-RUNS x2 x1 y THE LONG-RUN AND THE SHORT-RUNS x2 x1 y THE LONG-RUN AND THE SHORT-RUNS x2 x1 y THE LONG-RUN AND THE SHORT-RUNS x1 y THE LONG-RUN AND THE SHORT-RUNS x1 y THE LONG-RUN AND THE SHORT-RUNS x1 y Exemplos de funções de produção de curto prazo
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