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Trabalho de Hidrometria

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1 
 
 
 
 
 
 
 
Minimização de Perdas de Água em 
Sistemas de Abastecimento 
 
 
Hidráulica e Saneamento Ambiental 
Hidrometria 
Profº Roberto Abranches 
 
 
 
 
 
 
 
Cleverson Travassos 
Cesar Ricardo S. Moralejo 
George H. da S. Mota 
Suellen Soares 
 
 
São Paulo, junho de 2019. 
 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3 
2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................................................................................ 4 
2.1 – MUNICÍPIOS BRASILEIROS COM REDE DE ABASTECIMENTO DE 
ÁGUA .................................................................................................................................. 4 
2.2 – MUNICÍPIOS QUE AINDA FORNECEM ÁGUA SEM TRATAMENTO ........ 5 
2.3 - MENOS DE UM TERÇO DOS MUNICÍPIOS TÊM LEIS PARA PROTEÇÃO 
DE MANANCIAIS ............................................................................................................. 6 
2.4 - DOMICÍLIOS ATENDIDOS POR REDE DE ÁGUA AUMENTAM 30,8% 
ENTRE 2000 E 2008 ........................................................................................................... 6 
3. TERMINOLOGIA E BALANÇO HÍDRICO ................................................................ 6 
4. INDICADORES DE DESEMPENHO – IWA ............................................................... 13 
5. AÇÕES PRIORITÁRIAS ............................................................................................... 21 
5.1. MACROMEDIÇÃO ................................................................................................ 21 
5.2. INFRAESTRUTURA: SUBSTITUIÇÃO DE REDES E RAMAIS..................... 24 
5.3. SUBSTITUIÇÃO DE REDES ................................................................................ 24 
5.4. SUBSTITUIÇÃO DE RAMAIS .............................................................................. 25 
5.5. PESQUISA DE VAZAMENTOS ........................................................................... 26 
5.5.1. VAZAMENTOS "NÃO VISÍVEIS" .......................................................................... 27 
5.5.2. VAZAMENTOS VISÍVEIS ...................................................................................... 29 
5.6. AUTOMAÇÃO E MANUTENÇÃO DE VRPS ..................................................... 29 
5.7. INTEGRAÇÃO DOS DADOS COM O CCO ........................................................ 30 
6. CONCLUSÕES ................................................................................................................ 32 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ......................................................................... 33 
 
 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem o objetivo de apresentar alguns parâmetros que proporcionam um 
melhor acompanhamento do controle e redução de perdas reais na rede de abastecimento de 
água. 
De modo geral, a incidência de perdas reais se dá principalmente nos ramais prediais e nas redes 
de distribuição. As principais causas são a idade da rede, a má qualidade do material utilizado 
e as falhas na execução dos serviços de instalação. 
Avaliando os materiais empregados, estes devem ter capacidade de suportar não somente as 
pressões internas estáticas e dinâmicas, mas também os esforços externos atuantes sobre a 
mesma como os ocasionados pelo peso de reaterro e a influência de transito de veículos assim 
sofrem deflexão, por vezes, acima da máxima permitida, com esmagamentos e rupturas. 
Para a qualidade da execução dos serviços pode ocorrer algumas falhas como: torque excessivo 
aplicado no adaptador, instalação deficiente do tubo na vala, má fixação da peça, falta de 
estanqueidade, dentre outros, são comumente verificadas. 
Outro aspecto de vulnerabilidade são as intermitências de fornecimento de água e grandes 
variações de pressão que tendem a aumentar os vazamentos favorecendo a ampliação das perdas 
no sistema de abastecimento. 
Em consonância com essas causas apontadas, o atual trabalho comtempla os seguintes temas: 
 Indicadores de Desempenho; 
 Macromedição; 
 Infraestrutura: substituição de redes e ramais; 
 Pesquisa de vazamentos; 
 Automação e manutenção de VRPs; 
 Integração dos dados com o CCO de forma que gradativamente esta gestão passe a ser 
automatizada e possa futuramente ser integrada com o sistema comercial. 
Para um acompanhamento dos serviços, devem-se implantar indicadores gerenciais que 
servirão de base, bem como servirão para a tomada de decisões de caráter administrativo e 
estratégico, podendo ser avaliados individualmente quanto aos aspectos comerciais, 
operacionais, administrativos e gerenciais. 
 
 
4 
 
2. Abastecimento de água 
De acordo com a PNSB 2008, em somente 17% dos municípios as prefeituras realizavam o 
abastecimento de água de forma exclusiva, ficando a prestação desse serviço, em maior medida, 
com outras entidades (58,2%) ou de forma combinada (24,7%). A situação se invertia quando 
se tratava do serviço de coleta de esgoto: em 55,6 % dos municípios, as prefeituras executavam 
o serviço de forma exclusiva, e 41,6% tinham a execução sob a responsabilidade de outras 
entidades. O manejo de águas pluviais era executado quase que exclusivamente pelas 
prefeituras municipais (98,6%). No manejo dos resíduos sólidos a maior parte das prefeituras 
se incumbia exclusivamente da prestação dos serviços (59,1%), enquanto em 31,2% delas a 
forma de execução compreendia outras entidades. 
Quanto à existência de instrumentos legais reguladores dos serviços de saneamento básico, 
constatou-se que o abastecimento de água era regulado em 32,5% dos municípios, o 
esgotamento sanitário, em 18,4%, e o manejo de águas pluviais, em 18%. 
 
2.1 Municípios brasileiros com rede de abastecimento de água 
Em 2008, 5.531 (99,4%) dos 5.564 municípios brasileiros tinham abastecimento de água por 
rede geral, mesmo que apenas em parte do município. Entre 1989 e 2008 a cobertura desse 
serviço cresceu 3,5%, sendo que o maior avanço foi na região Norte (de 86,9% para 98,4% dos 
municípios). Desde 2000, o Sudeste é a única região com todos os municípios abastecidos por 
rede geral de água em pelo menos um distrito. 
 
 
Gráfico 1 – Domicílios abastecidos de água por rede geral segundo as grandes regiões – 2000/2008 
 
Em 33 municípios distribuídos em nove estados não havia rede geral de abastecimento de água, 
afetando cerca de 320 mil pessoas. Essa situação vem diminuindo sistematicamente no país: 
 
5 
 
em 1989, eram 180 municípios sem rede de água, e em 2000, 116. Dos 33 municípios sem rede 
de água em 2008, 21 se localizavam na região Nordeste, com destaque para os estados da 
Paraíba (11 municípios) e Piauí (5), e 7 estavam na região Norte, com destaque para o estado 
de Rondônia (4 municípios). 
Além desses 33 municípios sem rede geral de abastecimento de água em nenhum distrito, outras 
794 cidades tinham ao menos um distrito em que também não havia rede, somando 827 
municípios (14,9% do total) em que a água era fornecida por formas alternativas, como carros-
pipas e poços particulares. O Nordeste tinha o maior percentual de municípios com outras 
formas de abastecimento (30,1%), sendo que os maiores percentuais entre os estados estavam 
no Piauí (58,3%), Ceará (35,9%) e Maranhão (30,4%). 
 
2.2 Municípios que ainda fornecem água sem tratamento 
Em 2008, a maior parte dos municípios (87,2%) distribuía a água totalmente tratada. Em 6,2% 
dos municípios a água distribuída era apenas parcialmente tratada e em 6,6% a água não tinha 
nenhum tratamento. Em 2000, os municípios onde não se realizava nenhumtipo de tratamento 
na água representavam 18,1% do total. A região com maior percentual de municípios 
distribuindo água sem nenhum tratamento em 2008 era a Norte (20,8%), onde Pará (40%) e 
Amazonas (38,7%) tinham os maiores percentuais. Em seguida vinha o Nordeste (7,9%), com 
destaque para Piauí (24,3%) e Maranhão (21,8%). 
Dos municípios que forneciam água sem tratamento, 99,7% tinham população de até 50 mil 
habitantes e densidade demográfica menor que 80 mil habitantes por quilômetro quadrado. A 
fluoretação da água para prevenção da cárie dental era realizada em 3.351 municípios (60,6% 
do total). 
Em 1.296 municípios (23,4%) ocorreu racionamento de água em 2008, e as regiões com maior 
ocorrência foram Nordeste (40,5%) e Norte (24,9%). No Nordeste chama a atenção o conjunto 
de municípios em Pernambuco (77,3%), Ceará (48,9%) e Rio Grande do Norte (46,7%); no 
Norte, os de Amazonas (43,5) e Pará (41,4%). Os motivos mais apontados pelos municípios 
eram seca/estiagem (50,5%), insuficiência de água no manancial (39,7%), deficiência na 
produção (34,5%) e deficiência na distribuição (29,2%). 
 
6 
 
2.3 Menos de um terço dos municípios têm leis para proteção de mananciais 
Em 1.749 municípios havia legislação municipal sobre proteção de mananciais (fontes de água 
utilizadas para abastecimento) em 2008. Dentre os 3.141 municípios (56,4% do total) que 
efetuam captação superficial de água, 83,2% informaram alguma proteção: isolamento com 
cerca (85,7%), preservação da vegetação (54,3%) e a proibição de despejos (44,6%). Menos da 
metade (45,1%) dos municípios brasileiros tinham legislação que exigia aprovação e 
implantação de sistema de abastecimento de água para loteamentos novos. 
 
2.4 Domicílios atendidos por rede de água aumentam 30,8% entre 2000 e 2008 
O número de domicílios abastecidos por rede geral de água cresceu 30,8%, de 34,6 milhões, 
em 2000, para 45,3 milhões, em 2008, segundo a PNSB. O maior crescimento foi no Nordeste 
(39,2%) e no Centro-Oeste (39,1%), e o menor no Norte (23,1%). 
Os 5.531 municípios do país com abastecimento de água por rede geral tinham mais de 40 
milhões de ligações das quais 84,2% contavam com medidores. Nos últimos oito anos, cresceu 
30,8% no país o uso de hidrômetros, com destaque para o Norte (54,2%) e Centro-Oeste 
(53,1%). Os menores crescimentos foram no Sudeste (28,9%) e Nordeste (38,8%). No Sudeste, 
o baixo crescimento deveu-se aos avanços já obtidos: a região tem 92,5% das ligações de água 
com medidores. 
Em 2008, em 94% dos municípios beneficiados por rede geral de distribuição, havia cobrança 
pelo serviço de abastecimento de água. A região Sul apresentava o menor percentual de 
municípios que não faziam cobrança (0,7%) e a Norte, o maior (13,6%). 
 
3. TERMINOLOGIA E BALANÇO HÍDRICO 
A seguir são apresentados os principais conceitos a serem considerados para o cálculo de 
um balanço hídrico conforme padrões IWA (International Water Association). 
O cálculo do balanço hídrico requer estimativas dos volumes de água em cada ponto de 
controle de vazão. Sempre que possível deve recorrer-se a medidores calibrados. Na sua 
ausência, será necessário utilizar estimativas baseada em outros dados disponíveis ou aplicar 
outras de técnicas de engenharia. 
Normalmente o balanço hídrico é calculado para um período de 12 meses, pelo que representa 
a média anual de todos os componentes. 
 
7 
 
Devido à grande variedade de interpretações do termo “água não contabilizada” em todo o 
mundo, os grupos de trabalho sobre “Perdas de água” e sobre “Indicadores de desempenho” 
não recomendam a sua utilização. Se este termo for, no entanto, utilizado, deve ser definido e 
calculado como a água não faturada. 
 Água captada: volume de água obtida a partir de captações de água bruta para 
entrada em estações de tratamento de água (ou diretamente em sistemas de adução e 
de distribuição), durante o período de referência. 
 Água fornecida ao tratamento: volume de água bruta que aflui às instalações de 
tratamento, durante o período de referência. 
 Água produzida: volume de água tratada que é fornecida à adução ou diretamente 
ao sistema de distribuição, durante o período de referência. (O volume de água sem 
tratamento prévio que é distribuído aos consumidores também deve ser 
contabilizado como água produzida.) 
 Água tratada, importada ou exportada: volume de água tratada transferido de e 
para o sistema (as transferências podem ocorrer em qualquer ponto a jusante do 
tratamento), durante o período de referência. Caso exista, o volume de água sem 
tratamento prévio que é captado e distribuído aos consumidores também deve ser 
contabilizado como “ÁGUA TRATADA” no contexto do balanço hídrico. 
 Água fornecida à adução: volume de água tratada que aflui ao sistema de adução, 
durante o período de referência. 
 Água fornecida para distribuição: volume de água tratada que aflui ao sistema de 
distribuição, durante o período de referência. 
 Água fornecida para distribuição direta: diferença entre a água fornecida para 
distribuição e a água tratada exportada (sempre que não seja possível separar a 
adução da distribuição, a água fornecida para distribuição direta corresponde à 
diferença entre a água fornecida à adução e a água tratada exportada). 
 Água entrada no sistema: volume introduzido na parte do sistema de abastecimento 
de água, durante o período de referência. (Se o balanço hídrico se referir a uma 
parte do sistema global, a água entrada no sistema deve corresponder a essa parte 
do sistema.) 
 Consumo autorizado: volume de água, medido ou não medido, fornecido a 
consumidores registados, à própria entidade gestora e a outros que estejam implícitas 
 
8 
 
ou explicitamente autorizados a fazê-lo para usos domésticos, comerciais e 
industriais, durante o período de referência. Inclui a água exportada. O consumo 
autorizado pode incluir combate a incêndios, lavagem de coletores de esgoto, 
lavagem de ruas, irrigação de espaços verdes municipais, alimentação de fontes, 
proteção contra congelação, fornecimento de água para obras, etc. Este consumo 
pode ser faturado ou não faturado, medido ou não medido, de acordo com a prática 
local. Consumo autorizado inclui as fugas de água e o desperdício, por parte de 
clientes registados, que não são medidos. 
 Perdas de água: diferença entre a água entrada no sistema e o consumo autorizado. 
As perdas de água podem ser consideradas para todo o sistema, ou calculadas em 
relação a subsistemas como sejam a rede de água não tratada, o sistema de adução 
ou o de distribuição. Em cada caso as componentes do cálculo são consideradas em 
conformidade com a situação. As perdas de água dividem-se em perdas reais e perdas 
aparentes. 
 Perdas reais: perdas físicas de água do sistema em pressão, até ao contador do 
cliente, durante o período de referência. O volume de perdas através de todos os tipos 
de fissuras, rupturas e extravasamentos depende da frequência, da vazão e da duração 
média de cada fuga. Apesar das perdas físicas localizadas a jusante do contador do 
cliente se encontrarem excluídas do cálculo das PERDAS REAIS, são muitas vezes 
significativas em particular quando não há contagens) e merecedoras de atenção no 
contexto dos objetivos da gestão dos consumos. 
 Perdas aparentes: contabiliza todos os tipos de imprecisões associadas às medições 
da água produzida e da água consumida, e ainda o consumo não-autorizado (por furto 
ou uso ilícito). Os registos por defeito dos medidores de água produzida, bem como 
registos por excesso em contadores de clientes, levam a uma subavaliação das perdas 
reais. Os registos por excesso dos medidores de água produzida, bem como registos 
por defeito em contadoresde clientes levam a uma sobre avaliação das perdas reais. 
 Água não faturada: diferença entre a água entrada no sistema e o consumo 
autorizado faturado. A água não faturada inclui não só as perdas reais e aparentes, 
mas também o consumo autorizado não faturado. 
 
9 
 
Na figura 2 apresenta-se os tópicos que compõem o balanço hídrico conforme padrões 
IWA (International Water Association). Nele são considerados os conceitos técnicos 
indicados a seguir: 
 A3 – Água entrada no sistema (m³) 
Volume introduzido no sistema de abastecimento de água durante o período de 
referência. 
O volume de água entrada no sistema deve incluir a água captada e toda a água 
importada, bruta e tratada. 
 
 A4 – Máximo diário de água tratada (m³/dia) 
Volume diário máximo de água tratada durante o período de referência nas 
estações de tratamento. 
Esta variável corresponde ao máximo da soma dos valores diários tratados no 
sistema e não à soma dos valores máximos individuais de cada estação de 
tratamento, por forma a ter em conta a não simultaneidade de ocorrência dos 
volumes máximos nas diferentes estações de tratamento. 
 
 A5 – Água bruta exportada (m³) 
Volume total de água bruta transferida para outra entidade gestora ou para outro 
sistema da mesma área de abastecimento, durante o período de referência. 
 
 A6 – Água produzida (m³) 
Volume total de água tratada para entrar nas condutas de adução de água ou 
diretamente no sistema de distribuição durante o período de referência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 A B C D E 
 
Á
gu
a 
en
tr
ad
a 
no
 s
is
te
m
a 
A3
 
 
 
 
 
 
Consumo 
autorizado 
 
 
A14 = A10+A13 
 
 
Consumo 
autorizado 
faturado 
 
A10 = A8+A9 
 
 
Consumo faturado medido 
 
A8 
 
 
Água faturada 
 
A20 = A8+A9 
 
 
 
Consumo faturado não 
Medido 
 
A9 
 
 
Consumo 
autorizado não 
faturado 
 
A13 = A11+A12 
Consumo não faturado medido 
 
A11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Água não faturada 
(perdas comerciais) 
 
 
A21 = A3-A20 
 
Consumo não faturado não medido 
 
A12 
 
 
 
 
 
 
 
 
Perdas de água 
 
 
A15 = A3- A14 
 
Perdas aparentes 
 
 
A18 = A16+A17 
Consumo não autorizado 
 
A16 
Perdas de água por erros de medição 
 
A17 
 
 
 
 
 
Perdas reais 
 
 
A19 = A15-A18 
Fugas nos tubos de adução e/ou 
distribuição 
 
Fugas e extravasamentos nos 
reservatórios de adução e/ou 
distribuição 
 
Fugas nos ramais (a montante 
do ponto de medição) 
 
Figura 1 – Balanço Hídrico 
Fonte: Indicadores de Desempenho para Serviços de Abastecimento de Água da IWA (International Water 
Association). 
 
 A8 – Consumo faturado medido (m³) 
Consumo total autorizado que é medido e faturado (incluindo a água exportada) 
durante o período de referência. 
Este dado de entrada é a resulta da soma das leituras dos contadores dos clientes. 
Como, em geral, as datas das leituras não coincidem com o período exato da 
avaliação, serão necessárias interpolações para obter a melhor estimativa possível 
do valor verdadeiro. 
 
11 
 
 
 
 A9 – Consumo faturado não medido (m³) 
Consumo total autorizado que não é medido e que é faturado (incluindo a água 
exportada) durante o período de referência. 
Este dado de entrada é a melhor estimativa disponível, baseada em inquéritos ou 
em quaisquer outras formas de avaliação a que a entidade gestora possa recorrer. 
 
 A10 – Consumo autorizado faturado (m³) 
Consumo total autorizado que foi faturado durante o período de referência. 
Note-se que o consumo autorizado faturado pode incluir consumos para combate a 
incêndios e formação de bombeiros, lavagem de condutas e de coletores, lavagem 
de ruas, rega de espaços verdes municipais, alimentação de fontanários públicos, 
proteção contra baixas temperaturas, obras de construção civil, etc., caso sejam 
faturados. 
 A11 – Consumo não faturado medido (m³) 
Consumo total autorizado que foi medido, mas não faturado (incluindo a água 
exportada) durante o período de referência. 
Note-se que o consumo autorizado não faturado pode incluir consumos para 
combate a incêndios e formação de bombeiros, lavagem de condutas e de coletores, 
lavagem de ruas, rega de espaços verdes municipais, alimentação de fontanários 
públicos, proteção contra baixas temperaturas, obras de construção civil, etc.... 
Estes consumos podem ser medidos ou não medidos, de acordo com a prática local. 
 A12 – Consumo não faturado não medido (m³) 
Consumo total autorizado não medido e não faturado (incluindo a água exportada) 
durante o período de referência. 
Este dado de entrada é a melhor estimativa disponível, baseada em inquéritos ou 
em quaisquer outras formas de avaliação a que a entidade gestora possa recorrer. 
Note-se que o consumo autorizado não faturado não medido pode incluir consumos 
para combate a incêndios e formação de bombeiros, lavagem de condutas e de 
coletores, lavagem de ruas, rega de espaços verdes municipais, alimentação de 
 
12 
 
fontanários públicos, proteção contra baixas temperaturas, obras de construção 
civil, etc., caso não sejam faturados nem medidos. 
 A13 – Consumo autorizado não faturado (m³) 
Consumo total autorizado e não faturado durante o período de referência. 
Note-se que o consumo autorizado não faturado pode incluir consumos para 
combate a incêndios e formação de bombeiros, lavagem de condutas e de coletores, 
lavagem de ruas, rega de espaços verdes municipais, alimentação de fontanários 
públicos, proteção contra baixas temperaturas, obras de construção civil, etc., caso 
não sejam faturados. Estes consumos podem ser medidos ou não medidos, de 
acordo com a prática local. 
 
 A14 – Consumo autorizado (m³) 
Consumo total autorizado durante o período de referência, medido e/ou não 
medido, de clientes registados, da própria entidade gestora e de outros que estejam 
implícitas ou explicitamente autorizados a fazê-lo pelo fornecedor de água, para 
usos domésticos, comerciais, industriais ou públicos. Inclui a água exportada. 
Note-se que o consumo autorizado pode incluir consumos para combate a 
incêndios e formação de bombeiros, lavagem de condutas e de coletores, lavagem 
de ruas, rega de espaços verdes municipais, alimentação de fontanários públicos, 
proteção contra baixas temperaturas, obras de construção civil, etc. 
Estes consumos podem ser faturados ou não faturados, medidos ou não medidos, 
de acordo com a prática local. 
 A15 – Perdas de água (m³) 
Diferença entre água entrada no sistema e consumo autorizado. 
As perdas de água podem ser consideradas como um volume total para todo o 
sistema, ou por subsistemas tais como os sistemas de adução e de distribuição. Em 
cada caso os componentes do cálculo devem ser considerados em conformidade 
com a situação. As perdas de água consistem em perdas reais e perdas aparentes. 
 A16 – Consumo não autorizado (m³) 
Consumo total não autorizado durante o período de referência, incluindo furto. 
 
13 
 
Este dado de entrada é a melhor estimativa disponível, baseada em inquéritos ou 
em quaisquer outras formas de avaliação a que a entidade gestora possa recorrer. 
 A17 – Perdas de água por erros de medição (m³) 
Consumo total de água não contabilizada durante o período de referência devido a 
erros de medição. 
Este dado de entrada é a melhor estimativa possível, baseada principalmente em 
dados resultantes da calibração dos contadores existentes e/ou de inspeções 
realizadas para esse objetivo. 
 A18 – Perdasaparentes (m³) 
Consumo total de água não contabilizada durante o período de referência devido ao 
consumo não autorizado e a erros de medição. 
 A19 – Perdas reais (m³) 
Volume total de perdas físicas de água do sistema em pressão, até ao contador do 
cliente, durante o período de referência. 
O volume de perdas durante o período de referência através de todos os tipos de 
fugas de água, roturas e extravasamentos depende das frequências, dos caudais e da 
duração média das fugas. 
 A20 – Água faturada (m³) 
Consumo total autorizado faturado (incluindo a água exportada) durante o período 
de referência. 
 A21 – Água não faturada (m³) 
Diferença entre os volumes de água entrada no sistema e do consumo autorizado 
faturado (incluindo a água exportada) durante o período em análise. 
A água não faturada inclui não só as perdas reais e aparentes, mas também o 
consumo autorizado não faturado. 
 
 
4. INDICADORES DE DESEMPENHO – IWA 
Os indicadores normalmente recomendados em toda a abrangência de uma concessionária 
pública de água e esgoto abrangem aspectos operacionais, comerciais, administrativos e 
 
14 
 
gerenciais. Por um lado, podem abranger aqueles previstos pelo SNIS – Sistema Nacional de 
Informações de Saneamento Básico, que também seguem os preceitos daqueles recomendados 
pela IWA – International Water Assotiation. 
A própria IWA recomenda que os indicadores não sejam utilizados para períodos inferiores a 
um ano porque os valores obtidos podem induzir em erros de interpretação. Preferencialmente, 
devem ser analisados valores anuais em conjuntos de vários anos. Se por algum motivo o 
período de referência utilizado for inferior ao ano, as comparações internas devem ser feitas 
com prudência e devem ser evitadas comparações externas. 
Para atingir os seus objetivos de gestão, as entidades gestoras devem procurar elevados 
padrões de eficiência e de eficácia. A eficiência mede até que ponto os recursos disponíveis 
são utilizados de modo optimizado para a produção do serviço. A eficácia mede até que 
ponto os objetivos de gestão, definidos específica e realisticamente, foram cumpridos. 
Um indicador de desempenho é uma medida quantitativa de um aspecto particular do 
desempenho da entidade gestora ou do seu nível de serviço. É um instrumento de apoio à 
monitorização da eficiência e da eficácia da entidade gestora, simplificando uma avaliação 
que de outro modo seria mais complexa e subjetiva. 
O benefício para as entidades gestoras são: 
 Facilita uma melhor e mais oportuna resposta por parte dos gestores; 
 Permite uma melhor monitorização dos efeitos das decisões de gestão; 
 Fornece a informação-chave de suporte a uma atitude proativa da gestão, em 
alternativa a uma atitude reativa, baseada nas disfunções aparentes dos sistemas; 
 Permite destacar os pontos fortes e fracos dos diversos sectores das entidades gestoras, 
e assim apoiar a adopção de medidas corretivas para melhoria da produtividade, dos 
procedimentos e das rotinas de trabalho; 
 Facilita a implementação de um sistema de Gestão pela Qualidade Total, constituindo 
um meio de valorização da qualidade global e da eficiência no seio da organização; 
 Facilita a implementação de rotinas de “benchmarking”, quer internamente à entidade 
gestora (comparando o desempenho obtido em unidades operacionais ou em 
subsistemas diferentes), quer externamente (comparando o seu desempenho com o de 
outras entidades gestoras semelhantes), promovendo melhorias de desempenho; 
 
15 
 
 Proporciona uma base técnica de suporte a processos de auditoria da atividade da 
entidade gestora e de previsão dos efeitos de recomendações resultantes dessas 
auditorias. 
Para Gestão das Perdas Físicas (Reais) são recomendados, inicialmente, os seguintes 
indicadores referenciados ao Guia Indicadores de Desempenho para Serviços de Abastecimento 
de Água da IWA (International Water Association): 
 OP18 - SUBSTITUIÇÃO DE REDES (%/ANO) 
 QS25 - EFICIÊNCIA NA REPARAÇÃO DE LIGAÇÕES (DIAS) 
 OP27 - PERDAS REAIS POR RAMAL (L/RAMAL/DIA COM SISTEMA EM 
PRESSÃO) 
 OP29 - ÍNDICE INFRAESTRUTURA DE FUGAS/ PERDAS 
 OP31 - AVARIAS EM REDES (N.º/100 KM/ANO) 
 OP32 - AVARIAS EM RAMAIS (N.º/1000 RAMAIS/ANO) 
 WR1- INEFICIÊNCIA NA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS (%) 
 
16 
 
 OP18 - SUBSTITUIÇÃO DE REDES (%/ANO) 
SIGLA OP18 
NOME Substituição de Rede (%/ano) 
TIPO Operacional 
ENTIDADE (IWA) 
FÓRMULAS OP18 = (D22 x 365 / H1) / C8 x 100 
VARIÁVEIS 
C8 - Comprimento de rede (km) 
D22 - Substituição de redes (Km) 
H1 - Duração do período de referência (dia) 
Recomenda-se que este indicador não seja utilizado para períodos inferiores a um ano porque 
os valores obtidos podem induzir em erros de interpretação. Preferencialmente, devem ser 
analisados valores anuais em conjuntos de vários anos. Se por algum motivo o período de 
referência utilizado for inferior ao ano, as comparações internas devem ser feitas com prudência 
e devem ser evitadas comparações externas. 
D22 – Substituição de tubulações (km): Comprimento de redes substituídas durante o período 
de referência. 
H1 – Duração do período de referência (dia): Duração do período adoptado como referência 
para o cálculo dos indicadores e das variáveis. 
 
 QS25 - EFICIÊNCIA NA REPARAÇÃO DE LIGAÇÕES (DIAS) 
SIGLA QS25 
NOME Eficiência na reparação de ligações (dias) 
TIPO Qualidade do Serviço 
ENTIDADE (IWA) 
FÓRMULAS QS25 = F13 / F14 
VARIÁVEIS 
F13 - Tempo de reparação dos ramais (dia) 
 
F14 - Ramais reparados (n°) 
 
Recomenda-se que este indicador não seja calculado para períodos inferiores a um ano porque 
os valores obtidos podem induzir em erros de interpretação. Se por algum motivo o período 
de referência utilizado for inferior ao ano, as comparações internas devem ser feitas com 
prudência e devem ser evitadas comparações externas. 
 
17 
 
F13 - Tempo de reparação de ramais (dia): Soma, para todos os ramais reparados durante o 
período de referência, do tempo total despendido desde as notificações de avaria até ao 
restabelecimento do serviço. 
F14 – Ramais reparados (nº): Número total de ligações reparadas durante o período de 
referência. 
 OP27 - PERDAS REAIS POR RAMAL (L/RAMAL/DIA COM SISTEMA EM 
PRESSÃO) 
SIGLA OP27 
NOME Perdas reais por ramal (l/ramal/dia com sistema em pressão) 
TIPO Operacional 
ENTIDADE (IWA) 
FÓRMULAS OP27 = A19 x 1000 / (C24 x H2 / 24) 
VARIÁVEIS 
A19 - Perdas reais (m³) 
C24 - Número de ramais (n.º) 
H2 - Tempo de pressurização do sistema (horas) 
Deve ser utilizado apenas o indicador OP27 ou o OP28, em alternativa. O OP28 aplica-se se 
a densidade de ramais < 20/km de rede (por exemplo, no caso de sistemas de produção e 
adução). O OP27 aplica-se em todas as restantes situações. Recomenda-se que este indicador 
não seja calculado para períodos inferiores a um ano porque os valores obtidos podem induzir 
em erros de interpretação. Se por algum motivo o período de referência utilizado for inferior 
ao ano, as comparações internas devem ser feitas com prudência e devem ser evitadas 
comparações externas. 
A19 – Perdas reais (m³): Volume total de perdas físicas de água do sistema em pressão, até ao 
contador do cliente, durante o período de referência. 
C24 – Número de ramais (nº) Número total de ramais, na data de referência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 OP29 - ÍNDICE INFRAESTRUTURA DE FUGAS/ PERDAS 
SIGLA OP29 
NOME Índice de vazamento da infraestrutura (-) 
TIPO Operacional 
ENTIDADE (IWA) 
FÓRMULAS OP29 = OP27 / (18 x C8 / C24 + 0,7 + 0,025 x C25) / (D34/10) 
VARIÁVEIS 
C8 - Comprimento de rede (km) 
C24 - Número de ramais (n.º) 
C25 - Comprimento médiodos ramais (m) 
D34 - pressão média de operação (kPa) 
 
Recomenda-se que este indicador não seja calculado para períodos inferiores a um ano porque 
os valores obtidos podem induzir em erros de interpretação. Se por algum motivo o período de 
referência utilizado for inferior ao ano, as comparações internas devem ser feitas com prudência 
e devem ser evitadas comparações externas. 
As perdas reais mínimas, entendidas como o valor mínimo tecnicamente atingível, 
correspondem à melhor estimativa das chamadas Perdas Reais Inevitáveis Média. Estas podem 
ser calculadas através da equação determinada pelo Grupo de Trabalho da IWA sobre Perdas de 
Água (artigo da revista AQUA de dezembro de 1999 e brochura da série “Blue Pages” sobre 
“Losses from water supply systems”): 
 PRIM (litros/ramal/dia) = (18 x Lm/Nc + 0,7 + 0,025 x Lp) x (P/10) 
Esta equação, baseada em resultados de observações em casos de estudo internacionais, entra 
em conta com a influência das seguintes variáveis nas perdas reais de: 
 Comprimento da rede, Lm, em km (C8); 
 Número de ramais, Nc (C24); 
 Comprimento médio dos ramais, Lp, em m (C25); 
 Pressão média de operação, P, em kPa (D34). 
Em geral, sistemas com boa manutenção tendem a apresentar valores deste índice próximos de 
1,0, enquanto sistemas com deficiente manutenção apresentarão valores mais elevados. 
 
 
 
19 
 
 OP31 - AVARIAS EM REDES (N.º/100 KM/ANO) 
SIGLA OP31 
NOME Avarias em rede (n°/100 Km/ano) 
TIPO Operacional 
ENTIDADE (IWA) 
FÓRMULAS OP31 = (D28 x 365 / H1) / C8 x 100 
VARIÁVEIS 
C8 - Comprimento de rede (km) 
D28 - Avarias em rede (n°) 
H1 - Duração do período de referência (dia) 
 
Recomenda-se que este indicador não seja calculado para períodos inferiores a um ano porque 
os valores obtidos podem induzir em erros de interpretação. Se por algum motivo o período de 
referência utilizado for inferior ao ano, as comparações internas devem ser feitas com prudência 
e devem ser evitadas comparações externas. 
Se forem utilizadas as estatísticas de avarias de redes para fins de regulação, é aconselhável o 
uso de um indicador complementar, semelhante a OP31, mas que exclua avarias provocadas 
por terceiros, uma vez que não são da responsabilidade direta da entidade gestora. Esse número 
deve excluir as reparações devidas ao controle ativo de vazamentos. 
 
 OP32 - AVARIAS EM RAMAIS (N.º/1000 RAMAIS/ANO) 
SIGLA OP32 
NOME Avarias em ramais (n°/1000 ramais/ano) 
TIPO Operacional 
ENTIDADE (IWA) 
FÓRMULAS OP32 = D29 x 365 / H1) / C24 x 1000 
VARIÁVEIS 
C24 - Número de ramais (n°) 
D29 - Avarias em ramais (n°) 
H1 - Duração do período de referência (dia) 
 
Recomenda-se que este indicador não seja calculado para períodos inferiores a um ano porque 
os valores obtidos podem induzir em erros de interpretação. Se por algum motivo o período de 
referência utilizado for inferior ao ano, as comparações internas devem ser feitas com prudência 
e devem ser evitadas comparações externas. 
Se forem utilizadas falhas tipo avaria de ramal para fins de regulação, é aconselhável o uso de 
um indicador complementar, semelhante ao OP32, mas que exclua avarias provocadas por 
 
20 
 
terceiros, uma vez que não são da responsabilidade direta da entidade gestora. Esse número 
deve excluir as reparações devidas ao controle ativo de vazamentos. 
 
 WR1- INEFICIÊNCIA NA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS (%) 
SIGLA WR1 
NOME Ineficiência na utilização dos recursos hídricos 
TIPO Recursos Hídricos 
ENTIDADE (IWA) 
FÓRMULAS WR1 = A19 / A3 x 100 
VARIÁVEIS 
A3 - Água entrada no sistema (m³) 
 
A19 - perdas reais (m³) 
 
Recomenda-se que este indicador não seja calculado para períodos inferiores a um ano porque 
os valores obtidos podem induzir em erros de interpretação. Se por algum motivo o período de 
referência utilizado for inferior ao ano, as comparações internas devem ser feitas com prudência 
e devem ser evitadas comparações externas. 
 
 A19 - PERDAS REAIS (M3) 
SIGLA A19/TPF 
NOME Perdas Reais (%) 
TIPO Variável componente do Balanço Hídrico/intermediário 
ENTIDADE (IWA) /PMSS 
FÓRMULAS A19 = (A3 - A8 –A9 -A11 - A12 - A16 - A17) / A3 x 100 
VARIÁVEIS 
A3 - Água entrada no sistema (m³) 
A8 - Consumo faturado medido (m³) 
A9 - Consumo faturado não medido (m³) 
A11 - Consumo não faturado medido (m³) 
A12 - Consumo não faturado não medido (m³) 
A16 - Consumo não autorizado (m³) 
A17 - Perdas de água por erro de medição (m³) 
 
O volume de perdas durante o período de referência através de todos os tipos de fugas de água, 
rupturas e extravasamentos depende das frequências, das vazões e da duração média das fugas. 
 
 
21 
 
5. AÇÕES PRIORITÁRIAS 
De acordo com publicações recentes da ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária 
e Ambiental) em 2013 e 2015, no tocante às perdas reais, dentre as ações estruturais e 
estruturantes, devem ser estudadas: 
 Macromedição; 
 Infraestrutura: substituição de redes e ramais; 
 Pesquisa de vazamentos; 
 Automação e manutenção de VRPs; 
 Integração dos dados com o CCO. 
Tais iniciativas atendem as necessidades de diagnóstico operacional e gradual melhoria das 
informações técnicas do sistema. 
 
5.1. MACROMEDIÇÃO 
A proposição de implantar e avaliar os sistemas de macromedição objetivam a determinação 
dos volumes e vazões de água, em vários pontos do sistema e análise desses valores tomando 
em conta comportamentos esperados. 
Define-se a macromedição como o conjunto de medições de vazão realizadas de maneira 
permanente ao longo do sistema de abastecimento de água incluindo as vazões captadas nos 
mananciais e outras fontes, as tratadas e distribuídas no sistema de abastecimento. 
É um procedimento fundamental para o controle de perdas reais e aparentes, para o controle 
operacional e para avaliação das demandas e desempenho de setores de abastecimento. 
No sistema de distribuição, seguindo os preceitos da setorização, é importante que a 
macromedição englobe todo o sistema para permitir o controle das perdas em regiões 
individualizadas, como é o caso das zonas de medição e controle. 
Destaca-se que os macromedidores devem estar sempre bem aferidos e instalados e em perfeito 
funcionamento, em seus limites de precisão. 
De forma a organizar as informações destes dispositivos, ampliar e assegurar a confiabilidade 
dos dados de vazão observados são indicadas as seguintes ações: 
 Planejar a implantação do sistema de macromedição, seguindo um critério de 
prioridades baseado na macromedição; 
 
22 
 
 Atualizar o inventário cadastral dos macromedidores existentes, incluindo localização e 
caracterização física e operacional, com atualização no SIG; 
 Verificar a adequabilidade do dispositivo instalado e das condições de instalação dos 
macromedidores; 
 Seguir plano de aferição e verificação da calibração dos macromedidores. 
A macromedição é um instrumento imprescindível para orientar a operação do sistema de 
abastecimento de água e obter as estatísticas de produção e distribuição, tais como: 
 Evolução permanente das condições reais hidráulicas de funcionamento do sistema de 
abastecimento se água; 
 Determinação dos volumes e vazões de água em vários pontos do sistema e análise 
desses valores levando em conta comportamentos esperados; 
 Monitoramento dos reflexos no sistema de abastecimento, produzidos por alterações de 
variáveis de uma válvula de controle; 
 Determinação da pressão nas tubulações e análise dos níveis de água em reservatórios 
e poços, para orientar a operação de rotina do sistema; 
 Analisar a evolução do tempo de saturação dos sistemas em função da evolução 
demográfica, socioeconômica e culturaldas comunidades; 
 Determinação periódica das perdas em um sistema de distribuição, através da diferença 
de volumes de água transferidos ao sistema de distribuição e os volumes de água 
medidos por um sistema de micromedição mais os faturados e estimados; 
 Determinação periódica dos componentes de perdas, tais como erros de macromedição, 
erros de micromedição, perda de água por vazamentos, conexões clandestinas, 
consumos especiais e consumos operacionais; 
 Determinação de componentes de consumo tais como consumo per capita, coeficientes 
relativos a hora e dia de maior consumo, consumo por extensão da rede, consumo por 
conexão domiciliar, consumo mínimo noturno; 
 Determinação do volume de água potável produzido e fornecido ao sistema de 
distribuição; 
 
23 
 
 Determinação dos volumes de água utilizados no processo de tratamento de água; 
 Determinação dos volumes de água perdidos em uma estação de tratamento; 
 Evolução dos sistemas de micromedição existentes, incluindo grau de adequação dos 
medidores domiciliares ao regime de demanda dos domicílios, grau de precisão e 
sensibilidade dos medidores e equipamentos, eficiência de manutenção, planificação de 
substituição de medidores e grau de eficiência de leitura e processamento de dados; 
 Planejamento da implantação de sistema de micromedição seguindo um critério de 
prioridades baseado na macromedição. 
Para o planejamento operacional e otimização das práticas de operação, para permitir o acesso 
operativo de uma unidade para manutenção com menor prejuízo possível para o sistema de 
abastecimento de água, sugere-se as seguintes atividades: 
 Elaborar uma escala de prioridade para a implantação de sistemas de macromedição 
(vazão, pressão, e nível de água) em vários sistemas de água; 
 Fazer um reconhecimento minucioso de todos os macromedidores existentes no sistema, 
condições de instalação e funcionamento; 
 Definição do nível de tratamento das variáveis obtidas em cada ponto de medição, tais 
como indicação, integração, registro, forma de transmissão e recepção de dados; 
 Seleção dos tipos de medidores indicados para cada sistema de abastecimento de água; 
 Desenho em detalhe de cada ponto de medição; 
 Definição de mecanismos para a recepção, processamento, análises e divulgação dos 
dados; 
 Seleção e especificação dos macromedidores a comprar, tendo em vista o 
aproveitamento dos equipamentos existentes; 
 Elaboração do manual de operação e manutenção dos medidores; 
 Treinamento do pessoal; 
 Elaboração do cronograma da programação. 
 
24 
 
Atenção especial deve ser data aos aglomerados urbanos irregulares, como as favelas e seus 
núcleos habitacionais localizadas geralmente em encostas e fundos de vale ou próximos às 
principais vias públicas, ocupadas indevidamente por pessoas de baixa renda. 
O sistema de macromedição deve ser capaz de avaliar este grande volume de água consumido 
nessas habitações e não medida nem faturada, representando dessa forma elevada participação 
no índice de perdas aparentes. 
 
5.2. INFRAESTRUTURA: SUBSTITUIÇÃO DE REDES E RAMAIS 
No que tange a infraestrutura existente, gerenciá-la compreende planejar e viabilizar melhorias 
às suas condições operacionais, otimizando resultados e reduzindo perdas. 
Pode-se destacar como as principais ações para a infraestrutura: 
 Reabilitação e substituição de redes; 
 Substituição de ramais – corretiva e preventiva; 
 Controle de qualidade dos serviços. 
A eficiência no gerenciamento depende fundamentalmente dos recursos humanos envolvidos 
na sua gestão e execução. Assim, a melhoria da qualidade da mão de obra empregada na 
execução dos serviços de manutenção, operação e obras, é essencial para o controle de perdas. 
Deve-se, portanto, revisitar os procedimentos que orientem estas atividades visando incorporar 
as melhores práticas na execução de serviços. É muito importante a qualificação dos 
profissionais em todos os níveis do programa de controle de perdas. 
Toda a gestão se inicia com o conhecimento das condições do sistema, tais como: idade, 
materiais, histórico das manutenções, condições das instalações e dos equipamentos, dentre 
outras. 
 
5.3. SUBSTITUIÇÃO DE REDES 
Para o plano de substituição de redes, busca-se a identificação das áreas com redes com baixo 
desempenho, assim entendidas as redes com alto índice de vazamento ou com idade de operação 
acima de 40 anos. 
 
25 
 
Outros trechos também necessitam de remanejamento das ligações domiciliares, pelo motivo 
de profundidade inadequada, que causam constantes vazamentos. 
Por ser um programa de longo prazo, apresentamos os serviços, etapas de execução, e custos 
dentro de diferentes períodos de execução do Programa. 
a) Etapa 1 - Recuperação nos trechos mais problemáticos 
 Indicação de vazamentos constantes, ou com grande acúmulo de sedimentos em 
suas paredes internas, que causam rupturas ou a diminuição da vazão necessária; 
b) Etapa 2 – Substituição de redes mais antigas 
 Identificação de redes mais antigas, com alta probabilidade de ruptura e idade 
de operação superior a 40 anos. 
Uma rede de distribuição mal dimensionada provoca muitos vazamentos, rompimentos e 
desperdícios, aumentando ainda mais os problemas no abastecimento e o fluxo de serviços das 
equipes que efetuam os reparos. 
A recuperação completa das redes é conveniente que seja efetuada após a 
elaboração/complementação do cadastro digitalizado, geofonamento e da setorização, quando 
se poderão aferir quais trechos que hoje apresentam problemas, poderão ser reaproveitados. 
As redes que apresentam vazamentos constantes devem ser trocadas imediatamente, sem a 
necessidade de estudos mais específicos sobre seu comportamento dentro do sistema. 
 
5.4. SUBSTITUIÇÃO DE RAMAIS 
De modo similar ao plano de substituição de redes, o plano de ramais, também será com a 
identificação das regiões com alta incidência de vazamentos em ramal. Estas análises serão 
baseadas no histórico de vazamentos do local. 
Um procedimento de reparo de ramais seguida por sua substituição o qual foi baseado nas 
melhores práticas do setor e com sugestão de materiais a serem aplicados, procedimento esse a 
ser adotado como rotina padrão da empresa nas suas atividades cotidianas. 
Serviço de ligação de água avulsa ou substituição de ramal de ligação de água em tubo, 
compreende aos serviços de: Mobilização e deslocamento de equipe e equipamentos (inclusive 
para visitas improdutivas), pesquisa de interferências, locação da rede, sinalização local 
 
26 
 
conforme norma vigente, passadiço para travessia de pedestres e/ou veículos, escavação de vala 
em solo de qualquer natureza, exceto rocha, disposição ao lado da vala sobre encerado, 
escoramento para profundidade superior a 1,25 m, assentamento de tubo com envoltório de 
areia, instalação/troca da tomada de água, eliminação da corrida (em casos de substituição de 
ligação), conexão à rede e ao cavalete ou unidade de medição, cadastro, eventual troca de solo, 
reaterro compactado com controle, carga, transporte a qualquer distância, pagamento de taxa 
de aterro e descarga de material excedente em bota-fora, e limpeza do local. Devem ser 
registradas imagens fotográficas, conforme especificação técnica. Estão inclusos no preço todos 
os custos diretos e indiretos, bem como encargos sociais e B.D.I. (Benefícios e Despesas 
Indiretas). 
 
5.5. PESQUISA DE VAZAMENTOS 
Neste tema, busca-se reduzir ao mínimo o tempo que transcorre entre o surgimento de um 
vazamento e sua eliminação através da revisão e ajuste de procedimentos e metodologia de 
manutenção. 
Através de ações gerenciais eficazes se deve buscar a redução do volume de água perdido emcada vazamento por meio da redução a um mínimo factível, desde o ponto de vista técnico 
econômica – de seu tempo de existência. 
Para tal, deverá ser implantado um serviço de identificação, informação, reparação e 
contabilização de vazamentos visíveis em que haja participação ativa e consciente da população 
e dos funcionários. 
Intensificar o controle ativo de vazamentos é agir diretamente no principal fator de perdas reais 
e a demora na detecção do vazamento ocasiona aumento do volume perdido nos vazamentos ao 
longo do tempo e aumento significativo das perdas. 
Na sequência são indicadas ações recomendadas para controle ativo de vazamentos: 
 Procedimentos para comunicação de vazamentos visíveis para a população; 
 Estabelecimento de procedimentos para um correto e eficiente atendimento ao público; 
 Procedimento para eliminação rápida de vazamentos; 
 
27 
 
 Participação dos funcionários no esforço de comunicar vazamentos visíveis encontrados 
enquanto se realizam trabalhos externos; 
 Identificação de áreas críticas onde há maior incidência de vazamentos e adoção de 
medidas corretivas; 
 Instrumentação de um serviço de detecção e localização de vazamentos não visíveis 
através de processos compatíveis com as condições tecnológicas, operacionais, 
econômica e financeira. A determinação do processo mais adequado de detecção e 
localização de vazamentos, para cada sistema de distribuição, deverá ser fundamentada 
em análises de custo e benefício; 
 Aquisição de equipamentos; 
 Capacitação pessoal; 
 Modelo para caracterização de vazamentos encontrados; 
 Tratamento estatístico dos dados correspondentes dos vazamentos para efeito de 
evolução dos trabalhos de detecção e localização e para que sirva como base para 
decisões gerenciais com respeito a problemática global de perdas; 
 Ações para redução de vazamentos que ocorrem nas instalações prediais mediante a 
instalação de medidores e campanhas de conscientização dos usuários para melhorar a 
manutenção de suas instalações hidráulicas; 
 Redução das perdas de água por vazamentos mediante a redução de pressão na rede de 
distribuição. 
 
5.5.1. VAZAMENTOS "NÃO VISÍVEIS" 
Denominados como vazamentos "não visíveis", estes são os mais críticos pois são mais 
dificilmente identificados e podem demorar a serem reparados proporcionando grandes 
volumes de perdas d’água. 
Como não afloram à superfície, são descobertos e identificados somente por meio do emprego 
de técnicas de pesquisa e detecção acústica, com maior tempo de localização e reparo e ficam 
condicionados às pesquisas rotineiras para detecção de vazamentos. 
 
28 
 
Deve-se, portanto, programar pesquisa e detecção de vazamentos "não visíveis" e monitorar o 
serviço de detecção controlando a incidência de acertos na detecção de vazamentos, a carteira 
de vazamentos "não visíveis", o tempo médio de reparo de vazamentos; e o índice de 
reincidência. 
 Detecção de Vazamentos 
Com pessoal treinado, qualificado e certificado, do uso de equipamentos calibrados e de 
procedimentos de execução adequado, deve-se priorizar as áreas críticas onde há maiores 
incidências de vazamentos. 
 Monitorar o Serviço de Detecção 
A execução dos serviços de pesquisa e detecção de vazamentos devem ser sempre monitorados 
pois é muito factível a incidência de erros. 
Com a utilização de equipamentos sensíveis à interferência de ruídos, é comum a ocorrência de 
erros do operador pois o ruído de um vazamento pode ser confundido com qualquer outro 
barulho. 
 Incidência de Acertos na Detecção de Vazamentos (confirmação) 
Para acompanhar a eficiência dos serviços de detecção, deve-se avaliar o índice de acertos. Este 
número é a relação entre o número de vazamentos efetivos confirmados pela sondagem 
(escavação local) e o número de vazamentos apontados na pesquisa em percentual. 
 Carteira de Vazamentos e Tempo médio de reparo 
O acompanhamento das quantidades de vazamentos detectados e seus registros, quando não são 
executados prontamente geram acúmulo de vazamentos pendentes. A carteira de vazamentos 
se dá com o acúmulo e concentração de outros serviços operacionais, ou em função de alguma 
dificuldade técnica ou devido a urgências e emergências operacionais que se sobrepõem e 
impedem a imediata realização dos serviços. 
A meta a ser alcançada é de que os vazamentos confirmados sejam imediatamente reparados e 
quanto menor o tempo de ocorrência do reparo, menor o volume perdido. 
 Índice de Reincidência de Vazamentos. 
A reincidência de vazamentos encontrados e que voltam a vazar novamente ocorre 
principalmente em outro agravante é quando existem redes de cimento amianto e redes muito 
 
29 
 
antigas. Normalmente quando há consertos nessas redes ocorrem movimentações que resultam 
em novos vazamentos. 
 
5.5.2. VAZAMENTOS VISÍVEIS 
Nesta situação, os vazamentos afloram à superfície e são rapidamente identificados, ou por 
equipes próprias ou até pela própria população, contribuindo reportando as ocorrências às 
centrais de atendimento das concessionárias. Sempre, o tempo de reparo deve ser minimizado 
e é dependente basicamente da eficiência da empresa, que deve planejar: 
 Equipes e campanhas de caça-vazamentos; 
 Minimizar a carteira de vazamentos reclamados aumentando a eficiência de reparos; 
 Trabalhar para reduzir o tempo médio de reparo de vazamentos; 
 Atender um índice satisfatório atendimento de reparos. 
Os vazamentos visíveis ocorrem com maior frequente em áreas sujeitas a rodízio e intermitência 
de abastecimento. 
A equipe de caça-vazamentos tem o objetivo específico de procurar vazamentos visíveis através 
de inspeção visual nas ruas da cidade, por varredura (rua por rua), periodicamente. 
Essa ação resulta em aumento no número de registro de vazamentos, fato que pode gerar 
represamento de serviços, pendências operacionais. Para suportar essa ação deve haver um 
planejamento prévio de equipes visando atender a demanda e impedir o acúmulo. 
Além disso é muito importante realizar o controle e acompanhamento diário dos serviços de 
manutenção do sistema de abastecimento de água, os quais são indispensáveis para a realização 
do plano de ação de redução de perdas e para o cumprimento de metas. 
 
5.6. AUTOMAÇÃO E MANUTENÇÃO DE VRPS 
A automação das principais unidades do sistema de abastecimento permitirá um melhor 
funcionamento de todo o sistema, evitando a perda de água por extravazão e economizando 
energia elétrica. 
 
30 
 
Deve-se avaliar, projetar e instalar um sistema de automatização do sistema de abastecimento, 
com interligação com central de operação. A integração dos dados com o CCO de forma que 
gradativamente esta gestão passe a ser automatizada e possa futuramente ser integrada com o 
sistema comercial. 
Especificamente com as VRPs, o objetivo do controle de pressões é ajustar as pressões do 
sistema de abastecimento para os valores operacionais mais adequados, conforme as definições 
da concessionária. Recomendam-se as pressões operacionais variando entre a máxima de 40 
mca e a mínima de 10 mca. 
Deve-se destacar que o controle das pressões operacionais é altamente eficiente proporcionando 
uma diminuição significativa nos índices de perdas reais. 
Outro aspecto é a diminuição das ocorrências de ruptura nas instalações, quando o sistema é 
submetido a variações bruscas (intermitências, rodízio, desabastecimento e reabastecimento). 
A vazão dos vazamentos de água numa tubulação está diretamente relacionada com a pressão 
de água nessa tubulação e as ações de redução de pressões mais utilizadas preveem o rearranjo 
de pressões com a implantação de Booster e Válvula redutora de pressão VRP. Estes 
contribuempara equalizar as pressões, para diminuir o aparecimento de novos vazamentos e 
para a redução da vazão de vazamentos preexistentes. 
 
5.7. INTEGRAÇÃO DOS DADOS COM O CCO 
Como já mencionado, a automação das unidades do sistema de abastecimento permitirá um 
melhor funcionamento de todo o sistema. 
Neste capitulo, a ênfase é para integração com o CCO de forma esta gestão passe a ser 
automatizada, potencializando o sistema de gestão e controle operacional, reduzindo as perdas 
e que possa, também, ser integrada futuramente com o sistema comercial. 
Dentre as principais ações, propõe-se: 
 Avaliação dos sistemas atuais de operação e controle; 
 Avaliação do sistema de coleta de dados e comunicação entre as unidades operacionais 
e o sistema CCO (telemetria, rádio, celular, etc); 
 
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 Controle de perda de água por extravazão em unidades de reservação com resultados 
complementares economizando energia elétrica; 
 Projetar e instalar sistema de automatização do sistema de abastecimento com 
interligação com central de operação CCO; 
 Integração dos dados operacionais com o CCO de forma planejada e gradativa. Esta 
gestão passe a ser automatizada e possa futuramente ser integrada com o sistema 
comercial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. CONCLUSÃO 
A quantidade de água perdida em um sistema de distribuição é um importante indicador de 
quão positiva ou negativa é a evolução da eficiência do sistema. A análise destes valores, como 
tendência ao longo dos anos, é fundamental. Volumes de perdas altos e crescentes, que são um 
indicador de planejamento e construção não efetivos, e baixa atividade de manutenção 
operacional, devem ser o gatilho para o início de um programa de controle ativo de vazamentos. 
Entretanto, um sistema de distribuição totalmente livre de vazamentos não é um objetivo 
realizável, nem técnica nem economicamente, e um nível baixo de perdas não pode ser evitado, 
mesmo nos sistemas mais bem operados e mantidos, aonde as empresas cuidam com muita 
atenção deste controle de perdas. 
Com a crescente tendência internacional de se valorizar aspectos como sustentabilidade, 
eficiência econômica e proteção ambiental, o problema de perdas de água em sistemas de 
abastecimento passa a ser de grande interesse em todo o planeta. Ambos aspectos, técnico e 
financeiro, têm recebido crescente atenção, especialmente durante os períodos de racionamento 
de água ou de rápido crescimento da demanda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 
ABES. Controle e redução de perdas nos sistemas públicos de abastecimento de água 
- Posicionamento e contribuições técnicas da ABES – Associação Brasileira de 
Engenharia Sanitária e Ambiental. São Paulo, 2015. 
ABES. Perdas em sistemas de abastecimento de água: diagnóstico, potencial de 
ganhos com sua redução e propostas de medidas para o efetivo combate - ABES – 
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. São Paulo, 2013. 
IWA. Controle de perdas de água em sistemas públicos de adução e distribuição, IWA 
e Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR), Portugal, 2005. 
REVISTA HYDRO. Inovações na gestão da operação, pp: 30-33, março 2018.

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