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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP ANTONIA P. P. OLIVEIRA DIANA DE OLIVEIRA CARDOSO DRENAGEM URBANA: Estudo de caso no bairro Vila Angeli no Município de Valinhos - SP CAMPINAS– SP 2022 ANTONIA P. P. OLIVEIRA DIANA DE OLIVEIRA CARDOSO DRENAGEM URBANA: Estudo de caso no bairro Vila Angeli no Município de Valinhos - SP Trabalho de atividade prática supervisionada do curso de Engenharia Civil, sobre o estudo e análise da drenagem urbana implementadas nos bairros da cidade, a partir de estudo de caso que vem a auxiliar na aprendizagem da disciplina de Hidráulica e Hidrologia Aplicada apresentado à Universidade Paulista – UNIP. . Orientador (a): Dra. MARIA ALICE AMADO GOUVEIA VENTURINI e Esp. DJANIRA APARECIDA TEMPORIN CAMPINAS - SP 2022 ANTONIA P. P. OLIVEIRA DIANA DE OLIVEIRA CARDOSO DRENAGEM URBANA: Estudo de caso no bairro Vila Angeli no Município de Valinhos - SP Trabalho de conclusão de projeto da Universidade Paulista como um dos pré-requisitos para a obtenção de nota sobre a matéria de atividade Prática Supervisionada em Engenharia Básica apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Aprovado em: ___/___/____ ___________________________________________________________________ Profa. Dra. MARIA ALICE AMADO GOUVEIA VENTURINI (Orientadora - UNIP) ___________________________________________________________________ Profa. Esp. DJANIRA APARECIDA TEMPORIN (Co orientadora - UNIP) Dedico este projeto à minha família e amigos que sempre estiveram presentes direta ou indiretamente em todos os momentos de minha formação. AGRADECIMENTOS A Deus, pela minha vida, e por me ajudar a ultrapassar todos os obstáculos, permitindo que eu tivesse saúde e determinação para não desanimar durante todo esse processo. Ao meu namorado que esteve ao meu lado durante esse período, me incentivando e apoiando nos momentos difíceis. E a todos aqueles que contribuíram de alguma forma, seja direta ou indiretamente, na realização desse trabalho, muito obrigada. "O homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível" Max Weber RESUMO Nas cidades brasileiras, problemas são relatados todos os anos devido às enxurradas e enchentes, mesmo na presença de um sistema de drenagem urbana. Um exemplo disso é o Bairro Vila Angeli, localizado no município de Valinhos-SP. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar um estudo de caso de uma drenagem urbana com base na análise de parte do sistema de drenagem de águas pluviais da região, identificar as prováveis causas da ineficiência do sistema e propor soluções tecnológicas adequadas para resolver o problema. O método utilizado para calcular o tamanho dos esgotos pluviais foi o de Manning, e em seguida foi analisada a capacidade de vazão da rede existente, verificando sua eficácia e indicando possíveis interferências, comparando os resultados com a literatura de autores conhecidos. A análise dos dados identificou ineficiências hidráulicas de parte do sistema de drenagem, como transbordamento e principalmente vazões superiores às recomendadas, que são os motivos das inundações recorrentes. Palavras-chave: Drenagem Urbana; Sistema de Drenagem; Galeria Pluvial. ABSTRACT In Brazilian cities, problems due to flooding and flooding are reported every year, even in the presence of an urban drainage system. An example of this is the Vila Angeli neighborhood, located in the municipality of Valinhos-SP. Thus, the objective of this work was to carry out a case study of urban drainage from the analysis of part of the rainwater drainage system in the region, identify the probable causes of the inefficiency of the system and propose adequate technological solutions to solve the problem. The method used to calculate the size of storm sewers was the Manning method, and then the flow capacity of the existing network was analyzed, verifying its effectiveness and indicating possible interference, comparing the results with the literature of known authors. Data analysis identified hydraulic inefficiencies in part of the drainage system, such as overflows and especially above-recommended flows, which are the reasons for recurring floods. Keywords: urban drainage; drainage system; pluvial gallery. Sumário 1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... VII 1.1 Objetivo Geral............................................................................................................... VII 1.3 Justificativa ................................................................................................................... VII 2 DRENAGEM URBANA....................................................................................................VIII 2.1 Legislações relativas à drenagem ....................................................................................X 2.2 Microdrenagem...............................................................................................................XI 2.2.1 O Relatório Final do PMSB .................................................................................. XII 2.2.2 Meio fio ................................................................................................................. XII 2.2.3 Sarjetas .................................................................................................................. XII 2.2.4 Bocas de Lobo ......................................................................................................XIII 2.2.5 Ramais ..................................................................................................................XIII 2.2.6 Poços de visita ......................................................................................................XIV 2.2.7 Caixas de passagem e caixas de ligação...............................................................XIV 2.2.8 Estruturas de lançamento e dissipadores de energia.............................................. XV 3 ESTUDO DE CASO ..........................................................................................................XVI 3.1 Localização ..................................................................................................................XVI 3.1.1 Adoção do Roteiro para dimensionamentos de drenagem pluviais.................... XVII 3.1.2 Levantamento dos dados .................................................................................... XVII 3.1.4 Base para o dimensionamento dos dispositivos de drenagem..............................XXI 4 ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DE PARTE DO SISTEMA ............................................XXXII 4.1. Analise quanto à vazão ...........................................................................................XXXII 5 CONCLUSÃO.............................................................................................................. XXXIII REFERÊNCIAS ..............................................................................................................XXXIV VII 1 INTRODUÇÃO 1.1 Objetivo Geral O objetivo deste trabalho é analisar o sistema de drenagem existente em alguns quarteirões do bairro Vila Angeli, localizado no município de Valinhos - SP, e verificar suas possíveis falhas 1.2 Objetivo Específico a) obter os dados do sistema de drenagem e de topografia do Bairro Vila Angeli, mediante a levantamento próprio através de ferramentas como, visita técnica e relatório fotográfico da área juntamente com o auxílio do google Maps e google Earth; b) identificar e desenhar a rede existente, a partir das informações obtidas pelo levantamento realizado; c) analisar a capacidade de vazão do escoamento nas ruas que compõem os quarteirões escolhidos, calculado com dados atuais; d) identificar possíveis pontos de alagamentos; e) propor soluções técnicas adequadas para o sistema de drenagem, principalmente, aquelas que realmente sejam passíveis de execução pelo poder público;1.3 Justificativa Comprometimento de nós estudantes de engenharia no que diz respeito a estudo de drenagem urbana, escolhemos o bairro Vila Angeli localizado em Valinhos - SP, nesta pesquisa utilizaremos técnicas aprendida com os professores do curso de engenharia civil da universidade paulista VIII 2 DRENAGEM URBANA A Drenagem Urbana é um sistema preventivo empregado nos centros urbanos com vista na melhor administração dos circuitos das águas, de modo que não resultem em grandes perdas materiais tanto no âmbito geral de uma sociedade, quanto na individualidade de cada pessoa. Esse sistema constitui várias maneiras de prevenção, tais como: gabiões, valetas, galerias de coleta, reservatórios, bacias de infiltração, entre outros. Sua empregabilidade é cada dia mais solicitada na atualidade, tendo em vista o grande crescimento urbano. O crescimento urbano implica na urbanização dos espaços, cada dia mais concretados, resultando em grandes áreas de impermeabilização. A ocupação inadequada de áreas de alagamento, a falta de conhecimento e noções básicas de desenvolvimento sustentável, o emprego de medidas sem estudo prévio e adequado de cada situação, a falta de implementos de drenagem em geral, entre outros fatores, resulta em situações de inundações nos grandes centros urbanos. As figuras 1, 2 e 3 representam exemplos de ocupações inadequadas, a falta de conhecimento e noções de desenvolvimento sustentável e o emprego de medidas inadequadas, respectivamente. Figura 1. Exemplo de ocupação das áreas de inundação Fonte: Senado A figura representa como se faz a ocupação de regiões de alagamento, uma situação muito presente nos grandes centros urbanos. Situação essa que pode provocar grandes danos aos patrimônios e à saúde dos moradores da região. Figura 2: Entulho e lixo em gabião IX Fonte: Agência Brasil A imagem mostra a presença de lixo na região de um gabião. A existência de um descarte incorreto é resultado de um ausente conhecimento e noções básicas de Desenvolvimento Sustentável, que engloba o campo de saneamento básico. Figura 3: Bueiro localizado errado Fonte: Me Apaixonei X A representação acima diz respeito a uma implementação errada de componente da Drenagem Urbana. O bueiro está localizado em uma região de cota mais elevada, aonde as águas chegam posteriormente, ocasionando um alagamento ao seu redor. A incidência de uma inundação se dá quando ocorrem chuvas de verão que são caracterizadas por sua forte intensidade e pequeno período. Tais chuvas são responsáveis por grandes danos patrimoniais, tendo em vista que podem provocar quedas de árvores, tendo vezes que a água ainda não se liquidificou e permanece sólida (granizo) danificando telhados, carros, ou ferindo pessoas e animais, também há episódios de ventania forte que destelha casas, arrasta calhas e outros patrimônios. Com vista no enfrentamento de situações de inundação, visando a diminuição dos problemas provenientes, a Drenagem Urbana contempla duas vias de contravenção, a Micro e a Macrodrenagem. A figura 4, a seguir, ilustra o que é Micro e Macrodrenagem: Figura 4: Micro e Macrodrenagem Fonte: UFPEL 2.1 Legislações relativas à drenagem Segundo Tucci (2003) as Leis que envolvem as águas urbanas estão relacionadas com recursos hídricos, uso do solo e licenciamento ambiental, por isso necessita-se de uma abordagem nos âmbitos: federal, estadual e municipal. Somente na legislação ambiental são estabelecidos normas e padrões de qualidade da água dos rios. Porém, os Estados e a União podem estabelecer normas para o disciplinamento do uso do solo visando à proteção ambiental, ao controle da poluição, à saúde pública e à XI segurança. Quanto ao licenciamento ambiental. Esse licenciamento estabelece os limites para a construção e a operação de canais de drenagem, e é regulado pela Lei n.237 que dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental. Da mesma forma, a resolução Conama N. 1, estabelece a necessidade de licença ambiental para obras hidráulicas para drenagem». O licenciamento ambiental é federal na medida que a área de influência do projeto engloba mais de um Estado, enquanto é estadual quando a área de influência se encontra dentro de somente um Estado. Com a Lei de Saneamento Básico n. 11.445 teve-se um grande avanço, através da exigência de que todos os municípios brasileiros elaborem seus planos de saneamento, inclusive de drenagem, em articulação com as políticas de desenvolvimento urbano, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante. Esta lei, dentre muitas outras exigências, prevê a elaboração dos planos mediante a participação social e com a perspectiva de universalizar todos os serviços de saneamento. Com o novo marco do saneamento básico Lei n.14.026, houve mudanças em alguns itens para que a meta supracitada seja cumprida no prazo determinado e atribuiu-se à Agência Natural de Águas a competência de elaborar normas nacionais de referência regulatória para o setor de saneamento básico visando a uniformização regulatória em todo território nacional. Os conceitos de Micro e Macrodrenagem serão mais bem desenvolvidos no decorrer do trabalho, mas a partir da ilustração se torna possível a percepção que a Microdrenagem se faz presente nas regiões de loteamentos, onde os cursos de água são dirigidos para os condutos pertencentes a Macrodrenagem, que são os principais rios da região. 2.2 Microdrenagem A Microdrenagem é caracterizada por agir em decorrência do hidrograma de loteamentos. Sua atribuição se faz no desenvolvimento dos projetos de loteamentos, o profissional da área tem que se atentar aos mínimos detalhes que serão de suma importância para que não haja enchente naquela região e não tenha que entrar com iniciativas remediativas, que demandam gastos elevados. Ela atua diretamente na condução de águas pluviais para o manancial mais próximo. Sua implementação é através de bocas de lobo, guias, canaletas, poços de visitas, valetas, XII sarjetas, galerias de condução de águas pluviais, construções de áreas com solo permeável, bacias de infiltração e retenção. 2.2.1 O Relatório Final do PMSB Plano Municipal de Saneamento Básico e PMGIRS – Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Valinhos (2016), expressa que o sistema de microdrenagem urbana é realizada de forma tradicional, com meio fio, sarjeta, bocas de lobo, redes coletoras de águas pluviais e galerias que fazem o lançamento direto na rede de drenagem natural. Nas áreas onde não existem redes coletoras, as águas pluviais correm pelas sarjetas, podendo também se espalhar pelas calçadas e pelo leito das ruas e avenidas. A seguir são apresentados os conceitos dos dispositivos indicados pelo Relatório Final do PMSB sobre as diretrizes básicas de microdrenagem urbana (Valinhos, 2016). 2.2.2 Meio fio O meio-fio é um elemento pré-moldado em concreto destinado a separar a faixa de pavimentação da faixa de passeio. Devem ser projetados e assentados sobre a estrutura do pavimento. Na Figura 5 é possível identificá-lo. 2.2.3 Sarjetas As sarjetas acopladas ao meio-fio formam canais triangulares longitudinais destinados a coletar e conduzir as águas superficiais da pista, passeio e lotes aos dispositivos de drenagem, conjuntamente com as vias, funcionando como canais. Figura 5- Exemplo de uma sarjeta do tipo triangular Fonte: Teixeira (2014). XIII 2.2.4 Bocas de Lobo As bocas de lobo são dispositivos utilizados nas vias com meio fio e passeio, cuja finalidade é captar as águas pluviais que escoam pelas sarjetas e conduzi-las à rede coletora. Na Figura 6 tem-se a representação de alguns tipos de bocas de lobo. Figura 6 - Alguns tipos de bocas de lobo Fonte: DAEE/CETESB(1980). 2.2.5 RamaisOs ramais são dispositivos de condução da vazão que unem as bocas de lobo aos coletores principais. O diâmetro mínimo adotado deve ser de 40 cm para facilitar as tarefas de manutenção. E devem ser dimensionados de acordo com a capacidade de captação das bocas de lobo nas quais estão ligados, definindo-se as declividades mínimas e máximas de projeto para a execução da obra. Na Figura 7 o ramal é indicado como condução de ligação. Figura 7- Corte transversal de um sistema típico de drenagem Fonte: USP(2015) XIV 2.2.6 Poços de visita Os poços de visita são câmaras visitáveis cuja função principal é permitir o acesso às galerias para inspeção e desobstrução Na Figura 8 está representado o poço de visita. Figura 8 - Exemplo de um poço de visita Fonte: USP (2015). 2.2.7 Caixas de passagem e caixas de ligação As caixas de passagem são câmaras não visitáveis utilizadas em situações em que a declividade da galeria é superior à da via e se encontra entre dois poços de visita ou entre um poço de visita e a estrutura de lançamento. Somente podem ser utilizadas em situações em que não haja mudança de direção na galeria e que não haja bocas de lobo conectadas às mesmas. Quando houver, devem ser utilizadas caixas de ligação e essas devem estar a uma distância não 31 superior a 15 m de um poço de visita. Figura 9- Exemplo de caixa de passagem Fonte: Construtora ROGGA (2014). XV 2.2.8 Estruturas de lançamento e dissipadores de energia As estruturas de lançamento e dissipadores de energia são componentes utilizados na descarga das galerias com o objetivo de evitar erosão localizada e reduzir energia cinética. Em todo local de despejo das galerias de águas pluviais, que o solo seja suscetível ao processo de erosão, deve haver dispositivos de dissipação de energia. Deve-se evitar desnível entre seu último patamar e o nível de água (N.A.) da vertente do córrego ou superfície receptora. Na Figura 10 podemos ver um exemplo. Figura 10- Escadaria hidráulica com colchão de água Fonte: Botelho (2017) XVI 3 ESTUDO DE CASO Os métodos usados neste trabalho são aplicações de técnicas teóricas, encontrados na literatura para apoiar o diagnóstico de possíveis causas Ineficiência Hidráulica e Especificações de Canais de Drenagem Soluções para os problemas encontrados. Portanto, este trabalho inclui Tecnologias relacionadas à drenagem urbana e sua aplicação na área de estudo: Bairro Vila Angeli - Valinhos. Neste estudo de caso, foi analisado o sistema de drenagem da comunidade. Comunidade Vila Angeli, por meio de coleta de dados pela prefeitura de Valinhos e por meio de pesquisas na área. Dados e critérios técnicos obtidos a partir da análise da área de estudo e diretrizes do governo municipal para avaliar a capacidade de drenagem de águas pluviais de uma galeria existente. 3.1 Localização Os quarteirões escolhidos estão localizados no bairro Vila Angeli na cidade de Valinhos-SP. Figura 11- Vista de cima dos quarteirões Fonte: Valinhos (2022) XVII Os quarteirões escolhidos para análise são compostos pelas ruas Anchieta, Castro Alves, Rio Branco, Dom Pedro II, Carlos Gomes, Campos Salles e Avenida Invernada. As ruas Anchieta, Rio Branco e Carlos Gomes são de paralelepípedo, com residências de médio padrão, não há nenhum comércio localizado nela; Avenida Invernada: É asfaltada, não possui residências e o único comércio existente é o polo da Faculdade Anhanguera de Valinhos; Rua Campos Salles: É asfaltada, possui algumas residências e comércios, como farmácia, autopeças, panificadora etc. 3.1.1 Adoção do Roteiro para dimensionamentos de drenagem pluviais Neste item será apresentada a sequência do roteiro de dimensionamentos de drenagem pluviais, a partir do método racional baseado na equação de Manning, que provê por intermédio da tabela 1 os valores de velocidade e vazão para diâmetros comerciais intervenientes arbitrários. Dessa forma, para a análise da drenagem pluvial foi necessário coletar os dados completos para se obter os parâmetros característicos da região. Assim, considerou-se os seguintes dados: 3.1.2 Levantamento dos dados Os quarteirões foram escolhidos e visitados, onde foi feito o registro fotográfico das ruas que os constituem e o levantamento do calçamento das ruas, sarjetas, boca de lobo e caixa de drenagem. Foi observado que as ruas Anchieta, Rio Branco, Dom Pedro II tem como calçamento o paralelepípedo e não possuem bocas de lobos em sua extensão. Entretanto a rua Campos Salles possui 11 bocas de lobos no trecho analisado distribuídas ao longo da sua extensão e é asfaltada, a Avenida Invernada conta com apenas uma próxima a entrada da Faculdade Valinhos e também é asfaltada, a rua Castro Alves é de paralelepípedo e tem três bocas de lobo, uma próxima da outra localizadas quase no término da rua, a rua Carlos Gomes tem duas bocas de lobo XVIII Figura 12- Rua Anchieta Fonte: Próprio Autor Figura 13- Rua Rio Branco Fonte: Próprio Autor Figura 14- Rua Castro Alves XIX Fonte: Próprio Autor Figura 15- Rua Dom Pedro II Fonte: Próprio Autor Figura 16- Rua Carlos Gomes XX Fonte: Próprio Autor Figura 17- Avenida Invernada Fonte: Próprio Autor XXI Figura 18 - Rua Campos Salles Fonte: Próprio Autor 3.1.4 Base para o dimensionamento dos dispositivos de drenagem A partir o estudo de caso e da criação do Croqui, os cálculos foram feitos utilizando o método racional e a fórmula de Manning: Os princípios chave do método racional são: XXII • A duração máxima da precipitação calculada é igual ao tempo de concentração da bacia, para que tal condição aconteça admite-se que a bacia é pequena, pois a duração é inversamente proporcional à intensidade; • Utiliza um único coeficiente de perda denominado C, estimado com base nas características da bacia; • Não avalia o volume de cheias e a distribuição das vazões ao longo do tempo, portanto não pode ser utilizado para o dimensionamento de reservatórios de amortecimento. A equação do modelo é a seguinte: = 2,78 ∗ ∗ ∗ Onde: Q: vazão máxima (m3 / s), C: coeficiente de escoamento; I: intensidade da chuva (mm / h); A: Área da bacia hidrográfica (Ha). A intensidade da precipitação depende dos seguintes fatores: equação IDF característica da região, precipitação; Tempo de Concentração: Para estimar a intensidade da precipitação, o tempo de concentração da bacia deve ser conhecido, pois é considerado igual ao tempo de concentração; Tempo de retorno (TR): O TR utilizado na microdrenagem varia de dois a dez anos. O coeficiente de escoamento utilizado na abordagem racional depende de características como: solo, cobertura, tipo de ocupação, tempo de retorno e intensidade das chuvas. Para o dimensionamento hidráulico utilizou-se a formula de Manning:= 1 ∗ ∗ ℎ ∗ √ Q: vazão, em m3/s; Área, em m2; Rh: raio hidráulico em m; I: declividade, em m/m; n: coeficiente de rugosidade de Manning. Os valore do coeficiente de escoamento (C) foi utilizado os valores da tabela a seguir Tabela 8.2: Valores de C de acordo com superfícies de revestimento Fonte: (Adaptado, ASCE,1969) XXIII A. Enumeramos cada Divisor Topográfico a partir do croqui; Figura 19: Croqui com divisores topográficos enumerados Fonte: Próprio Autor Com auxílio de uma planilha do Excel fizemos: B. Tabela com os valores das cotas de cada divisor; Figura 20: Cotas de cada divisor Fonte: Próprio Autor C. Tabela com informações a respeito das seções; XXIV Figura 21: Informações de Áreas (em metros e hectares) e Extensão (em metros), de cada seção Fonte: Próprio Autor D. Cálculo de Área Molhada; Figura 22: Cálculo de Área Molhada Fonte: Próprio Autor E. Cálculo de Perímetro Molhado; Figura 23: Cálculo de Perímetro Molhado Fonte: Próprio Autor F. Cálculo de Raio Hidráulico; XXV Figura 24: Cálculo de Raio Hidráulico Fonte: Próprio Autor G. Cálculo de Declividade (I); A seguir a formula geral e logo após, os calculos realiados para cada seção: XXVI Figura 25: Declividade Fonte:Próprio Autor Figura 26: 1º e 2º Cálculo de Declividade Fonte: Próprio Autor Figura 27: 3º e 4º Cálculo de Declividade Fonte: Próprio Autor Figura 28: 5º e 6º Cálculo de Declividade Fonte: Próprio Autor Figura 29: 7º e 8º Cálculo de Declividade Fonte: Próprio Autor XXVII Figura 30: 9º e 10º Cálculo de Declividade Fonte: Próprio Autor Figura 31: 11º, 12º e 13º Cálculo de Declividade Fonte: Próprio Autor H. Cálculo de Precipitação (i); Figura 32: Cálculo de Precipitação Fonte: Próprio Autor I. Cálculo de Vazão; A seguir a formula geral e logo após, os calculos realiados para cada seção: XXVIII Figura 33: Vazão Fonte: Próprio Autor Figura 34: 1º e 2º Cálculo de Vazão Fonte: Próprio Autor Figura 35: 3º e 4º Cálculo de Vazão Fonte: Próprio Autor Figura 36: 5º e 6º Cálculo de Vazão Fonte: Próprio Autor XXIX Figura 37: 7º e 8º Cálculo de Vazão Fonte: Próprio Autor Figura 38: 9º e 10º Cálculo de Vazão Fonte: Próprio Autor Figura 39: 11º, 12 e 13º Cálculo de Vazão Fonte: Próprio Autor J. Cálculo da Vazão Escoada A seguir a fórmula geral e logo após, os cálculos realizados para cada seção: XXX Figura 40: Vazão Escoada Fonte: Próprio Autor Figura 41: 1º e 2º Cálculo de Vazão Escoada Fonte: Próprio Autor Figura 42: 3º e 4º Cálculo de Vazão Escoada Fonte: Próprio Autor Figura 43: 5º e 6º Cálculo de Vazão Escoada Fonte: Próprio Autor XXXI Figura 44: 7º e 8º Cálculo de Vazão Escoada Fonte: Próprio Autor Figura 45: 9º e 10º Cálculo de Vazão Escoada Fonte: Próprio Autor Figura 46: 11º, 12º e 13º Cálculo de Vazão Escoada Fonte: Próprio Autoy XXXII 4 ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DE PARTE DO SISTEMA Nesse item, foram abordadas as análises quanto à eficiência de parte do sistema de drenagem pluvial dos quarteirões do Bairro Vila Angeli. 4.1. Analise quanto à vazão O escoamento superficial representa a ponta inicial do sistema, onde as contribuições pluviométricas das áreas de contribuições, resultam em uma vazão a ser escoada sobre as sarjetas até ser captada pelas bocas-de-lobo e encaminhadas às galerias subterrâneas de águas pluviais. Embora no método tradicional considera-se que o escoamento superficial em uma via pavimentada se divide igualmente entre suas sarjetas, através do abaulamento, tal metodologia trata-se de uma simplificação de cálculo, uma vez que é evidente que nem sempre a vazão na sarjeta de uma extremidade da via é igual à da outra. Principalmente porque há outras variáveis que interferem no escoamento, como a topografia do terreno, disposição dos dispositivos etc. Com base na equação de chuva de Campinas foi se aplicado uma chuva fictícia nos trechos. Observou- se que os trechos não têm capacidade para escoar a vazão de água que teríamos com essa chuva e certamente teríamos alguns pontos de alagamento. XXXIII 5 CONCLUSÃO A partir da análise da rede de drenagem do bairro Vila Angeli, conclui-se que houve indicação de ineficiência em alguns trechos. Isso pode ter acontecido devido o projetista considerar outros parâmetros e valores de coeficientes na época do dimensionamento, já que a região era menos urbanizada, e houve mudanças climáticas nos últimos anos. Deve-se notar que os ajustes não são apenas relevantes para o campo de estudo, mas também a adoção de técnicas compensatórias, como reservatórios especiais para reduzir o pico de fluxo e de certa forma aumentar a capacidade de transporte de água da chuva, reduzindo o volume a ser drenado ao longo de um período. Como sugestões para trabalhos futuros, temos: analisar outras partes do sistema de galeria; Avaliar a eficácia do sistema de bacias hidrográficas superficiais; Desenhar projetos eficientes de modificação do sistema de drenagem, lugar; verificar o estado das pias elétricas locais e a possibilidade de implantação de tanques de retenção na região e técnicas sustentáveis. XXXIV REFERÊNCIAS CIVIL UNIP - TURMA EC56P. Hidraulica E Hidrologia Aplicada. Disponível em: https://sites.google.com/site/civilunip2014/hidraulica-e-hidrologia-aplicada. Acesso em: 1 nov. 2022. CAMPINAS.SP.GOV.BR. DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS. Disponível em: https://www.campinas.sp.gov.br/arquivos/meio- ambiente/plano-saneamento/drenagem-urbana.pdf. Acesso em: 1 nov. 2022. CIÊNCIA E CULTURA. DRENAGEM URBANA. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0009- 67252003000400020. Acesso em: 1 nov. 2022. CURSO DE ENGENHARIA CIVIL UFPEL. MICRODRENAGEM. 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