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ENQUALAB-2006 – Congresso e Feira da Qualidade em Metrologia Rede Metrológica do Estado de São Paulo – REMESP 30 de maio a 01 de junho de 2006, Brasil SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE EM LABORATÓRIO DE METROLOGIA DIMENSIONAL PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TECNOLÓGICOS Luiz Carlos da Silva Duarte1, Gilberto Sackser1, Adonis Pellin1, Tobias Segatto2, Moacir Eckhardt3 Luis Francisco Marcon Ribeiro3 1UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul CGDT - Coordenadoria de Gestão e Desenvolvimento Tecnológico. Av. Prefeito Rudi Franke 540, Bairro Arco Íris, Panambi/RS, cx. Postal 121, CEP 98280-000, Fone: (055) 3375-4466, lduarte@unijui.tche.br 2KEPLER WEBER INDUSTRIAL S. A. – Gestão da Qualidade/Laboratório de Metrologia. Av. Adolfo Kepler Jr., 1500. Bairro Esperança, CEP 98280-000, Panambi/RS, Fone: (055) 3375-9800, tobias.segatto@kepler.com.br 3UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DETEC – Departamento de Tecnologia. Av. Prefeito Rudi Franke 540, Bairro Arco Íris, Panambi/RS, cx. Postal 121, CEP 98280-000, Fone: (055) 3375-4466, marcon@unijui.tche.br Resumo: A região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul situa-se longe dos laboratórios prestadores de serviços tecnológicos especializados dos grandes centros, o que acarreta para as empresas a dificuldade de obter este tipo de serviço. Isto faz com que os instrumentos de medição passem a maior parte do tempo em deslocamento da empresa ao prestador de serviço e vice-versa do que sendo calibrados. A Unijuí, inserida neste contexto tanto como sociedade técnica como fornecedora de serviços, busca disponibilizar serviços no interior do estado de forma a contribuir para a socialização de conhecimento e desenvolvimento da região de sua abrangência. Este trabalho aborda a metodologia de elaboração de um manual do sistema de gestão da qualidade, trazendo na fundamentação teórica aspectos relativos aos diferentes capítulos que constituem o documento. Evidencia-se nos procedimentos metodológicos, a preocupação em seguir normas consagradas que sintetizam os critérios normatizados e formalmente adotados nacional e internacionalmente. A concepção do manual e dos procedimentos foi baseada nas normas ISO, ABNT e publicações científicas; sendo estes construídos a partir de sólidas discussões de caráter teórico e de constantes simulações das práticas pertinentes. O manual é um documento suficientemente amadurecido e uma proposta válida técnica e politicamente coerente com a missão da Universidade. Palavras-chave: sistema da qualidade, gestão da qualidade, sistema de gestão da qualidade. 1. INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO A metrologia abrange aspectos teóricos e práticos relacionados às medições e é entendido como a ciência da medição. De acordo com Frota (1997) “a base técnica da qualidade é a metrologia que, em função de seu conteúdo formal requer tempo e metodologia específica para a sua assimilação. Por outro lado, desdobramentos da metrologia têm uma larga abrangência, tanto em relação a sua interdisciplinaridade quanto em seu nível de atuação. Como efeito, a metrologia manifesta-se fundamentalmente, em diferentes níveis de aplicação, desde o chão de fábrica até aquele onde são desenvolvidas as tecnologias mais sofisticadas. Exemplos desses aspectos são as exigências da metrologia como requisito essencial à implantação e manutenção de sistemas da qualidade, conforme preconizado por normas da qualidade”. Assim contextualizado tanto o aspecto técnico como o gerencial, organizam-se como estruturas dos processos pela qualidade. O manual do sistema de gestão da qualidade é organizado em módulos, de forma a simplificar os trabalhos de administração e revisão sistêmica. O módulo gerencial aborda a administração e aspectos gerenciais do sistema e o módulo tecnológico aborda procedimentos operacionais dos serviços prestados. A Unijuí por intermédio do laboratório de metrologia dimensional busca e disponibiliza serviços como forma de contribuir para o desenvolvimento da sua região de abrangência. O acesso a este tipo de serviço tem-se constituído em dificuldade para as empresas já que o tempo de transporte entre o cliente e o prestador de serviço é considerável. Assim contextualizado geograficamente, o laboratório de metrologia dimensional está instalado no Campus da Unijuí no município de Panambi na região noroeste colonial do Estado do Rio Grande do Sul, conforme representa a figura 1. Figura 1. Região da Localização do Laboratório de Metrologia Dimensional da Unijuí- Panambi. O laboratório de metrologia dimensional assinou o termo de adesão à Rede Metrológica/RS em 12 de dezembro de 1995, quando iniciou a construção de suas instalações e foi inaugurado oficialmente em março de 1996. Está instalado em uma área física de 120 m2, conforme leiaute exposto pela figura 2. Figura 2 – Instalações do Laboratório de Metrologia Dimensional. O adequado projeto de leiaute, abordando a disposição dos diferentes ambientes que compõem o laboratório, como separação física das áreas como a administração, laboratórios, controle de acesso, móveis e sistema de controle de temperatura centralizado, contribuem para a garantia da qualidade, confidencialidade e confiabilidade dos serviços tecnológicos prestados. 2. DESENVOLVIMENTO DO MANUAL DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE O fortalecimento da competitividade das empresas, contextualizada em um processo contínuo da evolução tecnológica e com clientes assimilando e exigindo que seja disponibilizado produtos e serviços com maior qualidade, rapidez e confiabilidade é que se fundamenta a necessidade de um sistema de gestão da qualidade. A possibilidade de prestar serviços laboratoriais requer pré-requisitos seletivos, como possuir recursos humanos qualificados, instalações físicas adequadas, equipamentos e um sistema de gestão da qualidade, aponta Duarte (2001). Inserindo nesta abordagem, o laboratório de metrologia dimensional tem a importância de tornar disponíveis serviços tecnológicos com requisitos de qualidade com padrão internacional indispensável ao processo industrial e fortalecimento da competitividade empresarial. Assim exposto o laboratório de metrologia necessita operacionalizar e aperfeiçoar os serviços tecnológicos com critérios de conformidade e garantia da qualidade, atendendo as exigências e expectativas do mercado, de acordo com Sackser (2000). Um sistema da qualidade é estabelecido na forma de um manual que compatibiliza as práticas de laboratório com as práticas administrativas institucionais. O manual aborda e define as ações que visam o comprometimento da alta administração para com as políticas e objetivos previstos, a garantia de recursos necessários para a implementação e melhoria contínua, à garantia da rastreabilidade dos seus padrões de referência, o tratamento de dados resultantes dos processos que configuram a rotina de trabalho operacional, a garantia de direitos de propriedade e confidencialidade de dados, informações e documentação técnica e a preservação dos recursos humanos de influências indevidas. O manual é um documento suficientemente amadurecido e apresenta e define um sistema de gestão da qualidade válida, técnica e politicamente coerentes com a missão da Universidade, já submetidos a auditorias internas e externas por órgãos de reconhecida competência. O manual foi elaborado com rigor técnico, contextualizado ao ambiente interno e externo da universidade, sendo flexível para incorporar continuamente atualizações técnicas, administrativas, políticas e de tendências do mercado. A estrutura do sistema de gestão da qualidade está organizada e disposta em cinco capítulos, sendo: (1) Objetivos do sistema de gestão da qualidade, (2) Referências normativas, (3) Terminologia, (4) Requisitos da gerência e (5) Requisitos técnicos. Os requisitos da gerência estão divididos emquatorze sub-capítulos, e os requisitos técnicos estão divididos em dez sub-capítulos, conforme estruturação apresentada da figura 3. LEGENDA Ambiente Móveis/Equipamentos (1) Administração (2) Metrologia Dimensional (3) Corredor (4) Avaliação Geométrica (5) Avaliação Geométrica (1) Bancadas (2) Armários (3) Arquivos de Aço (4) Mesas (5) Escrivaninhas (6) Mesa de Desempeno (7) Pia (8) Aferidor Blocos Padrão (9) Cont. Ar Condicionado (10) Caixa de Distribuição CAPÍTULO 4 – Requisitos da Gerência 4.1 Organização. 4.2 Sistema da Qualidade. 4.3 Controle de Documentos. 4.4 Análise Crítica dos Pedidos, Propostas e Contratos. 4.5 Subcontratação de Eensaios e Calibrações. 4.6 Aquisição de Serviços e Suprimentos. 4.7 Atendimento ao Cliente. 4.8 Reclamações. 4.9 Controle dos Trabalhos de Ensaios e/ou Calibração não Conforme. 4.10 Ação Corretiva. 4.11 Ação Preventiva. 4.12 Controle dos Registros. 4.13 Auditorias Internas. 4.14 Análise Crítica pela Gerência. CAPÍTULO 5 – Requisitos Técnicos 5.1 Generalidades. 5.2 Pessoal. 5.3 Acomodações e Condições Ambientais. 5.4 Métodos de Ensaio e Calibração e Validação de Métodos. 5.5 Equipamentos. 5.6 Rastreabilidade da Medição. 5.7 Amostragem. 5.8 Manuseio de Itens de Ensaio e Calibração. 5.9 Garantia da Qualidade de Resultados de Ensaio e Calibração. 5.10 Apresentação de Resultados. Figura 3– Estrutura do Sistema de Gestão da Qualidade. Associado a definição da estrutura, faz-se necessário a adoção de uma linguagem padrão que propicia e facilita a comunicação entre cliente e fornecedor. O significado das expressões lingüísticas no contexto da qualidade, busca facilitar o processo de comunicação, estabelecendo significados padronizados, em função de conceitos entendidos. Nesta ação de utilizar uma linguagem já consensada foi utilizada como referência o VIM (1993) e a ISO (1994). 2.1 Requisitos da Gerência Os requisitos da gerência estão sub-divididos em quatorze sub-capítulos, que possuem as contextualizações teóricas, baseadas na ISO 17025 (2001) e de acordo com o SGQ Unijuí (2002). 1. Organização: A definição da missão, visão e política da qualidade permitiram a obtenção de um horizonte comum para a equipe que desenvolve os trabalhos, bem como a obtenção de resultados financeiros e ganhos qualitativos de imagem e impacto positivo na marca Unijuí. Os órgãos suplementares e de apoio ao Laboratório de Metrologia Dimensional desenvolveram atividades operacionais visando uma maior aproximação com a sistemática proposta pelo sistema de gestão da qualidade, obtendo resultados qualitativos na forma de atendimento, preocupação com a segurança das informações, com a organização e com a limpeza das unidades envolvidas no processo de prestação de serviços. 2. Sistema da Qualidade: O Laboratório de Metrologia Dimensional possui um sistema de gestão da qualidade definido e testado ao longo do tempo que está registrado em um manual, juntamente com a autoridade e responsabilidade das pessoas envolvidas. 3. Controle dos Documentos: A aprovação e emissão de documentos pertinentes ao sistema de gestão da qualidade estão definidas e implementadas nos ambientes dos laboratórios e órgãos auxiliares. 4. Análise Crítica dos Pedidos, Propostas e Contratos: Está definida uma sistemática de análise de pedidos de serviços antes da entrada no processo de produção dos laboratórios. 5. Subcontratação de Ensaios e Calibrações: Prevê a possibilidade de subcontratação de seus serviços, quando não houver condições técnicas e/ou gerenciais de desenvolvê-los internamente. 6. Aquisição de Serviços e Suprimentos: Está definida uma sistemática de compra de bens e serviços, atendendo a uma política de aquisição, análise, responsabilidades e seus registros no sistema de gestão da qualidade. 7. Atendimento ao Cliente: O sistema de gestão da qualidade define uma política de atendimento a clientes, aborda a avaliação da satisfação pelos serviços prestados e os direitos de propriedade e confidencialidade das informações dos clientes. 8. Reclamações: Está definida uma sistemática para o tratamento das reclamações e são registradas, classificadas, abordadas e comunicadas as decisões aos interessados. 9. Controle dos Trabalhos de Ensaio e/ou Calibração não- conforme: Define a forma e o processo para abordar os trabalhos não-conformes e o sistema de controle das não- conformidades. 10. Ação Corretiva: Define o processo de realização de uma ação corretiva nos trabalhos realizados e suas implementações. 11. Ação Preventiva: Define as ações com foco preventivo, destacando-se a manutenção dos padrões de qualidade técnica e administrativa, o processo de melhoria contínua e o domínio do conhecimento envolvido. 12. Controle dos Registros: O controle dos registros foca a confiabilidade dos processos e resultados, a confidencialidade e a segurança dos dados e informações dos clientes. 13. Auditorias Internas: O sistema de auditoria interna permite abordar o SGQ no seu todo ou em parte, detectando pontos fortes e pontos com possibilidade de melhoria. 14. Análises Críticas pela Gerência: A análise crítica propicia um momento para abordar o SGQ de forma pontual ou no seu conjunto, possibilitando melhorias no seu escopo, além de propiciar o levantamento dos pontos fortes do laboratório. 2.2 Requisitos Técnicos Os requisitos técnicos estão sub-divididos em dez sub- capítulos, que possuem as contextualizações teóricas, baseadas na ISO 17025 (2001). 1. Generalidades: Define peculiaridades do sistema de gestão da qualidade no laboratório de metrologia dimensional, abordando os tipos de auditorias definidas como de gestão e de processos, a periodicidade e sua importância. 2. Pessoal: A formação, alocação e treinamento de recursos humanos necessários ao desenvolvimento de serviços tecnológicos. 3. Acomodações e Condições Ambientais: O controle e manutenção das condições ambientais e instalações, controle de acesso às áreas de trabalho, segurança operacional e pessoal dos recursos humanos estão definidos e implementados. 4. Métodos de Ensaio e Calibração e Validação de Métodos: Os métodos, procedimentos e equipamentos estão devidamente abordados, com seus respectivos programas de manutenção e prevenção definidos. Este sistema é administrado, envolvendo métodos, procedimentos, calibração e padrões que permitem obter a rastreabilidade da medição. 5. Equipamentos: Sistematiza a documentação, identificação e registros dos equipamentos. Define o programa de manutenção de cada máquina e a prevenção de sobrecargas e usos indevidos. 6. Rastreabilidade da Medição: Abordam os requisitos para calibração e ensaios dos equipamentos e instrumentos, padrões de referência, verificações intermediárias, comparações interlaboratoriais, transporte e armazenamento. Estes tópicos contribuem para a exatidão e validade do resultado da medição e são monitorados sistematicamente. 7. Amostragem: Os procedimentos e cuidados com o processo de amostragem de substâncias e materiais para ensaio, estão descritos em procedimentos operacionais específicos. 8. Manuseio de Itens de Ensaio e Calibração: Os cuidados na recepção, identificação e distribuição dos itens de ensaio e calibração visam identificar de forma unívoca e que não sejam confundidos. Além disso, a proteção contra danos em itens e o armazenamento visa garantir a integridade dos itens enviados ao laboratório. 9. Garantia da Qualidade de Resultados: Para garantir a qualidade de resultados o sistema de gestão da qualidade define, explicita e inter-relaciona os seus requisitos sistêmicos e técnicos. Os procedimentos para monitorar a validade dos ensaios e calibrações, estão definidos e sistematizados. 10. Apresentação dos Resultados: Este capítulo do manual da qualidade define um formato e requisitos mínimos que o documento final possui, organiza e informa os resultados ao cliente (relatóriode ensaio e certificado de calibração). Define também, como são desenvolvidos o processo de emissão desta documentação e os controles de confidencialidade. Além do manual do sistema de gestão da qualidade, obtiveram-se 08 procedimentos técnicos na área de metrologia dimensional e 10 procedimentos administrativos- gerenciais. O manual ainda contém a folha de aprovação, lista de edições e revisões, sumário e seis anexos (I - profissionais vinculados ao sistema de gestão da qualidade, II - lista de equipamentos e instrumentos, III - normas e procedimentos operacionais, IV - serviços de calibração/ensaios, V - controle da documentação do sistema da qualidade e VI - organogramas). 3. RESULTADOS Obtiveram-se documentos escritos, ordenados, aprovados formalmente e publicados para se tornar à maneira legítima e autorizada de conduzir todas as atividades relacionadas ao sistema de gestão da qualidade. O manual tornou-se o documento que estabeleceu a política, o sistema e seus elementos e as práticas da qualidade na prestação de serviços tecnológicos em metrologia dimensional. O atendimento dos requisitos legais e desejáveis concretizou o reconhecimento formal da competência do laboratório na Associação Rede de Metrologia e Ensaios do Rio Grande do Sul – Rede Metrologia RS sob o certificado de filiação no 1302 de 28 de setembro de 1998 com filiação dos serviços de paquímetro universal (0 a 600 mm), medidor de altura (0 a 600 mm), micrômetro externo (0 a 150 mm), relógio comparador 0,01 mm (0 a 25 mm), relógio comparador 0,001 mm (0 a 5 mm), relógio apalpador 0,01 mm (0 a 0,8 mm), relógio apalpador 0,002 mm (0 a 0,2 mm) e comparador de diâmetro interno (0 a 1,2 mm). A auditoria de manutenção de 24 de novembro de 2001 referendou o sistema de gestão da qualidade com ampliação da lista de serviços, incluindo trena (0 a 30 m), transferidor de ângulo (0 a 180o), escala graduada (0 a 2000 mm), paquímetro de profundidade (0 a 200 mm), micrômetro de profundidade (0 a 150 mm) e goniômetro (0 a 360o). Decorrente das atividades de definir, estabelecer e reconhecer o sistema de gestão da qualidade, contribuiu para que o número de empresas clientes passa-se de 04 empresas em 1997 para 22 empresas em 2001, conforme demonstra a figura 4, com base no Relatório Histórico do Programa da Qualidade (2005). Evolução Clientes UNImetro/Ano: LMD 2 4 3 4 5 18 22 24 0 5 10 15 20 25 30 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 A no Figura 4 – Aumento do Número de Clientes/ano. Observa-se que a partir do ano de 1999 até o ano de 2001, ocorreu um crescimento acentuado nos clientes ativos ao ano, decorrentes da maior credibilidade, número de serviços filiados e garantia da qualidade dos serviços prestados. Com relação ao número de serviços prestados ao ano, obteve-se um crescimento que partiu de 06 unidades calibradas em 1994 para 617 unidades calibradas em 2001, demonstrado na figura 5. Evolução dos Serviços UNImetro/Ano: LMD 6 27 15 144 120 614 649 828 0 200 400 600 800 1000 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 A no Figura 5 – Aumento do Número de Serviços Prestados. O número de serviços prestados por ano pelo laboratório de metrologia cresceu a partir do ano 1999, decorrente do aumento do número de clientes ativos, aumento do número de serviços filiados que passou de 08 serviços em 1998 para 14 serviços em 2001 e da obtenção do reconhecimento formal do sistema de gestão da qualidade na Rede Metrologia RS. Com base em dados de 2002, os principais serviços prestados pelo laboratório são, em ordem decrescente, a calibração de trenas, paquímetro, relógio comparador e relógio apalpador, de acordo com a figura 6. Família de Instrumentos Calibrados Lab. Metrologia 273 160 110 35 9 0 50 100 150 200 250 300 Trena Paquímetro Micrômetro Relógio Comparador Relógio Apalpador Família N úm er o de In st ru m en to s Figura 6 – Principais serviços prestados pelo laboratório de metrologia dimensional. O sistema de gestão da qualidade organizado, sistematizado e documentado com rigor técnico, passível de receber melhorias contínuas resultou em reconhecimento formal da competência do laboratório. Estes procedimentos metodológicos técnicos e gerenciais construídos a partir de sólidas discussões de cunho teórico e de simulações das práticas laboratoriais, permitiram operacionalizar os serviços com credibilidade e com impacto positivo no aumento da demanda por serviços. Ao confrontar os resultados alcançados com os objetivos estabelecidos, observa-se o atendimento das condições pretendidas de fornecer serviços tecnológicos com qualidade. Os indicadores de evolução de clientes e do aumento do número de serviços prestados comprovam o efeito positivo decorrente da disponibilização de serviços tecnológicos laboratoriais com confiabilidade e com garantia da qualidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Gestão da qualidade e garantia da qualidade. Terminologia. ABNT NBR ISO 8402. Rio de Janeiro, 1994. 15 p. 2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Requisitos gerais para a capacitação de laboratórios de calibração e de ensaios. ABNT ISO/IEC 17025:2001. Rio de Janeiro, 2001. 20 p. 3. DUARTE, Luiz Carlos da Silva. Desdobramento da Função Qualidade em Serviços: Caso dos Laboratórios de Metrologia e Ensaios da Unijuí. Porto Alegre, 118 p. Dissertação de mestrado em engenharia de produção – PPGEP, UFRGS. 2001. 4. FROTA, Maurício Nogueira. Desenvolvimento de Recursos Humanos em Metrologia e Qualidade. As bases do Programa RM Metrologia: uma ação estruturante para formação e capacitação de recursos humanos. Advanced School of Mechanical Metrology, Canela. Brasil, 6-11 de abril, 1997. 5. Relatório Histórico Programa da Qualidade Unijuí. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Coordenadoria de Gestão e Desenvolvimento Tecnológico. 2005. 27 p. 6. SACKSER, Gilberto. Elaboração da Árvore da Qualidade Demandada pelo Mercado, para os Laboratórios de Metrologia e Ensaios da Unijuí. Panambi. UNIJUÍ/Engenharia Mecânica. 2000. 7. SGQ Unijuí - Sistema de gestão da qualidade laboratório de metrologia e ensaios Universidade Regional Do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Coordenadoria de Gestão e Desenvolvimento Tecnológico. 2002. Ed. 2/ Rev. 0. 8. VIM - Vocabulário internacional de termos fundamentais e gerais em metrologia. Versão brasileira publicada em 1993 pela ISO/IEC/OIML/BIPM. Rio de Janeiro: INMETRO, março de 1995.
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