epidemio história 2019

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EPIDEMIOLOGIA
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Epidemiologia 
 EPI DEMO LOGOS
(sobre) (população) (tratado)
ESTUDO DO QUE AFETA A POPULAÇÃO
Principal ciência da informação em saúde, base da medicina, saúde coletiva e outras formações em saúde.
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A epidemiologia é definida como “o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde” (LAST, 1998).
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Assim, trata-se de uma disciplina fundamental no campo da saúde pública voltada para a compreensão do processo saúde-doença no âmbito de populações (sociedades, coletividades, comunidades, classes sociais, grupos específicos etc.). 
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Disciplina básica da saúde pública voltada a compreensão do processo saúde doença no âmbito das populações.
 Fundamenta-se no processo causal.
 Preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para as ações – proteção e promoção. 
A epidemiologia não é apenas uma disciplina teórica, mas também essencialmente prática.
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“Estudo da distribuição das doenças nas coletividades humanas e dos fatores causais responsáveis por essa distribuição" 					(ROUQUAYROL et al. 1988).
Considera: fatores do ambiente, do agente e do hospedeiro ou suscetível. 
Englobando características demográficas pessoais, comportamentos e hábitos, fatores econômico e o social, importantes à gênese das doenças que incidem sobre coletividades humanas.
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Classificação
Epidemiologia clínica- aplicação dos fundamentos epidemiológicos modernos ao diagnóstico clínico e ao cuidado direto com o paciente.
Epidemiologia social- fundamentada na perspectiva de que a doença é socialmente determinada.
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A epidemiologia social permite ir além do problema de saúde específico, para considerar a sociedade como fonte de explicação para os problemas e portanto remeter as soluções para a própria sociedade, que deverá ser mobilizada com a finalidade de conseguir gerar soluções ou modos de intervenção no processo.
Os modelos vêm sendo substituídos à medida que novos conhecimentos são produzidos e estes evidenciam a existência de relações mais complexas.
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Pilares da Epidemiologia
 Ciências biológicas: conhecimento biológico (clínico, patológico, microbiológico e imunológico).
 Ciências sociais: as doenças são reproduzidas por fatores biológicos e ambientais. A organização da sociedade confere proteção e/ou riscos à saúde.
 Estatística: coletar, resumir e analisar dados sujeitos a variações.
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Princípios básicos
A distribuição desigual dos agravos à saúde é produto da ação de fatores que se distribuem desigualmente na população; a elucidação desses fatores, é uma das preocupações constantes da epidemiologia.
O conhecimento dos fatores determinantes das doenças, permite a aplicação de medidas preventivas e curativas, direcionadas à alvos específicos, cientificamente identificados, o que resulta em aumento da eficácia das intervenções.
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Objetivos da Epidemiologia
Segundo ROUQUAYROL e ALMEIDA FILHO (2003, p.17), a Associação Internacional de epidemiologia (IEA) aponta três objetivos principais da epidemiologia.
 Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas.
 Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como para estabelecer prioridades
 Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.
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Aplicações da Epidemiologia
4- Determinação de riscos, “risco” é o grau de probabilidade da ocorrência de um determinado evento.
5- Desenvolve a vigilância epidemiológica.
6- Aprimoramento na descrição do quadro clínico.
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Exemplo do uso da epidemiologia:
Muitas doenças não bem explicadas tiveram causas esclarecidas pela metodologia epidemiológica. 
A AIDS foi reconhecida como doença em 1981, antes que o vírus da imunodeficiência humana, dois anos mais tarde, fosse identificado ou que se suspeitasse que era o agente causador da AIDS (ROUQUAYROL e ALMEIDA FILHO (2003, p.18).
A leucemia também relacionada a exposição ao Raio X durante a gestação, a trombose venosa aos anticoncepcionais orais, o tabagismo e o câncer de pulmão.
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 As doenças e agravos não transmissíveis, o desafio contemporâneo na Saúde Pública 
 As DANT “Doenças e Agravos Não Transmissíveis” representam a maioria das causas de morbimortalidade no mundo e no Brasil, além de resultarem em mortes prematuras, incapacidades, perda da qualidade de vida e importantes impactos econômicos. 
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Os agravos que combinam dois grupos de eventos: as doenças crônicas não transmissíveis – DCNT (como as cardiovasculares, neoplasias, respiratórias crônicas e diabetes) e as causas externas (acidentes e violências). 
As DANT representam a maioria das causas de morbimortalidade no mundo e no Brasil, além de resultarem em mortes prematuras, incapacidades, perda da qualidade de vida e importantes impactos econômicos. 
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 O aumento da carga de DCNT afeta mais as pessoas de baixa renda e reflete os efeitos negativos da globalização, das desigualdades no acesso aos serviços de saúde, da urbanização rápida, da vida sedentária e da alimentação com alto teor calórico e do marketing que estimula o uso do tabaco e do álcool. 
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No caso das violências existem sólidas evidências que destacam as desigualdades associadas aos recortes de gênero, raça/cor, baixa escolaridade e renda, pessoas com deficiência, crianças e idosos, dentre outros, populações estas que devem ser priorizadas em políticas públicas de promoção da equidade. 
 
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HISTÓRIA
 DA EPIDEMIOLOGIA
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Organizou-se das observações de Hipocrates (+ de 2000 anos) – fatores ambientais influenciam a ocorrência de doenças.
PERCURSSOR DA EPIDEMIOLOGIA
Visão racional da medicina X visão mágico religiosa da antiguidade.
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 A importância do ambiente, da sazonalidade, da posição social e do tipo de trabalho, já eram enfatizadas por Hipócrates, Galeno e outros como fatores determinantes na produção de doenças (FRIAS, 1999).  
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Para Hipócrates, 
a saúde é resultado do equilíbrio entre
 TERRA – ÁGUA – FOGO, 
valorizando a ciência da observação empírica.
Hipócrates partiu da observação de que os artesãos, obrigados por profissão a manter-se próximos do fogo, pareciam imunes ao contágio da doença
A revisão da literatura aponta os possíveis efeitos maléficos de certos fatores climáticos nas condições respiratórias, nas doenças reumáticas, câncer de pele e distúrbios cardiovasculares (PITTON, 2004)
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John Snow (1848 – 1853) – identificou a morte por cólera em Londres e associou com a origem da água (Teoria sobre a transmissão de doenças infecciosas em geral).
Louis Pasteur (1822-1895) – bases biológicas para o estudo das doenças infecciosas, seguem-se inúmeras pesquisas de Robert Koch.( 1843 – 1910) .
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A abordagem que compara coeficientes de doenças em sub grupos populacionais tornou-se uma prática no final do século XIX e inicio do século XX com pensamento em Doenças Transmissíveis (DT).
Na 2ª metade do século XX deu-se início a aplicação dos métodos para as Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT). 
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Oswaldo Cruz (1872 – 1972) – fundou o Instituto Manguinhos, combate a febre tifóide, peste e varíola. 
Destacando-se Carlos Chagas, Adolfo Lutz e Emilio Ribas. 
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Instituto Manguinhos
Criada em 25 de maio de 1900, com a criação do Instituto Soroterápico Federal, na Fazenda Manguinhos, zona norte do Rio de Janeiro;
Inaugurada para fabricar soros e vacinas contra peste bubônica; 
Responsável pela Reforma Sanitária;
Com o passar do tempo e realização de inúmeras pesquisa foi responsável pela criação do Departamento Nacional de Saúde Publica em 1920;*
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Instituto Manguinhos
Com o golpe de 1964, foi atingida pelo chamado Massacre de Manguinhos: a cassação dos direitos políticos de alguns de seus cientistas.
Na gestão do sanitarista Sergio Arouca, teve programas e estruturas recriados, e realizou seu 1º Congresso Interno, marco da moderna Fiocruz.
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Carlos Chagas
Biológo, Médico sanitarista, Cientista e Bacteriologista brasileira, que trabalhou como clínico e pesquisador. 
Atuante na saúde pública do Brasil, iniciou sua carreira no combate à malária. Destacou-se ao descobrir o protozoário Trypanosoma cruzi (cujo nome foi uma homenagem ao seu amigo Oswaldo Cruz) e a tripanossomíase americana, conhecida como doença de Chagas. 
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2ª metade do século XX 
 Mudanças das doenças prevalentes de infecciosas para crônicas e degenerativas.
 Determinação das condições de saúde da população (Inquéritos de morbidade e mortalidade). 
 Busca sistemática de fatores antecedentes. 
 Avaliação da utilidade e segurança das intervenções (Estreptomicina na TB, fluoretação da água, vacina contra a poliomielite). 
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Atualmente ......
Praticamente todos os agravos à saúde já foram ou estão sendo estudados epidemiologicamente;
Teoria da multicausalidade;
Agentes microbianos e físicos não são capazes de explicar as questões etiológicas e prognósticas dos princípios da sociologia e psicologia;
Análise multivariada.
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Texto de apoio: 
Epidemiologia: conceitos e aplicabilidade no Sistema Único de Saúde/Regimarina Soares Reis (Org.). - São Luís: EDUFMA, 2017.	
M. C. D; S, M,M,A. As doenças e agravos não transmissíveis, o desafio contemporâneo na Saúde Pública 
DOI: 10.1590/1413-81232018235.31552017
Prevalência e fatores associados ao indicativo de depressão entre idosos residentes na zona rural. Ferreira, P.C.S: Tavares, D.M.S. Rev. Enf. USP. abril, 2013. 
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