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Direito Constitucional para Analista-20190615T192122Z-001

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Direito Constitucional para Analista/Aula 12.pdf
CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TJDFT
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 12
Controle de constitucionalidade parte II 
I. AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC) -------------------------------- 2 
II. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF) ---- 15 
III. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO) ------------- 31 
IV. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA ------------------------ 41 
V. CONTROLE ABSTRATO NOS ESTADOS --------------------------------------------------------------------- 49 
VI. QUESTÕES DA AULA ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 51 
VII. GABARITO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 58 
VIII. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ----------------------------------------------------------------------------------- 59 
Olá futuros Analistas Judiciários do TJDF!
Prontos para o SEU salário de R$ 7.566,41?
Na aula de hoje, continuaremos o estudo do controle de constitucionalidade. 
Fiquem tranquilos! O pior já passou!
Como sempre, fiz questão de usar uma linguagem bem simples e também 
vários esquemas e desenhos, o que faz com que o número de páginas 
aumente, mas também faz com que a velocidade da leitura seja bem maior do 
que a de um texto corrido no padrão culto. Na aula de hoje, teremos 22 
páginas de conteúdo (teoria) e 51 questões comentadas! Somados aos 
exercícios da aula passada, já são quase 150 exercícios somente sobre o 
controle de constitucionalidade!
Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente 
repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro 
que você os revise várias vezes para internalizar o conhecimento.
Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email 
robertoconstitucional@gmail.com.
Vamos então à nossa aula!
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I. AÇÃO DECLARATÓRIA DE 
CONSTITUCIONALIDADE (ADC)
1. OBSERVAÇÕES GERAIS
A Ação Declaratória de Constitucionalidade foi instituída pela Emenda 
Constitucional nº 3/93, assim ela não é uma norma originária.
Assim como a ADI, a ADC também possui caráter dúplice ou 
ambivalente. Dessa forma, a ADC é uma ADI com sinal trocado. Em outras 
palavras, se julgada improcedente, se transforma numa ADI, com todos os 
seus efeitos.
Diferentemente da ADI, que pode ser proposta contra lei ou ato normativo 
federal ou estadual, esta ação Busca a declaração de CONStitucionalidade
de lei ou ato normativo FEDERAL (e somente federal). Assim, não cabe ADC 
de lei estadual ou municipal frente à Constituição Federal.
Por outro lado, caso esteja prevista na Constituição Estadual, é cabível a ADC 
ESTADUAL. Nesse caso, essa ação será julgada pelo TJ estadual e se 
estará buscando a declaração de constitucionalidade de uma lei estadual
frente à Constituição Estadual.
2. PRESSUPOSTO DA ADC
Mas Roberto, você me ensinou que as leis já são constitucionais até que se 
prove o contrário. Então para que eu vou entrar com uma ação para afirmar 
que uma lei é constitucional?
Resposta: porque existe uma controvérsia JUDICIAL que está pondo em 
risco a presunção de constitucionalidade da lei.
Explicando melhor: o sistema jurídico é uno e o ideal é que todos os tribunais e 
juízes tenham o mesmo entendimento e realizem a mesma aplicação das leis. 
Você concorda que gera uma grave insegurança jurídica o fato de dois 
tribunais aplicarem a mesma lei de forma diferente? Ou pior: se um tribunal,
em controle difuso, declara uma lei inconstitucional e o outro declara a mesma 
lei constitucional. 
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A ADC serve justamente para evitar essa insegurança jurídica e transforma a 
presunção de constitucionalidade juris tantum (relativa) em juris et jure
(absoluta).
Por fim, lembre-se de que a controvérsia tem que ser JUDICIAL, não cabendo 
a simples controvérsia doutrinária ou administrativa.
Esquematizando
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC)
x Instituído pela EC 3/93 – não é origináriax Ação dúplice ou ambivalente: ADC = ADI com sinal trocado 
o Se julgada improcedente, se transforma numa ADI, com todos os seus efeitosx Busca a declaração de constitucionalidade de lei ou ato normativo FEDERAL
o Só Federal
o Não cabe ADC de Lei Est / Mun frente à CF
ƒ ADC estadual: cabe – Pode existir ADC de Lei Estadual julgada pelo TJEst,
frente a CE (se a CE prever)
o Lembrando é cabível ADI contra ato - Federal
- Estadual
x Pressuposto para caber ADC: Controvérsia JUDICIAL que esteja pondo em risco a 
presunção de constitucionalidade da lei
o Tem que ser judicial – não cabe controvérsia doutrinária na Administração Pública
o OBS1: ADI não precisa de controvérsia
o OBS2: É diferente da Súmula Vinculante, que - Judiciário x Judiciário
precisa de Controvérsia Atual entre - Judiciário x Administração Pública
x Transforma a presunção de legitimidade das leis juris tantum (relativa) em juris et jure
(absoluta)
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3. LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA DA ADC
Os legitimados ativos da Ação Declaratória de Constitucionalidade são os 
mesmos da ADI, também se aplicando a questão da legitimação universal e a
condição de interessado especial. Vamos relembrar, uma vez que essa questão 
é EXTREMAMENTE recorrente:
x Legitimados para propor ADI / ADC / ADPF / ADO
o Legitimação Ativa - Presidente da República
Universal - Procurador-Geral da República 
- Conselho Federal da OAB
- Partido Político com representação no Congresso Nacional 
- Mesas - Câmara dos Deputados 
- Senado Federal 
o Legitimação Ativa - Mesas das Assembleias Legislativas Estaduais ou DF
na condição de - Governador
Interessados Especiais - Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito 
NACIONAL
o OBS: sindicatos, federações, centrais 
sindicais não podem propor ADI – somente 
as CONFEDERAÇÕES sindicais
Na ADC não há legitimado passivo, uma vez que se está buscando justamente 
declarar a constitucionalidade da norma.
4. AGU E PGR NA ADC
O Advogado-Geral da União não é ouvido na ADC, pois não há texto a ser 
defendido, uma vez que se quer justamente que o ato normativo seja 
considerado válido.
Por outro lado, o Procurador-Geral da República é sempre ouvido nas 
ações do Supremo Tribunal Federal.
Mesa do CN NÃO!
Precisam demonstrar interesse 
relacionado à finalidade institucional 
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5. PROCEDIMENTO DA ADC
O procedimento da ADC é praticamente o mesmo da ADI. Com os mesmos 
prazos, mesmo quórum de instalação da sessão (8 Ministros presentes) e 
mesmos quórum para a declaração de constitucionalidade: maioria absoluta 
(6 Ministros).
Esquematizando:
x Legitimidade - Ativa - Os mesmos da ADI
- Também se aplica a questão da legitimaçao universal e interessado 
especial
- Passiva - Não há
- OBS: ADI existe legitimado passivox AGU: NÃO é ouvido, pois não existe texto impugnado
o O que se quer é justamente a declaração de constitucionalidade x PGR: ouvido Sempre
x Procedimento: praticamente o mesmo da ADI
o Quórum
de instalação da sessão: mín 8
o Decisão: MA
o Mesmos prazos
6. OBSERVAÇÕES MUITO IMPORTANTES
Na ADC funciona da mesma forma que a ADI (explicado aula passada):
x Em ADC NÃO cabe - Prescrição ou Decadência
- Intervenção de 3os
- Assistência Jurídica às “partes” - Não há partes
- Cabe Amicus Curiae
- Desistência
- Recurso, salvo embargos declaratórios
- Ação Rescisória
- Recurso ou embargos de declaração de Amicus Curiae
- Suspeição (cabe impedimento)
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7. EFEITOS DA ADC
Os efeitos da ADC são idênticos ao da ADI: 
x erga omnes: válido para todos;
x ex tunc: retroativos;
x vinculante: o poder Executivo e os demais órgãos do Poder Judiciário 
ficam obrigados a decidir da mesma forma. Lembre-se de que a decisão 
não vincula o STF em decisões futuras e nem o Poder Legislativo em sua 
função típica;
x efeitos repristinatórios: caso seja considerada improcedente, tornará 
aplicável a legislação anterior, caso exista.
Por fim, assim como na ADI, é cabível a modulação temporal de efeitos
por 2/3 dos votos e razòes de segurança jurídica ou excepcional 
interesse social.
Esquematizando:
x Efeitos - Erga Omnes
- Ex Tunc
- Vinculante para o Executivo e para os demais órgãos do Judiciário 
- Não vincula - STF em decisões futuras
- Legislativo em sua função típica
- Efeitos repristinatórios, caso seja julgada improcedente
- Cabe modulação de efeitos (2/3 + Segurança Jurídica ou Interesse social)
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8. CAUTELAR EM ADC
Assim como na ADI (você viu que é praticamente tudo igual não é mesmo?), é 
cabível a cautelar em Ação Declaratória de Constitucionalidade. No entanto, os 
efeitos da cautelar são diferentes:
Na ADI, os efeitos da cautelar poderiam ser os seguintes:
a) Suspender o ato normativo até o julgamento do mérito da ação;
b) Suspender o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei 
questionada.
Já na ADC, o STF determina que os Tribunais suspendam o julgamento 
de processos que envolvam o ato até o julgamento definitivo da ação
pelo STF.
Observe que a liminar em ADC não suspende a norma, mas sim o 
JULGAMENTO!
Uma observação importante é que a cautelar em ADC possui o prazo de 180 
dias. Assim, a ADC é a única ação do controle abstrato que possui prazo para 
a cautelar. Você consegue imaginar por quê?
Ora, o efeito da cautelar é justamente suspender todos os julgamentos dos 
processos que envolvam o ato questionado. Mas e se o STF demorar muito 
para julgar a ADC os processo não podem ficar parados para sempre... assim, 
o legislador definiu os 180 dias como prazo “razoável” para que o STF julgasse 
a ADC.
No mais, os efeitos da cautelar em ADC são iguais aos da cautelar em ADI: 
efeito vinculante, erga omnes.
Por fim, caso a decisão do STF não esteja sendo cumprida (tanto a de mérito 
quanto a cautelar), também caberá a ação de Reclamação para o seu efetivo 
cumprimento, desde que a decisão judicial não tenha transitado em julgado.
Esquematizando:
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x Cautelar em ADC: Cabe
o O STF determina que os Tribunais suspendam o julgamento de processos que 
envolvam o ato até o julgamento definitivo da ADC pelo STF
o Liminar em ADC não suspende a norma, suspende o JULGAMENTO
o Prazo da cautelar: 180dƒ OBS: cautelar em ADI, ADO e ADPF NÃO TEM PRAZOƒ A única cautelar com prazo é a ADC
o Efeito - Vinculante
- Erga omnesx Reclamação: Cabe
o Se as decisões não estiverem sendo cumpridas
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EXERCÍCIOS
1. (CESPE - 2012 - DPE-RO - Defensor Público) Na ação declaratória de 
constitucionalidade, cabe ao advogado-geral da União fazer a defesa do ato 
normativo.
Olha a pegadinha! Seria corretíssimo se estivéssemos falando da ADI, 
mas, na ADC, não existe este procedimento, pois não há ninguém 
afirmando que a lei é inconstitucional. Logo, não é necessária a defesa 
do ato normativo.
Gabarito: Errado.
2. (CESPE - 2012 - DPE-RO - Defensor Público) Na ação declaratória de 
constitucionalidade, é cabível pedido de medida cautelar, cujo provimento pode 
consistir na suspensão da eficácia da norma objeto da ação ou na suspensão 
dos processos em que se discuta a constitucionalidade dessa norma.
Se estamos pedindo a cautelar para declararmos a constitucionalidade 
de uma norma, porque esse pedido resultaria na suspensão da sua 
eficácia? Em caso de concessão de medida cautelar em ADC, o STF 
determina que os Tribunais suspendam o julgamento de processos que 
envolvam o ato até o julgamento definitivo da ação pelo STF. Desta 
forma, somente o segundo efeito trazido pela questão está correto.
Gabarito: Errado.
3. (CESPE - 2012 - TJ-CE – Juiz) De acordo com a legislação de regência, admite-
se, em ação declaratória de constitucionalidade, a concessão de medida 
cautelar para suspender a eficácia das decisões proferidas nos julgamentos de 
processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo federal objeto 
da ação.
Isso cai DEMAIS! Na ADO, a concessão de liminar tem efeitos 
diferentes: não há suspensão da eficácia da norma (até porque essa 
não é a intenção!), mas somente a suspensão de julgamentos que 
envolvam a referida lei ou ato.
Gabarito: Errado.
4. (CESPE - 2012 - MPE-TO - Promotor de Justiça) A eficácia geral e o efeito 
vinculante de decisão proferida pelo STF em ação declaratória de 
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constitucionalidade ou ADI, de lei ou ato normativo federal, atingem os demais
órgãos do Poder Judiciário e todos os órgãos dos Poderes Executivo e 
Legislativo.
O furo está no Legislativo. A atividade de produção de leis não pode 
ser constrangida por decisões do Judiciário. Os órgãos legislativos 
continuam livres para editarem as leis de forma como bem 
entenderem! As decisões em controle concentrado só podem vincular o 
Poder Legislativo em suas atividades administrativas.
Gabarito: Errado.
5. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Promotor de Justiça) Tratando-se de ações 
declaratórias de constitucionalidade propostas em face de lei federal pelo 
procurador-geral da República, cabe ao advogado-geral da União fazer a 
defesa do ato normativo cuja constitucionalidade se pretenda confirmar.
Seria correto se estivéssemos falando da ADI, mas, na ADC, não existe 
este procedimento, pois não há ninguém afirmando que a lei é 
inconstitucional. Logo, não é necessária a defesa do ato normativo.
Gabarito: Errado.
6. (CESPE/AGU/Advogado da União/2009) A decisão de mérito proferida pelo STF 
no âmbito de ação declaratória de constitucionalidade produz, em regra, 
efeitos ex nunc e vinculantes para todos os órgãos do Poder Executivo e 
demais órgãos do Poder Judiciário. 
As decisões de mérito em sede de ADC produzem efeitos erga omnes,
ex tunc, e vinculantes.
Gabarito: Errado.
7. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) A decisão que concede medida cautelar em 
ação declaratória de constitucionalidade não se reveste da mesma eficácia 
contra todos nem de efeito vinculante que a decisão de mérito.
Tanto a cautelar da Ação Declaratória de Constitucionalidade quanto 
sua decisão de mérito possuem efeito vinculante e eficácia erga 
omnes,
ou seja, contra todos.
Gabarito: Errado.
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8. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Segundo entendimento do STF, no controle 
abstrato de constitucionalidade de lei ou ato normativo, a eficácia vinculante 
da ação declaratória de constitucionalidade se distingue, em sua essência, dos 
efeitos das decisões de mérito proferidas nas ADIs.
O STF entende que a ADC é uma ADI com “sinal trocado”. Assim, caso 
a ADC seja julgada improcedente, ocorrerá o mesmo efeito de quando 
a ADI é julgada procedente e vice-versa. Confira o art. 24 da Lei nº 
9.868/99: 
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou 
procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-
se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.
Gabarito: Errado.
9. (CESPE/TRT 17.ª Região-ES/Analista Judiciário – Área: Judiciária –
Especialidade: Execução de Mandados/2009) O Conselho Federal da Ordem 
dos Advogados do Brasil tem legitimidade ativa para propor ação declaratória 
de constitucionalidade, nos termos da Lei n.º 9.868/1999. 
Como essa questão é muito recorrente em provas, não custa nada 
repetir:
x Legitimados para propor ADI / ADC / ADPF / ADO
o Legitimação Ativa - Presidente da República
Universal - Procurador-Geral da República 
- Conselho Federal da OAB
- Partido Político com representação no Congresso Nacional 
- Mesas - Câmara dos Deputados 
- Senado Federal 
o Legitimação Ativa - Mesas das Assembleias Legislativas Estaduais ou DF
na condição de - Governador
Interessados Especiais - Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito 
NACIONAL
o OBS: sindicatos, federações, centrais 
sindicais não podem propor ADI – somente 
as CONFEDERAÇÕES sindicais
Gabarito: Certo.
Mesa do CN NÃO!
Precisam demonstrar interesse 
relacionado à finalidade institucional 
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10.(CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A decisão que concede medida 
cautelar em ação declaratória de constitucionalidade é investida da mesma 
eficácia contra todos e efeito vinculante presentes na decisão de mérito, razão 
pela qual é cabível o ajuizamento de reclamação em face de decisão judicial 
que, após a concessão da cautelar, contrarie o entendimento firmado pelo STF, 
desde que a decisão tenha sido exarada em processo sem trânsito em julgado, 
ou seja, com recurso pendente. A reclamação, segundo entendimento da 
Suprema Corte, tem natureza de remédio processual de função corregedora.
A cautelar da ADC possui os mesmos efeitos de sua decisão de mérito, 
quais sejam: vinculante e erga omnes. Dessa forma, caso uma decisão 
do STF esteja sendo descumprida, caberá a Reclamação, perante o 
STF, para que se cumpra a referida decisão. No entanto, como afirma a 
questão, caberá a reclamação apenas se o processo não transitou em 
julgado.
Gabarito: Certo.
11. (CESPE/TRT 5ª Região/Analista Judiciário – Área: Judiciária/2008) As decisões 
em ação declaratória de constitucionalidade têm eficácia erga omnes e efeito 
vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à 
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e 
municipal. 
É a cópia do art. 102, §2º da CF88. Assim, todos os demais órgãos do 
judiciário e do executivo devem obedecer às decisões do STF em sede 
de ADI. Essa informação também é válida para o poder Legislativo em 
sua função ATÍPICA. Dessa forma, as decisões do STF em sede de ADI
ou ADC não vinculam o poder Legislativo em sua função TÍPICA e nem 
o próprio STF, que pode decidir de forma diferente em situações 
futuras.
Gabarito: Certo.
12. (CESPE/PGE-ES/Procurador do Estado de 1.ª Categoria/2008) É condição de 
admissibilidade de ação declaratória de constitucionalidade a demonstração da 
controvérsia jurisprudencial sobre a compatibilidade entre a norma 
questionada e o dispositivo da Constituição Federal. 
O pressuposto para cabimento da ADC é a controvérsia JUDICIAL que 
esteja pondo em risco a presunção de constitucionalidade da lei. 
Lembrando que a controvérsia tem que ser JUDICIAL, não cabendo 
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ADC quando a controvérsia é meramente doutrinária ou entre órgãos 
da Administração Pública.
Gabarito: Certo.
13. (CESPE/Def.Pública do Estado-CE/Defensor Público/2008) A decisão cautelar 
na ação declaratória de constitucionalidade, por criação do constituinte 
derivado, somente adquire eficácia vinculante quando o STF expressamente a 
atribui. 
A decisão da cautelar na ADC consiste da determinação para que os 
Tribunais suspendam o JULGAMENTO de processos que envolvam o ato 
questionado até o julgamento definitivo da ADC pelo STF. Atenção: a 
liminar em ADC não suspende a norma e sim o JULGAMENTO. Além 
disso, os efeitos da liminar em ADC são, em regra, vinculantes e erga 
omnes, estando aí o erro da questão. 
Gabarito: Errado.
14. (CESPE/DPGU/Defensor Público da União/2007) Acerca da ação direta de 
inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade, a decisão 
que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de norma pode ser 
atacada por embargos de declaração, mas não poderá ser desconstituída em 
ação rescisória. 
Os embargos de declaração servem unicamente para que o juiz (o STF, 
no caso) que proferiu a decisão seja mais claro, para que explique 
melhor o que ele quis dizer na sentença e não para reformulá-la. Dessa 
forma, cabe embargos de declaração em ADI e ADC, mas não cabe 
qualquer outro tipo de recurso e nem ação rescisória. Por ser bastante 
recorrente, vamos ver mais uma vez o esquema:x Em ADC NÃO cabe - Prescrição ou Decadência
- Intervenção de 3os
- Assistência Jurídica às “partes” - Não há partes
- Cabe Amicus Curiae
- Desistência
- Recurso, salvo embargos declaratórios
- Ação Rescisória
- Recurso ou embargos de declaração de Amicus Curiae
- Suspeição (cabe impedimento)
Gabarito: Certo.
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15. (CESPE/DPGU/Defensor Público da União/2007) Qualquer prejudicado poderá, 
por meio da reclamação, atacar decisão judicial não transitada em julgado que 
contrarie acórdão sobre a constitucionalidade de norma em ação declaratória 
de constitucionalidade. 
As decisões do STF em ADC possuem efeito vinculante relativamente 
aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta 
e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Assim, caso o STF 
tenha decidido sobre a constitucionalidade de norma e esta decisão 
esteja sendo desrespeitada por outro órgão do judiciário, caberá a 
ação de RECLAMAÇÃO no Supremo para que a referida decisão seja 
respeitada. Vale lembrar que não cabe reclamação contra decisões que 
transitaram em julgado.
Gabarito: Certo.
16. (CESPE/DPGU/Defensor Público da União/2007) O STF só pode determinar a 
modulação dos efeitos da decisão que declara a inconstitucionalidade de norma 
em ação direta de inconstitucionalidade. 
O Supremo pode modular os efeitos da declaração de 
inconstitucionalidade no controle difuso e em todas as ações do 
controle abstrato (ADI, ADC, ADPF e ADO), por razões de segurança 
jurídica ou excepcional interesse social e por maioria qualificada de 
2/3 dos votos.
Gabarito: Errado.
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II. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO 
FUNDAMENTAL (ADPF)
1. OBSERVAÇÕES GERAIS
A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental é uma ação que 
realiza o controle abstrato de constitucionalidade e que foi criada pelo 
constituinte originário (lembre-se de que a ADC foi introduzido pela 
EC 3/93).
A ADPF está prevista na Constituição da seguinte forma:
Art 102, § 1.º “A ADPF, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo STF, na 
forma da lei.”
Perceba então que ela é uma norma de eficácia limitada e foi disciplinada 
pela Lei nº 9.882/99.
Outro ponto importante é que a ADPF pode ter caráter preventivo ou 
repressivo:
Lei nº 9882/99 Art. 1º A arguição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição 
Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto 
evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder 
Público.
2. DEFINIÇÃO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
A Constituição não trouxe expressamente o conceito de “preceito 
fundamental”. Assim, quem decide o que é e o que não é um preceito 
fundamental é o Supremo Tribunal Federal (ADPF 1/RJ). Sabemos, no entanto, 
que esses preceitos podem estar implícitos ou explícitos na CF.
Muita atenção também para não confundir o “preceito fundamental” com os 
Fundamentos da República Federativa do Brasil (art. 1º), os princípios 
sensíveis (art. 34, VII) ou os direitos fundamentais.
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3. COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DA ADPF
Por ser uma ação do controle concentrado, somente o STF pode julgar uma 
ADPF que tenha como parâmetro a Constituição Federal. 
A doutrina tem admitido que as Constituições Estaduais instituam Ação Direta 
de Inconstitucionalidade por Omissão, Ação Declaratória de Constitucionalidade
e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental estaduais. Estas 
serão julgadas pelo TJ estadual e terão como parâmetro a Constituição 
Estadual.
Esquematizando:
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – ADPF
x Criado pelo constituinte originário (enquanto a ADC foi pela EC 3/93) x Art 102, § 1.º “A ADPF, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo STF, na forma da lei.”
o Norma de eficácia LTDA
o Disciplinada pela Lei 9.882/99x Faz controle CONCENTRADO – ABSTRATO
o Não cabe ADPF incidental (Difuso)x Preceito Fundamental
o Conceito amplo
o Explícito ou implicito na CF
o O STF é quem decide o que é e o que não é preceito fundamental (ADPF 1/RJ)
o Não confundir com - Fundamentos da República Federativa do Brasil (art. 10)
- Princípios sensíveis (art. 34,VII)
- Direito fundamentalx Competência – STF
o Só o STF (TJEst não julga ADPF frente à CF)
o A doutrina tem admitido que as CEs instituam ADO, ADC e ADPF estaduais
x Caráter Preventivo e Repressivo – Evitar ou Reparar lesão a preceito fundamental resultante de 
ato do Poder Publico.
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4. OBJETO DA ADPF
Caberá a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental:
1. Para evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do 
Poder Público;
2. Quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre 
lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os 
anteriores à Constituição.
O objeto da ADPF é o mais amplo possível. Assim, cabe a ADPF frente a
“qualquer coisa” (ou quase):
x qualquer ato do poder público, inclusive decretos regulamentares ou 
atos administrativos.
x atos de qualquer esfera: federal, estadual, distrital e até mesmo 
municipal.
x atos anteriores à CF88.
x omissões do Poder Público que gerem lesão à Preceito Fundamental.
x atos de particulares exercendo função pública (ex. concessionárias e 
delegatárias).
Por fim, não cabe a ADPF frente a súmulas do STF ou atos políticos.
Esquematizando:
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x Objeto da ADPF
o Caberá a ADPF:
1. Para evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder 
Público;
2. Quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato 
normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.
o Cabe ADPF frente a qualquer ato do poder público: inclusive decretos regulamentares ou 
atos administrativos
o Cabe ADPF frente a atos de qualquer esfera (Fed, Est, Mun, DF)
o Inclusive atos anteriores à CF88
o Cabe ADPF frente a Omissões do Poder Público que gerem lesão à Preceito 
Fundamental
Lei 9882/99 Art. 1o A arguição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição
Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto 
evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder 
Público.
Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de preceito 
fundamental:
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre 
lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores 
à Constituição; 
CABE ADPF FRENTE A “QUALQUER COISA”
x OBJETO da - Lei (em sentido amplo)
ADPF - Ato Normativo Infralegal
- Ato ADMINISTRATIVO (inclui os NÃO NORMATIVOS) (ADPF1/RJ)
- U, E, DF e Mun
- Inclui omissões
- Atos de particulares exercendo função pública (concessionárias e delegatárias)
- ATOS ANTERIORES À CF
o Não cabe ADPF - Atos políticos (princípio da separação dos poderes)
- Súmulas do STF
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5. CARÁTER RESIDUAL
A ADPF possui caráter residual (ou subsidiário). Assim, ela não será cabível 
quando houver outro meio VERDADEIRAMENTE capaz de sanar a lesividade.
Por exemplo, não cabe ADPF para pedir a declaração de constitucionalidade de 
lei federal, pois o meio correto é a Ação Declaratória de Constitucionalidade.
6. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE
Caso o autor tenha entrado com uma ADPF de forma errônea e estejam 
presentes TODOS os requisitos de outra ação (ex. ADI), a ADPF pode ser 
conhecida como essa outra ação (ADI).
Exemplo: a ADPF 72/PA foi conhecida como ADI 3.513. Já as ADPFs 132 e 178,
que tratavam da união homoafetiva foram conhecidas como ADI 4.277.
7. LEGITIMAÇÃO ATIVA E QUÓRUM DE DECISÃO
Os legitimados ativos para propor uma ADPF são os mesmos da ADI. O
quórum de decisão também é o mesmo da ADI, da ADO e da ADC: maioria 
absoluta (6 votos) com quórum de instalação da sessão de 8 ministros (é 
sempre o mesmo...)
8. EFEITOS DA ADPF
Os efeitos da ADPF são os mesmos efeitos das ações do controle concentrado 
de constitucionalidade:
x Erga omnes;
x Ex tunc, mas pode ser dado efeito ex nunc ou pro futuro por 2/3 dos 
votos e por razões de relevância jurídica ou excepcional interesse social;
x Vinculante;
x Também se aplica a teoria dos motivos determinantes (vista na ADI)
Um comentário acerca desse último: isso é genial! Imagine que todos 
os 5.565 municípios brasileiros tenham uma lei com o mesmo 
fundamento. O STF somente precisa declarar a inconstitucionalidade de 
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uma dessas leis e as demais deverão
ser automaticamente retiradas do 
ordenamento jurídico (pois o fundamento é idêntico).
Esquematizando:
x Caráter residual / subsidiário: Não cabe ADPF quando houver outro meio 
VERDADEIRAMENTE capaz de sanar a lesividade
o Ex: não cabe ADPF para pedir a declaração de constitucionalidade de lei federal (meio 
correto: ADC)
x Princípio da Fungibilidade: Pode-se conhecer ADPF como outra ação (Ex ADI) se tiver entrado 
com ADPF errado e estiverem supridos os requisitos da outra ação.
o Somente se TODOS os requisitos forem cumpridos
o Ex: ADPF 72/PA foi conhecida como ADI 3.513
o Ex: ADPFs 132 e 178 foram conhecidas como ADI 4.277 (União homoafetiva)
x Legitimação ativa: os mesmos da ADIx Quórum de Decisão da ADPF - MA
- Quórum mín de instalação de julgamento: 8 ministros
o Igual a ADI, ADC e ADO
x Efeitos - Erga Omnes
- Ex Tunc – pode ser ex nunc (2/3 + relevância jur. ou excepcional interesse soc.)
- Vinculante (igual ADI e ADC) – é controle CONCENTRADO
- Também se aplica a TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES (só precisa 
declarar a inconstitucionalidade para um município e os outros serão afetados 
automaticamente. GENIAL!!)
o Modulação temporal e restrição de efeitos – Cabeƒ Também por - 2/3
- Relevância Jurídica ou
- Excepcional Interesse Social
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9. CAUTELAR EM ADPF
Assim como na ADI e na ADC, também é cabível a cautelar na ADPF por 
decisão da maioria absoluta dos membros do STF. Os efeitos dessa cautelar 
serão os seguintes:
x Suspender o andamento dos processos (igual ADC);
x Suspender o efeito de decisão judicial, salvo se transitou em julgado.
Dessa forma, não cabe liminar em ADPF para tratar de coisa 
transitada em julgado.
x Qualquer outra medida pertinente
10. DEMAIS OBSERVAÇÕES SOBRE A ADPF
Da mesma forma que a ADI e a ADC, a ADPF também possui causa de pedir 
aberta. Por isso, o Supremo deve se ater ao pedido, mas não precisa adotar a 
tese do autor da ação, podendo também declarar a inconstitucionalidade 
usando outro artigo da CF como parâmetro.
O Procurador-Geral da República é ouvido em todas as ações do Supremo 
Tribunal Federal, inclusive na ADPF. Já quanto ao Advogado-Geral da União, o 
STF tem exigido sua manifestação, apesar de a lei ser silente nesse ponto.
Na ADPF funciona como na ADI e na ADC:
x Em ADPF NÃO cabe - Prescrição ou Decadência
- Intervenção de 3os
- Assistência Jurídica às “partes” - Não há partes
- Cabe Amicus Curiae
- Desistência
- Recurso, salvo embargos declaratórios
- Ação Rescisória
- Recurso ou embargos de declaração de Amicus Curiae
- Suspeição (cabe impedimento)
Esquematizando:
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x Cautelar em ADPF – CABE
o Decisao da MA
o Efeito da liminar - Suspender - Andamento dos processos (igual ADC)
- Efeito de decisão judicial, salvo se transitou em julgadoƒ Não cabe liminar em ADPF para tratar de 
coisa transitada em julgado
- Qualquer outra medida pertinente
x Vinculação ao pedido e não à tese / causa de pedir aberta (igual na ADI e ADC)
o O STF não precisa adotar a tese do autor da ação, mas tem que se ater ao pedido
o PODE declarar a inconstitucionalidade usando outra tese / outro artigo da CF como 
parâmetro
o Vinculação ao pedido: STF não pode declarar a inconstitucionalidade de artigo extra 
(que não foi pedido), salvo inconstitucionalidade por arrastamento / atração.
ƒ Exceção: ARRASTAMENTO OU ATRAÇÃO
9 Quando dispositivo não impugnado é correlato, conexo ou 
interdependente, ele pode ser declarado inconstitucional, mesmo que o 
autor não tenha pedido.
o Ex 1: Se não fossem declaradas inconstitucionais, elas 
perderiam o sentido ou ficariam com sentido diverso do 
original
o Ex 2: Quando dispositivos diferentes têm conteúdo análogo
9 ADI 2.653/MT, ADI 2.648/CE, ADI 2.608/DF
x PGR: Ouvido Sempre (art. 103 §10)
x AGU - STF tem exigido
- Lei não fala nada
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EXERCÍCIOS
17. (CESPE - 2012 - TJ-AL – Analista) Qualquer pessoa lesada ou ameaçada por 
ato do poder público pode propor arguição de descumprimento de preceito 
fundamental.
Essa ficou moleza, né? Os legitimados para propor ADPF são 
exatamente os mesmos das outras ações de controle abstrato. 
Revisando: Os legitimados para propor a ADI Federal/ADC/ADPF são 
os seguintes:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do 
Distrito Federal; 
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Gabarito: Errado.
18. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Promotor de Justiça) A decisão de mérito proferida 
em ação de descumprimento de preceito fundamental é dotada de efeito 
vinculante, dando azo, portanto, a reclamação para assegurar a autoridade da 
decisão do STF.
Isso mesmo. Caso haja desobediência de uma ADPF, pode ser 
formalizada uma reclamação ao STF, por qualquer legitimado a propor 
as ações diretas ou por qualquer pessoa afetada pela desobediência
(veja que qualquer pessoa pode propor a RECLAMAÇÃO e não a ADPF).
Se a reclamação for procedente, o STF anulará o ato administrativo ou 
cassará a decisão judicial, caso ainda não tenha transitado em julgado.
Gabarito: Certo.
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19. (CESPE - 2012 - MPE-TO - Promotor de Justiça) O STF não tem competência 
para realizar controle de constitucionalidade concentrado de lei ou ato 
normativo municipal em face da CF.
Não podemos nos esquecer da ADPF! Ela é uma das espécies de 
controle concentrado e pode ser impetrada no STF para contestar o 
direito municipal! Guardem bem essa informação: neste caso, o que 
não cabe é ADI/ADC.
Gabarito: Errado.
20. (CESPE - 2012 - DPE-RO - Defensor Público) A arguição de descumprimento de 
preceito fundamental tem preferência em relação a outros meios eficazes de 
sanar a lesividade.
Muito pelo contrário! A ADPF é uma ação residual, ou seja, ela somente 
será impetrada se não houver nenhum outro meio eficaz de sanar a 
lesividade.
Gabarito: Errado.
21. (CESPE - 2012 - DPE-RO - Defensor Público) A arguição de descumprimento de 
preceito fundamental não se presta a controle de constitucionalidade de 
normas infralegais ou atos normativos estaduais e municipais.
A ADPF é muito poderosa. Ela alcança normas/atos que as outras 
ações não alcançam, como as normas/atos infralegais, municipais e 
até pré-constitucionais!
Gabarito: Errado.
22. (CESPE - 2012 - DPE-RO - Defensor Público) As leis municipais não se sujeitam 
ao controle de constitucionalidade concentrado perante o STF, podendo, no 
entanto, ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade a ser ajuizada 
perante o tribunal de justiça do respectivo estado-membro, desde que se 
alegue ofensa à constituição estadual.
O candidato mais desatento marcaria “certo” e erraria, pois estaria se 
esquecendo da ADPF, que é uma das espécies de controle concentrado 
de constitucionalidade e é impetrada junto ao STF, podendo
alcançar o 
regramento municipal contestado em face da Constituição Federal.
Gabarito: Errado.
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23. (CESPE - 2012 - DPE-RO - Defensor Público) O defensor público-geral da União 
possui legitimidade para ajuizar, no STF, arguição de descumprimento de 
preceito fundamental, mas não para ajuizar ação direta de 
inconstitucionalidade ou ação declaratória de constitucionalidade.
Os legitimados para todas essas ações são os mesmos. E o defensor 
público-geral da União não consta nessa lista! Revisando:
x Legitimados para propor Ações Diretas
o Legitimação Ativa - Presidente da República
Universal - Procurador-Geral da República 
- Conselho Federal da OAB
- Partido Político com representação no Congresso Nacional 
- Mesas - Câmara dos Deputados 
- Senado Federal 
o Legitimação Ativa - Mesas das Assembleias Legislativas Estaduais ou DF
na condição de - Governador
Interessados Especiais - Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito 
NACIONAL
Gabarito: Errado.
24. (CESPE - 2012 - MPE-TO - Promotor de Justiça) Estando presentes os 
requisitos de admissibilidade da ADI, admite-se a conversão de arguição de 
descumprimento de preceito fundamental em ADI.
Caso o autor tenha entrado com uma ADPF de forma errônea e estejam 
presentes TODOS os requisitos de outra ação (ex. ADI), a ADPF pode 
ser conhecida como essa outra ação (ADI).
Gabarito: Certo.
25. (CESPE - 2012 - AGU – Advogado) Assim como ocorre na ADC e na ADI, ato 
normativo já revogado não pode ser objeto de ADPF.
Temos que nos lembrar de que a ADPF tem uma enorme abrangência, 
sendo cabível para contestar ato já revogado, normas municipais e 
direito pré-constitucional. Por outro lado, não cabe ADC ou ADI de ato 
já revogado (para que eu vou querer retirar do ordenamento ou 
declarar a constitucionalidade de um ato que já não está mais no 
ordenamento jurídico?).
Mesa do CN NÃO!
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Gabarito: Errado.
26. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) O STF reconhece a prefeito municipal 
legitimidade ativa para o ajuizamento de arguição de descumprimento de 
preceito fundamental, não obstante a ausência de sua legitimação para a ação
direta de inconstitucionalidade.
Os legitimados para proposição de ADPF são os mesmos da ADI e o 
prefeito não está incluído nesse rol. Vamos revisar?
x Legitimados para propor ADI / ADC / ADPF / ADO
o Legitimação Ativa - Presidente da República
Universal - Procurador-Geral da República 
- Conselho Federal da OAB
- Partido Político com representação no Congresso Nacional 
- Mesas - Câmara dos Deputados 
- Senado Federal 
o Legitimação Ativa - Mesas das Assembleias Legislativas Estaduais ou DF
na condição de - Governador
Interessados Especiais - Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito 
NACIONAL
o OBS: sindicatos, federações, centrais 
sindicais não podem propor ADI – somente 
as CONFEDERAÇÕES sindicais
Gabarito: Errado.
27. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A arguição de descumprimento de preceito 
fundamental não se presta a controle de constitucionalidade de normas 
infralegais, visto que, nesse caso, se trata de ilegalidade e não de 
inconstitucionalidade.
O objeto da ADPF é bem mais amplo do que o da ADI, sendo passível o 
controle (por meio da ADPF!) de:
x ato do poder público que provoque lesão aos preceitos fundamentais, 
inclusive decretos ou atos administrativosx Cabe ADPF frente a atos de qualquer esfera: federal, estadual, municipal 
e distrital.x Inclusive para controlar atos anteriores à CF88
Mesa do CN NÃO!
Precisam demonstrar interesse 
relacionado à finalidade institucional 
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x Cabe ADPF frente a omissões do Poder Público que gerem lesão à 
Preceito Fundamentalx Quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre 
lei ou ato normativo Federal, Estadual ou Municipal (incluídos os 
anteriores à CF)
Gabarito: Errado.
28. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A arguição de descumprimento de preceito 
fundamental tem precedência sobre qualquer outro meio de controle de 
constitucionalidade cabível e apto a sanar a lesão a preceito fundamental.
É justamente o contrário. A arguição de descumprimento de preceito 
fundamental é RESIDUAL. Assim, se for cabível qualquer outro meio 
para se evitar a lesão, não será cabível a ADPF.
Gabarito: Errado.
29. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) De acordo com o entendimento do STF, a 
arguição de descumprimento de preceito fundamental não pode ser conhecida 
como ADI, em face de sua especificidade, ainda que o objeto do pedido 
principal da arguição seja a declaração de inconstitucionalidade de preceito 
autônomo por ofensa a dispositivos constitucionais, e que estejam presentes 
os demais requisitos da ADI.
É justamente o contrário: pelo princípio da fungibilidade, pode-se 
conhecer ADPF como outra ação (Ex ADI) se o legitimado tiver entrado 
com ADPF de forma errada e estiverem supridos TODOS os requisitos 
da outra ação. Como exemplo, a ADPF 72/PA foi conhecida como ADI 
3.513 e as ADPFs 132 e 178 foram conhecidas como ADI 4.277.
Gabarito: Errado.
30. (CESPE/AGU/Advogado da União/2009) Na arguição de descumprimento de 
preceito fundamental, a decisão exarada produz efeito vinculante, que, em sua 
dimensão objetiva, abrange não só a parte dispositiva, mas também os 
fundamentos determinantes da decisão.
Essa é a “Teoria da Transcendência dos Motivos Determinantes”, que 
diz que as decisões do STF em controle abstrato de constitucionalidade 
possuem efeito vinculante não somente ao dispositivo da sentença, 
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mas também aos fundamentos determinantes da decisão (ratio 
decidendi).
Gabarito: Certo.
31. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) Eventual impugnação em abstrato de lei 
municipal em face da CF deve ser feita por meio da arguição de 
descumprimento de preceito fundamental perante o tribunal de justiça.
Somente o Supremo Tribunal Federal pode realizar o controle abstrato 
frente à Constituição FEDERAL. Por outro lado, os tribunais estaduais e 
do Distrito Federal podem realizar o controle abstrato de 
constitucionalidade de lei ou ato normativo ESTADUAL OU MUNICIPAL 
frente à Constituição ESTADUAL.
Gabarito: Errado.
32. (CESPE/ TCE-AC/2009) Determinado parlamentar federal impetrou mandado 
de segurança junto ao STF, questionando a legalidade do processo legislativo 
na tramitação de determinada medida provisória. Argumentou o parlamentar 
que a referida medida provisória fora enviada para votação em plenário antes 
da apreciação pela comissão que deveria emitir juízo prévio sobre o 
atendimento de seus pressupostos constitucionais, da qual o impetrante faz 
parte. A inconstitucionalidade deveria ter sido questionada pelo parlamentar 
por meio de arguição de descumprimento de preceito fundamental.
O parlamentar, individualmente, não pode propor uma ADPF. Essa 
ação pode ser proposta pelo partido político com representação no 
Congresso Nacional, mas não pelo parlamentar. Além disso, o meio 
correto para que um parlamentar exija seu direito líquido e certo ao 
devido processo legislativo é o Mandado de Segurança e não a ADPF.
Gabarito: Errado.
33. (CESPE.Auditor.MG.09) Compete ao tribunal de justiça de
cada estado-
membro exercer o controle concentrado da constitucionalidade das leis e dos 
atos normativos estaduais e municipais perante a CF.
Quem realiza o controle concentrado frente à Constituição Federal é 
somente o STF. Por outro lado, os Tribunais de Justiça estaduais fazem 
o controle concentrado de normas frente à Constituição Estadual.
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Gabarito: Errado.
34. (CESPE/2008/TST/Analista Judiciário – Área Judiciária) Considere que 
determinado empregado entenda que uma cláusula de seu contrato de 
trabalho seja inválida porque ela tem por base lei federal que ele julga 
inconstitucional. Nessa situação, o referido empregado não pode impugnar 
essa lei mediante ação direta de inconstitucionalidade, mas pode impugnar a 
validade do seu contrato de trabalho mediante arguição de descumprimento de 
preceito fundamental. 
Os legitimados para propor uma ADPF, ADI por omissão e ADC são os 
mesmos da ADI, dessa forma um cidadão comum não pode propor 
nenhuma das ações do controle abstrato. Vamos revisar os legitimados 
da ADI, da ADC, da ADPF e da ADI por Omissão:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do 
Distrito Federal; 
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Gabarito: Errado.
35. (CESPE/SGA-AC/Advogado/2008) A arguição de descumprimento de preceito 
fundamental (ADPF) é um instrumento que substituiu o mandado de injunção 
como meio de controle da inconstitucionalidade por omissão. 
A ADPF possui caráter residual e não pode ser usada caso caiba algum 
outro meio eficaz para sanar a lesão. Assim, se couber o mandado de 
injunção (ou qualquer outra ação pertinente), não caberá a ADPF. 
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Além disso, observe que o mandado de injunção é uma ação a partir de 
um caso concreto, enquanto a ADPF faz somente controle abstrato.
Gabarito: Errado.
36. (CESPE/DPGU/Defensor Público da União/2007) O STF só pode determinar a 
modulação dos efeitos da decisão que declara a inconstitucionalidade de norma 
em ação direta de inconstitucionalidade. 
O Supremo pode modular os efeitos da declaração de 
inconstitucionalidade no controle difuso e em todas as ações do 
controle abstrato (ADI, ADC, ADPF e ADO), por maioria qualificada de 
2/3 dos votos e por razões de segurança jurídica ou excepcional 
interesse social.
Gabarito: Errado.
37. (CESPE/TRT9/Analista Judiciário – Execução de Mandatos/2007) Concedida 
medida liminar nos autos de uma ação de arguição de descumprimento a 
preceito fundamental (ADPF), poderá o STF determinar a suspensão dos 
processos em curso ou os efeitos das decisões judiciais já proferidas, inclusive 
da coisa julgada, que apresentem relação com a matéria objeto dessa ADPF. 
A liminar na ADPF poderá consistir na determinação de que juízes e 
tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de 
decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação 
com a matéria objeto da arguição de descumprimento de preceito 
fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada.
Gabarito: Errado.
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III. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
POR OMISSÃO (ADO)
1. OBSERVAÇÕES GERAIS
A Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão é uma ação de 
competência exclusiva do STF e é uma norma originária da CF88 prevista 
no art. 103, §2º e regulada pela Lei 9.868/99. São aplicadas as mesmas 
regras da ADI normal, salvo as comentadas a seguir.
O objetivo da ADO é tornar efetiva uma norma CONSTITUCIONAL sem 
efeitos por falta de norma regulamentadora. Assim, a norma deve estar 
prevista na Constituição, não sendo cabível ADO para regulamentar 
normas infraconstitucionais.
Além disso, não é qualquer omissão legislativa que pode ser suprida pela ADO, 
que pode ser usada somente para tornar efetivas normas constitucionais de 
eficácia limitada (e que sejam impositivas).
Muito importante ressaltar que cabe ADO para editar QUALQUER norma 
regulamentadora. Assim, ela não é cabível somente para editar atos 
legislativos (lei formal), mas também para editar atos ADMINISTRATIVOS
normativos (ou seja, atos normativos infralegais).
Atenção: Cabe ADO para editar Lei/Ato regulamentar INFRALEGAL, 
enquanto não cabe ADI genérica contra ato infralegal.
2. LEGITIMADO ATIVO E PASSIVO
Os legitimados ativos da ADO são os mesmos da ADI. Já o legitimado 
passivo é o órgão que deveria ter editado a norma regulamentadora e não o 
fez. Assim, a ADO pode ter como legitimado passivo o Poder Legislativo, 
órgãos do Executivo, Legislativo e Judiciário, órgãos administrativos e a
autoridade com iniciativa privativa.
Exemplificando esse último: suponha que o Presidente da República possua 
iniciativa privativa para editar uma determinada lei. Assim, caso ele não inicie 
a tramitação desse ato normativo, ninguém mais pode fazer isso por ele. Caso 
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isso ocorra, não é o Poder Legislativo que estará inerte, mas sim o Presidente 
da República. Nesse caso, o legitimado passivo será o Chefe do Executivo e
não o Congresso Nacional.
Esquematizando:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO)x Competência: STFx Norma originária (103, §2o)x Introduzida em 88x Regulada pela Lei 9.868/99x São aplicadas as mesmas regras da ADI normal, salvo as abaixo comentadasx Objetivo da ADO: tornar efetiva uma norma CONSTITUCIONAL sem efeitos por falta de 
norma regulamentadora
o Não cabe ADO para regulamentar normas infraconstitucionais
o Não é qualquer omissão legislativa – só para tornar efetivas normas constitucionais de 
eficácia LTDA (e que sejam impositivas)
o Não só para editar atos legislativos (lei formal), mas também para editar atos ADM 
normativos (ou seja, atos normativos infralegais)
o Cabe ADO para editar Lei/Ato regulamentar INFRALEGALƒ Enquanto não cabe ADI genérica contra ato intralegal
x Legitimado - Ativo: os mesmos da ADI
- Passivo: órgão que - Poder Legislativo 
deveria editar a lei - Autoridade com iniciativa: Se a norma for de iniciativa 
privativa, o pólo passivo será quem tem a iniciativa para tal.ƒ Ex. PR e não o CN nas leis do art. 61 §1o
- Órgão do Leg, Exec, Jud
- Órgão Administrativo
Qualquer ato regulamentar: lei 
formal ou ato normativo infralegal 
o
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3. OBJETO DA ADO
Já vimos que é cabível a ADO para que seja editada norma legal ou infralegal. 
Além disso, cabe essa ação para que sejam editadas normas federais,
estaduais ou distritais com caráter estadual, não sendo cabível para a 
edição de normas municipais ou distritais com caráter municipal (siga a 
mesma regra da ADI normal).
Além disso, a revogação da norma constitucional que deveria ser 
regulamentada acarreta extinção da ADO (ADI QO 1.836/SP). Explicando 
melhor: suponha que alguém entre com uma ADO para que o
artigo 35 da CF 
seja regulamentado. No entanto, no decorrer da ação, houve uma Emenda 
Constitucional revogando o art. 35 da CF. Como a norma constitucional não 
existe mais, não há mais o que regulamentar e a ADO será extinta.
4. CAUTELAR EM ADO
Antigamente, não era cabível a cautelar na Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por Omissão. No entanto, hoje, o Supremo Tribunal 
Federal entende ser possível a concessão da liminar.
A cautelar será concedida em caso de excepcional urgência e relevância, por 
maioria absoluta dos votos (6 Ministros), desde que presentes 8 ministros 
(é sempre o mesmo quórum!).
A cautelar em ADO pode ter os seguintes efeitos:
x Suspensão da aplicação da lei / ato normativo questionado;
x Suspensão dos processos judiciais ou administrativos;
x Outras providências.
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5. EFEITOS DO JULGAMENTO DO MÉRITO
Uma vez julgada procedente a ADO, o poder ou órgão omisso fica em mora. 
Dessa forma, essa ação possui caráter mandamental.
No entanto, a regra é que o Poder Judiciário não pode legislar. Assim, os 
efeitos serão os seguintes:
x Se a parte omissa for um ÓRGÃO ADMINISTRATIVO, será dado prazo 
de 30 dias para providências ou outro prazo razoável.
x Se a parte omissa for um PODER, é dado ciência ao poder para adoção 
de providências necessárias. A regra é que não há fixação de prazo
para o PODER editar a norma. 
Uma novidade é que o STF tem fixado um parâmetro temporal 
razoável para o Poder Legislativo editar a norma (não é fixar prazo/não 
é obrigar).
Da mesma forma como a ADI, ADC e ADPF, é cabível a modulação 
temporal dos efeitos da decisão por razões de segurança jurídica ou 
excepcional interesse social e por 2/3 dos votos.
Por fim, a decisão da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão terá 
efeitos erga omnes e vinculante.
Esquematizando:
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x Cabível ADO para editar - Lei da U
- Lei dos E
- Lei do DF com caráter ESTADUAL
o Não cabe ADO para editar - Lei municipal
- Lei do DF com conteúdo municipal
o A revogação da norma constitucional que deveria ser regulamentada acarreta extinção da 
ADO (ADI QO 1.836/SP)
x Cautelar: Cabe (mudou Mesmo!!! Até 2009 não cabia)
o Em caso de excepcional Urgência e Relevância
o Votação: MA
o Quórum de instalação: 8 Min
o Efeitos da - Suspensão da aplicação da lei / ato normativo questionado 
Cautelar - Suspensão dos processos judiciais ou administrativos
- Outras providências
x Efeitos do julgamento de mérito
o Caráter mandamental (o Poder/órgão omisso fica em mora)
o O Judiciário não pode legislar
o Se for - ÓRGÃO ADM: Prazo de 30d para providências ou outro prazo razoável
- PODER - É dado ciência ao poder para adoção de providências necessárias
- Regra: Não há fixação de prazo para o PODER editar a norma
- Novidade: o STF tem fixado um parâmetro temporal razoável 
para o Poder Legislativo editar a norma (não é fixar prazo/não é 
obrigar). 
x Modulação temporal e restrição de efeitos – Cabe
o Pode restringir os efeitos ou dar efeitos ex nunc ou pro futuro (igual ADI genérica)
o Também - Por 2/3
- Segurança Jurídica OU
- Excepcional Interesse Social
x Eficácia - Erga omnes
- Efeito vinculante
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6. ADO E MANDADO DE INJUNÇÃO
Meus caros Analistas Judiciários do TJDF, vocês devem ter notado uma incrível 
semelhança entre a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão e o 
Mandado de Injunção (MI), não é mesmo?
Essas duas ações servem para proteger a sociedade contra as 
omissões legislativas. No entanto, elas possuem várias diferenças e é muito 
importante que saibamos diferenciar bem as duas ações:
a) A ADO é uma ação do controle concentrado, assim, somente o STF 
pode julgá-la. Por outro lado, o Mandado de Injunção é uma ação do 
controle difuso, existindo vários órgãos que podem julgá-lo (STF, STJ, 
TSE, TJ...)
b) A ADO é uma ação que realiza o controle em abstrato e NÃO pode 
se relacionar a um caso concreto enquanto o Mandado de Injunção é só 
para controle concreto;
c) Os legitimados da ADO são os mesmos da ADI enquanto o 
legitimado do MI é qualquer pessoa que tenha seus direitos tolhidos por 
falta de norma regulamentadora;
d) É cabível a liminar na ADO enquanto não o é no Mandado de 
Injunção;
e) O STF adota a posição concretista no Mandado de Injunção, concedendo 
o exercício do direito ainda não regulamentado. Na Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por Omissão, o Supremo declara a mora do 
órgão/poder competente na elaboração da norma regulamentadora da 
Constituição.
Por fim, não cabe a fungibilidade da ADO em Mandado de Injunção ou vice-
versa, uma vez que são ações completamente diferentes.
Esquematizando:
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x ADO e Mandado de Injunção
x ADO é forma de controle CONCENTRADO
o Enquanto o Mandado de Injunção é controle DIFUSO
o ADO NÃO pode se relacionar a um caso concreto enquanto o Mandado de Injunção é só 
para controle concreto
o Não cabe fungibilidade de ADO para Mandado de Injunção
Mandado de Injunção ADI por Omissão
Legitimado: qualquer pessoa que tenha seus direitos 
tolhidos por falta de norma regulamentadora
Legitimado: os mesmos da ADI
Solução para caso concreto / Controle CONCRETO Via abstrata / Controle ABSTRATO
Tem caso concreto e interesse jurídico específico Não tem caso concreto ou interesse jurídico 
específico
Não cabe liminar Cabe liminar
Efeitos: Dá o direito constitucional, ainda não 
regulamentado, no caso concreto * (efeito 
concretista)
Efeitos: Declara a mora do órgão/poder
competente na elaboração da norma 
regulamentadora da Constituição
Competência: STF (CF, art.102, I, “q” e II, “a”), 
STJ (CF, art.105, I, “h”), TSE (CF, 121, § 4º, V) e 
TJ ( art.125, § 1º)
Competência: STF
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EXERCÍCIOS
38. (CESPE - 2012 - TJ-AL – Analista) É admitida medida cautelar em ação direta 
de inconstitucionalidade por omissão ajuizada perante o STF.
Antigamente, não era cabível a cautelar na Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por Omissão. No entanto, hoje, o Supremo 
Tribunal Federal entende ser possível a concessão da liminar.
Gabarito: Certo.
39. (CESPE - 2012 - AGU – Advogado) O atual posicionamento do STF admite a 
fungibilidade entre a ADI e a ADIO.
“Fungibilidade” significa a possibilidade de “trocar” uma ação por 
outra, sem prejuízo do seu andamento. O atual entendimento do STF é 
que as ações diretas de controle de constitucionalidade não possuem 
rígida separação entre si, existindo entre elas fungibilidade (ADI 875). 
Isso significa que, no curso de uma ADI, caso seja verificado que a 
ação adequada é a ADO, é possível realizar a substituição do meio 
processual (caso TODOS os requisitos estejam presentes).
Gabarito: Certo.
40. (CESPE/PGE-AL/Procurador do Estado de Alagoas – 1.ª Classe/2008) A 
omissão do poder público que justifica o ajuizamento da ADI por omissão é 
aquela relativa às normas constitucionais de eficácia contida de caráter 
impositivo, em que a CF investe o legislador na obrigação de
expedir 
comandos normativos. 
A omissão do poder público que justifica o ajuizamento da ADI por 
omissão é aquela relativa às normas constitucionais de eficácia 
LIMITADA de caráter impositivo, em que a CF investe o legislador na 
obrigação de expedir comandos normativos.
Gabarito: Errado.
41. (CESPE/PGE-AL/Procurador do Estado de Alagoas – 1.ª Classe/2008) Desde a 
promulgação da CF, o STF entende que é cabível a concessão de medida 
liminar em sede de ADI por omissão. 
Inicialmente, o STF entendia não ser possível a concessão de cautelar 
em sede de ADI por omissão (ADO). No entanto, a lei 12.063/2009 
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alterou a lei 9.868/99, e incluiu a possibilidade da liminar na ADO. 
Confira os artigos sobre o tema:
Art. 12-F. Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por 
decisão da maioria absoluta de seus membros, observado o disposto no art. 22, 
poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades 
responsáveis pela omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de 5 
(cinco) dias. 
§ 1 A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato 
normativo questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de 
processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra 
providência a ser fixada pelo Tribunal. 
Gabarito: Errado.
42. (CESPE/PGE-AL/Procurador do Estado de Alagoas – 1.ª Classe/2008) É 
incabível a modulação dos efeitos da declaração da inconstitucionalidade em 
sede de ADI por omissão. 
Cabe a modulação temporal e restrição de efeitos em sede de ADI por 
Omissão. Dessa forma, por 2/3 dos votos e por motivos de segurança 
jurídica ou excepcional interesse social, o STF pode restringir os 
efeitos ou dar efeitos ex nunc ou pro futuro (igual ADI genérica, ADC e 
ADPF).
Gabarito: Errado.
43. (CESPE/PGE-AL/Procurador do Estado de Alagoas – 1.ª Classe/2008) Nos 
últimos dois anos, a jurisprudência do STF evoluiu quanto aos efeitos das 
decisões que reconhecem a omissão do legislador, seja em sede de ADI por 
omissão, seja em sede de mandado de injunção. De um caráter meramente 
declaratório e mandamental, passou a fixar prazo razoável para que o 
Congresso Nacional supra a omissão, chegando até a proferir sentenças de 
perfil aditivo. 
As decisões em ADI por Omissão possuem caráter mandamental. Se 
quem praticou a omissão for PODER, é dado ciência ao mesmo para 
adoção das providências necessárias. Em regra, não há fixação de 
prazo para o PODER editar a norma. Uma novidade é que o STF tem 
fixado um parâmetro temporal razoável (não é obrigar) para o Poder 
Legislativo editar a norma. Por outro lado, se quem praticou a omissão
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for um ÓRGÃO ADMINISTRATIVO, é dado o prazo de 30 dias para 
providências ou outro prazo razoável.
Gabarito: Certo.
44. (CESPE/PGE-AL/Procurador do Estado de Alagoas – 1.ª Classe/2008) Em se 
tratando de reconhecimento de omissão inconstitucional perpetrada por órgão 
administrativo, o STF, em sede de ADI por omissão, está livre para fixar o 
prazo para que o órgão adote as providências necessárias para sanar o vício, 
uma vez que a CF não prevê prazo específico. 
A lei 9.868/99 estabelece que “Em caso de omissão imputável a órgão 
administrativo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 
(trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente 
pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o 
interesse público envolvido”.
Gabarito: Errado.
45. (CESPE/DPGU/Defensor Público da União/2007) O STF só pode determinar a 
modulação dos efeitos da decisão que declara a inconstitucionalidade de norma 
em ação direta de inconstitucionalidade. 
O Supremo pode modular os efeitos da declaração de 
inconstitucionalidade em todas as ações do controle abstrato (ADI,
ADC, ADPF e ADO) e por maioria qualificada de 2/3 dos votos e por 
razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social.
Gabarito: Errado.
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Reorganizar as
finanças da
unidade da
Federação que 
IV. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
INTERVENTIVA
Meus queridos Analistas Judiciários do TJDF, antes de estudarmos a Ação 
Direta de Inconstitucionalidade Interventiva, colocarei alguns esquemas para 
revisarmos rapidamente a intervenção, estudada em organização do Estado:x Intervenção funciona como controle de constitucionalidade, pois é medida para fazer com 
que se obedeça à CFx Ela limita temporariamente a autonomia política dos entes federados (arts. 34, 35 e 36)
- União intervém - nos Estados
- Federal - no DF 
- nos municípios localizados nos Territórios
- A União NÃO pode intervir nos municípios dos Estados
- Estadual – o estado pode intervir em SEUS municípios
- Espontânea - De ofício pelo Presidente
- Para • Manter a integridade nacional
• Repelir invasão - estrangeira 
- de uma unidade da Federação em outra
• Acabar com grave comprometimento da ordem pública
• a) Suspender o pagamento da dívida fundada
por mais de 2 anos consecutivos, salvo 
força maior
b) Deixar de entregar aos municípios receitas 
tributárias fixadas na CF, dentro dos prazos
estabelecidos em lei;
- Provocada - A intervenção é decretada pelo Presidente, mas precisa ser provocado
- O judiciário jamais decreta a intervenção
- Solicitação - Facultativa
- Para garantir o livre exercício do - Executivo
- Legislativo
- Requisição - Obrigatória
- STF, STJ ou TSE prover execução de ordem judicial
- STF • Garantir o livre exercício do Judiciário
• Prover execução de lei federal ou
• Observância dos princípios sensíveis 
Nos 2 últimos casos, precisa da ADI Interventiva
(Representação Interventiva do PGR)
Dívida Fundada/Consolidada: 
Compromissos de exigibilidade superior a 
doze meses.
Dívida Flutuante Pública A contraída 
pelo Tesouro Nacional, por um breve e 
determinado período de tempo. 
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x Hipóteses de intervenção Estadual ou da União nos Municípios dos Territórios:x Deixar de ser paga, salvo força maior, por 2 anos consecutivos, a dívida fundada;
na federal é MAIS de 2 anosx Prestação de contasx Aplicação do mínimo da receita municipal na saúde e educaçãox Observar os princípios sensíveis da CE ADI Interventivax Prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial Estadual
x Decreto de Intervenção e Controle Político do CNx Intervenção é SEMPRE decretada pelo chefe do executivo (Presidente ou Governador)
o Ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional (manifestação 
opinativa – o Presidente não está obrigado a seguir os Conselhos)
o Arts. 90, I e 91, §10, II
x Os decretos interventivos sofrem controle político - do Legislativo
- em 24 horas
o Se o Legislativo estiver em recesso: convocação extraordinária em 24 horas
x OBS - Prover execução de lei federal, de ordem ou decisão judicial federal
- Observar os princípios sensíveis da CF
- Observar os princípios sensíveis da CE estadual
- Prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial
o Nesses casos, o decreto somente suspenderá o ato impugnado (e não sofre 
controle político do CN)ƒ Caso essa medida não seja suficiente, aí sim decreta-se a intervenção
e há 
controle do CN
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1. HIPÓTESES DE ADI INTERVENTIVA
Pronto. Agora que já revisamos a intervenção, vamos para a ADI Interventiva.
Conforme observado no primeiro esquema, a intervenção federal pode ser 
de vários tipos. Na intervenção provocada por requisição, será necessário que 
o STF dê provimento a ADI Interventiva em dois casos:
a) Para prover execução de lei federal ou 
b) Para prover a observância dos princípios sensíveis da CF
Assim, nesses dois casos, antes que o STF requisite a intervenção federal ao 
Presidente da República, deve tramitar a ADI interventiva para se ter certeza 
de que a Constituição está sendo descumprida e que a intervenção é 
necessária.
Observando agora os casos de intervenção estadual, antes que ela ocorra, é 
necessário que o Tribunal de Justiça Estadual dê provimento a uma ADI 
Interventiva estadual nas seguintes situações:
a) Prover execução de lei, ordem ou decisão judicial 
b) Ofensa aos princípios indicados na Constituição Estadual 
Esquematizando:
- Federal - Recusa à execução de lei FEDERAL (Ação de executoriedade de lei)
- Ofensa aos PRINCÍPIOS SENSÍVEIS da CF 
- Estadual - Prover execução de lei, ordem ou decisão judicial 
- Ofensa aos princípios indicados na CE
- Lei ou ato normativo
- Omissão ou incapacidade das autoridades locais 
- Ato governamental (administrativo) 
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PGR 
PGJ 
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2. LEGITIMIDADE ATIVA DA ADI INTERVENTIVA
A Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva é a única ação do controle 
concentrado que possui legitimados diferentes: SOMENTE quem pode propor 
uma Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva federal é o 
Procurador-Geral da República. Igualmente, em âmbito estadual, essa ação 
é exclusiva do Procurador-Geral de Justiça. Essas duas figuras possuem 
autonomia e discricionariedade para ajuizar ou não a ADI Interventiva.
3. COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DA ADI INTERVENTIVA
Como já dito, mas para frisar novamente, a ADI Interventiva faz controle 
concentrado de constitucionalidade, assim, somente quem pode julgá-la é o 
Supremo Tribunal Federal, caso o parâmetro seja a Constituição Federal
e o Tribunal de Justiça Estadual, caso o parâmetro seja a Constituição
Estadual.
4. PROCEDIMENTO 
Observe o passo a passo:
1) O PGR propõe a ADI Interventiva ao STF.
2) O STF julga a ADI interventiva por maioria absoluta, cabendo pedido 
de liminar.
3) Caso seja julgada procedente a ação, o STF requisita que o Presidente 
da República decrete a intervenção no prazo improrrogável de até 15
dias (Lei 12.562/11 art. 11).
Observe que a decisão do STF é irrecorrível (Lei 12.562/11 art. 12) e
que o Judiciário não anula o ato ou decreta a intervenção. Ele 
apenas requisita a intervenção ao Presidente da República.
4) O Presidente da República pode, primeiramente, suspender a execução 
do ato impugnado por meio de um decreto. Se esta medida for suficiente
para restabelecer a normalidade, não há apreciação do Congresso 
Nacional (art. 36 §3º).
5) Se a suspensão do ato impugnado não for suficiente, o Presidente da 
República decreta a intervenção, especificando a amplitude, prazo, 
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condições de execução e interventor, se couber. Nesse segundo caso, há 
o controle político do Congresso Nacional em 24 horas. Caso o 
Congresso esteja em recesso, haverá convocação extraordinária em 
24 horas.
5. INTERVENÇÃO ESTADUAL
No caso da intervenção estadual, funciona da mesma forma, mas trocam-se as 
figuras federais pelas estaduais (Presidente da República por Governador, PGR 
por PGJ, etc.).
Observe que a decisão estadual é dotada de caráter Político-
Administrativo. Assim, não cabe recurso ao STF da decisão da ADI 
Interventiva estadual. Observe a súmula 637 do STF:
Súmula 637 STF - Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de 
Tribunal de Justiça que defere pedido de intervenção estadual em município.
Esquematizando:
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x Legitimidade EXCLUSIVA - PGR (Federal)
- PGJ (Estadual)x Possui total autonomia e discricionariedade para ajuizar ou não a ADI Interventiva
x Competência - STF (Federal)
- TJ (Estadual)x Procedimento da ADI Interventiva (Federal) 
a) PGR propõe a ADI Interventiva
b) STF julga a ADI Interventiva 
c) Caso seja julgada procedente a ação, o STF requisita que o PR decrete a 
intervenção no prazo improrrogável de até 15 dias (Lei 12.562/11 art. 11)x Decisão do STF é irrecorrível (Lei 12.562/11 art. 12)x O Judiciário não anula o ato ou decreta a intervençãox Declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade
d) O PR 1o - Suspende a execução do ato impugnado por decretox Se esta medida for suficiente, não há apreciação do CN (art. 36 §30)x Se não adiantar...
2o - Se a suspensão do ato impugnado não for suficiente, o P decreta a 
Intervenção, especificando a - Amplitude
- Prazo
- Condições de execução
- Interventor, se couberx Nesse 2o caso, há o controle político do CN em 24 horasx Se estiver em recesso – convocação extraordinária em 24 horas
ƒ Intervenção Estadual:
o Mesmo procedimento: troca PR por Governador, STF por TJEst e CN 
por Assembleia Legislativa
o Dotada de caráter Político-Administrativo: Não cabe recurso ao STF
o Súmula 637 STF - Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de TJ
que defere pedido de intervenção estadual em município.x Quórum: MAx Cabe liminar em ADI Interventiva (lei 12.562/11, art. 5º)x OBS: o Judiciário - Não decreta intervenção – é ato exclusivo do PR
- Apenas declara que o ente - Desrespeitou princípios
- Negou-se a executar lei Federal
o Existem casos em que a intervenção é facultativa (vide art. 34 e 35), mas nesse (ADI
Interventiva) ela é OBRIGATÓRIA
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EXERCÍCIOS
46. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Promotor de Justiça) Julgada procedente a ADI 
interventiva, o STF deve comunicar a decisão aos órgãos do poder público e 
solicitar a intervenção ao presidente da República, que avaliará a conveniência 
e a oportunidade de se expedir decreto de intervenção. 
Na ADI interventiva, o Presidente da República não tem escolha. O STF 
requisitará a decretação. Essa “requisição” deve ser interpretada como 
“ordem”.
Gabarito: Errado.
47. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Promotor de Justiça) O procurador-geral da 
República tem atribuição para propor ADI interventiva contra município para 
assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis previstos na 
respectiva constituição estadual.
Esse papel não é do Procurador-Geral da República, e sim do 
Procurador-Geral do Estado. Observe que a intervenção é de um 
Estado em um de seus municípios, e não da União em um Estado. 
Lembre-se:
- União intervém - nos Estados
- Federal - no DF 
- nos municípios localizados nos Territórios
- A União NÃO pode intervir nos municípios dos Estados
- Estadual – o estado pode intervir em SEUS municípios
Gabarito: Errado.
48. (FCC - 2010 - SEFAZ-SP - Analista) O controle abstrato em face da 
Constituição Federal da República Federativa do Brasil

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