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DISCIPLINA: SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES MATHEUS VINICIUS DE OLIVEIRA. ENGº CIVIL - CREA: 99.869/D 1º SEMESTRE DE 2019. e-mail’s: matheusviniciuseng@gmail.com, matheus.oliveira@uemg.br UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS UNIDADE PASSOS AUTODEPURAÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA AUTODEPURAÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA A poluição pode ser enquadrada em duas ordens: poluição orgânica e por organismos patogênicos. A primeira tem dois efeitos principais: a depleção de oxigênio dissolvido, que pode ser letal para a biota aeróbia do corpo receptor; além do posterior enriquecimento excessivo das águas com nutrientes, fenômeno conhecido como eutrofização. A segunda ordem de impactos relaciona-se com a proliferação de doenças infecciosas relacionadas com a água. Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D POLUIÇÃO POR MATÉRIA ORGÂNICA (AUTODEPURAÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA) O principal processo de poluição das águas é a redução do teor de oxigênio dissolvido (OD) após introdução de matéria orgânica devido, principalmente, ao lançamento de esgotos. Esse consumo de OD se deve aos processos de degradação da matéria orgânica realizados por microrganismos aeróbios, os quais utilizam o oxigênio disponível no meio líquido para a sua respiração. Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D Aeróbios – em presença de oxigênio. Anaeróbios – na ausência de oxigênio. AUTODEPURAÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA A autodepuração corresponde ao restabelecimento do equilíbrio no curso d’água, após as alterações provocadas pelo lançamento de efluentes. A partir do conhecimento do processo de autodepuração pode-se determinar a qualidade permitida para o efluente a ser lançado, incluindo o nível de tratamento necessário e a eficiência a ser atingida na remoção de matéria orgânica. Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D AUTODEPURAÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA A introdução de matéria orgânica em um corpo d’água resulta, indiretamente, no consumo de oxigênio dissolvido. Tal se deve aos processos de estabilização da matéria orgânica realizados pelas bactérias decompositoras, as quais utilizam o oxigênio disponível no meio líquido para a sua respiração. O fenômeno da autodepuração está vinculado ao restabelecimento do equilíbrio do meio aquático, após as alterações induzidas pelo despejo afluente. Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D AUTODEPURAÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA Uma água pode ser considerada depurada, sob um ponto de vista, mesmo que não esteja totalmente purificada em termos higiênicos, apresentando, por exemplo, organismos patogênicos. Na prática, deve-se considerar que uma água esteja depurada quando as suas características não mais sejam conflitantes com a sua utilização prevista em cada trecho do curso d’água. Isto porque não existe uma depuração absoluta: o ecossistema atinge novamente o equilíbrio, mas em condições diferentes das anteriores, devido ao incremento da concentração de certos produtos e subprodutos da decomposição. Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D PROCESSO DE AUTODEPURAÇÃO A matéria orgânica é consumida por bactérias e outros microrganismos aeróbios que transformam compostos orgânicos de cadeias mais complexas, em cadeias mais simples. Ocorre que durante a decomposição, há um decréscimo nas concentrações de oxigênio dissolvido na água devido à respiração dos seres que consomem a matéria orgânica. O processo se completa com a reposição desse oxigênio. Etapa 1: DECOMPOSIÇÃO Coeficiente de desoxigenação (K1) Etapa 2: REAERAÇÃO Coeficiente de reaeração (K2) Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D PROCESSO DE AUTODEPURAÇÃO DECOMPOSIÇÃO A quantidade de oxigênio dissolvida na água para a decomposição da matéria orgânica é chamada Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). DBO é o oxigênio que vai ser respirado pelos decompositores aeróbios para a decomposição completa da matéria orgânica lançada na água. Quando cessa a decomposição, diz-se que a matéria orgânica foi estabilizada ou mineralizada. Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D PROCESSO DE AUTODEPURAÇÃO REAERAÇÃO Durante a decomposição, há um decréscimo nas concentrações de oxigênio dissolvido na água devido à respiração dos seres que consomem a matéria orgânica. Recuperação do oxigênio dissolvido: Trocas atmosféricas Fotossíntese Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO As principais zonas de autodepuração são: Zona de degradação; Zona de decomposição ativa; Zona de recuperação; Zona de águas limpas. Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D FATORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO: Temperatura; Concentração de saturação do oxigênio dissolvido na água; Velocidade do curso d’agua. Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D AUTODEPURAÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D REFERÊNCIAS JORDÃO, E. P.; PESSÔA, C. A. Tratamento de esgotos domésticos. 5. ed. Rio de janeiro: Synergia editora, 2009. 940 p. SPERLING, M. V. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgoto. Belo Horizonte: DESA/UFMF, 2005. v. 1. SPERLING, M. V. Princípios básicos do tratamento de esgotos. Belo Horizonte: DESA/UFMF, 1996b. 211 p. v. 2. Rede de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental (ReCESA). Processos de tratamento de esgotos. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (org.). – Brasília : Ministério das Cidades, 2008. Prof: Matheus Vinicius de Oliveira - CREA: 99.869/D
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