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AULA 4 – O CRITÉRIO DO DEVER NA TOMADA DE DECISÕES (Salve este arquivo em seu computador com o título “Meu_Nome_Sobrenome.doc” no seu computador e, após, poste sua resposta na pasta “Exercício sobre o critério do dever na tomada de decisões”) Estudante: TAIS CRISTINA VELHO CAVALETTI Questão 1 Considerando os estudos sobre a ética principialista de Immanuel Kant, analise as proposições que seguem de acordo com sua veracidade (V) ou falsidade (F). [V] A ética kantiana não é uma ética das intenções; portanto, para saber se o ato foi ético não é necessário saber qual era a intenção do sujeito ao realizar tal ato. [V] Agir por dever é agir pela boa vontade sem ser movido por inclinação alguma. O sujeito honesto é moral se é honesto por dever e carece de valor moral se é honesto por interesse. O valor moral das ações consiste em agir pelo puro dever, em agir sem ser motivado por inclinações. A pureza da intenção é o que constitui o valor moral da ação. [V] Tal lei, que tem de determinar a vontade para que esta possa ser chamada absolutamente boa e sem restrições, é a seguinte: age de tal forma que a tua ação se transforme em uma lei universal. E esse é o imperativo categórico. Por exemplo, o ato de mentir e de fazer falsas promessas constituem ações imorais, pois suas máximas não podem ser queridas como leis universais. [V] Kant definia o dever moral a partir de fins previamente postos. Por exemplo, se o fim fosse a felicidade, o dever moral resultaria da análise dos melhores meios para se chegar a tais fins. [V] A ética kantiana é uma ética formalista, ou seja, ela não fornece os conteúdos morais, apenas o imperativo categórico, que deve servir como orientação na escolha desses conteúdos. [V] Kant jamais aceitaria que a mentira possa ser considerada uma atitude ética, pois a mesma não pode ser universalizada, ou seja, não passa pelo imperativo categórico. Questão 2 Considerando a situação descrita no texto “A dor pode justificar o suicídio?” e os referenciais conceituais da ética de Kant apresentados no vídeo introdutório e no texto “Immanuel Kant e a universalização da ética”, identifique qual das três alternativas do quadro de respostas abaixo está em acordo com os estudos e justifique – de forma breve – sua resposta. Contexto: Um homem sofre uma série de males e, por isso, está desesperado. Sente um grande desprezo pela vida. Por amor a si mesmo, o homem pode encurtar a sua vida, suicidando-se? Será que a dor pode justificar o suicídio? [ ] Segundo a ética kantiana, o suicídio sempre poderá ser uma alternativa legítima. [X] Segundo a ética kantiana, o suicídio poderá ser justificado na situação específica descrita no texto, porém não poderia ser tomado como prática universal. [ ] Segundo a ética kantiana, o suicídio poderá ser justificado na situação específica descrita no texto, porém não poderia ser tomado como prática universal. Justifique sua resposta: Segundo a doutrina de kant, um ser humano não pode renunciar à sua personalidade enquanto for um sujeito do dever e, por conseguinte, enquanto viver; e constitui uma contradição que devesse estar autorizado a esquivar-se de toda obrigação, isto é, agir livremente como se nenhuma autorização fosse necessária a essa ação. Aniquilar o sujeito da moralidade na própria pessoa é erradicar a existência da moralidade mesma do mundo, o máximo possível, ainda que a moralidade seja um fim em si mesma. Consequentemente, dispor de si mesmo como um mero meio para algum fim discricionário é rebaixar a humanidade na própria pessoa (homo noumenon) à qual o ser humano (homo phaenomenon) foi, todavia, confiado para preservação (Kant, 2003, p. 264). [...] Para Kant, o suicídio tipifica um mau uso da razão porque contradiz a determinação natural do órgão racional. Decisivo não é, portanto, que o respeito devido ao próximo seja ferido ou o direito de terceiros venha a não ser observado, mas que a máxima que norteia as ações se coadune com a lei ou, inversamente, que um eventual prejuízo a ser sofrido por alguém não constitua razão suficiente para desqualificar a máxima como imoral, isto é, que esteja claro que a generalização do propósito movido por alguma inclinação exclua qualquer transgressão da lei. De acordo com o filósofo, a vida humana merece ser vivida porque é imprescindível à auto-subsistência da razão.[...] Para Kant um desespero que leve ao suicídio não merece ser menos conhecido do que o desespero que leva à omissão do mesmo. Ambos permanecem incognoscíveis, enquanto existem seres humanos que não padeçam de moralidade e/ou sofram de felicidade, ou seja, na medida em que haja uma única criatura humana no universo que ainda não tenha padecido do sumo bem, a alternativa entre ceder e resistir ao desespero permanece, segundo Kant, à mão de cada mortal enquanto continua de posse de suas faculdades mentais e volitivas.