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Foliação e Lineação

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Alessandro Braga 
2017 
GEOLOGIA ESTRUTURAL 
Estruturas planares e lineares 
Introdução 
• Os termos foliação e clivagem são aplicados a estruturas 
tectônicas planas e penetrativas na rocha; 
 
• É comum, em litologias deformadas em condições dúcteis, 
o desenvolvimento de uma ou mais famílias; 
 
• Estes planos, de origem tectônica (secundários), podem ou não 
ser paralelos à estratificação original da rocha que, em 
certos casos, pode ser totalmente apagada quando do 
desenvolvimento destas novas feições; 
 
Introdução 
TRAMA: uma trama é formada por minerais e agregados de 
minerais segundo uma orientação preferencial penetrativa na 
rocha com espaçamento em escala microscópica a 
centimétrica; 
 
É importante diferenciar tramas lineares e tramas planares: 
 
 Uma trama linear corresponde a elementos alongados com 
orientação preferencial; 
 
 Uma trama planar contém minerais tabulares ou laminares 
com orientação preferencial. 
 
Introdução 
Praticamente qualquer tipo 
de rocha, seja ela ígnea, 
sedimentar ou metamórfica, 
apresenta uma trama. No 
entanto, são mais bem 
desenvolvidas nas rochas 
metamórficas fortemente 
deformadas, denominadas 
tectonitos: 
 
Tectonitos L 
 
Tectonitos S 
Foliação 
Foliação é o termo genérico que se aplica ao se referir a feições 
planares ou cuvo-planares das “rochas metamórficas”, mas pode 
também incluir estruturas primárias. A foliação como estrutura 
secundária corresponde a vários tipos, tais como: 
 
 Clivagem - separação da rocha em planos paralelos; 
 
 Xistosidade - reorientação de minerais pré-existentes e/ou 
cristalização orientada de novos minerais, especialmente os 
micáceos; 
 
 Bandamento gnáissico – constituído por diferentes bandas ou 
camadas mineralógicas, resultado da combinação de processos de 
deformação e metamorfismo; 
 
 Foliação milonítica - arranjo paralelizado de minerais e agregados 
minerais produzido pelo fluxo plástico durante o cisalhamento 
simples. 
 
• O termo clivagem engloba feições geradas através de 
mecanismos diversos, mas que apresentam em comum o fato 
de provocar uma partição, ou fissilidade, das rochas 
afetadas. Refere-se à propriedade que uma rocha tem de se 
romper ou clivar em superfícies paralelas; 
 
• As clivagens são características do nível estrutural médio. 
Podem ocorrer em rochas metamórficas de grau incipiente a 
muito baixo e em gnaisses micáceos ou xistos, na forma de 
clivagem de crenulação; 
Foliação - Clivagem 
 
As clivagens podem ser do tipo espaçada ou contínua. 
 
Foliação - Clivagem 
 
Desenvolvimento das clivagens 
 
De modo geral, existem diversos tipos de clivagem. Par lidar de 
modo específico é necessário considerar o nível crustal e o tipo 
litológico; 
 
O nível crustal está relacionada a temperatura e pressão, assim, 
com o aumento desses parâmetros os minerais tendem a se 
mobilizar, em condições ainda mais elevadas ocorre 
recristalização; 
 
Os filossilicatos são importantes, pois, na sua ausência não 
ocorrerá a formação de clivagens ou xistosidade; 
 
Foliação - Clivagem 
A foliação geralmente se forma quando a 
rocha sedimentar é exposta a esforços 
tectônicos que causam encurtamento 
horizontal; 
 
A dissolução por pressão é também 
importante quando folhelhos são 
submetidos a esforços tectônicos. Nesse 
caso, a dissolução do quartzo causa 
concentração e reorientação dos 
argilominerais; 
 
 
 
 
A foliação geralmente se forma quando a 
rocha sedimentar é exposta a esforços 
tectônicos que causam encurtamento 
horizontal; 
 
A dissolução por pressão é também 
importante quando folhelhos são 
submetidos a esforços tectônicos. Nesse 
caso, a dissolução do quartzo causa 
concentração e reorientação dos 
argilominerais; 
 
Enquanto as argilas são progressivamente 
reorientadas e o quartzo removido, o 
resultado é uma clivagem contínua 
denominada de clivagem ardoseana; 
 
 
A clivagem ocorre pela rotação de 
grãos, crescimento mineral em uma 
direção preferencial e principalmente 
pela difusão via úmida (dissolução por 
pressão) dos minerais mais solúveis da 
rocha. 
Clivagem de crenulação 
 
Uma clivagem tectônica pode ser afetada por uma clivagem 
posterior (S2); 
 
Como a clivagem tende a se formar na direção perpendicular à 
direção de máximo esforço, uma nova clivagem irá se sobrepor; 
 
Assim, a clivagem de crenulação caracteriza-se por uma série de 
microdobras em escala centimétrica ou menor, com superfícies 
plano-axiais paralelas; 
 
 
A clivagem de crenulação ocorre predominantemente devido a 
presença de filossilicatos em rochas com uma foliação pré-
existente. 
 
 
 
Foliação - Clivagem 
 
Da clivagem à xistosidade 
 
Os filossilicatos neoformados podem crescer a partir dos 
argilominerais em folhelhos e ardósias que entram no campo do 
metamorfismo de fácies xisto verde. Assim forma-se um filito e a 
clivagem torna-se clivagem filítica; 
 
Quando um argilito atinge a fácies xisto verde alta e a fácies 
anfibolito baixa, os cristais de mica tornam-se maiores e mais 
visíveis em amostras de mão. Ao mesmo tempo a foliação tona-se 
mais plana, envolvendo agregados quartzo-feldspáticos e 
minerais metamórficos como, granada, cianita e anfibólio. A 
foliação deixa de ser clivagem e passa a ser uma xistosidade – a 
rocha passa a se chamar xisto. 
 
Foliação - Clivagem 
Relação das com dobramentos 
 
Na maioria dos casos existe uma relação muito próxima entre as 
clivagens e as dobras, em geral formam-se juntas; 
 
Em termos geométricos uma clivagem divide a dobra mais ou 
menos segundo sua superfície axial, em geral na zona de 
charneira, é denominada clivagem de plano axial; 
 
Porém, ao estudarmos em detalhe as relações entre clivagem e 
dobras, podemos notar diferenças nesse padrão. As diferenças 
ocorrem devido a diferença de viscosidade. 
 
 
 
Foliação - Clivagem 
 
 
É caracterizado por faixas com diferentes composições 
mineralógicas ou texturais, geralmente paralelas entre si. Pode 
corresponder ao acamamento reliquiar paralelo à direção da 
foliação, segregação metamórfica, migmatização, cisalhamento 
ou à dissolução por pressão. 
 
Em geral, o bandamento gnáissico é resultado da deformação de 
estruturas como diques, veios e foliações que são achatadas e 
rotacionadas até um paralelismo praticamente completo. Processo 
denominado de transposição. 
Foliação – bandamento gnáissico 
 
Mesmo que não haja estruturas planas preexistentes nas rochas 
magmáticas, a alta deformação principalmente não coaxial pode 
resultar em foliação milonítica; 
 
Também é resultado de transposição, mas a espessura dos 
domínios é menor, milimétrica a centimétrica, em consequência 
da alta deformação que achata os objetos e adelgaça as camadas; 
 
As zonas miloníticas são comumente encontradas em zonas de 
cisalhamento ou de cavalgamento. 
Foliação – milonítica 
Foliação S-C 
Foliação mineral em granitóides 
 
Os granitos e outras rochas quartzo-feldspaticas pobres em 
filossilicatos não desenvolvem clivagens de modo eficiente; 
 
Se a quantidade de mica for baixa é necessário muito tempo e 
energia para reorganiza-las em uma clivagem; 
 
Entretanto, a baixas temperaturas e na presença de água, ocorre 
alteração dos feldspatos para micas favorecendo a formação de 
foliação; 
 
Granitos e outras rochas magmáticas com altadeformação 
desenvolvem uma foliação por reorientação e achatamento de 
minerais e de agregados de minerais. 
 
 
 
O termo lineação é usado para descrever elementos lineares que 
ocorrem em uma rocha; 
 
Diversas estruturas lineares primárias ou não tectônicas podem 
ocorrer; 
 
Em rochas ígneas podem surgir nas disjunções colunares, 
lineações de fluxo, etc. Em rochas sedimentares podem se fazer 
presente na forma de clastos imbricados, por ex.; 
 
No entanto, os mais importantes para a geologia estrutural são 
aqueles originados por deformação. 
Lineação 
Uma lineação representa um elemento de trama no qual uma 
dimensão é consideravelmente maior que as outras duas; 
 
Essas estruturas são definidas como objetos físicos alongados, 
tais como agregados minerais e linhas de intersecção entre 
estruturas planas, mas também podem ocorrer na forma de linhas 
geométricas, como linhas de charneira de dobras e eixos de 
crenulação; 
 
Podem ser definidas como: 
 
 Lineações penetrativas; 
 
 Lineações geométricas; 
 
 Lineações superficiais. 
Lineação 
Não confundir lineação com 
lineamento!! 
 
 
Uma trama linear pode se formar por recristalização, 
dissolução/precipitação ou rotação rígida; 
 
Uma trama linear penetrativa é tipicamente composta por 
minerais ou agregados de minerais alongados; 
 
As lineações penetrativas são encontradas quase que 
exclusivamente em rochas deformadas em regime plástico; 
 
Em alguns casos as lineações não ocorrem de forma muito 
aparente, necessitando assim de analise ao microscópio. 
 
 
 
 
 
Lineação 
Lineação de orientação mineral 
 
A orientação mineralógica, sem estiramento, gera alinhamentos 
mineralógicos e caracteriza uma lineação mineral; 
 
A rotação física de minerais prismáticos em uma matriz menos 
competente pode ocorrer durante o processo deformacional. 
 
Um tipo particular de lineação mineral é a estrutura designada por 
sombra de pressão. Uma sombra de pressão desenvolve-se, 
simetricamente, junto de corpos rígidos (cristais bem 
desenvolvidos, por exemplo, de pirite, magnetite, etc.) 
Lineação 
Lineação de estiramento 
 
Minerais deformados e alongados paralelamente a uma direção 
geram alinhamentos indicando lineação. Tal lineação é a forma 
mais comum em rochas metamórficas. 
 
 
 
Lineação 
 
 
 
 
 
Lineação 
Lineação de intersecção 
 
Diversas rochas deformadas contêm mais de um conjunto de 
estruturas planas. Uma combinação de acamamento e clivagem é 
o exemplo mais comum; 
 
Quando as estruturas planas se intersectam a linha de intersecção 
é denominada lineação de intersecção; 
 
Na maioria dos casos essa lineação relaciona-se a dobramentos, 
com a lineação sendo paralela ao traço axial e à linha de 
charneira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lineação 
Lineação de eixo de dobras 
 
Os eixos de dobras são geralmente considerados estruturas 
lineares, apesar de serem linhas teóricas relacionadas à forma 
geométrica da superfície dobrada; 
 
Algumas rochas apresentam uma alta densidade de eixos 
paralelos de dobras, constituindo uma trama; 
 
As lineações de crenulação são compostas por numerosas 
charneiras em escala milimétrica a centimétrica; 
 
Apresentam uma relação próxima à lineação de intersecção, no 
entanto, são marcadas apenas pelas charneiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lineação 
Boudinagem 
 
A boudinagem é uma estrutura típica de estratos competentes, 
que fraturaram e segmentaram em intervalos regulares, 
originando corpos cilíndricos (boudins), dispostos lado a lado. 
Sendo corpos alongados, os boudins constituem um tipo 
particular de lineação; 
 
São muito mais alongados em uma direção do que nas outras 
duas; 
 
Em rochas dobradas, aparecem tipicamente nos flancos com o 
eixo mais longo na direção do eixo da dobra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lineação 
Lineação em falhas 
 
Há dois tipos principais de lineação em falhas, aquelas formadas 
por abrasão mecânica (estrias - Slickensides) e as formadas por 
crescimento mineral (lineações fibrosas de deslizamento); 
 
Essas estruturas não constituem uma trama e são características 
do regime rúptil; 
 
Representam crescimento mineral em fraturas extensionais e 
estrias escavadas em planos de falhas. 
 
 
 
 
 
Lineação é um termo geral para descrever qualquer alinhamento repetido, 
comumente penetrativo e paralelo de elementos lineares dentro de uma rocha 
(para enrolar a disposição, imaginar pacotes de espaguete). Uma linhação pode 
ser um elemento de tecido ígneo ou sedimentar primário, como uma série de 
porfiroblastos de feldspato K alongados, inclusões ou seixos orientados com 
suas longas dimensões mutuamente paralelas ou moldes de flauta. O 
alinhamento primário dos marcadores está correlacionado com a direção do 
fluxo de magma ou linhas de fluxo paleocorrentes e forma. A geologia 
estrutural está particularmente preocupada com as linhas produzidas por 
deformação. As linhas devido à deformação dúctil na verdade são colocadas 
em planos de foliação e, portanto, são tão penetrais quanto as foliações. Uma 
deformação única pode produzir vários conjuntos de linhas com diferentes 
orientações dentro de um plano de foliação determinado. As linhas são 
referidas como elementos L do tecido da rocha. Onde L-linhas de diferentes 
gerações estão presentes no mesmo tecido, eles recebem sufixos numéricos de 
acordo com a idade relativa: 0 L é a linha primária e 1 L, 2 L, n L são 
lineações secundárias em ordem de superposição determinada. Rochas linesas 
Que não são foliadas são conhecidas, particularmente em gneiss, como L-
tectonitas (ou lápis Tectonitos). A linhação é um dos elementos de tecido mais 
importantes e deve ser incluída em todos os mapas de estrutura completos. 
Lineação 
• Slickensides são superfícies de rocha naturalmente polidas por movimentos 
em falhas. Eles geralmente exibem estrias, que são estruturas lineares devido 
ao deslizamento de fricção nas superfícies de falha. As estrias de Slickenside 
(slickenlines) são confinadas a estas superfícies; Portanto, eles não são um 
elemento de tecido penetrante. Ridges e sulcos ou estrias são canais lineares 
paralelos feitos por abrasão por cisalhamento de uma parede de falha no 
outro. Eles indicam a direção do vetor de deslizamento de falha. As estrias e 
as fibras de Slickenside podem ser encontradas em superfícies de cama 
envolvidas na dobra de deslizamento flexural. Eles indicam que as camadas 
sucessivas deslizam uma sobre a outra à medida que as dobras se apertam. 
Essas linhas geralmente fazem um grande ângulo com o eixo da dobra e 
mostram consistentemente que as camas superiores se movem para cima em 
direção aos eixos anticline. Quando uma rocha se separa ao longo de uma 
superfície C de uma estrutura CS (ver palestra sobre foliação), a superfície é 
estriada em Uma morfologia de ranhura e ranhura paralela à direção de 
cisalhamento, enquanto que as superfícies em S possuem uma linearização 
de estiramento conforme descrito abaixo.

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