Na tectônica dúctil, os indicadores cinemáticos são melhor observados no corte perpendicular à foliação e paralelo à lineação. No caso da lineação de crenulação e de interseção, é melhor observar no corte perpendicular à lineação. Os indicadores de sentido do cisalhamento utilizados são: a) Bandas de cisalhamento tipo C: São orientações preferenciais de micas ou estratificação de composição distinta (foliação) que podem ser seccionadas em um pequeno ângulo oblíquo por conjuntos de zonas de cisalhamento menores subparalelas. Essas zonas de cisalhamento em pequena escala (milímetro a centímetro) são conhecidas como bandas de cisalhamento. A foliação é frequentemente denotada como S (para xistosidade) e as faixas de cisalhamento como C. Rochas miloníticas bem foliadas geralmente apresentam conjuntos únicos de C (bandas de cisalhamento) que se formam em um ângulo oblíquo (entre 25-45°) a S (xistosidade), com a relação entre os dois indicando sensação de cisalhamento. A curvatura sigmoidal das bandas de cisalhamento em zonas de cisalhamento serve como o indicador de detecção de cisalhamento mais direto, no entanto as bandas de cisalhamento podem se formar relativamente tarde durante a evolução de uma zona de cisalhamento e podem refletir apenas parte da história de deformação. b) Bandas de cisalhamento tipo C’: Se a deformação de cisalhamento for significativamente alta em uma zona de cisalhamento, o ângulo entre C e S torna-se subparalelo e indiscernível. Isso forma uma foliação composta que consiste em superfícies S e C giradas. Relações SC simples normalmente vistas em milonitos também são perturbadas por heterogeneidades na rocha deformada e escorregam ao longo de elementos micáceos na foliação. Os tecidos de alta tensão resultam na formação de bandas de cisalhamento C’ oblíquas às margens da zona.
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