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A PROPOSTA DE REDESIGN DE EMBALAGEM E CRIAÇÃO DE IDENTIDADE VISUAL

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Design Gráfico - SATC
Proposta de Redesign de embalagem e criação de Identidade Visual
A PROPOSTA DE REDESIGN DE EMBALAGEM E CRIAÇÃO DE IDENTIDADE VISUAL
FILIPE ANGELO MEDEIROS¹
HIAGO ISOPPO¹
ISRAEL CAVALCANTI¹
CRISTIANE GONÇALVES DAGOSTIM²
DAVI FREDERICO DO AMARAL DENARDI³
EDUARDO EVANGELISTA 4
RODRIGO CASTELLER5
¹ Acadêmicos do curso de Design Gráfico da Faculdade SATC, hiagoisoppotrajano@gmail.com, filipe@dump.net.br, israel.cv@outlook.com 
² Prof. Dra., Faculdade SATC, cristiane.dagostim@satc.edu.br 
³ Prof. Me., Faculdade SATC, eduardo.evangelista@satc.edu.br
4 Prof. Me., Faculdade SATC, davi.denardi@satc.edu.br
5 Prof. Esp., Faculdade SATC, rcasteller@gmail.com 
Resumo
O presente artigo tem como objetivo mostrar o processo de redesign da embalagem da empresa Disk-Pizza Vesuvio, para que a caixa de pizza através de sua comunicação possa exibir a visão da empresa com qualidade. Para a construção teórica do projeto é feito um estudo de caso e as análises de semiótica, ergonomia e estética na embalagem.
Palavras-Chave: Redesign; Embalagem; Marca;
INTRODUÇÃO
			A embalagem tinha como função principal armazenar e conservar o produto, ao longo dos anos a necessidade mudou devido à concorrência entre as marcas, e a própria necessidade da marca se destacar e identificar no mercado, atualmente as empresas procuram atender as necessidades e compreender os não só com o seu produto, mas com a embalagem também.
			O profissional de design possui conhecimentos, métodos e técnicas que possibilitam projetar, criar a embalagem atendendo a necessidade do empresário e do mercado.
			Com isso, a proposta deste artigo é aplicar os conhecimentos estudados pelos acadêmicos de Design Gráfico na 3º Fase/2017 em sala de aula, e elaborar um redesign da caixa de pizza Disk-Pizza Vesuvio, tendo como base as matérias de semiótica, estética e ergonomia para fomentar o projeto, e consequentemente poder atingir os objetivos que é uma embalagem com mais visibilidade que interprete a identidade visual da empresa.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Contribuições da Semiótica
 			O estudo das linguagens e dos signos é antiga, porém a semiótica só ficou conhecida como uma ciência dos signos, da significação e da cultura, no século XX. Segundo Santaella (2005), a semiótica é uma das disciplinas que fazem parte da ampla filosofia de Peirce, essa filosofia está alicerçada na fenomenologia, quase-ciência que investiga o modo como compreendemos qualquer coisa que aparece à nossa mente, qualquer coisa de qualquer tipo, por exemplo algo simples como um cheiro, uma formação de nuvens no céu, uma imagem em uma revista etc. A teoria semiótica nos permite entender afundo o próprio movimento interno das mensagens, no modo como elas são relacionadas, nos procedimentos e recursos nelas utilizados. Enquanto para Niemeyer (2013):
Semiótica(do grego semion = signo) é a teoria geral dos signos. Segundo Peirce, signo é algo que representa alguma coisa para alguém em determinado contexto. Portanto, é inerente à constituição do signo o seu caráter de representação, de se fazer presente, de estar em lugar de algo, de não ser o próprio algo. O signo tem papel de mediador entre algo ausente e um intérprete. (NIEMEYER, 2013, p. 21)
			Entendemos por fenômeno, palavra derivada do grego Phaneron, tudo aquilo, qualquer coisa, que aparece à percepção e à mente. A fenomelogia tem por função apresentar as categorias formais e universais dos modos como os fenômenos são apreendidos pela mente (Santaella, 2005).
			Os estudos que empreendeu levaram Peirce à conclusão que há três, elementos formais e universais em todo os fenômenos que se apresentam a percepção e à mente. Num nível de generalização máxima, esses elementos foram chamados de primeiridade, secundidade e terceiridade (Santaella, 2005).
			Para Peirce, entre as infinitas propriedades matérias, substancias etc. que a coisa tem, há propriedades formais que lhes dão capacidade para funcionar como signo: sua mera qualidade, sua existência, quer dizer, o simples fato de existir, e seu caráter de lei. A base do signo, estão como se pode ver; as três categorias fenomenológicas. Ora essas, três propriedades são comuns a todas as coisas. Pela qualidade, tudo pode ser signo, pela existência, tudo é signo, e pela lei, tudo de e ser signo. É por isso que tudo pode ser signo, sem deixar de ter suas outras propriedades (Santaella, 2005).
			Pode-se concluir que a relação entre design e semiótica está na representação das coisas, os signos indicam algo, dentro do design deve-se saber o que está sendo representado e o porquê dessa representação. Assim, o objeto feito pelo designer tem significado, e pode ser interpretado sem interferência da experiência individual.	
A semiótica ilumina o processo no qual se dá a construção de um sistema de significação. A partir desse quadro teórico, podem-se identificar as variáveis intervenientes nessa dinâmica. Desse modo, o produto de design é tratado como portador de representações, participante de um processo de comunicação. (NIEMEYER, 2013, p. 19)
Contribuições da Estética
			Até a atualidade não se obteve um consenso sobre a definição do termo “estética”, o que torna a apresentação de um conceito adequado um tanto quanto difícil. Segundo Lavie & Tractinsky (2004), através do tempo, o termo “estética” foi estudado por diferentes pontos de vistas, obtendo diferentes significados para diferentes escolas de pensamentos, e assim obtendo sua evolução.
			Pode-se afirmar que a estética possui dois sentidos, segundo Huisman(2000), o seu sentido primordial é o filosófico, uma filosofia da arte designada diretamente à sensibilidade e à percepção. Já o segundo sentido é destinado às propriedades estéticas de algo, isto é, às qualidades relativas às formas deste algo, que pode ser um único objeto, ou um grupo de objetos (Pirauá, 2007).
			Huisman (2000) afirma que a história da Estética pode ser dividida de uma maneira geral em três fases, a idade dogmática foi a dos primeiros balbúcios, estas idade infantil estendeu-se desde Sócrates até Baumgartem ou, até Montaigne. Após devidamente batizada pelo seu padrinho, a Estética atravessa a idade crítica, que se dá de Kant até os pós-kantianos. Em menos de cem anos após seu batismo, a Estética se estabelece, é a chamada idade positiva, na qual a estética se encontra em uma conexão com partidários de uma ciência da arte exclusivamente técnica. Neste momento, a Filosofia do Belo poderia ter decaído, mas isto não aconteceu, a idade positiva se prolongou junto a Estética contemporânea, longe de uma decadência, a estética encontra-se em pleno desenvolvimento.
			Agora pode-se determinar que a Estética como as propriedades estéticas de um objeto, é a definição ideal para as pesquisas deste presente artigo. Para Lobach (2001), criar a função estética de um produto significa configurá-lo de acordo com as condições perceptivas do homem, criando vínculos positivos mesmo antes de sua utilização. As ideia de Lobach são reafirmadas quando Normam (2008) diz que objetos atraentes fazem as pessoas se sentirem bem, o que por sua vez faz com que pensem de maneira criativa, gerando sentimentos mais positivos perante o uso do objeto. 
			Portanto, no design, o processo de comunicação estética está relacionado à beleza do objeto, beleza esta gerada pela harmonia das composições visuais presentes no produto.
Contribuições da Ergonomia
 	O termo ergonomia foi criado em 1857 pelo polonês Woitej Yastembowsky. Porém, o estudo formal da ergonomia como um ramo de aplicação interdisciplinar da ciência surgiu somente quase um século mais tarde, em 12 de julho de 1949, durante uma reunião de cientistas e pesquisadores. Mas foi a partir da década de 1950, com a fundação da Ergonomics Research Society, na Inglaterra, que a ergonomia se expandiu para o mundo industrializado e, mais tarde, também passou a integrar o trabalho dos designers.Segundo a International Ergonomics Association, Ergonomia (ou Fatores Humanos) é a disciplina científica que trata da compreensão das interações entre os seres humanos e outros elementos de um sistema, e a profissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos, a projetos que focam em otimizar o bem-estar humano e a performance global dos sistemas. 
Os ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas para torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas.	
 	Domínios de especialização: com origem do grego ergon (trabalho) e nomos (leis) para denotar a ciência do trabalho, ergonomia é uma disciplina inicialmente voltada aos sistemas e que atualmente se estende por todos os aspectos da atividade humana. Profissionais da ergonomia devem ter uma compreensão abrangente da amplitude de seu papel, que é, com a Ergonomia, promover uma abordagem holística do trabalho, na qual considerações de ordem física, cognitiva, social, organizacional, ambiental e de outros aspectos relevantes devam ser levados em conta. Os profissionais trabalham em domínios de aplicação ou setores particulares da economia, como transportes e controle de processos. Porém, os domínios de aplicação não são mutuamente exclusivos e evoluem constantemente. Novos domínios são criados e antigos tomam novos rumos. 	
 	Ainda de acordo com a International Ergonomics Association, através da disciplina, os domínios de especialização representam profundas competências em atributos humanos específicos e características das interações humanas entre si e destes com os sistemas, são elas:	
Ergonomia Física: estudo de características biomecânicas, fisiológicas e anatômicas do ser humano, com foco em pontos como: postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo esqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de postos de trabalho, segurança e saúde. 
Ergonomia Cognitiva: processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio, e resposta motora, conforme afetam interações entre seres humanos e o produto/outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem stress, tomada de decisão, carga mental de trabalho, performance especializada, interação homem-computador e treinamento conforme estes se relacionam aos projetos envolvendo seres humanos e sistemas.	
 	Ergonomia Organizacional: relacionada a organização de sistemas sócio técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e processos. Os tópicos relevantes incluem também comunicação, projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, ergonomia comunitária e trabalho cooperativo novos paradigmas do trabalho, cultura organizacional, organizações em rede, e gestão da qualidade. ¹
 	Em relação ao design, ergonomias físicas e cognitivas são os mais trabalhados no projeto proposto neste artigo (design de embalagem) pelos quesitos percepção e o manuseio do produto. Mas, a informativa também entra consideravelmente. Adaptações adequadas vêm a melhorar a interpretação em relação a toda informação contida no produto e aumentando assim também a atenção que se volta para o mesmo. 	
 	O Design de embalagens é diferente de praticamente todas as outras disciplinas de design, porque seu objetivo primário é, simplesmente, reconhecimento. Uma embalagem de sucesso requer, em primeiro lugar e, sobretudo, consistência. A embalagem se torna um símbolo de identidade que é constante, familiar e instantaneamente reconhecível (MILTON, H. Packaging Design. Londres: The Design Council, 1991.).	
 	No conjunto da embalagem estão presentes os sistemas informacionais em que o produto se comunica com o usuário de diversas maneiras, seja através de detalhes básicos como nome, peso ou quantidade, ingredientes e instruções, ou ainda relacionadas à percepção, como o uso das cores, a legibilidade, a leiturabilidade, sendo de grande importância a compreensão dos usuários. Além disso, os sistemas de informação possuem a função de despertar a atenção e o desejo de compra do consumidor, tornando-se, muitas vezes, o sinônimo da marca. 
A ergonomia informacional faz o uso dos princípios da teoria da informação, ou seja, enviar essa informação correta para a pessoa certa no momento pretendido, de forma mais eficaz e eficiente, trazendo assim uma satisfação ao usuário respeitando sempre a sua diversidade. Para alcançar este objetivo ela contempla a cognição e a percepção e abrange os aspectos da linguagem verbal e não verbal (MARTINS, L.B. & MORAES, A. Ergonomia Informacional: Algumas Considerações sobre o Sistema Humano-mensagem Visual. In Gestão da Informação na Competitividade das Organizações. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2002.).
¹ Esta conceituação foi aprovada por unanimidade na Reunião do Conselho Científico da International Ergonomics Association de 01 de agosto de 2000, em San Diego, USA.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1	 Metodologia Projetual
3.2	 Metodologia de análise Ergonômica
 O método escolhido para esse projeto foi apresentada por Iida(2005), a Análise Ergonômica do Trabalho (EAT), que por sua vez consiste em cinco etapas: análise da demanda, análise da tarefa, análise da atividade, formulação do diagnóstico e recomendações. Segundo Iida(2005), os conhecimentos da ergonomia são utilizados para analisar, diagnosticar, e corrigir uma real situação de trabalho. São elas:
	1º- Analise de demanda - aqui é feita a identificação do problema e qual função a ergonomia pode exercer sobre o projeto. Etapa briefing, onde são coletadas informações relevantes que possam vir a auxiliar na resolução do projeto.
 	2º- Análise de tarefa - as tarefas feitas pelos colaboradores são analisadas, juntamente com o que está sendo feito e o que deveria estar sendo feito. Em relação a embalagem, seria o que está sendo comunicado e o que deveria comunicar.
 	3º- Análise de atividade - é observado o comportamento do colaborador em tarefas específicas, analisando se ele age por influencias externas ou internas (formação, sexo, idade...). Nessa fase é observado se influencias internas e externas interferem a comunicação e a interação do consumidor com o produto, tem uma relação com a etapa anterior. 
 	4º- Diagnóstico – as possíveis causas que geram problema são analisadas aqui. No caso da embalagem, problemas de comunicação com o consumidor são apontados. 
 	 	 5º- Recomendações – uma análise objetivando uma solução para um redesign é feita, no caso da embalagem, recomendações e soluções para os problemas encontrados.
3.3 Metodologia de análise Estética
Neste artigo foi utilizada como metodologia de análise o manual TAE.web-u (Técnica de Avaliação Estética de Websites com Usuários), manual este desenvolvido por Marcos Pereira Porto em 2009 que, segundo Porto(2009), utiliza a técnica de José Pirauá, criada em 2007 como uma ferramenta para avaliar a qualidade estética de websites.
A TAE.web-u é dividida em duas etapas: o questionário e a entrevista, que foram adaptados para a análise estética de uma embalagem, as questões não passaram por nenhuma alteração crítica, apenas foram desvinculadas de websites e vinculadas à embalagem.
Como ponto de partida da técnica, é definido o princípio para aplicação (PORTO, 2009), no caso deste artigo a atividade de redesign.
Antes da aplicação do questionário, o pesquisador preenche o quadro de expectativa de percepção/impressão para indicar quais parâmetros de percepção ele espera que sejam atingidos (PORTO, 2009). são selecionados 20 participantes seguindo o perfil de público-alvo, após a seleção é preparada a embalagem para expor para os participantes um a um. Para cada participante é passada uma série de instruções referentes ao objetivo e o tempo do questionário. 
Segundo Porto (2009) durante o questionário o participante deve se sentar em frente à embalagem, mantendo apenas contato visual, o contato deve durar o tempoque for necessário para que, em seguida, o participante responda o questionário, a tela (embalagem) continuará exposta para o participante até o fim do questionário. Logo após o término do questionário, o pesquisador deve iniciar a entrevista, usando o roteiro como o mesmo foi concebido.
 Ao fim da entrevista, o pesquisador deverá questionar se o participante possui alguma dúvida adicional, conferir se o questionário está completo, identificar as folhas de questionário e de anotações da entrevista, identificar e fazer um backup do arquivo de áudio referente a entrevista (PORTO, 2009).
ESTUDO DE CASO DA EMBALAGEM 
 
 	Para realização do estudo de caso da embalagem, foi necessário realizar uma entrevista com o cliente, para obter informações sobre seu produto. Para isso, foi elaborado uma série de perguntas contendo as informações relevantes sobre o histórico da empresa, dados cadastrais, uma análise setorial – serviços, concorrentes, produtos, preços, promoções, marca na visão do cliente, estratégia da empresa – e público alvo. Com o questionário em mãos foi marcada a entrevista com a responsável da empresa Disk Pizza Vesuvio.
Briefing
 	Para realização do projeto de redesign da embalagem, foi efetuado um questionário para conduzir a entrevista com o cliente, como resultado da mesma foi elaborado o briefing do projeto.
 	Segundo os resultados da entrevista, observou-se que a empresa não demonstra interesse em investimentos maiores, tanto da embalagem quanto de sua demanda, a empresa tem receio em expandir pois teria que aumentar o valor do produto. As embalagens atualmente são de caixas oitavadas produzidas com material de qualidade, porém com visual de precário.
 	Outro ponto importante é nível de conservação da embalagem, a empresa possuí clientes em cidades aos arredores de Tubarão-SC, o que causa uma queda na qualidade do produto conforme a distância da entrega.
Dados da empresa e do produto
Nome: Disk Pizza Vesuvio
Razão Social: Klayton Ezequiel Gil Becker - ME
Nome Fantasia: Disk Pizza Vesuvio
Endereço: Rua Vereador Sérgio Fernandes Pereira, nº 159, Humaitá, Tubarão/SC
 	A Disk à la carte e tele entregas, são mais de 100 sabores de pizza oferecidos pelo estabelecimento, e possui como produto secundário o calzone. 
Público-alvo
 	A partir de entrevistas com stakeholders (pessoas que estão ou já tiveram contato com a marca) como uma das pessoas responsáveis pela pizzaria, funcionários e clientes, observa-se que todos gostam muito de seus produtos, até mesmo os próprios funcionários que passam o dia em contato direto e nunca deixam de comer suas pizzas e calzones.
 	Seus clientes mais fiéis afirmam que continuam a consumir a pizza devido a qualidade e sua boa relação que eles possuem com o estabelecimento, todos ressaltam suas qualidades como uma boa massa e bem recheada, além da variedade de sabores.
 	Com isso, analisando os stakeholders entrevistados, chegou-se a um público alvo definido em 2 personas diferentes: consumidores e funcionários; de idades em média de 26 a 50 anos, da classe C e B, moradores da cidade de Tubarão e região, que procuram através da pizzaria confraternização entre famílias, amigos e casais.
Mercado e concorrência
 	A Pizzaria Vesuvio tem como produtos pizzas e calzones salgados e doces de vários sabores, eles possuem a pretensão de expandir o seu espaço atual para melhor poder receber seu público, apesar de a tele-entrega e a retirada no local ainda ser o seu ponto mais forte em venda.
 	Pelo que foi analisado na região a Pizzaria Vesuvio não enfrenta problemas com os seus concorrentes, são várias pizzarias da região, porém por se tratar de 16 anos dentro do mercado, já possui uma clientela sólida e fiel pois seu produto possui uma ótima qualidade, e seu atendimento é bom, além de possuir um preço condizente. 
 	O cliente, vê um grande potencial em seu produto em relação a sua concorrência devido seus diferenciais previamente citados e os stakeholders entrevistado reafirmaram essa qualidade. 
 	Apesar de ser uma pizzaria que está presente no mercado eles possuem uma representação visual que precisa ser melhor trabalhada e não possuem um material de qualidade para a divulgação. 
 	As pessoas responsáveis pela pizzaria não têm visão de estratégias para atingir novos clientes, a preocupação do cliente é sempre manter seus produtos com qualidade e com o preço condizente do mercado.
Estudo de Campo
 	O estudo de campo engloba o comportamento do consumidor diante do produto Mestriner(2002), com isso dentro do contexto da visita realizada da pizzaria, com um ambiente agradável as caixas estão disposta no balcão para ter uma noção do tamanho da pizza, porem elas muitas vezes passam despercebidas pela forma que é disposta no estabelecimento e também por não serem atrativas para os olhos do consumidor.
 	Entretanto, o grande problema está devido que sua maior clientela nunca foi até o estabelecimento comer a pizza, ou seja a única imagem da empresa que eles possuem é a caixa, acredita-se que a caixa não transparece a total potência da pizzaria.
5. ANÁLISE DA EMBALAGEM 
5.2 Semiótica 
			A semiótica é uma ciência que estuda os signos, teve seu surgimento por volta de 1670, em uma disciplina médica chamada de "semiologia", ministrada por Henry Stubbes para indicar o ramo da ciência médica dedicado ao estudo da interpretação de sinais, foi no início do século XX, com as pesquisas de Ferdinand de Saussure e Charles Peirce que a semiótica passou a ser mais conhecida e estudada, e foi concebida a teoria geral de signos através dos estudos de Peirce, signo representa de certo modo algo à alguém, a semiótica procura entender o modo de interpretação do ser humano.
			Com isso, a análise semiótica através da identificação da tricotomia peirceana irá contribuir com a compreensão da embalagem e identidade visual da Disk-Pizza Vesuvio, e posteriormente contribuir com a construção de uma nova embalagem.
Figura 1 – Caixa de Pizza
			Portanto, a primeira fase da tricotomia é a primeiridade, são as primeiras considerações, envolvendo qualidade, é a primeira impressão, é uma análise de pouca elaboração, são os aspectos qualitativos do signo (quali-signo), No caso sendo, a embalagem, o reconhecimento de ser uma caixa de papelão. 
O Qualisigno (uma qualidade que é signo) é o aspecto do Representâmen que diz respeito às suas características, que menos o particularizam, como cores, os matérias, a textura, o acabamento. (NIEMEYER, 2013, p. 39)
			Na próxima fase, temos secundidade que se apoia na primeira, é feita a análise dos índices do signo (sin-signo), para (Niemeyer, 2007), o sinsigno é o aspecto do signo que já o particulariza e individualiza como ocorrência, com isso, referencia-se uma relação já existente entre qualidades, uma certa experiência, é considerado uma relação entre experiência e a mente de cada pessoa, observando os índices é possível contextualizar que: podemos identificar que o produto é uma pizza devido a imagem que tem em sua tampa e pelo logotipo, é uma caixa de papelão com dobras de forma octogonal, composta por tampa e fundo, com cores de predominância o laranja, amarelo, verde e vermelho, possui informações, endereço, número para contato e logotipo.
			Já a terceiridade é uma associação da primeiridade e secundidade. Aonde existe o pensamento, é a percepção das sensações com o mundo material. É o momento em que há uma relação do objeto com o interpretante (Legi-signo), determinada coisa quer transmitir e seu motivo. 
O Legisigno é como as conversões e as regras, os padrões se manifestam no Representâmen: as aplicações de perspectiva, o atendimento a normas. (NIEMEYER, 2013, p. 39)
			Na caixa de pizza nota-se a presença da palavra Vesúvio, remete ao Monte Vesúvio, analisando sua história, de acordo com (SEUHISTORY), esse vulcão se localiza na costa oeste da Itália, é o único vulcão ativo da Europa continental. Ele é mais conhecidopor causa da erupção em 79 DC, que destruiu a cidade de Pompeia, associa-se o nome com a cultura italiana e ao poder, pode-se associar sabor, calor a imagem da pizza com seu queijo derretido na tampa, de acordo com (NEGRÃO, 2008), as cores são elementos importante de identificação e associação do produto, variações de cores quentes como vermelho, laranja e amarelo estão associadas ao calor, fogo e podem provocar fome, a presença do verde está relacionado ao natural.
Estética
Perfil estético do produto: cognição e emoção
Ao visualizar a embalagem atual, é possível a percepção do vasto uso de cores quentes – laranja -, e variações de tons de verde e amarelo. O tom de laranja utilizado teve como objetivo transmitir ao usuário uma mensagem direta, esta que se refere ao produto quente (saindo do forno). Os tons de verde e amarelo são mais diretos, e lembram os principais ingredientes da pizza, o queijo e os temperos.
Considerando todos objetivos, é notada a falta de suas realizações, o produto não chama a atenção do consumidor, ele não se sente atraído em um primeiro olhar, e isso limita a relação entre o produto e o consumidor apenas ao perfil estético do produto, ignorando totalmente sua qualidade, que até então o consumidor não conhece, mas deveria ser transmitida pela embalagem. A embalagem não transmite os conceitos que desejava – saborosa e crocante -.
Apesar de alguns objetivos falhos, a pesquisa indicou que a embalagem não foi totalmente rejeitada, porém, a imagem da pizza em baixa qualidade causou um certo desconforto em todos os entrevistados. Esses aspectos de percepção estão diretamente relacionados às experiências estéticas de cada indivíduo, no qual, em algum momento da vida, foi gerada a informação de que a baixa qualidade da embalagem, remete diretamente à baixa qualidade do produto, assim como aspectos positivos surgem devido à lembranças e sensações boas com certas características de um possível produto.
Análise estética: percepção subjetiva e interpretação do usuário
	Para uma melhor avaliação da embalagem, foi aplicada a TAE-WEB-U, uma ferramenta para avaliar a interface de websites, a pesquisa ocorre em duas etapas – questionário e entrevista -, ambas foram adaptadas para o âmbito da embalagem. A principal função dessa ferramenta é a coleta de informações, sendo elas positivas ou negativas, ambas são analisadas para melhorar os resultados do redesign, onde fatores positivos são mantidos ou adaptados, e fatores negativos são corrigidos. Assim adequando o produto para que atenda às necessidades do público-alvo.
A primeira etapa é o questionário, que é dividido em duas análises, a primeira analisa os impactos emocionais que a estética visual do produto tem sobre os entrevistados.
Tabela 1 – Questionário de impactos emocionais 
	
	
Muito Pouco Neutro Pouco Muito
	
	Resultado coincide?
	Atração
	○ ○ ○ ● ○
	Aversão
	Não
	Surpresa agradável
	○ ○ ● ○ ○
	Surpresa desagradável
	Sim
	Inspiração
	○ ○ ○ ○ ●
	Desânimo
	Não
	Diversão
	○ ○ ● ○ ○
	Tédio
	Sim
	Admiração
	○ ○ ● ○ ○
	Desprezo
	Não
	Satisfação
	○ ○ ● ○ ○
	Insatisfação
	Não
	Realização
	○ ○ ○ ○ ●
	Frustração
	Não
Fonte: Dos autores (2017)
A segunda análise é sobre a interpretação que os entrevistados possuíram sobre a estética visual da embalagem, nesta etapa apontando quais elementos passou tal impressão, gerando assim uma comparação mais direta as expectativas dos pesquisadores.
Tabela 2 – Questionário de estética visual da embalagem
	
	
Muito Pouco Neutro Pouco Muito
	
	Resultado coincide?
	Que elementos geraram essa impressão?
	Masculino
	○ ● ○ ○ ○
	Feminino
	Não
	Tom de verde, formas retas e pontas
	Pesado
	● ○ ○ ○ ○
	Leve
	Não
	Tipografias pesadas
	Quente
	● ○ ○ ○ ○
	Frio
	Sim
	Cores: Vermelho e Amarelo
	Infantil
	○ ○ ● ○ ○
	Adulto
	Sim
	
	Modesto
	○ ○ ● ○ ○
	Sofisticado
	Sim
	
	Contemporâneo
	○ ○ ○ ● ○
	Tradicional
	Não
	Cores, formas retas
	Refinado
	○ ○ ○ ● ○
	Rústico
	Não
	Cores desbotadas, distribuição dos elementos
	Discreto
	○ ○ ○ ○ ●
	Extravagante
	Sim
	Combinação de cores, repetição da logo
	Sério
	○ ○ ○ ○ ●
	Engraçado
	Sim
	A logo
	Original
	○ ○ ○ ○ ●
	Comum
	Sim
	A distribuição dos elementos
	Efêmero
	● ○ ○ ○ ○
	Permanente
	Sim
	Uma composição muito padrão
Fonte: Dos autores (2017)
A segunda etapa é a entrevista, que se dá em uma série de perguntas, nas quais o entrevistado responde com uma nota de zero a dez, e aponta elementos que o incomodam. A avaliação se dá a partir de notas divididas em três grupos – nota média, nota mínima e nota máxima-.
Tabela 3 – Questionário de aspectos estéticos 
	
	
Nota média
	
Nota mínima
	
Nota máxima
	Áreas citadas como problemáticas / Quantidade de vezes que o problema foi mencionado
	Sugestões do Usuários / Quantidade de vezes que a sugestão foi realizada
	Ideias para melhoria
	Beleza
	5,65
	2
	10
	Tamanho dos textos / 8
Repetição da logo / 6
Conjunto de cores / 14
Imagem da pizza / 20
	Redistribudos elementos/ 4
Imagem de melhor qualidade / 17
Nova Paleta de cores / 11
	Nova Paleta de cores;
Nova tipografia;
Redesign do logo;
Alteração da imagem.
	Estilo
	4,85
	1
	10
	
	
	
	Cores
	4,6
	1
	10
	
	
	
	Fontes
	5,15
	1
	10
	
	
	
Fonte: Dos autores (2017)
Análise Ergonômica
 	O produto analisado foi uma caixa de pizza do Disk-Pizza Vesúvio. Embalagem de pizza em mãos, com o auxílio da metodologia e informações coletadas, a análise foi feita. Seguindo as etapas apresentadas, a coleta de informações com pessoas já familiarizadas com o produto e algumas não, foi o primeiro passo a ser concluído. Dados sobre o lugar (tamanho, capacidade máxima de clientes, localização), a quanto tempo está em atividade, horários e dias de maior movimento, pontos fortes, concorrência e público de maior atendimento. 
 	Na etapa seguinte o visual da embalagem foi analisado. Não só as imagens, mas também as informações que contém na caixa. Os principais dados referentes ao estabelecimento estão presentes da embalagem como números para contato, nome do lugar, endereço e até um esbouço de ‘’propaganda’’ (Mais de 100 sabores...). Para o padrão de embalagens do mesmo ramo, ela não fica devendo nada. 
 	Na terceira etapa a análise foi feita procurando algo que pudesse atrapalhar a comunicação e interação entre produto e consumidor. Em relação a parte visual, as escolhas de fundo, cores, fontes e layout da caixa foram um pouco infelizes. Boa parte dos stakeholders entrevistados pontuaram esses quesitos como prejudiciais a imagem do produto como um todo. O que acaba tornando até mesmo a pizza menos atrativa. Já na função da caixa em si, tudo certo. Fácil manuseio e transporte, resistente, mantem o calor da pizza até a entrega ser efetuada e até para guardar sobras ela foi eficaz. Cumpre muito bem seu papel. 
 	A quarta etapa foi para certificar o que havia sido absorvido dos entrevistados, o visual da caixa é o maior obstáculo da empresa. “Foto ruim/feia, confusa, leitura ruim, cores ruins, poluído, carregado, aparência velha, estranho e até nojento” são as principais características pontuadas pelas pessoas que tiveram contato com a embalagem. Sendo assim, a escolha mais voltada para o visual da embalagem foi adotada, ao invés da caixa em si.
 	E por fim a última etapa leva a um redesign da parte gráfica. Não necessariamente total, os pontos que dão a identidade da pizzaria têm que ficar para não perder sua ‘cara’. A reformulação das principais característicasvisuais como logo e nome podem vir a ser feitas, sem perder a essência do estabelecimento, apenas remoldando esses pontos conceito. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências
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