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INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS NA PRÁTICA CLÍNICA Prof. Dr. Alessandra Mulder Prof Adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Doutora em Ciências Mestre em Morfologia RESOLUÇÃO CFN 306/2003 – Dispõe sobre Solicitação de Exames Laboratoriais na Área de Nutrição Clínica Compete ao nutricionista a solicitação de exames laboratoriais necessários à avaliação, à prescrição e à evolução nutricional do cliente-paciente. O nutricionista, ao solicitar exames laboratoriais, deve avaliar adequadamente os critérios técnicos e científicos de sua conduta, estando ciente de sua responsabilidade frente aos questionamentos técnicos decorrentes. RESOLUÇÃO CFN 306/2003 – Dispõe sobre Solicitação de Exames Laboratoriais na Área de Nutrição Clínica Considerar diagnósticos, laudos e pareceres dos demais membros da equipe multiprofissional (lembrar que maioria dos planos de saúde não cobre solicitação de nutricionista) Solicitar exames laboratoriais cujos métodos e técnicas sejam aprovados cientificamente. Sangue Suspensão de células (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas) em um líquido complexo chamado plasma. Plasma: constituído de água, sais minerais, vitaminas, proteínas, glicídios e lipídios. Soro : não contém os fatores de coagulação consumidos na formação do coágulo Na circulação forma líquida Fora do organismo - forma de gel (formação de coágulo) - Libera uma parte líquida chamada soro X Conceito Conceito Conceito • Produção de hemácias, leucócitos e plaquetas é feita na medula óssea • Todas as células se originam das células tronco (stem cell) que são totipotentes Formação de células Formação das células Conceito HEMOGRAMA SÉRIE VERMELHA As células do sangue geralmente são estudadas em esfregaços preparados pelo espalhamento de uma gota de sangue sobre uma lâmina, onde as células ficam estiradas e separadas, o que facilita a observação ao microscópio óptico. Métodos de Estudo • Exame de contagem e descrição das células vermelhas | hemácias | eritrócitos • Útil para: diagnóstico de deficiência de Fe e anemias. Hemograma – Série Vermelha Hematopoiese Linhagem linfóide -linfócitos Linhagem mielóide - hemácias - plaquetas - granulócitos - monócitos Eritropoiese Eritropoiese Como interpretar cada elemento do hemograma série vermelha? Na avaliação da série vermelha, observamos: Alterações quantitativas da contagem dos eritrócitos através da hematimetria Concentração da hemoglobina; Relação entre a massa eritrocitária e o volume total de sangue (hematócrito); Índices hematimétricos: VCM, HCM, CHCM e RDW; Alterações qualitativas dos eritrócitos quanto ao tamanho,cor e forma. Série Vermelha Hemácias ou Eritrócitos ou Glóbulos Vermelhos Características morfológicas Elemento figurado do sangue mais numeroso 1 leucócito : 500 hemácias : 30 plaquetas Disco bicôncavo anucleado 7,5 µ de diâmetro Série Vermelha São flexíveis Durante a maturação na MO, a hemácia perde o núcleo e as organelas (menos alguns ribossomos) e por isso não se divide Uma hemácia dura, em média, 120 dias e é digerida pelos macrófagos, principalmente no baço Possuem proteína básica sintetizada pelos ribossomos: hemoglobina (32% do peso total da Hemácia) Série Vermelha Passam por vários processos de maturação Reticulócitos: penúltimo na ordem de maturação Normalmente estão em pequena quantidade no sangue (< 2% das hemácias) Hemácias Hemácias Anemias Policetemia - Rarefação do ar - Pacientes DPOC Hemácias Problemas na síntese de hemácias na MO - alt cel tronco - alt eritropoietina Eritropoiese acelerada -hemorragias - hemólise Alteração quantitativa de Reticulócitos Hemoglobina (Hb): É uma ptn presente em elevada concentração nas hemácias cuja principal função é o transporte de O2 dos pulmões para todas as cels. Ao retornar dos pulmões, a Hb atua no transporte de CO2 e prótons. Representa 32% do peso total da Hemácia Série Vermelha Hematócrito (Htc): Reflete a massa total de células sangüíneas na unidade de volume. Como as hemácias predominam largamente sobre os demais elementos figurados, o volume do hematócrito depende praticamente do volume ocupado pelos glóbulos vermelhos. Hg x 3 = Hematócrito Fundamental nos estudos das anemias e policitemias Série Vermelha Dados Quantitativos: Hematimetria - [ ] normal de hemácias no sangue Homens - 5,4 ± 0,8 milhões/mm³ Mulheres - 4,8 ± 0,6 milhões/mm³ Hemoglobinometria Homens - 13,5 a 18 g/dl Mulheres - 12,0 a 16,4 g/dl Não sofre influência do estado de hidratação Valores abaixo de 10 g/dl necessitam de investigação Série Vermelha Dados Quantitativos: Hematócrito Percentual que a hemácia ocupa no plasma Valor normal - oscila entre 36 e 50% Homens - 47% Mulheres - 42% Série Vermelha Atenção as alterações de volemia Série Vermelha Índices hematimétricos Variação de tamanho Hemácias • VGM < 80μ3 • Ferropriva e talassemia Microcítica • VGM – 80 a 96μ3 • Normal Normocítica • VGM > 96μ3 • Deficiência de B12 e folato, reticulocitose, fumantes Macrocítica Índices hematimétricos Variação de tamanho Índice de anisocitose: reflete a variação do tamanho dos eritrócitos. Hemácias Índices hematimétricos Variação de tamanho Índice de anisocitose Alteração precoce na def. Fe antes mesmo das alterações do VCM e da diminuição da hemoglobina. Na Anemia ferropriva: tendência à heterogeneidade do tamanho das hemácias; logo, de valores de RDW elevado Talassemia: tende a homogeneidade da população microcítica, levando a valores normais de RDW. Hemácias Índices hematimétricos Variação de cor Hemácias • CHCM < 34% • Ferropriva e talassemia Hipocrômica • CHCM – 34±2% • Normal Normocrômica Percentual de cada hemácia que é composta por Hb Índices hematimétricos Variação de cor Anisocromia: Presença de células vermelhas com coloração ou grau de hemoglobinização diferentes, variando entre hipocromia, normocromia e hipercromia. É característica de: anemias sideroblásticas, pode também ser encontrada nas terapias pós-transfusionais e de reposição de ferro. Hemácias Índices hematimétricos Variação de cor Policromasia ou Policromatofilia: Presença de um número aumentado de eritrócitos recém-saídos da medula óssea, que se coram azulado em meio à coloração normal. Interpretação: processo regenerativo da medula (reticulocitose), característico da hemólise e perda aguda de sangue. Hemácias Série Vermelha Estudo das anemias Avaliação clínica + laboratorial Avaliação • Clínica (“síndrome anêmica”) • Dispnéia aos esforços • Palpitações, taquicardia • Menor tolerância à esforços • Cansaço evidente • Anorexia • Tonteira postural • Cefaléia • Descompensação de DCV (angina, ICC) Sinais e sintomas -Relacionados à hipóxia tecidual - anemia cronica x aguda - idade Avaliação • História clínica: crucial para investigaçãoetiológica!! • Duração, início e sintomas • Icterícia e cálculos biliares – sugestivo hemólise • Perda ou doação sanguínea • Gestação – def. ferro ou folato • Recorrências e remissões – investigar def, B12, Fe e folato • Geofagia, criofagia – sugere def. ferro • Parestesia, ataxia – sugere def. B12 • Medicações em uso – investigar interação com Fe, B12 e folato Avaliação • Laboratorial Importante: é fundamental ter um hemograma inicial de cada pessoa para funcionar como padrão • Passo 1: exame a avaliar: hemoglobina e hematócrito,VCM, CHCM • Passo 2: avaliar reticulócitos (0,5 a 1,5% das hemácias) • Alto: MO normal, perda de hemácias por hemólise ou hemorragia • Baixo: problema para síntese de hemácias na MO (alterações cel tronco, eritropoietina ou substratos) Com isso sei : 1. Se o paciente é anêmico 2. Se a medula dele funciona 3. Padrão celular Mas não sei diferenciar anemias com padrões celulares iguais!! Avaliação • Passo 3 • Exames complementares: • ferritina, ferro sérico, transferrina, TIBC (CTLF) => microcitose • B12 , ácido fólico, homocisteína e ácido metilmalônico (AMM)=> macrocitose Avaliação Indicador mais sensível para a quantidade de ferro armazenada no organismo. Valores de ferritina abaixo do normal indicam diagnóstico de anemia. Valores baixos indicam carência crônica e valores elevados indicam sobrecarga de Fe Atenção: depleção orgânica acontece antes mesmo de o indivíduo apresentar diminuição dos níveis de hematócrito, hemoglobina, VCM e HCM. Ferritina Valores de referência: Homem: 36–262 μg/L. Mulher: 20 - 110 μg/L. Mulher pós-menopausa: 24–155 μg/L Considerações importantes: É uma proteína de fase aguda positiva - está elevada em casos de estresse metabólico, podendo mascarar diagnóstico de anemia ferropriva Só interromper a suplementação de ferro após normalização da ferritina que indica repleção das reservas. Não usar hematócrito , Hb, VCM e CHCM sozinhos para parâmetro de avaliação do tratamento Ferritina Considerações importantes: Suplementação de ferro não elevou ferritina? paciente pode não estar tomando adequadamente a medicação presença de sangramento mais rápido que a reposição de hemácias pela medula óssea ferro suplementar não está sendo absorvido (esteatorréia?; doença celíaca?; hemodiálise?) Indicação de suplementação endovenosa: conduta médica! Ferritina Fe circula no sangue ligado a uma ptn denominada TRANSFERRINA (ou siderofilina) Constituída de uma única cadeia polipeptídica com dois locais de ligação, quimicamente distintos, para o ferro Está reduzida em fase aguda por ser PTN de fase aguda negativa Está elevada na anemia ferropriva Transferrina Valores de referência (capacidade total de fixação) Total: 250–450 g/dL Livre: 150–340 g/dL. TIBC ou CTLF Total iron bind capacity ou capacidade total de ligação do ferro Representa a porção total de ferro ligado à transferrina Referência: 250 a 450g/dl TBIC Saturação da transferrina % = ferro sérico TIBC -em indivíduos normais, apenas 1/3 dessa capacidade é aproveitada Fe plasma nunca é suficiente para saturar toda transferrina Referencia: 20 a 50% A dosagem de Transferrina exige a dosagem de Fe sérico, além da dosagem do Fe capaz de fixar-se à transferrina livre (determinação da capacidade latente de fixação) Importante na anemia ferropriva e hemocromatose Ferro sérico < 50 g/dL + saturação da transferrina <16%, há diminuição da eritropoiese antes do aparecimento de microcitose e hipocromia! Ferro Sérico e Transferrina Valores de referência para ferro sérico: Homem: 60–170 g/dL. Mulher: 50–160 g/dL Anemias microcíticas diagnóstico diferencial Ferropriva 1º momento: normo/normo 2º momento: micro/hipo Fe sérico baixo Ferritina baixa TIBC alto Saturação transferrina baixa Tratamento: dieta + suplementação - sulfato ferroso 200 a 300mg 3x/dia Resposta: -Reticulocitose a partir do 4º dia tto - Hb e Ht ↑ em 2 semanas e normalizam em 4 a 6 semanas - continuar TTO por mais 4 meses Anemia da doença crônica TNF-alfa e IL-1 => dificultam mobilização do ferro da ferritina. Normo/normo – 2/3 casos Micro/hipo – 1/3 casos Fe sérico baixo Ferritina normal ou alta TIBC normal ou baixo Saturação transferrina baixa Anemia responsiva a B6 Micro/hipo Fe sérico alto Ferritina alta TIBC baixo Saturação transferrina baixa Tratamento: 50 a 200 mg/dia de B6 por toda vida Anemias Megaloblásticas • Atenção: O termo megaloblastose não se refere ao tamanho da célula mas sim à defeito no núcleo. A anemia megaloblástica é causa de anemia macrocítica. • Principais causas: Def.B12 e ácido fólico B12 folato Anemias megaloblásticas Achados laboratoriais VCM > 130 fl é um forte indicativo de megaloblastose Pode haver anisocitose (investigar anemia mista: ferropriva + megaloblástica) Pode ocorrer pancitopenia Pode haver aumento de indicadores de anemia hemolítica como bilirrubina indireta Reticulócitos baixos Anemias megaloblásticas diagnóstico diferencial CLÍNICO Em geral mesmo quadro anêmico de toda anemia! ATENÇÃO!! Def. de B12 cursa com manifestações neuropsiquiátricas (mesmo com hematócrito ainda normal) e a de folato não! Parestesia em extremidades Desequilíbrio Ataxia Déficit cognitivo Demência e psicose Por que def. B12 cursa com alteração neuropsiquiátrica? B12 é fundamental para síntese da bainha de mielina, que envolve os axônios e é responsável pela condução dos impulsos nervoso. Anemias megaloblásticas diagnóstico diferencial • LABORATORIAL • Dosar sempre B12 + folato Atenção: é preferível a dosagem de folato eritrocitário, já que o sérico sofre interferência da alimentação do dia. Def. B12 Def. folato Def. ambos Folato sérico Normal ou alto baixo Baixo Vit B12 Baixa Normal ou baixa Baixo Folato eritrocitário Normal ou baixo baixo Baixo Anemias megaloblásticas diagnóstico diferencial Absorção e Metabolismo da Vitamina B12 Ao chegar no estômago, a B12 se liga a uma proteína chamada ligante R, que em pH ácido, possui maior afinidade com ela do que o FI. Ao chegar no duodeno, a tripsina liberada na secreção pancreática destrói o complexo B12 – ligante R tornando-a livre. Como no duodeno o pH já está alcalino, o FI se liga a B12, formando o complexo B12 – FI que será absorvido pela célula ileal. Ao cair na corrente sanguínea, parte da B12 será transportada pela holotranscobalamina II (holoTC II) que é a proteína de transporte da B12 e parte será ligada à holohaptocorrina (holohap) que é a proteína de armazenamento. A TC II é importante na disponibilização de B12 para os tecidos, de forma que indivíduos que não a possuem desenvolvem anemia megaloblástica rapidamente. Anemia Megaloblástica por carência de Vitamina B12 Anemias megaloblásticas diagnóstico diferencial – outros exames úteis • LABORATORIAL – ácido metilmalônico (AMM) • O ácido metilmalônico apresenta sua concentração aumentada SOMENTE na presença da deficiência de vitamina B12, a def. folato não altera seus valores.• A dosagem é feita na urina, soro ou plasma. • ATENÇÃO para Situações clínicas que também favorecem a elevação do MMA: • insuficiência renal, • gestantes, • doenças da tireóide • aumento intestinal de bactérias produtoras de ácido propiônico (precursor do AMM). AMM Acido succínico B12 Anemias megaloblásticas diagnóstico diferencial – outros exames úteis • LABORATORIAL – Homocisteína • Está elevada na deficiência de ambos • Avaliação em conjunto com AMM: • Ambos aumentados: def. B12 • Somente homocisteina aumentada: def. folato Anemias megaloblásticas TRATAMENTO • B12: normalmente reposição parenteral (conduta médica) => geralmente deficiência por disabsorção e não por carência na dieta. • A reticulocitose se inicia no 5º dia e as alterações neurológicas melhoram com 4 a 6 meses de TTO • Folato: 1 a 5mg/ dia por 3 a 4 semanas CUIDADO: Suplementação de folato isolado => resposta no hemograma => pode mascarar def. B12 => lesão neurológica irreveresível! Achados laboratoriais: Hemácias microcíticas e hipocrômicas VGM 50-82 ³ (normal 87-92) HGM 12 – 27 pg (normal 29-31 pg) CHGM 24 a 32% (normal 32-36%) Há freqüente anisocitose e poiquilocitose Ferro sérico , Transferrina , Ferritina < 10ng/dl Coeficiente de saturação da transferrina < 10% No tratamento reticulose Anemia Ferropriva Ocorre associada a: Infecções crônicas Doenças inflamatórias (artrite reumatóide, DII) Neoplasias Achados laboratoriais: Anemia moderada tipo microcítica, hipocrômica (ou normo/normo) Htc 25 a 40% Ferro sérico , Transferrina ou normal, Coeficiente saturação da transferrina 10 a 15% Ferritina sérica normal Anemia por Doença Crônica Achados laboratoriais: Hemácias podem até menos de 01 milhão/mm³ Macrócitos, normocrômicos VGM 100 - 160 ³ (normal 87-92) HGM normal (29-31 pg) CHGM normal (32-36%) Diâmetro das hemácias varia amplamente encontrando-se muitas com formas bizarras (poiquilocitose) Vitamina B12 sérica (160-950 pg/ml) Ácido metilmalônico aumentado (B12 na metabolização) Anemia Megaloblástica por carência de Vitamina B12 Achados laboratoriais: Hemograma idêntico ao da anemia perniciosa Ácido fólico sérico 4 ng/ ml (normal 6 – 20 ng/ml) melhor aferição ácido fólico eritrocitário Normalmente, terapia é reposição medicamentosa (1mg/dia) Porém alimentos ricos em ácido fólico pode ser estimulada: fígado, feijões, vegetais folhosos verde-escuros (espinafre, aspargos, brócolis) Anemia Megaloblástica por carência de Ácido Fólico A medula é hipofuncionante, incapaz de gerar as quantidades de hemácias e hemoglobina para compensar a destruição hemática normal. Anemia hipoplástica apenas da eritropoese, anemia normocítica, normocrômica, com n.° normal de leucócitos e plaquetas Anemia aplástica: Comprometimento de todos os setores da medula óssea Anemia normocrômica, leucopenia (menos de 2000 / mm³) e plaquetopenia (menos de 30000/mm³) Anemia Hipoplásticas ou Aplásticas Doença hereditária devido à presença nas hemácias de uma hemoglobina anormal (hemoglobina S), que quando privada de O2, assume a forma de partículas alongadas, levando a deformação das hemácias e sua prematura destruição pelo SRE (sobrevida de 15 a 60 dias). A hemácias falciformes exibem tendência a aderir-se umas as outras formando trombos intravasculares crises vásculo- oclusivas Anemia Falciforme Achados laboratoriais: Anemia normocítica de gravidade média (geralmente 1,5-2,0 milhões/mm³) com algumas hemácias falciformes Reticulose acentuada Não é rara uma leucocitose de até 30.000 / mm³ durante as crises dolorosas Bilirrubinemia discreta elevação Anemia Falciforme HEMOGRAMA SÉRIE BRANCA Principal barreira do hospedeiro contra as infecções, e tem a capacidade de realizar uma resposta rápida e efetiva contra os patógenos invasores. Imunidade inata – células rapidamente disponíveis para resposta imune Imunidade adaptativa – células tem memória, exigem exposição prévia à antígenos, tardia Leucócitos Sistema Imunológico Mecanismos de defesa e seus mediadores Estrutura do Sistema Imune Consistem nos elementos figurados incolores do sangue circulante. Desempenham papel essencial no mecanismo de defesa do organismo contra as agressões infecciosas ou de outra natureza. Únicas células nucleadas do sangue. Normalmente existem no adulto cerca de 5.000 a 9.000 / mm³ de sangue, sendo mais elevada no primeiro ano de vida. Leucócitos Existem 03 classes de leucócitos: Granulócitos Neutrófilos Basófilos Eosinófilos Agranulócitos Monócitos Linfócitos Linfócitos Leucócitos Granulócitos Apresentam numerosos grânulos específicos no seu citoplasma Possuem um núcleo que exibe variação de forma. Devido ao seu núcleo polilobulado – também são denominados polimorfonucleares. São produzidos normalmente na medula óssea. Tipos: 1.1.1 Neutrófilos 1.1.2 Basófilos 1.1.3 Eosinófilos Leucócitos mais numerosos. Produzidos e armazenados na medula. Representam entre 45 e 70% ou 3.200 e 6.000/ mm³ (número absoluto). Neutrófilos CÉLULA BRANCA JOVEM – NÃO DIFERENCIADA NEUTRÓFILO MADURO FORMA MAIS JOVEM VISTA NO SANGUE PERIFÉRICO PEQUENA QUANT. NO SANGUE PERIFÉRICO Neutrófilos Importantes na proteção contra agressões agudas. Neutrófilo não reside nos tecidos saudáveis, migrando para locais de danos teciduais; sendo os tecidos o local de consumo. É a principal célula fagocítica e microbicida das defesas imunes inatas. Principal função prevenir ou retardar a introdução de agentes infecciosos e outros materiais estranhos no ambiente do hospedeiro. Neutrófilos São atraídos pelo estímulo quimiotáxico mediado por produtos bacterianos, componentes do complemento. Início do processo da resposta imediata menos de uma hora. Meia-vida 7 horas Neutrófilos 60-320 células / mm³ ou 2 a 4 % do total de leucócitos Produzidos e armazenados na medula Essas células fagocitam e eliminam complexos de antígenos com anticorpo que aparecem em casos de alergia Participam da defesa contra os parasitas, como, por exemplo, o Schistosoma mansoni e o Trypanosoma cruzi. Eosinófilos Valores Normais (adultos) 0 a 1% do total de leucócitos Apresentam reservatórios de histamina e outros mediadores químicos Os basófilos tem função semelhante ao dos mastócitos. Possui aos mesmos mediadores nos seus lisossomas, e possui também receptores de IgE. Participa de reações alérgicas da mesma forma que os mastócitos. A histamina, liberada pelos basófilos, é um potente agente quimiotático para os eosinófilos. Basófilo Origem idêntica aos granulócitos neutrófilos, a diferença é que os neutrófilos migram para região lesada. Os monócitos são originados na medula óssea, nela encontramos as formas imaturas - monoblastos, promonócitos. Eles são liberados da medula óssea para o sangue periférico e daí para os tecidos, se transformando em células fagocitárias Nos tecidos podem sobreviver por alguns anos como macrófagos tissulares. Valores normais (adultos): 160-640 cél. / mm³ ou 4 a 8% do total de leucócitosMonócitos Possuem maior capacidade inata de fagocitose sem prévio conhecimento do invasor, exercendo a função de ingestão e apresentação do antígeno processado aos linfócitos Th1 (CD4) – RESPOSTA IMUNE. Monócitos Originam-se da célula ancestral da medula óssea denominada “célula reticular primitiva” imunoblasto. 2 linhagens celulares: Linfócitos T (amadurecem no timo) – imunidade celular Linfócitos B (amadurecimento: medula óssea?, órgãos linfóides?, ou TGI?) – imunidade humoral Valores normais (adultos): 1300 – 3400 cél / mm³ ou 20 – 35% do total de leucócitos Linfócitos Linfócitos T (65%) imunidade celular do tipo tardia defesa contra germes de parasitismo intracelular: vírus, fungos e micobactérias (tuberculose, lepra). Linfócitos B (35%) dão origem ao plasmócitos, produtores de anticorpos (imunoglobulinas) - imunidade humoral. defesa contra gérmes gram-positivos e reações de hipersensibilidade imediata. Linfócitos Fornece o número e a contagem diferencial de leucócitos no sangue periférico. As contagens global e diferencial variam conforme: Idade Estado Fisiológico Etnia Leucograma Leucograma Leucograma - Pediatria Leucocitose: Elevação do número de leucócitos acima de 9000/mm³ Pode apresentar aumento de um único tipo de célula, de dois, três ou até todos ao mesmo tempo Pode ocorrer nas infecções (neutrofilia), verminoses (eosinofilia) e nos processos crônicos (leucocitose linfocítica) Leve: 9000 – 11000/ mm³ Moderada: 11000 – 13000/ mm³ Acentuada: 13000 – 18000/ mm³ Muito acentuada: > 18000/ mm³ Desvios do Leucograma Leucopenia: Diminuição do número total de leucócitos < 6000/ mm³ Geralmente é provocada pela neutropenia Abaixo de 6000/ mm³ Significado clínico < 4000/ mm³ Desvios do Leucograma Neutrofilia: Processo que produz leucocitose por aumento dos neutrófilos Aumento superior a 70% ou 6.000/ mm Causas Aumento da produção pela M.O. Doenças mieloprolifaretivas Aumento reacional infecção, inflamação, necrose. Liberação acelerada pelo compartimento de reserva Infecção, inflamação, necrose, corticoides. Desvios do Leucograma Neutropenia: Diminuição do número de neutrófilos Ocorre quando houver inibição da medula (aplasia medular) Causas: Menor produção Insuficiência proliferativa da medula óssea Hematopoese ineficiente Mielodisplasia, deficiências de vitamina B12 e folatos Diminuição da liberação da medula para o sangue Defeito de maturação ou deficiência de estímulo Desvios do Leucograma Neutropenia -Causas: Consumo tissular exagerado Infecções graves Destruição intravascular Imunológicas Sequestração Hiperesplenismo Desvios do Leucograma Desvio para a esquerda: Sob condições normais a MO envia para o sangue periférico somente neutrófilos adultos (segmentados, bastonetes e raramente metamielócitos) Elementos situados a esquerda dos bastonetes existem na MO e os situados a direita no sangue periférico Desvios do Leucograma Desvio para a esquerda: Aparecimento no sangue dos elementos situados à esquerda dos bastonetes Tal desvio será tanto mais intenso quanto maior for o número desses elementos imaturos no sangue Ocorre quando a medula é solicitada para enviar grande número de neutrófilos para o sangue periférico (processos infecciosos agudos) Serve não somente para deduzir a agudeza do processo, mas também a sua gravidade Desvios do Leucograma Interpretações: Agravamento da leucocitose e desvio a esquerda já existente Agravamento de uma infecção aguda ou ocorrência de uma complicação Agravamento da leucocitose e aparecimento do desvio a esquerda Ocorrência de uma complicação aguda sobrevindo durante a evolução de uma infecção de caráter benigno Ex: Bronquite aguda / pneumonia Agravamento súbito da leucocitose sem desvio Processo infeccioso está evoluindo progressivamente, sem nova patologia Desvios do Leucograma Interpretações: Leucopenia seguida de leucocitose: Uma complicação de uma infecção leucopenizante Ex: Febre tifóide / perfuração com peritonite; sarampo / pneumonia Numero normal de neutrófilos, com desvio: O desvio é explicado pela solicitação da medula e a ausência de neutrofilia por: Processo muito grave com destruição dos neutrófilos (SEPSE) OU infecção aguda que produz leucopenia ou neutropenia (Febre tifóide) Desvios do Leucograma Eosinofilia: Aumento acima de 4% ou 400/ mm³ Eosinopenia: Chegam abaixo de 6/ mm³ ou desaparecem completamente (aneosinofilia) Aneosinofilia: Desvios do Leucograma Processos infecciosos Liberação de adrenalina ACTH (hipófise) Glicocorticoides Queda de eosinófilos Eosinofilia: Causas: infecções parasitárias, doenças alérgicas, asma brônquica, urticária, leucemia mielóide crônica, policitemia, anemia perniciosa, doença de Hodgkin, neoplasiaas malignas, irradiação, artrite reumatóide, tuberculose, hipersensibilidade a drogas. Eosinopenia: Causas: reações ao estresse, administração de glicocorticóides. Desvios do Leucograma Basofilia: Aumento do n.° de basófilos >1% ou 80 cél/mm³ Causas: doenças mieloproliferativas, estresse, síndromes hipereosinifílicas, medicamentos, doenças alérgicas. Basopenia: Causas: hipertireoidismo, gestação, estresse, infecção aguda, síndrome de Cushing. Desvios do Leucograma Monocitose: Elevação acima de 8 % ou 650/ mm³ Causas: Infecções bacterianas (tuberculose, endocardite bacteriana, brucelose), fase defensiva das infecções agudas, infecções por protozoários (malária), doença de Hodgking, leucemia monocítica. Monocitopenia: Diminuição inferior a 4% ou 150/ mm³ Causas: fase aguda de processos infecciosos, desnutrição, após injeção de corticóide. Desvios do Leucograma Linfocitose: Aumento acima de 35% ou 3.500/ mm³ Causas: Convalescença de infecções agudas, infecções agudas, infecções crônicas (tuberculose, sífilis, brucelose), leucemias linfocíticas, linfomas, linfocitose fisiológica (crianças ate 5 anos) Linfocitopenia: Diminuição dos linfócitos abaixo de 1200 cél/mm³ Denota, em geral, mau prognóstico Causas: Estados de imunodeficiências, cirrose hepática, desnutrição, processos infecciosos graves, tuberculose, neoplasias avançadas Desvios do Leucograma 3 fases de respostas dos leucócitos a infecção aguda: Fase de luta (ou neutrofilia) leucocitose, neutrofilia, desvio para a esquerda, aneosinofilia, linfocitopenia relativa Fase defensiva (ou monocitária) leucocitose menos acentuada, neutrofilia, desvio para esquerda, reaparecimento dos eosinófilos, linfócitos ou normais, monocitose Fase de cura (ou linfocitária) leucócitos normais ou ligeiramente , neutropenia, desaparecimento do desvio para esquerda, linfocitose, eosinofilia, monócitos normais ou Desvios do Leucograma PERFIL LIPÍDICO Revisão Metabolismo Lipídios Fonte: Biochemmistry A case –oriented Approach. 6aed. Ed Mosby; 1996. Transporte exógeno de lipídios 10 6 Revisão Metabolismo Lipídios Transporte exógeno de lipídios: Os lipídios absorvidos são transportados pelos quilomícrons, (que possuem apo B-48 como sua principal lipoproteína) através do sistema linfático para acorrente sangüínea. Na circulação, interagem com a lipoproteína HDL e recebem colesterol, apo CII, apo CIII e apo E. Ao adquirir apo CII, sofrem a ação da lípase lipoprotéica (LPL) que está presente no endotélio capilar da maioria dos tecidos, que hidrolisa os TG que são enviados como ácidos graxos para os tecidos extra-hepáticos para utilização. Os quilomícrons remanescentes são, então, captados no fígado (a apo E que fará a interação dos quilomícrons com os hepatócitos, promovendo seu reconhecimento para captação hepática). 10 7 Revisão Metabolismo Lipídios Fonte: Biochemmistry A case –oriented Approach. 6aed. Ed Mosby; 1996. Transporte endógeno de lipídios 10 8 Transporte endógeno de lipídios A VLDL é sintetizada no fígado para transporte de TG e colesterol endógenos (60% da partícula de VLDL é TG). A principal apolipoproteína da VLDL é a apo B100. No sangue, as VLDL incorpora, também as Apo CI, CII, CIII e Apo E provenientes das HDL. De modo semelhante aos quilomícrions, os TG/fosfolipídios da VLDL sofrem ação da LPL que hidrolisa os TG que são enviados como ácidos graxos para utilização em tecidos periféricos. Os VLDL (ricas em apo C e apo E) remanescentes podem ser captados no fígado ou transformarem-se em IDL (ricas em colesterol e em apo E) e, em seguida, LDL (cerca de 50%), que farão o transporte de colesterol para os tecidos periféricos. A LDL é rica em apo B-100. Após a sua formação, 60% da LDL é capturada pelos receptores de LDL no fígado, adrenais e outros tecidos. O restante é catabolizado através de receptores não renais (tanto o n.° quanto atividade destes receptores são os maiores determinantes do nível de colesterol sérico). Um pouco da LDL pode ser oxidada e captada pelas células endoteliais e macrófagos na parede arterial, levando aos primeiros estágios da aterosclerose. Revisão Metabolismo Lipídios 10 9 Revisão Metabolismo Lipídios Fonte: Biochemmistry A case –oriented Approach. 6aed. Ed Mosby; 1996. Transporte reverso de colesterol 11 0 Transporte reverso de colesterol O colesterol livre nos tecidos extra-hepáticos é esterificado na circulação e transferido para a HDL. Após, o transporte reverso de colesterol ocorre por duas vias: 1) após ação da lípase hepática que hidrolisa fosfolipídeos e triglicerídeos, as HDL são captadas pelo fígado por meio de receptores específicos denominados SR-BI, que captam seletivamente colesterol esterificado e 2) quando por ação da enzima proteína de transferência de éster de colesterol (CETP), no plasma, a HDL tranfere ester de colesterol para quilomícrons e VLDL em troca de TG. O remanescente destas lipoproteínas será também captado no fígado. A HDL é a lipoproteína de maior conteúdo protéico, por isso seu papel em dirigir o metabolismo lipídico. A apo A-I é a principal lipoproteína da HDL. A apo C e a apo E da HDL são transferidas para os quilomícrons e VLDL e a apo E ajuda o fígado a fazer o reconhecimento dos quilomícrons/VLDL remanescentes. Revisão Metabolismo Lipídios 11 1 Metabolismo Lipídico Perfil Lipídico Lipoproteína Densidade Proteína(%) Lipídios(%) TG FL Col (éster) Col (livre) FFA Quilomícrons < 0,95 1-2 98-99 88 8 3 1 - VLDL 0,95 - 1,006 7-10 90-93 56 20 15 8 1 IDL 1,006 - 1,019 11 89 29 26 34 9 0 LDL (b) 1,010 - 1,063 21 79 13 28 48 10 0 HDL2 (a) 1,063 - 1,125 33 67 16 43 31 10 0 HDL3 (a) 1,125 - 1,210 47 43 13 46 29 6 0 Albumina-FFA (*) > 1,2810 99 1 0 0 0 0 100 Perfil Lipídico Amostras devem ser colhidas após jejum de 12 a 14 horas Permanecer sentado por pelo menos 10-15 min Peso e condição clínica estável nos últimos 15 dias (ausência de doenças agudas, trauma, infecção bacteriana ou viral, perda ponderal, gestação) Evitar álcool e atividade física vigorosa por 72-24 horas Perfil Lipídico Paciente com perfil alterado devem fazer confirmação entre 7d e 2 meses da 1ª dosagem Caso a variação entre as 2 dosagens seja > que o aceitável (em torno de 5% para colesterol total, 10% para colesterol HDL e até 20% para triglicerídeos) terceira avaliação Aconselha- se ainda realizar as dosagens num mesmo laboratório, para que seja possível a comparação sem a interferência de diferentes técnicas. Perfil Lipídico • Aspecto do Soro : • Após centrifugação, o soro é separado e fica em repouso por 12h, quando é analisado visualmente • Límpido – normal ou colesterol elevado • O colesterol é uma molécula pequena em relação ao TG, por isso a luz passa por ele e o soro fica límpido • Turvo – TG elevado • Não dá para saber se o colesterol é normal ou alto • Cremoso ou Opalacente ou Leitoso – QM aumentado ou TG exageradamente alto (>500mg/dl) • Toda vez que a trigliceridemia ultrapassar 500 mg/dl, existe risco aumentado de desenvolvimento de pancreatite Perfil Lipídico Colesterol total Componente das membranas É transportado pelo sangue através das lipoproteínas (assim como os TG, ésteres de colesterol e fosfolipídeos) 60 a 70% está na LDL 20 a 35 % está na HDL 5 a 12% está na VLDL Os quilomícrons normalmente não estão presentes no jejum (momento do exame) Perfil Lipídico Colesterol total V Diretriz Brasileira de Dislipidemia, 2013 Perfil Lipídico Lipoproteínas Quilomícrons: São sintetizados no intestino delgado pelas células da mucosa Os lipídeos digeridos são absorvidos pelos microvilos, formam TG que com a apoB48 formará o quilomícron São absorvidos pela corrente linfática até a veia cava superior. Desta forma são disponíveis primeiro para os tecidos extra-hepáticos Na circulação são quebrados pela LPL Chegam ao fígado como quilomícron remanescente Perfil Lipídico Lipoproteínas VLDL Partículas grandes Lipídeo predominante é o TG Função: transportar os TG para o tecido adiposo para serem armazenados ApoB100 (essencial para a síntese da VLDL), apoE, apoCI, apoCII, apoCIII Também sofrem ação da LPL Nas hipertrigliceridemias estão aumentadas em tamanho Perfil Lipídico LDL Derivada da lipólise da VLDL Molécula lipídica mais aterogênica Fórmula de Friedwald LDL = Colesterol total – (HDL + TG/5) LDL - Classificação • Ótimo < 100 mg/dl* • Desejável 100 - 129 mg/dl • Limítrofe 130 – 159 mg/dl • Alto 160 - 189 mg/dl • Muito alto > 190 mg/dl * Desejável para diabéticos, portadores de DCV e pacientes e alto risco para o desenvolvimento de DCV. V Diretriz Brasileira de Dislipidemia, 2013 Perfil Lipídico LDL peroxidada • Valores elevados indicam ação indesejável dos radicais livres. • LDL peroxidada é citotóxica e induz à diferenciação e adesão dos monócitos às células endoteliais, sendo associada ao processo de aterosclerose. V Diretriz Brasileira de Dislipidemia, 2013 Perfil Lipídico HDL Inversamente relacionado a doenças cardiovasculares Participa do transporte reverso de colesterol Protetor > 60 mg/dl Perfil Lipídico Triglicerídeos Diferença entre colesterol e TG: o colesterol não tem valor calórico, enquanto TG é fonte e reserva de caloria Forma de armazenamento de energia São transportados no sangue pela VLDL e LDLNíveis de TG e HDL geralmente são inversos Após a refeição há um aumento de TG dentro de 3 a 6 horas, retornando a normalidade em 8 a 10 horas Concentrações aumentadas: diabetes, síndrome nefrótica, pancreatite, doenças coronarianas e aterosclerose. Também pode ser induzido por drogas (ex. predinisona) Perfil Lipídico Triglicerídeos Relação com a insulina. Aumento de insulina e glicose acarreta em acúmulo de TG no tecido adiposo, e níveis baixos aumentam a mobilização. Atenção na Resistência à insulina Glicose é fonte preferencial de energia pós prandial. Já os ácidos graxos livres são preferidos em condições de jejum (24 horas ou mais sem alimentação) Triglicerídeo 12 6 Perfil Lipídico V Diretriz Brasileira de Dislipidemia, 2013 Crianças e adolescentes 12 7 Perfil Lipídico V Diretriz Brasileira de Dislipidemia, 2013 Perfil Lipídico Índice de Castelli Combinação entre colesterol total, HDL e LDL, como uma maneira de visualizar a influência de importantes fatores de risco na doença coronariana Índice de Castelli I = Colesterol / HDL Homens: até 5,4 Mulheres: até 4,4 Índice de Castelli II = LDL/HDL Homens: até 3,3 Mulheres: até 2,9 Dados absolutos vs. Dados relativos Apoliproteína A • Maior componente protéico do colesterol HDL e o agente responsável pela ativação da lecitina-colesterol-aciltransferase, que catalisa a esterificação do colesterol. • Essa esterificação no HDL permite uma maior concentração de colesterol no interior desta lipoproteína maior remoção do colesterol livre dos tecidos extra-hepáticos para o fígado. • Sítio de síntese da Apo-A - fígado, o intestino ou ambos. • Níveis diminuídos de Apo-A preditores de DAC • APOLIPOPROTEÍNA A - Sangue 90 a 200mg/dL • Não é recomendada dosagem rotineira para estratificação de risco cardiovascular 12 9 • É a apoproteína do colesterol LDL, que compreende aproximadamente 90% de sua massa. • Liga-se aos receptores celulares específicos nas células periféricas e promove a retirada do colesterol LDL da circulação. • fator de risco de doença coronariana e desenvolvimento de aterosclerose. • APOLIPOPROTEÍNA B - Sangue 30 a 100mg/dL • Não é recomendada dosagem rotineira para estratificação de risco cardiovascular Apoliproteína B 13 0 Lipoproteína (a) • Valores elevados parecem constituir fator de risco para aterosclerose • Semelhante a LDL, com apo (a) ligada a apo B-100 13 1 Lipoproteína (a) • Produzida na fígado atividade pró-trombótica e pró- aterogênica • Semelhança estrutural com o plasminogênio um potente fibrinolítico, prejudicando sua ação. • Seus níveis são determinados geneticamente, não sofrem influências ambientais, nem dos índices das demais lipoproteínas. • Níveis perigosos: acima de 30 mg/dl • Não é recomendada dosagem rotineira para estratificação de risco cardiovascular 13 2 Homocisteína • É um AA sulfurado não essencial, advém do metabolismo da metionina. • Os alimentos contém pouco ou nenhuma homocisteína livre. • Toda homocisteína do corpo humano é derivada da metionina, de proteínas das plantas e animais 13 3 Metabolismo • Remetilação: a Hcy incorpora um grupo metil pela ação da metionina sintetase que tem a B12 e folato (N5 – metil tetrahidrofolato) como co-fatores. • Transsulfuração: a Hcy é transformada em cisteína pela ação de uma enzima cuja B6 é co-fator. Eliminação: se dá principalmente pelo catabolismo renal. Homocisteína 13 4 Determinantes fisiológicos • Sexo e idade: homens têm níveis séricos maiores do que mulheres e em ambos os valores aumentam com a idade. Essa diferença entre os sexos é mais evidente na puberdade, mostrando influência hormonal • Função renal: como sua eliminação se dá principalmente pelo catabolismo renal, uma função renal prejudicada elevará seus níveis séricos. Uma elevação de creatinina sérica se associa com elevação de Hcy. Homocisteína 13 5 Homocisteína Determinantes nutricionais • B12 e folato: deficiência de ambos pode levar a um moderado ou grave aumento de Hcy sérica, uma vez que ambos estão envolvidos no seu metabolismo. • B6: Está fracamente relacionada com alterações dos níveis de Hcy • Café: uso exagerado (> 4 xícaras/dia) está relacionado ao aumento de Hcy, por mecanismo ainda não identificado • Álcool: consumo de 60 drinques/mês (2 a 3 ao dia) foi associado a elevação dos níveis de Hcy por reduzir a ingestão e depletar de vitaminas do complexo B Atenção: O fumo também foi identificado como um fator que eleva Hcy 13 6 • induz a uma disfunção endotelial, seguindo-se de ativação plaquetária e amplificação dos estados pró-coagulantes. • capaz de aumentar a deposição de cálcio na placa de ateroma e aumentar a produção de radicais livres, o que gera ainda mais inflamação e agravamento do estado pró-trombótico. • reduz a biodisponibilidade de óxido nítrico, reduzindo os efeitos vasodilatador e antitrombóticos induzidos por ele. • é capaz de elevar tromboxanos da série par, gerando aumento da agregação e adesividade plaquetária. • Sobre o sistema neurológico, a Hcy contribui para o AVC isquêmico e para demência., sendo a prevalência de hiperHcy e AVCi da ordem de 20%. Homocisteína 13 7 Homocisteína 13 8 Homocisteína Normal Até 14,9 mmol/L Aumento moderado 15,0 – 30 mmol/L Aumento intermediário 30 – 100 mmol/L Aumento severo > 100 mmol/L 13 9 • B12: só tem efeito em reduzir os níveis de Hcy se houver deficiência • B6: mesmo em doses elevadas não afeta os níveis de Hcy de jejum • Folato: apresenta efeito marcante na queda dos níveis séricos de Hcy, mesmo na ausência de sua deficiência. • Doses de 5 a 10mg/dia isoladas ou combinadas com B12 e B6, reduziram a Hcy em cerca de 25% a 35% dos indivíduos. Homocisteína 14 0 Metabolismo da glicose • Indicação principal diagnóstico de Diabetes Mellitus • Exame útil também para: • Monitoramento terapêutico do diabetes. • Avaliação de distúrbios do metabolismo dos carboidratos. • Diagnóstico diferencial das hipoglicemias (insulinomas, diabetes). Glicose plasmática 142 Valor plasmático: Jejum limites bastante estreitos Regulação hormonal extremamente sensível: Insulina (agente hipoglicemiante) Glucagon, cortisol e catecolaminas (agentes hiperglicemiantes) Glicose plasmática Glicose plasmática Hipoglicemia Hiperglicemia 148 149 NORMAL DIABETES TIPO 2 Diagnóstico Diretriz SBD, 2015-2016 Coleta: Glicemia jejum e 2h após a ingestão de 75g de glicose anidra dissolvida em água (250-300ml) ingerido em aproximadamente 5 min. Crianças: Se houver indicação do TOTG usa-se 1,75 grama/kg de glicose (máximo 75 gramas) Teste de Tolerância Oral a Glicose - TOTG 153 Padronização para o teste: Alimentação com pelo menos 150g de HC nos 3 dias que antecedem o exame Atividade física habitual No dia do teste jejum de 8-12h (permite-se ingerir água) Não fumar ou caminhar durante o teste Medicações e intercorrências que podem alterar o teste devem ser controladas Teste de Tolerância Oral a Glicose - TOTG 154 Valores (método enzimático): Normal < 140 mg/dl Intolerância à glicose 140 - 199mg/dl Diabetes Mellitus ≥ 200 mg/dl Teste de Tolerância Oral a Glicose - TOTG 1 5 5 Semelhante ao TOTG, porém, com tempo de observação fracionado e aumentado – usadas para estudo do metabolismo glicose. Curva glicêmica clássica: Glicemia jejum e 30/60/90/120/180 minutos após a ingestão de 75g de glicose anidra dissolvida em água (250-300ml) ingerido em aproximadamente 5 min. Subtipos: simplificada jejum, 30, 60, 90 e 120 min ou prolongada de 4 horas jejum, 30, 60, 90, 120, 180 e 240 min. Curva Glicêmica 156 Teste de Tolerância Oral a Glicose - TOTG 1 5 7 Diagnóstico Diretriz SBD, 2015-2016 Diagnóstico Guia de Referência, 2016 Diagnóstico • A glicemia de jejum alterada e tolerância à glicose diminuída são categorias de risco aumentado para o desenvolvimento do DM, e o termo “pré-diabetes” também é utilizado para designar essas condições. Diretriz SBD, 2015-2016 Hemoglobina glicada Diretriz SBD, 2015-2016 É um marcador metabólico de longo prazo. Serve para diagnóstico e acompanhamento de DM. Valor de referência: 4,4% a 6,4% da hemoglobina total (HbA1C) Risco para DM – 5,7 a 6,4% Diabetes: > 6,5% Meta: 7% Hemoglobina Glicosilada 162 Hemoglobina Glicada Hemoglobina glicada Diretriz SBD, 2015-2016 É uma proteína glicada constituindo principalmente de albumina Reflete o controle glicêmico em torno de 1 a 3 semanas anteriores ao exame, já a meia-vida da albumina é de 14 a 20 dias Demonstra adesão ao tratamento. Não substitui a Hemoglobina glicosilada Valor de referência : 205 a 285 mcmol/L Frutosamina 165 Marcadores de controle glicêmico Diretriz SBD, 2015-2016 Resistência à insulina • É surpreendente o quanto a RI é prevalente na população (25 a 30%), sendo componente de condições fisiológicas como puberdade e gravidez, e de condições patológicas como DM2 (em mais de 90% dos pacientes), obesidade, hipertensão arterial,5 síndrome metabólica,6 alterações do metabolismo da glicose, dislipidemia, síndrome do ovário policístico, esteato-hepatite não alcoólica (NASH), entre outras. • Nesses casos, a RI é uma alteração fisiopatológica de base, precedendo (mesmo por vários anos) e/ou contribuindo para o surgimento da respectiva condição patológica. Diretriz SBD, 2015-2016 Resistência à insulina • A hiperglicemia crônica é capaz de inibir tanto a secreção de insulina induzida por glicose quanto a sensibilidade celular à insulina. A deterioração da função da célula beta e da ação insulínica inicia-se anos antes do diagnóstico do diabetes, e, comumente, a hiperglicemia crônica está associada à secreção insulínica deficiente e à RI Diretriz SBD, 2015-2016 AGL vs Diabetes Como saber se o paciente tem RI??? • Primeiro vamos falar de insulina.... Insulina É um peptídeo sintetizado pelas células beta das ilhotas de Langerhans do pâncreas Sua secreção é controlada pelos níveis de glicemia, estímulos nervosos e hormonais. Comportamento fisiológico da insulina Pode ser útil: existência ou não de uma reserva secretória de insulina; resistência à ação da insulina insulina alta + hipoglicemia insulinoma Avaliar estratégia terapêutica a ser adotada; O uso de insulina, atual ou anterior, pode prejudicar a determinação insulina exógena em circulação, presença de anticorpos anti-insulina Insulina 175 HOMA (Homeostasis Model Assesment) avalia a resistência a insulina, porém não tem indicações clara na prática clínica. Índice HOMA HOMA IR = insulinemia (mU/ml) x Glicemia (mMol/l) 22,5 HOMA beta = 20 x insulinemia (mU/ml) Glicemia (mMol/l) -3,5 176 Síntese de insulina pela célula beta: Valores séricos de referência: 2,6 a 25 mcU/mL Insulina 177 Após a clivagem da pró-insulina, o peptídeo C é secretado em proporção equimolar, junto com a insulina Sua dosagem não se altera na presença de anticorpos anti-insulina, refletindo, nestes casos, melhor que a insulina, a capacidade secretória das células beta. Principal utilização avaliação da reserva de insulina endógena, auxiliando na orientação terapêutica. Peptídeo C 178 Valores baixos indivíduos insulino-dependentes. Hipoglicemia factícia por níveis elevados de insulina e níveis indetectáveis do peptídeo C. Hipoglicemia valores elevados podem ser encontrados em casos de insulinoma. Valores séricos de referência: 0,8 a 4 ng/mL Peptídeo C 179 Obtenção do sangue capilar e colocação em fitas reagentes acopladas em aparelhos que fornecem os resultados em poucos segundos. Usado para auto-monitorização Aparelhos, em geral, bastante acurados Avaliação Glicêmica - Hemoglucoteste 180 Geralmente ocorre quando a glicose sangüínea encontra-se em valores superiores a 160 ou 200 mg/dl Glicosúria é influenciado não só pela glicemia, mas também: pela taxa de filtração glomerular, pela taxa de reabsorção tubular e pelo fluxo urinário Glicosúria depende de um rim normal Glicosúria 181 Outras situações patológicas como queimaduras, infecções, doenças neurológicas e terapia oral com esteróides podem, também, causar glicosúria. Não se faz diagnóstico de diabetes pela glicosúria Valores de referência: níveis indetectáveis até 100 mg/dl Glicosúria 182 Diabetes Mellitus Adultos • Não se recomenda o rastreamento em massa para o DM. Quem rastrear? 1. Adultos com IMC > 25 kg/m² e que apresentam fatores de risco adicionais: • sedentarismo • parentes de 1º grau com DM • membros de uma população étnica de alto risco afro-americanos, latinos, americanos nativos, americanos asiáticos, ilhas do pacífico • mulheres que tiveram bebês com mais de 4 kg (9 libras=4086g) ou foram diagnosticadas com Diabetes Gestacional • hipertensos (≥ 140/90 mmHg ou em uso de drogas para a HAS) • nível de HDL < 35 mg/dl e/ou TG > 250 mg/dl ADA, 2010 Quem rastrear? Diabetes Mellitus Adultos 1. Adultos com IMC > 25 kg/m² e que apresentam fatores de risco adicionais: (cont.) • mulheres com a síndrome do ovário policístico • hemoglobina glicosilada (A1C) ≥ 5,7%, intolerância à glicose no jejum ou após teste de tolerância oral • outras condições clínicas associadas com resistência à insulina (obesidade severa, p. ex.) • história de doença cardiovascular ADA, 2010 Quem rastrear? ADA, 2010 Diabetes Mellitus Adultos 2. Na ausência dos critérios colocados anteriormente, a investigação para DM deve começar após os 45 anos 3. Se os exames forem normais, devem ser repetidos pelo menos em intervalos de 3 anos, considerando-se que a realização pode ser mais freqüente dependendo dos resultados iniciais e do estado de risco. Quais exames devo fazer para rastrear o DM? Diabetes Mellitus Adultos Glicose plasmática de jejum Teste oral de tolerância à glicose Hemoglobina glicada ADA, 2010 Diabetes Mellitus Gestacional • Mulheres com alto risco para DMG devem ser triadas o mais cedo possível após a confirmação da gravidez • Critérios para alto risco: • Obesidade severa • História pregressa de DMG ou ter dado a luz a um filho grande para a idade gestacional • Presença de glicosúria • Diagnóstico de síndrome do ovário policístico • História familiar forte de diabetes tipo 2ADA, 2010 • Todas as mulheres, com exceção das de baixo risco, devem ser testadas para DMG entre 24 e 28 semanas. • Mulheres gestantes de baixo risco que não precisam ser testadas para DMG é definido como uma mulher que apresente todas as características abaixo: • idade < 25 anos • peso normal antes da gravidez • grupo étnico de baixa prevalência de diabetes • nenhum caso conhecido de diabetes em parentes de 1º grau • nenhuma história de tolerância anormal a glicose • nenhuma história obstétrica de complicações Diabetes Mellitus Gestacional ADA, 2010 Screening para DMG entre 24-28 semanas: 1. Abordagem em 2 passos: A. Glicose sérica ou plasmática 1h após a ingestão de 50g de glicose anidra ≥ 140 mg/dl identifica 80% das mulheres com DMG; B. Fazer um TOTG com carga de 100g de glicose anidra num outro dia em mulheres que excederam os níveis desejados no exame anterior. Diabetes Mellitus Gestacional ADA, 2010 • Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, nos casos suspeitos de diabetes gestacional: • a curva de gestantes pode ser realizada alternativamente com 75g de glicose anidra em vez de 100g. • entretanto, não se realiza o ponto de 180 minutos, somente considerando dois ou mais valores positivos nos tempos de jejum, 60 e 120 minutos como diabetes. Diabetes Mellitus Gestacional Diabetes Mellitus Gestacional • Padrões de referência para a Curva de TOTG para gestantes com 75g de glicose anidra: Jejum ≥ 95 mg/dl 1h ≥ 180 mg/dl 2h ≥ 155 mg/dl Diabetes Mellitus em Crianças Quem rastrear? • Sobrepeso: • > p85 para idade e sexo • > p85 para peso e idade • > 120% do peso ideal • Mais 2 fatores de risco abaixo: • História familiar de diabetes tipo 2 num parente de primeiro ou segundo grau • Raça: afro-americanos, latinos, americanos nativos, americanos asiáticos, ilhas do pacífico • Sinais de resistência à insulina ou condições associadas com a resistência à insulina (HAS, dislipidemia, síndrome do ovário policístico, pequeno para a idade gestacional no nascimento) • História materna de diabetes ou diabetes gestacional durante a gravidez da criança ADA, 2010 Quando iniciar o rastreamento? • Aos 10 anos ou no início da puberdade, se a puberdade começar numa idade menor • Freqüência de monitoramento a cada 3 anos Diabetes Mellitus em Crianças ADA, 2010 Metas Diretriz SBD, 2015-2016 Conceitos importantes para estabelecer os objetivos glicêmicos HbA1C é o alvo primário para o controle glicêmico Os objetivos devem ser individualizados Certas populações (crianças, gestantes e idosos) requerem considerações individualizadas Objetivos glicêmicos mais rigorosos (ex.: HgA1C < 6%) podem ainda mais as complicações as custas de um risco aumentado de hipoglicemia Objetivos glicêmicos menos rígidos podem ser indicados em pessoas com hipoglicemia severa ou freqüente. PROVAS DE FUNÇÃO HEPÁTICA Principais exames utilizados TGO (Transaminase Glutâmico-Pirúvica) ou AST (Aspartato aminotranferase) TGP (Transaminase Glutâmico-Pirúvica) ou ALT (Alanina aminotransferase) GGT ou GAMA-GT (Gamaglutamiltransferase) FA ou FOSFATASE ALCALINA BILIRRUBINA TOTAL E FRAÇÕES ALBUMINA TP Qual o primeiro exame a ser avaliado para pesquisa de disfunção? Transaminases TGP (transaminase glutâmico-pirúvica) ou ALT (alanina aminotransaminase) Encontrada em altas concentrações apenas no citoplasma do hepatócito, o que torna o seu aumento mais específico de lesão hepática; Atenção: pode estar aumentada em conjunto com a TGO em miopatias (doenças musculares) graves. Indica lesão aguda (presente no citoplasma). Recomendada para rastreamento de hepatites => normalmente elevação importantes nas hepatites virais, mas é menos sensível que a TGO para hepatite alcoólica. Transaminases TGP (transaminase glutâmico-pirúvica) ou ALT (alanina aminotransaminase) Presente no citoplasma => indica lesão aguda! Atenção: geralmente está elevada em obesos, mesmo sem doença hepática ou muscular! => esteatohepatite não alcoólica! Valores de referência: Feminino: até 31U/L. Masculino: até 41U/L Transaminases TGO (transaminase glutâmico-oxaloacética) ou AST (aspartato aminotransaminase) Não é exclusivamente utilizada para a avaliação da integridade dos hepatócitos, já que também é produzida em músculos esquelético e cardíaco, rins, pâncreas e eritrócitos. Nas miopatias a TGO aumenta junto com a CPK e LDH Pode aumentar em infartos renais, grandes tumores, sendo acompanhada, em tais casos, de aumentos de DHL. Pode aumentar nas anemias hemolíticas e no choque Frequentemente está elevada em 20x ou mais na fase aguda das hepatites virais Também se eleva em hepatite alcoólica, e necroses hepatocíticas tóxicas ou isquêmicas. TGO (transaminase glutâmico-oxaloacética) ou AST (aspartato aminotransaminase) Resumindo... TGO não é exclusivamente utilizada para avaliação da integridade dos hepatócitos! É mitocondrial , indica lesão grave! Valores de referência: Feminino: até 32 U/L. Masculino: até 38 U/L. Importante! Não esperar grandes aumentos de transaminase na cirrose Parênquima destruído < síntese das transaminases, logo pouca reserva para se elevar em caso de destruição celular! Importante! Elevação e declínio rápido de TGO sugere doença biliar extra- hepática • Relação TGO/TGP > 1 = sugere doença hépática alcoólica •Relação TGO/TGP < 1 = sugere doença hépática não- alcoólica Desidrogenase láctica • Observada em lesões hepatocelulares de modo geral (menos expressiva do que TGO e TGP). • Útil na diferenciação entre hepatite aguda viral e lesão causada por isquemia ou paracetamol: Elevações de transaminases maiores do que 5 x o limite superior + uma relação TGP/LDH > 1,5 Sugestivo de hepatite viral. Valores de referência: 24-480 U/L • Qual o próximo exame a solicitar para o diagnóstico de icterícia? Bilirrubina total e frações É um exame que pode avaliar ao mesmo tempo lesão hepatocelular, fluxo biliar e função de síntese do fígado. A primeira bilirrubina a ser produzida é a bilirrubina indireta (também chamada de bilirrubina não conjugada – vinda da hemólise), que circula no sangue ligada à albumina sérica. A BI é transportada para o fígado e, no hepatócito, é conjugada ao ácido glicurônico transformando-se em mono e diglicuronídio de bilirrubina (bilirrubina direta). A bilirrubina direta é excretada pelo fígado para a vesícula biliar, fazendo parte da bile. BI = insolúvel em água, afinidade por SNC BD = solúvel em água, afinidade por tecidos elásticos Bilirrubina total e frações Qual exame avaliar para pesquisa de icterícia colestática? Fosfatase alcalina (FA ou ALP) • Presente principalmente em fígado e ossos • Está elevada em: • obstrução canalicular hepática (bom marcador de colestase) • Doenças ósseas (níveis muito elevados na doença de paget) Importante: eleva-se nas metástases hepáticas e ósseas sendo BOM MARCADOR TUMORAL! Fosfatase alcalina (FA ou ALP) • Valores de referência: • Recém-nascido: 150–600 U/L. • 6 meses a 9 anos: 250–950 U/L. • 10 a 11 anos: ♀ 250–950U/L; ♂ 250–730U/L. • 12 a 13 anos: ♀ 200–730 U/L; ♂ 275–875 U/L. • 14 a 15 anos: ♀ 170–460 U/L; ♂ 170–970 U/L. • 16 a 18 anos: ♀ 75–270 U/L; ♂ 125–720 U/L.• Acima de 18 anos: 50 a 250 U/L. Qual exame avaliar para pesquisa de lesão hepática por drogas | álcool? GGT ou GAMA-GT (Gamaglutamiltransferase) • Enzima encontrada no fígado, rins, pâncreas, intestino e na próstata significado clínico: refere-se principalmente às doenças do fígado e das vias biliares. • Indicador sensível de colestase, com elevação precoce e duradoura! esteatose hepática GGT melhora do quadro=> valores normalizam x Cirrose hepática valores não normalizam GGT ou GAMA-GT (Gamaglutamiltransferase) • Sua elevação sérica sugere efeito tóxico do álcool e drogas (deve-se afastar as outras causas de elevação!) • Eleva-se em neoplasias primárias ou metastáticas. Valores de referência: 8 a 41 U/L (♀) e 12 a 73 U/L (♂). Quais exames servem para avaliar capacidade de síntese hepática? Albumina Proteína de síntese hepática Valores alarmantes < 1.5 => edema aparece com níveis entre 2 a 2,5g/dl Valores de referência: 3,5 a 5,5 g/L só considerar para prova de fç hepática se relação ALB/GLOBULINA > 1 IMPORTANTE: Não serve para avaliar função hepática em pacientes com SRIS devido à da ALB em resposta à fase aguda Tempo de protrombina (TAP|TP) O fígado sintetiza a maioria dos fatores e inibidores da coagulação. A síntese de protrombina pelo fígado é dependente da vit. K. Na prática clínica, o TP é um método simples, barato e útil na avaliação do conjunto dos fatores de coagulação e, portanto, da síntese hepática. O teste : determina o tempo necessário para a ativação completa da cascata de coagulação, uma vez iniciada pela tromboplastina. Tempo de protrombina (TAP|TP) • INR – o que é? • Em razão das diferenças de sensibilidade dos reagentes utilizados por diferentes fontes, a OMS recomenda uma padronização que utilize uma tromboplastina de referência mundial, a partir da qual se calcula um índice de correção denominado ISI(International Sensitivity Index). • Com o ISI, calcula-se o INR(International Normalized Ratio), que é a relação do TP do paciente com o TP do pool normal elevado ao ISI. Valores normais de tempo de protrombina: entre 11,1 e 13,2 seg (comparados em relação ao plasma padrão) Valores de referência para INR: entre 0,9 e 1,1. Provas de função pancreática Drª Fernanda Osso Amilase Na pancreatite aguda, os níveis de amilase podem alcançar valores de 4 a 6 vezes o limite superior de referência Eleva-se precocemente ( em 2 a 12 horas), atinge pico em 24h e retorna aos níveis normais em 2 a 3 dias. É menos específica e mais sensível para pancreatite do que a lipase ATENÇÃO: A magnitude da elevação NÃO reflete gravidade da lesão => indica forte probabilidade de pancreatite aguda Cerca de 20% de pacientes com pancreatite aguda apresentam índices normais de amilase sérica. Em episódios agudos de pancreatite crônica, esses níveis podem estar ligeiramente aumentados, porém, com freqüência, permanecem normais. Amilase • Atenção: Aumentos de amilase sozinha não significa necessariamente pancreatite! Valor de referência Lipase Produzida predominantemente no pâncreas exógeno, sendo um marcador de pancreatite Mais específica do que amilase para pancreatite Aumenta pouco depois da amilase (3 a 6h com pico em 24h), mas permanece aumentada por mais tempo (7 a 10 dias) OBSERVAÇÃO Na doença renal crônica e aguda, o aumento de seus níveis séricos é menos freqüente e pronunciado que o da amilase, mas alguns doentes renais podem apresentar valores 2 a 3x acima do limite superior da referência. Valor de referência 2 2 3 Proteínas plasmáticas e Fase aguda inflamatória Proteínas Plasmáticas • Importância: Manutenção da pressão oncótica Proteína Plasmática Meia-vida Valores de referência Albumina 14-21 dias 3,5-5,5 g/dl Transferrina 8-9 dias 200-400 mg/dl Pré-albumina 2-3 dias 15,7-29,6 mg/dl Proteína ligadora de retinol 12 horas 2,6-7,6 mg/dl Classificação do estado nutricional Concentração de albumina Concentração de transferrina Concentração de pré-albumina Adequada >3,5 >200 >20 Depleção leve 3,0-3,5 150-200 10-15 Depleção moderada 2,5-2,9 100-150 5-10 Depleção grave <2,4 <100 <5 PHS: Pressão Hidrostática do Sangue POLI: Pressão Osmótica do Líquido Intersticial PCOS: Pressão Coloidosmótica do Sangue PHLI: Pressão Hidrostática do Líquido Intersticial PHS PCOS POLI PHLI FILTRAÇÃO REABSORÇÃO Líquido intersticial PEF = (PHS + POLI) – (PCOS + PHLI) 2 2 5 2 2 6 Reação de fase aguda Reação de fase aguda 227 Reação de fase aguda 228 Reação de fase aguda 229 Reação de fase aguda 230 Proteínas de fase aguda 231 Proteínas de fase aguda 232 Proteínas de fase aguda 233 Proteínas de fase aguda • Fibrinogênio • Para doenças inflamatórias • Inferior a 5mg/L • Para risco cardiovascular • Baixo risco < 1mg/L • Médio risco: 1 – 3 mg/L • Alto risco > 3 mg/L Atenção a unidade mg/L ou mg/dL 2 3 5 Índices de Prognóstico Nutricional Índice de Prognóstico Nutricional (IPN) Sobrevida de 25% = ≤ -1 Sobrevida de 50% = zero Sobrevida de 90% = ≥ 2,5 (BUZBY et al., 1980) IPN = 158 – (16,6 x Alb) – (0,78 x DCT) – (0,2 x T) – (5,8 x HCT) Onde: DCT Valor absoluto em mm HCT 0 – não reator 1 – enduração < 5 mm 2 – enduração > 5 mm Alb Albumina em g/dl T Transferrina em g/dl 2 3 6 Índice Prognóstico Inflamatório e Nutricional (INH) Baixo risco: 1 -10 Risco moderado: 10- 20 Alto risco: 21 -30 Elevado mortalidade: > 30 IPIN = AG x PCR Alb x Pre- Alb 2 3 7 Índice de Risco Nutricional IRN = (1,489 x Alb em g/dl) + 41,7 x (peso atual/peso usual) Estado Nutricional Adequado: ≥ 100 Desnutrição leve: 97,5 – 100 Desnutrição moderada: 83,5 – 97,4% Desnutrição grave: < 83,4 (BUZBY et al., 1980) 2 3 8 2 3 9 Gasometria Arterial Gasometria Gasometria Sistema de Tampões • Sistemas de Tampões: 4 principais • Sistema – tampão ácido carbônico – bicarbonato (45% da capacidade tampão total ) • Sistema – tampão de fosfato ( glóbulos vermelhos, células tubulares renais) • Sistema – tampão de proteínas (células dos tecidos) • Sistema tampão de hemoglobina dos glob.vermelhos RIM (responsável pela [ ] de HCO3) PULMÃO ( responsável pela [ ] CO2) pH MANTIDO Sistema de Tampões • O pH sanguíneo é mantido principalmente pela relação entre HCO3 - e CO2 • Equação de Hendersen-Hasselbach: CO2 + H2O → H2CO3 → HCO3 - + H+ CO2 + H2O → HCO3 - + H+ (sistema bicarbonato-CO2) Bicarbonato é a base do sistema pois consome H + e CO2 funciona como ácido já que libera H+ Sistema de Tampões Sistema de Tampões • Fácil de entender: • Aumento de bicarbonato aumenta o pH – alcalinaiza (consome H+) • Aumento de CO2 diminui o pH – acidifica (libera H +) • RIM → responsável pela concentração do HCO 3 – • PULMÃO → responsável pela concentração do CO2 Gasometria • Componentes: • pH: 7,35 a 7,45 (média 7,4) • PCO2: 35 a 45 mmHg • PO2: 80 a 100 mmHg• HCO3: 22 a 26 mmol/L • Saturação de oxigênio: 94-100% • BE: +3 a -3 Gasometria Gasometria • Componentes: • pH: 7,35 a 7,45 (média 7,4) • PCO2: 35 a 45 mmHg • PO2: 80 a 100 mmHg • HCO3: 22 a 26 mmol/L • Saturação de oxigênio: 94-100% • BE: +3 a -3 Causas: retenção de CO2, aumento de ácido lático, dificuldade de eliminação de ácidos pelos rins, ingestão de ácidos (AAS) Causas: eliminação excessiva de CO2, perda de ácidos, administração de bases (ex. bicarbonato de sódio) 7,25 7,55 Acidose severa Alcalose severa Gasometria • Método prático pH (7,35 a 7,45) ACIDOSE ALCALOSE PCO2 (35 a 45 mmHg) ACIDOSE ALCALOSE HCO3 (22 a 26 mEq/L) ACIDOSE ALCALOSE Gasometria pH (7,35 a 7,45) ALCALOSE PCO2 (35 a 45 mmHg) ALCALOSE HCO3 (22 a 26 mEq/L) ACIDOSE Alcalose Respiratória Interprete a seguinte gasometria: pH = 7,52, PCO2= 20 mmHg, HCO3 = 16 mEql/L Gasometria Observação importante: quando o distúrbio ácido básico é leve o pH pode ser encontrar dentro da faixa de normalidade Exemplo: pH = 7,36, PCO2 = 36 mmHg, HCO3 = 20 mEql/L Qual o distúrbio? Acidose metabólica Gasometria – distúrbios mistos Conceito: resposta compensatória Como é uma resposta compensatória para uma acidose metabólica Acidose metabólica ocorre por diminuição do HCO3 Na tentativa de manter a relação o organismo responde reduzindo a PCO2 por hiperventilação (respiração de Kussmaul), cronicamente o rim age retendo mais HCO3 Gasometria – distúrbios mistos Regras da resposta compensatória: Ela é sempre no mesmo sentido do distúrbio primário, ex. redução de CO2 deve ser acompanhada de redução de HCO3 Com exceção dos distúrbios leves, a resposta compensatória nunca é completa, isto é, não corrige o pH para faixa normal, apenas evita uma grande variação do pH plasmático Gasometria – distúrbios mistos E nos distúrbios mistos? Analise a seguinte gasometria: pH = 7,05; PCO2 = 55 mmHg; HCO3 = 15 mEq/L Qual o distúrbio? Acidose (pH baixo) Existe, no entanto, uma acidose respiratória (PCO2 está alta) e acidose metabólica (HCO3 está baixo) E aí? ACIDOSE MISTA Gasometria – distúrbios mistos Agora vejam esta gasometria: pH = 7,42; PCO2 = 19 mmHg; HCO3 = 12 mEq/L O que está acontecendo? O pH está normal, mas a PCO2 e HCO3 estão bastante alterados Existem 2 distúrbios metabólicos graves que se compensaram mutuamente Alcalose respiratória (PCO2 está baixa) e acidose metabólica (HCO3 está baixo) Gasometria – distúrbios mistos Agora vejam esta gasometria: pH = 7,11; PaCO2 = 32 mmHg; HCO3 = 10 mEq/L O pH está baixo (acidose) HCO3 está baixo, ACIDOSE METABÓLICA Contudo a resposta compensatória foi aquém do esperado Em uma acidose metabólica grave como esta, era para o PCO2 ter caído mais Gasometria – distúrbios mistos Como saber se a resposta compensatória está de acordo com o esperado? Acidose metabólica: PCO2 esperada = (1,5 x HCO3) + 8 Neste caso PCO2 esperada = (1,5 x 10) + 8 = 23 mmHg Logo, houve um outro distúrbio que aumentou a PCO2 Portanto, temos um distúrbio misto: Acidose metabólica + Acidose respiratória Gasometria – distúrbios mistos Como saber se a resposta compensatória está de acordo com o esperado? Acidose metabólica: PCO2 esperada = (1,5 x HCO3) + 8 Alcalose metabólica: PCO2 esperada = HCO3 +15 Acidose respiratória crônica: HCO3 aumenta 3,5 mEq/L para cada 10 mmHg de aumento da PCO2 Alcalose respiratória crônica: HCO3 cai 4 mEq/L para cada 10 mmHg de redução da PCo2 Gasometria Bicarbonato standard: é o HCO3 do sangue após correção da PCO2 para 40 mmHg (normal). Para que serve? Sempre que temos um distúrbio da PCO2 (distúrbios respiratórios), o HCO3 sofre alteração imediata, pela equação de Hasselbach Se a PCO2 estiver alta, o HCO3 real ficará mais alto Se a PCO2 estiver baixa, o HCO3 real ficará mais baixo O HCO3 standard não sofre esta influência Gasometria Observe esta gasometria: pH = 7,18, PCO2 = 80mmHg, HCO3 real = 29 mEq/L, HCO3 standard = 24 mEq/L, BE = 0,0 mEq/L Qual o distúrbio? pH baixo – ACIDOSE PCO2 alta = ACIDOSE RESPIRATÓRIA Mas observem que existe um aumento do HCO3 real, mas o HCO3 standard e o BE estão normais Gasometria Observe esta gasometria: pH = 7,18, PCO2 = 80mmHg, HCO3 real = 29 mEq/L, HCO3 standard = 24 mEq/L, BE = 0,0 mEq/L O que significa que o aumento da HCO3 real é somente por causa da equação de Hasselbach, o rim ainda não teve tempo de reter o HCO3 Logo, é ACIDOSE RESPIRATÓRIA AGUDA Gasometria Observe esta gasometria: pH = 7,35, PCO2 = 80mmHg, HCO3 real = 42 mEq/L, HCO3 standard = 37 mEq/L, BE = +5,0 mEq/L É uma ACIDOSE RESPIRATÓRIA O HCO3 standard está aumentado e há um excesso de base Nesse caso houve tempo dos rins acumularem bicarbonato necessário para uma boa resposta compensatória É uma ACIDOSE RESPIRATÓRIA CRÔNICA Gasometria Podemos concluir que: O HCO3 standard e o BE são importantes para diferenciarmos os distúrbios agudos (geralmente graves) dos crônicos O BE também ajuda a estimar a gravidade dos distúrbios metabólicos. BE menor que -10mEq/L é um critérios de acidose metabólica grave BE maior que + 10mEq/L é critério de alcalose metabólica grave Também é usado para calcular a fórmula de reposição de bicarbonato no paciente com acidose grave Tireóide 2 6 5 2 6 6 Função tireoidiana Eixo-Hipotálamo-Hipófise- Tireóide 2 6 7 Síntese, armazenamento e secreção dos hormônios tireoideanos “Human Physiology”, Fox, 2004, 8th ed. 2 6 8 extraído, enquanto disponível, de: http://www.colorado.edu/epob/epob1220lynch/18endo2. html Triiodotironina (T3) e Tiroxina (T4) Hormônios 2 6 9 Transporte dos hormônios tireoidianos 2 7 0 • Ligados a TBG • Ligados a albumina • Maior parte do encontra-se sob a forma de T4 no plasma • No entanto, a forma mais ativa é T3, sendo convertido nos tecidos Efeitos metabólicos 2 7 1 Diagnóstico Marcadores da disfunção tireoidiana Marcadores da disfunção tireoidiana Marcadores da disfunção tireoidiana Hipotireoidismo Hipotireoidismo Hipertireoidismo Hipertireoidismo Valores de referência laboratoriais • T4 livre → 0,8 a 1,9 ng/dL • T3 livre → Adultos: 200 a 420 pg/dL • TSH → 15 a 60 anos: 0,3 a 4,3 mcUI/mL → 61 a 79 anos: 0,4 a 5,8 mcUI/mL → a partir de 80 anos: 0,4 a 6,7 mcUI/mL • Anti - tireoglobulina → até 115 U/mL • TPO (antiperoxidase tireoidiana) → até 34 U/mL Fonte: Sérgio Franco Medicina Diagnóstica
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