Buscar

Volumetria de Precipitação - Determinação de cloretos em soro fisiológico - Métodos de Mohr, Fajans e Volhard

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS 
Campus​ Sorocaba 
 
Prática IX – Volumetria de Precipitação - Determinação de cloretos em 
soro fisiológico - Métodos de Mohr, Fajans e Volhard 
 
 
Docente: Profª Drª Luciana Camargo de Oliveira 
Discentes: Franciny Oliveira Rodrigues R.A.: 641286 
Jorge Fernandes Filho R.A.: 608033 
Marco Antonio Albuquerque Gaspar R.A.: 608181 
 
 
Sorocaba, 
27 de Novembro de 2017 
1.0 Resultados e Discussão 
Foi feita a determinação de cloretos no soro fisiológico por três métodos 
diferentes a fim de se comparar as metodologias. 
1.1 Método de Mohr 
O presente método consiste na precipitação gravimétrica, utilizando-se uma 
solução já padronizada de nitrato de prata para análises de cloreto, fundamentada 
no produto de solubilidade de cada sal formado e suas respectivas solubilidades em 
mol L​-1 
No caso apresentado a seguir, a amostra utilizada foi a de soro fisiológico 
titulado com AgNO​3​ e um indicador cromato de potássio em água. 
 O procedimento foi realizado em duplicata. 
 Os resultados das titulações são observados na tabela 1. 
Tabela 1: ​Resultados experimentais das titulações pelo método de Mohr 
Titulação Volume de AgNO​3​ (mL) pH da solução com 
indicador 
1 12,8 8 
2 12,9 8 
Fonte:​ RODRIGUES. F. O et al 
Calculando-se a média aritmética dos volumes de AgNO​3 adquiridos durante 
a execução do experimento, temos um valor de 12,85 mL de AgNO​3​, que será 
utilizado para os cálculos da determinação dos cloretos. 
De acordo com a seguinte reação entre o soro fisiológico de NaCl e o AgNO​3​: 
NaCl​(aq)​ + AgNO​3(aq)​ → AgCl ​(s)​ + NaNO​3(aq)​ (VOGEL,2002) 
Sabemos que a relação estequiométrica entre o Ag e o Cl é de 1:1, portanto, 
calculamos a quantidade em mols de Ag​+ pela solução de AgNO​3​, afim de descobrir 
o número de mols de Cl​-​. 
Com a concentração da solução de AgNO​3​, de 0,3 M, calculamos o número 
de mols de AgNO​3​ nos 12,85 mL titulados: 
0,3 mols AgNO​3​ - 1000 mL 
X​ mols AgNO​3​ - 12,85 mL 
Obtendo-se um valor de 3,9x10​-3 mols de AgNO​3​, logo, essa quantidade de 
mols correspondem à quantidade de Ag​+​ e Cl​- ​em mols. 
Como a solução de soro fisiológico é feita pela dissolução do NaCl, sabemos 
que o número de mols de Cl​- é igual ao número de mols de NaCl. Assim, com a 
massa molar do NaCl de 58,44 g mol​-1​, calculamos a quantidade em gramas de 
NaCl contida na solução de 25 mL. 
58,44 g de NaCl - 1 mol 
Y​ g de NaCl - 3,9x10​-3 
Obtendo-se o valor de 0,23 g de NaCl presente na solução de 25 mL. 
Como sabemos que o soro fisiológico tinha porcentagem (m/v) de 0,9%, 
calculamos a quantidade em massa de NaCl para 1L de solução: 
0,23 g de NaCl - 25 mL 
Z ​ g de NaCl - 100 mL 
Encontrado assim o valor de 0,92 g de NaCl presente em 100 mL de solução, 
obtendo 9,2% (m/v). 
É importante ressaltar que o experimento foi realizado em pH 8, pois a 
precipitação do AgCl acontece com pH entre 6,5 e 9,0, onde caso abaixo de 6,5 não 
há reação, e acima de 9,0 há precipitação do AgOH (VOGEL, 2002). 
 
1.2 Método de Fajans 
O método de Fajans utiliza os indicadores de adsorção para sinalizar o ponto 
final da titulação. A titulação ocorre de forma direta entre íons cloreto e a solução 
padrão de nitrato de prata. 
Antes do ponto de equivalência, partículas coloidais de AgCl são carregadas 
negativamente devido à adsorção dos íons Cl existentes na solução. 
Os íons Cl adsorvidos formam uma camada primária, tornando as partículas 
coloidais negativamente carregadas, que atraem os íons positivos da solução a fim 
de se formar uma segunda camada, mais fraca. O excesso de íons Ag+ desloca os 
íons Cl da camada primária, e as partículas se tornam positivamente carregadas 
(BACCAN, 2001). 
Para o presente método, tomou-se 10 mL solução de soro fisiológico e 
titulou-se com a solução de AgNO​3 a 3,0 M, porém, utilizando o indicador de 
fluoresceína (0,1%), um ácido orgânico fraco, que quando adicionado, seu ânion FI 
não é adsorvido pelo AgCl coloidal. Porém, quando em excesso, os íons Ag+ pode 
atrair íons FI para a superfície das partículas positivamente carregadas. 
(BACCAN,2001) 
 
Os valores de volume de AgNO​3 e do pH da solução são dispostos na tabela 
2. 
Tabela 2: ​Resultados experimentais do método de Fajans 
Titulação Volume de AgNO​3​ (mL) pH do indicador 
1 5 8 
Fonte:​ RODRIGUES. F. O et al 
Como a reação envolvida foi a mesma do método de Mohr, o raciocínio 
matemático para a determinação da quantidade em massa de NaCl também foi 
igual. 
Dessa forma, o número de mols de AgNO​3 encontrado foi de 1,5x10​-3​, que 
equivale aos mols de Cl​- e de NaCl. Assim, calculamos a quantidade em gramas de 
NaCl, para 100 mL de soro fisiológico, obtendo-se o valor de 0,088 g. 
Então, calculamos a quantidade em massa de NaCl para 100 mL de solução, de 
0,88 g, com uma porcentagem (m/v) de 0,88%. 
A reação foi realizada em pH 8, pois para que a fluoresceína possa atuar 
como indicador, o pH da solução deve estar entre 7 e 10, pois em soluções mais 
ácidas, com pH menor que 7, a concentração dos íons FI- é tão pequena que 
nenhuma coloração é observada. Em casos contrários, ela não libera íons H​+​, 
tornando-se indisponível para reagir com o Ag​+ presente no meio reacional 
(BACCAN, 2001). 
 
1.3 Método de Volhard 
O método de Volhard envolve a titulação do íon prata, em meio ácido, com 
uma solução padrão de tiocianato e o íon Fe​(3) como indicador, que produz uma 
coloração vermelha na solução com o primeiro excesso de tiocianato. (BACCAN, 
2001) 
No presente experimento pelo método de Volhard utilizou-se solução de soro 
fisiológico, e adicionou-se ácido nítrico e nitrato de prata a 0,1 M. Tomou-se 25 mL 
do filtrado de excesso de íons prata, e titulou-se com indicador de nitrato férrico e 
tiocianato de potássio (0,1M). 
O procedimento foi realizado em duplicata, e os resultados obtidos estão 
dispostos na tabela 3. 
Tabela 3: ​volume de tiocianato de potássio obtidos no experimento 
Titulação Volume de tiocianato de potássio 
(mL) 
1 2,7 
2 2,6 
Fonte:​ RODRIGUES. F. O et al 
Com os valores de volume de tiocianato obtidos fez-se a média aritmética 
obtendo o valor de 2,65 mL, que será utilizado nos cálculos da determinação dos 
cloretos. 
Assim, sabemos que a reação que ocorre no experimento é : 
Ag​+​ (excesso)​ + Cl ​-​ ​(aq) ​→ AgCl​(s)​ + Ag​+ ​(residual) 
 Ag​+​ ​(residual)​ + SCN​-​ → AgSCN​(s) ​ (BACCAN, 2001) 
Sabendo que a estequiometria das reações é de 1:1, calculamos as 
quantidades de cloreto na solução da seguinte forma. 
Inicialmente calculou-se o número de mols de tiocianato em 2,65 mL: 
0, 1 mol de tiocianato - 1000 mL 
X​ mol de tiocianato - 2,65 mL 
A quantidade de tiocianato em 2,65 mL titulados foi de 2,65x10​-4​, esse valor 
representa a quantia de Ag​+ em excesso, pela estequiometria, porém para os 25 mL 
do filtrado, logo, calculamos o número de mols de Ag​+ em excesso para a solução 
de 100 mL. 
2,65x10​-4​ mols de Ag​+​- 25 mLY ​ mols de Ag​+​ - 100 mL 
Dessa forma, a quantidade em mols de Ag​+ na solução de 100 ml é de 
1,06x10​-3​. É importante saber o excesso de prata na solução pois o método utiliza 
da retrotitulação, onde se subtrai um excesso conhecido do reagente, do total 
adicionado, para se determinar a quantidade reagida. 
Como foi adicionado 30 mL de nitrato de prata (0,1 M) à solução, temos um 
total de 3,0 x10​-3 mols de Ag ​+​, subtraindo-se o excesso, temos 1,2x10​-3 mols de Ag​+ 
reagido, que equivale à quantidade de Cl ​-​. 
Multiplicando o número de mols de Cl ​- pela massa molar do NaCl (58,44) e 
pelos 10 mL da solução de inicial de soro fisiológico, obtivemos um valor de 1,1 g de 
NaCl, que corresponde a 1,1% (m/v) da solução. 
O íon Fe​(3) é um indicador extremamente sensível para o íon SCN- 
(Tiocianato). A literatura nos apresenta resultados de cálculos onde mostram que o 
erro do indicador varia muito pouco à medida que a concentração dos íons Fe​(3) 
aumenta de 0,005 a 1,5 mol/L. Concentrações maiores que 0,2 mo/L dão à solução 
uma coloração amarela que mascara a mudança de cor do indicador. (BACCAN, 
2001). 
O cloreto de prata é mais solúvel do que o tiocianato de prata, sendo 
necessária a remoção do AgCl por meio da filtração. 
2.0 Conclusão 
Observando os valores de massa de NaCl calculados para os três métodos 
diferentes, notamos que todos se aproximaram do valor teórico de 0,9 g. Porém, há 
diferenças entre os métodos que podem ser citadas: 
No caso do método de Mohr, ele apresenta um ponto de viragem fácil de ser 
identificado, por conta da formação do precipitado. A reação ocorre em uma faixa de 
pH relativamente larga, entre 6,5 e 9,0, mas o método utiliza quantidades maiores 
de reagente e amostra, quando comparado com os outros dois. 
O método de Fajans também apresenta um ponto de viragem fácil de ser 
identificado por coloração, além de utilizar quantidades menores de reagente. No 
entanto, essa metodologia trabalha com uma faixa de pH, entre 7 e 10. 
Por fim, o método de Volhard é o que apresenta o procedimento experimental 
mais complexo, mas ainda assim simples, o maior cuidado a ser tomado é no 
momento da realização dos cálculos, com cuidado em calcular corretamente as 
quantidades reagidas e excedentes, ligado a isso, durante a preparação da solução 
de soro fisiológico e nitrato de prata é necessário ter atenção para adição da 
quantidade excedente de Ag​+​. Um ponto positivo do método de Volhard é que ele 
não necessita maior preocupação e controle com o pH da solução. 
Analisando os três métodos realizados para a determinação de cloretos no 
soro fisiológico, concluímos que todas as metodologias se mostram efetivas, seja 
pela coleta de dados que se dá de maneira simples, ou pelo processo matemático 
para se obter o valor de massa desejado, que aparentemente é fácil de ser 
executado, excluindo-se alguns cuidados que devem ser tomados ao se realizar os 
métodos, como cuidados com pH e atenção nas quantidades de reagentes 
adicionados. 
3.0 Referências bibliográficas 
D. A. SKOOG, D. M. WEST e F. J. HOLLER – ​Fundamentals of Analytical 
Chemistry​, 6a ed., Saunders, 1991. 
Baccan, N., ​Química Analítica Quantitativa Elementar ​. 3a Ed. Edgard Blucher 
LTDA, 2001. 
 Vogel, A., ​Análise Química Quantitativa​, 4a Ed., LTC, 2002.

Outros materiais