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ATEROSCLEROSE ESCRITO

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ATEROSCLEROSE 
1.RESUMO (AMÁBILE) 
A aterosclerose é a doença responsável pelo maior índice de morbidade e mortalidade no 
mundo. A lesão aterosclerótica é a anormalidade mais comum encontrada nas artérias, 
decorrente inicialmente de dois processos básicos: acúmulo de colesterol e proliferação de 
células musculares lisas na túnica íntima o que leva à inflamação. Esse processo dará origem a 
uma placa fibrosa que se projeta para dentro do lúmen, modificando a túnica média, levando a 
uma série de complicações circulatórias decorrentes da resposta inflamatória desencadeada na 
parede do vaso. Assim, nesta revisão veremos o envolvimento da resposta inflamatória e do 
estresse oxidativo no desencadeamento e no estabelecimento da doença aterosclerótica 
promovido por macrófagos, uma das principais células envolvidas nesse processo, além de 
discutir sobre os principais marcadores bioquímicos como as citocinas, proteínas de fase aguda 
e moléculas de adesão. 
Palavras- chave: Aterosclerose; Lipoproteínas do Colesterol LDL; Receptores de LDL Oxidados; 
Citocinas; Macrófagos; Monócitos. 
2.INTRODUÇÃO (AMÁBILE) 
(ETIMOLOGIA) A palavra aterosclerose deriva do grego atero, que significa caldo ou pasta, e 
esclerose, que corresponde a endurecimento. 
(CONCEITO) A aterosclerose é uma doença multifatorial, lenta, de caráter vascular crônico e 
progressivo resultante de uma série de respostas celulares e moleculares altamente específicas 
caracterizada pela inflamação crónica da túnica íntima das artérias de grande e médio calibre;. 
É uma inflamação que se deve basicamente, mas não se limita, à acumulação e oxidação 
de lipoproteínas na parede arterial e que produz um conjunto dinâmico de lesões multifocais, 
sendo a mais comum a placa aterosclerótica. O acúmulo de lipídeos, células inflamatórias e 
elementos fibrosos, que se depositam na parede das artérias, são os responsáveis pela formação 
de placas ou estrias gordurosas, e que geralmente ocasionam a obstrução das mesmas, esse 
acúmulo causa o estreitamento das artérias, prejudicando o fluxo sanguíneo. Na patogenia da 
doença aterosclerótica, um conjunto de fatores de risco clássicos e emergentes têm sido 
correlacionados. Contudo, as lipoproteínas, principalmente as lipoproteínas de baixa densidade 
(LDL-c) têm ocupado um papel de destaque na etiologia da doença aterosclerótica, ainda que, 
muitos indivíduos desenvolvem doença cardiovascular na ausência de anormalidades no perfil 
das lipoproteínas. Embora qualquer artéria possa ser afetada, (CONSEQUÊNCIAS) os principais 
alvos da doença são a aorta e as artérias coronárias e cerebrais, tendo como principais 
consequências o infarto do miocárdio, a isquemia cerebral e o aneurisma aórtico. Estudos têm 
sugerido duas fases interdependentes na evolução da doença aterosclerótica– a fase 
“aterosclerótica”, predomina a formação anatômica da lesão aterosclerótica sob a influência 
dos “fatores de risco aterogênicos” clássicos e que leva décadas para evoluir. 
Devido à sua história lenta e gradual, sua evolução geralmente não traz consigo manifestações 
clínicas dramáticas; – a fase trombótica, a influência dos “fatores de risco trombogênicos” 
determina a formação aguda de trombo sobre a placa aterosclerótica, fenômeno este 
diretamente ligado aos eventos agudos coronarianos, como infarto do miocárdio, angina 
instável e morte súbita. Manifestações agudas, como angina instável (AI) e o infarto agudo do 
miocárdio (IAM), são geralmente desencadeadas por desestabilização da placa aterosclerótica, 
com redução significativa e abrupta da luz do vaso devida à formação local do trombo. 
Sobretudo, constitui uma das principais colaboradoras para o desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares. A doença aterosclerótica é a principal representante dos processos 
patológicos cardiovasculares ligados ao envelhecimento, uma vez que se manifesta em 
indivíduos adultos, cuja incidência aumenta exponencialmente a partir dos 45 anos de idade. No 
entanto, alguns estudos detectaram a prevalência de placas ateroscleróticas superior a 40% nas 
autópsias de adultos jovens, sugerindo que o processo aterosclerótico ocorra precocemente. 
Além disso, Napoli et al. postulam que a aterosclerose pode iniciar na fase fetal, intra-uterina 
(podendo ser potencializada por hipercolesterolemia materna), progredir lentamente na 
adolescência e apresentar manifestações clínicas na idade adulta. Nas sociedades ocidentais, a 
aterosclerose é causa primária de 50% de todas as mortes relacionadas com infarto do 
miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). Contudo, países como a Groenlândia, Islândia e 
Japão têm baixa prevalência de aterosclerose, principalmente entre os esquimós, sugerindo 
uma forte relação com o estilo de vida, dieta e composição genética dos indivíduos 
O conhecimento da fisiopatologia desta doença tem evoluído desde o século passado, quando, 
em 1970, a ideia da existência de relação direta entre lipídeos e aterosclerose dominava o 
pensamento médico devido a estudos experimentais e clínicos demonstrando forte relação 
entre hiperlipidemia e formação de ateroma. Entretanto, atualmente as evidências científicas 
demonstram que os mecanismos envolvidos na gênese da doença aterosclerótica são 
extremamente complexos e envolvem a interação de componentes genéticos, ambientais e 
resposta inflamatória. 
3.(ETIOLOGIA) (AMÁBILE) A aterosclerose é causada pela combinação de múltiplos fatores 
(etiologia multifatorial e fatores de risco cardiovascular fatores 
genéticos, tabagismo, hipercolesterolemia, síndrome metabólica, diabetes 
mellitus, hipertensão, obesidade, hiper-homocisteinemia, sedentarismo. A estes acrescente-se 
outros fatores para os quais as evidencias costumam ser menos estritas: álcool, agentes 
infecciosos (especialmente Chlamydophila pneumonia), periodontite, algumas doenças 
inflamatórias crónicas como Doença pulmonar obstrutiva crónica, a artrite reumatoide, 
a doenças renais crónicas. A multiplicidade de possíveis agentes etiológicos e a longa evolução 
de décadas das lesões refletem-se na extrema complexidade do processo de formação 
patológica (patogênese). 
4.ETIOPATOGENIA 
4.1. LESÃO/INJÚRIA ENDOTELIAL (AMÁBILE) 
A lesão de células endoteliais é o pilar da hipótese da resposta à lesão. A perda endotelial 
decorrente de qualquer tipo de lesão — induzida experimentalmente por desnudamento 
mecânico, forças hemodinâmicas, deposição de imunocomplexos, irradiação ou produtos 
químicos — promove o espessamento da íntima; na presença de dietas ricas em lipídios, resulta 
na formação de ateromas típicos (Figura 1 quero dizer 9-10). No entanto, as lesões 
ateroscleróticas iniciais na espécie humana começam em locais intactos, mas com disjunção 
endotelial. A disjunção das células endoteliais apresenta aumento da permeabilidade e da 
adesão plaquetária, e alteração na expressão genética, sendo todos esses fatores contribuintes 
para o desenvolvimento da aterosclerose. Acredita-se que estímulos desencadeadores das 
lesões ateromatosas iniciais incluam hipertensão, hiperlipidemia, toxinas da fumaça do cigarro, 
homocisteínas e até mesmo agentes infecciosos. As citocinas inflamatórias (p. ex., fator de 
necrose tumoral [TNF]) também podem estimular a expressão gênica dos padrões 
proaterogênicos nas células endoteliais. Entretanto, as duas causas mais importantes de 
disjunção endotelial são os distúrbios hemodinâmicos e a hipercolesterolemia. 
 
 
4.2. RESPOSTA INFLAMATÓRIA (KAROL) 
A inflamação contribui para iniciação, progressão e complicação das lesões ateroscleróticas 
(Figura 2 quero dizer 1). Os vasos em condições normais não se ligam às células inflamatórias. 
No estágio da aterogênese, no entanto, ascélulas endoteliais disfuncionais expressam 
moléculas de adesão que promovem adesão leucocitária; a molécula de adesão de célula 
vascular I (VCAM-1), em particular, liga-se a monócitos e linfócitos T. Após a adesão no 
endotélio, os leucócitos migram para dentro da íntima sob a influência de quimiocinas 
produzidas localmente. 
•Os monócitos diferenciam-se em macrófagos e englobam avidamente as lipoproteínas, 
inclusive a LDL oxidada e pequenos cristais de colesterol. Os cristais de colesterol parecem ser 
importantes estimuladores da inflamação através da ativação do inflamassoma e subsequente 
liberação de IL-1. Macrófagos ativados também produzem espécies tóxicas de oxigênio que 
levam à oxidação da LDL e à síntese de fatores de crescimento que estimulam a atividade 
proliferativa das células musculares lisas. 
•Os linfócitos T são recrutados para a íntima e interagem com macrófagos, contribuindo para o 
estado de inflamação crônica. Entretanto, não está claro se as células T respondem a antígenos 
específicos (p. ex., antígenos virais ou bacterianos, proteínas de choque térmico [adiante] ou 
constituintes da parede arterial e lipoproteínas modificadas) ou se são inespecificamente 
ativados pelo ambiente inflamatório local. Todavia, as células T ativadas em lesões crescentes 
na íntima produzem citocinas inflamatórias (p. ex., INF-a), que podem estimular macrófagos, 
células endoteliais e musculares lisas. 
• Como consequência do quadro inflamatório crônico, os leucócitos ativados e a liberação de 
fatores de crescimento pelas células da parede vascular promovem a proliferação das células do 
músculo liso e a síntese de MEC. 
Atualmente, está estabelecido que a aterosclerose não é uma simples e inevitável consequência 
degenerativa do envelhecimento, mas uma condição inflamatória que pode ser convertida em 
um evento clínico e agudo ocasionado pela ruptura da placa e formação de trombos. A resposta 
inflamatória na aterogênese é mediada através de mudanças funcionais em células endoteliais 
(CEs), linfócitos T, macrófagos derivados de monócitos e células dos músculo liso. A ativação 
destas células desencadeia a elaboração e interação de um extenso espectro de citosinas, 
moléculas de adesão, fatores de crescimento, acúmulo de lipídeos e proliferação de células do 
músculo liso. Adicionalmente, a resposta inflamatória pode ser induzida pelo estresse oxidativo, 
principalmente à oxidação da LDL-c. 
 
 
Estas interações resultam em expressão e seleção de vários mediadores potenciais da formação 
de lesão vascular, tais como fatores de crescimento de endotélio vascular (VEGF), o fator de 
crescimento de fibroblastos (FGF), a interleucina1 (IL-1) e os fatores de transformação -α e -β 
(TGF-α, TGF-β). A IL-1, e os TGF-α e TGF-β podem inibir a proliferação endotelial e induzir a 
expressão genética secundária pelo endotélio de fatores de crescimento, como o fator de 
crescimento derivado de plaquetas (FCDP) e outros mediadores potenciais da formação de lesão 
vascular. O TGF-β também induz a síntese de tecido conjuntivo pelo endotélio. Além disso, as 
células endoteliais produzem fatores estimulantes de colônias de macrófagos (M-CSF), fatores 
estimulantes de colônias de macrófagos-granulócitos (GM-CSF) e LDL-ox, que são mitogênicos e 
fatores ativadores dos macrófagos adjacentes. As células endoteliais também fornecem fatores 
quimiotáxicos potentes que afetam a quimiotaxia dos leucócitos, incluindo a LDL-ox e a 
proteína-1 quimiotáxica dos monócitos (MCP-1), além de modular o tônus vasomotor através 
da formação de óxido nítrico (ON), prostaciclina (PGI2) e endotelinas. 
4.3. FORMAÇÃO DA PLACA ATEROSCLERÓTICA (KAROL) 
As principais características dessas lesões são espessamento da íntima e acúmulo de lipídios. 
As placas ateromatosas são lesões elevadas branco-amareladas, com diâmetro variando de 0,3-
1,5 cm, que podem coalescer e formar massas maiores. O trombo sobreposto sobre uma placa 
ulcerada apresenta coloração vermelho-acastanhada. 
As placas ateroscleróticas são irregulares, geralmente envolvem apenas uma parte de 
determinada parede arterial; no corte transversal, portanto, parecem ser “excêntricas”.A 
localização das placas pode estar relacionada com a variabilidade hemodinâmica vascular. 
Desequilíbrios do fluxo local, como turbulência em pontos de ramificação, favorecem a 
formação de placas em determinadas partes da parede do vaso. Em ordem decrescente, os 
vasos mais extensamente acometidos são a aorta abdominal infrarrenal, as artérias coronárias, 
poplíteas, carótidas internas e os vasos do círculo de Willis. Em um mesmo paciente, a 
aterosclerose é frequentemente mais grave na aorta abdominal do que na torácica. Vasos das 
extremidades superiores em geral são poupados, assim como as artérias mesentéricas e renais, 
exceto nos seus óstios. No entanto, em um caso individual, a intensidade da aterosclerose em 
uma artéria não prevê a sua intensidade em outra. Além disso, em qualquer vaso, as lesões, 
muitas vezes, podem coexistir em diferentes estágios. 
As placas ateroscleróticas apresentam três componentes principais: 
(1) células, incluindo as células musculares lisas, macrófagos e células T; 
(2) matriz extracelular, incluindo colágeno, fibras elásticas, proteoglicanos; 
(3) lipídios intra e extracelulares. 
 A proporção e a configuração de cada componente variam de lesão a lesão. Mais comumente, 
as placas possuem cápsula fibrosa superficial composta por células musculares lisas (CML) e 
colágeno relativamente denso. O local de interação da cápsula com a parede do vaso (o 
“ombro”) é mais celularizado e contém macrófagos, células T e células musculares lisas. 
Profundamente à cápsula fibrosa, há um centro necrótico contendo lipídios (principalmente 
colesterol e ésteres de colesterol), restos necróticos, macrófagos repletos de lipídios (células 
espumosas) e células musculares lisas, fibrina, trombo com formação variável e outras proteínas 
do plasma. O colesterol extracelular, frequentemente, assume a forma de agregados cristalinos, 
que são removidos durante O processamento tecidual de rotina, sendo caracterizados como 
“fendas de colesterol”. A periferia das lesões apresenta neovascularização (proliferação de 
pequenos vasos sanguíneos). A profundidade da placa na média pode ser atenuada e exibir 
fibrose secundária à perda ou atrofia muscularlisa. 
Os ateromas típicos contêm lipídios em abundância, mas algumas placas são compostas quase 
exclusivamente por células musculares lisas e tecido conjuntivo fibroso. 
As placas, em geral, continuam a mudar e aumentar de volume progressivamente através da 
degeneração e morte celular, síntese e degradação da MEC (remodelação), e organização de 
trombo. Acrescido a isso, os ateromas costumam sofrer calcificação (Figura 3 quero dizer 9-13). 
 
 
 
4.3.1. CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS (KAROL) 
Inicialmente formam-se “faixas gordurosas” elevadas na superfície, que se coram em laranja 
vivo pelo Sudam IV. Posteriormente, essas faixas se avolumam tornando-se placas 
arredondadas, ovais ou irregulares (tipo “mapa geográfico”), salientes, moles e brancas 
amareladas ou rígidas, brancas e fibrosas. 
Ao corte, apresentam uma coleção central de material mole granular e gorduroso. Podem 
também ocorrer as “lesões complicadas” (hemorragia intra ateromatosa com distensão da placa 
ateromatosa, com consequente isquemia súbita e infarto, ulceração endotelial, com 
microembolia e trombogênese, calcificação e aneurismas). 
4.3.2. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS (KAROL) 
Geitz et al. (1969) demonstraram que as células musculares lisas (leiomiócitos) da túnica íntima 
são capazes de sintetizar colágeno e fibras elásticas (como os fibroblastos) e de fagocitar lípides 
de ateroma (como os macrófagos), razão pela qual as chamou de “células mioíntimas ou 
mesenquimaispotenciais”. 
Inicialmente ocorre acúmulo progressivo de lípides nas células mioíntimas (então chamadas 
“lipófagos” ou “células esponjosas”) e ao longo das fibras elásticas da limitante elástica interna. 
Posteriormente ocorre fibroplasia (talvez devido á necrose das células carregadas de lípides, que 
liberam radicais ácidos) com o envolvimento da massa gordurosa e das células esponjosas por 
uma capa conjuntiva vascularizada, onde se observam por vezes grânulos de hemossiderina e 
deposição progressiva de cálcio (grânulos basófilos). 
Os grandes ateromas destroem as limitantes elásticas internas, com infiltração e compressão 
ateromatosa nas camadas médias que se hipertrofiam (perda de fibras elásticas e musculares e 
fibrose). Nas adventícias ocorrem fibrosamento e infiltração linfocitária. 
(SLIDE) Características Macroscópicas = os vasos afetados apresentam-se espessos, firmes e de 
coloração branco amarelada. 
Características Microscópicas = o citoplasma das fibras musculares lisas apresenta gotículas de 
lipídeos e há presença de grande quantidade de macrófagos nas camadas íntima e média da 
parede vascular. 
 
5.SINTOMAS (VICTOR)) 
5.1. CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS DA ATEROSCLEROSE 
As grandes artérias elásticas (p. ex., aorta, carótida e artérias ilíacas) e as médias e grandes 
artérias musculares (p. ex., coronárias, artérias renais e poplíteas) são os vasos mais comumente 
afetados por aterosclerose. Consequentemente, é mais provável que a aterosclerose apresente 
sinais e sintomas relacionados com a isquemia no coração, cérebro, rins e membros inferiores. 
Infarto do miocárdio (ataque cardíaco), acidente vascular cerebral 
(AVC), aneurismas da aorta e doença vascular periférica (gangrena das extremidades) são as 
principais consequências clínicas da aterosclerose. 
Os resultados dos principais aspectos fisiopatológicos dependem do tamanho dos vasos 
acometidos, do tamanho e estabilidade das placas e do grau de oclusão na parede dos vasos 
(figura 4 quero dizer 9-14) 
 
 
• A oclusão dos pequenos vasos pode comprometer a perfusão dos tecidos. 
• A ruptura da placa aterosclerótica libera restos celulares, que podem evoluir para um quadro 
de trombose vascular aguda (muitas vezes catastrófico) ou de embolização distal (por 
destaque do trombo). 
• A destruição da parede vascular subjacente pode levar à formação de aneurismas, com ruptura 
secundária e/ou trombose. 
 
6.EPIDEMIOLOGIA (VICTOR) 
 
A aterosclerose é uma doença praticamente onipresente entre as nações mais desenvolvidas, 
sendo menos prevalente nas Américas Central e do Sul, África e partes da Ásia. A taxa de 
mortalidade para a DIC nos Estados Unidos está entre as mais altas do mundo, 
aproximadamente cinco vezes superior à do Japão. Todavia, a DIC está aumentando no Japão; 
atualmente, é a segunda principal causa de morte no país. Além disso, emigrantes japoneses 
que vão para os Estados Unidos e adotam o estilo de vida americano e seus costumes 
alimentares adquirem o mesmo risco para a aterosclerose que a população nativa, enfatizando 
a importância do papel etiológico dos fatores ambientais. A prevalência e a severidade da 
aterosclerose e da DIC foram correlacionadas com numerosos fatores de risco em diversas 
análises prospectivas (p. ex., Framingham Heart Study), alguns fatores constitucionais (e, 
portanto, menos controláveis) e outros adquiridos ou relacionados a comportamentos 
modificáveis. Esses fatores de risco têm efeitos multiplicativos significativos. Dessa forma, a 
presença de dois fatores de risco aumenta a chance de infarto do miocárdio em quatro vezes, e 
de três (p. ex., hiperlipidemia, hipertensão e tabagismo), a taxa 
aumenta em sete vezes. 
 
6.1. FATORES DE RISCO (VICTOR) 
6.1.1. CONSTITUCIONAIS 
•. Genéticos. Os antecedentes familiares são o principal fator de risco independente para 
aterosclerose. Determinados distúrbios mendelianos são fortemente associados à aterosclerose 
(p. ex., hipercolesterolemia familial), mas esses representam apenas uma pequena 
porcentagem dos casos. O maior risco associado aos antecedentes familiares está relacionado 
com as características poligênicas, altamente vinculadas à aterosclerose, como hipertensão e 
diabetes, bem como outros polimorfismos genéticos. 
• Idade. As lesões da aterosclerose geralmente permanecem clinicamente silenciosas até que o 
indivíduo alcance a meia idade ou mais tarde. Logo, a incidência de infarto do miocárdio 
aumenta cinco vezes entre as idades de 40-60 anos. A taxa de mortalidade para a DIC se eleva 
sucessivamente a cada década. 
• Gênero. Ao se igualar aos outros fatores de risco, as mulheres no período de pré-menopausa 
são relativamente protegidas contra a aterosclerose (e suas consequências) quando 
comparadas a homens de mesma faixa etária. Desse modo, o infarto do miocárdio e outras 
complicações da aterosclerose são incomuns em mulheres em pré-menopausa na ausência de 
outros fatores predisponentes como diabetes, hiperlipidemia ou hipertensão severa. Após a 
menopausa, contudo, a incidência de doenças relacionadas à aterosclerose aumenta e, com o 
avanço da idade, o risco do infarto é maior do que em homens. Embora o efeito protetor do 
estrógeno tenha sido proposto para explicar as diferenças sexuais, estudos clínicos falharam em 
demonstrar qualquer benefício da terapia hormonal para a prevenção da doença vascular. Na 
verdade, a reposição hormonal do estrógeno pós-menopausa parece aumentar o risco de 
doença cardiovascular. Além da aterosclerose, o gênero também afeta alguns fatores que 
podem influenciar as consequências da DCI, como hemostasia, cura do infarto do miocárdio e 
remodelação do miocárdio. 
6.1.2. MODIFICAVÉIS 
• Hiperlipidemia — e, mais especificamente, hipercolesterolemia — é o fator de risco essencial 
para o desenvolvimento da aterosclerose e é suficiente para induzir lesões na ausência de outros 
fatores de risco. O principal componente do colesterol associado ao aumento do risco é o 
colesterol com lipoproteína de baixa densidade (LDL) (“mau colesterol”); a LDL é a forma de 
colesterol distribuída nos tecidos periféricos. Contrariamente, a lipoproteína de alta densidade 
(HDL) (“bom colesterol”) mobiliza as placas de colesterol em desenvolvimento e transporta ao 
fígado para a excreção biliar. Consequentemente, os maiores níveis de HDL estão 
correlacionados com menores riscos de aterosclerose. O conhecimento de tais relacionamentos 
estimulou o desenvolvimento de abordagens dietéticas e farmacológicas que reduzem o 
colesterol sérico total ou LDL e/ou levantam a HDL sérica, conforme a seguir: 
 O alto consumo de colesterol e gorduras saturadas na dieta (presentes na gema do ovo, 
gordura animal e manteiga, por exemplo) eleva os níveis plasmáticos de colesterol. 
Inversamente, a dieta com baixo teor de colesterol e/ou com proporções mais elevadas de 
gorduras poli-insaturadas reduzem os níveis plasmáticos de colesterol. 
 Os ácidos graxos ômega-3 (abundantes em óleos de peixe) são benéficos, enquanto as 
gorduras insaturadas (trans) produzidas por hidrogenação artificial de óleos poli-insaturados 
(utilizados em produtos de panificação e na margarina) afetam adversamente os perfis de 
colesterol. 
 O exercício e o consumo moderado de etanol elevam os níveis de HDL, ao passo que a 
obesidade e o tabagismo os reduzem. 
 As estatinas são uma classe de medicamentos largamente utilizados que reduzem os níveis de 
colesterol circulantes por inibirem a hidroximetilglutaril coenzima A (HMGCoA) redutase, a 
enzima limitante da biossíntese hepática do colesterol. 
• A hipertensão é outro fator de risco importante para o desenvolvimento da aterosclerose. Por 
si mesma, a hipertensão aumenta em aproximadamente 60% o risco de DCI. A hipertensão 
também é a principal causade hipertrofia ventricular esquerda (HVE), que contribui para a 
isquemia do miocárdio. 
• O tabagismo é um fator de risco bem estabelecido em homens, e provavelmente contribui 
para o aumento da incidência e severidade da aterosclerose em mulheres. O tabagismo 
prolongado (anos) de um maço ou mais de cigarro por dia duplica a taxa de mortalidade 
relacionada com a DIC, enquanto a interrupção do hábito reduz o seu risco. 
• O diabetes melito está associado à elevação dos níveis circulantes de colesterol e aumenta 
significativamente o risco da aterosclerose. Permanecendo outros fatores constantes, a 
incidência do infarto do miocárdio é duas vezes maior em pacientes diabéticos do que em não 
portadores da doença. Adicionalmente, essa patologia está relacionada com o risco elevado de 
acidente vascular cerebral e com o aumento de 100 vezes na chance de os membros inferiores 
sofrerem gangrena induzida por aterosclerose. 
6.1.3. ADICIONAIS 
Aproximadamente 20% dos eventos vasculares ocorrem na ausência de fatores de risco 
identificáveis. Por exemplo, em mulheres previamente saudáveis, mais de 75% dos eventos 
cardiovasculares ocorrem naquelas com níveis de LDL inferiores a 160 mg/dl (um valor de corte 
considerado de baixo risco). Outros fatores de risco que contribuem são descritos a seguir: 
• Inflamação. As células inflamatórias estão presentes em todas as etapas da formação da placa 
de ateroma e são intimamente relacionadas com a progressão e a ruptura da placa (discussão 
adiante). Com o melhor reconhecimento da participação da inflamação nesse processo, a 
avaliação da inflamação sistêmica tornou-se importante na estratificação do risco global. 
Embora vários marcadores da inflamação sistêmica se correlacionem com o risco de DCI, a 
proteína C reativa (PCR) emergiu como um dos mais simples e mais sensíveis. 
• Níveis de PCR. A PCR é um membro da família da pentraxina, sintetizada na fase aguda, 
principalmente pelo fígado, em resposta a uma variedade de citocinas inflamatórias. 
Localmente, a PCR é secretada por células dentro das placas ateroscleróticas, podendo ativar as 
células endoteliais, aumentando a sua adesividade e induzindo um estado protrombótico. Sua 
importância clínica está no seu valor como biomarcador circulante: os níveis de PCR predizem 
forte e independentemente o risco de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, doença 
arterial oclusiva periférica, morte cardíaca súbita, mesmo entre indivíduos aparentemente 
saudáveis. Embora não haja evidências diretas de que a diminuição da PCR diminui o risco de 
doença cardiovascular, é importante notar que a PCR é reduzida pelo abandono do tabagismo, 
perda de peso e exercício físico. Ademais, as estatinas reduzem os níveis de PCR 
independentemente dos seus efeitos redutores sobre a LDL-colesterol, sugerindo a ação anti-
inflamatória desse agente. 
• Hiper-homocisteinemia. Níveis séricos de homocisteína foram correlacionados com 
aterosclerose coronariana, doença vascular periférica, acidente vascular cerebral e trombose 
venosa. A homocistinúria causada por erros inatos raros do metabolismo eleva a circulação de 
homocisteína (superior a 100 mmol/L) e está associada ao aparecimento precoce de doença 
vascular. Os níveis elevados de homocisteína podem ser causados pelo baixo consumo de folato 
e vitamina B12, no entanto, a ingestão suplementar dessas vitaminas não afeta a incidência de 
doença cardiovascular. 
• Síndrome metabólica. A síndrome metabólica está associada à obesidade central, entidade 
clínica caracterizada por resistência à insulina, à hipertensão, à dislipidemia (LDL elevada e HDL 
reduzida), à hipercoagulabilidade, e ao estado inflamatório, que pode ser desencadeada por 
liberação de citocinas dos adipócitos. A dislipidemia, a hiperglicemia e a hipertensão são fatores 
de risco para doenças cardíacas; por outro lado, a hipercoagulabilidade sistêmica e o estado pró-
inflamatório podem contribuir para a disfunção endotelial e/ou trombose. 
• Níveis de lipoproteína (a). A lipoproteína (a) é uma partícula semelhante à LDL que contém 
apolipoproteína B-100 ligada à apolipoproteína A. Os níveis de lipoproteína (a) estão 
correlacionados com o risco de doenças coronarianas e cerebrovasculares, independentemente 
dos níveis de colesterol total ou LDL. 
•Os níveis elevados de pró-coagulantes são potentes preditores de risco para os principais 
eventos cardiovasculares. A ativação excessiva da trombina, a qual inicia o processo inflamatório 
através da clivagem dos receptores ativados por protease (PARs) em leucócitos, endotélio e 
outras células, pode ser particularmente aterogênica. 
• Outros fatores associados à dificuldade de quantificar os riscos incluem a falta de exercício 
físico e o estilo de vida estressante e competitivo (“personalidade tipo A”). 
7. PREVENÇÃO E TRATAMENTO (HENRIQUE) 
Intervenções preventivas são de grande valia para que aterosclerose não venha a ocorrer, como 
mudanças em hábitos alimentares (diminuir o consumo de lipídios na dieta), ou parar com o 
tabagismo, pois suas toxinas atuam na disfunção endotelial. Medidas preventivas associadas a 
diabetes e hipertensão também se aplicam, assim como outras síndromes metabólicas, como 
dislipidemia (LDL elevada e HDL reduzida), e, inclusive, o estado inflamatório, pois determinadas 
citocinas liberadas no processo, por vezes, a depender de seus níveis (geralmente elevados), 
também favorecem a disfunção endotelial. De maneira mais específica, o monitoramento dos 
níveis de PCR, os níveis séricos de homocisteína, de lipoproteínas, e pró- coagulantes também 
auxiliam na prevenção da aterosclerose, de modo que, quando elevados, favorecem a sua 
ocorrência. 
E de maneira semelhante, algumas das medidas tomadas na prevenção contribuem e 
correlacionam para o tratamento, como o devido controle nos lipídios da dieta, sendo que 
alguns podem ser benéficos para o organismo, como o caso de colesterol e gorduras saturadas 
na dieta, (estes encontrados na gema do ovo, gordura animal ou manteiga), que agem 
aumentando os níveis plasmáticos de colesterol, ou os ácidos graxos ômega-3, que são 
abundantes em óleos de peixe. A prática de exercícios também pode ser um fator tanto de 
prevenção quando de certa forma, a depender do grau, de tratamento, pois eleva os níveis de 
HDL - colesterol, este que é essencial para a mobilização das placas de colesterol em 
desenvolvimento para o fígado onde ocorrerá sua excreção biliar. 
 Quanto a medicamentos, as estatinas são uma classe largamente utilizadas na redução 
dos níveis de colesterol circulantes por meio da inibição da enzima hidroximetilglutaril coenzima 
A (HMG-CoA) redutase, que limita a biossíntese hepática do colesterol. Um exemplo de fármaco 
pertencente a essa classe é a rosuvastatina cálcica, que reduz os níveis de colesterol total, LDL –
colesterol, e triglicerídeos elevados; aumenta o HDL – colesterol em pacientes com 
hipercolesterolemia primária (familiar heterozigótica e não familiar) e dislipidemia mista (níveis 
elevados ou anormais de lipídios no sangue); também é utilizada no tratamento da 
hipertrigliceridemia isolada, e reduz o LDL – colesterol em pacientes com hipercolesterolemia 
familiar homozigótica. 
 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS (HENRIQUE) 
A aterosclerose é uma lesão na camada íntima composta por cápsula fibrosa e núcleo 
ateromatoso (literalmente, “semelhante a mingau”), que deixou de ser vista como uma doença 
de lipídeos para ser estudada como um processo dinâmico e progressivo oriundo da disfunção 
endotelial e de inflamação. Múltiplas interações entre plaquetas, linfócitos T, macrófagos, 
células do músculo liso, moléculas de adesão e componentes genéticos têm sido documentadas 
e provavelmente promovam o ambiente deinflamação e crescimento necessários para provocar 
injúria endotelial. Este processo é propagado pelo aumento de transporte por transcitose da LDL 
para a camada íntima, verificando-se o acúmulo dessas lipoproteínas, tanto na forma nativa 
quanto na oxidada, iniciando a formação da placa de ateroma. As placas ateroscleróticas se 
desenvolvem e crescem lentamente durante décadas, sendo que as placas estáveis podem pro-
duzir sintomas relacionados com a isquemia crônica por estreitamento dos vasos, enquanto 
placas instáveis podem causar complicações isquêmicas drásticas e potencialmente fatais 
relacionadas com ruptura aguda da placa, trombose ou embolização. As evidências científicas 
sugerem que a disfunção endotelial ocorre bem antes das manifestações clínicas das alterações 
vasculares estruturais, provocadas pela aterosclerose e que a avaliação clínica da disfunção 
endotelial pode servir como preditor de eventos cardiovasculares, sendo um marcador da 
atividade da doença aterosclerótica. Portanto, o entendimento da biologia básica da inflamação 
na aterosclerose proporcionaria um melhor suporte clínico que poderia alterar o caminho da 
prática da medicina preventiva e propiciar benefícios para a saúde pública. 
(SLIDE) CURIOSIDADE É uma patologia vascular de maior importância em humanos, sendo 
responsável pelos infartos do miocárdio e cerebral. Raramente causa distúrbios circulatórios nos 
animais e somente o suíno, o coelho e as aves são susceptíveis. Por isso, os animais dessas 
espécies são utilizados experimentalmente para pesquisas de patogênese e da terapia adequada 
para pacientes humanos portadores de aterosclerose. Nesses animais, a doença é produzida 
experimentalmente, através da administração de dietas ricas em colesterol. Os suínos e as aves 
com idade avançada também podem apresentar o problema espontaneamente. 
9.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (HENRIQUE) 
KUMAR, V.; ABBAS, A. Robbins - Patologia Básica. 9ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. p. 335-342. 
Endotélio e aterosclerose Luciana Bahia1 , Luis Guilherme Kraemer Aguiar1 , Nivaldo Ribeiro 
Villela2 , Daniel Bottino3 , Eliete Bouskela4 Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
Fisiopatologia e aspectos inflamatórios da aterosclerose Physiopathology and inflammatory 
aspects of atherosclerosis MARIA G.V. GOTTLIEB GISLAINE BONARDI EMÍLO H. MORIGUCHI. 
Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v. 15, n. 3, jul./set. 2005 
Aterosclerose, uma resposta inflamatória Atherosclerosis, an inflammatory response Camila R. 
Corrêa-Camacho1 ; Luciane A. Dias-Melicio2 ; Ângela M.V.C. Soares2 1 Departamento de Clínica 
Médica, Faculdade de Medicina*; 2 Departamento de Microbiologia e Imunologia, Instituto de 
Biociências* *UNESP Botucatu/SP

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