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RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS-FUPAC 
Rua Carmita Monteiro, S/N - Chácara D. Euzébia-Leopoldina / M.G. Fone: (32) 3441-4293 E-mail: 
fapac@fapacleopoldina.com.br 
 
 
ADRIANA BARBOSA 
HUGO FERNANDES 
MARIANA ANDRADE 
PATRICIA CAMPOS 
TATIANE DE OLIVEIRA 
 
 
 AVALIAÇÃO DAS TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS 
DEGRADADAS CAUSADA PELA VOÇOROCA NO DISTRITO DE 
PIACATUBA-MG 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leopoldina –MG 
2018 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS-FUPAC 
Rua Carmita Monteiro, S/N - Chácara D. Euzébia-Leopoldina / M.G. Fone: (32) 3441-4293 E-mail: 
fapac@fapacleopoldina.com.br 
 
 
ADRIANA BARBOSA 
HUGO FERNANDES 
MARIANA ANDRADE 
PATRÍCIA CAMPOS 
TATIANE DE OLIVEIRA 
 
 
 AVALIAÇÃO DAS TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS 
DEGRADADAS CAUSADA PELA VOÇOROCA NO DISTRITO DE 
PIACATUBA-MG 
 
 
Trabalho referente à disciplina de Recuperação de 
Áreas Degradadas da Fundação Antônio Carlos – 
FUPAC, do curso de Engenharia Ambiental e 
Sanitária, orientado pelo Professor José Márcio 
Gonçalves Lima, realizada pelos alunos Adriana 
Barbosa ,Hugo Fernandes ,Mariana Andrade, 
Patrícia Campos e Tatiane de Oliveira. 
 
 
 
Leopoldina –MG 
2018 
 
 
 
RESUMO 
 As voçorocas representam um impacto socioambiental capaz de trazer sérios prejuízos, 
desde o desequilíbrio de ecossistemas até grandes perdas econômicas, uma vez que uma 
das principais consequências desse processo erosivo é a grande perda de massa de solo. O 
presente projeto teve como área de atuação a voçoroca localizada na estrada que liga 
Piacatuba / Argirita à 1,36 km do distrito de Piacatuba e à 23,76 km do município de 
Leopoldina – MG. O projeto buscou-se um melhor conhecimento a respeito do 
funcionamento da voçoroca: quais são seus mecanismos de formação, qual o papel da ação 
do homem no que diz respeito ao agravamento da degradação da área, quais os possíveis 
métodos a serem utilizados visando à recuperação da área degradada, mediante o uso de 
medidas físicas e vegetacionais. 
 
 1. INTRODUÇÃO 
 A erosão é o processo de desprendimento e arraste acelerado das partículas do solo 
causado pela água ou pelo vento. Os processos erosivos são causados por forças ativas, 
estas, relacionadas com as chuvas, declividade do terreno e capacidade de absorção de 
água do solo, e por forças passivas, como a resistência que exerce o solo à ação erosiva da 
água e a densidade da cobertura vegetal (BERTONI & LOMBARDI NETO, 2010). 
 A ausência de vegetação de uma determinada área deixa-a exposta à erosão. Após 
um longo período de precipitação, acaba-se gerando um fluxo de sedimentos que podem 
originar sulcos, e se tal processo for contínuo e provocar um incessante aprofundamento do 
solo, pode-se chegar ao nível de uma voçoroca. (FURTADO et al., 2006). 
 Erosões do tipo voçorocas podem chegar a vários metros de comprimento e de 
profundidade, suas dimensões e a extensão dos danos que podem causar estão intimamente 
relacionados com o clima, topografia do terreno, gênese do solo, forma de manejo e classe 
de solo. (FERREIRA et al., 2007). 
 
 2. OBJETIVO 
 A voçoroca a ser analisada encontra-se num estágio de crescimento acentuado. 
Este trabalho teve como objetivo discutir a formação, bem como as principais medidas 
preventivas e corretivas para conter o avanço dessa voçoroca. 
 
 
 
 
 
3. ESTUDO DA ARTE 
 A erosão podem ser divididos em dois grandes grupos: de ordem natural, como os 
tipos de solos, a intensidade e quantidade de chuvas, as características das encostas e a 
cobertura vegetal. De um modo geral, mesmo acontecendo erosão em terras não cultivadas, 
ela geralmente não é tão intensa, quanto nas áreas com agricultura e pecuária, onde o uso 
inadequado do solo, sem práticas conservacionistas, causa quase sempre ravinas e 
voçorocas, alem do que chamamos de erosão laminar, que pode retirar muitas toneladas de 
solo por hectar, comprometendo a fertilidade natural dos solos, tornando pobres e quase 
estéreis (GUERRA, 1999). 
 Com bases em uma revisão de literatura feita a partir do plano de saneamento básico 
do município de Leopoldina-MG, obtivemos as seguintes informações de clima, relevo, 
geomorfologia, geologia, vegetação, florestas nativas e atividades antrópicas daquela região. 
 A principal característica da paisagem é a presença de um relevo fortemente ondulado 
e montanhoso, com morros em meia laranja, resultantes da dissecação fluvial (SOARES, 
2011 et. al. apud NUNES et. al., 2001). 
 O clima de Leopoldina é do tipo tropical , segundo (Köppen,1948) com temperatura 
média anual em torno de 21 °C, invernos secos e amenos e verões chuvosos 
com temperaturas moderadamente altas. 
 A precipitação média anual é de 1.307 mm. As maiores precipitações são registradas 
no período de outubro a março, sendo os meses de inverno marcados pela estiagem. Na 
média, julho é o mês mais seco, quando ocorrem apenas 14,2 mm, e dezembro o mês mais 
chuvoso, cuja média fica em 277,1 mm. 
 Sabendo-se dos impactos negativos causados pelas voçorocas, se faz necessário um 
estudo e utilização de técnicas para a recuperação do ambiente degradado. Para ser realizada 
uma eficaz recuperação de áreas onde ocorrem voçorocas, ainda segundo a EMBRAPA 
(2006) é necessário que haja o isolamento da área afetada, realizando uma análise química e 
textural do solo do local para se conhecer sua fertilidade e textura. 
A utilização de espécies nativas visando à reabilitação de áreas é uma das melhores 
alternativas. De acordo com Angelis Neto, Angelis e Oliveira (2004, p. 69), a vegetação é 
um elemento estabilizador do processo, podendo ser usada como uma medida biológica e 
como uma medida física, ou seja, servindo como uma barreira natural. 
 Outras técnicas proposta para a recuperação da área degradada pela voçoroca, é a 
construção de terraços com intuito da redução da velocidade da água da chuva, o uso de 
biomanta para proteção do solo, e o uso de paliçada para retenção de sedimentos escoados. 
 
 
 
4. METODOLOGIA 
 A voçoroca está localizada na estrada que liga Piacatuba / Argirita à 1,36 km do 
distrito de Piacatuba e à 23,76 km do município de Leopoldina – MG. 
De acordo com o levantamento realizado na área de atuação do projeto, foi observado as 
seguintes características do local: região de clima tropical, relevo montanhoso, solo argilo 
arenoso em processo de intemperismo susceptível a erosão e declividade acentuada. 
 
 
Figura 1. Localização via satélite do Distrito de Piacatuba-MG 
Fonte: Google Maps 
 
 
 
 
Figura 2. Foto via satélite da voçoroca 
Fonte: Google Maps 
 
4.1 Características Geográficas da Região 
 O Município de Leopoldina pertence à Região da Zona da Mata, especificamente 
na Microrregião de Cataguases. O nome da região de Zona da Mata Mineira foi atribuído em 
virtude da fisionomia da vegetação natural, hoje praticamente inexistente em consequência 
do processo de ocupação marcado, sobretudo no seu início, pela forte atividade agrária que 
propiciou uma devastação da mata primária de maneira generalizada (SOARES, 2011 et al 
apud VALVERD, 1958; MARCHI et. al., 2005). 
 Destacam-se as bacias dos rios Paraíba do Sul e Doce, que influenciaram 
decisivamente no modo de ocupação da área guiado pela orientação dos vales fluviais. 
Leopoldina possui uma área territorial de 943,076km² (IBGE, 2010), constituído de 6 
distritos, em divisão territorial feita em 1963, sendo eles: Leopoldina (sede),Abaíba, 
Piacatuba, Providência, Ribeiro Junqueira e Tebas. Suas coordenadas geográficas são 21° 
31' 12” latitude sul e 42° 38' 43" longitude oeste. Possui altitude média de 250 metros do 
nível do mar (Cidade Brasil, 2016). 
 
 
 
 As principais rodovias que dão acesso a Leopoldina são as BR – 116 e BR – 120, 
conforme pode ser visualizado na Figura 1 (DER – MG). 
A rodovia que dá acesso ao distrito de Piacatuba é a BR- 120 altura do quilometro 15, suas 
coordenadas geográficas são 21º 29’ 9’' latitude sul e 42º 47’ 13’’ longitude oeste. 
 
Figura 3. Principais rodovias de acesso a Leopoldina-MG 
Fonte:DER-MG 
 
 4.2 Características Demográficas 
 A população total recenseada, em ano 2018 no Distrito de Piacatuba-MG, foi de 
2334 habitantes (Secretaria Municipal de Saúde de Leopoldina-MG). 
 
 4.3 Condições Climáticas do Município e da Região e dados Fisio-
Hidrotopográficos 
 Levando em consideração a classificação climática realizada por Köppen (1948), o 
Município de Leopoldina, que é o Cfa (clima subtropical, com verão quente), caracteriza-se, 
segundo a EMBRAPA, pela presença de temperaturas superiores a 22ºC, no verão e com 
mais de 30 mm de chuva no mês mais seco. Os dados climáticos de um município são 
considerados consolidados quando sua coleta perdura por, pelo menos, 30 anos. O gráfico 5 
abaixo apresenta as médias de precipitação por mês, em todos os meses do ano e no 
horizonte de 30 anos. 
 
 
 
 
Figura 4. Gráfico sobre a precipitação x mês de Leopoldina-MG no período de 30 anos 
Fonte: Clima Tempo 
 
 A compilação dos 30 anos de dados da estação de Leopoldina, demonstra que os 
meses mais chuvosos, na história do Município, são Janeiro e Dezembro, com médias de 
precipitação de 247 mm e 298 mm, respectivamente. 
 4.4 Relevo e tipo de Formação Geológicas 
 Ao realizar análise dos mapas de hipsometria e declividade do Município de 
Leopoldina, percebe-se que o território é bem recortado, com índices de altitude que variam 
de 0% a 3%, considerado como áreas planas, até 45%, sendo considerado relevo 
montanhoso. Ao juntar as informações relacionadas à localização do núcleo urbano de 
Leopoldina com os locais mais planos do município, verifica-se que esta área se localiza na 
parte mais baixa da extensão territorial. 
 A predominância no relevo de Leopoldina é de formações com leve ondulação até as 
formações montanhosas. As altitudes no município variam entre 123 metros a 769 metros. 
 
 
 
 
Figura 5. Declividade do Município de Leopoldina-MG 
Figura 6. Hipsometria do Município de Leopoldina-MG 
Fontes: DPZ- Gestão Ambiental 
 
 No que diz respeito à formação geomorfológica do Município de Leopoldina é 
caracterizada pela presença de depressões, escarpas e reversos. A figura expõe o tipo de 
solo predominante no Município de Leopoldina, que é o Latossolo Vermelho - Amarelo 
Distrófico. 
 
 
 
 
Figura 7. Geomorfologia do Município de Leopoldina-MG 
Figura 8. Pedologia do Município de Leopoldina-MG 
Fontes: DPZ- Gestão Ambiental 
 
 De acordo com a classificação da Agência EMBRAPA de Informação Tecnológica, os 
Latossolos Vermelho-Amarelos são profundos, porosos e propiciam a condição ideal para 
o desenvolvimento das raízes em profundidade. 
 O Latossolo Vermelho-Amarelos está presente em diversas localidades pelo território 
nacional, sempre em extensas áreas, que apresentam relevo plano, suave ondulado ou 
ondulado. Essas áreas apresentam boa capacidade de drenagem, profundidade e 
uniformidade de textura e cor. 
 O solo recebe uma terceira classificação da EMBRAPA, visando especificar ainda 
mais o tipo de solo presente em determinada área. No caso do Município de Leopoldina, o 
Latossolo Vermelho-Amarelo que predomina é distrófico, que apresenta baixa fertilidade. 
Os componentes que determinam os tipos de solo juntamente com o relevo e declividade 
que compõem o território trabalhado geram o quadro físico e determinam as variantes a 
serem trabalhadas, definidas como obstáculos ou não. 
 
 
 
 4.5 Vulnerabilidade á Erosão 
 A erosão pode estar associada a inúmeros fatores, podendo gerar vários níveis de 
degradação e tornando uma área vulnerável e restrita a inúmeras atividades. Em termos 
qualitativos, as classes de vulnerabilidade à erosão, variam de muito baixa a muito alta. O 
trecho mineiro da Bacia do Rio Paraíba do Sul é o que apresenta menor área ocupada pelas 
classes de muito alta e alta vulnerabilidade à erosão, estando a maior parte da região (90%) 
compreendida pelas classes de média e baixa vulnerabilidade. Essa condição é determinada 
principalmente pelo relevo, que se apresenta de fraco a moderado na maior parte da bacia, 
tendendo a reduzir o efeito da erodibilidade natural dos solos, onde predominam os 
latossolos vermelho-amarelos, que apresentam média vulnerabilidade à erosão. 
 4.6 Características Hidrológicas dos cursos d’água e características quantitativas 
e qualitativas dos mananciais e usos dos diversos dos recursos hídricos no município 
 Leopoldina faz parte da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. De acordo com 
o CEIVAP (2006), a bacia possui área de drenagem com cerca de 60.000 km², se 
estendendo a outras unidades federativas.O Rio Paraíba do Sul é formado pela união dos 
rios Paraibuna e Paraitinga, e o seu comprimento, calculado a partir da nascente do 
Paraitinga, é de mais de 1.100 km. Dentro da Bacia do Rio Paraíba do Sul, Leopoldina está 
inserido na Bacia do rio Pomba e Muriaé. Está sub-bacia abrange 68 municípios, com 
população estimada de 776.608 habitantes e uma área de drenagem de 13.552 Km². 
 O clima é semi-úmido, com período seco durando entre quatro e cinco meses por 
ano, situando-se a disponibilidade hídrica entre 10 e 20 litros por segundo por quilômetro 
quadrado. O Município de Leopoldina possui como os principais rios o Pomba e o rio 
Novo. O território de Leopoldina é banhado por vários cursos d’água. Os principais rios, 
córregos e os seus afluentes que compõem a rede hidrográfica do Município de Leopoldina 
são: Rio Pardo; Rio Pomba; Rio Novo; Córrego Santa Rita; Córrego Feijão Cru; Córrego 
Santa Cruz; Córrego Cachoeirinha; Córrego Retiro; Rio Pirapetinga; Ribeirão São 
Francisco; Córrego Cruz Alta; Rio Pirapetinguinha; Córrego Araribá; Córrego 
Desengano. 
 
 
 
 
Figura 9. Hidrografia Município de Leopoldina-MG 
Fonte: DPZ- Gestão Ambiental 
 
 4.7 Vegetação 
 Com a intervenção humana a mata nativa foi removida para dar lugar a pastagem e 
logo depois começaram fazer a extração de saibro, não existe unidade de conservação, 
APP, reserva legal ao entorno da área degradada. A Unidade de Conservação mais 
próxima é a Reserva Biológica da Lapinha, de 368 hectares, que fica localizada na 
Lajinha. A distância dessa reserva biológica até a área da voçoroca degrada é de 10 km. 
A área é utilizada para a criação de gado, não possui uma população que depende 
diretamente da sua produção para a sua sobrevivência. 
 
 4.8 Descrição da situação da área degradada 
 A extensão da área que foi afetada é aproximadamente 300 m, é da área a ser 
recuperada é 175 m, a voçoroca apresenta das seguintes dimensões: 31,27 m de largura 
 
 
 
no topo, 10,26 m de largura no meio, 4,75 m de largura no final, 175 m de comprimento 
e aproximadamente 35 m de profundidade. 
 
Figura 10. Faixa afetada pela voçoroca em 300m 
Fonte: Google Earth 
 
 
 
 
 
Figura 11. Distância da Voçoroca para a Vegetação Nativa 
Fonte: GoogleEarth 
 
 Como mostra nas figuras a baixo, a propria natureza está realizando a regeneração do 
local, mas devido a aceleração da interferência humana, ela não consegui finalizar o 
processo, a voçoroca não é utilizada para depositos de nenhum tipo de resíudo só para o 
carreamento das partidas de areia pelas enxurradas aumentando os sulcos. 
 
 
Figura 12 e 13. Regeração de forma natural na voçoroca 
 
O relevo da região e montanhoso, e a area degradada é no topo do morro. 
 
 
 
 
Figura 14. Foto tirada do topo da voçoroca. 
 
Figuras 15 e 16. Perfis do solo 
 
No perfil do solo dá para diferenciar os horizontes R, C e B. (figura 15) 
Rocha sofrendo intemperismo e inicio da formação do solo. (figura 16) 
 
 
 
 
 Atualmente a area não possui cobertura vegetal, esta sofrendo regeneção em alguns 
pontos com o crescimento de braquiaria e capim gordura, e ao entorno na pastagem a 
vegetação é braquiaria. Há presença de vegetação nativa a 109 m da area degradada. 
A area esta isolada com isso os animais não ajudam no processo de degradação. 
 
4.9 Origem da degradação 
 A voçoroca surgiu devido à remoção da cobertura vegetal e da extração de saibro, o 
solo já possui uma susceptibilidade a erosão e devido a intervenção humana acelerou o 
processo erosivo como mostra na figura abaixo. 
 
Figuras 17 e 18. Processo de degradação bem acentuado. 
 
4.10 Plano de Recuperação de Voçorocas 
 Para que seja feita a recuperação de forma eficaz se faz necessário a utilização de 
várias técnicas de forma simultânea, que envolvem o movimento de massa a utilização de 
vegetação e estruturas de cotenção. (FERREIRA, 2015) 
• Isolamento da área 
 O primeiro passo para se recuperar a voçoroca consiste no isolamento da área em 
questão. As áreas de atuação no entorno da voçoroca serão isoladas através de cercamento 
para diminuir o trânsito de animais, pessoas e veículos, de modo a evitar acidentes e 
proteger os trabalhos que serão realizados nas vizinhanças e dentro da erosão (BRANDÃO, 
1985 apud FERREIRA, 2015). Esse isolamento pode ser feito a partir de cercas de madeira. 
 
 
 
 Na voçoroca em estudo a área ainda é utilizada para a extração de saibro, portanto é 
necessário pausar a atividade. 
• Construção de linhas de Drenagem e Bacias de Captação 
 Para a redução dos processos erosivos e estabilização das áreas afetadas pelos 
processos erosivos é preciso que a água proveniente da chuva seja redirecionada para fora da 
área da voçoroca, dissipando a energia com que a água atinge o solo e melhorando a 
capacidade de infiltração (CHAVES et al, 2012). 
 
 Dessa forma uma técnica utilizada para redirecionar a águas pluviais é a construção 
de linhas de drenagem acima da cabeceira da voçoroca, essas linhas servirão para 
redirecionar a água para as laterais de forma que as mesmas não incidam sobre a voçoroca. 
 
 Em conjunto com as linhas de drenagem se faz necessária a construção de bacias de 
infiltração nas laterais das linhas (ainda acima da cabeceira da voçoroca). Essas bacias são 
reservatórios utilizados para reter a água e permitir maior tempo de contato com o solo, 
aumentando a infiltração da mesma. Dessa forma evita-se que a água escoe com muita 
velocidade e carregue partículas de solo e vegetação, diminuindo consideravelmente o 
processo erosivo. 
 
Figura 19. Canais de Drenagem e Bacia de Captação 
Fonte: EMATER-MG 
 
• O Uso de Paliçadas 
 As paliçadas são estruturas artificiais que podem ser colocar no interior das 
voçorocas, com a finalidade de reter o escoamento de água e acumular os sedimentos que 
possam vim a serem carregados (PRUSKI et al., 2006 apud GUIMARÃES et al., 2012). 
 
 
 
 As paliçadas servem como barreiras e devem ser construídas nos estreitamentos dos 
canais erosivos. Suas dimensões vão variar, mas é recomendável que a altura máxima da 
paliçada abaixo esteja na mesma altura da base da paliçada acima. A fixação deve ser feita 
através de uma vala cuja profundidade seja no mínimo 50% do comprimento da peça de 
madeira. É importante também, que sejam aplicados retentores de sedimentos na interface 
das laterais das paliçadas com o solo, a fim de evitar que os sedimentos passem pelas 
interfaces. (COUTO et al., 2010 apud GUIMARÃES et al., 2012). 
 O material para confeccionar a paliçada poderá ser madeira roliça, dormentes ou 
bambu ou fardos de material vegetativo enraizável, chamados paliças vivas (PEREIRA & 
COELHO, 2006 apud GUIMARÃES et al., 2012). 
 Por se tratar de uma técnica de extrema eficácia e baixo custo (MACHADO, 2007 
apud GUIMARÃES et al.,2012), se torna uma prática de retenção de sedimentos escoados 
muito viável para a aplicação na voçoroca estudada. 
 
Figura 20. Voçoroca com uso de paliçadas 
Fonte: EMBRAPA,2015 
• Biomantas 
 As biomantas são biomateriais constituídos de fibra vegetal, palha agrícola, fibra de 
coco e fibra sintética, que são costuradas de modo a formando uma trama resistente, 
protegida por redes de polipropileno ou juta. São feitas de forma industrial e possuem uma 
aplicação rápida e fácil (DEFLOR, 2005 apud GUIMARÃES et al.,2012). A principal 
vantagem vista nessa técnica de bioengenha e pelo qual ela servirá nesse projeto, é a 
proteção do solo de forma imediata e podendo assim recuperá-lo enquanto a vegetação não 
se recupera totalmente. 
 
 
 
 
Figura 21.Uso de biomantas 
Fonte : GEOFOCO BRASIL 
• Revegetação 
 Para se escolher a melhor técnica de revegetação da área erodida é necessário 
levar em consideração algumas condições, são elas: vegetação predominante na matriz; 
presença no entorno da voçoroca de fragmentos florestais nativos; e presença de espécies 
nativas se regenerando naturalmente (GUIMARÃES, 2012). 
 Na voçoroca estudada observa-se o crescimento de espécies vegetais rasteiras 
como o capim gordura e braquiária. Segundo Gandolfi e Rodrigues (2007 aput Guimarães, 
2012) nas situações em que são observadas a regeneração natural na borda da voçoroca o 
simples isolamento e retirada dos fatores de erosão serão o suficiente para que a vegetação 
encontre o equilíbrio ideal. Dessa forma nesse projeto optara-se por permitir que a 
vegetação se recupere através da sucessão ecológica. 
 
Figura 22. Revegetação nativa da área. 
• Custos do Projeto 
 Os custos envolvidos num projeto de recuperação de voçorocas em geral são 
altos, e dependendo do grau de degradação se faz necessário a utilização de muitas técnicas 
 
 
 
o que encarece ainda mais o projeto. Devido o alto custo muitos produtores optam por não 
recuperar a área o que gera com o tempo ainda mais degradação e perda de áreas 
produtivas (PICCOLI et al., 2013). 
 Machado, Rezende e Campello (2006), estudaram os custos relacionados aos 
projetos de recuperação de voçorocas e determinaram que os maiores gastos estão 
relacionado a gastos com mão de obra e encargos tributários. A utilização de mudas e o 
transporte das mesmas também é uma parcela significativa. A área estuda pelos autores é 
em torno de 15.000 m2, é o custo final do projeto ficou em R$ 10.904,10 enquanto a área 
levada em consideração nesse projeto é de 30.000 m2. Dessa forma podemos afirmar de 
forma empírica que o projeto ficaria em torno de R$ 21.808,20. 
 No entanto os custos podem variar de acordo com o comprimento da rampa, a 
quantidade de mudas (se necessárias) e o número de trabalhadores (MACHADO, 
RESENDE e CAMPELLO, 2006). 
 
5. CONSIDERÇÕES FINAIS 
 Após as investigaçõesrealizadas, permitem concluir que as erosões surgiram em 
áreas naturalmente susceptíveis ao voçorocamento e que os tipos de uso do solo 
implantados na região contribuíram para a degradação e progressão da referida voçoroca. 
 As características físico-hídricas dos solos afetados pela voçoroca associadas a 
outros elementos, como a declividade, o clima tropical da região, o tipo de relevo , 
concentração e intensidade das chuvas, tipos de solos e a retirada da cobertura vegetal, 
favoreceu a progressão da voçoroca. 
 Para a recuperação da voçoroca, foram propostas medidas para minimizar os impactos 
ambientais causados, como o isolamento da área, linhas de drenagem e bacias de infiltração, 
o uso de biomanta, o uso de paliçada e o plantio de gramíneas e árvores nativas visando o 
repovoamento espontâneo e induzido para a completa estabilização da voçoroca e a 
consequente redução da perda de solos e biodiversidade local. 
 Tais medidas que se fossem aplicadas no local, conseguiria fazer a recuperação da área 
degradada pela voçoroca. 
 
 
 
 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
AGÊNCIA EMBRAPA DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA. Latossolos 
VermelhoAmarelos. Disponível em Acesso em 01 de novembro de 2018. 
 
ANGELIS NETO, G.; ANGELIS, B. L. D. de; OLIVEIRA, D. S. de. O USO DA 
VEGETAÇÃO NA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS URBANAS DEGRADADAS. Acta 
Scientiarum (Maringá), v.26, n. 1, p. 65-73, 2004. 
 
BERTONI, J. & LOMBARDI NETO, F. CONSERVAÇÃO DO SOLO. 7. ed. São Paulo: 
Ícone, 2010. 
 
CHAVES, Tiago de Andrade, et al. RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS 
POR EROSÃO NO MEIO RURAL, 2012. Disponível em: 
http://www.pesagro.rj.gov.br/downloads/riorural/34%20Recuperacao_areas_degradadas%
20.pdf. Acesso em: 03 de novembro de 2018. 
 
CLIMATEMPO. CLIMATOLOGIA DE LEOPOLDINA. Disponível em: 
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