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RAS - LWART (2)

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0 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO 
AMBIENTAL 
SIMPLIFICADO - RAS 
 
03/05/2021 
lmeneghetti
Nota
ALterar o nome: Lwart Soluções Ambientais

Colocar a nova logo
 
1 
 
1. Objeto 
 
Armazenamento temporário de resíduos Classe I (óleo lubrificante usado e/ou 
contaminado) – Atividade 71.60.01 
2. Justificativa da Atividade ou Empreendimento 
Este Relatório Ambiental Simplificado - RAS visa obter a Licença para a atividade de 
Armazenamento temporário de óleo lubrificante usado e/ou contaminado (OLUC) da empresa 
Lwart Lubrificantes. A empresa, com sede no município de Lençóis Paulista/SP, pretende 
implantar uma filial em São Luís/MA para atender e expandir a coleta do óleo lubrificante 
usado e ou contaminado no estado do Maranhão. A escolha do terreno se deu em função da 
acessibilidade das vias para transporte e questões estratégicas de logística. 
A Lwart Lubrificantes realiza desde 1975 um trabalho fundamental essencial para a 
preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável do país: a coleta e o rerrefino 
do óleo lubrificante usado. 
A partir do processo de rerrefino é possível transformar o óleo lubrificante usado – um 
resíduo perigoso para o meio ambiente - em óleo básico de alta qualidade, que retorna para o 
mercado por meio das indústrias de lubrificantes para ser utilizado em máquinas e motores. 
A Lwart Lubrificantes, líder no país no setor em que atua, é a única indústria de 
rerrefino da América Latina a produzir o óleo básico do Grupo II, produto de alta qualidade em 
razão dos altos índices de pureza e desempenho, seguindo as especificações internacionais 
da API (American Petroleum Institute). 
Com uma unidade industrial, a matriz em Lençóis Paulista (SP), a Lwart Lubrificantes 
conta com o sistema de gestão da qualidade certificado pela ISO 9001. A empresa possui 
moderna estrutura logística, com 15 centros de coleta estrategicamente localizados no país, 
equipe treinada e uma frota de 300 veículos que atende mais de 70 mil clientes como postos 
de combustível, concessionárias, oficinas, transportadoras e indústrias, para captação de 
mais de 140 milhões de litros de óleo lubrificante usado ao ano. 
A atividade sustentável da Lwart Lubrificantes poupa os recursos naturais e contribui 
para a preservação ambiental quando retira do mercado um resíduo perigoso e fecha o ciclo 
de vida do óleo lubrificante, que pode ser utilizado infinitas vezes. 
lmeneghetti
Nota
Lwart Soluções Ambientais - Alterar em todos os lugares
lmeneghetti
Nota
São 18 agora
 
2 
 
2.1. Identificação do empreendimento 
 
CNPJ 46.201.083/0001-88 
Nome LWART SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA 
Endereço Rua Laranja 
Bairro Distrito Industrial 
Município São Luís 
Estado Maranhão 
CEP 65000-000 
E-mail contabil@lwart.com.br 
Telefone (14)3269-5000 
Localização geog. 2°41'6.90"S 44°17'19.79"W 
 
 
3. Localização do empreendimento 
 
O empreendimento localiza-se no município de São Luís, no estado do Maranhão. 
 
 
 
Figura 1 – Localização da cidade de São Luís 
lmeneghetti
Nota
Porque Laranja?
lmeneghetti
Nota
licenciamento@lwart.com.br
lmeneghetti
Nota
Essa coordenada é do terreno em São Luis?
 
3 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Vista aérea do local (raio de 500m) 
 
 
lmeneghetti
Nota
Pq raio de 500m?
 
4 
 
 
Figura 3 – Planta de situação sem escala 
 
 
 
Tabela 1 - Área e índices urbanísticos 
 
USO NÃO RESIDENCIAL 
ÁREA DO LOTE 5.001,72m² 
TESTADA DO LOTE 55,91 
ALTURA MÁX. DA 
EDIFICAÇÃO 
7,10m 
ÍNDICE DE 
APROVEITAMENTO 
0,017 
ÁREA CONSTRUÍDA 85,91m² 
PRÉDIO ADMINISTRATIVO 37,20m² 
CAIXA DÁGUA 5,40m² 
CARREG./DESCARRE. 43,31m² 
TAXA DE OCUPAÇÃO % (TO) 1,72% 
ÁREA PERMEÁVEL 4.583,93m² 
TAXA DE PERMEABILIDADE % 91,68% 
 
 
 
 
 
 
5 
 
3.2. Descrição do empreendimento e atividade 
 
 
A empresa Lwart Lubrificantes atua no ramo de coleta e rerrefino de óleo lubrificante 
usado e/ou contaminado, um resíduo considerado perigoso pela NBR 10.004. O 
empreendimento em questão realizará a atividade de armazenamento temporário do óleo 
lubrificante usado e/ou contaminado (OLUC) coletado na região. 
O OLUC é coletado por caminhões-tanque próprios, de diversas capacidades (L) e 
devidamente licenciados pelo IMA e IBAMA para o transporte de produtos perigosos, 
atendendo também à regulamentação de transporte vigente. Ao atingirem sua capacidade 
máxima, os caminhões retornam ao local de armazenamento, denominado Centro de Coleta. 
O Centro de Coleta é composto principalmente por área administrativa, área de 
carregamento/descarregamento e área de armazenamento (tancagem). As áreas que 
envolvem a movimentação ou armazenamento do óleo lubrificante usado e/ou contaminados 
são providas de canaletas, piso impermeabilizado e bacia de contenção e todos são 
interligados na caixa separadora de água e óleo. Deste modo, se houver algum vazamento 
nessas áreas, é possível evitar o contato do resíduo com o solo e assim evitar contaminações. 
 
3.3 Características técnicas da obra 
3.3.1 Descarga e armazenamento de óleo usado 
O descarregamento é efetuado através da bomba (BBA.01), que efetua a 
transferência do OLUC para os tanques horizontaisTQ.01/02/03/04. Todos os tanques estão 
equipados com instrumento Transmissor de nível (LT), os quais enviam sinal para um 
controlador lógico programável (CLP) Inter travando a bomba (BBA.01) em caso de nível alto 
evitando o transbordo. 
O óleo é direcionado para área de armazenamento (tanques TQ.01 a TQ.04) e 
posteriormente encaminhado para a Lwart Lubrificantes (Matriz em Lençóis Paulista), para o 
processo de rerrefino. A área de armazenamento de óleo usado é composta por tanques 
horizontais atmosféricos com dique metálico dimensionados de acordo com a NBR 15461. 
Caso ocorram vazamentos no local, garante-se a estanqueidade da instalação, atendendo as 
normas técnicas e a legislação ambiental. Os tanques possuirão contenção metálica 
acopladas, sendo estas interligadas a um sistema de separação água óleo, atendente as 
normas aplicáveis tanto para a contenção quanto para caixa SAO 
 
lmeneghetti
Realce
lmeneghetti
Nota
IMA é o órgão ambiental do Sul - retirar isso, ajustar conforme órgão ambiental do estado do MA
lmeneghetti
Nota
Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul.
É necessário adequar o texto
lmeneghetti
Nota
Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul.
É necessário adequar o texto
 
6 
 
3.3.2 Carregamento do óleo usado 
O carregamento de OLUC é feito através da bomba (BBA.01) e uma tubulação DN 3” 
com mangueira flexível, que transfere OLUC dos tanques de armazenamento (TQ.01 a 
TQ.04) para as carretas. 
A área de carregamento possui canaletas que estão interligadas ao sistema de 
separação água e óleo. 
3.3.3 Equipamentos Industriais 
Os equipamentos da área de Descarga e Armazenamento de OLUC são 
apresentados na tabela a seguir: 
 
 
 
 
 
Quantidade Descrição 
04 Tanque horizontal com dique metálico 30 m³ 
01 Bomba Centrífuga 50 m³/h 12,5 CV 
 
Tabela 2 - Equipamentos da área de descarga e Armazenamento 
 
Os equipamentos do sistema de tratamento de efluentes industriais estão listados 
na tabela abaixo: 
Tabela 02 - Equipamentos do Sistema de Tratamento de Efluentes 
 
Quantidade Descrição 
01 Caixa Separadora Água-Óleo 
04 Válvulas de Esfera em aço carbono 
01 Tubulação de aço carbono entre bacias, 
canaletas e caixa SAO 
 
Tabela 3 - Equipamentos do Sistema de Tratamento de Efluentes 
 
 
3.3.1 Capacidade de Armazenamento 
 
A capacidade de armazenamento de OLUC é apresentada na tabela abaixo 
Tabela 03 – Capacidade de armazenamento dos tanques de OLU 
 
 
lmeneghetti
Nota
Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul.
É necessário adequar o texto
lmeneghetti
Nota
Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul.
É necessário adequar o texto
 
7 
 
 
 
TAG Dimensões Volume (m³) Característica 
TQ.01 DN 2550 x 6000 30 
TNQ BIPARTIDO(30 m³ / 30 m³) 
TQ.02 DN 2550 x 6000 30 
TQ.03 DN 2550 x 6000 30 
TNQ BIPARTIDO (30 m³ / 30 m³) 
TQ.04 DN 2550 x 6000 30 
>>> TOTAL 120 
 
Tabela 4 – Capacidade de armazenamento dos tanques de OLUC 
 
 
 
3.3.2 Descritivo das obras 
 
3.3.2.1 Preparação do terreno 
Após levantamento topográfico, será executado terraplenagem para nivelamento e 
homogeneização do solo. 
 
3.3.2.2 Fundações, bases e piso de concreto 
Serão executadas fundações profundas para sustentação da estrutura metálica de 
cobertura da área de carregamento/descarregamento. As fundações do prédio administrativo 
serão tipo radier em concreto armado. E o piso também será em concreto armado nas áreas 
delimitadas em projeto, contendo canaleta metálica para direcionamento de possível 
vazamento para o Sistema de Separação Água e Óleo. 
Para sustentação / apoio dos tanques, serão feitas sapatas isoladas em concreto 
armado. 
 
3.3.2.3 Estruturas metálicas 
Executada em aço carbono de alta resistência conforme a NBR 8800/2008, coberta 
com telhas metálicas em aço zincado. Disposta de escada e plataforma fixa e articulável para 
operação de carregamento dos caminhões. 
Integrado a plataforma de carregamento e descarregamento, haverá um sistema com 
linha de vida para segurança do operador. 
lmeneghetti
Nota
Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul.
É necessário adequar o texto
lmeneghetti
Nota
Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul.
É necessário adequar o texto
lmeneghetti
Nota
Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul.
É necessário adequar o texto
lmeneghetti
Nota
Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul.
É necessário adequar o texto
 
8 
 
 
3.3.2.4 Prédio Administrativo 
Construído por empresa especializada, com as estruturas em concreto armado e 
alvenaria de vedação de com bloco cerâmico e revestimento com argamassa de cimento e 
areia. Tendo sua cobertura em estrutura metálica. Contará com infraestrutura para um 
escritório, laboratório, um banheiro com um sanitário, um lavatório, deposito para resíduos e 
almoxarifado. 
 
3.3.2.5. Tanques de armazenamento 
 
Tanques horizontais atmosféricos com dique metálico dimensionados de acordo com 
a NBR 15461. Fabricado por empresa especializada e homologada nos órgãos competentes. 
 
 
4. Diagnóstico Ambiental da Área de Influência Direta (AID) 
4.1 Metodologia 
No processo do Diagnóstico Ambiental, primeiramente foram analisados os aspectos 
físicos, bióticos e socioeconômicos em escala regional, de modo a contextualizar a 
implantação do empreendimento no contexto regional. Em seguida, foram abordados os 
aspectos locais da área de estudo (Área de Influência Direta – AID), ou seja, o lote de terra 
onde haverá intervenção para implantação do empreendimento, assim como seu entorno. 
Foi realizado vistorias técnicas no local para levantamento detalhado do contexto 
espacial, além de utilização de imagens de satélite do software Google Earth. 
Define-se como área de influência, aquelas áreas que são afetadas, direta ou 
indiretamente, durante as fases de implantação e operação de um empreendimento, sendo 
analisado os aspectos físicos, bióticos, sócio econômico e cultural. 
Para delimitação da área de influência direta do objeto de estudo, foi realizado uma 
análise de todas as informações de campo disponíveis e detalhamento das externalidades do 
empreendimento, chegando à conclusão que a área se estende além do loteamento industrial 
CICOBI. 
 
 
lmeneghetti
Nota
Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul.
É necessário adequar o texto
lmeneghetti
Nota
Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul.
É necessário adequar o texto
lmeneghetti
Nota
Copiou o texto que eu enviei - CICOBI é o distrito industrial do sul
 
9 
 
 
Figura 4 - Área de Influência Direta da atividade 
 
 
5. Identificação do Município 
5.1 – Localização e Acesso 
São Luís é a capital do estado do Maranhão, fundada no dia 8 de setembro de 1612. 
Localiza-se na ilha Upaon-Açu (denominação dada pelos índios tupinambás significando "Ilha 
Grande"), no Atlântico Sul, entre as baías de São Marcos e São José de Ribamar. Quando em 
1621 o Brasil foi dividido em duas unidades administrativas - Estado do Maranhão e Estado 
do Brasil - São Luís foi a capital da primeira unidade administrativa, sendo que em 1737 com 
a criação do Estado do Grão-Pará e Maranhão, Belém passa a ser a nova capital. 
 
 
 
10 
 
 
Figura 5 - Localização do município de São Luís-MA 
 
É a principal cidade da Região Metropolitana Grande São Luís e possui 1.014.837 
habitantes (IBGE, 2010). Ocupa uma área de 834,785 Km² e está localizada no Nordeste do 
Brasil a 2° ao Sul do Equador, estando a 24 metros acima do nível do mar. São Luís é a única 
cidade brasileira fundada pelos franceses, sendo uma das três capitais brasileiras localizadas 
em ilhas (as outras são Florianópolis e Vitória). 
É rica em manifestações culturais, como: o bumba-meu-boi, tambor de crioula, 
cacuriá, dança portuguesa, quadrilhas juninas, reggae e outras. Possui o maior conjunto 
arquitetônico de azulejos portugueses da América Latina e uma culinária peculiar da cidade, 
com pratos como o cuxá, o arroz de cuxá, o peixe frito e a famosa torta de camarão. A cidade 
possui uma vida noturna muito movimentada, com bares, restaurantes, clubes de festas, 
teatros, cinemas e muitos shows de artistas locais, nacionais e internacionais. 
 
 
 
11 
 
 
 
12 
 
 
 
Analise e consistência dos dados 
 
Os dados da estação da ANA cujo código: 00445010 que possui 30 anos de 
observação foram analisados por ser mais aproximo ao município de Santa Inês, o qual foi 
consistido pelo HIDROWEB e pelo programa PLUVIO. Desta forma, o comportamento das 
chuvas durante os anos apresenta pico bastante elevado e em outros anos apresentou uma 
diminuição significativamente como pode ser verificado no comportamento das chuvas como 
pode ser verificado no gráfico abaixo. 
 
Gráfico 1: comportamento das chuvas 
A redução de áreas cultiváveis decorrente da concentração fundiária e da degradação 
ambiental gerou uma forte pressão sobre as poucas áreas restantes (que normalmente 
coincidem com áreas protegidas) o que implica numa queda de produção agrícola, numa 
redução da segurança alimentar dos agricultores familiares e, por conseqüência, num forte 
agravamento dos problemas ambientais (Mapa “Degradação Ambiental”). 
A pressão do aumento populacional gerou a ocupação de grand parte dos solos de 
São Luís, inclusive em áreas demarcadas para constituição de APA’s (Itapiracó e Maracanã) 
e Parques (Estadual d Bacanga). Essa ocupação urbana pode ser mencionada como um do 
agravantes dos processos erosivos associados aos desmatamento em casos como o do 
Bairro Coroadinho, Parque Pindorama imediações da APA do Itapiracó. 
 
13 
 
É importante ressaltar que os problemas ambientais do Município estão diretamente 
ligados a outros problemas de não menor gravidade. A exploração madeireira para o fabrico 
do carvão (utilizado em atividades domésticas) e para diversas outras atividades (construção 
de cercas, alimentação de fornalhas de panificadoras, construção civil em geral) agravam 
ainda mais os problemas de degradação dos solos de São Luís. 
 
5.2. - Aspectos Fisiográficos 
O estado do Maranhão, por se encontrar em uma zona de transição dos climas 
semiárido, do interior do Nordeste, para o úmido equatorial, da Amazônia, e por ter maior 
extensão no sentido norte-sul, apresenta diferenças climáticas e pluviométricas. Na região 
oeste, predomina o clima tropical quente e úmido (As), típico da região amazônica. Nas 
demais regiões, o estado é marcado por clima tropical quente e semiúmido (Aw). 
As temperaturas em todo o Maranhão são elevadas, com médias anuais superiores a 
24ºC, sendo que ao norte chega a atingir 26ºC. Esse estado é caracterizado pela ocorrênciade um regime pluviométrico com duas estações bem definidas. O período chuvoso, que se 
concentra durante o semestre de dezembro a maio, apresenta registros estaduais da ordem 
de 290,4 mm e alcança os maiores picos de chuva no mês de março. O período seco, que 
ocorre no semestre de junho a novembro, com menor incidência de chuva por volta do mês 
de agosto, registra médias estaduais da ordem de 17,1mm. Na região oeste do estado, onde 
predomina o clima tropical quente e úmido (As), as chuvas ocorrem em níveis elevados 
durante praticamente todo o ano, superando os 2.000 mm. Nas outras regiões, prevalece o 
clima tropical quente e semiúmido (Aw), com sucessão de chuvas durante o verão e o inverno 
seco, cujas precipitações reduzidas alcançam 1.250 mm. Há registros ainda menores na 
região sudeste, podendo chegar a 1.000 mm. 
O território maranhense apresenta-se como uma grande plataforma inclinada na 
direção sul-norte, com baixo mergulho para o oceano Atlântico. Os grandes traços atuais do 
modelado da plataforma sedimentar maranhense revelam feições típicas de litologias 
dominantes em bacias sedimentares. Essa plataforma, submetida à atuação de ciclos de 
erosão relativamente longos, respondeu de forma diferenciada aos agentes intempéricos, em 
função de sua natureza, de estruturação e de composição das rochas, modelando as formas 
tabulares e subtabulares da superfície terrestre. Condicionados ao lineamento das estruturas 
litológicas, os gradientes topográficos dispõem-se com orientações sul-norte. As maiores 
lmeneghetti
Realce
lmeneghetti
Nota
Ficou esquisito essa frase
lmeneghetti
Realce
lmeneghetti
Nota
Fabricação?
 
14 
 
altitudes estão localizadas na porção sul, no topo da Chapada das Mangabeiras, no limite 
com o estado do Tocantins. As menores altitudes situam-se na região norte, próximo à linha 
de costa. 
Feitosa (1983) classifica o relevo maranhense em duas grandes unidades: planícies, 
que se subdivide em unidades menores (costeira, flúviomarinha e sublitorânea), e planaltos. 
As planícies ocupam cerca de 60% da superfície do território e os planaltos 40%. São 
consideradas planícies as superfícies com cotas inferiores a 200 metros. Já os planaltos são 
superfícies com cotas acima de 200 metros, restritos às áreas do centro-sul do estado. 
Jacomine et al. (1986 apud VALLADARES et al., 2005) apresentam de maneira 
simplificada as seguintes formas de relevo no estado do Maranhão: chapadas altas e baixas, 
superfícies onduladas, grande baixada maranhense, terraços e planícies fluviais, tabuleiros 
costeiros, restingas e dunas costeiras, golfão maranhense e baixada litorânea. 
A região oeste maranhense abriga as áreas de planalto, com altitudes entre 200 e 300 
metros, e as de planícies, com altitudes menores de 200 metros. A Faixa de Dobramentos 
Pré- Cambriana ocorre no médio e baixo rio Gurupi. O relevo nessas faixas corresponde às 
colinas e cristas dispostas, preferencialmente, na direção NW-SE, talhadas em rochas do 
embasamento cristalino do Complexo Maracaçumé e nos metassedimentos do Grupo Gurupi, 
caracterizado por colinas e lombas e planos rampeados em direção aos rios principais. A 
ação erosiva sobre as coberturas detrito-lateríticas, que recobrem os sedimentos da formação 
Itapecuru, originou um planalto dissecado do rio Gurupi ao rio Grajaú, com a drenagem 
principal orientada na direção SW-NE e N-S. Essa mesma ação possibilitou a elaboração de 
uma superfície plana, dissecada em alguns trechos, em lombas e colinas, contornando a 
Baixada Maranhense e estendendo-se para oeste até o rio Gurupi. A Superfície Gurupi 
caracteriza-se por uma superfície rampeada em direção ao rio Gurupi, talhada em formações 
sedimentares e dissecada em colinas e localmente morros, com as cotas altimétricas 
decaindo, de sul para norte e de leste para oeste, em direção ao rio Gurupi, variando de 20 
metros, nas proximidades do litoral, até 300 metros, no limite com o Planalto Dissecado do 
Pindaré/Grajaú. Já na Superfície do Baixo Gurupi, localizada no extremo oeste do estado, 
com altimetria variando de 10 a 40 m, o relevo apresenta-se plano em colinas e lombas, com 
superfície rampeada em direção ao litoral, esculpidas em rochas do embasamento cristalino 
do Complexo Tromaí. No Médio Gurupi, no noroeste do estado, o relevo caracteriza-se por 
uma dissecação em colinas e cristas dispostas, preferencialmente, de noroeste para sudeste, 
em função da estruturação geológica que expôs as rochas do embasamento do Complexo 
 
15 
 
Maracaçumé e os metassedimentos do Grupo Gurupi. Entre as colinas e as cristas ocorrem 
planos rampeados. Essa unidade tem cotas altimétricas, que variam de 80 a 170 metros, e se 
encontram na área da Reserva Florestal do Gurupi. Na unidade do Planalto Dissecado do 
Pindaré/Grajaú, com altitudes entre 100 a 300 metros, o relevo apresenta-se limitado por 
escarpas que correspondem a restos de chapadas, de topo plano, que foram isolados pela 
dissecação e mantidas pelos níveis lateríticos. A Depressão de Imperatriz, posicionada na 
margem direita do rio Tocantins, está em níveis altimétricos de 95 m, chegando, em alguns 
trechos da área, a 300 m. Ela se caracteriza por relevos planos rampeados em direção às 
principais drenagens. Verificando-se, ainda, a presença de colinas e áreas abaciadas 
periodicamente inundadas. As Planícies Fluviais correspondem às várzeas e terraços fluviais, 
dispostos ao longo dos rios principais, compostas pelas aluviões quaternárias, estando 
sujeitas às inundações durante as enchentes, e ocorrendo nos principais rios do estado. 
A altitude da sede do município é de 24 metros acima do nível do mar e a variação 
térmica durante o ano é pequena, com a temperatura oscilando entre 21,9°C e 32,2°C. O 
clima da região, segundo a classificação de Köppen, é tropical (AW’) úmido com dois períodos 
bem definidos: um chuvoso, que vai de dezembro a maio, com médias mensais superiores a 
228 mm e outro seco, correspondente aos meses de junho a novembro. Dentro do período de 
estiagem, a precipitação pluviométrica variou de 18,6 a 92,6 mm e no período chuvoso, de 
118,9 a 315,6 mm, com média anual em torno de 1.632 mm. Esses dados são referentes ao 
período de 1961 a 1990 (JORNAL DO TEMPO, 2011). 
O relevo da região está contido na Baixada maranhense, caracterizada por possuir 
um ambiente plano e suavemente ondulado contendo extensas áreas de formação 
sedimentar recente, ponteadas de relevos residuais que formam outeiros e superfícies 
tabulares, cujas bordas decaem em colinas de declividade variada. (FEITOSA, 2006). Os 
cursos d’água da região fazem parte da Bacia hidrográfica do Pindaré e a vegetação é 
composta pela Floresta Ombrófila Densa, (IMESC, 2008). 
 
 
5.3. – Uso Atual dos Solos 
O uso atual dos solos em São Luís está intimamente ligado a todo um processo 
histórico de uso e ocupação que remete aos atributos edáficos de natureza física, química e 
biológica. As limitações agrícolas dos solos, aliadas às condições de clima e de vegetação 
degradada e ao domínio de terras, atualmente inibem o desenvolvimento da agricultura em 
lmeneghetti
Nota
e o uso do solo no local onde a Lwart vai se instalaR?
 
16 
 
São Luís. 
Historicamente, a prática da agricultura na região esteve associada à capacidade de 
regeneração das áreas exploradas e a uma itinerância necessária ao sistema de corte e 
queima (roça no toco). 
A sucessão secundária em áreas de capoeira e a ciclagem de nutrientes desenvolvida 
ao longo dessa feição se configuraram, então, como fatores essenciais para a sustentação da 
agricultura local (FERRAZ JÚNIOR, 2000). 
No entanto, práticas agrícolas que antes se mostravam eficientes do ponto de vista 
ambiental e da sustentação de uma produtividade vêm se mostrando problemáticas diante de 
um aumento da densidade populacional e de uma redução das áreas cultiváveis. 
Apesar das limitações dos solos de São Luís, a agriculturafamiliar de subsistência 
ainda é bastante presente na zona rural. Os produtos normalmente cultivados são: mandioca, 
milho, feijão e hortaliças em geral. 
Dentre os produtos agrícolas mais cultivados, a mandioca assume posição de 
destaque em São Luís, tanto em produção quanto em área cultivada. O cultivo da mandioca é 
bastante difundido em função da adaptação desta planta às condições de baixa fertilidade 
química dos solos e à sua pequena suscetibilidade ao ataque de pragas e doenças. 
A olericultura é também significativa em São Luís, seja pelo alto valor comercial dos 
produtos cultivados, seja pela exigência de uma pequena área para a instalação do plantio. 
Entretanto, o cultivo de hortaliças está normalmente vinculado à contaminação dos solos e 
dos próprios produtos em função do uso exagerado de agrotóxicos. 
Esse problema relaciona-se diretamente à alta incidência de pragas e doenças nas 
áreas de cultivos que tem íntima ligação com a degradação dos solos e da vegetação das 
áreas do entorno, com a forte presença de fitopatógenos na fauna do solo (nematóides, 
fungos, bactérias e vírus) e com a falta de preparo e planejamento dos agricultores na 
aplicação de agrotóxicos. 
Grande parte dos solos de São Luís que ainda não foi urbanizada está hoje ocupada 
por vegetação frutífera perene e isso acaba limitando outras práticas agrícolas, já que há uma 
redução de áreas disponíveis para o cultivo de grãos e hortaliças. As plantas mais cultivadas 
são: manga, caju, abacate, goiaba, banana, mamão dentre outras (Fig. 1). 
O cultivo de árvores frutíferas segue a lógica de aproveitamento das áreas de baixa 
 
17 
 
fertilidade química e manutenção de uma cobertura vegetal perene diversificada, o que 
contribui para a redução dos processos erosivos comuns nas áreas de cultivo de grãos, onde 
os solos ficam por um período significativo do ano expostos aos raios solares e ao rigor das 
precipitações pluviométricas. Entretanto, é muito comum os quintais ou sítios terem a sua 
vegetação rasteira e material orgânico retirados nas “limpezas” rotineiras feitas pelos 
proprietários e isso implica em problemas relativos à perda da camada mais superficial dos 
solos e a prejuízos no processo de ciclagem de nutrientes. 
 
Figura 6 - Cultivo de frutíferas, tais como manga, caju, abacate, goiaba, banana, 
mamão dentre outras. 
 
Além da agricultura, o uso dos solos para a criação de animais assume importância 
no contexto d Município, apesar de, na maioria dos casos, os rebanhos serem formados po 
um pequeno número de animais. A avicultura, bovinocultura, caprinocultura e piscicultura são 
as atividades de maior destaque neste setor. 
É comum o uso dos solos na Ilha do Maranhão para fins de extração mineral. A 
atividade mineradora centra-se basicamente na exploração de jazidas de areia e de pedra 
(laterita) para a construção civil. Normalmente essa atividade é feita sem licença do IBAMA. 
Em geral, a clandestinidade se dá pela não possibilidade de licenciamento da 
atividade mineradora pelo órgão competente, uma vez que a maioria das áreas exploradas 
 
18 
 
estão encravadas em áreas protegidas por lei (Parque Estadual do Bacanga, APA do 
Maracanã e em regiões muito próximas a manguezais e corpos d’água). Essa ilegalidade 
acaba acelerando a degradação das áreas exploradas e não permitindo o desenvolvimento de 
políticas (previstas em lei) voltadas para a reabilitação ou reutilização das áreas degradadas 
pelas atividades mineradoras. 
A extração de pedra e de areia já é a maior causa dos processos erosivos observados 
na APA do Maracanã e em diversos pontos do eixo Itaqui-Bacanga. Além disso, provoca 
também perda da qualidade das águas e assoreamento da maioria dos pequenos cursos 
d’água em função da grande carga de sedimentos neles depositados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
6 – Recurso Hídricos 
O Maranhão é o único estado do Nordeste que menos se identifica com as 
características hidrológicas da região, pois não há estiagem e nem escassez de recursos 
hídricos, tanto superficiais como subterrâneos, em seu território. 
É detentor de uma invejável rede de drenagem com, pelo menos, dez bacias 
hidrográficas perenes. Podem ser assim individualizadas: Bacia do rio Mearim, Bacia do rio 
Gurupi, Bacia do rio Itapecuru, Bacia do rio Grajaú, Bacia do rio Turiaçu, Bacia do rio Munim, 
Bacia do rio Maracaçumé-Tromaí, Bacia do rio Uru-Pericumã-Aurá, Bacia do rio Parnaíba-
Balsas, Bacia do rio Tocantins, além de outras pequenas bacias. Suas principais vertentes 
hidrográficas são: a Chapada das Mangabeiras, a Chapada do Azeitão, a Serra das Crueiras, 
a Serra do Gurupi e a Serra do Tiracambu. 
As bacias hidrográficas são subdivididas em sub-bacias e microbacias. Elas 
constituem divisões das águas, feitas pela natureza, sendo o relevo responsável pela divisão 
territorial de cada bacia, que é formada por um rio principal e seus afluentes. 
A Ilha de São Luís conta com uma grande quantidade de cursos d’água de pequeno 
volume, desembocando em superfícies inundáveis pela maré e áreas cobertas de mangues. 
Ao longo do ano esses cursos d’água sofrem reduções em seus volumes, devido ao clima da 
região, porém não chegam a caracterizar rigores de uma seca. 
Para efeitos de planejamento e gestão, as bacias hidrográficas do Município foram 
classificadas pelo Plano de Paisagem Urbana da Prefeitura de São Luís (2005) em: Estiva, 
Inhaúma, Cachorros, Itaqui, Tibiri, Bacanga, Anil, Paciência e Praias (Mapa da Ilha de São 
Luís - “Bacias Hidrográficas”). 
A hidrografia de São Luís é formada pelos rios Anil, Bacanga, Tibiri, Paciência, 
Maracanã, Calhau, Pimenta, Coqueiro, Cachorros e Represa Bacanga. São rios de pequeno 
porte que deságuam em várias direções, abrangendo áreas de dunas e praias, sendo que os 
rios Anil, com 13.800 m de extensão, e Bacanga com 9.300 m, drenam para a Baía de São 
Marcos, tendo em seus estuários áreas cobertas de mangues, cuja hidrodinâmica é 
influenciada pelas marés que chegam a atingir em média 7 metros (GERCO, 1998). 
Os rios Bacanga, Anil, Tibiri, Paciência e Cururuca formam, na Ilha de São Luís, as 
principais bacias hidrográficas locais. A bacia do Anil é a mais populosa com cerca de 
 
21 
 
244.982 habitantes, seguida pela bacia do Bacanga com 224.742 habitantes (Mapa Urbano 
de São Luís - “Bacias Hidrográficas”). Todavia, o rio Itapecuru, situado fora da Ilha no 
município de Rosário, é o maior da região para aproveitamento como manancial de 
abastecimento, mas de acordo com MARANHÃO (1991), a qualidade das águas desse rio já 
está prejudicada em muitos trechos em função de projetos agropecuários implantados em 
seus vales que utilizam insumos tóxicos nas atividades agrícolas, além da poluição residuária 
doméstica do crescente contingente populacional de sua bacia. 
As bacias locais mais importantes em termos de mananciais para abastecimento da 
Ilha de São Luís são as do Paciência, Itapecuru e Cururuca. Deve-se acrescentar a estas o 
subsistema do Sacavém, que não constitui uma bacia hidrográfica, mas um complexo de 
abastecimento que agrega seis riachos e a barragem de acumulação do Batatã. 
A presença da unidade hidrogeológica Formação Barreiras, cujos afloramentos 
representam os mananciais do Paciência e do Cururuca, é de grande importância para o 
sistema de abastecimento de água da CAEMA. Os poços de média profundidade situam-se 
entre 60 a 70 m; já os mais profundos operados pela CAEMA atingem de 80 a 140 m de 
profundidade. 
Parte do volume total do consumo de água na ilha de São Luís é suprida pelos 
mananciais subterrâneos, sendo que, o limitante da capacidade de exploração desses lençóis 
é a infiltração de águas salobras. 
Estudos de Hidrologia feitos pelo GERCO (1998), aplicou o Índice de Qualidade de 
Água (IQA),adotado pela CETESB, às bacias de diversos rios dos municípios da Ilha de São 
Luís, utilizando para o cálculo do IQA 
os seguintes parâmetros: temperatura, oxigênio dissolvido, DBO, pH, coliformes, 
nitrogênio total, fósforo total, turbidez e sólidos totais. Foram consideradas “aceitáveis” as 
bacias do rio Paciência, Cururuca (embora seu afluente da Mata seja considerado impróprio), 
dos Cachorros e Tibiri (embora o afluente da Ribeira esteja impróprio). Foi considerada como 
“bom” a Bacia do Rio Jeniparana, e “impróprio” as Bacias Oceânicas de São Luís (litorânea), 
uma vez que funciona como receptáculo de dejetos produzidos pela região urbanizada. 
Estudos mais recentes têm confirmado o grau de contaminação microbiológica das 
águas da Ilha de São Luis. Em dois projetos distintos, o Laboratório de Hidrobiologia 
(LABOHIDRO) da UFMA diagnosticou índices excepcionais de coliformes e bactérias 
patogênicas nas águas dos rios Bacanga e Anil, bem como em alguns poços e nascentes da 
 
22 
 
bacia do rio Bacanga que são utilizados para o abastecimento da população (ZONEAMENTO 
COSTEIRO DO ESTADO DO MARANHÃO, 2003). 
 
Figura 7 - Curso d’água com forte presença de sedimentos. 
 
Atualmente, as bacias hidrográficas do Município apresentamse impactadas, variando 
apenas a intensidade das ações antrópicas em cada uma delas. Dentre os problemas 
observados pode-se destacar: 
a) compactação dos solos – muitas residências são construídas muito próximas aos 
rios o que ocasiona a retirada da vegetação de mata ciliar ou substituição da mesma por 
matas de sítios; além disso, a construção de vias de acesso intensificam mais ainda a 
compactação dos solos das margens dos rios, impermeabilizando-as parcialmente e 
intensificando o escoamento superficial e, consequentemente, a sedimentação e o 
assoreamento dos cursos d’água, especialmente nas Áreas de Proteção Ambiental (Figs. 2.7 
e 2.8); 
 
23 
 
 
Figura 8 - Águas do rio Maracanã, escoando sob ponte ferroviária 
 
Figura 9 - Ponte ferroviária sobre o rio Maracanã. 
 
b) retirada da cobertura vegetal – a cobertura vegetal das margens dos rios é, em 
geral, caracterizada pela presença de juçarais e buritizais, ou, no caso de sua substituição 
quando da construção de residências, matas de sítios; essa vegetação vem passando por 
 
24 
 
sérios problemas pela extração indiscriminada de algumas espécies para utilização na 
construção civil e fabrico de carvão, tais como o guanandi (Symphoni globulifera), a andiroba 
(Carapa guianensis), a juçareira (Euterpe oleracea) e o buritizeiro (Mauritia flexuosa); 
c) processos erosivos – as principais bacias hidrográficas de São Luís vêm passando 
por um constante processo de erosão em toda a sua extensão devido a degradação da mata 
ciliar, a extração mineral nas proximidades dos cursos dos rios e a construção de novas vias 
de acesso em suas proximidades, atividades que estão associadas ao processo de expansão 
urbana e que têm como conseqüência principal o assoreamento dos rios (Fig. 2.9); 
 
Figura 10 - Curso d’água assoreado na APA do Maracanã. 
 
d) despejo de dejetos sólidos e líquidos – em todas as bacias hidrográficas de São 
Luís há problemas relativos ao despejo de esgotos domésticos e industriais; na bacia do 
 
25 
 
Tibiri, há o despejo de resíduos líquidos da maior parte dos complexos industriais ali 
instalados e problemas de contaminação provenientes da infiltração e escoamento superficial 
do chorume do Aterro da Ribeira; na bacia do Anil destaca-se o despejo de esgotos 
domésticos e industriais da Merck; na bacia do Paciência, ocorre despejo de esgotos 
domésticos e provenientes de postos de lavagem de automóveis; na bacia do Itaqui, os 
dejetos líquidos domésticos e a deposição de rejeitos de matadouros clandestinos são muito 
comuns; além disso, em todas as bacias há deposição de resíduos sólidos junto às margens e 
no leito dos rios, mesmo havendo coleta regular de lixo na maioria dos bairros; 
e) pesca predatória – atividade ainda desenvolvida na maioria das bacias 
hidrográficas, constituindo uma ameaça à ictiofauna por ser praticada de maneira predatória, 
gerando sérios impactos para o ambiente como o despovoamento das águas de espécies 
nativas em detrimento daquelas inseridas acidentalmente pela piscicultura (por exemplo a 
tilápia, Oreochromis sp.) e pela carcinicultura (por exemplo o camarão gigante da Malásia, 
Macrobrachium sp.). 
Sabe-se que não é possível discutir a sustentabilidade ambiental sem se avaliar o 
papel dos diversos usos dos cursos d’água. 
A água, pelas suas características de solvente universal, incompressibilidade e alto 
calor específico é o depositório natural de todos os poluentes e impactos ambientais 
ocorrentes na bacia hidrográfica. Conseqüentemente, seu monitoramento é um excelente 
indicador de qualidade ambiental. Acrescente-se a estas vantagens, o fato de existir 
legislação ambiental abundante sobre os parâmetros para monitoramento de corpos hídricos 
(por exemplo, a RESOLUÇÃO CONAMA 020), e tecnologia acessível para monitoramento 
eficiente de grandes extensões hídricas (ZONEAMENTO COSTEIRO DO ESTADO DO 
MARANHÃO, 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
lmeneghetti
Nota
Tb não tem referência sobre o tema no local onde estamos nos instalando
 
28 
 
7. BALANÇO HÍDRICO 
O balanço hídrico é uma avaliação entre a quantidade de água precipitada que chega 
ao solo e aquela que é removida pela evapotranspiração das plantas, sendo que a 
capacidade de retenção da água no solo depende principalmente da textura do mesmo e do 
tipo de vegetação existente na área. A determinação destes dados é importante para 
monitorar a variação do armazenamento de água no solo, a partir de diversos parâmetros 
relacionados como o suprimento natural de água no solo, a demanda atmosférica e 
capacidade de água disponível. 
Existem diversos tipos de balanços hídricos, cada um com a sua finalidade principal. 
Um desses modelos mais conhecidos é a partir do método do balanço hídrico climatológico 
proposto por Thornthwaite e Mather (1955), o qual permite obter informações sobre 
deficiência e excedente hídrico, áreas de retirada de água do solo, reposição de água no solo 
e variação do armazenamento ao longo do ano, colocando em evidência as variáveis 
hidrológicas mais importantes: precipitação, evapotranspiração, e armazenamento superficial 
e subterrâneo. 
 Para gerar o gráfico de balanço hídrico da Figura 11, utilizou-se o software “BHnorm” 
desenvolvido por Rolim e Sentelhas (1998). 
No software BHnorm, a evapotranspiração potencial (ETP) é estimada pelo método de 
Thornthwaite (1948); os índices de calor são calculados com valores normais de temperatura 
média mensal e o fotoperíodo é ajustado de acordo com a latitude local, que deve ser 
informada (ROLIM et al., 1998). 
Os dados de entrada utilizados na análise do balanço hídrico foram disponibilizados 
pelo site de meteorologia Jornal do Tempo. 
 
29 
 
 
Figura 11 - Gráfico gerado para o balanço hídrico o município de São Luís 
 
Conforme o gráfico apresentado, a deficiência hídrica do município de São Luís tem 
início no mês de maio e se prolonga até o mês de novembro. No mês de dezembro ocorre a 
reposição hídrica, gerando um excedente hídrico entre janeiro a maio. O comportamento da 
deficiência, excedente, retirada e reposição hídrica irá influenciar diretamente o 
comportamento do armazenamento de água no solo. 
 
30 
 
 
Quadro 3: Resultado do Balanço hídrico :Estação Utilizada: SUDAM/SUDENE 
Evapotranspiração: Blaney & Criddle 
 
Os totais pluviométricos anuais na região correspondem cerca de 80% a 91% de 
ocorrência na estação chuvosa nos períodos de dezembro/abril, e cerca de 9% a 19% na 
estação seca, maio/novembro. A região apresenta, portanto um período seco, sob o ponto de 
vista climático, de seis a nove meses e, em relação ao soloe à vegetação, uma seca 
ecológica de cinco a oito meses. 
 
31 
 
 
Gráfico 2: Balanço hídrico normal mensal de Região 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
8. Conclusão 
 
Visando a implantação e funcionamento, ressalta-se que a obra terá impactos em sua 
fase de implantação, em especial destinação dos resíduos da construção civil e em seu 
funcionamento, no transporte e armazenamento dos produtos coletados. 
Foram propostas todas as medidas para mitigar os impactos tanto na fase de obra do 
terminal quanto em sua operação, evitando assim o menor impacto possível em toda a 
vizinhança e área de influência desse projeto. 
Portanto, pode-se considerar que o empreendimento da LWART LUBRIFICANTES 
LTDA, na forma como atua, é ambientalmente viável. 
lmeneghetti
Nota
Essa conclusão não está completa.
Precisamos melhorar isso.
 
33 
 
 
 
 
5. Referências Bibliográficas 
 
 
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http://pdet.mte.gov.br/rais?view=default
lmeneghetti
Nota
Colocar justificado
 
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Macrozona Consolidada. Revisão do Plano Diretor Municipal, 2014a. 
SILVA, Vicente R.; ROSS, Jurandyr LS. Geomorfologia da bacia do rio Biguaçu no 
litoral central de Santa Catarina. 2006. VI Simpósio Nacional de Geomorfologia, Anais, v. 
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subsídios ao planejamento e ordenamento territorial. 2007. Tese de Doutorado. 
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ZÊZERE, José Luís. Dinâmica de vertentes e riscos geomorfológicos. Lisboa: Centro 
de Estudos Geográficos, Universidade de Lisboa, 2005.

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