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0 RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO - RAS 03/05/2021 lmeneghetti Nota ALterar o nome: Lwart Soluções Ambientais Colocar a nova logo 1 1. Objeto Armazenamento temporário de resíduos Classe I (óleo lubrificante usado e/ou contaminado) – Atividade 71.60.01 2. Justificativa da Atividade ou Empreendimento Este Relatório Ambiental Simplificado - RAS visa obter a Licença para a atividade de Armazenamento temporário de óleo lubrificante usado e/ou contaminado (OLUC) da empresa Lwart Lubrificantes. A empresa, com sede no município de Lençóis Paulista/SP, pretende implantar uma filial em São Luís/MA para atender e expandir a coleta do óleo lubrificante usado e ou contaminado no estado do Maranhão. A escolha do terreno se deu em função da acessibilidade das vias para transporte e questões estratégicas de logística. A Lwart Lubrificantes realiza desde 1975 um trabalho fundamental essencial para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável do país: a coleta e o rerrefino do óleo lubrificante usado. A partir do processo de rerrefino é possível transformar o óleo lubrificante usado – um resíduo perigoso para o meio ambiente - em óleo básico de alta qualidade, que retorna para o mercado por meio das indústrias de lubrificantes para ser utilizado em máquinas e motores. A Lwart Lubrificantes, líder no país no setor em que atua, é a única indústria de rerrefino da América Latina a produzir o óleo básico do Grupo II, produto de alta qualidade em razão dos altos índices de pureza e desempenho, seguindo as especificações internacionais da API (American Petroleum Institute). Com uma unidade industrial, a matriz em Lençóis Paulista (SP), a Lwart Lubrificantes conta com o sistema de gestão da qualidade certificado pela ISO 9001. A empresa possui moderna estrutura logística, com 15 centros de coleta estrategicamente localizados no país, equipe treinada e uma frota de 300 veículos que atende mais de 70 mil clientes como postos de combustível, concessionárias, oficinas, transportadoras e indústrias, para captação de mais de 140 milhões de litros de óleo lubrificante usado ao ano. A atividade sustentável da Lwart Lubrificantes poupa os recursos naturais e contribui para a preservação ambiental quando retira do mercado um resíduo perigoso e fecha o ciclo de vida do óleo lubrificante, que pode ser utilizado infinitas vezes. lmeneghetti Nota Lwart Soluções Ambientais - Alterar em todos os lugares lmeneghetti Nota São 18 agora 2 2.1. Identificação do empreendimento CNPJ 46.201.083/0001-88 Nome LWART SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA Endereço Rua Laranja Bairro Distrito Industrial Município São Luís Estado Maranhão CEP 65000-000 E-mail contabil@lwart.com.br Telefone (14)3269-5000 Localização geog. 2°41'6.90"S 44°17'19.79"W 3. Localização do empreendimento O empreendimento localiza-se no município de São Luís, no estado do Maranhão. Figura 1 – Localização da cidade de São Luís lmeneghetti Nota Porque Laranja? lmeneghetti Nota licenciamento@lwart.com.br lmeneghetti Nota Essa coordenada é do terreno em São Luis? 3 Figura 2 – Vista aérea do local (raio de 500m) lmeneghetti Nota Pq raio de 500m? 4 Figura 3 – Planta de situação sem escala Tabela 1 - Área e índices urbanísticos USO NÃO RESIDENCIAL ÁREA DO LOTE 5.001,72m² TESTADA DO LOTE 55,91 ALTURA MÁX. DA EDIFICAÇÃO 7,10m ÍNDICE DE APROVEITAMENTO 0,017 ÁREA CONSTRUÍDA 85,91m² PRÉDIO ADMINISTRATIVO 37,20m² CAIXA DÁGUA 5,40m² CARREG./DESCARRE. 43,31m² TAXA DE OCUPAÇÃO % (TO) 1,72% ÁREA PERMEÁVEL 4.583,93m² TAXA DE PERMEABILIDADE % 91,68% 5 3.2. Descrição do empreendimento e atividade A empresa Lwart Lubrificantes atua no ramo de coleta e rerrefino de óleo lubrificante usado e/ou contaminado, um resíduo considerado perigoso pela NBR 10.004. O empreendimento em questão realizará a atividade de armazenamento temporário do óleo lubrificante usado e/ou contaminado (OLUC) coletado na região. O OLUC é coletado por caminhões-tanque próprios, de diversas capacidades (L) e devidamente licenciados pelo IMA e IBAMA para o transporte de produtos perigosos, atendendo também à regulamentação de transporte vigente. Ao atingirem sua capacidade máxima, os caminhões retornam ao local de armazenamento, denominado Centro de Coleta. O Centro de Coleta é composto principalmente por área administrativa, área de carregamento/descarregamento e área de armazenamento (tancagem). As áreas que envolvem a movimentação ou armazenamento do óleo lubrificante usado e/ou contaminados são providas de canaletas, piso impermeabilizado e bacia de contenção e todos são interligados na caixa separadora de água e óleo. Deste modo, se houver algum vazamento nessas áreas, é possível evitar o contato do resíduo com o solo e assim evitar contaminações. 3.3 Características técnicas da obra 3.3.1 Descarga e armazenamento de óleo usado O descarregamento é efetuado através da bomba (BBA.01), que efetua a transferência do OLUC para os tanques horizontaisTQ.01/02/03/04. Todos os tanques estão equipados com instrumento Transmissor de nível (LT), os quais enviam sinal para um controlador lógico programável (CLP) Inter travando a bomba (BBA.01) em caso de nível alto evitando o transbordo. O óleo é direcionado para área de armazenamento (tanques TQ.01 a TQ.04) e posteriormente encaminhado para a Lwart Lubrificantes (Matriz em Lençóis Paulista), para o processo de rerrefino. A área de armazenamento de óleo usado é composta por tanques horizontais atmosféricos com dique metálico dimensionados de acordo com a NBR 15461. Caso ocorram vazamentos no local, garante-se a estanqueidade da instalação, atendendo as normas técnicas e a legislação ambiental. Os tanques possuirão contenção metálica acopladas, sendo estas interligadas a um sistema de separação água óleo, atendente as normas aplicáveis tanto para a contenção quanto para caixa SAO lmeneghetti Realce lmeneghetti Nota IMA é o órgão ambiental do Sul - retirar isso, ajustar conforme órgão ambiental do estado do MA lmeneghetti Nota Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul. É necessário adequar o texto lmeneghetti Nota Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul. É necessário adequar o texto 6 3.3.2 Carregamento do óleo usado O carregamento de OLUC é feito através da bomba (BBA.01) e uma tubulação DN 3” com mangueira flexível, que transfere OLUC dos tanques de armazenamento (TQ.01 a TQ.04) para as carretas. A área de carregamento possui canaletas que estão interligadas ao sistema de separação água e óleo. 3.3.3 Equipamentos Industriais Os equipamentos da área de Descarga e Armazenamento de OLUC são apresentados na tabela a seguir: Quantidade Descrição 04 Tanque horizontal com dique metálico 30 m³ 01 Bomba Centrífuga 50 m³/h 12,5 CV Tabela 2 - Equipamentos da área de descarga e Armazenamento Os equipamentos do sistema de tratamento de efluentes industriais estão listados na tabela abaixo: Tabela 02 - Equipamentos do Sistema de Tratamento de Efluentes Quantidade Descrição 01 Caixa Separadora Água-Óleo 04 Válvulas de Esfera em aço carbono 01 Tubulação de aço carbono entre bacias, canaletas e caixa SAO Tabela 3 - Equipamentos do Sistema de Tratamento de Efluentes 3.3.1 Capacidade de Armazenamento A capacidade de armazenamento de OLUC é apresentada na tabela abaixo Tabela 03 – Capacidade de armazenamento dos tanques de OLU lmeneghetti Nota Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul. É necessário adequar o texto lmeneghetti Nota Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul. É necessário adequar o texto 7 TAG Dimensões Volume (m³) Característica TQ.01 DN 2550 x 6000 30 TNQ BIPARTIDO(30 m³ / 30 m³) TQ.02 DN 2550 x 6000 30 TQ.03 DN 2550 x 6000 30 TNQ BIPARTIDO (30 m³ / 30 m³) TQ.04 DN 2550 x 6000 30 >>> TOTAL 120 Tabela 4 – Capacidade de armazenamento dos tanques de OLUC 3.3.2 Descritivo das obras 3.3.2.1 Preparação do terreno Após levantamento topográfico, será executado terraplenagem para nivelamento e homogeneização do solo. 3.3.2.2 Fundações, bases e piso de concreto Serão executadas fundações profundas para sustentação da estrutura metálica de cobertura da área de carregamento/descarregamento. As fundações do prédio administrativo serão tipo radier em concreto armado. E o piso também será em concreto armado nas áreas delimitadas em projeto, contendo canaleta metálica para direcionamento de possível vazamento para o Sistema de Separação Água e Óleo. Para sustentação / apoio dos tanques, serão feitas sapatas isoladas em concreto armado. 3.3.2.3 Estruturas metálicas Executada em aço carbono de alta resistência conforme a NBR 8800/2008, coberta com telhas metálicas em aço zincado. Disposta de escada e plataforma fixa e articulável para operação de carregamento dos caminhões. Integrado a plataforma de carregamento e descarregamento, haverá um sistema com linha de vida para segurança do operador. lmeneghetti Nota Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul. É necessário adequar o texto lmeneghetti Nota Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul. É necessário adequar o texto lmeneghetti Nota Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul. É necessário adequar o texto lmeneghetti Nota Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul. É necessário adequar o texto 8 3.3.2.4 Prédio Administrativo Construído por empresa especializada, com as estruturas em concreto armado e alvenaria de vedação de com bloco cerâmico e revestimento com argamassa de cimento e areia. Tendo sua cobertura em estrutura metálica. Contará com infraestrutura para um escritório, laboratório, um banheiro com um sanitário, um lavatório, deposito para resíduos e almoxarifado. 3.3.2.5. Tanques de armazenamento Tanques horizontais atmosféricos com dique metálico dimensionados de acordo com a NBR 15461. Fabricado por empresa especializada e homologada nos órgãos competentes. 4. Diagnóstico Ambiental da Área de Influência Direta (AID) 4.1 Metodologia No processo do Diagnóstico Ambiental, primeiramente foram analisados os aspectos físicos, bióticos e socioeconômicos em escala regional, de modo a contextualizar a implantação do empreendimento no contexto regional. Em seguida, foram abordados os aspectos locais da área de estudo (Área de Influência Direta – AID), ou seja, o lote de terra onde haverá intervenção para implantação do empreendimento, assim como seu entorno. Foi realizado vistorias técnicas no local para levantamento detalhado do contexto espacial, além de utilização de imagens de satélite do software Google Earth. Define-se como área de influência, aquelas áreas que são afetadas, direta ou indiretamente, durante as fases de implantação e operação de um empreendimento, sendo analisado os aspectos físicos, bióticos, sócio econômico e cultural. Para delimitação da área de influência direta do objeto de estudo, foi realizado uma análise de todas as informações de campo disponíveis e detalhamento das externalidades do empreendimento, chegando à conclusão que a área se estende além do loteamento industrial CICOBI. lmeneghetti Nota Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul. É necessário adequar o texto lmeneghetti Nota Retirar todo esse texto, isso fazia menção a obra do Sul. É necessário adequar o texto lmeneghetti Nota Copiou o texto que eu enviei - CICOBI é o distrito industrial do sul 9 Figura 4 - Área de Influência Direta da atividade 5. Identificação do Município 5.1 – Localização e Acesso São Luís é a capital do estado do Maranhão, fundada no dia 8 de setembro de 1612. Localiza-se na ilha Upaon-Açu (denominação dada pelos índios tupinambás significando "Ilha Grande"), no Atlântico Sul, entre as baías de São Marcos e São José de Ribamar. Quando em 1621 o Brasil foi dividido em duas unidades administrativas - Estado do Maranhão e Estado do Brasil - São Luís foi a capital da primeira unidade administrativa, sendo que em 1737 com a criação do Estado do Grão-Pará e Maranhão, Belém passa a ser a nova capital. 10 Figura 5 - Localização do município de São Luís-MA É a principal cidade da Região Metropolitana Grande São Luís e possui 1.014.837 habitantes (IBGE, 2010). Ocupa uma área de 834,785 Km² e está localizada no Nordeste do Brasil a 2° ao Sul do Equador, estando a 24 metros acima do nível do mar. São Luís é a única cidade brasileira fundada pelos franceses, sendo uma das três capitais brasileiras localizadas em ilhas (as outras são Florianópolis e Vitória). É rica em manifestações culturais, como: o bumba-meu-boi, tambor de crioula, cacuriá, dança portuguesa, quadrilhas juninas, reggae e outras. Possui o maior conjunto arquitetônico de azulejos portugueses da América Latina e uma culinária peculiar da cidade, com pratos como o cuxá, o arroz de cuxá, o peixe frito e a famosa torta de camarão. A cidade possui uma vida noturna muito movimentada, com bares, restaurantes, clubes de festas, teatros, cinemas e muitos shows de artistas locais, nacionais e internacionais. 11 12 Analise e consistência dos dados Os dados da estação da ANA cujo código: 00445010 que possui 30 anos de observação foram analisados por ser mais aproximo ao município de Santa Inês, o qual foi consistido pelo HIDROWEB e pelo programa PLUVIO. Desta forma, o comportamento das chuvas durante os anos apresenta pico bastante elevado e em outros anos apresentou uma diminuição significativamente como pode ser verificado no comportamento das chuvas como pode ser verificado no gráfico abaixo. Gráfico 1: comportamento das chuvas A redução de áreas cultiváveis decorrente da concentração fundiária e da degradação ambiental gerou uma forte pressão sobre as poucas áreas restantes (que normalmente coincidem com áreas protegidas) o que implica numa queda de produção agrícola, numa redução da segurança alimentar dos agricultores familiares e, por conseqüência, num forte agravamento dos problemas ambientais (Mapa “Degradação Ambiental”). A pressão do aumento populacional gerou a ocupação de grand parte dos solos de São Luís, inclusive em áreas demarcadas para constituição de APA’s (Itapiracó e Maracanã) e Parques (Estadual d Bacanga). Essa ocupação urbana pode ser mencionada como um do agravantes dos processos erosivos associados aos desmatamento em casos como o do Bairro Coroadinho, Parque Pindorama imediações da APA do Itapiracó. 13 É importante ressaltar que os problemas ambientais do Município estão diretamente ligados a outros problemas de não menor gravidade. A exploração madeireira para o fabrico do carvão (utilizado em atividades domésticas) e para diversas outras atividades (construção de cercas, alimentação de fornalhas de panificadoras, construção civil em geral) agravam ainda mais os problemas de degradação dos solos de São Luís. 5.2. - Aspectos Fisiográficos O estado do Maranhão, por se encontrar em uma zona de transição dos climas semiárido, do interior do Nordeste, para o úmido equatorial, da Amazônia, e por ter maior extensão no sentido norte-sul, apresenta diferenças climáticas e pluviométricas. Na região oeste, predomina o clima tropical quente e úmido (As), típico da região amazônica. Nas demais regiões, o estado é marcado por clima tropical quente e semiúmido (Aw). As temperaturas em todo o Maranhão são elevadas, com médias anuais superiores a 24ºC, sendo que ao norte chega a atingir 26ºC. Esse estado é caracterizado pela ocorrênciade um regime pluviométrico com duas estações bem definidas. O período chuvoso, que se concentra durante o semestre de dezembro a maio, apresenta registros estaduais da ordem de 290,4 mm e alcança os maiores picos de chuva no mês de março. O período seco, que ocorre no semestre de junho a novembro, com menor incidência de chuva por volta do mês de agosto, registra médias estaduais da ordem de 17,1mm. Na região oeste do estado, onde predomina o clima tropical quente e úmido (As), as chuvas ocorrem em níveis elevados durante praticamente todo o ano, superando os 2.000 mm. Nas outras regiões, prevalece o clima tropical quente e semiúmido (Aw), com sucessão de chuvas durante o verão e o inverno seco, cujas precipitações reduzidas alcançam 1.250 mm. Há registros ainda menores na região sudeste, podendo chegar a 1.000 mm. O território maranhense apresenta-se como uma grande plataforma inclinada na direção sul-norte, com baixo mergulho para o oceano Atlântico. Os grandes traços atuais do modelado da plataforma sedimentar maranhense revelam feições típicas de litologias dominantes em bacias sedimentares. Essa plataforma, submetida à atuação de ciclos de erosão relativamente longos, respondeu de forma diferenciada aos agentes intempéricos, em função de sua natureza, de estruturação e de composição das rochas, modelando as formas tabulares e subtabulares da superfície terrestre. Condicionados ao lineamento das estruturas litológicas, os gradientes topográficos dispõem-se com orientações sul-norte. As maiores lmeneghetti Realce lmeneghetti Nota Ficou esquisito essa frase lmeneghetti Realce lmeneghetti Nota Fabricação? 14 altitudes estão localizadas na porção sul, no topo da Chapada das Mangabeiras, no limite com o estado do Tocantins. As menores altitudes situam-se na região norte, próximo à linha de costa. Feitosa (1983) classifica o relevo maranhense em duas grandes unidades: planícies, que se subdivide em unidades menores (costeira, flúviomarinha e sublitorânea), e planaltos. As planícies ocupam cerca de 60% da superfície do território e os planaltos 40%. São consideradas planícies as superfícies com cotas inferiores a 200 metros. Já os planaltos são superfícies com cotas acima de 200 metros, restritos às áreas do centro-sul do estado. Jacomine et al. (1986 apud VALLADARES et al., 2005) apresentam de maneira simplificada as seguintes formas de relevo no estado do Maranhão: chapadas altas e baixas, superfícies onduladas, grande baixada maranhense, terraços e planícies fluviais, tabuleiros costeiros, restingas e dunas costeiras, golfão maranhense e baixada litorânea. A região oeste maranhense abriga as áreas de planalto, com altitudes entre 200 e 300 metros, e as de planícies, com altitudes menores de 200 metros. A Faixa de Dobramentos Pré- Cambriana ocorre no médio e baixo rio Gurupi. O relevo nessas faixas corresponde às colinas e cristas dispostas, preferencialmente, na direção NW-SE, talhadas em rochas do embasamento cristalino do Complexo Maracaçumé e nos metassedimentos do Grupo Gurupi, caracterizado por colinas e lombas e planos rampeados em direção aos rios principais. A ação erosiva sobre as coberturas detrito-lateríticas, que recobrem os sedimentos da formação Itapecuru, originou um planalto dissecado do rio Gurupi ao rio Grajaú, com a drenagem principal orientada na direção SW-NE e N-S. Essa mesma ação possibilitou a elaboração de uma superfície plana, dissecada em alguns trechos, em lombas e colinas, contornando a Baixada Maranhense e estendendo-se para oeste até o rio Gurupi. A Superfície Gurupi caracteriza-se por uma superfície rampeada em direção ao rio Gurupi, talhada em formações sedimentares e dissecada em colinas e localmente morros, com as cotas altimétricas decaindo, de sul para norte e de leste para oeste, em direção ao rio Gurupi, variando de 20 metros, nas proximidades do litoral, até 300 metros, no limite com o Planalto Dissecado do Pindaré/Grajaú. Já na Superfície do Baixo Gurupi, localizada no extremo oeste do estado, com altimetria variando de 10 a 40 m, o relevo apresenta-se plano em colinas e lombas, com superfície rampeada em direção ao litoral, esculpidas em rochas do embasamento cristalino do Complexo Tromaí. No Médio Gurupi, no noroeste do estado, o relevo caracteriza-se por uma dissecação em colinas e cristas dispostas, preferencialmente, de noroeste para sudeste, em função da estruturação geológica que expôs as rochas do embasamento do Complexo 15 Maracaçumé e os metassedimentos do Grupo Gurupi. Entre as colinas e as cristas ocorrem planos rampeados. Essa unidade tem cotas altimétricas, que variam de 80 a 170 metros, e se encontram na área da Reserva Florestal do Gurupi. Na unidade do Planalto Dissecado do Pindaré/Grajaú, com altitudes entre 100 a 300 metros, o relevo apresenta-se limitado por escarpas que correspondem a restos de chapadas, de topo plano, que foram isolados pela dissecação e mantidas pelos níveis lateríticos. A Depressão de Imperatriz, posicionada na margem direita do rio Tocantins, está em níveis altimétricos de 95 m, chegando, em alguns trechos da área, a 300 m. Ela se caracteriza por relevos planos rampeados em direção às principais drenagens. Verificando-se, ainda, a presença de colinas e áreas abaciadas periodicamente inundadas. As Planícies Fluviais correspondem às várzeas e terraços fluviais, dispostos ao longo dos rios principais, compostas pelas aluviões quaternárias, estando sujeitas às inundações durante as enchentes, e ocorrendo nos principais rios do estado. A altitude da sede do município é de 24 metros acima do nível do mar e a variação térmica durante o ano é pequena, com a temperatura oscilando entre 21,9°C e 32,2°C. O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é tropical (AW’) úmido com dois períodos bem definidos: um chuvoso, que vai de dezembro a maio, com médias mensais superiores a 228 mm e outro seco, correspondente aos meses de junho a novembro. Dentro do período de estiagem, a precipitação pluviométrica variou de 18,6 a 92,6 mm e no período chuvoso, de 118,9 a 315,6 mm, com média anual em torno de 1.632 mm. Esses dados são referentes ao período de 1961 a 1990 (JORNAL DO TEMPO, 2011). O relevo da região está contido na Baixada maranhense, caracterizada por possuir um ambiente plano e suavemente ondulado contendo extensas áreas de formação sedimentar recente, ponteadas de relevos residuais que formam outeiros e superfícies tabulares, cujas bordas decaem em colinas de declividade variada. (FEITOSA, 2006). Os cursos d’água da região fazem parte da Bacia hidrográfica do Pindaré e a vegetação é composta pela Floresta Ombrófila Densa, (IMESC, 2008). 5.3. – Uso Atual dos Solos O uso atual dos solos em São Luís está intimamente ligado a todo um processo histórico de uso e ocupação que remete aos atributos edáficos de natureza física, química e biológica. As limitações agrícolas dos solos, aliadas às condições de clima e de vegetação degradada e ao domínio de terras, atualmente inibem o desenvolvimento da agricultura em lmeneghetti Nota e o uso do solo no local onde a Lwart vai se instalaR? 16 São Luís. Historicamente, a prática da agricultura na região esteve associada à capacidade de regeneração das áreas exploradas e a uma itinerância necessária ao sistema de corte e queima (roça no toco). A sucessão secundária em áreas de capoeira e a ciclagem de nutrientes desenvolvida ao longo dessa feição se configuraram, então, como fatores essenciais para a sustentação da agricultura local (FERRAZ JÚNIOR, 2000). No entanto, práticas agrícolas que antes se mostravam eficientes do ponto de vista ambiental e da sustentação de uma produtividade vêm se mostrando problemáticas diante de um aumento da densidade populacional e de uma redução das áreas cultiváveis. Apesar das limitações dos solos de São Luís, a agriculturafamiliar de subsistência ainda é bastante presente na zona rural. Os produtos normalmente cultivados são: mandioca, milho, feijão e hortaliças em geral. Dentre os produtos agrícolas mais cultivados, a mandioca assume posição de destaque em São Luís, tanto em produção quanto em área cultivada. O cultivo da mandioca é bastante difundido em função da adaptação desta planta às condições de baixa fertilidade química dos solos e à sua pequena suscetibilidade ao ataque de pragas e doenças. A olericultura é também significativa em São Luís, seja pelo alto valor comercial dos produtos cultivados, seja pela exigência de uma pequena área para a instalação do plantio. Entretanto, o cultivo de hortaliças está normalmente vinculado à contaminação dos solos e dos próprios produtos em função do uso exagerado de agrotóxicos. Esse problema relaciona-se diretamente à alta incidência de pragas e doenças nas áreas de cultivos que tem íntima ligação com a degradação dos solos e da vegetação das áreas do entorno, com a forte presença de fitopatógenos na fauna do solo (nematóides, fungos, bactérias e vírus) e com a falta de preparo e planejamento dos agricultores na aplicação de agrotóxicos. Grande parte dos solos de São Luís que ainda não foi urbanizada está hoje ocupada por vegetação frutífera perene e isso acaba limitando outras práticas agrícolas, já que há uma redução de áreas disponíveis para o cultivo de grãos e hortaliças. As plantas mais cultivadas são: manga, caju, abacate, goiaba, banana, mamão dentre outras (Fig. 1). O cultivo de árvores frutíferas segue a lógica de aproveitamento das áreas de baixa 17 fertilidade química e manutenção de uma cobertura vegetal perene diversificada, o que contribui para a redução dos processos erosivos comuns nas áreas de cultivo de grãos, onde os solos ficam por um período significativo do ano expostos aos raios solares e ao rigor das precipitações pluviométricas. Entretanto, é muito comum os quintais ou sítios terem a sua vegetação rasteira e material orgânico retirados nas “limpezas” rotineiras feitas pelos proprietários e isso implica em problemas relativos à perda da camada mais superficial dos solos e a prejuízos no processo de ciclagem de nutrientes. Figura 6 - Cultivo de frutíferas, tais como manga, caju, abacate, goiaba, banana, mamão dentre outras. Além da agricultura, o uso dos solos para a criação de animais assume importância no contexto d Município, apesar de, na maioria dos casos, os rebanhos serem formados po um pequeno número de animais. A avicultura, bovinocultura, caprinocultura e piscicultura são as atividades de maior destaque neste setor. É comum o uso dos solos na Ilha do Maranhão para fins de extração mineral. A atividade mineradora centra-se basicamente na exploração de jazidas de areia e de pedra (laterita) para a construção civil. Normalmente essa atividade é feita sem licença do IBAMA. Em geral, a clandestinidade se dá pela não possibilidade de licenciamento da atividade mineradora pelo órgão competente, uma vez que a maioria das áreas exploradas 18 estão encravadas em áreas protegidas por lei (Parque Estadual do Bacanga, APA do Maracanã e em regiões muito próximas a manguezais e corpos d’água). Essa ilegalidade acaba acelerando a degradação das áreas exploradas e não permitindo o desenvolvimento de políticas (previstas em lei) voltadas para a reabilitação ou reutilização das áreas degradadas pelas atividades mineradoras. A extração de pedra e de areia já é a maior causa dos processos erosivos observados na APA do Maracanã e em diversos pontos do eixo Itaqui-Bacanga. Além disso, provoca também perda da qualidade das águas e assoreamento da maioria dos pequenos cursos d’água em função da grande carga de sedimentos neles depositados. 19 20 6 – Recurso Hídricos O Maranhão é o único estado do Nordeste que menos se identifica com as características hidrológicas da região, pois não há estiagem e nem escassez de recursos hídricos, tanto superficiais como subterrâneos, em seu território. É detentor de uma invejável rede de drenagem com, pelo menos, dez bacias hidrográficas perenes. Podem ser assim individualizadas: Bacia do rio Mearim, Bacia do rio Gurupi, Bacia do rio Itapecuru, Bacia do rio Grajaú, Bacia do rio Turiaçu, Bacia do rio Munim, Bacia do rio Maracaçumé-Tromaí, Bacia do rio Uru-Pericumã-Aurá, Bacia do rio Parnaíba- Balsas, Bacia do rio Tocantins, além de outras pequenas bacias. Suas principais vertentes hidrográficas são: a Chapada das Mangabeiras, a Chapada do Azeitão, a Serra das Crueiras, a Serra do Gurupi e a Serra do Tiracambu. As bacias hidrográficas são subdivididas em sub-bacias e microbacias. Elas constituem divisões das águas, feitas pela natureza, sendo o relevo responsável pela divisão territorial de cada bacia, que é formada por um rio principal e seus afluentes. A Ilha de São Luís conta com uma grande quantidade de cursos d’água de pequeno volume, desembocando em superfícies inundáveis pela maré e áreas cobertas de mangues. Ao longo do ano esses cursos d’água sofrem reduções em seus volumes, devido ao clima da região, porém não chegam a caracterizar rigores de uma seca. Para efeitos de planejamento e gestão, as bacias hidrográficas do Município foram classificadas pelo Plano de Paisagem Urbana da Prefeitura de São Luís (2005) em: Estiva, Inhaúma, Cachorros, Itaqui, Tibiri, Bacanga, Anil, Paciência e Praias (Mapa da Ilha de São Luís - “Bacias Hidrográficas”). A hidrografia de São Luís é formada pelos rios Anil, Bacanga, Tibiri, Paciência, Maracanã, Calhau, Pimenta, Coqueiro, Cachorros e Represa Bacanga. São rios de pequeno porte que deságuam em várias direções, abrangendo áreas de dunas e praias, sendo que os rios Anil, com 13.800 m de extensão, e Bacanga com 9.300 m, drenam para a Baía de São Marcos, tendo em seus estuários áreas cobertas de mangues, cuja hidrodinâmica é influenciada pelas marés que chegam a atingir em média 7 metros (GERCO, 1998). Os rios Bacanga, Anil, Tibiri, Paciência e Cururuca formam, na Ilha de São Luís, as principais bacias hidrográficas locais. A bacia do Anil é a mais populosa com cerca de 21 244.982 habitantes, seguida pela bacia do Bacanga com 224.742 habitantes (Mapa Urbano de São Luís - “Bacias Hidrográficas”). Todavia, o rio Itapecuru, situado fora da Ilha no município de Rosário, é o maior da região para aproveitamento como manancial de abastecimento, mas de acordo com MARANHÃO (1991), a qualidade das águas desse rio já está prejudicada em muitos trechos em função de projetos agropecuários implantados em seus vales que utilizam insumos tóxicos nas atividades agrícolas, além da poluição residuária doméstica do crescente contingente populacional de sua bacia. As bacias locais mais importantes em termos de mananciais para abastecimento da Ilha de São Luís são as do Paciência, Itapecuru e Cururuca. Deve-se acrescentar a estas o subsistema do Sacavém, que não constitui uma bacia hidrográfica, mas um complexo de abastecimento que agrega seis riachos e a barragem de acumulação do Batatã. A presença da unidade hidrogeológica Formação Barreiras, cujos afloramentos representam os mananciais do Paciência e do Cururuca, é de grande importância para o sistema de abastecimento de água da CAEMA. Os poços de média profundidade situam-se entre 60 a 70 m; já os mais profundos operados pela CAEMA atingem de 80 a 140 m de profundidade. Parte do volume total do consumo de água na ilha de São Luís é suprida pelos mananciais subterrâneos, sendo que, o limitante da capacidade de exploração desses lençóis é a infiltração de águas salobras. Estudos de Hidrologia feitos pelo GERCO (1998), aplicou o Índice de Qualidade de Água (IQA),adotado pela CETESB, às bacias de diversos rios dos municípios da Ilha de São Luís, utilizando para o cálculo do IQA os seguintes parâmetros: temperatura, oxigênio dissolvido, DBO, pH, coliformes, nitrogênio total, fósforo total, turbidez e sólidos totais. Foram consideradas “aceitáveis” as bacias do rio Paciência, Cururuca (embora seu afluente da Mata seja considerado impróprio), dos Cachorros e Tibiri (embora o afluente da Ribeira esteja impróprio). Foi considerada como “bom” a Bacia do Rio Jeniparana, e “impróprio” as Bacias Oceânicas de São Luís (litorânea), uma vez que funciona como receptáculo de dejetos produzidos pela região urbanizada. Estudos mais recentes têm confirmado o grau de contaminação microbiológica das águas da Ilha de São Luis. Em dois projetos distintos, o Laboratório de Hidrobiologia (LABOHIDRO) da UFMA diagnosticou índices excepcionais de coliformes e bactérias patogênicas nas águas dos rios Bacanga e Anil, bem como em alguns poços e nascentes da 22 bacia do rio Bacanga que são utilizados para o abastecimento da população (ZONEAMENTO COSTEIRO DO ESTADO DO MARANHÃO, 2003). Figura 7 - Curso d’água com forte presença de sedimentos. Atualmente, as bacias hidrográficas do Município apresentamse impactadas, variando apenas a intensidade das ações antrópicas em cada uma delas. Dentre os problemas observados pode-se destacar: a) compactação dos solos – muitas residências são construídas muito próximas aos rios o que ocasiona a retirada da vegetação de mata ciliar ou substituição da mesma por matas de sítios; além disso, a construção de vias de acesso intensificam mais ainda a compactação dos solos das margens dos rios, impermeabilizando-as parcialmente e intensificando o escoamento superficial e, consequentemente, a sedimentação e o assoreamento dos cursos d’água, especialmente nas Áreas de Proteção Ambiental (Figs. 2.7 e 2.8); 23 Figura 8 - Águas do rio Maracanã, escoando sob ponte ferroviária Figura 9 - Ponte ferroviária sobre o rio Maracanã. b) retirada da cobertura vegetal – a cobertura vegetal das margens dos rios é, em geral, caracterizada pela presença de juçarais e buritizais, ou, no caso de sua substituição quando da construção de residências, matas de sítios; essa vegetação vem passando por 24 sérios problemas pela extração indiscriminada de algumas espécies para utilização na construção civil e fabrico de carvão, tais como o guanandi (Symphoni globulifera), a andiroba (Carapa guianensis), a juçareira (Euterpe oleracea) e o buritizeiro (Mauritia flexuosa); c) processos erosivos – as principais bacias hidrográficas de São Luís vêm passando por um constante processo de erosão em toda a sua extensão devido a degradação da mata ciliar, a extração mineral nas proximidades dos cursos dos rios e a construção de novas vias de acesso em suas proximidades, atividades que estão associadas ao processo de expansão urbana e que têm como conseqüência principal o assoreamento dos rios (Fig. 2.9); Figura 10 - Curso d’água assoreado na APA do Maracanã. d) despejo de dejetos sólidos e líquidos – em todas as bacias hidrográficas de São Luís há problemas relativos ao despejo de esgotos domésticos e industriais; na bacia do 25 Tibiri, há o despejo de resíduos líquidos da maior parte dos complexos industriais ali instalados e problemas de contaminação provenientes da infiltração e escoamento superficial do chorume do Aterro da Ribeira; na bacia do Anil destaca-se o despejo de esgotos domésticos e industriais da Merck; na bacia do Paciência, ocorre despejo de esgotos domésticos e provenientes de postos de lavagem de automóveis; na bacia do Itaqui, os dejetos líquidos domésticos e a deposição de rejeitos de matadouros clandestinos são muito comuns; além disso, em todas as bacias há deposição de resíduos sólidos junto às margens e no leito dos rios, mesmo havendo coleta regular de lixo na maioria dos bairros; e) pesca predatória – atividade ainda desenvolvida na maioria das bacias hidrográficas, constituindo uma ameaça à ictiofauna por ser praticada de maneira predatória, gerando sérios impactos para o ambiente como o despovoamento das águas de espécies nativas em detrimento daquelas inseridas acidentalmente pela piscicultura (por exemplo a tilápia, Oreochromis sp.) e pela carcinicultura (por exemplo o camarão gigante da Malásia, Macrobrachium sp.). Sabe-se que não é possível discutir a sustentabilidade ambiental sem se avaliar o papel dos diversos usos dos cursos d’água. A água, pelas suas características de solvente universal, incompressibilidade e alto calor específico é o depositório natural de todos os poluentes e impactos ambientais ocorrentes na bacia hidrográfica. Conseqüentemente, seu monitoramento é um excelente indicador de qualidade ambiental. Acrescente-se a estas vantagens, o fato de existir legislação ambiental abundante sobre os parâmetros para monitoramento de corpos hídricos (por exemplo, a RESOLUÇÃO CONAMA 020), e tecnologia acessível para monitoramento eficiente de grandes extensões hídricas (ZONEAMENTO COSTEIRO DO ESTADO DO MARANHÃO, 2003). 26 27 lmeneghetti Nota Tb não tem referência sobre o tema no local onde estamos nos instalando 28 7. BALANÇO HÍDRICO O balanço hídrico é uma avaliação entre a quantidade de água precipitada que chega ao solo e aquela que é removida pela evapotranspiração das plantas, sendo que a capacidade de retenção da água no solo depende principalmente da textura do mesmo e do tipo de vegetação existente na área. A determinação destes dados é importante para monitorar a variação do armazenamento de água no solo, a partir de diversos parâmetros relacionados como o suprimento natural de água no solo, a demanda atmosférica e capacidade de água disponível. Existem diversos tipos de balanços hídricos, cada um com a sua finalidade principal. Um desses modelos mais conhecidos é a partir do método do balanço hídrico climatológico proposto por Thornthwaite e Mather (1955), o qual permite obter informações sobre deficiência e excedente hídrico, áreas de retirada de água do solo, reposição de água no solo e variação do armazenamento ao longo do ano, colocando em evidência as variáveis hidrológicas mais importantes: precipitação, evapotranspiração, e armazenamento superficial e subterrâneo. Para gerar o gráfico de balanço hídrico da Figura 11, utilizou-se o software “BHnorm” desenvolvido por Rolim e Sentelhas (1998). No software BHnorm, a evapotranspiração potencial (ETP) é estimada pelo método de Thornthwaite (1948); os índices de calor são calculados com valores normais de temperatura média mensal e o fotoperíodo é ajustado de acordo com a latitude local, que deve ser informada (ROLIM et al., 1998). Os dados de entrada utilizados na análise do balanço hídrico foram disponibilizados pelo site de meteorologia Jornal do Tempo. 29 Figura 11 - Gráfico gerado para o balanço hídrico o município de São Luís Conforme o gráfico apresentado, a deficiência hídrica do município de São Luís tem início no mês de maio e se prolonga até o mês de novembro. No mês de dezembro ocorre a reposição hídrica, gerando um excedente hídrico entre janeiro a maio. O comportamento da deficiência, excedente, retirada e reposição hídrica irá influenciar diretamente o comportamento do armazenamento de água no solo. 30 Quadro 3: Resultado do Balanço hídrico :Estação Utilizada: SUDAM/SUDENE Evapotranspiração: Blaney & Criddle Os totais pluviométricos anuais na região correspondem cerca de 80% a 91% de ocorrência na estação chuvosa nos períodos de dezembro/abril, e cerca de 9% a 19% na estação seca, maio/novembro. A região apresenta, portanto um período seco, sob o ponto de vista climático, de seis a nove meses e, em relação ao soloe à vegetação, uma seca ecológica de cinco a oito meses. 31 Gráfico 2: Balanço hídrico normal mensal de Região 32 8. Conclusão Visando a implantação e funcionamento, ressalta-se que a obra terá impactos em sua fase de implantação, em especial destinação dos resíduos da construção civil e em seu funcionamento, no transporte e armazenamento dos produtos coletados. Foram propostas todas as medidas para mitigar os impactos tanto na fase de obra do terminal quanto em sua operação, evitando assim o menor impacto possível em toda a vizinhança e área de influência desse projeto. Portanto, pode-se considerar que o empreendimento da LWART LUBRIFICANTES LTDA, na forma como atua, é ambientalmente viável. lmeneghetti Nota Essa conclusão não está completa. Precisamos melhorar isso. 33 5. Referências Bibliográficas BLOG, Serviços. Postos de Serviços em Biguaçu. Disponível em: <http://www.servicos.blog.br/postos-de-saude-sc/postos-de-saude-em-biguacu/>. Acesso em: 01 set. 2019. EMPRESAS, Secretaria de Apoio As Micro e Pequenas; SUSTENTÁVEL, Secretaria do Estado de Desenvolvimento Econômico. Biguaçu em Números. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Relat%C3%B3rio%20Municipal%20- %20Bigua%C3%A7u.pdf>. Acesso em: 01 out. 2019. ESTÁTISTICA, Instituto Brasileiro de Geografia e. Cidades@. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/biguacu/pesquisa/30/30051>. Acesso em: 30 set. 2019. S.A, Centrais Elétricas de Santa Catarina. Políticas e Relatórios. Disponível em: <http://www.celesc.com.br/portal/index.php/celesc-distribuicao/dados-de-consumo>. Acesso em: 01 set. 2019. TRABALHO, Ministério do. PROGRAMA DE DISSEMINAÇÃO DAS ESTATÍSTICAS DO TRABALHO. Disponível em: <http://pdet.mte.gov.br/rais?view=default>. Acesso em: 10 set. 2019 FERNANDES, Nelson F; AMARAL, Cláudio P. Movimentos de massa uma abordagem geológico-geomorfológica. In: GUERRA, José T.; BAPTISTA, Sandra B. (Orgs). Geomorfologia e meio ambiente. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. p.123-194. GUIDICINI, Guido; NIEBLE, Carlos M. Estabilidade de Taludes naturais e de escavação. São Paulo: Edgard Blucher, 1983. http://www.servicos.blog.br/postos-de-saude-sc/postos-de-saude-em-biguacu/ http://www.servicos.blog.br/postos-de-saude-sc/postos-de-saude-em-biguacu/ http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Relat%C3%B3rio%20Municipal%20- http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Relat%C3%B3rio%20Municipal%20- http://www.celesc.com.br/portal/index.php/celesc-distribuicao/dados-de-consumo http://www.celesc.com.br/portal/index.php/celesc-distribuicao/dados-de-consumo http://pdet.mte.gov.br/rais?view=default http://pdet.mte.gov.br/rais?view=default lmeneghetti Nota Colocar justificado 34 PREFEITURA MUNICIPAL DE BIGUAÇU. Mapa de Proposta de Zoneamento – Macrozona Consolidada. Revisão do Plano Diretor Municipal, 2014a. SILVA, Vicente R.; ROSS, Jurandyr LS. Geomorfologia da bacia do rio Biguaçu no litoral central de Santa Catarina. 2006. VI Simpósio Nacional de Geomorfologia, Anais, v. 2. SILVA, Vicente Rocha. Análise sócio-ambiental da bacia do rio Biguaçu-SC: subsídios ao planejamento e ordenamento territorial. 2007. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. ZÊZERE, José Luís. Dinâmica de vertentes e riscos geomorfológicos. Lisboa: Centro de Estudos Geográficos, Universidade de Lisboa, 2005.
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