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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS
FACULDADES INTEGRADAS CESCAGE
CURSO SUPERIOR DE FARMÁCIA
PAMELA FERREIRA
THAINAN AMARAL DO PRADO
TRABALHO DE CITOLOGIA 
PONTA GROSSA
2019
Relação entre as nomenclaturas citológicas e histológicas do carcinoma escamoso do colo uterino e suas lesões precursoras
A introdução da citologia cérvico-vaginal como um meio de detecção de lesões precursoras cervicais foi um marco no estudo do câncer do colo uterino. Com base em publicações científicas, o primeiro pesquisador a sugerir a coleta direta de material do colo uterino para o diagnóstico de câncer foi Aureli Babés, patologista romeno, em artigo publicado na "Presse Médicale", em 11 de abril de 1928.
Desde a introdução do exame citológico do epitélio do colo uterino, várias classificações foram propostas, representando o conhecimento que se tinha desse carcinoma e de suas lesões precursoras.
Classificação de Papanicolaou (c)
A classificação de Papanicolaou, de I a V, referia-se genericamente à citologia esfoliativa de qualquer órgão e não mencionava a existência da fase intraepitelial do carcinoma do colo uterino, pois classificava o esfregaço de acordo com a probabilidade de ser ou não câncer.
Considerava como classe III, citologia sugestiva, porém não conclusiva, para malignidade. Como classe IV, citologia fortemente sugestiva de malignidade e como classe V, citologia conclusiva para malignidade.
Classificação Reagan e Patten (h)
Em 1953, Reagan et al. recomendaram o uso do termo displasia para lesões menos graves do que o carcinoma in situ. Ainda nesse artigo, esses autores sugeriram que, se deixada sem tratamento, a maioria dessas lesões regrediria ou permaneceria inalterada por muito tempo.
Em contrapartida, o carcinoma in situ do colo uterino já era considerado precursor necessário de um carcinoma invasivo, sendo a histerectomia o tratamento preconizado. Em 1961, no Primeiro Congresso Internacional de Citologia realizado em Viena, definiu-se que os termos para designar citologicamente as lesões cervicais eram: carcinoma invasor, carcinoma in situ e displasias; a última deveria ser graduada como leve, moderada e grave.
Contudo, a reprodutibilidade e a concordância entre os diagnósticos de displasia grave e carcinoma in situ eram muito pequenas. Além disso, alguns clínicos acreditavam que displasias e carcinoma in situ eram duas lesões biologicamente distintas e independentes, com potencial maligno restrito aos carcinomas in situ, não exigindo tratamento as lesões displásicas.
Em 1988, um grupo multidisciplinar de profissionais de saúde envolvidos com o câncer cervical reuniu-se em um grupo de trabalho patrocinado pelo Instituto Nacional do Câncer, na cidade de Bethesda, nos EUA, para considerar os benefícios da padronização nos laudos fornecidos pelos laboratórios de citologia e para propor uma terminologia diagnóstica uniforme que facilitasse a comunicação entre o laboratório e o clínico. O grupo de trabalho acordou, por unanimidade, que a classificação de Papanicolaou modificada por Reagan já não era apropriada para a prática do diagnóstico citológico. Ele também considerou que o uso da terminologia de NIC não era apropriada pela baixa reprodutibilidade entre os graus. Os participantes desse grupo elaboraram um sistema de classificação para as lesões epiteliais cervicais, o qual veio a ser conhecido como sistema de Bethesda.
Classificação original de Richart (h)
Estudos de Richart e Barron demonstraram que as displasias poderiam progredir para carcinoma invasivo. Na sequência, estudos de ploidia demonstraram que as displasias e o carcinoma in situ estavam muito relacionados. Essas observações serviram de base para que Richart propusesse outra classificação, a de NIC. Fundiu-se, em uma única categoria, a displasia grave e o carcinoma in situ, classificação essa que fico com três graus, forma ainda hoje utilizada para os diagnósticos histopatológicos, sendo também, eventualmente, utilizada para o diagnóstico citológico. 
Classificação modificada de Richart (h)
Em 1988, um grupo multidisciplinar de profissionais de saúde envolvidos com o câncer cervical reuniu-se em um grupo de trabalho patrocinado pelo Instituto Nacional do Câncer, na cidade de Bethesda, nos EUA, para considerar os benefícios da padronização nos laudos fornecidos pelos laboratórios de citologia e para propor uma terminologia diagnóstica uniforme que facilitasse a comunicação entre o laboratório e o clínico. O grupo de trabalho acordou, por unanimidade, que a classificação de Papanicolaou modificada por Reagan já não era apropriada para a prática do diagnóstico citológico. Ele também considerou que o uso da terminologia de NIC não era apropriada pela baixa reprodutibilidade entre os graus. Os participantes desse grupo elaboraram um sistema de classificação para as lesões epiteliais cervicais, o qual veio a ser conhecido como sistema de Bethesda.
Sistema de Bethesda (c)
O sistema de Bethesda foi uma iniciativa norte-americana, produto de reflexão e discussão entre citopatologistas, citotécnicos, ginecologistas e epidemiologistas. Em todas as versões, a classificação usada no sistema de Bethesda não é histogenética, mas uma nomenclatura designada a facilitar a categorização e as informações constantes do laudo citológico. 
Uma contribuição importante do sistema de Bethesda foi a introdução dos diagnósticos que expressam as dúvidas dos citologistas. Trata-se de um diagnóstico citológico sem o diagnóstico histopatológico correspondente. O diagnóstico de ASC-US era utilizado para designar anormalidades celulares mais marcadas do que as atribuídas às alterações reativas, mas que, quantitativa ou qualitativamente, não permitiam um diagnóstico de lesão intraepitelial escamosa. ASC-US não deveria ser utilizado como sinônimo de termos anteriormente utilizados, como atipia, atipia benigna, atipia inflamatória ou reativa.

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