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EXECUÇÃO CIVIL ENTREGA DE COISA CERTA, INCERTA, OBRIGAÇÃO DE FAZER, NÃO FAZER

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Universidade do Sul de Santa Catarina
 Curso: Direito 
Disciplina: Execução Civil
Professor: Denis de Souza Luiz
2019/1
Acadêmico (a) :Mariane Medianeira Cargnin Data: 25/06/2019
 AVALIAÇÃO SEMESTRAL II
Ao propor a execução quais são as incumbências do exequente? Explique de forma didática.
Por certeza do direito do exequente entende-se a necessidade de que do título executivo transpareçam todos os seus elementos, como a natureza da obrigação, seu objeto e seus sujeitos. Dessa forma, diz-se que o título é certo quando não deixa dúvida acerca da obrigação que deva ser cumprida, quem é devedor e quem é credor. 
Incumbe ao exequente ao ingressar com a petição inicial, que tenha um título executivo extrajudicial, que demonstre do débito atualizado até a data de propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa, trazer provas de que se verificou as condições da ação, ou mesmo que ocorreu o termo, se for o caso, as provas, de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou que lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do exequente.
 Deve também indicar, as espécies de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser realizada, verificar os nomes quando completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, sempre que possível os bens suscetíveis de penhora.
O demonstrado do débito devera indicar, o índice de correção monetária adotado, as taxas de juros aplicada, os termos inicial e final de incidência do índice de correção monetária e da taxa de juros utilizados, a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso, a especificação de desconto obrigatório realizado, conforme art.798 CPC/2015.
Ainda nesse sentido incumbe ao exequente requerer a intimação das pessoas elencadas no art. 799 CPC/2015.
Descreva de forma resumida como se dá a execução por quantia certa.
O objetivo da ação de execução por quantia certa prevista nos artigos 824 e seguinte, do CPC é a expropriação de bens do devedor para satisfazer obrigação expressa em unidades monetárias, constante de título extrajudicial.
A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do executado, ressalvadas as execuções especiais. A expropriação consiste em adjudicação, alienação, apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens. 
Antes de adjudicados ou alienados os bens, o executado pode, a todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, acrescida de juros, custas e honorários advocatícios
Explique de forma resumida a execução das obrigações de fazer e de não fazer.
Obrigação de fazer consiste numa prestação, ato de fazer do executado, incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível, conforme art. 815 ao 821 do CPC/2015.
Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o executado será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz lhe designar, se outro não estiver determinado no título executivo, e o executado não satisfizer a obrigação no prazo designado, é lícito ao exequente, nos próprios autos do processo, requerer a satisfação da obrigação à custa do executado ou perdas e danos, hipótese em que se converterá em indenização em relação ao valor das perdas e danos será apurado em liquidação, seguindo-se a execução para cobrança de quantia certa.
Se a obrigação puder ser satisfeita por terceiro, é lícito ao juiz autorizar, a requerimento do exequente, que aquele a satisfaça à custa do executado e o exequente adiantará as quantias previstas na proposta que, ouvidas as partes, o juiz houver aprovado.
Se o terceiro contratado não realizar a prestação no prazo ou se o fizer de modo incompleto ou defeituoso, poderá o exequente requerer ao juiz, no prazo de 15 (quinze) dias, que o autorize a concluí-la ou a repará-la à custa do contratante. 
Ouvido o contratante no prazo de 15 (quinze) dias, o juiz mandará avaliar o custo das despesas necessárias e o condenará a pagá-lo. Se o exequente quiser executar ou mandar executar, sob sua direção e vigilância, as obras e os trabalhos necessários à realização da prestação, terá preferência, em igualdade de condições de oferta, em relação ao terceiro. O direito de preferência deverá ser exercido no prazo de 5 (cinco) dias, após aprovada a proposta do terceiro.
Na obrigação de fazer, quando se convencionar que o executado a satisfaça pessoalmente, o exequente poderá requerer ao juiz que lhe assine prazo para cumpri-la. Havendo recusa ou mora do executado, sua obrigação pessoal será convertida em perdas e danos, caso em que se observará o procedimento de execução por quantia certa.
A obrigação de não fazer está elencado nos artigos 822 e 823 do CPC/2015, onde traz claramente quanto a figura do executado, assim sendo, se o executado praticou ato a cuja abstenção estava obrigado por lei ou por contrato, o exequente requererá ao juiz que assine prazo ao executado para desfazê-lo e havendo recusa ou mora do executado, o exequente requererá ao juiz que mande desfazer o ato à custa daquele, que responderá por perdas e danos. Ainda, não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos, caso em que, após a liquidação, se observará o procedimento de execução por quantia certa.
A obrigação de não fazer é sempre personalíssima, ou seja, somente o executado pode cumpri-la, impõe ao executado um dever de abstenção, ou seja, de não praticar o ato que poderia livremente fazer se não tivesse obrigado.
Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do executado, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. Praticado pelo executado o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
Resumidamente explique como se desenvolve a execução para entrega de coisa certa e coisa incerta.
	A execução forçada para entrega de coisa certa, resulta de uma relação obrigacional consubstanciada em um título extrajudicial ou de uma sentença definitiva individuada, com trânsito em julgado. O devedor de obrigação de entrega de coisa certa, constante de título executivo extrajudicial, será citado para, em 15 (quinze) dias, satisfazer a obrigação, conforme art. 806 ao 810 do CPC/2015.
É uma execução específica que tem por objeto a entrega de uma determinada coisa, assim, o objeto da execução para entrega de coisa certa pode ser o bem móvel, ou o bem imóvel. As consequências, em um ou no outro caso, implicam em que o instrumento para a entrega de móvel é o mandado de busca e apreensão e o instrumento para a entrega de imóvel é o mandado de imissão de posse. O exequente tem direito a receber, além de perdas e danos, o valor da coisa, quando essa se deteriorar, não lhe for entregue, não for encontrada ou não for reclamada do poder de terceiro adquirente.
Na entrega da coisa incerta quando a execução recair sobre coisa determinada pelo gênero e pela quantidade, o executado será citado para entregá-la individualizada, se lhe couber a escolha. Se a escolha couber ao exequente, esse deverá indicá-la na petição inicial. 
Qualquer das partes poderá, no prazo de 15 dias, impugnar a escolha feita pela outra, e o juiz decidirá de plano ou, se necessário, ouvindo perito de sua nomeação. Aplicar-se-ão à execução para entrega de coisa incerta, no que couber, da entrega da coisa certa, conforme art. 811 ao 813 do CPC/2015.