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TRABALHO AÇÕES

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INTRODUÇÃO
Este trabalho está situado na área de mercado de capitais, mais especificamente focado no mercado de ações e tem por finalidade explorar os agentes que participam desse mercado. O mercado de ações proporciona valorização e reconhecimento às empresas, além de aumento dos lucros, segundo BARROS (1971) “A longo prazo seu rendimento supera em muito o de qualquer título de dívida; e as ações são tipicamente investimentos de longo prazo”, e é uma forma de investimento que vem se tornando cada vez mais popular entre os investidores, dessa forma auxiliando no desenvolvimento da economia do país.
Sistema Financeiro Nacional
Para Pinheiro (2009), o sistema financeiro é composto por mercados e instituições que transferem os fundos disponíveis dos poupadores (aqueles que possuem renda maior que seus gastos) para os investidores (possuem gastos maiores que sua renda), ou ele ainda pode ser entendido como um conjunto das suas unidades operacionais com os responsáveis pelas políticas monetárias, creditícias, cambial e fiscal.
Assegura MELLAGI FILHO e ISHIKAWA (2007) que “qualquer sistema financeiro está em constante mudança, junto com a evolução da própria economia e seus ciclos”. Quanto ao sistema financeiro brasileiro: 
Segundo Cavalcante et.al. (2005), o sistema financeiro nacional divide-se em dois subsistemas, um operativo e outro normativo. O subsistema operativo é composto pelas instituições financeiras públicas ou privadas que atuam no mercado financeiro, tais como: Bancos Múltiplos, Bancos Comerciais, Caixas Econômicas, Bancos de investimento, Bancos e companhias de desenvolvimento, Companhias de crédito, financiamento e investimento, Sociedades de crédito imobiliário, Sociedade de crédito ao microempreendedor, Bolsas de valores, Bolsas de mercadorias e de futuros, Sociedades corretoras, Sociedades distribuidoras e agentes autônomos de investimento.
O subsistema normativo, conforme o próprio nome diz, tem a função de regular e controlar o subsistema operativo através de normas legais. É composto pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), Banco Central do Brasil (Bacen), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco do Brasil e Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
PINHEIRO (2009), afirma que “o sistema financeiro é um dos setores mais regulamentados do mundo”, isso devido ao fato de o governo precisar disponibilizar as informações aos participantes, garantir o correto funcionamento do sistema e exercer o controle sobre a oferta da moeda. O mau funcionamento do sistema pode gerar irregularidades nos fluxos monetários, e a correção de seus efeitos pode ser demorada.
Mercado de ações
O mercado de ações é muito importante para o desenvolvimento econômico, ele produz, processa e distribui capitais para investimento, estimulando a atividade econômica, além de permitir e orientar a estruturação de uma sociedade que participa amplamente na riqueza e nos resultados da economia, e ainda contribui para melhorar a distribuição de renda, conduzindo as poupanças internas mais para os investimentos e menos para os empréstimos, de acordo com Oliveira (1980).
A Lei nº 4.728/65 foi o primeiro grande impulso para o desenvolvimento desse mercado, mas o fato mais marcante de sua evolução foi o boom da Bolsa em 1971, após esse ano o mercado de ações teve seus momentos mais difíceis. Não há dúvidas de que esse mercado contribuiu de forma significativa para o crescimento econômico do Brasil, assegura Oliveira (1980).
Esse mercado tem como participantes as Bolsas de Valores, Comissão de Valores Mobiliários, Sociedades Corretoras, Investidores, agentes autônomos de investimentos, sociedades distribuidoras, Bancos múltiplos.
O que são ações
 De acordo com Oliveira (1980), ações são títulos que representam partes do capital social de uma sociedade anônima. Quando alguém compra uma ação da empresa, se torna acionista e um dos donos da mesma, por isso, elas são consideradas títulos de propriedades e são representadas por um certificado que dá ao seu possuidor o direito de participar no controle, bens, lucros e obrigações da empresa. Este certificado pode ser vendido para terceiros.
Existem dois tipos de ações, segundo Mellagi Filho e Ishikawa (2007), as ordinárias e as preferenciais. As ações ordinárias dão direito a voto nas assembleias gerais de acionistas, onde são aprovados balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício, e nas assembleias gerais extraordinárias, em que são tomadas decisões que exercem efeitos sobre todos os acionistas como venda de imóvel, aquisição de outra empresa, emissão de novas ações, etc.
As ações preferenciais não dão direito a voto, mas têm prioridade no recebimento dos dividendos e no reembolso do capital, caso haja dissolução da sociedade. Mas ainda, há três casos em que esses acionistas preferenciais tem direito a voto: quando a empresa passa três anos consecutivos sem pagar os dividendos a eles, quando os títulos são conversíveis em ações ordinárias e quando elas tem direito a voto por estipulação dos próprios estatutos da empresa.
Em sua forma jurídica, as ações surgiram na Inglaterra no ano de 1553, em uma operação para captar a quantia de 6.000 libras para enviar navios mercantes pela passagem do Nordeste para alcançar a Rússia pelo mar. Cada um dos mercadores subscreveu uma parte uma parte do montante, assumindo riscos e obtendo direitos no lucro da operação, após isso, as ações foram estendidas a outros projetos e empresas, segundo Pinheiro (2009).
“O valor dos dividendos depende do resultado de cada companhia, assim como de sua política de distribuição de lucros; por isso, as ações são consideradas um produto de renda variável”. (PINHEIRO, 2009)
Os direitos dos acionistas vão além dos lucros e votos, a lei lhes permite o acesso a todas as informações da empresa, e às que possam afetar os sócios, inclusive balanços, balancetes e outros demonstrativos contábeis. Eles também têm direito de preferência na subscrição de novas ações, que nada mais é do que o acionista de uma companhia tem preferência na compra de novas ações desta, proporcionais às já possuídas. Ainda tem direito de retirada, em que os acionistas minoritários podem retirar-se da empresa, recebendo o valor das ações de sua propriedade, caso não concordem com certas deliberações da Assembleia Geral, direito de requerer a convocação e o adiamento de assembleias gerais, de acordo com o estatuto e leis da empresa e ainda direito de transmissão, o acionista pode transmitir suas ações, sempre e quando encontrar um comprador, de acordo com Pinheiro (2009).
Para Pinheiro (2009), as ações também podem ser classificadas de acordo com sua forma de circulação, podem ser nominativas, ao portador e escriturais. Ações nominativas são emitidas sob a forma de títulos de propriedade, podem ser unitárias ou múltiplas e são chamadas de cautelas. Estas cautelas identificam a companhia, o proprietário, o tipo de ação, a forma de emissão e os direitos já exercidos. Elas podem ser de dois tipos, o primeiro são nominativas emitidas em nome do comprador, que só podem ser transferidas com a assinatura do vendedor e do comprador no termo de transferência, em um livro da companhia chamado Livro de Transferência de ações Nominativas, pode ser feita também por procuração passada ao corretor. O segundo tipo são nominativas endossáveis, que são transferidas por endosso e também precisam do termo de transferência.
Ações ao portador não constam o nome do comprador e são transferidas para outra pessoa de forma manual, é a preferida de muitos investidores, mas está proibida no Brasil desde o governo Collor.
A ação escritural funciona como conta corrente, por não possuir título de propriedade, sua transferência é realizada por meio da empresa.
As ações ainda podem ser classificadas por classes, de acordo com os objetivos a que se propõem ou restrições. Cada classe integram ações em que seus titulares têm os mesmos direitos e restrições, em alguns casos são diferenciadas por letras. Essas diferençasdefinem-se nos estatutos de cada empresa, variando em cada caso.
Ainda falando sobre a classificação das ações, estas podem ser também de acordo com o valor da ação:
• Valor nominal: É o valor estabelecido pelos estatutos da empresa, vem impresso na ação, ele corresponde ao capital dividido pelo número de ações emitidas.
• Valor patrimonial: É o valor do patrimônio líquido do exercício dividido pelo número de ações emitidas. Quando ocorre a liquidação da empresa, por exemplo, o patrimônio líquido é dividido e o acionista recebe o valor patrimonial de suas ações.
• Valor contábil: é o valor lançado nos livros da empresa e no estatuto, pode ser indiscriminado (sem valor) ou explícito (com valor nominal e preço de emissão).
• Valor de liquidação: é um valor avaliado em caso de encerramento da empresa.
• Valor intrínseco: é o valor real avaliado em uma análise fundamentalista.
• Valor de subscrição: deve ser maior que o valor nominal contábil, é o preço de emissão fixado em subscrições para aumento de capital.
• Valor de mercado: valor que os compradores estão aceitando pagar e os vendedores receber, o preço das ações não possui relação com o desempenho da empresa, em certos momentos. A cotação de uma empresa não coincide com seu valor nominal, contábil ou de liquidação.
Nas sociedades por ações, a Assembleia dos acionistas é a autoridade maior, é ela quem confere direitos e obrigações societárias, aprova as contas patrimoniais, destino dos lucros, eleições de diretores e alterações do estatuto da companhia, através dos votos de seus acionistas em assembleias gerais realizadas. Essas assembleias podem ser convocadas por administradores ou por próprios acionistas, as condições dessas convocações estão definidas nos estatutos das companhias, conforme Pinheiro (2009).
O investidor que deseja comprar ações deve procurar um especialista no assunto, um corretor de valores e\ou uma sociedade corretora. Após um diálogo, uma análise criteriosa, e a escolha das ações, o investidor solicita ao corretor que compre as ações no pregão da Bolsa. A sociedade corretora é quem faz a intermediação entre os investidores, a Bolsa não compra e vende nada, ela proporciona liquidez aos investimentos em ações, segundo Oliveira (1980).
Para Cavalcante et.al. (2005), são três as formas de negociação de ações com a Bovespa:
• Viva Voz: neste tipo são negociadas apenas ações de maior liquidez, os representantes das corretoras apregoam suas ofertas especificando nome da empresa, o tipo, quantidade e preço de compra ou venda da ação.
• Pregão Eletrônico – MEGA BOLSA: é o sistema de negociação eletrônico implantado pela Bovespa em 1977, ele gerencia as negociações realizadas pelas intermediárias atuantes, no Pregão de Viva Voz e dos terminais remotos, operados diretamente dos escritórios.
A oferta de compra ou venda é feita por terminais de computador e o fechamento dos negócios são realizados automaticamente por eles. Foi feito especialmente devido ao crescimento do mercado acionário e à globalização.
• After-Market: através dele, foi ampliado o horário do pregão eletrônico que passou a ser até as 22 horas, sendo antes até as 18 horas. Para garantir a segurança foram criadas algumas regras como: negociar as ações pelo sistema MEGA BOLSA, apenas no mercado à vista, somente ações com base de preço estabelecida no pregão diurno, as ordens dos investidores não podem ultrapassar 100 mil reais, o preço das ordens de compra e venda só podem variar 2% em relação ao fechamento no horário normal, a cada 15 minutos a Bovespa controla o limite de cada corretora, os negócios realizados são agrupados em dois segmentos para fins de limite máximo. Companhias de capital aberto, descreve Pinheiro (2009).
O que são classes de ações? 
• As companhias podem emitir diferentes classes de ações para os tipos ON e PN. As classes geralmente recebem classificação A, B, C, ou alguma outra letra. Cada classe corresponde a uma característica diferente como, por exemplo, valores diferenciados de dividendos. As características de cada classe devem ser verificadas no estatuto da companhia.
 O que é IPO?
 • IPO, Initial Public Offering (Oferta Pública Inicial), é a primeira oferta de ações de uma empresa, é quando ela abre seu capital e passa a vender ações na Bolsa de Valores. Quando as empresas abrem capital, elas transferem aos investidores parte do seu controle acionário caso ele tenha adquirido ações ordinárias. Já se ele adquiriu ações preferenciais, terá apenas preferência na distribuição de proventos. Em troca, as companhias recebem capital para seus investimentos.
 O que é IPO? 
• O preço dos papéis será fixado somente na véspera do IPO, após o encerramento do período de reserva. No momento do encerramento do período de reserva, o investidor não pode mais desistir do negócio. No dia da Oferta Pública é verificada a demanda pelas ações e, caso seja superior à oferta, poderão ser feitas limitações ao pedido de compra. O custo do investidor com esta operação restringe-se ao valor das ações, pois a comissão de corretagem é paga pela companhia
Riscos
O principal objetivo do investidor é aumentar seus ganhos, mas é preciso considerar que qualquer investimento gera riscos, quem compra ações também corre riscos, tais como: os negócios da empresa emissora não estejam tão bem; o mercado de ações entre numa fase recessiva; o preço das ações esteja caindo apesar do mercado e da empresa estarem bem. Mas, apesar dos riscos, as perdas podem ser mínimas nesse mercado. Dois fatores determinam a possibilidade de riscos: a eficiência do mercado e a disposição do investidor, diz Oliveira (1980).
O investidor pode estar disposto a correr altos riscos, desde que a possibilidade de ganhos também seja alta, assim o risco já é calculado, ele pode também ser apenas um jogador ou ingênuo, mas para os que calculam os riscos se o mercado for eficiente tendem a ter suas perdas compensadas por seus ganhos, todavia, se o mercado não for eficiente podem ocorrer perdas inexplicáveis até para eles.
Se o risco depender do desempenho da empresa, precisa-se avaliar muito bem. As empresas que possuem ações em bolsas de valores são obrigadas a enviar balanços, relatórios de auditores, diretores e do conselho fiscal, entre outros, e a partir desses documentos são elaboradas análises econômico-financeiras que são divulgadas para os investidores, além disso, são também obrigadas a divulgar estes mesmos documentos em jornais de grande circulação. Quem tem interesse em investir em ações deve ficar atento aos negócios da empresa, tudo de importante que ocorre nos pregões é amplamente divulgado, o sistema de informações das Bolsas é muito eficiente, diminuindo riscos de fraudes ou erros de registro. “Mas, não existe mercado no mundo no qual não haja risco. O segredo é aprender a conviver com ele, desde que sua intensidade seja razoável.” (OLIVEIRA, 1980)
 Retorno
Para se calcular o retorno do investimento em ações, uma das análises feitas é a de investimento pela escola fundamentalista, que é uma metodologia que determina o preço justo de uma ação. O preço justo é uma avaliação individual que reflete uma média de expectativas entre compradores e vendedores das ações. Quando a cotação da bolsa está acima do preço justo da ação, ela não é uma boa opção de investimento, quando o contrário acontece, é recomendável investir, de acordo com Cavalcante et.al. (2005). Alguns fatores determinam o preço justo, são eles:
• Custo de oportunidade da renda fixa: Normalmente, o investidor escolherá a ação de maior retorno esperado se o risco for igual e escolherá a de menor risco se o retorno esperado for igual. A modalidade de investimento em ações é de renda variável, pois o investidor não sabe desde o início quanto irá resgatar. O retorno do investimento em ações é dado somando o ganho de capital (que é a diferença entre o preço de venda e o preço de compra da ação) aos dividendos. Não há uma precisão para determinação do preço justo já que ele depende da estimativa dos lucros quea empresa irá ter no futuro, e também dos dividendos, que são incertos.
• Prêmio de risco inerente ao investimento na empresa: é inverso ao preço justo das ações. É a diferença entre a taxa de juros de uma aplicação com risco e uma sem risco, quando se sabe e aceita-se o risco, é merecido um prêmio. Esse prêmio pelo risco é uma avaliação de fatores como o risco do negócio (quando o risco do negócio é detectado baixo pelas análises, o prêmio também será baixo), política de governança corporativa (se é boa, tem prêmio baixo e vice-versa), política de dividendos (altos dividendos, prêmios baixos) e liquidez da ação em bolsa (se é alta, o prêmio é baixo e vice-versa).
• Liquidez da ação no mercado secundário: o grau de liquidez de uma ação é a possibilidade de comprar e vender essa ação. Uma ação com alta liquidez pode ser comprada ou vendida imediatamente na quantidade desejada e com preço quase sem variações do último preço de mercado. Para os investidores a avaliação do grau de liquidez é subjetiva, já a Bovespa divulga há tempos o nível de liquidez das ações negociadas, ela obtém esse nível de acordo com três indicadores, que são índice de negociabilidade (total de dinheiro negociado da ação em relação ao total negociado na bolsa), índice de negócios (total de negócios da ação em relação ao total da bolsa) e índice de presença (total de pregões em que foi negociada a ação em relação ao total da Bolsa), daí retira-se o Índice de Liquidez que quanto maior for indica que maior será a liquidez da ação.
• Geração de resultados e taxa de crescimento: A capacidade da empresa emissora gerar lucros e a sua taxa de crescimento também determinam o preço justo, quando lucros e taxa de crescimento dos lucros aumentam o preço justo aumenta e vice-versa.
Para Cavalcante et.al. (2005), os principais métodos de avaliação dos investimentos em ações são: Múltiplos, EVA/MVA e Fluxo de caixa descontado. A avaliação por múltiplos é muito difundida no mercado, seu raciocínio é basicamente este: calcular os múltiplos de várias empresas (preço da ação na Bolsa dividido por um parâmetro de avaliação), as ações que apresentarem menores múltiplos são subavaliadas e proporcionam retorno em menos tempo e, portanto, são opções de investimento, as ações com maiores múltiplos estão superavaliadas e são opções de venda. Os analistas utilizam vários tipos de múltiplos, entre eles Preço/ Valor Patrimonial, Preço/ Vendas Líquidas, Preço/ Geração de Caixa Operacional, etc. e o mais utilizado é o Preço/Lucro, que representa o número de anos necessário para o retorno do capital investido. 
Os estrategistas de investimentos trabalham com um conceito básico para medir o grau de atração de um investimento: “Os executivos que dirigem as companhias têm o dever de criar riquezas para os acionistas.”
(CAVALCANTE et.al., 2005), para tornar os mercados mais transparentes. O método MVA foi criado por Stern Stewart & Co., indica se uma empresa aumentou ou diminuiu a diferença entre o capital dos acionistas que recebeu e os empréstimos que efetuou. Dessa forma os administradores buscam operar com base em um maior retorno, como se fossem acionistas. Para saber se o capital aumentou ou diminuiu, calcula-se o valor de mercado da companhia, com base na cotação da Bolsa, e soma-se todos os lucros reinvestidos, os recursos investidos pelos acionistas e os assumidos pela empresa no mercado financeiro, e ainda, classificam como investimentos P&D, treinamento, desenvolvimento de pessoal, leasing e, ao longo do tempo é construída a curva de MVA que ressalta períodos crescentes e decrescentes, permitindo dessa forma que o desempenho da companhia seja avaliado. Já o EVA é uma visão a curto prazo que mede, a cada ano, se a empresa está ganhando dinheiro suficiente para pagar o custo do capital, é feito calculando-se o lucro líquido operacional real da companhia, menos os impostos pagos e o custo de todos os capitais empregados no ano (de terceiro e próprio), a partir desses dois cálculos têm-se uma visão realista da performance da companhia.
O método de fluxo de caixa descontado é superior aos múltiplos. “Considera a geração de caixa da empresa em um período (e não apenas do próximo), que é descontado por uma taxa de juros que incorpora o risco do investimento na empresa.” (CAVALCANTE et.al., 2005) Sua análise deve ser mais elaborada e cuidadosa.
“
O investidor que prioriza o ganho de capital deve investir nas empresas emergentes, pois seus projetos de investimento fornecem taxas elevadas de crescimento dos lucros, o que estimula a valorização das cotações. Caso contrário, o recomendável é selecionar empresas maduras que têm expectativa de distribuir maior fatia de lucros.
Rentabilidade
Para Cavalcante et.al. (2005), quando alguém decide investir, há um objetivo em mente, que pode ser garantir recursos para a aposentadoria, compra de imóvel, educação dos filhos, reserva para gastos imprevisíveis, etc. Dependendo do objetivo, são traçados parâmetros do investimento, como retorno, grau de risco, necessidade de liquidez, entre outros. Dificilmente um único ativo irá atender a todas as necessidades do investidor, portanto cita-se uma carteira de investimento que atinja todos os objetivos. Há três decisões que o administrador deve tomar para uma boa gestão dos investimentos, são elas:
1. Trading: É o processo de compra e venda de títulos, a oscilação de preços do mercado de ações é maior que a de títulos de renda fixa, dando margem a ganhos ou perdas dependendo da habilidade do administrador de comprar títulos abaixo do preço de mercado e vende-los acima.
2. Market timing: escolha do momento certo de investir no mercado. É necessário analisar os fatores sistemáticos, que são os que afetam os preços das ações em geral como alta dos juros, instabilidade política e crescimento econômico.
3. Stock picking: capacidade do administrador selecionar as ações mais subavaliadas através dos índices representativos de mercado, que irão apresentar uma performance acima da média do mercado

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